Deccs Magazine - Patinete - Ed N01

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Como você começou no mundo do patinete? Houve alguma influência especial que despertou seu interesse?

Iniciei no mundo dos esportes há cerca de 12 anos. Meu primeiro contato com a pista de skate foi andando de patins, e depois de um tempo, migrei para o skate. Foi nessa transição que entrei em contato com o patinete. Tudo começou com dois amigos meus que andavam na pista. Eles utilizavam patinetes de alumínio, mas eles não duravam muito e quebravam após algumas manobras. Então, tivemos o primeiro contato com um patinete iniciante de manobras que um dos meus amigos trouxe dos Estados Unidos. A partir desse momento, comecei a andar com eles, e já se passaram 9 anos desde então.

Quais foram os principais desafios que você enfrentou no início da sua jornada como atleta amador de patinete?

No início, o principal desafio era a falta de acesso a peças de reposição para os patinetes. No começo, éramos apenas três amigos compartilhando dois patinetes, mas, com o tempo, a demanda aumentou. Felizmente, consegui comprar um dos patinetes que usávamos quando meu amigo trouxe um novo. A evolução do cenário do esporte no Brasil também foi um desafio, pois, inicialmente, éramos poucos praticantes e não tínhamos muito suporte no país. As peças disponíveis não acompanhavam a tecnologia dos patinetes, e a importação era inviável naquela época. Houve até momentos em que fiquei quase um ano sem andar por falta de uma peça específica, como um Garfo.

O patinete já me levou para vários lugares do Brasil e também para fora dele. Nossa primeira tour foi para o Uruguai em 2019, uma das melhores experiências que já tive. Em 2022, participei do primeiro campeonato mundial de patinete no World Roller Games, que ocorreu na Argentina, em Buenos Aires.

Quais são os seus lugares favoritos para andar de patinete? Você pode compartilhar alguma história interessante sobre algum desses lugares?

Sem dúvidas, Buenos Aires é o lugar mais incrível onde já andei de patinete. Gosto muito de andar na rua, esse é o meu estilo. Mas um dos meus lugares favoritos é a Trinda times em Florianópolis, onde aprendi a maioria das manobras que sei e vivenciei muitos momentos com meus amigos. Além disso, a Pista da Saúde, o Vale do Anhangabaú em São Paulo e a Pista da Orla em Porto Alegre também são lugares que adoro.

Você já participou de competições ou eventos relacionados ao patinete? Se sim, poderia contar-nos sobre alguma experiência marcante?

Sim, já participei de eventos no Brasil. Nossa equipe, a DOM Patinetes, organiza esses eventos e eu participei tanto como atleta quanto como narrador. Meu principal interesse sempre foi ser atleta, e tenho me dedicado bastante aos treinos. Minha experiência mais marcante foi no campeonato em Buenos Aires, em 2022, durante o World Roller Games. Competir em um cenário mundial foi uma experiência única e muito gratificante.

Vamos agora abordar a questão das manobras mais desafiadoras que você executa.

Quais é a manobra mais difícil que você já realizou no patinete?

Como foi a sensação de conseguir executá-la com sucesso?

Para mim, a manobra mais difícil é o Full Whip. Nela, é necessário girar duas manobras ao mesmo tempo, uma para cada lado. Acertá-la foi extremamente gratificante, pois o nível de dificuldade é muito alto e requer muita habilidade. São muitas variações no patinete, e dominar o Full Whip foi um momento de conquista pessoal.

Como você se prepara para aprender e dominar novas manobras?

Você tem algum método específico que utiliza?

A preparação para aprender e dominar novas manobras é uma mistura de prática constante e estudo. Sempre assisto a vídeos de atletas profissionais para entender como eles executam as manobras. Além disso, andar com outras pessoas que praticam patinete é fundamental. Cada pessoa tem um estilo único e aborda as manobras de forma diferente. Andar junto com outros praticantes me permite absorver novos movimentos e perspectivas, o que acelera o meu aprendizado.

EMERSONSIQUEIRA

[02] - DECCS MAGAZINE ABERTURA - am @00GUIGO00

FOTÓGRAFO: LUIZ VIANNA - @LFNVIANNA MANOBRA: THAIL WHIP

Agora, vamos falar sobre apoio e patrocínio no mundo do patinete.

Você recebe algum tipo de apoio ou patrocínio? Se sim, como isso afeta a sua carreira como atleta amador?

Atualmente, não recebo patrocínio, mas adoraria ter esse suporte. A DOM Patinetes, que organizamos, ajuda no acesso a algumas peças, mas não somos uma grande empresa, então não temos recursos para patrocinar atletas no país. A vida adulta também demanda muito do meu tempo, e isso acaba afetando a minha dedicação ao esporte. Meu maior desejo é me tornar um atleta profissional de patinete, mas a falta de estrutura e apoio financeiro tornam esse caminho um pouco mais desafiador.

Quais são os seus objetivos em termos de apoio e patrocínio para o futuro? Você tem algum patrocinador dos sonhos em mente?

Meu objetivo é conseguir apoio e patrocínio para poder me dedicar ainda mais ao esporte. Com um suporte adequado, poderei treinar diariamente e buscar uma carreira profissional no patinete. Sonho em ser patrocinado por alguma marca importante do cenário esportivo, que compartilhe dos mesmos valores e paixão pelo patinete. Isso me permitiria alcançar níveis ainda mais altos na minha jornada como atleta.

Meu nome é Emerson, tenho 25 anos e sou natural de Concórdia, interior de Santa Catarina. Atualmente, moro em Florianópolis e sou apaixonado por esportes e liberdade.

Como sua família e amigos têm apoiado sua jornada no patinete? Eles costumam acompanhar suas competições ou eventos? Minha família tem me apoiado, embora às vezes não compreendam completamente o mundo do patinete. Para eles, a preocupação financeira é um fator importante, pois nem sempre veem retorno financeiro no esporte. No entanto, eles me apoiam e motivam a seguir minha paixão, mesmo que eu tenha que equilibrar outras responsabilidades na vida adulta.

Em relação aos meus amigos, eles têm sido uma parte fundamental do meu percurso no patinete. Sempre estiveram ao meu lado, compartilhando os desafios e as conquistas. Infelizmente, eles não puderam acompanhar muitas das competições ou eventos, pois muitos deles ocorreram em outras cidades ou países. No entanto, seu apoio e entusiasmo têm sido uma motivação constante.

Por último, mas não menos importante, vamos falar sobre o futuro e o que está por vir.

Quais são seus planos e ambições para o futuro como atleta amador de patinete? Existe algum projeto especial em que você esteja trabalhando atualmente?

Meus planos e ambições são chegar ao patamar de atleta profissional de patinete. Pretendo competir em mais campeonatos e eventos, buscando aprimorar minhas habilidades e conquistar um lugar de destaque no cenário esportivo. Atualmente, estou me preparando para o campeonato deste ano e focado em obter um ranking que me permita representar o Brasil no WRG 2024 em Roma. Essa é uma das metas mais importantes para mim.

Além disso, estou envolvido com a equipe DOM Patinetes, onde trabalhamos para promover e desenvolver o esporte no país. Nosso projeto é proporcionar mais oportunidades para atletas e expandir o cenário do patinete no Brasil, criando eventos e competições para a comunidade.

Por fim, que conselho você daria para outros atletas de todas as categorias de patinete que desejam seguir seus passos?

Meu conselho para outros atletas de patinete é nunca deixar de treinar e nunca desistir diante dos obstáculos. O caminho do atleta nem sempre é fácil, e muitas vezes enfrentamos desafios, mas a dedicação e a paixão pelo esporte nos impulsionam a superar os limites. Mantenham-se persistentes, busquem inspiração em outros atletas, e nunca deixem de se divertir e apreciar o que fazem. O patinete é mais do que um esporte, é uma forma de expressão e liberdade, então aproveitem cada momento.

Eu agradeço a oportunidade de compartilhar minha história e experiências. Obrigado por todo o apoio e incentivo. Espero que minha jornada no patinete inspire outras pessoas a seguirem seus sonhos e a se dedicarem aos esportes que amam. Avante!

25 ANOS, 9 ANOS DE PATINETE, FLORIANÓPOLIS – (SC) / @00GUIGO00
DECCS MAGAZINE - [03]
EMERSON SIQUEIRA

ENTREVISTA PRINCIPAL - CAPA

ANTÔNIO TONHÃO

FLOW/AM

FLOW/AM

08 07 09

Agradecimentos e Novidades

Patinete Edição N01: Estreia na DECCS Magazine

Saudações a todos! Eu sou o DiPaiva e estou extremamente empolgado em compartilhar com vocês a tão aguardada estreia da Edição de Patinete em Julho de 2023 da DECCS Magazine - a revista de referência para o mundo do patinete e esportes radicais. É com grande gratidão que agradeço a todos que abraçaram essa grandiosa oportunidade de fazer parte da maior revista de patinete, tanto nacional quanto internacional, e que contribuíram para construir a história deste esporte.

Meu profundo agradecimento também se estende a todos os talentosos fotógrafos e aos leitores dedicados que sempre animam e enriquecem nossas edições com sua presença.

Nesta edição, preparamos conteúdos exclusivos que trazem os melhores atletas, manobras emocionantes, cobertura de eventos imperdíveis e muito mais. É uma verdadeira celebração da cultura e paixão pelo patinete de manobras. Espero que todos mergulhem nessa leitura com entusiasmo e aproveitem cada página!

CAPA

ANTÔNIO TONHÃO Esta em nossa

Capa Patinete de 25/JUL - N01 -

Manobra: Fingerwhip

Acompanhe a Entrevista inédita.

Corre lá - Pag, 10-17

indice Editorial
06
pagina pagina pagina pagina
FLOW/AM FLOW/AM 10-17
[04] - DECCS MAGAZINE DIPAIVA
FOTOGRÁFO: MATHEUS - @MATHEUS_03M

EDITORIAL INDICE

DIRETOR: DIPAIVA

REVISÃO: DIPAIVA

EDIÇÃO: JUL DIA 25 ED: N01

REDAÇÃO: DECCSMAGAZINE

CORREÇÃO: DECCS MAGAZINE

ANUNCIE: DECCSMAGAZINE@GMAIL.COM

ASSINE: WWW.SHOP.DECCSMAGAZINE.COM.BR

FLOW/MATÉRIA: UNIVERSO DO PATINETE: 24

MATÉRIA: A EVOLUÇÃO DO PATINETE: 25

FLOW/PRO: ANDREI SCHERMACK: 26-27

FLOW/AM: GUILHERME OLIVEIRA: 28-29

FLOW/PRO: IAN TSUZUKI: 30-31

CONTRA CAPA: ANTÔNIO TONHÃO: 32

A REVISTA DECCS MAGAZINE - BMX É UMA PUBLICAÇÃO DCS CAPA: ANTÔNIO TONHÃO: 10-17 ABERTURA: EMERSON SIQUEIRA: 2-3 IND & EDIT: REVISTA IMPRESSA: 4-5 FLOW/AM: LEANDRO CRESTANI: 06 FLOW/AM: ARTHUR DEL NERO: 07 FLOW/AM: DAVI ELER: 08 FLOW/AM: CRISTIAN JAPA: 09 FLOW/INICIANTE: MARCONY PETTERSON: 18 FLOW/INICIANTE: PEDRO MENIN: 19
26-27
indice Editorial pagina pagina pagina pagina
INICIANTE
FLOW/PRO
WWW.SHOP.DECCSMAGAZINE.COM.BR 20-21
19 22-23
FLOW/
FLOW/PRO FLOW/AM
ENTREVISTA COM -
DECCS MAGAZINE - [05]
Fotografo: Luiz Vianna - @ifnvianna
30-31
IAN TSUZUKI
FLOW/PRO: EDUARDO SUNTTI: 20-21
FLOW/AM: TÚLIO COMMETTI: 22-23

LEANDRO CRESTANI

26 ANOS, 2 ANOS DE PATINETE, RIBEIRÃO PRETO – (SP) / @LEZOI_SLMD

Como você começou no mundo do patinete? Houve alguma influência especial que despertou seu interesse?

Há alguns anos eu andava de BMX STREET, andei por 2 anos. Foi quando descobri o scooter, achei muito louco pois era uma “junção” da bike com o skate. Comecei a seguir alguns atletas famosos até que então, um rider russo começou a me seguir no Instagram (kostya kozlov). Foi aí que eu vendi minha bike, juntei uma grana a mais e comprei meu scooter usado mesmo.

Quais foram os principais desafios que você enfrentou no início da sua jornada como atleta amador de patinete?

