Relatório de Intervenção final - CLDS 4IN 2019/2022

Page 1

Relatório final de intervenção 2019/2022 CLDS 4IN - INformar, INtegrar, INcluir e INovar POISE-03-4232-FSE-000296

Atividade 1- LogIN: Sessões de Técnicas deProcura deemprego ede Competências Pessoais..............................................................................................................................8

Atividade 2- Gabinete INtegrar:Atendimento e acompanhamento individualizado no âmbito dasTécnicas de Procura de Emprego, elaboração de CV, treino de entrevistas ...........................................................................................................................................17

Atividade 3- LogIN: Canal INterliga: Site e Redes Sociais com divulgação semanal de ofertas de emprego e formação profissional e outra informação relevante.................21

Atividade 4- INiciativa: Sessão de Sensibilização da importância das experiências em contexto laboral para os elementos das comunidades ciganas e entidades empregadoras...................................................................................................................33

Atividade 5- (IN)prego:Mercado de emprego (speed recruitment): encontro entre empresas e candidatosa empregosmedianteentrevistas de5 minutos.....................36

Atividade 6 –INformação Mais: Sessões informativas sobre medidas públicas de apoio àcontratação que dotem os/as participantes deinformaçãoimportantepara potenciar a sua própriaintegração profissional.............................................................53

Atividade 7- Espaço INventa: Atendimento personalizado aos potenciais empreendedores e encaminhamento para oInvest SantoTirso, IEFPe outras entidades...........................................................................................................................57

Atividade 8- INforma-te: Sessões sobreformação profissional dinamizadapelas entidades públicas eprivadas com atuação no concelho.............................................69

Atividade 9- INtercâmbio+: Criação de intercâmbio de destinatáriosentre as empresas e o CDLS ofertas de emprego e formação profissional................................72

Atividade 10 - IgualIN:Sessões de sensibilização para empresáriossobre a Igualdade de Género..........................................................................................................................74

Atividade 11 - INsere +:Sessões de informação a empresas,instituições e outras entidades sobre apoios à contratação, critérios de elegibilidade, população e condições de acesso,nomeadamente para a integração depessoascom deficiência e/ou incapacidade.............................................................................................................80

Atividade 12 - Eagora? Sessões sobre diversidade profissional paraalunos do 9º e 12.º ano..............................................................................................................................85

Atividade 13 - O futuro é agora! Visitas a diferentes empresas deforma adar a conhecer a diversidadede profissões em contexto natural..........................................90

Atividade 14 - SessõesIN: Sessões sobreprocura ativa deemprego para jovensque pretendam ingressar o mercado de trabalho, sensibilizando para a precariedade e para o Tráfico Humano...................................................................................................126

Atividade 15 - Gabinete IN:Atendimento eacompanhamento dejovens sinalizados pela CPCJ ou equipaEMAT com ausência deperspetivas deintegração profissional ou deformação profissional..........................................................................................137

2 Índice Introdução...........................................................................................................................6

Atividade 16 - Põe-teIN- Jornadas teórico-práticas de incentivo ao empreendedorismo juvenil, criando projetos de respostaàs necessidades do concelho..........................................................................................................................140

Atividade 17 - IN Família: Dinamização de atividades lúdico-educativas alusivas à parentalidade, numa lógica de prevenção de comportamentosderisco, promovendo a participação da comunidade..........................................................................................172

Atividade 18 - IN ao saber -Boas Práticas: Dinamização de atividades que promovam a capacitação dosdestinatários, para a implementação de boas práticas relacionais numalógica holística ao nível familiar, escolar e social..............................................197

Atividade 19 - ConstruINdo Caminho: Dinamização de atividades educativas sobre os Direitos Humanos e os Direitos Universais dacriança, através da reflexão promovendo uma consciência crítica ecívica..............................................................214

Atividade 20 - MobIN - Dinamização de ações de sensibilização einformação para a promoção de umacidadania ativa.................................................................................229

Atividade 21 - ATIVE-IN - Conjunto de atividades de ocupação de tempos livres para que as crianças e jovens desfrutem de novas experiências saudáveis e ativas, que contemplem a diversão e aprendizagem em meio natural devida.............................246 Atividade 22 - Mediação IN - Recrutar,

3
formare orientar jovensque sejam considerados uma mais-valia para tutoria deoutros jovens com comportamentos menos ajustados.............................................................................................................260 Conclusões.....................................................................................................................281 Caracterização geral dos/as participantes doprojeto CLDS 4IN (Eixo 1 eEixo 2).....283 Equipa técnica do projeto CLDS 4IN desde 2019 a 2022..............................................289 Bibliografia......................................................................................................................290 Anexo I - Regulamento I Bootcamp...............................................................................292 Anexo II - Perfil decompetências do empreendedor...................................................295 Anexo III - Carta de Raquel Sousa.................................................................................306 Anexo IV- Peddy-papper Mercadoria Humana Norte...................................................308 Anexo V- Fichade Valorização do perfil profissional.................................................312 Anexo VI –Guião de entrevista......................................................................................320 Anexo VII - Declaração de cedência de imagem...........................................................321 Anexo VIII –Manual - “Como se candidatar auma Ofertade Emprego e/ou Formação” .........................................................................................................................................322 Anexo IX- Avaliação final daAtividadede Speed Recruitment..................................325 Anexo X– Código de condutaMentoring.....................................................................327

