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Marcus M. Gilban
IDEOLOGIA VS. ECONOMIA
Relatos sobre a Aceleração da Aliá Brasileira
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“Fazer aliá é com certeza uma das mais complexas decisões que uma pessoa ou um casal pode tomar. Tudo necessariamente será diferente depois do desenraizamento da árvore pessoal e familiar e o transplante da mesma no novo país”.
Marcus M. Gilban
Nunca tantos judeus trocaram o Brasil por Israel. Em 2016, foram quase 700 pessoas, o que representa um aumento de 250% com relação à média anual de 200 olim1 do Brasil desde a fundação do Estado judeu em 1948. Em 2015, o número havia sido em torno de 500, quase o dobro dos 280 em 2014, ano em que a ex-presidente Dilma Rousseff foi reeleita.
“Esperamos aproximadamente 900 olim até o fim de 2017, um aumento de 30% em relação ao ano passado. Há um interesse duradouro na aliá entre os judeus brasileiros e acreditamos que esta tendência é ainda muito forte, mas não é possível prever o futuro”, afirma Yigal Palmor, diretor global de relações públicas e comunicação da Agência Judaica.
Não há coincidências. É comum a piada entre os olim chadashim2 brasileiros de que “Dilma foi a melhor shelichá3” que já houve, brincando com o fato de que nem mesmo os representantes da Sochnut4, responsáveis por promover a aliá, tiveram tanto sucesso em convencer um número tão grande de famílias brasileiras a emigrar para a Terra Prometida.
“É um conjunto de fatores. A situação política, a violência nas ruas, a economia, a qualidade dos serviços públicos, a maior transparência da informação sobre a realidade israelense entre os judeus do Brasil, e até um efeito de bola de neve: quanto mais brasileiros se mudam, mais brasileiros eles mesmos atraem”, explica Michel Abadi, presidente da Beit Brasil, rede de relacionamentos formada por cerca de 120 voluntários que orientam o novo imigrante de forma individualizada desde sua saída do Brasil até seus primeiros meses no novo país.
Hoje, o número de brasileiros em Israel – judeus ou não – gira em torno de 13 mil. De acordo com a Agência Judaica, há cerca de 1.800 pessoas com “pas-
Grupo de olim brasileiros residentes em Ra’anana em passeio ao Monte Hermon.
ta aberta”, ou seja, deram início aos trâmites iniciais para fazer aliá, o que inclui telefonar para uma central telefônica em Jerusalém, preencher um questionário on-line detalhado e reunir certidões civis e religiosas assinadas por um rabino. De acordo com a Lei do Retorno, todo aquele que comprove que um dos seus quatro avós seja judeu, ou que tenha se convertido ao judaísmo em qualquer uma de suas vertentes, é elegível a fazer aliá, recebendo o seu documento nacional de identidade (teudat zeut) ainda no aeroporto ao desembarcar em Israel.
Canal aberto com veteranos
“O aumento do número de olim do Brasil não é temporário, e sim continuará para os próximos anos”, garante Gladis Berezowsky, uma das principais referências em apoio a novos imigrantes brasileiros em Israel há 14 anos, e que até há pouco atuava como diretora do Beit Brasil. Trocou a sua Porto Alegre natal por Jerusalém aos 19 anos para realizar o sonho sionista.
Em 2010, Gladis fundou o grupo de Facebook chamado “Olim do Brasil”, hoje com quase 2.500 inscritos, a principal fonte de informações para atuais e potenciais imigrantes. Seu novo projeto é a criação de uma organização não governamental para atender imigrantes brasileiros.
“A ONG ‘Olim do Brasil’ está em fase de registro no Ministério de Justiça em Israel e terá como objetivos principais melhorar a absorção dos olim e o acesso às informações sobre Israel para todos os potenciais olim do Brasil inteiro. Será aberta em agosto de 2017”, promete.
No final de junho, cerca de mil pessoas assistiram a palestras concorridíssimas no Rio e em São Paulo, proferidas por representantes da Agência Judaica e olim brasileiros voluntários vindos de Israel para compartilhar suas histórias.