Como o esporte ainda está crescendo, sou o único atleta da minha cidade, com isso eu precisei aprender todas as manobras sozinho, vendo vídeos e tentando repetir os movimentos. Por sorte, eu sempre andei junto com os BMX, o que me incentiva muito no rolê.

A vivência e a felicidade de poder viajar e conhecer outros atletas é maravilhosa. Na maioria das vezes, participo de eventos de BMX com o scooter. Já fui para São Paulo onde andei em vários picos de rua com atletas do próprio scooter. Ando muito em Ribeirão Preto e regiões próximas, também sempre tentando levar o esporte para mais pessoas.

Quais são os seus lugares favoritos para andar de patinete? Você pode compartilhar alguma história interessante sobre algum desses lugares?

Eu amo andar na pista da minha cidade, pois é aqui que eu treino muito e desbloqueio novas tricks, porém São Paulo tem muitos picos de rua, e a vivência de estar no street é muito melhor. No começo de 2023 fizemos a primeira jam de scooter street em SP, foi uma semana de muito scooter, manobras e loucura.

Você já participou de competições ou eventos relacionados ao patinete? Se sim, poderia contar-nos sobre alguma experiência marcante?

Durante a jornada de 2 anos que ando de scooter, consegui participar de um best trick apenas, pois os campeonatos são muito longe da minha cidade, e por questões financeiras geralmente não consigo participar!

Na minha opinião, as manobras mais difíceis que mando seriam feeble 360 bars smith (no caixote), feeble fullwhip, feeble 180 bars de drop, entre outras. Gosto muito de mandar combos em caixote!

Qual é a manobra mais difícil que você já realizou no patinete? Como foi a sensação de conseguir executá-la com sucesso?

Foi quando eu acertei feeble 360 bars smith. Eu sonhava com essa trick, fiquei um bom tempo treinando só ela, pois como ela é um combo no mesmo caixote, a dificuldade é muito maior. A sensação de acertar ela foi incrível, cara, como se eu tivesse ganhado um campeonato. A única reação no momento foi gritar, pois foram muitos roles tentando a mesma trick!

Como você se prepara para aprender e dominar novas manobras? Você tem algum método específico que utiliza?

Geralmente, eu fico memorizando os movimentos várias e várias vezes antes de tentar de fato. Depois de memorizado, você precisa respirar fundo e tentar muitas vezes e acreditar que vai sair a manobra, sempre muito focado no movimento!

Infelizmente, ainda não tenho um patrocínio ou apoio, pois as marcas do esporte são todas de fora do Brasil!

Você recebe algum tipo de apoio ou patrocínio? Se sim, como isso afeta a sua carreira como atleta amador?

Atualmente, ainda não recebo nenhum tipo de apoio ou patrocínio. No entanto, tenho o sonho de conseguir um apoio ou patrocínio no futuro. Acredito que o apoio ou patrocínio poderia fazer uma grande diferença em minha carreira como atleta amador, pois me permitiria ter acesso a equipamentos e recursos de melhor qualidade, participar de competições e eventos importantes, e também possibilitaria uma maior divulgação do meu trabalho e do esporte em si. Com o apoio certo, tenho a convicção de que poderia alcançar novos patamares em minha trajetória no mundo do patinete e contribuir ainda mais para o crescimento e desenvolvimento dessa modalidade tão apaixonante. Quais são os seus objetivos em termos de apoio e patrocínio para o futuro? Você tem algum patrocinador dos sonhos em mente?

Nossa, o meu sonho é ser patrocinado pelas marcas AO Scooter, PROTO scooter e ENVY Scooter. Porém, para ser um atleta destas marcas, o nível do atleta tem que ser muito superior, mas qualquer apoio seria maravilhoso, pois hoje em dia está tudo muito mais difícil!

Eu, como pessoa, de primeiras impressões você ficaria com receio por meu estilo ser muito diferente, porém quem me conhece sabe que sou uma pessoa muito calma, focado e gosto muito de brincar!

Como sua família e amigos têm apoiado sua jornada no patinete? Eles costumam acompanhar suas competições ou eventos?

Bom, meus amigos e namorada sempre me apoiam muito. Meus pais acham que é apenas uma forma de me exercitar, porém eles me incentivam bastante também, pois sabem que é um dos únicos momentos que me sinto vivo de fato!

Quais são seus planos e ambições para o futuro como atleta amador de patinete? Existe algum projeto especial em que você esteja trabalhando atualmente?

O plano inicial para o futuro é conseguir lançar minha marca de roupa, pois eu que faço minhas bermudas e calças, para que logo eu consiga abrir uma loja de scooter e levar o esporte além. Pretendo elevar a página que temos no Instagram @D’ruagang onde postamos os roles da galera de SP, somos em 6 atletas. Esse é o plano, pois um dia eu quero conseguir viver do esporte e imagens!

Por fim, que conselho você daria para outros atletas de todas categorias de patinete que desejam seguir seus passos?

Por fim, o conselho que eu daria para outros atletas de todas as categorias de patinete que desejam seguir meus passos é: mantenham o foco e dediquem-se ao máximo, pois embora possa parecer fácil, o caminho do sucesso no esporte requer esforço e perseverança. Não desistam nunca, mesmo diante de desafios e obstáculos, pois é justamente na superação que encontramos o crescimento. E, acima de tudo, cuidem de si mesmos e de sua saúde física e mental, evitando coisas erradas pois elas podem afetar negativamente a performance e a trajetória no esporte. Mantenhamse determinados e comprometidos com seus sonhos, pois com paixão e dedicação, é possível alcançar objetivos extraordinários no mundo do patinete.

FLOW PATINETE FLOW/AM
FOTOGRÁFO: JOÃO MACEDO - @MACEDO_BMX MANOBRA: TAILWHIP
[06] - DECCS MAGAZINE

ARTHUR DEL NERO

20 ANOS, 2 ANOS DE PATINETE, BRAGANÇA PAULISTA – (SP) / @TUCO_DEL_NERO

Como você começou no mundo do patinete? Houve alguma influência especial que despertou seu interesse?

Eu comecei, na verdade, no skate, mas com o tempo fui descobrindo que tinham outros esportes, e quando descobri o patinete, não conhecia ninguém que andava, mas mesmo assim comprei um e comecei a andar. Com o tempo, fui desanimando do esporte e deixei ele encostado. Um certo dia, um parceiro meu postou um vídeo do Túlio aqui da minha cidade dando um rolê, daí, desanimado, já tentei vender o meu scooter para ele, daí ele já me chamou pra dar um rolê e foi quando ele me mostrou a cena da Dom patinetes que já estava conseguindo entregar uns patinetes profissionais com mais facilidade, e uma cena acolhedora. Desde então, estamos firmes no esporte, kkkkk.

Quais foram os principais desafios que você enfrentou no início da sua jornada como atleta amador de patinete?

A maior dificuldade foi os primeiros passos, como não conhecia a Dom, foi difícil achar um lugar que vendesse um que realmente fosse de manobra e mesmo assim não era de um tamanho confortável para andar.

Eu costumo andar pelas regiões de Bragança e São Paulo, mas os roles mais marcantes foram os 2 campeonatos brasileiros organizados pela Dom e a jam que eu e os parceiros da D'rua Gang organizamos em SP.

Quais são os seus lugares favoritos para andar de patinete? Você pode compartilhar alguma história interessante sobre algum desses lugares?

O lugar que eu mais gosto de andar é minha local e uns picos de rua sempre que der, mas independente do lugar, um role com os parceiros da D'rua Gang é a melhor coisa, nos reunirmos todos juntos só uma vez, somos em 6, espalhados por SP e um de nós está morando em Curitiba. Fizemos esse role de quase uma semana e em um dos dias foi a Jam e com apoio Dom e da Drippin que é minha marca conseguimos umas premiações para os participantes, daí está tudo no perfil da D'rua e postamos uma parte no YouTube. Você já participou de competições ou eventos relacionados ao patinete? Se sim, poderia contar-nos sobre alguma experiência marcante?

Sim, já participei de competições e eventos relacionados ao patinete. Uma experiência marcante foi quando participei dos dois primeiros campeonatos brasileiros e também fiz parte da organização da primeira jam. Foi emocionante poder competir em nível nacional e ajudar a organizar um evento que reuniu diversos atletas apaixonados pelo esporte. Essas experiências fortaleceram minha paixão pelo patinete e me motivaram a continuar buscando novos desafios e oportunidades no mundo do esporte.

A manobra que mais me deu trabalho foi o "bri" por ser uma manobra overhead e eu ser acostumado com corrimão e caixote.

Qual é a manobra mais difícil que você já realizou no patinete? Como foi a sensação de conseguir executá-la com sucesso?

Para mim, a manobra mais difícil foi o "bri", como não tenho costume de andar em rampa, não conseguia dar o pump para pular mais alto.

Como você se prepara para aprender e dominar novas manobras? Você tem algum método específico que utiliza?

Para tentar algo novo, eu tento imaginar o movimento que o patinete tem que fazer para encaixar certinho e os movimentos que eu tenho que fazer.

Não sou patrocinado ainda, mas tanto eu como a D'rua temos amizade com a Dom patinetes, que patrocinou nosso evento.

Você recebe algum tipo de apoio ou patrocínio? Se sim, como isso afeta a sua carreira como atleta amador?

Infelizmente, até o momento não recebo nenhum tipo de apoio ou patrocínio. Essa falta de suporte financeiro pode ser um desafio para minha carreira como atleta amador, pois acabo tendo que arcar com todos os custos relacionados ao esporte, como equipamentos, viagens para competições e treinamentos. No entanto, continuo dedicado ao patinete e espero que no futuro surjam oportunidades de apoio que possam impulsionar minha trajetória e permitir que eu me desenvolva ainda mais no mundo do patinete.

Quais são os seus objetivos em termos de apoio e patrocínio para o futuro? Você tem algum patrocinador dos sonhos em mente?

Então, não sei se é pela cena do patinete ainda estar no começo, mas não tenho como objetivo um patrocínio, mas se caso acontecer, vou abraçar a oportunidade.

Eu sou só um cara normal que anda de patinete, faz faculdade e sonha de viver da própria marca. Como sua família e amigos têm apoiado sua jornada no patinete? Eles costumam acompanhar suas competições ou eventos?

A maioria dos meus parceiros andam de patinete ou skate e na pista aqui da minha cidade um incentiva o outro, independente da modalidade, minha família também apoia, mas como os campeonatos são em Florianópolis, nem tem como eles irem, mas conseguem acompanhar pela live que a Dom faz no Instagram no dia.

Se ocorrer como planejado, tem muito scooter e algo planejado no futuro da D'rua gang. Quais são seus planos e ambições para o futuro como atleta amador de patinete? Existe algum projeto especial em que você esteja trabalhando atualmente?

O plano é poder viver do esporte de alguma forma, se não for como atleta, que seja de algo relacionado. Criei minha marca de roupas com o intuito de estar inserido na cena.

Por fim, que conselho você daria para outros atletas de todas categorias de patinete que desejam seguir seus passos?

Meu conselho é simples: nunca desistam e sigam em frente com determinação. O caminho pode ser desafiador, mas com paixão pelo esporte e perseverança, vocês podem superar os obstáculos e alcançar seus objetivos. Continuem se dedicando, aproveitando cada momento sobre as rodas e divirtam-se ao máximo. O patinete é uma jornada emocionante e cheia de aprendizados, então mantenham-se motivados e busquem sempre evoluir. Boa sorte a todos e lembrem-se de sempre se divertir nessa incrível aventura sobre duas rodas!

FLOW PATINETE
FLOW/AM
FOTÓGRAFO: TONHÃO - @TO.NHAO MANOBRA: FIFITY SAINDO DE GRAB
DECCS MAGAZINE - [07]

DAVI ELER

26 ANOS, 6 ANOS DE PATINETE, LIMA, PERÚ / @DAVI_ELER

Como você começou no mundo do patinete? Houve alguma influência especial que despertou seu interesse?

Eu antes andava de skate, mas um dia eu estava assistindo YouTube e vi alguns vídeos de atletas profissionais americanos treinando o esporte, especialmente Dakota Schuetz, que na época era o melhor do mundo. Eu vi que o patinete era um esporte grande fora do Brasil, que tinha campeonatos a nível mundial e a variedade de manobras sempre me fascinou.

Quais foram os principais desafios que você enfrentou no início da sua jornada como atleta amador de patinete?

Sempre tive amigos que me acompanharam na jornada, mas às vezes tinham pessoas com um pouco de preconceito com o esporte. Pessoas que não queriam que eu usasse as pistas de skate ou de BMX, pessoas que me provocaram por estar treinando de boa. Mas, no geral, é um esporte que impressiona as pessoas.