Lista de siglas

ACES - Agrupamento de Centros de Saúde

ACIST - Associação Comercial e Industrial de Santo Tirso

ASAS - Associação de Solidariedade e Ação Social de Santo Tirso

CIST - Centro Infantil de Santo Tirso

CLAS - Conselho Local de Ação Social

CLDS - Contrato Local de Desenvolvimento Social

CLDS 4G - Contratos Locais de Desenvolvimento Social de 4ª Geração

CMST - Câmara Municipal de Santo Tirso

CPCJ - Comissão de Proteção de Crianças e Jovens

CV - Curriculum Vitae

CVP - Cruz Vermelha Portuguesa

DGS - Direção Geralda Saúde

DLD - Desempregado de Longa Duração

DS - Diagnóstico Social

EAPN - Rede Europeia Anti-Pobreza

ECLP - Entidade Coordenadora Local de Parceria

ELEA - Entidade Local Executora de Ações

EMAT - Equipas Multidisciplinares de Apoio Técnico aos Tribunais

EME's - Equipas Multidisciplinares Especializadas Regionais

GIP - Gabinete de Inserção Profissional

NLI - Núcleo Local de Inserção

Q.E. - Quociente Emocional

Q. I. Quociente de Inteligência

OPC's - Órgãos de Polícia Criminal

OPJ - Orçamento Participativo Jovem

4

PA - Plano de Ação

PDS - Plano Desenvolvimento Social

PO ISE - Programa Operacional de Inclusão Social e Emprego

RH - Recursos Humanos

RS - Rede Social

RSI - Rendimento Social de Inserção

TSH - Tráfico de Seres Humanos

5

Introdução

O projeto CLDS 4IN - POISE 03-4232-FSE000296 iniciou a sua intervenção a 1 de outubro de 2019 no âmbito do Programa de Contratos Locais de Desenvolvimento Social de 4.ª Geração (CLDS 4G) criado ereguladopela Portarian.º229/2018, de14de agosto, tendofinalizadono dia31 de dezembro de 2022, depois de mais três meses de prorrogação, validados pela Rede Social de Santo Tirso, para cumprimento do seu plano de ação, em virtude dos condicionamentos sentidos fruto da emergência da crise pandémica nos anos de 2020 e 2021.

No município de Santo Tirso, foram duas as entidades responsáveis pelo desenvolvimento dos dois eixos de intervenção previstos para este território: a Delegação de Santo Tirso da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), enquanto Entidade Coordenadora Local de Parceria (ECLP) e responsável pela execução do Eixo 1 - Emprego, formação e qualificação e a Associação de Solidariedade e Ação Social de Santo Tirso (ASAS), com a qual a primeira desenvolveu um consórcio, responsável pela execução do Eixo 2 - Intervenção familiar e parental, preventiva da pobreza infantil.

Aconstruçãodestedocumentosurgecomanecessidadedemonitorizarmosotrabalhorealizado.Este relatório final, que apresentamos, seguidamente, pretende apresentar os resultados alcançados e refletirasmetasalcançadas,tendoporbaseodesenhoinicialdoplanodeação,refletindocriticamente sobre os objetivos, os destinatários, os indicadores, os resultados esperados, as fontes de verificação eas metas definidas por ação. Está dividido, entre um breveenquadramento do projeto, análiseSwot, apresentaçãodosresultados,síntesesdeprincipaisatividades,análisederecursosfísicosehumanos, análisedaparceriaentreentidadesdoconsórcioeentidadegestora,evidênciasfotográficasegráficas das principais atividades dinamizadas.

Desde logo, esta análise crítica procurará traçar pistas de atuação futura que possam servir de convergência a uma próxima geração de projetos CLDS deixando todo um trabalho de passagem de testemunho a uma equipa vindoura. E reporta-se aos 39 meses de intervenção (outubro de 2019 a dezembro de 2022).

Reiteramos aqui, a nossa convicção de que o trabalho efetuado teve como propósito contribuir para a melhoria das condições de empregabilidade da população do concelho de Santo Tirso; apostar em competências transversais como a inovação, criatividade, inovação, empreendedorismo, entre outras e,simultaneamente,intervirdiretamentejuntodepaiseencarregadosdeeducação,sobacolaboração estreita de equipas como a EMAT, CPCJ, CAFAP e ACES na promoção da parentalidade positiva preventiva da pobreza infantil.

De acordo com o que ficou estabelecido em sede de candidatura, o projeto CLDS 4IN procurou não duplicarrespostasnemaçõesenessesentido,foramsendosolidificadasasparceriasjáestabelecidas, nomeadamente com a Câmara Municipal de Santo Tirso e das suas diversas divisões, o IEFP, os vários Agrupamentos de Escolas e Escolas Profissionais do concelho, a ACIST, empresas locais, familiares ou multinacionais, entre outros interlocutores locais e regionais, que possibilitaram os resultadoseossucessosalcançadospelonossoprojetoemproldosucessodosnossosparticipantes, em ambos os eixos de intervenção. a máxima dos projetos CLDS será sempre a sua atuação através de um trabalho colaborativo entre as diferentes entidades que compõem o tecido colaborativo local e assente no seu diagnóstico social. As estratégias coordenadas e estruturadas desenvolvidas em conjunto e validadas pela Rede Social foram, certamente, possibilitadoras da prevenção de situações de pobreza e/ou procura do seu rompimento.

