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Projeto

Em comemoração ao Dia Nacional do Cerrado, o Projeto de Extensão Universitária “Passarinhando: Educação Ambiental e Conservação” foi inaugurada a ponte que conecta a Trilha Ecológica da Escola à FEB (Floresta Estadual de Botucatu) batizada de Cerrado Vivo. A FEB é uma área de proteção estadual do bioma Cerrado sob a gestão compartilhada entre a Secretaria do Meio Ambiente e a Fundação Florestal. PÁGINA 3

http://blogdodelmanto.blogspot.com Botucatu terá Árvore de Natal gigante feita de crochê: os famosos “Quadradinhos da Vovó”

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Botucatu terá Árvore de Natal gigante feita de crochê com participação da comunidade

Uma iniciativa criativa e colaborativa vai trazer uma nova atração para o Natal de Botucatu este ano: uma Árvore de Natal gigante feita inteiramente de crochê. O projeto busca a participação de toda a comunidade e já está em andamento, convidando a população a contribuir com a confecção dos chamados “Quadradinhos da Vovó”. A meta é ambiciosa: serão necessários 1100 quadradinhos de 15×15 cm para montar a estrutura da árvore. Para isso, a mobilização já começou e encontros de produção estão sendo realizados.

Quem quiser participar pode se juntar aos grupos nos seguintes locais e horários:

Atelier Colibri: todos os sábados, das 14h30 às 17 horas

Estação Ferroviária: todos os domingos, das 15 às 18 horas

Para aqueles que preferem crochetar em casa, tam-

EXPEDIENTE

bém é possível contribuir. Basta confeccionar os quadradinhos seguindo as orientações de medida (15 cm x 15 cm) e o tipo de material (fio de algodão), e depois entregá-los em um dos pontos de encontro:

Atelier Colibri – Avenida Demétria, Demétria – Tel: (14) 98804-1555

Estação Ferroviária – Rua Benjamin Constant, 228470 – Vila Jahu

Pinacoteca Fórum das Artes – Rua General Telles, 1040, Centro – Tel: (14) 3811-1470

Mais do que uma peça de decoração natalina, o projeto tem como objetivo unir as pessoas em torno de um propósito comum. A Árvore de Crochê promete ser um símbolo do espírito comunitário de Botucatu, mostrando como pequenas contribuições podem se transformar em algo grandioso e belo para toda a cidade.

(Botucatu Online)

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.

Diário da Cuesta 3

Projeto “Passarinhando: Educação Ambiental e Conservação” inaugura a Ponte da Conexão Cerrado

A Floresta Estadual de Botucatu batizada de Cerrado Vivo é uma área de proteção estadual do bioma sob a gestão compartilhada entre a Secretaria do Meio Ambiente e a Fundação Florestal Em comemoração ao Dia Nacional do Cerrado, o Projeto de Extensão Universitária “Passarinhando: Educação Ambiental e Conservação” foi inaugurada a ponte que conecta a Trilha Ecológica da Escola à FEB (Floresta Estadual de Botucatu) batizada de Cerrado Vivo. A FEB é uma área de proteção estadual do bioma Cerrado sob a gestão compartilhada entre a Secretaria do Meio Ambiente e a Fundação Florestal.

Em 2024, o Passarinhando inaugurou a Trilha Ecológica da Escola que vai da escola até onde nasce o Córrego Pinheirinho dentro da mata de galeria. Esta trilha possui nove estações ou paradas obrigatórias para contemplação e observação de aves. Dali mesmo é possível contemplar a FEB, mas os alunos queriam conhecê-lo pessoalmente, assim como foi o Córrego Pinheirinho já que uma das nascentes (Ibiaçá) estava assoreada. Em 2025, a ponte de acesso ficou pronta, assim como a trilha adicional até o ponto mais alto da FEB, no Bosque das Paineiras de Cerrado.

A data foi comemorada em grande estilo: os estudantes do 5º ano A e B da EMEFI Hernani Donato, descreveram cada uma das estações aos convidados presentes: Professora Percilia Giaquinto (diretora do Instituto de Biociências), Dra Bianca Picado e a assessora Lais Lopes (da Secretaria do Meio Ambiente), Professor José Campos e Professora Cristina Mattos (da Secretaria da Educação), Professoras Eliane Oliveira e Danielle Spadim (da Supervisão Escolar municipal), Professoras Bruna Borgatto e Ana Lucia (da gestão da EMEFI Hernani Donato), Professora Silvia Nishida e as estudantes Maria Domingues e Livia Boletini (equipe do Passarinhando). Havia ainda personagens do Sitio do Pica Pau Amarelo (de Monteiro Lobado): Dona Benta, Narizinho, Pedrinho e o Visconde de Sabugosa. Os miniguias mirins encantaram e guiaram os convidados com maestria. Fizeram, até charadas aos convidados sobre a trilha ecológica.

