DIA DO FOLCLORE NACIONAL 22 de Agosto
A palavra Folclore tem a sua origem na língua inglesa: folk = povo e lore = conhecimento.
Assim, é o conhecimento que vem do povo, um conhecimento popular.
Objetivando a preservação do rico folclore brasileiro, o Congresso oficializou, em 1965, que todo dia 22 de Agosto seria destinado à comemoração do folclore nacional. Valorizando as histórias e personagens do folclore brasileiro. E a Cultura Popular ganhou mais importância na cultura nacional, possibilitando que o folclore passe de geração para geração, preservando as raízes culturais do povo brasileiro.
As comemorações do Dia 22 de Agosto são marcadas por várias comemorações em todo o país. Nas escolas e centros culturais são realizados eventos para que a riqueza cultural do nosso folclore seja preservada

7ª Feira de Aventura, Artesanato e Gastronomia do Grupo
Escoteiro de Botucatu

O Grupo Escoteiro Padre Anchieta realiza, no próximo domingo, 31 de agosto, a 7ª edição da Feira de Aventura, Artesanato e Gastronomia de Botucatu O evento será no próprio espaço do grupo, localizado na Rua Vitória Régia, 191. A feira reunirá dezenas de expositores com peças exclusivas de artesanato, além de proporcionar aos visitantes a oportunidade de vivenciar momentos em contato com a natureza Estarão disponíveis atividades de aventura como arvorismo, rapel e escalada, todas realizadas com a técnica e segurança oferecidas pelos escoteiros.
O público também poderá aproveitar a praça de alimentação, que contará com grande variedade de opções, incluindo espetinhos, lanches, salgados, sorvetes, doces, sonhos e cachorro-quente.
Interessados em participar como expositores podem entrar em contato pelo WhatsApp: (14) 99812-9903. (Acontece Botucatu)

Diário da Cuesta 2
CENTENÁRIO DE NASCIMENTO - 1913 - 2013


A cultura botucatuense e a cultura paulista comemoram - neste ano de 2013! - o CENTENÁRIO DE NASCIMENTO do ilustre intelectual ALCEU MAYNARD ARAÚJO
Meu PATRONO na ACADEMIA BOTUCATUENSE DE LETRAS – ABL e meu professor na ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA, Alceu foi um intelectual pioneiro da CULTURA PAULISTA. Juntamente com MÁRIO DE ANDRADE realizou importante trabalho na Prefeitura Municipal de São Paulo, em seu Departamento de Cultura. Foi um dos mais destacados folcloristas brasileiros e ocupou cargos de destaque como o de GRANDE SECRETÁRIO DA CULTURA DO GRANDE ORIENTE.
Vamos reproduzir o trabalho que fizemos para a revista PEABIRU em sua homenagem:
Alceu Maynard Araújo
Não nasceu em Botucatu mas se considerava um “botucudo” de primeira linha. Piracicabano de nascimento, Alceu Maynard veio criança para Botucatu, aqui fez seus amigos, aqui criou seus horizontes, aqui se formou e daqui partiu para realizar grandes obras por esse Brasil imenso...
Nascido a 21/12/1913, filho de Mário Washington Araújo e D. Altina Maynard Araújo, Alceu começou cedo a mostrar as suas tendências pela cultura: formado pela nossa tradicional Escola Normal “Dr. Cardoso de Almeida”, atuou como secretário do jornal “O Momento”, de Botucatu e, aqui em Botucatu, publicou seu primeiro livro, “Chuvisco de Prata”, em 1931 Professor Primário, lecionou na pequena Pirambóia, onde começou a se interessar pelo rico folclore de nosso interior. Na Capital, formou-se pela Escola de Educação Física da USP e exerceu inúmeros cargos de direção na ACM - Associação Cristã de Moços, onde cursou o “Boy’s Work Secretary” e onde exerceu o cargo de Diretor da Divisão de Menores da ACM. Dessa sua atuação na ACM e na Prefeitura, em seu Departamento de Cultura, Alceu tomou vivo entusiasmo pela educação e preparo da juventude dentro de nossa realidade sócio-cultural, ou seja, buscando, no folclore, as raízes necessárias para a construção do caráter do brasileiro de amanhã
Com esse espírito, Alceu Maynard continuou sua busca de maior conhecimento da realidade brasileira: formou-se na Escola de Sociologia e Política, onde foi aluno dos Professores Donald Pierson e Herbert Baldas, ficando, posteriormente, como Assistente do antropólogo Emílio Willens. Em sua busca de mais saber, Alceu formou-se pela tradicional Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (USP). Aquele que era conhecido como “o peito de ferro” por seu porte atlético era também uma cabeça de ouro, voltada essencialmente para os principais aspectos da brasilidade.
Na Capital, entre tantas atividades, Alceu Maynard fundou com Mário de Andrade os famosos Clubes de Menores Operários da Divisão de Educação e Recreio do Departamento de Cultura, da Prefeitura Municipal de São Paulo. Folclorista de renome nacional. Educador e Intelectual