Estaapostanaconstruçãodeparceriasrobustasedeconfiançaeaimportânciadeunirforçasprendese com a necessidade de rentabilização de conhecimento, recursos e competências por parte do

6

projeto, sob a máxima “Quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado, com certeza vai mais longe” (Clarice Lispector).

Não podemos deixar de referir a importância das reuniões de equipa, que se realizam semanalmente, mesmo durante o período de confinamento, através das plataformas zoom e Microsoft teams, tendo funcionado como momentos fulcrais de foco e direcionamento para o plano de ação potenciando a eficácia do projeto. Foram traçados em equipa planos de contingência e recorreu-se às plataformas online indicadas quepermitiram uma aproximação ao público-alvo, mesmo em épocade restrições de contactos pessoais.

Os vários desafios, que foram sendo colocados à equipa do projeto, foram superados e o projeto termina com todos os objetivos concretizados e amplamente superados e um grande impacto na comunidade,comacertezaquealgumasdasaçõesirãotercontinuidadesendoboas-práticasqueeste projeto deixa na comunidade.

7

EIXO 1 - Emprego, formação e qualificação

Atividade 1 - LogIN: Sessões de Técnicas de Procura de emprego e de Competências

Pessoais

Descrição do objetivo geral: Desenvolver as competências para melhorar as condições de empregabilidade da população residente em Santo Tirso.

Consideramos que a abrangência e multiplicidade de intervenções realizadas junto dos 311 participantes desta ação terão sido pertinentes quer por se ajustarem às solicitações e necessidades identificadas pelos vários parceiros e técnicos de acompanhamento social do concelho, quer por corresponderem às necessidades elencadas pelos participantes que estiveram connosco em atendimento individualizado. Assim, como veremos adiante, a procura ativa de emprego apostou no domínio de vários canais que potenciam a sua autonomia: funcionamento das páginas do IEFP e das empresasdetrabalhotemporário;criaçãodeumacontadeemaileasuaconsultaregular,entreoutros; assim como o reforço e treino das competências de comunicação e de apresentação pessoal.

Caracterização dos destinatários: Desempregados, DLD, Jovens à procura do 1.º emprego, Beneficiários do RSI, Pessoas com deficiência e incapacidade

Indicadores de execução: foram definidos em sede de candidatura como indicadores o número de beneficiários presentes nas sessões, tendo sido alcançada a média de 8 elementos por cada sessão dinamizada; e número de sessões realizadas seria o segundo item a ter em atenção, tendo sido realizadas pelo menos 12 sessões de intervenção ao longo destes 39 meses de intervenção.

Resultados esperados: foram definidos 300 destinatários em sede de candidatura tendo sido alcançados no finaldo projeto 311 destinatários.

Parceiros: EMAT, CPCJ, Agrupamento de Escolas Tomaz Pelayo; Agrupamento Escolas D. Dinis; Agrupamento de Escolas D. Afonso Henriques; Escola Profissional e Agrícola Conde de S. Bento; Oficina do INA; IEFP e GIP; Câmara Municipal de Santo Tirso; NLI; Centros Qualifica de Santo Tirso. Apoiaram também esta ação a Junta de Freguesia de Vila Nova do Campo e de Vila das Aves na cedência de instalações e divulgação dos eventos.

Fontesdeverificação:Fichadeparticipante;followup;questionáriodesatisfação;registosfotográficos e ficha de auto e hétero avaliação.

Metas: Capacitar a 10% dos desempregados residentes no concelho foi a meta definida em sede de candidatura. Tendo por base o número de desempregados registados no concelho de Santo Tirso no primeiromêsdeintervençãodoprojetoCLDS4IN,emoutubrode2019,etendoporbaseasestatísticas por concelho do IEFP para esse mês, que se situava nos 2.536 participantes, consideramos que esta meta foi superada com sucesso.

8

Contextualização

Indivíduos pertencentes a grupos socialmente desfavorecidos e com percursos de vida que não lhes permitiram adquirir e desenvolver competências pessoais, sociais e profissionais sentem dificuldades acrescidas de inclusão social, acumulando a ausência de competências-base de inserção devido a situações de desemprego de longa duração, à baixa-autoestima e fraca autonomia. Neste sentido, torna-serelevante perceber o quesão afinal competências e de que modo estas influenciam de forma determinante a relação que mantemos com o nosso contexto pessoal, social e profissional. Assim competência é entendida como a capacidade do indivíduo em relacionar, articular os diversos saberes, conhecimentos, valores e atitudes, sendo uma ação cognitiva, social e afetiva, que é visível nas ações do sujeito com os outros e sobre a realidade. A sua aprendizagem pode ser feita de modo formal através de programas de promoção de competências, com o objetivo de capacitar os/as participantes a aprender, a pensar e a agir perante diversas situações, bem como de modo informal, por exemplo através da observação.

