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EDUARDO SUNTTIEDUARDO SUNTTI

FOTÓGRAFA : LUIZ VIANNA - @LFNVIANNA

MANOBRA: BRIFLIP

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Como você equilibra a pressão de competir em eventos de alto nível com a necessidade de se divertir e manter a paixão pelo patinete?

Acho que a paixão pelo patinete fala mais alto, independentemente da minha colocação. Sempre fico muito feliz em participar de um evento de scooter, mostrar o estilo brasileiro de andar de patinete e inspirar a nova geração. Agora, vamos falar sobre apoio e patrocínio no mundo do patinete. Quais são os principais patrocinadores e apoios que têm contribuído para o seu desenvolvimento como atleta profissional de patinete? Como essa parceria tem impactado sua carreira?

Nunca tivemos muito apoio aqui no Brasil. Em 2016, entrei para o time amador da Madd Gear e ganhei algumas peças de reposição para poder andar, mas não durou muito tempo, pois a marca saiu do país. Vendo o esporte sem apoio e sem peças adequadas para a prática, decidimos parar de procurar apoio de marcas estrangeiras e decidimos criar a nossa história, criando uma marca brasileira que oferecesse todo o suporte e apoio que o atleta precisa para se desenvolver dentro do esporte.

Como a sua família tem sido um suporte para você durante sua carreira no patinete? Eles sempre acreditaram no seu potencial desde o início?

No começo, ninguém levava muito a sério um "marmanjo" andando de patinete, mas com o tempo, eles foram percebendo que era isso que eu realmente amava fazer. Agora, me apoiam e conseguem ver que esse esporte tem um futuro promissor, o que é muito gratificante para mim.

Além do esporte, é importante conhecer um pouco mais sobre você pessoalmente.

Além do patinete, quais outras atividades ou esportes você pratica para aprimorar suas habilidades e complementar seu desempenho no patinete?

Gosto de andar de skate também e acredito que a arte e a música estão muito ligadas ao esporte, estimulando a criatividade nas manobras.

Qual foi o momento mais gratificante da sua carreira até agora? Existe alguma conquista em particular que você considera como um marco na sua trajetória como atleta profissional de patinete? Participar do campeonato mundial e representar o Brasil, sem dúvidas, foi um grande momento para a história do patinete nacional.

Quais são seus planos e metas futuras como atleta profissional de patinete? Existem competições específicas que você deseja participar ou conquistas que você ainda busca alcançar?

Estou me preparando para o mundial em 2024 que acontecerá na Itália, e meus planos são ajudar no desenvolvimento do esporte em toda a América do Sul. Como você lida com a adversidade e os obstáculos durante os treinamentos e competições? Existe alguma estratégia mental que você utiliza para se manter focado e superar os desafios?

Acho que a respiração consciente é a principal ferramenta para manter o foco e superar os desafios. Acreditar em si mesmo e ter confiança no treinamento também são aspectos fundamentais para lidar com a adversidade.

Como você vê o futuro do esporte de patinete profissionalmente?

Quais são as oportunidades e tendências que você enxerga para o crescimento e reconhecimento do esporte?

Acredito que o patinete tem um futuro muito promissor, pois a cada dia que passa, as pessoas estão vendo o patinete como um esporte radical tão emocionante quanto outros esportes de ação, e não mais como um brinquedo. Agora, a nova geração está crescendo e vendo uma oportunidade de se desenvolver profissionalmente nesse esporte.

Quais conselhos você daria para jovens aspirantes a atletas profissionais de patinete que desejam seguir seus passos? Quais são os aspectos fundamentais para se destacar nesse esporte? Não desistam dos seus sonhos, sempre deem um passo de cada vez com foco aonde querem chegar. Muito treino e prática são fundamentais para se destacar no patinete freestyle.

Como você encontra o equilíbrio entre sua vida pessoal e a carreira no patinete? Como você se dedica aos treinamentos intensos, viagens e competições, ao mesmo tempo em que mantém relacionamentos saudáveis e tempo para si mesmo?

O amor pelo esporte é o que me move e me ajuda a encontrar esse equilíbrio. Com muita dedicação e amor pelo que faço, consigo conciliar minha vida pessoal com a carreira no patinete.

Por último, mas não menos importante, vamos falar sobre o futuro e o que está por vir.

Quais são seus planos e ambições para o futuro como atleta profissional de patinete? Existe algum projeto especial em que você esteja trabalhando atualmente?

Estou iniciando escolinhas de patinete aqui na minha cidade e pretendo continuar fazendo o que for possível para ajudar o esporte a crescer cada vez mais no Brasil e na América do Sul.

Por fim, qual mensagem você gostaria de transmitir para seus fãs e para aqueles que se inspiram em sua jornada como atleta profissional de patinete?

Nunca desistam, galera! Com persistência, vocês conseguem alcançar seus objetivos. Sigam seus sonhos e sejam sempre dedicados ao que amam fazer. Acreditem em si mesmos, pois a paixão pelo esporte pode transformar sonhos em realidade.

Como você começou no mundo do patinete? Houve alguma influência especial que despertou seu interesse?

Lembro que na época eu estava muito pirado no mundo do BMX, ficava vendo vídeos no YouTube direto, até que me foi recomendado um vídeo de scooter lá na Austrália, lembro até hoje, que foi em um vídeo do Coedie Donovan, andando com um patinete dobrável de alumínio, reforçado, mandando várias no patinete, eu fiquei de cara com aquilo, já tinha tido contato com patinete antes disso, e já gostava de dar uns pulos mas sempre quebrava… Ao ver esse vídeo, comecei a me identificar com o esporte, buscar saber mais, e foi assim que me inseri nesse esporte muito doido que é o Scooter Freestyle.

