Ética Revista Julho/Dezembro de 2016

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Biblioteca Diretivas Antecipadas de Vontade

Memórias de um Pediatra Um dos pioneiros da pediatria em Brasília, Dr. Antônio Márcio Junqueira Lisboa, lançou em dezembro sua 16.ª obra literária, o livro Memórias de um Pediatra. A publicação celebra a vivacidade de um médico que, perto de completar 90 anos de idade, revela ainda ter sonhos a realizar. Em mais de 120 páginas, o consagrado pediatra apresenta um compilado de histórias autobiográficas, que rememoram momentos significativos de sua trajetória profissional e pessoal. “Continuo em busca de alguns objetivos. O mais importante deles é convencer nossos governantes de que a maneira mais eficaz para controlar a violência e propiciar um futuro digno ao Brasil é assegurar às nossas crianças e adolescentes todos os direitos previstos pela Constituição”, destaca Dr. Antônio Lisboa. Natural de Leopoldina (MG), o especialista formou-se em 1950 pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro. Durante sua vida, percorreu diversos cargos e muitas instituições. Foi médico da Aeronáutica, funcionário do Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, membro honorário da Academia Nacional de Medicina, membro da Academia Brasileira de Pediatria e professor titular da Universidade de Brasília. Participou ativamente da fundação de diversas instituições científicas, dentre elas, a Sociedade de Pediatria do Distrito Federal e o Centro de Estudos Perinatais do Planalto Central.

Ética Revista, Ano XIII, n.º 3/4, julho, agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro, 2016

Responsável pela cátedra de Bioética da Organização das Nações Unidas para a Cultura, a Ciência e a Educação (Unesco) e professor do Programa Doutoral em Bioética promovido pelo CFM em parceria com a Universidade do Porto (Portugal), Rui Nunes afirmou que este livro é a concretização de objetivos que começaram a ser traçados a uma década para a construção da bioética lusófona. “Quando acreditamos em algo e lutamos por isso, é mais fácil concretizarmos. Quando apresentamos nossas ideias com fundamentação, conquistamos adeptos. Este livro é uma concretização e contribuirá para alavancar a bioética lusófona no cenário internacional”. O lançamento foi realizado no auditório do CFM e contou com a presença de diretores da autarquia e de alunos do programa de doutoramento. O presidente do CFM, Carlos Vital, afirmou que “certamente, a História registrará o professor Rui Nunes como o pai desta bioética lusófona, que vem ao encontro da cidadania e é condizente com nossa cultura e realidade”. Professor do programa, Rui Nunes ressaltou que “esta parceria luso-brasileira completará uma década no ano que vem e pretendemos tornar este o maior e melhor programa de doutorado em Bioética em plano internacional. Não estão em causa os valores centrais da bioética e com esses estamos de acordo. Temos em mente uma visão lusófona da bioética e podemos fazer a diferença em escala internacional, temos a ambição e a meta de mudar o mundo”. Dentre os temas abordados no livro, estão valores e sociedade plural, como a liberdade ética da pessoa, a humanização na terminalidade da vida e o enquadramento ético-normativo do testamento vital.

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