Um programa de promoção de competências pessoais e sociais, como aqueles que levamos a efeito junto de vários grupos, no decorrer destes 39 meses de intervenção, tem como objetivo ajudar os indivíduos a desenvolver as suas capacidades pessoais e relacionais, permitindo que possam refletir sobre o modo de se relacionar consigo, com os outros e com as situações do dia-a-dia, encontrando alternativas adequadas a cada situação , quer do ponto de vista da auto-regulação, quer do ponto de vista da resolução de problemas, quer do ponto de vista do estabelecimento e manutenção de uma rede de apoio social. Consideramos também, desde logo, que o regresso/ingresso no mercado formal deempregopoderásermaisfacilitadonamedidaqueestareflexãopreliminarpoderáajudaraprevenir eventuais conflitos emergentes com base em mal entendidos ou pré-conceitos especialmente quando estamos diante participantes desempregados de longa duração cujo trabalho em equipa já não é realizado desde longa data. assim, nestas intervenções de curta duração procuramos, em linhas gerais, promover o bem-estar pessoal e a eficácia profissional dos participantes. Paralelamente, pretendemosapoiaros/asparticipantesnadefiniçãodeprojetosdevida,promovendooempowerment, o desenvolvimento de competências de cidadania e a reestruturação de crenças face às próprias situações de vida. a nossa intervenção procurou que, após a frequência nas nossas intervenções, nesta ação n.º 1, os/as participantes fossem capazes de:

1. Identificar aspetos positivos e menos positivos acerca de si próprios;

2. Valorizar os aspetos positivos acerca de si mesmos;

3. Escutar ativamente o(s) outro(s);

4. Expressar-se de forma assertiva;

5. Organizar o seu tempo e espaço de acordo com as experiências pessoais e profissionais;

6. Participar em grupos de trabalho;

7. Valorizar o trabalho cooperativo;

8. Identificar e implementar estratégias de resolução de problemas/conflitos interpessoais;

9. Desenvolver estratégias de coping para fazer face a situações adversas;

10. Refletir sobre si próprios e sobre o que os rodeia/meio envolvente;

9

11. Desenvolver competências de observação/avaliação e planificação;

12. Organizar a ação pessoal/profissionalde forma reflexiva.

Paraalémdestesobjetivosprocuramos,aolongodestestrêsanosdeprojeto,queanossaintervenção fossedeencontroaospercursosdevidadaspessoasqueacompanhamos,adaptandoacadacontexto e entendendo que os processos de desenvolvimento pessoal são morosos e que depende das vivências de cada um. Procurou-se, assim, tendo por base o nosso plano de ação, complementar intervenções já realizadas no concelho pelos diversos parceiros, procurando dar resposta a outras necessidades identificadas por estes, numa perspetiva de promoção do desenvolvimento pessoal e social comoferramenta sobre o modo de se relacionar consigo mesmo e com os outros.

Ações de intervenção

Com este intuito, mencionamos algumas ações que foram desenvolvidas, nomeadamente:

a) Sessões de Procura Ativa de Emprego - “Destaque-se na procura de emprego”, que procurou apoiar os/as participantes na definição de projetos de vida, promovendo o empowerment, o desenvolvimento de competências de cidadania e a reestruturação de crençasfaceàsprópriassituaçõesdevida.Oobjetivoerafornecerferramentasquepudessem potenciar as hipóteses de integração profissional, nomeadamente no âmbito de temáticas relacionadas com o autoconhecimento, gestão de emoções e expectativas e, posteriormente, construçãodoCVecandidaturasaofertasdeemprego.Emplenapandemiaestaaçãocontou com quatro edições online e uma ação presencial.

b) Sessões “Como se candidatar a uma oferta de emprego”, em que se procurou responder às dúvidas dos participantes procurando direcioná-los para as necessidades atuais das

10
Figura 1 – Print da sessão dinamizada

empresasnaperspetivadeajustamentodasexpectativaspessoaiseprofissionaiscomoatores chave na promoção do seu regresso ao mercado formal de emprego. Ao longo destes meses de intervenções foi percecionado pela equipa do projeto a forte disparidade e desajustamento entre as expectativas pessoais e as necessidades emergentes do mercado de trabalho local. Esta ação contou com cerca de 16 participantes.

c) Sessõessobrepromoçãodaigualdadedegéneroeprevençãodaviolênciano namoro,no sentidodedesconstruirestereótiposeaestigmatizaçãodogénero,potenciandocompetências pessoais e sociais transversais no mercado de trabalho.

Sabendoque a escola e o ambiente educativo, têm umpapelsingular de intervenção, em que se afirmam como uma instância de mediação, que apoiam a transição das/os jovens entre a escola e o trabalho, e por isso imprescindível na intervenção em Igualdade de Oportunidades e Diversificação Profissional.

Esta intervenção decorreu em formato online junto dos/das alunos/as do ensino secundário que frequentavam a Escola Profissional Agrícola Conde de S. Bento e na Escola Básica de Agrela e Vale do Leça.

Depois de uma auscultação prévia, junto da equipa técnica, percebemos a existência de algumas necessidades dos/as jovens da Escola Profissional Agrícola Conde de S. Bento no âmbito da perceção individual quanto às questões de género e que, por sua vez, levou à constatação da importância de serem levadas a efeito algumas sessões que pudessem ser complementadas e articuladas com o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela comunidade escolar. Foram totalizados cerca de 294 participantes, com sessões em formato online e presencial, que foram expostos a um conjunto de reflexões em torno desta temática.

