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O saudoso Príncipe dos Poetas Brasileiros, PAULO BOMFIM, fez a POESIA DE BOTUCATU! É registro histórico e caminho para o futuro!
Na foto, na capital paulista, visita histórica à Biblioteca Municipal "Poeta Paulo Bomfim" Leia na página 4 a poesia ËU VOU PRA BOTUCATU”
(ilustração de Vinício Aloiseao pé do Gigante, as Três Pedras) Vamos
Vinicius de Moraes completaria 110 anos no dia de hoje, 19 de outubro. “Vamos relembrar Vinicius de Moraes, por Luiz Claudio de Almeida.
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Luiz Claudio de Almeida
Amigo de Vinícius de Moraes desde o final dos anos 40, quando o poeta começou a trabalhar como jornalista e, logo depois, publicou “Antologia Poética” e escreveu a peça “Orfeu da Conceição” – encenada oficialmente, no Teatro Municipal, em 1956, o produtor, jornalista, ator e diretor Haroldo Costa começou a produzir um projeto para que as crianças e adolescentes das escolas públicas do Rio de Janeiro tenham acesso aos livros do grande escritor, que, além de poesias antológicas e boa literatura, deixou composições inesquecíveis, em parceria com Tom Jobim, Toquinho, Chico Buarque, Baden Powell, entre outros. O nome do projeto é “Vamos relembrar Vinicius de Moraes “, diz Haroldo Costa, 91 anos.
“Eu sempre recorro a Vinicius de Moraes para me inspirar e não parar de produzir, mesmo na pandemia. Além do projeto, que deverá ser lançado em 2022, ou no início de 2023, haverá uma grande homenagem ao poeta, dia 21 de outubro deste ano, no Fim de Tarde, no Teatro João Caetano. Vinicius completaria 109 anos no dia 19 de outubro. Eu, que sempre comemorei, ao lado dele e de outros amigos queridos, alguns aniversários de Vinícius de Moraes, convidei Marcel Powell para interpretar o Samba da Bênção, a música citada pelo Papa Francisco, quando leu, em encíclica de outubro do ano passado, um trecho da letra, que afirma ‘A vida é a arte do encontro’, embora haja tantos desencontros pela vida”, explicou Haroldo Costa. As comemorações em torno de Vinícius de Moraes incluirão, ainda, a leitura de poemas marcantes, como
“Para viver um grande amor”, e, ainda de trechos da peça “Orfeu da Conceição”, escrita pelo grande poeta no final dos anos 40 e lançada há 25 anos atrás no Teatro Municipal, com o próprio Haroldo no papel principal e a participação de Abdias Nascimento, Ciro Monteiro, Ruth de Sousa, Lea Garcia, do campeão olímpico Adhemar Ferreira da Silva, entre outros, no elenco
” No show do dia 21 de outubro, teremos outros artistas queridos , que vão interpretar músicas da parceria entre o grande poeta e Tom Jobim para Orfeu da Conceição”, diz Haroldo.
Amigo de Vinícius daquele tempo de muita criação, Haroldo Costa lembra como surgiu o convite de Vinícius de Moraes para Tom Jobim ser o seu parceiro, em 1956: “Estávamos todos no bar Vilarino, que existe até hoje, no Centro do Rio de Janeiro Vinicius, eu e o jornalista Lucio Rangel. Acertamos tudo Mas, Vinicius disse para o Lucio Rangel que só faltava um pianista, que entendesse de partituras, para musicar as letras que ele escreveu para homenagear o negro brasileiro e a cultura afro. Lucio Rangel olhou para a mesa ao lado . E, ali estava Tom Jobim, pianista que costumava sobreviver através de apresentações em boates de Copacabana, e que não tinha dinheiro nem para pagar o uísque. Lucio Rangel disse a Vinicius, apontando para Tom Jobim, que já tinha ouvido o jornalista Sergio Porto – seu primo-irmão- falar muito bem daquele músico. Vinicius apresentou-se a Tom Jobim e perguntou se ele gostaria de musicar sua peça. E foi que, então, Tom respondeu a Vinicius: Rola um dinheirinho aí? Vamos relembrar tudo isso. Vinicius precisa ser relembrado sempre”, concluiu.