Quais são os seus lugares favoritos para andar de patinete? Você pode compartilhar alguma história interessante sobre algum desses lugares?

Para mim, o melhor lugar são as pistas de skate com rampas grandes e bowls. Por um tempo, treinei em uma pista de skate no Chile. Lembro das vezes que ia treinar no inverno fazendo 7°C com o vento gelado batendo na cara.

Você já participou de competições ou eventos relacionados ao patinete?

Se sim, poderia contar-nos sobre alguma experiência marcante?

Já participei de 4 competições, 2 no Chile e 2 no Peru. A que mais me marcou foi a primeira competição no Chile. Eu já tinha um tempo treinando, mas tinham pessoas com mais nível no esporte do que eu. Com bastante adrenalina, fiz minhas melhores manobras no tempo que me deram, todas planejadas. Quando terminou meu tempo, meus amigos vieram me abraçar e me dar os parabéns e depois me deram o prêmio de primeiro lugar.

Qual é a manobra mais difícil que você já realizou no patinete? Como foi a sensação de conseguir executá-la com sucesso?

Whip rewind to kickless whip. Sempre quando consigo fazer uma manobra é uma sensação de alívio e conquista. Foi uma sensação de "finalmente consegui". Como você se prepara para aprender e dominar novas manobras? Você tem algum método específico que utiliza?

Consistência no treino, imaginar a execução da manobra na mente. Na primeira tentativa, eu não chego nem perto, mas tentando uma e outra vez, eu chego cada vez mais perto.

Você recebe algum tipo de apoio ou patrocínio? Se sim, como isso afeta a sua carreira como atleta amador?

Atualmente não, no tempo que morei no Chile, fui patrocinado por uma loja de patinete @m2mscooterspro. Foi incrível para mim, porque eles me deram peças da mais alta qualidade e um scooter custom que eu personalizei. No Brasil, sou amigo dos donos da marca @dompatinetes, eles já me mandaram camisetas e outras coisas.

Quais são os seus objetivos em termos de apoio e patrocínio para o futuro? Você tem algum patrocinador dos sonhos em mente?

Ser patrocinado por uma loja de patinete tipo The Vault dos Estados Unidos. Quando você é patrocinado por uma loja, você pode escolher qualquer peça de diferentes marcas.

Como sua família e amigos têm apoiado sua jornada no patinete? Eles costumam acompanhar suas competições ou eventos?

Minha família sempre me apoiou bastante, sempre vão comigo para os campeonatos e desde o primeiro patinete que tive, me apoiaram.

Quais são seus planos e ambições para o futuro como atleta amador de patinete? Existe algum projeto especial em que você esteja trabalhando atualmente?

Meu plano é seguir melhorando e competir em um nível cada vez mais alto. Também quero treinar algum dia em um lugar tipo a Woodward.

Por fim, que conselho você daria para outros atletas de todas as categorias de patinete que desejam seguir seus passos?

Meu conselho é que sejam sempre persistentes e apaixonados pelo esporte. Não importa os obstáculos que surjam no caminho, nunca desistam dos seus sonhos e continuem treinando e evoluindo constantemente. Aproveitem cada momento sobre as rodas, divirtam-se e mantenham a chama da paixão pelo patinete acesa. Além disso, lembrem-se de valorizar a amizade e o companheirismo, pois o apoio dos amigos é fundamental para crescerem juntos como atletas. E, acima de tudo, mantenham a humildade e o respeito pelos outros atletas e pela comunidade do patinete. Assim, vocês construirão uma jornada incrível e deixarão uma marca positiva no esporte. Boa sorte a todos e aproveitem ao máximo essa emocionante aventura sobre duas rodas!

FLOW PATINETE FLOW/AM
FOTOGRÁFO: JORGE CHÁVEZ - @JOTACAM_ MANOBRA: 360
DECCS MAGAZINE - [08]

CRISTIAN JAPA

18 ANOS, 2 ANOS DE PATINETE, MARINGÁ – (PR) / @OPAJAPAO

Como você começou no mundo do patinete? Houve alguma influência especial que despertou seu interesse?

Iniciei na carreira com um sonho em mente de expandir o esporte por todo o mundo! Minha influência especial baseou-se em diversos atletas da modalidade; meu interesse é conquistar meu sonho de fazer outras pessoas entenderem o quão radical é esse esporte!

Quais foram os principais desafios que você enfrentou no início da sua jornada como atleta amador de patinete?

No início da minha jornada, não tive muitos contratempos, apenas minha família dizendo que nunca conquistaria meu sonho, mas vejo que atualmente me encontro em um rumo contínuo de avanços. Há 5 meses atrás, sofri uma torção no meu pé, mas agora me encontro em forma, fiz tratamentos e continuo no esporte radical! Esse foi o único desafio que tive que superar.

Quais são os seus lugares favoritos para andar de patinete? Você pode compartilhar alguma história interessante sobre algum desses lugares?

Gosto muito de andar no street, procurando picos para as manobras e também nas pistas de skate e bowls. Uma história interessante foi o dia que conheci um dos famosos no esporte da minha cidade e tive o grande prazer de conhecer sua pista fechada de park. Seu nome é Paulo Sasaki.

Você já participou de competições ou eventos relacionados ao patinete? Se sim, poderia contar-nos sobre alguma experiência marcante?

Já fui chamado para competições em outros Estados 2 vezes, pretendo ir em competições conhecer outros atletas, mas essas duas vezes que fui chamado não consegui ir por conta de motivos pessoais sérios. Uma experiência marcante foi quando eu fiz um evento na minha cidade para levantar novos atletas no esporte, com sucesso consegui mais 2 atletas iniciantes para ajudá-los a subir no esporte!

Manobras mais desafiadoras que já estão de base: Finger Whip, Triple whip e drops altos encaixando manobras são um dos meus hobbies. Algumas manobras como Back flip e manobras de park ainda não tive condição de encontrar uma pista apropriada para aprender, mas tenho esse sonho em mente.

Qual é a manobra mais difícil que você já realizou no patinete? Como foi a sensação de conseguir executá-la com sucesso?

360 dropando de uma escadaria de 2,20m, tive muitas quedas tentando acertar, mas quando acertei com o apoio de meus amigos, me senti muito bem e todos gritaram de felicidade.

Como você se prepara para aprender e dominar novas manobras? Você tem algum método específico que utiliza?

Meu método é o foco e persistência, especificamente retiro o tempo necessário para a execução, ex: 1 semana. E fico treinando a base até a execução da manobra da maneira mais limpa possível.

Você recebe algum tipo de apoio ou patrocínio? Se sim, como isso afeta a sua carreira como atleta amador?

Por enquanto, não tenho nenhum tipo de apoio na minha carreira, mas com um possível apoio futuro me imagino conhecendo outros atletas e me diversificando no mundo do patinete!

Quais são os seus objetivos em termos de apoio e patrocínio para o futuro? Você tem algum patrocinador dos sonhos em mente?

Tenho em mente apoio como peças de patinete para minha evolução, energéticos seriam uma maneira de divulgar o quanto me esforço e ainda, acima de tudo, ajudar os patrocinadores.

Como sua família e amigos têm apoiado sua jornada no patinete? Eles costumam acompanhar suas competições ou eventos?

Minha família atualmente me apoia no esporte, e meus amigos sempre me apoiaram e me acompanham em tudo que vou.

Quais são seus planos e ambições para o futuro como atleta amador de patinete? Existe algum projeto especial em que você esteja trabalhando atualmente? Meu projeto atual é que venho citando anteriormente é a divulgação do esporte no mundo todo, atualmente venho trabalhando com isso em minha cidade e consegui conquistar seguidores no Instagram e mais 2 pilotos em minha cidade.

Por fim, que conselho você daria para outros atletas de todas as categorias de patinete que desejam seguir seus passos?

O foco em seu sonho é essencial, nunca se deixe abalar por contratempos, ninguém tem uma história igual a sua, o teu mérito vem de você mesmo, não dos outros.

FOTÓGRAFO: HEITOR - @HEITOR.KLUBO

MANOBRA: FINGER WHIP NO TRANSFER

FLOW PATINETE
FLOW/AM
DECCS MAGAZINE - [09]

Tonhão, conte-nos como começou a sua paixão pelo patinete street. O que o levou a escolher esse esporte e como foi o seu primeiro contato com ele?

Meu primeiro contato com o patinete foi através do vídeo do Jon Reyes, foi como um amor à primeira vista. No auge da pandemia, eu estava procurando um hobby e já tinha visto um vídeo de patinete e o que me encantou foi a singularidade desse esporte, algo que eu nunca tinha visto, meio misterioso, quase não tinha registros disso no Brasil.

Quando você assistiu ao vídeo Ride New York 10 - Jon Reyes, qual foi a emoção que tomou conta de você? Como aquelas imagens influenciaram profundamente a sua vida e despertaram essa paixão indescritível pelo patinete?

Acho que esse vídeo foi como uma abertura de outro mundo, um lugar que eu pudesse me inspirar e me espelhar, e esse foi o ponto que iniciou toda a minha jornada.

Compartilhe conosco como foram os primeiros meses de treinamento, sem tutoriais, amigos ou conhecidos que praticassem o esporte. Como você superou os desafios e encontrou a motivação para persistir e evoluir na modalidade?

Foi do caralho. Porque como você disse, eu não tinha tutorial, amigo, conhecido. Foi um treino sozinho desgastante. Eu acho que eu encontrei essa força para continuar pelo amor que eu tenho pelo patinete. Eu comecei a evoluir vendo os vídeos gringos e prestava muita atenção para entender a técnica de cada movimento e conseguir reproduzir. Muitas vezes eu acabava executando de forma errada. Lembro que quando comecei a treinar o tailwhip, eu aprendi ele com a base errada porque no vídeo parecia diferente. Acho que o que me deu força foram alguns amigos, principalmente os da bike, que me apoiaram, mas principalmente quando eu conheci algumas pessoas que andavam de patinete, aí foi um encontro de alma.

Durante a sua jornada no patinete street, você fraturou o calcanhar. Como você lidou com essa adversidade e o que a experiência de recuperação trouxe para a sua trajetória no esporte?

Não foi só o calcanhar que eu fraturei, no período de 2 anos e meio eu fraturei um total de 6 ossos. Acho que muito além do físico, quando um atleta se machuca, o que realmente pega é o psicológico. Eu já me vi em situações em que eu me machucava e eu pensava "será que vale a pena continuar?" Isso desgasta muito

ANTÔNIO TONHÃO

19 ANOS DE IDADE, 2 ANOS E MEIO DE PATINETE, SÃO PAULO - (SP) PATINETE STREET BRASIL

@To.nhao
[10] - DECCS MAGAZINE
CAPA - Antônio Tonhão
FOTOGRAFO: MATHEUS - @MATHEUS_03M MANOBRA: FINGER WHIP FOTOGRAFO: MATHEUS - @MATHEUS_03M MANOBRA: FINGER WHIP FOTOGRAFO: MATHEUS - @MATHEUS_03M

FOTOGRAFO: MATHEUS - @MATHEUS_03M

MANOBRA: INWARD

uma pessoa, o importante é sempre persistir, o que não é uma tarefa fácil, você fica engessado, na cama, mas quando você lembra da sensação de andar, estar na pista com os amigos, te dá força para continuar.

Descreva como o patinete street surgiu como um esporte, desde a sua origem como um brinquedo até se tornar uma prática profissionalmente reconhecida. Como você vê o crescimento do esporte ao longo dos anos?

O patinete nasceu em 1960 nos EUA, Austrália e Europa, como um brinquedo. Apenas nos anos 2000, num movimento simultâneo nesses países, as pessoas levaram os patinetes para as pistas e começaram a praticar o freestyle. Demorou quase uma década para criarem uma marca de patinete de manobra. Hoje eu vejo que o esporte está muito mais consolidado, tendo campeonatos, federações e um mercado mais amplo pelo mundo. De qualquer forma, ainda temos um longo caminho a percorrer, o patinete ainda é um esporte muito novo.

Ao participar do seu primeiro campeonato nacional, qual foi a mistura de sentimentos que tomou conta de você? Como você se preparou mentalmente para enfrentar os desafios da competição e como foi a experiência de estar rodeado por atletas apaixonados pelo mesmo esporte?