“Fazer aliá é com certeza uma das mais complexas decisões que uma pessoa ou um casal pode tomar. Ela pressupõe ‘recalcular a rota’, como no Waze. Tudo necessariamente será diferente depois do desenraizamento da árvore pessoal e familiar e o transplante da mesma no novo país”, explicou a psicóloga carioca Rita Cohen Wolf ao público.
“A aliá pode promover um upgrade significativo na qualidade de vida das famílias não só pela liberdade que se tem, mas também pela mudança do paradigma de valores. Para mim, sem dúvida, Israel é o melhor lugar do mundo
para se viver”, completa Rita, que deixou o Rio em 1977 com marido e duas filhas de sete e dez anos, após sofrer seis assaltos. Divorciou-se, casou de novo e teve um casal de gêmeos, os primeiros sabras5 da família, hoje a poucos meses do Bar Mitsvá.
O administrador de empresas Martin Teitelbaum foi outro que contou um pouco da sua vivência como israelense. Em 2010, deixou São Paulo para trás com esposa e três filhos de dois, cinco e sete anos. A gota d’água foi um assalto em Higienópolis à luz do dia. “No Brasil, eu era apenas mais um tentando sobreviver. A vida era supérflua e com valores invertidos. Em Israel, nós valorizamos o que deve ser valorizado”, avalia.
Ra’anana: ‘Little Brazil’
Cidadezinha de 80 mil habitantes a 14 quilômetros de Tel Aviv (mesma distância do Leblon até a Barra), Ra’anana virou uma febre entre os brasileiros nos últimos anos. As razões são diversas, entre elas o fato de que dá para se sentir num dos prósperos e tranquilos subúrbios de Miami, sonho dourado de nove em dez brasileiros. A praia mais próxima, em Hertzliya, fica a 15 minutos. O
“A aliá pode promover Kotel fica logo ali, a cerca de 1 hora de um upgrade significativo na qualidade de vida carro, praticamente uma ida a Terê. Ra’anana é a cidade israelense com maior concentração de anglófonos em das famílias não só termos proporcionais. Fundada em 1922 pela liberdade que por imigrantes de Nova York, estima-se se tem, mas também que 20% da população tenham o inglês pela mudança do como língua-mãe por terem emigrado de países como Estados Unidos, África do paradigma de valores.” Sul, Reino Unido e Canadá, ou serem a primeira geração nascida em Israel. “Somos uma referência não só na cidade, mas também no Brasil. As pessoas querem vir para Ra’anana porque ela tem brasileiros e uma kehilá brasileira”, garante o engenheiro Alexandre Gomberg, um dos líderes da “Kehilá Yalla Chaverim”, grupo de amigos fundado em meados de 2016, que reúne também residentes de algumas cidades vizinhas como Kfar Saba, distante de Ra’anana como o Leblon de Ipanema. Recentemente, a invasão de imigrantes franceses fugindo do crescente antissemitismo em seu país deu um charme ainda mais especial à cidade, trazendo de um lado o glamour dos cafés e bistrôs iguaizinhos aos de Paris, mas também fazendo os preços dos imóveis irem às alturas. Eles já são alguns milhares.
Atividade de esclarecimentos sobre aliá no colégio Bar Ilan, Rio de Janeiro.

A comunidade brasileira é mais modesta em números, mas já reúne mais de 200 famílias, e cresce a olhos vistos. Por meio da página da Kehilá no Facebook e diversos grupos de WhatsApp, agendam-se vários eventos e oferta-se uma série de serviços por brasileiros para brasileiros.
“A formação de ‘guetos’ é natural e atende à necessidade humana de, ao chegar a um lugar estranho, encontrar seu canto e sua turma, pelo menos até que tenha forças para alçar voo solo. A questão é que esse voo solo pode nunca vir a acontecer. O que é, aliás, uma pena, já que esse deveria ser o grande barato: inserir-se na comunidade local”, escreveu certa vez a jornalista Miriam Sanger, correspondente do jornal O Estado de S.Paulo e moradora da cidade.