festejado, Alceu Maynard Araújo foi o primeiro botucatuense (ele sempre se considerou um botucatuense) a galgar os degraus da glória acadêmica, sendo o primeiro botucatuense a ingressar na Academia Paulista de Letras. Lá, abriu caminho para os outros dois botucatuenses que tanto tem valorizado Botucatu na cultura de nosso Estado: Francisco Marins e Hernâni Donato.
Quando eu ingressei na Academia Botucatuense de Letras, na Cadeira n” 2, cujo Patrono é exatamente Alceu Maynard Araújo e tendo como Fundador o Dr. Sebastião de Almeida Pinto, no distante ano de 1983, recebi de meu sempre Mestre, o Professor Agostinho Minicucci, correspondência à respeito de minha posse e de meu Patrono. Por oportuno, transcrevo seu inteiro teor:
“São Paulo, 12/08/83.
Prezado Armando: Acabo de receber a faustosa notícia de que você se torna imortal em a nossa Academia. Quem o conhece desde estudante, quem tem acompanhado os seus sucessos, a sua ânsia de vencer, a sua determinação por acompanhar a via clara e prestigiosa dos Delmantos, o seu acendrado amor pela terra-mãe...pode avaliar inteiramente a sua escolha como acadêmico. Parabéns. Nós acompanhamos Maynard em São Paulo durante largos anos, quando fomos Diretor da Metropolitanas(FMU) e ele foi nosso Vice e nas Faculdades de Guarulhos, quando ele foi Diretor e nós fomos Professor. Há muitas facetas de rara riqueza na personalidade desse educador-escritor que só quem conviveu com ele, teve a felicidade de sentir. Quando tanto se fala em folclore, é necessário reviver a obra de Maynard, divulgá-la nas escolas, nas academias, na imprensa. Tenho a certeza de que você irá fazer isso. Estou vibrando por isso tudo. Abraços. Prof. Agostinho Minicucci.”
Nem é preciso dizer que quando o Mestre Agostinho - Guardião da nossa Cultura! - prescreve tarefas, elas devem ser sempre cumpridas... Mas é com prazer e orgulho que temos procurado divulgar a obra de Alceu Maynard Araújo. Já em nossa posse na ABL, destacávamos em nosso discurso que: “Título: A bondosa indicação do Dr. Sebastião ou de como um escriba panfletário chegou à Academia.
“Se me cortam um verso, escrevo outro; Se me prendem vivo, escapo morto; E, de repente, eis eu aí de novo, Exigindo a paz e exigindo o troco”.
folclorista. O Dr. Sebastião foi professor de Alceu na sempre tradicional Escola Normal de Botucatu. E o Dr. Alceu foi meu professor na Escola de Sociologia & Política de São Paulo. Aqui, abro um parêntese. A festa com que Alceu recebeu um botucudo, a atenção que me foi dispensada e os ensinamentos que desse Mestre aprendi, marcaram-me para sempre. Fecho o parêntese. Alceu e Tião sempre dedicados à história e à pesquisa. Ambos tendo por Botucatu um carinho e uma predileção marcantes. Nosso passado e nossas peculiaridades.Os desbravadores. Os nossos sonhos. As nossas decepções. As vitórias e derrotas da cidade e dos botucatuenses tiveram a atenção e o relato desses cultores da nossa história e do nosso folclore. A eles, sucedo. Às suas qualidades, não tenho a pretensão. “Se me cortam um verso, escrevo outro; Se me prendem vivo, escapo morto; E, de repente, eis eu aí de novo, Exigindo a paz e exigindo o troco”.