Quais foram os principais desafios que você enfrentou no início da sua jornada como atleta amador de patinete?

O preconceito com o esporte e a falta de companhia no rolê foram as coisas mais desafiadoras no início.

DIPaiva: Agora, vamos explorar um pouco mais sobre a sua experiência e os lugares onde você já praticou. Quais são os seus lugares favoritos para andar de patinete? Você pode compartilhar alguma história interessante sobre algum desses lugares?

Minha vibe é e sempre foi andar na rua! Em lugares que para as pessoas são imperceptíveis no dia a dia, para mim são obstáculos únicos! Quando fui para São Paulo, pude vivenciar muito disso! Os picos de rua de lá são sem comparações, como exemplo dos picos que mais curto andar: Vale do Anhangabaú, Roosevelt, Av Paulista, entre outros!

Você já participou de competições ou eventos relacionados ao patinete? Se sim, poderia contarnos sobre alguma experiência marcante?

Participei de apenas uma em toda minha vivência com o scooter! Suficiente para me deixar sem palavras! Foi mais um best trick de um rolê que tinha como intuito juntar a galera do scooter para uma “JAM”, organizado pela minha pessoa juntamente com meus amigos, juntos formamos a D’RUA SCOOTER GANG, responsável por esse encontrão em SP!

A DOM PATINETES fortaleceu na premiação, e acabei levando 1 lugar nesse best trick, levando um guidão foda da DOM para casa! Esse rolê foi memorável, um salve a todos que compareceram e somaram nesse rolê!

DiPaiva: Vamos agora abordar a questão das manobras mais desafiadoras que você executa. Qual é a manobra mais difícil que você já realizou no patinete? Como foi a sensação de conseguir executála com sucesso?

Acredito que uma das tricks mais desafiadoras que mandei no corrimão foi um halfcab bs board slide heelwhip out! Essa trick me tomou um tempo até acertar, agradeço ao Tuco e o Glacyaal por me inspirar e não me deixar desistir de mandála! Consegui mandá-la depois de muito tentar! A sensação foi demais, nunca imaginei mandar essa, quando mandei, me senti leve, livre e muito feliz, aquela sensação de quando você acerta uma trick! É inexplicável, só quem pratica algum esporte que envolve manobras sabe do que estou falando!

T Lio Commetti

MANOBRA:

Como você se prepara para aprender e dominar novas manobras? Você tem algum método específico que utiliza? Nada melhor que uma boa dica de um amigo que aprendeu ou já manda a manobra! Mas sempre fico de olho em vídeos tutoriais, ajudam demais!

DiPaiva: Agora, vamos falar sobre apoio e patrocínio no mundo do patinete.

Você recebe algum tipo de apoio ou patrocínio? Se sim, como isso afeta a sua carreira como atleta amador? Já tive apoio de uma marca de roupas, infelizmente não tinha muito tempo na época para me dedicar 100% e não foi para frente. Atualmente não tenho apoio nem patrocínio, mas graças a Deus tenho mais tempo para me divertir com o scooter!

Quais são os seus objetivos em termos de apoio e patrocínio para o futuro? Você tem algum patrocinador dos sonhos em mente?

Sempre sonhei em andar para uma marca! No Brasil, o esporte está tomando forma recentemente, é algo novo para muita gente, a única marca de patinetes aqui é a DOM PATINETES! Tive a imensa oportunidade e prazer em conhecer os guris da DOM! Sempre acompanhei eles desde o início da marca, vi a evolução deles pela cena e sempre admirei porque não é fácil! É uma marca que teria o prazer de fazer parte de alguma forma algum dia!

DiPaiva: Além do esporte, é importante conhecer um pouco mais sobre você pessoalmente.

Como sua família e amigos têm apoiado sua jornada no patinete? Eles costumam acompanhar suas competições ou eventos?

Sou grato por ter uma família que me apoia no scooter, acham muito legal eu ter essa vivência com o esporte! Meus amigos também sempre me apoiaram e respeitaram, fazendo não desistir desse lifestyle!

DiPaiva: Por último, mas não menos importante, vamos falar sobre o futuro e o que está por vir.

Quais são seus planos e ambições para o futuro como atleta amador de patinete? Existe algum projeto especial em que você esteja trabalhando atualmente?

Demos início a um projeto chamado D’RUA SCOOTER GANG, que nada mais é do que um grupo de amigos que estão na mesma sintonia em relação ao esporte. No futuro, pretendemos tornar a D’RUA uma marca, voltada para o scooter, desde roupas e acessórios, até peças e equipamentos! O intuito é somar na cena do scooter freestyle no Brasil! Fazer chegar esse esporte em todos os cantos do Brasil! Chegar com um valor acessível para que todos possam ingressar nesse esporte diferenciado e style que é o Scooter! Por fim, que conselho você daria para outros atletas de todas categorias de patinete que desejam seguir seus passos?

Não desistam! Muitos vão criticar, tentar te colocar para baixo ou mudar de esporte, não desanime! Se você realmente gosta, corra atrás! Toda evolução parte de nós, o quanto queremos fazer aquilo ou chegar em tal lugar, só depende de nós mesmos, todos somos capazes e tudo é possível!

A busca pelo aprimoramento é constante, e sempre haverá desafios no caminho, mas nunca deixe que isso te impeça de seguir em frente. Acredite em si mesmo, mantenha a paixão pelo esporte e, acima de tudo, divirta-se! A jornada no patinete pode ser repleta de emoções e realizações, então aproveite cada momento e continue buscando superar seus limites. Boa sorte em sua jornada no mundo do patinete!