No primeiro campeonato foi como se novas portas se abrissem, foi a primeira vez que eu andei com outras pessoas que tinham muito mais bagagem e conhecimento, todo mundo ali estava muito encantado com o que estava acontecendo. Nesse momento eu tive uma mudança muito grande, eu aprendi manobras muito complexas e eu tive vivências que mudaram meu jeito de ver o esporte, acho que eu, profissionalmente, fui mais rigoroso e levei mais a sério. Psicologicamente eu não estava nada preparado para o campeonato, foi apenas no ano seguinte (segundo campeonato) que eu consegui me preparar melhor, ter mais calma na hora da minha volta e pegar uma colocação na final.

Infelizmente, os atletas de patinete street ainda enfrentam preconceito nas pistas. Como você lida com essas situações e como a comunidade de praticantes tem se unido para combater esse estigma?

Acho que não tem um jeito certo de lidar, cada situação é diferente. Acho que é ter calma e entender que cada um tem sua visão de mundo. Acho que cada vez mais estamos conseguindo nosso espaço nas pistas.

Considerando a realidade do patinete no Brasil em comparação com outros países, como você enxerga o desenvolvimento do esporte por aqui? Quais são os principais desafios enfrentados pelos atletas e o que pode ser feito para impulsionar ainda mais o cenário nacional? No Brasil, o preço do patinete ainda está muito mais alto do que lá fora, esse é o maior impasse que a gente tem, o mercado é muito estreito, não tem concorrência, e isso dificulta com que o esporte cresça. Para os atletas, faltam estrutura nas pistas, mas isso não é apenas com o patinete, mas com o skate, bike e outros.

DECCS MAGAZINE - [11]

A DOM Patinetes foi pioneira como a primeira marca de patinetes profissionais da América Latina. Como você descreveria a importância dessa marca para o esporte no Brasil e como ela tem contribuído para o crescimento da comunidade de patinete street?

A DOM está totalmente ligada ao desenvolvimento do esporte no Brasil, ela é a única marca nacional que existe. Além disso, ela incentiva os praticantes do esporte, realiza campeonatos, ajuda os atletas e coloca o Brasil no cenário internacional. Nos últimos 5 anos, a DOM tem sido fundamental para impulsionar o patinete no Brasil. Sou muito grato à DOM, pois eles me incentivaram e provavelmente foi por causa deles que continuo no esporte. Eles me deram espaço para crescer profissionalmente, me incentivaram a dar aulas e, obviamente, trouxeram mais interesse pelo esporte.

No seu percurso como atleta, você passou por momentos marcantes. Conte-nos sobre aquele momento em que percebeu que o patinete não era apenas um esporte, mas sim uma verdadeira família e uma forma de expressão e conexão com outras pessoas apaixonadas pelo mesmo estilo de vida. Acho que foi quando o grupo D'RUA se formou. Esse grupo é formado por pessoas de vários lugares do Brasil. Nós nos unimos pelo único fato de compartilharmos a mesma paixão: o patinete. Mesmo com as diferenças que tínhamos, conseguimos criar um laço muito forte de companheirismo e parceria. Nesse momento, eu percebi que não se trata apenas de um esporte, mas sim de uma família.

Como é para você ser patrocinado pela DOM Patinetes? Como esse apoio tem impactado positivamente a sua carreira no esporte e o que representa para você fazer parte dessa família de atletas?

Ter um apoio muda muito a sua visão sobre o esporte, isso gera muito mais confiança, entrega e comprometimento. Fazer parte do time DOM é estar em constante movimento, você está comprometido a gravar vídeos, participar de eventos e estar mais envolvido na cena. Além do suporte financeiro, que me deu muito suporte, estar patrocinado pela DOM representa um reconhecimento do meu trabalho e um estímulo para buscar novos desafios e evoluir ainda mais como atleta. Fazer parte dessa família de atletas é uma honra para mim.

Como você vê a questão da elitização do esporte no Brasil? Quais são os desafios enfrentados pelos praticantes de patinete street em relação ao acesso a equipamentos e recursos necessários para evoluir no esporte? O que pode ser feito para tornar o patinete mais acessível e inclusivo?

Como eu já mencionei anteriormente, a realidade no Brasil é muito diferente, tanto pelo mercado quanto pela estrutura. Mesmo que o patinete não seja um esporte elitizado, por se tratar de um esporte de rua, aqui ele se torna inacessível para muitas pessoas. O preço dos equipamentos ainda é muito alto e a falta de concorrência dificulta a democratização do esporte. Para tornar o patinete mais acessível e inclusivo, seria necessário o apoio governamental, com incentivos e políticas públicas voltadas para o esporte. Além disso, é importante investir em infraestrutura, com a construção de mais pistas e espaços adequados para a prática do patinete.

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Antônio Tonhão
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Quais são os seus objetivos futuros no patinete street e como você planeja alcançá-los? Como você enxerga o seu papel na disseminação desse esporte e na inspiração de novos praticantes?

Como professor, consegui iniciar muitas crianças no esporte. Para mim, as crianças são o futuro, principalmente porque elas têm grande admiração pelo patinete, é algo que as encanta. Meus objetivos futuros no patinete street são continuar evoluindo como atleta, participar de mais competições e buscar patrocínios que me proporcionem mais oportunidades de crescimento. Além disso, pretendo continuar inspirando e motivando novos praticantes, compartilhando minha paixão pelo esporte e mostrando os benefícios que ele pode trazer para a vida das pessoas.

Como o patinete street transformou a sua vida de uma forma além do esporte em si? Quais são os valores e lições que você aprendeu por meio dessa prática e como eles se refletem em outras áreas da sua vida?

Quando comecei a andar de patinete, uma das primeiras coisas que fiz foi gravar vídeos mostrando meus treinos, e isso despertou minha vocação profissional. Sempre gravei e editei tudo sozinho, e com o tempo fui criando muito interesse pela área audiovisual. Hoje, estou cursando graduação em Audiovisual, e isso foi uma consequência direta do meu envolvimento com o patinete. Além disso, o patinete me ensinou que a prática é o caminho para aprender algo, que é necessário persistir para se aperfeiçoar. Esses valores e lições se refletem em outras áreas da minha vida, como a busca pela excelência, o comprometimento com meus objetivos e a determinação para superar desafios.

Tonhão, como está sendo a experiência de realizar um sonho ao ser destaque na primeira edição da revista de esportes radicais "DECCS Magazine" Edição de Patinete, e como você acha que essa exposição pode impulsionar sua carreira como atleta de patinete?

Estou muito lisonjeado de ter a oportunidade de fazer parte da primeira edição de patinete da DECCS Magazine. Além disso, acho que essa é uma grande oportunidade para o esporte crescer e conquistar novos participantes. Essa exposição pode me ajudar a ser reconhecido por outros atletas e até mesmo conseguir mais espaço nas pistas. Mas eu acredito que isso vai muito além de mim, essa é uma oportunidade para o cenário do patinete como um todo.

Para encerrar, deixe uma mensagem inspiradora para os leitores que estão se interessando pelo patinete street e sonham em se tornar atletas assim como você. O que você diria para motiválos a perseguir os seus sonhos e acreditar no poder transformador do esporte em suas vidas?

Eu diria que é uma jornada difícil, árdua, mas que traz uma recompensa muito grande. O patinete não é apenas um esporte, ele se torna um estilo de vida para quem procura. Ele me trouxe coisas muito além do que eu poderia imaginar quando entrei nesse universo, me trouxe uma família com muitos irmãos espalhados por todo Brasil. Portanto, se

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ANTÔNIO TONHÃO

FOTOGRAFO: MATHEUS - @MATHEUS_03M

MANOBRA : FINGER WHIP

FOTOGRAFO: MATHEUS@MATHEUS_03M

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FOTOGRAFO: MATHEUS - @MATHEUS_03M

MANOBRA: DOUBLE WHIP

CAPA - Antônio Tonhão [16] - DECCS MAGAZINE

ANTÔNIO TONHÃO

Queridos amigos do mundo do patinete e entusiastas das manobras radicais,

É com imensa alegria e gratidão que me dirijo a todos vocês hoje. Sou Tonhão, um apaixonado atleta da seleção Brasileira de Patinete, e estou aqui para compartilhar uma mensagem de inspiração e motivação.

Lembro-me do momento em que peguei meu primeiro patinete nas mãos e senti uma conexão única com esse esporte. Desde então, meu coração se encheu de entusiasmo e determinação para me tornar um atleta profissional e levar o patinete de manobras a patamares mais altos.

A jornada até aqui não foi fácil, enfrentei desafios e obstáculos no caminho, mas cada momento de superação foi uma oportunidade de crescimento. Cada tombo foi uma lição para levantar mais forte e persistir em busca dos meus sonhos.

Hoje, olho para trás e vejo o quão longe chegamos. A paixão pelo patinete uniu pessoas de todos os cantos do mundo, criando uma comunidade vibrante e apaixonada. E você, que está lendo esta mensagem, é parte fundamental desse movimento.

Quero incentivá-los a acreditar em si mesmos, a confiar no poder dos seus sonhos e na capacidade de superar qualquer desafio que a vida lhes apresente. O patinete é mais do que apenas um esporte, é uma forma de expressão, é liberdade e arte em movimento.

Não importa se você é iniciante ou experiente, se está enfrentando dificuldades ou se sente desmotivado, saiba que cada passo dado em direção ao seu objetivo é valioso. Cada manobra, cada evolução é uma conquista.

Convido a todos a se unirem nessa jornada, a compartilharem essa paixão e a motivarem uns aos outros. Juntos, somos mais fortes, e podemos levar o patinete a patamares ainda mais extraordinários.

Lembrem-se de que o caminho para o sucesso é construído com dedicação, humildade e perseverança. Sejam inspirados pelas suas próprias evoluções e também pelas de outros atletas. A superação está ao nosso alcance, basta acreditarmos e nunca desistirmos.

Vamos celebrar cada vitória, cada manobra aprimorada, e também aprender com os desafios, pois é assim que crescemos como atletas e como pessoas.

Eu sou prova viva de que com amor, paixão e esforço, podemos transformar nossos sonhos em realidade. E acreditem, o patinete tem muito mais a oferecer a todos nós.

Portanto, que esta mensagem sirva como combustível para a chama da sua paixão. Vamos juntos levar o patinete de manobras além das nossas fronteiras, inspirar novos praticantes e mostrar ao mundo o poder desse esporte que nos move!

Obrigado por fazerem parte dessa jornada extraordinária. Estamos juntos nessa, e o futuro do patinete é tão grandioso quanto o nosso desejo de voar!

Com amor e gratidão, Tonhão - Atleta da Seleção Brasileira de Patinete.

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MARCONY PETTERSON

20 ANOS, 7 MESES DE PATINETE, CAMPO LARGO – (PR) / @GLACYAAL

Como você se interessou pelo patinete? O que o levou a começar a praticar esse esporte?

Desde a infância, eu acompanhava um canal no YouTube que apresentava o scooter/ parkour, despertando minha vontade de ter um patinete. Anos depois, por acaso, encontrei o perfil de um brasileiro chamado Túlio no Instagram, que andava de scooter. Fui até ele, troquei ideias sobre o esporte, e ele me apresentou a um grupo de entusiastas do scooter no Brasil. Com o tempo, peguei meu patinete e fui conhecer o pessoal em São Paulo.

Conte-nos sobre um lugar especial onde você gosta de andar de patinete. Quais são as características desse lugar que o tornam tão especial para você?

Atualmente, me mudei para Curitiba e a pista que mais gosto de frequentar é a PaB. Lá, encontro caixotes, transições, gaps e corrimões, proporcionando uma variedade de combinações e novos truques para aprender.

Qual é a manobra mais difícil que você já executou com sucesso? Como você se sentiu quando finalmente a completou?

Truckdrive/360 barspin no solo é a manobra mais desafiadora que executei com sucesso, mas ainda estou trabalhando para aperfeiçoá-la. Sentir a superação ao completá-la foi incrível e motivador para continuar a evoluir.

Ser um atleta iniciante pode ser desafiador. Você tem algum apoio ou mentor que o ajuda a superar os obstáculos? Como essa pessoa ou grupo de pessoas influenciou sua jornada como atleta de patinete?

Como atleta independente, não tenho um apoio específico, mas a galera do skateboard sempre me acolheu bem nas pistas e me incentivou a continuar, o que tem sido de grande ajuda.

Patrocínio é algo importante para muitos atletas. Você já recebeu algum tipo de apoio de patrocinadores? Como isso impactou sua carreira até agora?

Até o momento, nunca recebi patrocínio ou apoio de patrocinadores. Contudo, continuo me dedicando ao esporte e buscando oportunidades para desenvolver minha carreira.

Como sua família reage ao seu envolvimento com o patinete? Eles são solidários e encorajadores?