Ra’anana não é a única cidade com uma comunidade brasileira organizada e pujante. Em 2015, Modi’in foi a terceira cidade do país em termos de absorção de imigrantes brasileiros, atrás apenas de Ra’anana e Jerusalém, de acordo com os líderes da comunidade Bnei Darom. Já são 70 famílias brasileiras. No entanto, a cidade não conta com um merkaz klitá, o centro de absorção de imigrantes, o que reforça a tendência de aliot voltadas para a integração direta em kehilot estabelecidas e ativas.
Moradia e trabalho
O brasileiro é conhecido aqui por arregaçar as mangas e mergulhar no trabalho, seja ele qual for. No início, Gomberg deu duro, trabalhou descarregando conteineres, e hoje atua como supervisor de manutenção da El Al. Sua esposa, a pedagoga Sonia Cebukin, trabalha como professora num jardim de infância. A filha do casal, hoje com 21 anos, serviu o Exército ano passado e o filho, com 17, está prestes a se alistar. A família chegou a Israel em agosto de 2014, no final da campanha militar Operação Margem Protetora, na Faixa de Gaza.
Uma grande parte dos brasileiros que chegam a Ra’anana abre mão do direito de hospedar-se por alguns meses no merkaz klitá, uma espécie de conjunto habitacional com apartamentos simples e minimamente mobiliados, cujo custo mensal do aluguel pode chegar a quase a metade de um imóvel na região. O ulpan6 do local, considerado um dos melhores do país, atende a todo olê chadash, residente ou não no centro de absorção.
A consultora de imóveis Carol Abadi é a queridinha dos brasileiros no quesito aluguel de apartamentos na cidade. Ela orienta os interessados antes mesmo da aliá, por meio de Skype, WhatsApp e telefone. Normalmente, torna-se amiga da família e segue com o apoio voluntário durante a sua inserção no país.
“Cerca de 70% dos meus clientes são brasileiros. A importância de poder alugar um apartamento antes de fazer aliá é ter a tranquilidade de saber para onde você está chegando”, explica.
O casal Rodrigo e Gladis Wilner deixou uma vida estável em São Paulo para recomeçar em Ra’anana com suas filhas de oito e dez anos. Bióloga e pesquisadora na área
NÚMERO DE OLIM EM 2016
País de origem Aliá em 2016 Porcentagem da população judaica do país
Rússia 7.834 0,78
Ucrânia 6.048 1,69
França 4.883 1,01 Estados Unidos 3.094 0,05 Reino Unido 689 0,23
Brasil
Canadá 672
357 0,70
0,09
Argentina 283 África do Sul 256 0,15
0,36
Bélgica 218 0,71
Fontes: Aliá em 2016 – Agência Judaica População Judaica - World Jewish Population 2010 – Sergio Della Pergola, The Hebrew University of Jerusalem. Notas: Nos casos da Rússia e da Ucrânia, os cálculos foram feitos com base na estimativa de Della Pergola quanto à quantidade de pessoas elegíveis para aliá segundo a Lei do Retorno. Nos demais países se utilizou a população judaica, considerando que neles os números de elegíveis para aliá pela Lei do Retorno não diferem muito da população judaica geral. Dos seis primeiros países apenas o Brasil cresceu em quantidade entre 2015 e 2016, tendência que deve se repetir (talvez em números superiores) em 2017. Isto pode vir a colocar o Brasil como o segundo ou terceiro país do mundo na taxa entre população elegível para aliá e olim.
de câncer e endometriose, Gladis seguiu o caminho de boa parte das brasileiras recém-chegadas: começou a trabalhar como ajudante num jardim de infância, cuidando de crianças com idade entre cinco meses e dois anos. O trabalho é duro, incluindo higiene, alimentação e diversão de cerca de 12 pimpolhos. Rodrigo trabalha como segurança no shopping.
“O maior desafio de todos é a língua. Estudamos os quatro em escola judaica no Brasil, mas nem de longe é suficiente para se comunicar no dia a dia. Estamos fazendo ulpan. Tenho que revalidar o meu diploma para fazer uma prova, para a qual um bom hebraico é imprescindível. Não tenho condição agora, mas daqui a um ano espero poder ingressar na minha área”, conta Gladis.