Nas palavras dos Professores Vinicius Alves e Maria Roseli: “Nas aulas que usamos a trilha ecológica e a floresta estadual de Botucatu, temos a oportunidade de treinar o olhar, o registro e a expressão das crianças sobre as informações que estão no ambiente, inclusive é uma estratégia didática que chama estudo do meio. Aquele ambiente natural já tem o potencial da interdisciplinaridade, a cada estação podemos observar e associar elementos do currículo, como cadeia alimentar, decomposição, biomas, fotossíntese, água, impactos ambientais, espaço, pontos cardeais, frações, proporções, relato de experiência, reportagem e até um pouco de leis. O desafio está na transposição dos conceitos espontâneos que os órgãos dos sentidos captam da realidade ambiente em conceitos científicos pela abstração.”

“Agora com mais um grande passo que é a ponte para a FEB, nós podemos mostrar para as crianças um fragmento de Cerrado conservado com fisionomias típicas do bioma, contrastando com o fragmento do outro lado que tem braquiárias e ainda está em processo de regeneração. A metodologia ativa chamada aprendizagem baseada em projeto já foi bem usada na trilha e na FEB pela parceria entre Hernâni Donato e Passarinhando, combina com a abordagem sociointeracionista do projeto político pedagógico da escola e é um dos exemplos que fez Botucatu entrar na seleção final do MEC sobre experiências inovadoras na Educação Integral. O painel que mencionou essa e outras parcerias chama “A experiência de escolas municipais integrais de Botucatu: desenho curricular como base para um currículo interdisciplinar com metodologias ativas”.

a Diretora da

Donato: “Para nós, da escola, essa trilha ecológica e a ponte têm um valor imenso. O Cerrado, tão rico e especial agora pode ser vivenciado de perto pelos nossos alunos. Com o projeto Passarinhando, eles aprendem ciência na prática, desenvolvem sensibilidade e consciência ambiental. É uma forma de unir o pedagógico com a vivência real, formando cidadãos que cuidam e valorizam a natureza”.

A Professora Silvia Nishida finalizou: “Com muita satisfação participamos do processo curricularização da extensão universitária da graduação e da pós-graduação por meio deste projeto de extensão universitária, desde 2019. A parceria entre a Universidade Pública (a Unesp) e a escola municipal de ensino fundamental (Prefeitura) está proporcionando uma formação acadêmica transformadora em todos os envolvidos, e neste caso, quem ganha mais é a área protegida de Cerrado, sua fauna e flora, sendo enfatizada a importância que merece! Os alunos que integram o Passarinhando, estudantes de graduação e de pós-graduação do IB, também ganham fortalecendo a necessária articulação das interfaces academia e sociedade”.

No ato da inauguração uma fita vermelha foi desamarrada coletivamente para dar passagem sobre a ponte uma pequena homenagem foi dedicada ao Sr Dicão (Aparecido Arruda) construtor da trilha e da ponte graças ao suporte financeiro da PROEC, da Secretaria de Educação e mais a doação de toretes de eucalipto pela Supervisão da Fazenda da FCA-UNESP. Ao final do evento, o Dr Verde entregou uma carta aos respectivos secretários presentes, Aqui um trecho:

“Olá Secretários, eu, Dr. Verde, amigo dos alunos da Escola Hernâni Donato, decidi reaparecer neste evento tão importante que é a inauguração da ponte entre a mata e o cerrado típico deste fragmento natural precioso que chamamos de Floresta Estadual de Botucatu, ou FEB. Venho através desta carta dizer que gostaria de continuar contando com esse apoio de vocês para essa área natural ser cada vez mais especial para a comunidade da escola e para o bairro Cedro. Não é qualquer escola que tem uma área com nascente, córrego, mata de galeria, cerrado e tantos animais como vizinha. Por isso ela não é só bela, mas também importante para a biodiversidade, educação e água da nossa querida cidade de Botucatu”.