Minha família não se interessa muito por esportes, então o envolvimento com o patinete não é algo que eles compreendam totalmente. No entanto, respeitam minha paixão e me deixam seguir meu caminho.

Quais são suas metas e aspirações como atleta de patinete? Onde você se vê daqui a cinco anos?

Minha meta é mergulhar cada vez mais no mundo do scooter, aperfeiçoando minhas habilidades e me divertindo ao máximo. Daqui a cinco anos, espero ter dominado novas manobras e continuar compartilhando essa essência única do patinete com meus amigos.

Você já participou de alguma competição? Se sim, qual foi a experiência mais memorável que você teve até agora?

Infelizmente, ainda não participei de nenhuma competição. No entanto, estou me preparando para futuros desafios e ansioso para vivenciar experiências memoráveis em eventos do scooter.

Além do patinete, você pratica outros esportes? Eles têm alguma influência na sua abordagem ao patinete?

Antes do patinete, andei de BMX por 2 anos, e essa experiência contribuiu para aprimorar minha base e habilidades no scooter, ampliando minha abordagem ao esporte.

Por fim, que conselho você daria para outros atletas iniciantes de patinete que desejam seguir seus passos?

Meu conselho é que se divirtam e treinem muito. Descubram o quão incrível é a essência do scooter e não se deixem abater pelos desafios iniciais. A dedicação e o amor pelo esporte são o caminho para o crescimento e o sucesso como atleta de patinete.

FOTOGRÁFO: ARQUIVO PESSOAL MANOBRA: WHIP

FLOW PATINETE FLOW/INICIANTE
[18] - DECCS MAGAZINE

FLOW/INICIANTE

PEDRO MENIN

21 ANOS, 10 ANOS DE PATINETE, PASSO FUNDO – (RS) / @PEDROMENIN.COM.BR

Como você se interessou pelo patinete? O que o levou a começar a praticar esse esporte?

Desde pequeno andava de bicicleta, depois iniciei no BMX quando tinha uns 10 anos (2012). Naquela época, por meio do YouTube, comecei a consumir conteúdo de esportes radicais e tive o primeiro contato com o Scooter Freestyle. Demonstrando interesse, mas sem acesso aos patinetes que via nas telas, ganhei dos meus pais um patinete de marca genérica que aumentou meu interesse pelo esporte.

Conte-nos sobre um lugar especial onde você gosta de andar de patinete. Quais são as características desse lugar que o tornam tão especial para você?

Particularmente, eu gosto muito de andar na rua, o street sempre foi minha paixão. Encontrar um local simples, com alguns degraus e rampas, e criar uma linha é algo que não tem preço para mim. O que torna a rua especial é o fator surpresa, qualquer lugar pode ser um bom "spot", permitindo que eu crie minha própria arte.

Qual é a manobra mais difícil que você já executou com sucesso? Como você se sentiu quando finalmente a completou? Com certeza, foi a última "best trick" do nacional de 2022. Eu já estava exausto, depois de um dia inteiro na pista, com o sol forte e fim de tarde. Mesmo assim, consegui acertar um "downside 360" com as últimas forças. Quando vi que aterrissei a manobra alinhado, senti como se um peso tivesse saído das minhas costas. Pulei do patinete e fui comemorar com a galera na hora.

Ser um atleta iniciante pode ser desafiador. Você tem algum apoio ou mentor que o ajuda a superar os obstáculos? Como essa pessoa ou grupo de pessoas influenciou sua jornada como atleta de patinete?

Sempre tive tendência autodidata, então aprendi me autodisciplinando, mas nunca faltou apoio dos meus amigos e família. Boas companhias e bases fortes ajudaram na estrutura da minha formação como pessoa. Recebi incentivo dos meus próximos, e a persistência e o amor pelo hobby geraram bons resultados. Patrocínio é algo importante para muitos atletas. Você já recebeu algum tipo de apoio de patrocinadores? Como isso impactou sua carreira até agora?

Apoio somente de premiações de campeonatos; nunca tive o privilégio de ter patrocínio, sempre arquei com todos os gastos. Não digo que impactou negativamente, mas no nosso país, o incentivo e investimento ao esporte são fracos e preconceituosos. Com certeza, é necessário mais apoio para todos os atletas.

Como sua família reage ao seu envolvimento com o patinete? Eles são solidários e encorajadores?

Eles apoiam e incentivam, nunca me limitaram em nada com relação à prática esportiva, seja qual for.

Quais são suas metas e aspirações como atleta de patinete? Onde você se vê daqui a cinco anos?

Almejo um dia conseguir andar em Barcelona, e se em 5 anos eu não tiver ido até lá, quero já estar com os planos organizados (risos).

Você já participou de alguma competição? Se sim, qual foi a experiência mais memorável que você teve até agora?

Resposta: Participei somente de uma competição, que foi o campeonato nacional de scooter freestyle 2022, onde competi na categoria iniciante e me tornei campeão. Essa experiência com certeza vai ficar na memória para sempre.

Além do patinete, você pratica outros esportes? Eles têm alguma influência na sua abordagem ao patinete?

Resposta: Como citei acima, tenho a base do BMX, mas não pratico mais. Já andei de skate, mas parei, sendo o patinete minha única prática esportiva. Com certeza, as experiências com esportes radicais agregam na bagagem para a prática de outros, somando habilidades como centro de gravidade, giro, equilíbrio, motricidade, entre outros.

Por fim, que conselho você daria para outros atletas iniciantes de patinete que desejam seguir seus passos?

Resposta: Eu acredito em desenvolvimento pessoal. Claro que me inspiro em atletas de alto desempenho, mas sempre busquei meus métodos, minhas técnicas e a maneira que melhor me adapto à manobra, buscando sempre um flow interessante e prazeroso de executar. Meu conselho para os iniciantes é serem resolutos, usem uma base, façam do seu jeito e a evoluam, quem sabe vocês não criam uma técnica ou manobra nova? O freestyle é isso.

FOTÓGRAFO: LAURA MINOZZO - @LAURAMINOZZO MANOBRA: DOWNSIDE

FLOW PATINETE
DECCS MAGAZINE - [19]

Como você descobriu sua paixão pelo patinete e o que te motivou a se tornar um atleta profissional nesse esporte?

Primeiramente, obrigado pelo convite. É gratificante ver o esporte tomando novas proporções. Tudo começou em 2009, quando eu e o Bruno morávamos em Concórdia, SC, praticando parkour. Frequentemente, íamos a uma pista de skate local. Em um desses dias, tivemos a brilhante ideia de fazer parkour com um patinete de alumínio, aquele clássico patinete infantil prateado que dobrava. Começamos a saltar alguns meios-fios, degraus, gaps, e os saltos no quarter da pista já nos divertiam bastante. A partir daí, começamos a buscar vídeos de patinete no YouTube, manobras de patinete, mas sem muito sucesso, até que encontramos um vídeo de um rider australiano chamado Coedie Donovan. Esse vídeo nos mostrou o que era possível fazer com o patinete, desde virar backflips até descer corrimões gigantes e fazer aéreos muito altos, tudo isso com os patinetes infantis. Ficamos impressionados com o que ele fazia. Após assistir aos vídeos e descobrir que esse esporte se chamava "scooter freestyle", nos apaixonamos pelas manobras inovadoras. Começamos a buscar tudo sobre essa cultura, esse novo esporte que estava surgindo, acompanhando o desenvolvimento da engenharia do patinete, novas marcas surgindo e novas manobras sendo inventadas. Uma pergunta surgia em nossa mente: "por que no Brasil ainda não existem pessoas praticando este esporte?". Assim, surgiu um grande sonho: mostrar para as pessoas esse incrível esporte e mostrar ao mundo que aqui no Brasil também temos talento no patinete freestyle!

Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao longo de sua jornada como atleta profissional de patinete e como você os superou?

Além da falta de estrutura em nosso skatepark local, também não tínhamos peças para a prática do esporte. Quando alguma peça quebrava, passávamos meses, ou até anos, sem poder andar. A partir de 2013, começamos a ter acesso a patinetes que não dobravam e sem regulagem da altura do guidão, tornandoos mais rígidos e resistentes para aguentar os fortes impactos. Porém, as peças que recebíamos ainda não eram as melhores do mercado; eram peças ultrapassadas que não eram mais vendidas em outros países, mas que eram enviadas para o Brasil. Com o passar do tempo, já não encontrávamos mais patinetes à venda, e o esporte passou por um período de certo apagamento. Então, eu, o Emerson e o Bruno nos unimos na missão de propagar o esporte no Brasil e trazer o que há de mais atual e tecnológico para o cenário do patinete freestyle, apoiando antigos atletas e dando suporte à nova geração. Assim, nasceu a DOM Patinetes, a primeira marca de patinetes profissionais da América do Sul.

Agora, vamos explorar um pouco mais sobre a sua experiência e os lugares onde você já praticou. Quais são os lugares mais extraordinários que você já teve a oportunidade de explorar e praticar patinete? Existe algum local em particular que você sonha em conhecer e andar de patinete?

Lugares que me marcaram muito foram as viagens ao Uruguai e à Argentina. Foram dias de muitas vivências, conhecendo novos países, outras culturas e pessoas que compartilham dessa mesma paixão pelo esporte. Sim, tenho o sonho de andar pelos picos clássicos de Barcelona (BCN).

Você já participou de competições ou eventos relacionados ao patinete? Se sim, poderia contar-nos sobre alguma experiência marcante?

Minha experiência mais marcante foi ter participado do World Skate Games em 2022, na Argentina, onde fiquei em 14º colocado no campeonato mundial de patinete na categoria street pro. Mas o que me deixou ainda mais feliz foi ter levado o Brasil pela primeira vez a ter representatividade em um evento internacional. Fazer parte da primeira seleção brasileira de patinete da história, no meio das lendas do esporte, junto com os melhores riders do planeta, ouvir o locutor anunciando "Rider brasileiro, representando a DOM Patinetes", e ver a bandeira do Brasil no telão, com certeza foi um grande sonho realizado.

Além das manobras mais técnicas, qual é a manobra que você considera a mais emocionante e que proporciona uma experiência única ao praticar patinete?

São tantas experiências emocionantes que o patinete proporciona. Uma delas, em particular, é aquele momento que bate aquele frio na barriga antes de descer um corrimão, aquele momento de muito foco e superação, e depois ouvir a galera comemorando junto com você a manobra. Uma experiência única.

EDUARDO SUNTTIEDUARDO SUNTTI

FOTÓGRAFA : LUIZ VIANNA - @LFNVIANNA

MANOBRA: BRIFLIP

FLOW - profissional
27 ANOS 14 ANOS DE PATINETE,
INSTAGRAM:
EDUARDO SUNTTI [20] - DECCS MAGAZINE
FLORIANÓPOLIS
(SC)
@EDUARDOSUNTTI

Como você equilibra a pressão de competir em eventos de alto nível com a necessidade de se divertir e manter a paixão pelo patinete?

Acho que a paixão pelo patinete fala mais alto, independentemente da minha colocação. Sempre fico muito feliz em participar de um evento de scooter, mostrar o estilo brasileiro de andar de patinete e inspirar a nova geração. Agora, vamos falar sobre apoio e patrocínio no mundo do patinete. Quais são os principais patrocinadores e apoios que têm contribuído para o seu desenvolvimento como atleta profissional de patinete? Como essa parceria tem impactado sua carreira?

Nunca tivemos muito apoio aqui no Brasil. Em 2016, entrei para o time amador da Madd Gear e ganhei algumas peças de reposição para poder andar, mas não durou muito tempo, pois a marca saiu do país. Vendo o esporte sem apoio e sem peças adequadas para a prática, decidimos parar de procurar apoio de marcas estrangeiras e decidimos criar a nossa história, criando uma marca brasileira que oferecesse todo o suporte e apoio que o atleta precisa para se desenvolver dentro do esporte.

Como a sua família tem sido um suporte para você durante sua carreira no patinete? Eles sempre acreditaram no seu potencial desde o início?

No começo, ninguém levava muito a sério um "marmanjo" andando de patinete, mas com o tempo, eles foram percebendo que era isso que eu realmente amava fazer. Agora, me apoiam e conseguem ver que esse esporte tem um futuro promissor, o que é muito gratificante para mim.

Além do esporte, é importante conhecer um pouco mais sobre você pessoalmente.

Além do patinete, quais outras atividades ou esportes você pratica para aprimorar suas habilidades e complementar seu desempenho no patinete?

Gosto de andar de skate também e acredito que a arte e a música estão muito ligadas ao esporte, estimulando a criatividade nas manobras.