Novamente repito: A bondosa indicação do Dr. Sebastião ou de como um escriba panfletário chegou à Academia.
Do Dr. Alceu, em discurso histórico, o Dr. Sebastião de Almeida Pinto traçou o perfil. Foi esportista, professor, diretor, sociólogo, escritor, Patrono da cadeira n” 2 da Academia Botucatuense de Letras e membro da Academia Paulista de Letras, juntamente com Hernâni Donato e Francisco Marins. Nascido em Piracicaba, Alceu, desde pequeno, foi criado em Botucatu, cidade que considerava como sua. Aqui fez suas amizades e estudos, culminando com sua diplomação pela Escola Normal de Botucatu. Formado Professor, Alceu foi lecionar em Pirambóia. Atento observador foi registrando os usos e costumes, as tradições, as crendices, as esperanças e os antepassados dessa gente boa do interior.

Na verdade, Alceu Maynard Araújo representou, com dignidade e brilho, a cultura nacional. Entre os inúmeros cargos de destaque que ocupou, ressalte-se o de Grande Secretário de Cultura do Grande Oriente de São Paulo.
As coisas em nossas vidas nunca acontecem por acaso. Fui indicado para a Academia Botucatuense de Letras pelo saudoso médico e professor Dr. Sebastião de Almeida Pinto. Indicado, fui aceito pela gentileza de seus membros para ocupar a cadeira que tem por Patrono o notável escritor Paulo Setúbal. Mas a vida quis, o que muito me honra e sensibiliza, que houvesse um remanejamento, não muito normal em casos que tais, vindo eu a ocupar a cadeira que tem como Patrono o ilustre historiador e folclorista Alceu Maynard Araújo e, como antecessor, exatamente, aquele que me convidou e indicou para fazer parte deste seleto sodalício: o Dr. Sebastião de Almeida Pinto. É uma dupla honra: suceder a tão ilustre botucatuense e ter como Patrono esse excelente
Obras Literárias: Durante sua fértil produção literária, Alceu Maynard escreveu os seguintes livros e álbuns ilustrados com fotos e dese¬nhos: Chuvisco de Prata -1931, Caminhos Apenas,..1939, Seis Lendas Amazônicas -1943, Acampamento Ajuricaba - 1946, Cururu -1946, Danças e Ritos Populares de Taubaté • 1948, Folias de Reis de Cunha -1949, Rondas Infantis de Cananéia -1952, Documentário Folclórico Paulista -1952, Instrumentos Musicais e Implementos -1954, Literatura de Cordel -1955, Canta Brasil -1957, Ciclo Agrícola, calendário religioso e magias ligadas às plantações -1957, Cem melodias folclóricas -1957, Poranduba Paulista - 1958, Alguns Ritos Mágicos – 1958, Folclore do Mar –1958, A Congada Nasceu em Roncesvales – 1959, Medicina Rústica – 1961, Brasil – Paisagens e Costumes – 1962, Novo Dicionário Brasileiro (Verbetes de folclore) Melhoramentos – 1962, Folclore Nacional – 1964, Escorço de Folclore de uma Comunidade – 1962, Discursos de Posse na Academia Paulista de Letras – 1965, Artesanato e Desenvolvimento – “Ocaso cearense” – José Arthur Rios” – 1970, Pentateuco Nordestino – 1971 e Cultura Popular Brasileira – 1971. Esse o perfil do “botucatuense” Alceu Maynard Araújo! (AMD)
LEITURA DINÂMICA

1
– Os intelectuais Mário e Oswald de Andrade foram os grandes líderes do Movimento Modernista que culminou com a Semana de Arte Moderna de 1922.

2
– Mário de Andrade participou da Semana de Arte Moderna que inaugurou o Modernismo no Brasil. Buscou divulgar, em seus textos, elementos da Cultura brasileira e criar um sentimento de identidade nacional. Seu livro mais conhecido é Macunaíma que traz como subtítulo: “o herói sem nenhum caráter”. Destaque para a publicação do famoso “Prefácio interessantíssimo” do livro “Paulicéia Desvairada”, de 1921.