11
Figura 2 - Print da sessão realizada

d) Numa fase terminal do projeto, foram dinamizadas três sessões sobre empoderamento feminino através do programa “Empodera-te”, contando com cerca de 5 participantes. Este programa procuroudesafiar as mulheres doConcelho deSantoTirso, procurando promover a autorreflexão e o autoconhecimento das mulheres, para o empoderamento feminino, tendo como objetivo final implodir as hipóteses de integração profissional com base no desenvolvimento das competências sociais e pessoais, decorrendo através de diversas dinâmicas que permitiram o espírito crítico e a criação de um espaço seguro para uma comunicaçãoassertiva. Simultaneamente,procuroudesconstruiralgumasideias baseadasno género e reforçar os direitos laborais das mulheres neste âmbito.

e) Sessão online sobre “Moratórias bancárias - O que devemos fazer”, procurou dotar os/as participantes com interesse nas matérias sobre as medidas de suspensão de pagamento das prestações das habitações, durante o período de proeminência da pandemia. A sessão foi dinamizada pelo Dr. Miguel Henriques - Advogado, com especialização na área da recuperação de créditos bancários, em parceria com o CIAC – Centro de Informação Autárquico ao Consumidor.

12
Figura 3 - Registo fotográfico da 2.ª sessão

f) Sessões sobre autoimagem e empregabilidade, dirigidas especialmente aos utentes beneficiários/as da prestação de RSI, sinalizados/as por equipas técnicas de instituições e entidadesdoConcelho,pretendeu,deformaprática,sensibilizarparaoautocuidadoeidentificar dicas posturais e comportamentais a assumir e a manter numa entrevista de emprego. no final das sessões foram entregues produtos de higiene para que as dicas abordadas nas sessões tivessem forma de serem implementadas pelos/as participantes sem estigmas.

13
Figura 4 - Print da sessão sobre Moratórias Bancárias Figura 5 - Sessão informativa sobre Autoimagem e empregabilidade

De forma itinerante pelo concelho, foram levadas a efeito várias intervenções práticas, com a cedência de espaços pelas juntas de freguesia. Adicionalmente, procuramos complementar estaintervençãocomasensibilizaçãoparaapromoçãodasaúdeoraleaigualdadedegénero e de oportunidades no local de trabalho. Contamos com a colaboração das Juntas de FreguesiadeVilaNovadoCampoedeViladasAvesnadivulgaçãodassessõesenacedência de espaços para a sua concretização.

g) A 2 de junho de 2022 decorreu um Open Day de treino de entrevistas, com o objetivo de promoverumasimulaçãodeentrevistasreais,parapotenciaisvagasdeemprego.Aatividade, quedecorreuemformatodecircuito,durantecercade20minutos,procuroudaraoportunidade a cada candidato/a de expressar os seus interesses profissionais, tendo em conta a vaga simulada e almejada pelos/as candidatos/as, seguida de uma desconstrução do discurso, por parte da equipa técnica. Neste sentido, após uma análise e reflexão críticas, foi novamente dada uma oportunidade a cada candidato/apara uma nova entrevista, no sentido de perceber de que forma as estratégias fornecidas pela equipa, estariam a ser levadas em conta.

14
Figura 6 - Cartaz informativo sobre as várias iniciativas a levar a efeito de forma descentralizada

Estiveram presentes 10 participantes que, em seguida, se sentiram mais aptos a participar no procedimento seguinte (ver ação 6). A capacidade de diálogo, de síntese e de concentração foramalgumasdas soft skills queforamtrabalhadascontribuindoparaumdiálogofluídoeuma entrevista concertada nos objetivos do recrutamento em massa.

Caracterização dos/as participantes

Tendo por base as fichas de participante recolhidas compreendemos que é o sexo feminino aquele que mais esteve representado nas nossas intervenções contando com 162 representantes e 149 do sexo masculino.

Traçandoamédiadeidadesdestes311elementospercebemosquesetratam,nasuagrandemaioria, de jovens adultos tendo sido obtido o valor de 36,79 anos.

Quanto à nacionalidade a maior fatia são participantes portugueses, seguindo-se 8 participantes de nacionalidade brasileira e um outro de nacionalidade guineense.

Aquandoa sua inscrição noprojeto CLDS 4IN umagrande partedos participantes estavaa terminar a sua formação ao nível do ensino secundário, com uma representatividade de 167 elementos, tendo a nossa intervençãocomplementado as competências transversais veiculadas pelo sistemadeensino e procurando aumentar as oportunidades destes jovens no ingresso no mercado formal de emprego. Seguidamente, fruto da colaboração dos/as técnicos/as de acompanhamento social do concelho, foram alvo da nossa intervenção participantes acompanhados ao nível da medida de RSI. A nossa equipa procurou complementar a intervenção que estes profissionais realizam diariamente com as famílias destes participantes por forma a que, de forma concertada, estes profissionais possam regressar mais rápida e facilmente ao mercado formal de emprego.

15
Figura 7 - Situação face ao emprego dos/as participantes aquando inscrição

Noqueconcerneàescolaridadedos/asparticipantesetendoemcontactoaintervençãorealizadajunto dos/das alunos/as que frequentavam o último ano do ensino secundário mas sem ter este nível de ensino completo é o 3º ciclo o nível mais representado seguindo-se o 1.º e 2.º ciclos que denotam a baixa escolaridade destes elementos.