Qual foi o momento mais gratificante da sua carreira até agora? Existe alguma conquista em particular que você considera como um marco na sua trajetória como atleta profissional de patinete? Participar do campeonato mundial e representar o Brasil, sem dúvidas, foi um grande momento para a história do patinete nacional.

Quais são seus planos e metas futuras como atleta profissional de patinete? Existem competições específicas que você deseja participar ou conquistas que você ainda busca alcançar?

Estou me preparando para o mundial em 2024 que acontecerá na Itália, e meus planos são ajudar no desenvolvimento do esporte em toda a América do Sul. Como você lida com a adversidade e os obstáculos durante os treinamentos e competições? Existe alguma estratégia mental que você utiliza para se manter focado e superar os desafios?

Acho que a respiração consciente é a principal ferramenta para manter o foco e superar os desafios. Acreditar em si mesmo e ter confiança no treinamento também são aspectos fundamentais para lidar com a adversidade.

Como você vê o futuro do esporte de patinete profissionalmente?

Quais são as oportunidades e tendências que você enxerga para o crescimento e reconhecimento do esporte?

Acredito que o patinete tem um futuro muito promissor, pois a cada dia que passa, as pessoas estão vendo o patinete como um esporte radical tão emocionante quanto outros esportes de ação, e não mais como um brinquedo. Agora, a nova geração está crescendo e vendo uma oportunidade de se desenvolver profissionalmente nesse esporte.

Quais conselhos você daria para jovens aspirantes a atletas profissionais de patinete que desejam seguir seus passos? Quais são os aspectos fundamentais para se destacar nesse esporte? Não desistam dos seus sonhos, sempre deem um passo de cada vez com foco aonde querem chegar. Muito treino e prática são fundamentais para se destacar no patinete freestyle.

Como você encontra o equilíbrio entre sua vida pessoal e a carreira no patinete? Como você se dedica aos treinamentos intensos, viagens e competições, ao mesmo tempo em que mantém relacionamentos saudáveis e tempo para si mesmo?

O amor pelo esporte é o que me move e me ajuda a encontrar esse equilíbrio. Com muita dedicação e amor pelo que faço, consigo conciliar minha vida pessoal com a carreira no patinete.

Por último, mas não menos importante, vamos falar sobre o futuro e o que está por vir.

Quais são seus planos e ambições para o futuro como atleta profissional de patinete? Existe algum projeto especial em que você esteja trabalhando atualmente?

Estou iniciando escolinhas de patinete aqui na minha cidade e pretendo continuar fazendo o que for possível para ajudar o esporte a crescer cada vez mais no Brasil e na América do Sul.

Por fim, qual mensagem você gostaria de transmitir para seus fãs e para aqueles que se inspiram em sua jornada como atleta profissional de patinete?

Nunca desistam, galera! Com persistência, vocês conseguem alcançar seus objetivos. Sigam seus sonhos e sejam sempre dedicados ao que amam fazer. Acreditem em si mesmos, pois a paixão pelo esporte pode transformar sonhos em realidade.

DECCS MAGAZINE - [21]

Como você começou no mundo do patinete? Houve alguma influência especial que despertou seu interesse?

Lembro que na época eu estava muito pirado no mundo do BMX, ficava vendo vídeos no YouTube direto, até que me foi recomendado um vídeo de scooter lá na Austrália, lembro até hoje, que foi em um vídeo do Coedie Donovan, andando com um patinete dobrável de alumínio, reforçado, mandando várias no patinete, eu fiquei de cara com aquilo, já tinha tido contato com patinete antes disso, e já gostava de dar uns pulos mas sempre quebrava… Ao ver esse vídeo, comecei a me identificar com o esporte, buscar saber mais, e foi assim que me inseri nesse esporte muito doido que é o Scooter Freestyle.

Quais foram os principais desafios que você enfrentou no início da sua jornada como atleta amador de patinete?

O preconceito com o esporte e a falta de companhia no rolê foram as coisas mais desafiadoras no início.

DIPaiva: Agora, vamos explorar um pouco mais sobre a sua experiência e os lugares onde você já praticou. Quais são os seus lugares favoritos para andar de patinete? Você pode compartilhar alguma história interessante sobre algum desses lugares?

Minha vibe é e sempre foi andar na rua! Em lugares que para as pessoas são imperceptíveis no dia a dia, para mim são obstáculos únicos! Quando fui para São Paulo, pude vivenciar muito disso! Os picos de rua de lá são sem comparações, como exemplo dos picos que mais curto andar: Vale do Anhangabaú, Roosevelt, Av Paulista, entre outros!

Você já participou de competições ou eventos relacionados ao patinete? Se sim, poderia contarnos sobre alguma experiência marcante?

Participei de apenas uma em toda minha vivência com o scooter! Suficiente para me deixar sem palavras! Foi mais um best trick de um rolê que tinha como intuito juntar a galera do scooter para uma “JAM”, organizado pela minha pessoa juntamente com meus amigos, juntos formamos a D’RUA SCOOTER GANG, responsável por esse encontrão em SP!

A DOM PATINETES fortaleceu na premiação, e acabei levando 1 lugar nesse best trick, levando um guidão foda da DOM para casa! Esse rolê foi memorável, um salve a todos que compareceram e somaram nesse rolê!

DiPaiva: Vamos agora abordar a questão das manobras mais desafiadoras que você executa. Qual é a manobra mais difícil que você já realizou no patinete? Como foi a sensação de conseguir executála com sucesso?

Acredito que uma das tricks mais desafiadoras que mandei no corrimão foi um halfcab bs board slide heelwhip out! Essa trick me tomou um tempo até acertar, agradeço ao Tuco e o Glacyaal por me inspirar e não me deixar desistir de mandála! Consegui mandá-la depois de muito tentar! A sensação foi demais, nunca imaginei mandar essa, quando mandei, me senti leve, livre e muito feliz, aquela sensação de quando você acerta uma trick! É inexplicável, só quem pratica algum esporte que envolve manobras sabe do que estou falando!

TÚLIO COMMETTI

MANOBRA: FS 180

FOTÓGRAFA : THAINA COMMETTI - @THACOMMETTI
[22] - DECCS MAGAZINE 24
DROP ANOS 3 ANOS DE PATINETE, BRAGANÇA PAULISTA – (SP) INSTAGRAM: @DAMNTULIOX
FLOW - AM

Como você se prepara para aprender e dominar novas manobras? Você tem algum método específico que utiliza? Nada melhor que uma boa dica de um amigo que aprendeu ou já manda a manobra! Mas sempre fico de olho em vídeos tutoriais, ajudam demais!

DiPaiva: Agora, vamos falar sobre apoio e patrocínio no mundo do patinete.

Você recebe algum tipo de apoio ou patrocínio? Se sim, como isso afeta a sua carreira como atleta amador? Já tive apoio de uma marca de roupas, infelizmente não tinha muito tempo na época para me dedicar 100% e não foi para frente. Atualmente não tenho apoio nem patrocínio, mas graças a Deus tenho mais tempo para me divertir com o scooter!

Quais são os seus objetivos em termos de apoio e patrocínio para o futuro? Você tem algum patrocinador dos sonhos em mente?

Sempre sonhei em andar para uma marca! No Brasil, o esporte está tomando forma recentemente, é algo novo para muita gente, a única marca de patinetes aqui é a DOM PATINETES! Tive a imensa oportunidade e prazer em conhecer os guris da DOM! Sempre acompanhei eles desde o início da marca, vi a evolução deles pela cena e sempre admirei porque não é fácil! É uma marca que teria o prazer de fazer parte de alguma forma algum dia!

DiPaiva: Além do esporte, é importante conhecer um pouco mais sobre você pessoalmente.

Como sua família e amigos têm apoiado sua jornada no patinete? Eles costumam acompanhar suas competições ou eventos?

Sou grato por ter uma família que me apoia no scooter, acham muito legal eu ter essa vivência com o esporte! Meus amigos também sempre me apoiaram e respeitaram, fazendo não desistir desse lifestyle!

DiPaiva: Por último, mas não menos importante, vamos falar sobre o futuro e o que está por vir.

Quais são seus planos e ambições para o futuro como atleta amador de patinete? Existe algum projeto especial em que você esteja trabalhando atualmente?

Demos início a um projeto chamado D’RUA SCOOTER GANG, que nada mais é do que um grupo de amigos que estão na mesma sintonia em relação ao esporte. No futuro, pretendemos tornar a D’RUA uma marca, voltada para o scooter, desde roupas e acessórios, até peças e equipamentos! O intuito é somar na cena do scooter freestyle no Brasil! Fazer chegar esse esporte em todos os cantos do Brasil! Chegar com um valor acessível para que todos possam ingressar nesse esporte diferenciado e style que é o Scooter! Por fim, que conselho você daria para outros atletas de todas categorias de patinete que desejam seguir seus passos?

Não desistam! Muitos vão criticar, tentar te colocar para baixo ou mudar de esporte, não desanime! Se você realmente gosta, corra atrás! Toda evolução parte de nós, o quanto queremos fazer aquilo ou chegar em tal lugar, só depende de nós mesmos, todos somos capazes e tudo é possível!

A busca pelo aprimoramento é constante, e sempre haverá desafios no caminho, mas nunca deixe que isso te impeça de seguir em frente. Acredite em si mesmo, mantenha a paixão pelo esporte e, acima de tudo, divirta-se! A jornada no patinete pode ser repleta de emoções e realizações, então aproveite cada momento e continue buscando superar seus limites. Boa sorte em sua jornada no mundo do patinete!

TÚLIO COMMETTI TÚLIO COMMETTI

DECCS MAGAZINE - [23]

Universo do Patinete

As Manobras Radicais que Dominam as Ruas em 2023

Por DECCS MAGAZINE| Publicado em 25 de julho de 2023

Enquanto o mundo avança com o desenvolvimento de tecnologias e meios de transporte cada vez mais modernos, uma febre sobre rodas tem dominado as ruas em 2023: o universo do patinete e suas manobras radicais. Esses pequenos veículos de duas rodas conquistaram corações e mentes de jovens aventureiros em todo o mundo, proporcionando uma sensação de liberdade e adrenalina jamais vista.

A Evolução das Manobras: O Cenário Atual em 2023

Com a popularização do patinete, surgiram talentosos entusiastas que elevaram a prática a um novo patamar, introduzindo uma série de manobras espetaculares que desafiam a gravidade e impressionam a todos. Neste ano de 2023, algumas manobras se destacam no cenário do patinete:

1. Backflip Urbano: Inspirado no mundo do BMX e do skate, os corajosos pilotos de patinetes têm se aventurado em backflips alucinantes nas rampas urbanas, proporcionando um espetáculo de tirar o fôlego para quem assiste.

2. Manual das Alturas: Uma manobra que testa a habilidade e o equilíbrio do piloto, o "manual" consiste em equilibrar o patinete somente em uma roda, percorrendo distâncias surpreendentes sem tocar a roda dianteira no chão.

3. Grinds Extremos: Adotando elementos do skate, os pilotos deslizam sobre corrimãos e bordas de escadas com seus patinetes, mostrando que a criatividade e a ousadia não têm limites.

4. 180º Tailwhip: Uma manobra que envolve girar o guidão do patinete enquanto realiza um salto de 180 graus, exigindo precisão e velocidade para executá-la com maestria.

A Importância da Segurança

É essencial destacar que a prática de manobras radicais com patinetes requer habilidades avançadas e, acima de tudo, o uso adequado de equipamentos de segurança. Capacetes, joelheiras e cotoveleiras são itens indispensáveis para garantir a integridade física dos praticantes, que devem estar cientes dos riscos envolvidos.

Eventos e Competições

Com o crescente interesse nas manobras de patinete, eventos e competições têm sido organizados em várias partes do mundo. Além de proporcionar entretenimento para o público, esses eventos promovem a comunidade e incentivam a troca de experiências entre os praticantes.

Conclusão

O universo do patinete e suas manobras radicais estão em pleno auge em 2023, trazendo emoção e aventura para as ruas das cidades ao redor do globo. Com a evolução contínua da tecnologia e a paixão crescente por esportes radicais, é provável que vejamos ainda mais inovações e manobras ousadas no futuro. No entanto, a segurança deve sempre estar em primeiro lugar, garantindo que essa cultura sobre rodas seja apreciada de forma segura e responsável por todos os entusiastas desse emocionante universo do patinete.