4
– Com certeza, “Macunaíma” consagrou a carreira artística de Grande Otelo. Um exemplo de “anti-herói” clássico da literatura brasileira é Macunaíma, de Mário de Andrade. Não por acaso, o romance tem, como subtítulo, a expressão “herói sem nenhum caráter”. Iniciada de modo irônico: – “No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente”.


3
– Escrita por Mário de Andrade, teve grande impacto na literatura brasileira, principalmente por ter sido o autor um dos pioneiros do Modernismo no Brasil, tendo sido um dos responsáveis pela Semana de Arte Moderna de 1922, marco do início do movimento modernista brasileiro. “Macunaíma” tem como uma de suas características a renovação da linguagem brasileira, ao tratar tempo e espaço como entidades arbitrárias...
5
– ALCEU MAYNARD DE ARAÚJO E MÁRIO DE ANDRADE. Na Capital, entre tantas atividades, Alceu Maynard de Araújo – botucatuense de coração! - fundou com Mário de Andrade os famosos Clubes de Menores Operários da Divisão de Educação e Recreio do Departamento de Cultura, da Prefeitura Municipal de São Paulo. Atuando na ACM e na Prefeitura, em seu Departamento de Cultura, Alceu tomou vivo entusiasmo pela educação e preparo da juventude dentro de nossa realidade sócio-cultural. Foi um dos mais destacados folcloristas brasileiros e ocupou cargos de destaque como o de GRANDE SECRETÁRIO DA CULTURA DO GRANDE ORIENTE.

Viagens # Fé

Gesiel Júnior
Subindo a extensa escadaria da Basílica de Santa Maria em Aracoeli
Situada ao sul da Colina Capitolina, ao lado do Monumento ao rei Vittorio Emanuele II (1820-1878), no centro histórico da Cidade Eterna, a Basílica de Santa Maria em Aracoeli é uma das igrejas mais queridas pelo povo de Roma. O seu nome brotou de uma lenda, segundo a qual uma profetisa teria previsto a vinda do Filho de Deus ao imperador Augusto, dizendo: “Haec est ara Filii Dei” (Este é o altar do Filho de Deus): daí o nome Ara Coeli.
Construída durante o século VI, por volta do ano 1000, a igreja tornou-se abadia beneditina. Depois, de 1250 a 1798, os franciscanos a assumiram e a remodelaram, dando-lhe o atual aspecto romano-gótico. O local, aliás, foi a sede da Cúria Geral da Ordem dos Frades Menores.
Regina Célia e eu subimos a grande escadaria da Aracoeli, construída em 1348 para suplicar a Nossa Senhora o fim de uma peste que assolava a Europa. Trata-se de uma escada de mármore formada por 124 degraus empinados, os quais terminam na entrada dessa igreja.

Em 1797, durante o período da República, chegaram maus tempos para o templo, que foi transformado em um estábulo. Hoje, além de ser uma das principais igrejas cívicas de Roma, ela ainda bem que voltou a brilhar em todo o seu esplendor enquanto milhares de turistas a visitam a cada dia.
A peça sacra mais conhecida dessa basílica é a imagem do Menino Jesus, a escultura que, segundo a tradição, foi esculpida na madeira das oliveiras do Jardim de Getsêmani. O “Bambinello” de Aracoeli era muito amado pelos romanos. Acredita-se que ele era investido de poderes milagrosos, como ressuscitar os mortos e curar doenças. Roubado em 1994 e nunca recuperado, substituíram-no por uma réplica.
Dividida em 22 colunas de diferentes tipos retiradas de alguns edifícios da Roma Antiga, a igreja tem seu teto de madeira decorado com pinturas representando a Batalha de Lepanto, na qual os cristãos venceram os turcos.
Abriga também no altar-mor a “Madonna Aracoeli” (Nossa Senhora das Mãos de Ouro), um milenar ícone bizantino coroado pontificalmente em 29 de março de 1636 pelo Papa Urbano VIII. Trezentos anos depois, Pio XII consagrou o povo romano a Maria diante dessa imagem.
Cronista e pesquisador, membro da Academia Botucatuense de Letras, é autor de 55 livros sobre a história regional.