( Fonte: Leandro Rocha – Vias Digitais/Tribuna de Botucatu)

Para
EMEFI Hernani

Momentos Felizes

“A FORÇA DO CORAÇÃO”

Era um sábado de outono. Ele caminhava pelas ruas da cidade quando ao passar em frente ao jardim chamado bosque, notou um aglomerado de pessoas, veículos de transporte de animais, animais presos por coleiras e outros ainda filhotes dentro de caixas de papelão e periquitos em poleiros improvisados. Havia de tudo um pouco. Cães de raça e outros de raça desconhecida e inúmeros do tipo tomba-latas. Gatos com “pedigree” e outros sem nenhum. Os animais aguardavam, sem saber, que aquelas pessoas ao redor estavam escolhendo um deles para fazer-lhes companhia, unindo os seus abandonos há outros tantos abandonos que só Deus sabia das razões.

Roque Roberto Pires de Carvalho

no Joe estrelado por Roddy McDowall acarinhando uma cachorra de raça “collie” e que atendia pelo nome de Lassie. (*)

Para as crianças era gostosa a imaginação de ter um animal de estimação; para os adultos era encontrar um amigo, amigo fiel para as suas horas de vivências e deixar de estar sozinho.

O homem admirado olhava aquele ambiente alegre das doações dos bichos. Olhava a alegria daqueles que, escolhido o animal abraçava-o, juntava ao seu peito, acariciava seu pelo, focinho, orelhas, perguntava se já havia um nome para chamá-lo, se estava vacinado e com as doses de vermífugo bem como o tipo de ração adequada para alimentá-lo, despedindo- se feliz e levando para casa um novo amigo e um novo companheiro. Era o dia do bicho, era o dia do homem, era o dia da criança, era um sábado de muito sol naquela praça bonita e festiva.

Para descanso, sentou-se em um dos bancos à sombra de tantas árvores. Sentou-se e passou a ouvir o som de uma banda de músicas que tocava bem próxima dali, logo acima ao lado do chafariz, dobrados militares e valsas brasileiras e vienenses. A praça era uma festa só! Assim embalado, em devaneios e caprichos da imaginação, uma seqüência de pensamentos e idéias vagas juntaram em seu subconsciente as lembranças de um antigo filme, assistido quando ele era ainda bem mocinho. O filme era uma obra mágica, era um romance do escritor inglês Eric Mowbray Knight ( 18971943) transformado em novela em 1940 e adaptado ao cinema em 1943 cujo título acima, tomou por empréstimo do renomado Autor e de sua tradutora Marieta Alves Ferreira. Em reminiscência e deslumbrado ele via claramente a pequena Priscila, papel interpretado por Elizabeth Taylor e o meni-

Latidos, miados e o barulho dos tambores e clarins da banda marcial na praça não conseguiam desviar seus pensamentos. Ele não era criador de cachorros e sim de gatos com raça e outros sem raça nenhuma. Em suas lembranças havia ocorrido com o seu gato Fofo, totalmente branco, olhos amarelos e da raça persa, um fato semelhante ao da cadela Lassie. Sua dona que o tratava diariamente com a melhor ração e maiores carinhos, recebia dele uma resposta correspondente pois, diariamente, ele ia ao seu quarto miar chamando-a para tomar o café da manhã e este fato ocorreu durante muitos anos. Em um dia qualquer sua dona fica doente, muito doente e é internada em um hospital de onde jamais sairia com vida. O Fofo permaneceu na casa em continuada procura, ignorando a ocorrência de algo estranho para ele, e não obstante, todas as manhãs dirigia-se ao quarto e não encontrava sua protetora; miando vasculhava a casa, quartos, salas, cozinha, banheiros, biblioteca, quintal, garagem e nada de encontrar. Aparentemente conformado, aquietava-se em um canto, ronronava e após dez dias convenceu-se de que não mais iria encontrar sua protetora, dona do seu amor felino.

No romance, Lassie que havia sido vendida para um nobre velho e rabugento e sua neta Priscila, fugiu do canil e para isso teve a ajuda dessa menina. Viajou por mais de quatrocentas milhas até chegar à cidade de seu antigo dono, chegando lá com pneumonia, à beira da morte. Foi tratada, recuperou-se, teve ainda sete filhotes e viveu com o seu melhor amigo para sempre.

Para ele, tudo o que passou em seu imaginário fora um verdadeiro sonho! A praça já estava vazia. Os músicos e seus instrumentos já tinham ido para outros cantos da cidade. Tudo era paz naquele lugar e o único barulho era dos veículos e dos grilos ao principiar uma noite enluarada. O lenço que passou em seu rosto não deixava dúvidas, estava úmido, havia chorado, recordou com lágrimas escondidas que o seu gato Fofo, perdendo sem saber quando e como a sua dona querida, foi doado para uma clínica veterinária de onde, com certeza, não terá nenhum motivo, nenhuma razão mais importante para fugir.

(*) ”Lessie Come Home” Ed.Universitária Ltda

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