Diploma: luta pela revalidação
O reconhecimento do diploma brasileiro é um dos obstáculos enfrentados por muitos. No fim de junho, um grupo de profissionais da área de saúde exigiu na Knesset7 o direito a exercer a sua profissão. Muitos dentistas, psicólogos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos estão impedidos de trabalhar por causa da demora da validação dos seus diplomas pelas autoridades competentes, que alegam que a carga horária dos estudos universitários no Brasil não é suficiente.
“Nós queremos ajudar o Ministério da Saúde a estabelecer uma comparação detalhada e uma equivalência matemática, incluindo pós-graduações e estágios em comunidades que muitos brasileiros têm”, explica a advogada Osheria Franjovits, que é filha do rabino Eliezer Stauber, da Sinagoga de Copacabana, e defende os profissionais não reconhecidos.
Moradores de Kiryat Yam, cidade de 40 mil habitantes no litoral norte do país, o contador Mauro Seiner e a médica geneticista Renata Zlot sabem bem o que é isso e traçaram um planejamento familiar até obterem a autorização para exercer suas profissões. Chegaram a Israel em 2016 com seus filhos de três e seis anos e aproveitaram o benefício de residir no merkaz klitá, que acolhe hoje dez famílias brasileiras. Em 2016, o Brasil “Kiryat Yam é perto de Haifa. O merocupou o sexto lugar em número kaz klitá é na praia e os apartamentos são maiores, apesar de precisarem de reforma e manutenção. Não são perfeitos, de imigrantes para mas não esperávamos por perfeição. As Israel, atrás de Rússia, aulas de hebraico acontecem no ulpan Ucrânia, França, Estados aqui dentro, temos uma ótima professoUnidos e Reino Unido, ra e estamos numa turma de 30 alunos, onde metade é brasileira e a outra mede acordo com dados tade é composta de russos e ucranianos. da Agência Judaica. Temos una convivência muito boa”, conNo entanto, foi o único ta Mauro. dos seis que aumentou “Até o momento, nosso objetivo é fio contingente de car por aqui, mas tudo vai depender do trabalho. Nossos diplomas estão no pro2015 para 2016. cesso de revalidação. Talvez eu tenha que fazer até cinco provas para poder trabalhar, mas preciso de um bom hebraico. Minha esposa pretende atender pacientes de pediatria e geriatria”, explica. Mesmo fora da área de saúde, dar sequência à carreira que se tinha no Brasil não é tarefa fácil. Moradora de Ra’anana, Denise Faldini levou nove meses até assumir a posição de executiva de contas para a América Latina em uma start-up. O processo foi árduo e até desanimador em alguns momentos, conta a engenheira, que abandonou São Paulo em 2016 em busca de qualidade de vida e segurança para ela, o marido e os dois filhos de cinco e nove anos. “A maior dificuldade foi encontrar vagas que demandavam as habilidades nas quais eu tinha muita experiência e conhecimento. Além disso, quando eu competia com um israelense, ele era normalmente preferido pela questão do idioma e da cultura local. Aqui temos que investir muito no networking”, ensina.
Novo perfil brasileiro
“Há realmente um novo perfil do olê brasileiro nos últimos anos: um grande número de famílias jovens que buscam um futuro melhor para seus filhos; pessoas de classe média que não buscam Israel devido a problemas econômicos, e sim pela qualidade de vida; idosos que vêm juntar-se aos filhos já aqui e que, devido aos problemas de segurança no Brasil, escolhem Israel para viver; e ainda aqueles que foram muito afetados pela situação econômica do
Brasil, o custo de vida e a qualidade dos planos de saúde”, explica a consultora Gladis Berezowsky.
Voluntário do Beit Brasil em Kiryat Yam, o engenheiro de software Hayim Makabee estima que residam cerca de 100 brasileiros na cidade. Ele concorda com Gladis e afirma que o brasileiro que hoje faz aliá não é o mesmo de anos atrás.
“É também uma realidade o formato de família onde apenas um cônjuge é judeu. Boa parte das mulheres não judias não passaram pelo processo formal de conversão e, por esta razão, os filhos do casal não são judeus”, observa.
Em maio, Hayim promoveu um encontro entre os olim brasileiros e o prefeito da cidade a fim de abrir um canal de comunicação com a crescente comunidade verde-e-amarela. O político arriscou até anunciar uma sessão com livros em português na biblioteca municipal.