O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


José Maria Benedito Leonel
É possível sentir falta de si mesmo? Penso que sim. Sei que não é saudade.
Sentir falta de si mesmo , acontece quando você quer fazê o que já fez e não dá mais. O tempo venceu você.
O pai jogo a corda no bezerro e não pegou. Lá se foi o bezerro. O pai errou o laço. Tenho certeza que ele sentiu falta dele mesmo.
Eu, de minha parte, já senti fragilidades em falas minhas. Falas nas quais eu era contundente, incisivo, convincente. Ao menos, eu pensava que era. Hoje sinto que me falta a rapidez e a lógica no raciocínio. Falta a exatidão dos dados da memória. Faltam as palavras mágicas do melhor argumento.
Falta o humor sadio que amenizava os confrontos. Falta a paciência pra prosa comprida. Se fui interessante um dia, reconheço, esse tempo passou.
Tô triste por isso? Tô não!
Ligo o” Desconfiômetro “ e fico na minha. Se tô incomodando, disfarço e saio de fininho e puxo trecho. Eu nunca fui protagonista mesmo. Malemá fui figurante.
O que fazê? Entendê que em cada tempo há um jeito de sê feliz e que há muita alegria no silêncio. E mais: é preciso tê dó dos outros pra alguém tê dó da gente... Por pouco que possa sê, um dia, quem serventia não tinha, teve valia e me trouxe um copo d›água, um dedo de prosa e me fez rir das tontices que disse. Ou seja, proseô comigo. Simples assim.


MARIA DE LOURDES CAMILO SOUZA

Termo grego que significa "estado do ser habitado por um bom daemon” (bom gênio)
Felicidade, bem estar, estado de plenitude do ser que acho só as pessoas gratas conseguem, porque tem a capacidade de ver uma boa lição em cada situação vivida.
De acordo com Aristóteles, a felicidade seria a virtude das virtudes.
Seria mais ou menos como a Poliana, menina que ao ficar órfã, vai viver com uma tia distante, e que apesar das dificuldades praticava o " estar contente".
Assisti o filme de 1960, com a atriz Hayley Mills.
Nunca esqueci, porque com seu jeitinho amoroso acabava mudando a vida das pessoas com quem convivia sempre para melhor.
Diferente de hedonia, onde o prazer é o objetivo e o bem supremo da vida.
A diferença é que o prazer dura algum tempo e passa. Alguns prazeres ás vezes podem até nos trazer algum sentimento de culpa e até sofrimento.
A brincadeira de estar contente pode mudar a forma de ver a vida, transmutar o mau em bom, trazer luz onde mora a sombra.
E ao se tornar um hábito pode tornar as pessoas sombrias e tristes em iluminadas, alegres.
Aí você me pergunta: o que eu ganho com isso?
Eu respondo que atraímos a energia que espalhamos.
Energia positiva, atrai coisas e pessoas positivas.
Diria mesmo que o universo conspira a favor de gente assim.
Eu gosto de brincar que tenho muita sorte, e que de repente ao elevar meus braços aos céus para agradecer a Deus, ainda sou capaz de pegar dois patos em pleno vôo.
Meus sobrinhos quando meninos, riam muito desse meu jeito de falar.
Um exemplo simples são as sincronias.

Eu penso: preciso ir á quitanda comprar frutas. Horas depois, tocam a campainha e é a vizinha no portão: -Estou chegando do sítio e trouxe estas bananas e laranjas para você.
Não ria, isso já me aconteceu muito.
Tente praticar, pode dar certo.
Lembre da letra do " Samba da Benção " do nosso querido poetinha, Vinicius de Moraes: "É melhor ser alegre que ser triste,
Alegria melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração "