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da Cuesta

ACABOU A GUERRA

“Libertação dos Reféns e o Fim da Guerra: A Paz, Enfim!”

O cessar-fogo entre Israel e o Hamaz marca novo capítulo na história – e revaloriza a tradição diplomática brasileira

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi o “Arquiteto da Paz”, o “Estadista da Paz”, conseguindo o fim da Guerra entre Israel e o Hamas. Em 8 meses de governo, Trump conseguiu por fim a 8 guerras. A ele as glórias por tão importante conquista!

Veja quem são os reféns libertados pelo Hamas:

Matan Angrest, 22 anos Gali Berman, 28 anos Ziv Berman, 28 anos

Elkana Bohbot, 36 anos

Rom Braslavski, 21 anos Nimrod Cohen, 21 anos

David Cunio, 35 anos

Ariel Cunio, 28 anos

Evyatar David, 24 anos

Guy Gilboa Dalal, 24 anos

Maxim Herkin, 37 anos

Eitan Horn, 39 anos

Segev Kalfon, 27 anos

Bar Kuperstein, 23 anos

Omri Miran, 48 anos

Eitan Mor, 25 anos

Yosef Haim Ohana, 25 anos

Alon Ohel, 24 anos

Avinatan Or, 32 anos

Matan Zangauker, 25 anos

“Quando a Voz do Brasil se Erguia pela Paz” Editorial relembra a atuação de Oswaldo Aranha e a importância do Brasil na criação do Estado de Israel.

A Paz, Enfim: o Fim da Guerra e a Libertação dos Reféns

Enfim, o mundo respira aliviado. A libertação dos reféns e o cessar das hostilidades entre Israel e o Hamas representam não apenas o fim de uma das mais sangrentas páginas recentes do Oriente Médio, mas também a vitória, ainda que tardia, da razão sobre o ódio. Nenhum conflito que ceifa vidas inocentes pode ser considerado justo. A paz é sempre o caminho mais difícil — e, justamente por isso, o mais necessário.

O fim dessa guerra, que mobilizou consciências e dividiu nações, reacende no mundo a esperança de que é possível construir pontes sobre as ruínas deixadas pelas bombas. Que a dor dos que sofreram — de ambos os lados — sirva de lição para as gerações futuras. O diálogo, mesmo entre inimigos, é a única arma capaz de derrotar o fanatismo.

Para o Brasil, o desfecho desse conflito tem significado especial. Foi sob a presidência do chanceler Oswaldo Aranha, na Assembleia Geral das Nações Unidas de 1947, que se aprovou a criação do Estado de Israel. A atuação firme, equilibrada e humanista do diplomata brasileiro foi decisiva para garantir ao povo judeu o direito a uma pátria — e, por isso, Israel o homenageou ao dar seu nome a uma das principais avenidas do país. Essa página de nossa história diplomática é motivo de orgulho nacional e símbolo de um Brasil que já teve voz respeitada nas decisões globais. É lamentável, portanto, que nos últimos anos

tenhamos assistido à degradação dessa tradição de grandeza — o que se tem chamado, com propriedade, de “diplomacia dos anões”. Uma política externa sem visão histórica, sem coerência moral e sem o equilíbrio que marcou nossa melhor diplomacia. O Brasil precisa reencontrar o espírito de Oswaldo Aranha: o da coragem, da moderação e do compromisso com a paz mundial. O cessar-fogo entre Israel e o Hamas é um marco, mas não o ponto final. A verdadeira paz será construída nos gestos de reconciliação, na reconstrução das cidades destruídas e na valorização da vida humana — seja ela israelense ou palestina. Que o mundo, ao aplaudir o fim das armas, redescubra o valor do diálogo.

E que o Brasil, retomando sua vocação histórica, volte a ser uma voz respeitada e ponderada pela paz.

A DIREÇÃO.

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

Diário da Cuesta

Quem foi Oswaldo Aranha, o brasileiro que ajudou a criar o Estado de Israel

Oswaldo Aranha eu reunião com autoridades internacionais na ONU, em 1947

Uma das avenidas principais de Porto Alegre se chama Oswaldo Aranha e corta justamente o bairro do Bom Fim, reduto de expoentes da comunidade judaica na capital do Rio Grande do Sul. Também há ruas com este nome em Tel-Aviv, Bersebá e Ramat Gan, em Israel. E uma Praça Oswaldo Aranha em Jerusalém.