Avaliação

Estes dados permitem perceber que o projeto chegou, precisamente, à população definida em sede de candidatura como sendo aquela que mais beneficiaria da nossa intervenção, pois apresenta níveis de escolaridade baixa e o período em que se encontra em situação de desemprego é muito elevado.

Este afastamento prolongado do mercado de trabalho, acentua diversas dificuldades nestas populações. Neste sentido, podemos verificar uma deterioração do bem-estar físico, assim como a visível desagregação social. São visíveis transtornos mentais leves, como a depressão, o rebaixamento da autoestima, sentimentos de insatisfação pela vida, dificuldades cognitivas e dificuldades de relacionamento familiar. Sendo o trabalho um fator estruturante da nossa personalidade, torna-se essencial percebermos a situação de desemprego numa perspetiva psicossocial, sendo esta tão ou mais importante quanto a perspetiva económica.

Procuramosabordarastemáticasnoâmbitodoautoconhecimento,comunicaçãoeassertividade,pois, de acordocomo diagnósticoefetuado dos participantes estas seriam as áreas quemais poderiam ser úteis para esta população.

16
Figura 8 - Escolaridade dos/as participantes aquando a realização de inscrição Contabilizamos até ao término do projeto 10 integrações no mercado de trabalho.

Nodecorrer das sessões,fomos percebendoa necessidade de simplificar os conteúdos das mesmas. Tendo em consideração que os/as participantes revelaram muitas dificuldades na compreensão dos conceitos abordados, abandonamos o método expositivo e passamos a usar o método ativo, com recurso permanente ao improviso. Constatamos que só através de recurso às vivências e conhecimentos dos participantes seriapossívelchegarmos até eles.Esta alteração de metodologiafoi benéfica e podemos comprovar esta situação com os níveis de motivação apresentados na primeira e na última sessão. Os/as participantes verbalizaram isso mesmo, que se sentiram bem e que as suas dúvidas e questões foram atendidas, revelando interesse em frequentar mais intervenções similares.

Atividade 2 - Gabinete INtegrar: Atendimento e acompanhamento individualizado no âmbito

das Técnicas de Procura de Emprego, elaboração de CV, treino de entrevistas

Descrição do objetivo geral: Desenvolver as competências para melhorar as condições de empregabilidadedapopulaçãoresidenteemSantoTirso.Pretendemos,comestaação,àsemelhança daanterior,complementaraintervençãoquejávemsendorealizada,aolongodosanos,pelosdiversos parceiros institucionais.

Caracterização dos destinatários: Desempregados, DLD, Jovens à procura do 1.º emprego, Beneficiários do RSI, Pessoas com deficiência e incapacidade.

Indicadores deexecução:“N.ºdebeneficiários atendidos” queforam totalizados em515participantes. Quanto ao segundo indicador de execução “N.º de atendimentos mensalmente” destacamos uma média de 18 atendimentos mensais envolvendo o formato presencial e online, através da plataforma zoom.

Resultados esperados: 500 destinatários foram definidos em sede de candidatura e foram ultrapassados em 15 elementos no final do projeto.

Parceiros: IEFP; Câmara Municipal de Santo Tirso; NLI; Centros Qualifica; Juntas de Freguesia. O atendimento descentralizado e apoiado pelas juntas de freguesia mais limítrofes do concelho permitiu apoiar os/as participantes residentes em freguesias como Vila Nova do Campo, Vila das Aves e Vilarinho, evitando a dispendiosa deslocação para a sede do projeto.

Fontes de verificação: Ficha de participante e follow up. Deste modo, destacamos como uma boa prática da equipa do projeto CLDS 4IN os contactos regulares junto dos/das participantes do projeto que nos permitiu apoiar e desafiar, promover a manutenção nos postos de trabalho em que foram integrados e, simultaneamente, estabelecer uma relação de ajuda transversal aos vários setores da economia social do concelho.

Metas:Promoveroacompanhamentode10%dosdesempregadosresidentes noconcelho.Tendopor baseasestatísticasporconcelhodoIEFP,identificadasigualmentenaaçãon.º1,compreendemoster alcançadolargamenteestameta,talcomoindicadoaquandodacaracterizaçãodaprimeiraaçãodeste projeto.

17

Contextualização

Estaaçãopretendeoferecerumarespostaindividualizadaedequalidadeapessoasqueseencontram em situação de desemprego ou que procuram melhorar a sua situação socioprofissional. Com a implementação desta ação fomos compreendendo que, uma capacidade de atendimento diferenciada e personalizada, alicerçada em relações de confiança securizantes entre técnicos e participantes, potencia a autoconfiança e motivação por parte daqueles que nos procuram.

Dando cumprimento ao plano de ação, foram realizados atendimentos regulares e personalizados, com o objetivo de facilitar a sua inserção profissional. Foram realizadas pesquisas de ofertas de emprego adequadas ao perfilde cada participante; elaboração ou atualização do CV por forma a este se adequar ao que é pedido em cada oferta de emprego identificada; elaboração de candidaturas a ofertasdeemprego;elaboraçãodecartasdeapresentação/motivação;acompanhamentoaentrevistas de emprego, quando necessário.