“Apenas uma pequena parte dos olim tem o sionismo como motivação da aliá. A grande maioria está fugindo para Israel porque não tem opção de ir para outro lugar. Outros vêm com a mentalidade de ‘se der certo, ok; se der errado, eu volto’. Não ter qualquer base do idioma leva aos subempregos braçais, pesados, muito abaixo da sua capacidade intelectual e profissional. A tendência é essa situação durar anos. Grande parte da culpa é deles mesmos, que não se esforçam o suficiente”, alfineta Hayim.
Futuro
Em 2016, o Brasil ocupou o sexto lugar em número de imigrantes para Israel, atrás de Rússia, Ucrânia, França, Estados Unidos e Reino Unido, de acordo com dados da Agência Judaica. No entanto, foi o único dos seis que aumentou o contingente de 2015 para 2016.
“O futuro dos brasileiros em Israel não é sionista, mas sim de refugiado econômico. Se a situação do Brasil continuar a piorar, a consequência é o aumento da aliá. Se o Brasil melhora, a aliá diminui e, se melhorar bastante, muita gente voltará ao Brasil. Outra coisa: se houver uma guerra aqui, muita gente pode voltar por não saber lidar com a realidade ou por pressão das famílias”, acredita Hayim.
Diretora da nova ONG Olim do Brasil, Gladis Berezowsky diverge: “A quem pode, recomendo fazer uma visita a Israel e conversar com quem já está aqui. Para quem não pode, consulte bem essas pessoas. É indispensável que todo olê chadash saiba um mínimo de hebraico para não precisar começar do zero. Devem saber que Israel é um país diferente do Brasil e que promete um futuro melhor a todos”.
Para Yigal Palmor, da Agência Judaica, o olê brasileiro não difere muito dos demais, e tem até algumas vantagens: “Os olim brasileiros, como todos os demais, tendem a viver próximos uns dos outros, a fim de preservar a sua cultura e o idioma em comum. Eu diria que os brasileiros, em geral, têm uma imagem coletiva positiva entre os israelenses, praticamente sem estereótipos negativos, o que deve tornar a sua absorção um pouco mais fácil”.
10 PECADOS DO OLÊ CHADASH BRASILEIRO
1) Não se preparar antes de fazer aliá 2) Parar de estudar hebraico quando termina o ulpan 3) Morar em cidades caras para ficar perto dos amigos 4) Tentar manter em Israel o estilo de vida brasileiro 5) Isolar-se na comunidade brasileira em Israel 6) Aceitar qualquer subemprego 7) Parar de buscar emprego quando já está trabalhando 8) Acompanhar obsessivamente as notícias do Brasil 9) Levar para o lado pessoal as diferenças culturais 10) Não entender que as dificuldades são temporárias Por: Hayim Makabee | Fonte: www.bneidarom.org
Notas
1. Olim, singular olê, significa literalmente “aqueles que sobem”, é como se define a pessoa que emigra da Dispersão para Israel. Deste termo deriva “aliá” que designa a imigração de judeus para Israel. 2. Chadashim, singular chadash, significa “novo”. Imigrantes recentes (até 2, 3 anos) são denominados “olim chadashim”. 3. Shelichá, literalmente “enviada”, é o nome dado à pessoa que vai trabalhar fora de
Israel em nome do governo israelense. 4. Sochnut, literalmente “agência”, é como se denomina de forma coloquial a Agência Judaica para Israel, organismo do governo israelense que coordena as atividades de imigração dos judeus. 5. Sabra é o nome dado à fruta de um cactus muito comum em Israel. Diz que os israelenses são “sabras”, indicando que são espinhentos (agressivos) por fora e doces (solidários) por dentro. 6. Ulpan, literalmente “estúdio”, é como se denominam os cursos de hebraico para os olim chadashim. 7. Knesset é o Parlamento do Estado de Israel.
Marcus M. Gilban é jornalista, carioca, correspondente da agência de notícias Jewish Telegraphic Agency (JTA) há 20 anos. Fez aliá em 2016 e vive com a família em Ra’anana.