As homenagens se justificam principalmente pela atuação do brasileiro para a aprovação da chamada Resolução 181, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou as bases para a criação do atual Estado de Israel

Para especialistas, o político, diplomata e advogado brasileiro Oswaldo Euclides de Sousa Aranha (1894-1960) deve ser considerado um dos maiores nomes do país no âmbito das relações internacionais

“Sua atuação no cenário internacional estava dentro da questão do excedente de poder, um conceito de política externa que trata das coisas que criam condições para que você crie outras”, diz à BBC News Brasil o cientista político Leonardo Bandarra, pesquisador na Universidade de Duisburg-Essen (Alemanha) e associado sênior na organização desarmamentista Middle East Treaty.

Em 1948, por conta dessa atuação, Aranha chegou a ser indicado para o Prêmio Nobel da Paz.

“Ao lado de Ruy Barbosa [(1849-1923)], Barão do Rio Branco [(1845-1912)] e Bertha Lutz [(1894-1976)], é um dos nomes mais importantes da diplomacia brasileira. Simboliza um Brasil que se lançava para o mundo”, afirma à BBC News Brasil o economista Robert Georg Uebel, professor de relações internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

Diplomacia inata

Mas como foi a trajetória desse gaúcho, antigo amigo do presidente brasileiro Getúlio Vargas (1882-1954) que também se tornaria amigo do seu homólogo americano Franklin Roosevelt (18821945), a ponto de ele se tornar um dos nomes mais importantes da diplomacia mundial no conturbado momento da vigência e do término da Segunda Guerra Mundial?

Sua biografia indica uma facilidade inata para intermediar conflitos e buscar soluções.

“Ele tinha uma aptidão muito grande para questões internacionais desde cedo”, diz à reportagem o cientista político Christopher Mendonça, professor na Ibmec de Belo Horizonte. “Aranha nasceu no lugar onde é praticamente fronteira do Brasil com Argentina e Uruguai [o município de Alegrete] e jovem esteve em países como França, Itália e Suíça. Esse conhecimento internacional fez dele uma pessoa de destaque nesse assunto.”

Graduado pela Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais, hoje Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), logo em seguida passou uma temporada de estudos em Paris. Só então se viu talhado para começar a carreira, como advogado, no Rio Grande do Sul.

Logo sua trajetória se misturaria com a política. Em 1923, tinha 29 anos quando explodiu a luta entre chimangos e maragatos — e ele chegou a pegar em armas para lutar a favor do sistema republicano em seu estado. Dois anos mais tarde tornou-se prefeito de sua cidade natal — e lembrado até hoje como o introdutor do sistema de esgoto no município.

Nesse período, o diplomata dentro dele pareceu saltar aos olhos. Os resquícios do conflito de dois anos atrás ainda ecoavam em sua Alegrete, fazendo com que famílias distintas se vissem como rivais. Ele conseguiu selar a paz.

Aranha parecia galgar uma ascensão meteórica. Em 1927, foi eleito deputado federal. No ano seguinte, foi nomeado secretário de Negócios Interiores e Exteriores do Rio Grande do Sul.

Pouco tempo depois, ele era um dos principais articuladores da chamada Aliança Liberal, campanha que organizou o golpe armado que deporia o presidente Washington Luís (1869-1957), fazendo a Revolução de 30 que acabaria levando o seu conterrâneo gaúcho Getúlio Vargas à presidência da República pela primeira vez. Foi nessa época que a amizade de ambos se tornou forte. (Arquivo Nacional)

“Dia Internacional do Escritor”

Hoje, 13 de outubro 2025, Dia do Escritor!

Fico ás vezes horas seguidas, dias até nessa luta. Buscando, garimpando palavras nesse rio de idéias que vagam pela minha mente.

Rio por vezes caudaloso, por vezes numa seca atroz..