Caracterização dos/as participantes

Caracterizando um pouco mais os/as participantes desta ação n.º 2 do projeto CLDS 4IN destacamos queforamasmulheresaquelasquemaisrecorreramaonossoatendimento,com344participantesem comparação com 171 participantes masculinos, sendo igualmente o género mais afetado pelo

18
Figura 9 - Cartaz de divulgação da ação para as redes sociais

desemprego de longa duração quer por motivos de maternidade quer por motivos de doença e/ou o desempenhodefunçõesenquantocuidadorasinformaisque,comotérminodestafunção,sãoatiradas para o desemprego sem acesso a qualquer apoio social.

Quanto à nacionalidade foram os cidadãos nacionais que mais recorreram ao nosso atendimento, ainda que com forte destaque para os 46 participantes de nacionalidade brasileira. Especialmente no últimoanodeintervençãodoprojeto,em2022,30%dosnossosatendimentosjáforamrealizadosjunto deste público-alvo.

Cerca de 50% dos/das participantes desta ação residem no núcleo urbano de Santo Tirso (251 participantes) na União de Freguesias de Santo Tirso, Couto (Sta. Cristina e S. Miguel) e Burgães; seguindo-seasfreguesiasdeViladasAves(62participantes),aUniãoFreguesiasdeAreias,Sequeirô, Lama e Palmeira (34 participantes), Monte Córdova (30 participantes) e São Tomé de Negrelos (26 participantes).

No que concerne à situação face ao emprego, aquando da inscrição no nosso projeto, destacamos a situação de desemprego (220 participantes) e desemprego de longa duração (173 participantes) apresentaram maior expressão, respetivamente, seguindo-se dos profissionais que procuraram o nosso acompanhamento para procura de uma nova oportunidade profissional especialmente com a aproximação do término do seu contrato de trabalho (81 participantes).

19
Figura 10 - Freguesia de origem dos/as participantes

Para terminar esta caracterização destacamos a escolaridade destes participantes sendo o ensino secundário a escolaridade mais presente junto deste público-alvo representando 175 dos/as participantes; segue-se o 1.º e 2.º ciclos do ensino básico com uma representatividade de 118 participantes, revelando as baixas qualificações dos nossos intervenientes.

20
Figura 11 - Situação face ao emprego dos/as participantes Figura 12 - Escolaridade dos/as participantes

Emtermosdecolocaçõesnomercadoformaldeempregoobtivemosainformaçãoquantoàintegração de 249 participantes.

De destacar o apoio complementar que o nosso projeto conferiu às intervenções realizadas pelos técnicos de acompanhamento de RSI e pelos profissionais que exercem as suas funções no IEFP e GIP’sdoconcelho. Emredeconseguimospromoverumacolocaçãomaiscéleredomercadoformalde emprego ao despoletar competências esquecidas pelos participantes e que puderam ser mobilizadas de forma positiva para o seu dia-a-dia profissional.

Testemunho de Maria Lopes: Quando procurei o projeto estava desempregada, mas com a ajuda preciosa das técnicas, neste momento encontro-me a trabalhar numa escola e só tive a possibilidade de ficar com este trabalho devido ao CV que me ajudaram a fazer. Só tenho a agradecer o trabalho feito e continuem assim!

Testemunho de Flávia Pereira: O apoio do projeto e da Dr. Eva foram fundamentais. Tanto a nível pessoal como profissional são, com certeza, uma mais valia para todos os que possam procurar o CLDS 4IN. Encontrava-me numa situação delicada da minha vida e só com o apoio deste projeto foi possível reerguer-me e conseguir um trabalha na minha área, onde me encontro desde novembro de 2020.Gostariade realçar que oCVquemeajudaram aelaborar,foifundamentalparaque conseguisse o trabalho que queria.

Testemunho de Ana Martins: “Na fase de vida complicada que estamos a passar, a 4in ajudou-nos imenso, tanto em questões de trabalho, como também em questões alimentares e mesmo pessoais. São uma equipa que estão sempre, sempre prontas a ajudar o próximo, qualquer dúvida, qualquer problema que aconteça sei que posso contar com esta equipa, recomendo muito. Obrigada.

Atividade 3 - LogIN: Canal INterliga: Site e Redes Sociais com divulgação semanal de ofertas de emprego e formação profissional e outra informação relevante

Descrição do objetivo geral: Desenvolver as competências para melhorar as condições de empregabilidade da população residente em Santo Tirso. Este objetivo geral procurou refletir, aproveitando as potencialidades das redes sociais, um incremento das competências pessoais e sociais essenciais na procura ativa de emprego e, simultaneamente, munir os seus seguidores de informações-chave nomeadamente das medidas de apoio à contratação em vigor; oferta formativa presencial e online para essenciais na sua capacitação e empoderamento, entre outras publicações e temáticas relevantes e com cariz regular.

Caracterização dos destinatários: Desempregados, DLD, Jovens à procura do 1.º emprego, Beneficiários do RSI, Pessoas com deficiência e incapacidade

21
Avaliação

Indicadores de execução: N.º de seguidores - registamos 3741 seguidores até dezembro de 2022 superando o resultado esperado e definido em sede de candidatura de 3000 participantes.