[24] - DECCS MAGAZINE
FOTÓGRAFO: EVAN VELEZ SAXER MANOBRA: 360

A Evolução do Patinete de Manobras e os Atletas que Impulsionam o Esporte

Conheça a História de Superação e Criatividade dos Atletas do Patinete Freestyle

Por DECCS MAGAZINE| Publicado em 25 de julho de 2023

O patinete de manobras, também conhecido como scooter freestyle, tem conquistado cada vez mais adeptos ao redor do mundo. Esse esporte radical, que combina técnicas de skate e BMX, vem ganhando popularidade graças aos atletas que se dedicam a dominar as mais impressionantes e desafiadoras manobras. Nesta matéria, vamos explorar a história do patinete de manobras e conhecer alguns dos atletas que impulsionaram o crescimento e a evolução desse esporte emocionante.

Origens do Patinete de Manobras

O patinete de manobras teve suas origens nas ruas, com crianças e jovens adaptando os patinetes convencionais para realizar pequenas manobras. No entanto, foi somente nas últimas décadas que o esporte começou a tomar forma e ganhar destaque. Com influências do skate e BMX, os adeptos do patinete passaram a explorar novos desafios e desenvolver manobras únicas.

O Impulso dos Atletas

Os atletas desempenharam um papel fundamental na popularização do patinete de manobras. Com sua paixão pelo esporte e dedicação aos treinos, eles ajudaram a construir uma comunidade sólida de praticantes e fãs ao redor do mundo. Além disso, sua presença em competições e eventos tem sido essencial para aumentar a visibilidade do esporte e atrair novos talentos.

A Evolução das Manobras

Com o crescente interesse pelo patinete de manobras, os atletas começaram a elevar o nível das manobras realizadas. O esporte passou a contar com manobras cada vez mais complexas e arrojadas, incluindo grinds em corrimões, flips no ar e combinações impressionantes de truques. A busca por superar os limites e inovar continua impulsionando o desenvolvimento do patinete freestyle.

Atletas que Marcaram História

Diversos atletas têm marcado a história do patinete de manobras com suas habilidades e conquistas. Nomes como Pedro, Laura e Lucas, referências brasileiras no esporte, têm inspirado uma nova geração de praticantes. Além disso, atletas internacionais como Max, Emily e Alex têm se destacado em competições ao redor do mundo, mostrando que o patinete freestyle transcende fronteiras e culturas.

O Crescimento do Esporte

Com o apoio de atletas talentosos, o patinete de manobras tem experimentado um crescimento significativo nos últimos anos. Eventos e competições dedicados ao esporte têm sido realizados em diferentes países, atraindo tanto atletas profissionais quanto amadores. Além disso, marcas de equipamentos e acessórios específicos para o patinete freestyle têm surgido, impulsionando ainda mais a popularidade do esporte.

Conclusão

O patinete de manobras é um esporte emocionante e desafiador que vem conquistando o coração de muitos entusiastas ao redor do mundo. Graças ao empenho e dedicação dos atletas que buscam sempre inovar e elevar o nível das manobras, o esporte tem ganhado cada vez mais destaque e reconhecimento. Seja nos picos de rua ou nas pistas de skate, o patinete de manobras continua atraindo novos praticantes e inspirando a próxima geração de atletas a superar seus limites e desbravar novos horizontes nesse universo radical.

FOTÓGRAFO: EVAN VELEZ SAXER
DECCS MAGAZINE - [25]
MANOBRA: GRIND

Como você descobriu sua paixão pelo patinete e o que te motivou a se tornar um atleta profissional nesse esporte?

Minha paixão pelo patinete começou quando um amigo muito próximo me deu meu primeiro patinete, daqueles que dobrava. Mesmo que ele não tenha durado muito, despertou em mim um interesse genuíno e a vontade de saber mais sobre o esporte.

Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao longo de sua jornada como atleta profissional de patinete e como você os superou?

O maior desafio que enfrentei foi a falta de peças e estrutura adequada para a prática do esporte no Brasil, especialmente nos primeiros anos, quando o patinete ainda era uma novidade por aqui. Para superar essa dificuldade, recorri a soluções criativas, como levar o patinete para soldar e improvisar reparos temporários. O importante era nunca parar de praticar e acreditar no potencial do esporte.

Agora, vamos explorar um pouco mais sobre a sua experiência e os lugares onde você já praticou. Quais são os lugares mais extraordinários que você já teve a oportunidade de explorar e praticar patinete? Existe algum local em particular que você sonha em conhecer e andar de patinete?

Uma das experiências mais incríveis foi em Buenos Aires, onde pude explorar várias ruas com ótimos picos para a prática. Meu sonho é andar de patinete nas ruas de Barcelona, que são famosas por sua cultura de esportes de ação.

Você já participou de competições ou eventos relacionados ao patinete? Se sim, poderia contar- nos sobre alguma experiência marcante?

Sim, participo anualmente do campeonato brasileiro e tive a oportunidade de participar do campeonato mundial na Argentina no ano passado. Estar na mesma pista com meus ídolos do esporte foi uma sensação inesquecível e inexplicável. Foi uma experiência marcante que me impulsionou ainda mais na carreira como atleta profissional.

Além das manobras mais técnicas, qual é a manobra que você considera a mais emocionante e que proporciona uma experiência única ao praticar patinete?

Sempre sinto muita emoção ao realizar grind nos corrimãos das ruas. A sensação de superação e conquista ao dominar essa manobra é realmente única.

Como você equilibra a pressão de competir em eventos de alto nível com a necessidade de se divertir e manter a paixão pelo patinete?

Para mim, cada treino e competição são como momentos de diversão. Mesmo nos eventos de alto nível, procuro focar na paixão que tenho pelo esporte e na satisfação de estar praticando o que amo.

Agora, vamos falar sobre apoio e patrocínio no mundo do patinete.

Quais são os principais patrocinadores e apoios que têm contribuído para o seu desenvolvimento como atleta profissional de patinete? Como essa parceria tem impactado sua carreira?

Desde o início, conto com o apoio fundamental da "Dom Patinetes", que tem sido um parceiro essencial no meu desenvolvimento como atleta profissional. Eles têm contribuído significativamente para o crescimento do esporte no Brasil e me possibilitaram seguir em frente na minha carreira.

FOTÓGRAFA : LUIZ VIANNA - @LFNVIANNA MANOBRA: 180 HALFCAB

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21 ANOS 5 ANOS
INSTAGRAM:
BAR DO GAP
DE PATINETE, CANOINHAS – (SC)
@ANDREISCHERMACK
[26] - DECCS MAGAZINE
ANDREI SCHERMACK

ANDREI SCHERMACK

Como a sua família tem sido um suporte para você durante sua carreira no patinete? Eles sempre acreditaram no seu potencial desde o início?

No começo, não foi tão fácil para minha família entender e aceitar minha escolha pelo patinete, principalmente por ser um esporte ainda novo e pouco conhecido. Porém, com o tempo, eles se tornaram meu maior apoio e acreditaram em meu potencial. Esse suporte foi fundamental para seguir em frente e alcançar meus objetivos.

Além do esporte, é importante conhecer um pouco mais sobre você pessoalmente.

Além do patinete, quais outras atividades ou esportes você pratica para aprimorar suas habilidades e complementar seu desempenho no patinete?

Antes de me dedicar ao patinete, praticava parkour, o que contribuiu significativamente para o desenvolvimento do meu equilíbrio e habilidades físicas. De vez em quando, ainda ando de BMX com meus amigos para diversificar a prática esportiva. Qual foi o momento mais gratificante da sua carreira até agora? Existe alguma conquista em particular que você considera como um marco na sua trajetória como atleta profissional de patinete?

O momento mais gratificante até agora foi fazer parte da seleção brasileira e conquistar um patinete profissional. Esses foram marcos importantes na minha jornada como atleta, e representaram um reconhecimento do meu esforço e dedicação ao esporte. Quais são seus planos e metas futuras como atleta profissional de patinete? Existem competições específicas que você deseja participar ou conquistas que você ainda busca alcançar?

Minha principal meta é sempre buscar a evolução, aprender novas manobras e influenciar mais pessoas a praticarem esse esporte que amo. No futuro, pretendo participar de competições de alto nível e alcançar pódios em eventos importantes, incluindo o campeonato brasileiro. Como você lida com a adversidade e os obstáculos durante os treinamentos e competições? Existe alguma estratégia mental que você utiliza para se manter focado e superar os desafios?

Lidar com a adversidade faz parte do processo de crescimento como atleta. Sempre procuro manter o foco e a determinação nos treinamentos e competições. A respiração consciente é uma estratégia mental que utilizo para me acalmar e me concentrar nos momentos mais desafiadores.

Como você vê o futuro do esporte de patinete profissionalmente? Quais são as oportunidades e tendências que você enxerga para o crescimento e reconhecimento do esporte?

Ao acompanhar a evolução do esporte desde o início, vejo um futuro promissor. A cada dia, mais pessoas reconhecem o patinete como um esporte de ação, o que abre novas oportunidades para seu crescimento. A tendência é que o esporte se torne cada vez mais reconhecido e valorizado em todo o mundo.

Quais conselhos você daria para jovens aspirantes a atletas profissionais de patinete que desejam seguir seus passos? Quais são os aspectos fundamentais para se destacar nesse esporte?

Meu conselho para os jovens aspirantes é persistirem em seus sonhos e nunca desistirem, mesmo que o início seja desafiador. Foco, determinação e dedicação são fundamentais para se destacar no esporte. Além disso, é importante buscar conhecimento, aprender com outros atletas e praticar constantemente. Como você encontra o equilíbrio entre sua vida pessoal e a carreira no patinete? Como você se dedica aos treinamentos intensos, viagens e competições, ao mesmo tempo em que mantém relacionamentos saudáveis e tempo para si mesmo?

Encontrar o equilíbrio entre a carreira no patinete e a vida pessoal pode ser desafiador, mas é essencial para um bom desempenho em ambos os aspectos. Para isso, organização e planejamento são fundamentais. Procuro estabelecer uma rotina equilibrada que inclua tempo para os treinamentos, competições e também momentos de lazer com amigos e familiares. A comunicação com as pessoas próximas também é importante para que entendam minha dedicação ao esporte e me apoiem nessa jornada.

Por último, mas não menos importante, vamos falar sobre o futuro e o que está por vir.

Quais são seus planos e ambições para o futuro como atleta profissional de patinete? Existe algum projeto especial em que você esteja trabalhando atualmente?

Meus planos para o futuro incluem continuar evoluindo como atleta e ampliar minha presença em competições de alto nível. Atualmente, estou trabalhando em uma vídeo parte para mostrar meu estilo e habilidades no patinete, além de continuar apoiando o crescimento do esporte no Brasil e na América do Sul.

Por fim, qual mensagem você gostaria de transmitir para seus fãs e para aqueles que se inspiram em sua jornada como atleta profissional de patinete?

A mensagem que eu gostaria de transmitir é que nunca desistam dos seus sonhos, independentemente das adversidades que possam enfrentar. Com persistência, dedicação e amor pelo que fazem, é possível alcançar grandes conquistas. Agradeço todo o apoio dos fãs e daqueles que se inspiram na minha jornada como atleta de patinete, e espero continuar incentivando mais pessoas a praticarem esse esporte que tanto amo. Obrigado a todos!

DECCS MAGAZINE - [27]

Como você começou no mundo do patinete?

Houve alguma influência especial que despertou seu interesse?

Uma vez fui com o meu pai para uma pista de skate quando tinha meus 7 anos, isso por volta de 2010, quando a cena do patinete ainda estava bem no começo, e vi um grande amigo andando de patinete freestyle, mas que na época era um desconhecido, chamado António Silva, com quem tenho amizade até hoje. Ele foi minha fonte para descobrir o esporte e também minha inspiração.

Quais foram os principais desafios que você enfrentou no início da sua jornada como atleta amador de patinete?

Acredito que tenha sido na época em que estive no Brasil, pois não andava com ninguém de patinete, já que havia poucas pessoas praticando e todas em lugares muito distantes. Então, me enturmei com a galera da BMX, pois é um esporte que tem mais praticantes e é bem parecido com o patinete. Além disso, importar peças era complicado devido às taxas e dificuldades de acesso.

Quais são os seus lugares favoritos para andar de patinete? Você pode compartilhar alguma história interessante sobre algum desses lugares?

Acredito que seja em Albufeira, Portugal, porque é a cidade onde mais passo tempo dando rolê ou onde nos encontramos para nos deslocarmos. Mas tenho um lugar específico que considero meu favorito, chamado Parque Lúdico, onde por duas vezes acertei um combo que levei muito tempo para conseguir. Quando finalmente consegui executá-lo, estava com todos os meus amigos que comemoraram junto comigo, e isso tornou o momento muito marcante.