Aí numa madrugada acordo com aquela palavra que estava buscando.

E rápido vou num impulso para prendê-la num contexto, levanto e vou escrever.

Escreve que escreve, apaga que apaga... Garatuja aqui e ali...porisso junto textos em

pequenas notas e intermináveis cadernos.

Assim é que vou procurando manter aquela idéia em um trecho que vai nascendo, buscando sempre não me perder quando as ondas de inspiração vem e por vezes se multiplicam.

Há que ser atenta para pular ás vezes as marolas que de nada servem naquele momento, e que desviam-me a atenção.

Não é fácil ter intimidade com as palavras, ás vezes elas ficam fugidias.

Lembram-se daquelas listas que fazíamos de resoluções para a vida que fazíamos?

“Ler muito.

Ter uma carreira casar e ter filhos

Plantar uma árvore Escrever um livro

Conhecer Paris

Visitar Roma e conhecer o Papa

e por ai vai..

Pois é, algumas delas não pude cumprir, destino ou desvio dele, quem sabe?

Outras determinações cumpri com êxito.

E quando já nem me lembrava dessa lista, e já bem mais idosa, realizei um desses sonhos e lancei meu primeiro livro.

Tem cadastro e número de registro e certificado entre os muitos escritores desta Terra, mãe gentil.

Certo dia me dei conta meio que incrédula:

- “Olha só: tornei-me escritora “

Neste dia parabenizo a todos esses garimpeiros de palavras que levam conhecimento, elevam o espirito e inspiram a tantos outros semelhantes.

Parabéns aos escritores!

Momentos Felizes

BODE EMBARCADO

Bode é animal ruminante, de chifre oco sendo macho da cabra. Pouco conhecido nas cidades é, ao contrário, muito encontrado no meio rural onde sítios ou fazendas são criadoras desses animais para produção de leite e carne. Assim é que na Fazenda Bocaiuva seu proprietário era um dos maiores produtores de Caprinos da raça Boer, pelagem branca no dorso/lombar e cabeça com pelagem vermelha.

Pois bem, como sabemos o leite de cabra é um poderoso nutriente, especialmente para crianças e a produção de cabritos é muito rentável por ocasião das festas de fim de ano. E como fica o Bode, Bem, este animal têm o seu valor para procriar e aumentar o plantel. Como sabemos também, o Bode exala um odor nauseabundo como marca de seu território e sendo um tanto asqueroso poucas pessoas ficam ao seu redor. Não obstante, serve para esta crônica.

Consta que o proprietário da citada Fazenda, muito feliz com o rebanho, resolve oferecer a um seu parente residente na Capital um exemplar para iniciar lá, uma criação desses animais de raça pura. Ocorre que para transporte do animal somente é feito por Estrada de Ferro e em engradados reforçados. Pois bem, assim foi feito.

Ao chegar na estação para despacho, o Chefe olhou de lado, olhou para os auxiliares olhou para o encarregado do despacho, falou umas palavras inaudíveis, certamente um xingamento. Recebido o valor do frete o pobre animal ficou na plataforma aguardando o primeiro trem cargueiro.

Previsão de chegada à estação de três horas com viagem prevista para chegada ao destino/ Capital em doze horas. Sem milho e sem água suficiente o animal passou a exalar o tal cheiro e, nessa situação os encarregados do manuseio do engradado não se acercavam e qualquer remoção era feita a pontapé.

O mau cheiro se espalhava pela estação, espantando curiosos e até mesmo os serviçais da área.

Com muitas dificuldades o engradado com o animal foi colocado no vagão e durante a longa viagem seu tratamento foi péssimo. Chegando ao destino novas peripécias com chutes e pontapés na gaiola.

Quando o favorecido pela encomenda, foi retirar o animal, não suportando o terrível mau cheiro, telegrafou ao parente dizendo-lhe que estava devolvendo o animal uma vez que havia desistido da ideia de iniciar a caprinocultura e nada mais acrescentou. O esnobe tinha preferência por perfumes franceses.- Quando terminava esta crônica chegou a informação de que o animal será encaminhado à ONG/Municipal, Sociedade Protetora dos Animais.

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