Você já participou de competições ou eventos relacionados ao patinete? Se sim, poderia contar-nos sobre alguma experiência marcante?

No ano passado, participei da Street Jam em Lisboa. O evento em si foi bastante marcante para mim, mas houve um momento em que estávamos no último spot, e eu fiz um "bar to tailwhip" ao descer algumas escadas, o que me fez sentir na alma o calor da galera e do esporte.

Qual é a manobra mais difícil que você já realizou no patinete? Como foi a sensação de conseguir executá-la com sucesso?

Existem duas manobras e um combo que foram as mais difíceis para mim. Uma delas foi o "360 Tailwhip Barspin fakie" em quarter, e a outra foi "half cab tailwhip manual para downside heel drop". Ambas foram sensações surreais, como realizar um sonho. No entanto, o combo foi ainda mais marcante, pois foi executado na rua com a galera, e sentir todos comemorando comigo tornou esse momento muito especial.

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FOTÓGRAFA : IARA SOFIA - @IARA_SVM MANOBRA: 180 BARSPIN
20 ANOS 12 ANOS DE PATINETE, LAGOS – (PORTUGAL) INSTAGRAM: @SCOOTERGUI [28] - DECCS MAGAZINE
GUILHERME OLIVEIRA

Como você se prepara para aprender e dominar novas manobras? Você tem algum método específico que utiliza?

Não há uma preparação específica ou algo certo. O nome do esporte, Scooter Freestyle, sugere um estilo livre, e sempre há milhares de maneiras de fazer a mesma manobra. Eu muitas vezes procuro referências para aprender novas manobras, tanto em vídeos de patinete quanto em vídeos de BMX. Com a experiência que tenho ao longo dos anos, acredito que todos aprendemos uns com os outros através de tentativa e erro.

Você recebe algum tipo de apoio ou patrocínio? Se sim, como isso afeta a sua carreira como atleta amador?

Atualmente, estou trilhando minha jornada como atleta amador de patinete sem nenhum tipo de apoio ou patrocínio. Embora isso possa representar um desafio em minha carreira, não deixo que isso me desanime. A paixão que tenho pelo patinete freestyle e o apoio incondicional da minha família e amigos me impulsionam a seguir em frente.

Quais são os seus objetivos em termos de apoio e patrocínio para o futuro? Você tem algum patrocinador dos sonhos em mente?

Não tenho um objetivo específico, mas pretendo vir com um projeto, sem garantias, apenas para mostrar um pouco do meu rolê e tentar fazer algo original. No entanto, tenho o sonho de ser patrocinado pela Tilt Scooters e pela marca de roupas streetwear Mokovel. Como sua família e amigos têm apoiado sua jornada no patinete? Eles costumam acompanhar suas competições ou eventos?

Graças a Deus, minha família nunca foi contra e sempre me apoiou. Posso até dizer que o meu maior apoio sempre foi o meu pai, pois além de andar comigo na pista, ele pratica BMX e sempre gostou de me ver andando de patinete, o que me motiva bastante.

Quais são seus planos e ambições para o futuro como atleta amador de patinete? Existe algum projeto especial em que você esteja trabalhando atualmente?

Meu principal objetivo no momento é treinar para a Street Jam que vai acontecer no próximo mês no Porto e, em seguida, dar continuidade nas gravações para uma vídeo part.

Por fim, que conselho você daria para outros atletas de todas as categorias de patinete que desejam seguir seus passos?

Se você realmente tem paixão pelo esporte, não desanime, por mais difícil que seja. Não há sensação melhor do que acertar uma manobra ou combo que você queria, mesmo que tenha demorado muito tempo. Ainda mais se você estiver com a sua galera te apoiando.

GUILHERME OLIVEIRA GUILHERME OLIVEIRA

DECCS MAGAZINE - [29]

Como você descobriu sua paixão pelo patinete e o que te motivou a se tornar um atleta profissional nesse esporte?

Por volta dos meus 7 anos, eu ganhei meu primeiro patinete. Era um patinete comum de brinquedo, e com ele, eu costumava rodar pelo meu bairro, procurando calçadas para pular e ladeiras para descer. Naquela época, eu não fazia ideia de que era possível fazer manobras com o patinete. Até que um dia, fui a uma festa de um colega e um dos meus amigos levou um patinete de manobra que ele havia comprado nos EUA. Ao ver meu amigo fazendo manobras, fiquei impressionado que era possível fazer manobras e decidi que também queria um patinete desses. Por sorte, eu estava prestes a me mudar para a Austrália, onde o patinete de manobra é muito conhecido. Assim que cheguei na Austrália, comprei meu primeiro patinete próprio para manobra e, desde o início, me apaixonei pelo esporte, que me proporciona momentos incríveis até os dias de hoje. O que me motivou a me tornar um atleta profissional foram os momentos incríveis que esse esporte me proporcionou. Com ele, conheci pessoas incríveis e fui para lugares que nunca imaginei ir. Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao longo de sua jornada como atleta profissional de patinete e como você os superou?

Os meus maiores desafios foram ficar sem treinar por me lesionar, sofrer preconceito por praticar um esporte pouco conhecido no Brasil, evoluir com uma estrutura não adequada para o esporte, pressão e estresse para performar em alto nível e manter a motivação. Esses são alguns dos desafios que nós, atletas de alta performance, constantemente temos. Eu supero esses desafios através de determinação, disciplina e mentalidade resiliente.

Agora, vamos explorar um pouco mais sobre a sua experiência e os lugares onde você já praticou.

Quais são os lugares mais extraordinários que você já teve a oportunidade de explorar e praticar patinete? Existe algum local em particular que você sonha em conhecer e andar de patinete?

Os lugares mais extraordinários em que tive a oportunidade de andar foram as pistas da Austrália, onde elas são lisinhas e desenvolvidas para a prática de todos os esportes radicais. Um lugar que sonho em conhecer é o acampamento Woodward, na Pensilvânia. Um acampamento com mais de 20 pistas de skate, sendo um sonho de muitos praticantes de esportes radicais. Você já participou de competições ou eventos relacionados ao patinete? Se sim, poderia contar-nos sobre alguma experiência marcante?

Já! A experiência mais marcante foi competir no campeonato mundial de patinete, na Argentina. Esse foi um grande marco para a história do patinete brasileiro, sendo a primeira vez que o Brasil competiu em um campeonato mundial. Fazer parte da primeira seleção brasileira de patinete de manobra foi algo inesquecível, além disso, conheci os melhores scooter riders do mundo e fiz amigos de diversos países.

Além das manobras mais técnicas, qual é a manobra que você considera a mais emocionante e que proporciona uma experiência única ao praticar patinete?

A possibilidade de realizar manobras no patinete é imensa, e todos os dias surgem novas manobras. Para mim, a maior emoção desse esporte está na possibilidade de pular grandes rampas e fazer grandes aéreos, onde posso saltar e executar manobras no ar. Como você equilibra a pressão de competir em eventos de alto nível com a necessidade de se divertir e manter a paixão pelo patinete?

Eu tento me divertir ao máximo durante o processo de treinamento para campeonatos de alto nível. Treinar com amigos torna esse processo menos desgastante e mais agradável.

Agora, vamos falar sobre apoio e patrocínio no mundo do patinete. Quais são os principais patrocinadores e apoios que têm contribuído para o seu desenvolvimento como atleta profissional de patinete? Como essa parceria tem impactado sua carreira?

Eu já tive diversos apoiadores e patrocinadores, tais como: Escola Autonomia, União Corretora Florianópolis, Urso Frango, O Barco Pesca, Açaíland Lagoa e, por fim, a Dom Patinetes, que é a primeira marca de patinete do Brasil. Eles estão comigo desde o começo e são o motivo de todas as conquistas desse esporte no Brasil.

FOTÓGRAFA : LUIZ VIANNA - @IFNVIANNA

MANOBRA: INWARD

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ANOS 7 ANOS DE PATINETE, FLORIANÓPOLIS – (SP) INSTAGRAM: @IAN_TSUZUKI
IAN TSUZUKI

Como a sua família tem sido um suporte para você durante sua carreira no patinete? Eles sempre acreditaram no seu potencial desde o início?

Minha família sempre me apoiou a seguir meus sonhos. Sem eles, eu não seria quem sou hoje, e sou muito grato pelo suporte que me dão até hoje.

Além do esporte, é importante conhecer um pouco mais sobre você pessoalmente.

Além do patinete, quais outras atividades ou esportes você pratica para aprimorar suas habilidades e complementar seu desempenho no patinete?

Já pratiquei diversos esportes ao longo dos meus 19 anos, como skate, mountain bike, ginástica olímpica, pesca esportiva, tênis de mesa, entre outros. No entanto, acredito que a atividade física que mais me ajuda a aprimorar minhas habilidades no patinete é a musculação, que me dá força e me prepara fisicamente para evitar lesões.

Qual foi o momento mais gratificante da sua carreira até agora? Existe alguma conquista em particular que você considera como um marco na sua trajetória como atleta profissional de patinete? Participar da primeira seleção brasileira de patinete foi um marco importante para mim.

Quais são seus planos e metas futuras como atleta profissional de patinete? Existem competições específicas que você deseja participar ou conquistas que você ainda busca alcançar?

Minhas metas são aprender manobras mais avançadas do que as que faço atualmente, dessa forma conseguindo competir de igual para igual com os melhores do mundo.

Como você lida com a adversidade e os obstáculos durante os treinamentos e competições? Existe alguma estratégia mental que você utiliza para se manter focado e superar os desafios?

Minha estratégia para superar todas as adversidades é tornar o processo de treinamento mais divertido e sempre lembrar que se eu desistir, perderei a oportunidade de vivenciar momentos incríveis que só posso ter através desse esporte.

Como você vê o futuro do esporte de patinete profissionalmente?

Quais são as oportunidades e tendências que você enxerga para o crescimento e reconhecimento do esporte?

O patinete de manobra é um esporte muito popular fora do Brasil, como na Austrália, Estados Unidos, Reino Unido, entre outros. No Brasil, ainda é um esporte pouco conhecido, mas está crescendo a cada dia em nosso país. Por ser um esporte novo, ele chama muita atenção das pessoas, que frequentemente pedem para dar uma volta no meu patinete. Acredito que daqui a alguns anos, o esporte estará muito mais popular no Brasil e, consequentemente, mais reconhecido, podendo até mesmo fazer parte das olimpíadas.

Quais conselhos você daria para jovens aspirantes a atletas profissionais de patinete que desejam seguir seus passos? Quais são os aspectos fundamentais para se destacar nesse esporte?

Meu conselho para os jovens que desejam seguir uma carreira nesse esporte é que, por mais que enfrentem dificuldades no processo, nunca deixem que ninguém estrague o seu sonho e sempre se divirtam no caminho.

Como você encontra o equilíbrio entre sua vida pessoal e a carreira no patinete? Como você se dedica aos treinamentos intensos, viagens e competições, ao mesmo tempo em que mantém relacionamentos saudáveis e tempo para si mesmo?

Para encontrar um equilíbrio entre minha vida pessoal e a carreira no patinete, eu gerencio meu tempo, dedicando horários específicos para o treino no esporte e outros horários para minha vida pessoal. Para mim, gerenciar o tempo de forma eficiente faz toda a diferença, não apenas para atletas, mas também na vida de todos.

Agora, vamos falar sobre o futuro e o que está por vir. Quais são seus planos e ambições para o futuro como atleta amador de patinete? Existe algum projeto especial em que você esteja trabalhando atualmente?

Meu maior plano para o futuro é crescer esse incrível esporte pelo Brasil e fazer com que ele seja reconhecido e respeitado como qualquer outro esporte. Por fim, qual mensagem você gostaria de transmitir para seus fãs e para aqueles que se inspiram em sua jornada como atleta profissional de patinete?

Queridos fãs, eu queria aproveitar este momento para agradecer todo o apoio e carinho que vocês têm me proporcionado nessa jornada incrível como atleta de patinete de manobra. Vocês são o combustível que me impulsiona a ir além dos meus limites, a superar desafios e a buscar constantemente a excelência no esporte que amo. Lembrem-se sempre de que, assim como eu, vocês também podem realizar os seus sonhos e conquistar objetivos grandiosos. Com dedicação, paixão e determinação, não há obstáculo que não possamos superar. Que cada um de vocês encontre a sua própria paixão e siga em frente com coragem, sabendo que o sucesso é alcançado através do esforço contínuo e da crença em si mesmos.

IAN TSUZUKI IAN TSUZUKI

DECCS MAGAZINE - [31]
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