Parceiros: IEFP; Câmara Municipal de Santo Tirso; NLI; Centros Qualifica; Empresas do Concelho apoiaram a nossa equipa na alimentação das redes sociais e permitiu-nos chegar, progressivamente, a um maior número de participantes.

Fontes de verificação: Estatísticas mensais, definidas em sede de candidatura, foram levadas a efeito comoformadaequipadoprojetocompreender amanutenção dointeressedaspublicaçõesrealizadas e o seu feedback através dos seus inúmeros seguidores.

Metas:Informara10%dosdesempregadosresidentesnoconcelhofoiametadefinida.Atendendoaos 3.738 seguidores da página e tendo por base o relatório Mensal do IEFP, por concelho, verificamos que no mês de novembro estavam desempregados em Santo Tirso 2.057 pessoas pelo que envolvemos,invariavelmente, mais de 10% das pessoas emsituação de desempregonesteconcelho.

Contextualização

As redes sociais têm um papel importante nas nossas vidas e alteraram por completo a forma como nos comunicamos. No entanto, o seu alcance é muito mais do que simplesmente social.

No mercado de trabalho atual, as redes sociais tornaram-se uma ferramenta importante que recrutadores e empresas utilizam para conseguir chegar mais rapidamente aos perfis pretendidos. É neste sentido que levamos a cabo esta atividade.

Esta ação teve como principal objetivo a divulgação de oportunidades de qualificação e emprego, passando pela colocação deofertas de emprego no Site e Redes Sociais do projeto, de acordo com o perfildos/as participantes que se encontram em acompanhamento.

A forma de mudarmos e quantificarmos o nosso sucesso das nossas atividades online passa pelo alcance das publicações, as interações proporcionadas e os “cliques” realizados nas respetivas ligações. Deste modo e tendo por base apenas as interações na página de Facebook do projeto, sem analisar os dados constantes na página do Instagram e doLinkedin,conseguimos apurar queamédia semanal de interações na página se situou em 7742 interações semanais.

22

De forma estratégica, e tendo por base a evolução ao longo das várias semanas de intervenção, denotamosqueaspublicaçõesrealizadaseemqueaequipadoprojetoerafigurapreponderanteatraía mais visualizações e seguidores às nossas redes sociais pelo que era feito este trabalho intercalado entre publicações de cariz mais formal e informal. Destacamos as seguintes intervenções:

23
Figura 13 - Estatísticas da página de Facebook do projeto CLDS 4IN Figura 14 - Participação no evento comemorativo do Dia Internacional da Educação – 24 de janeiro, dinamizado pela Divisão de Educação da Câmara Municipal de Santo Tirso

Paralelamente às publicações na página de Facebook do projeto a equipa CLDS 4IN continuará a realizaragestãodogrupo“Oferta/ProcuradeempregoSantoTirso”,atualmentecom7.300seguidores.

24
Figura 15 - Homenagem do projeto CLDS 4IN aos profissionais de saúde no dia 12 de maio de 2021 - Dia do Enfermeiro Figura 16 - Apoio da equipa CLDS 4IN ao Club de Futebol Tirsense no decorrer de intervenção realizada num campo de férias
25
Figura 17 - Grupo de Facebook “Oferta/Procura de emprego Santo Tirso” Mantém, igualmente, a gestão de uma página na rede social LinkedIn contando com 231 seguidores. Figura 18 - Página rede social LinkedIn do projeto CLDS 4IN

A página do Instagram do projeto, associada à página principal da rede social Facebook, permitia facilmente a duplicação das publicações integradas na rede social inicial, procurando chegar a um público-alvo mais jovem e que deixou de utilizar a rede social Facebook.

Conta com um menor número de seguidores - 445 seguidores e totalizou, desde a sua criação, 1.128 publicações, numa média de 28 publicações por mês, ou seja, mais de uma publicação por dia útil de cada mês.

Faztambém partedestaaçãoagestãoemanutenção dositedoprojeto,que podeserencontradonos motores de busca como “4IN”.

Neste site procuramos replicar as informações colocadas nas restantes redes sociais procurando chegar ao público-alvo que, por opção, não usa redes sociais.

26
Figura 19 - Página na rede social Instagram gerida pelo projeto CLDS 4IN

De forma complementar, e ainda condicionada a intervenção por causa da pandemia da COVID19, realizamos no primeiro semestre de 2021 um conjunto de vídeos informativos nas suas redes sociais, a cargo das técnicas do Eixo 1 de intervenção, tendo por base assunto chave identificados como necessidades, com o título “Dicas na procura ativa de emprego”. Cada vídeo informativo tinha cerca de 3 minutos.

O primeiro vídeo teve como título “Como melhorar a minha imagem” e teve especial destaque informações como a nossa autoimagem é fundamental na forma como ganhamos confiança e melhoramos a nossa prestação numa entrevista ou no nosso local de trabalho.

A nossa autoimagem é construída ao longo da nossa história de vida, através das experiências e influênciasquetemosaolongodonossodesenvolvimento.Deacordocomos“padrões”predominantes em nossa cultura, que se traduzem em adjetivos como “bonito”, “feio”, “bom”, “mal, “adequado”, “inadequado”, entre outros, formamos uma imagem de quem somos.

Assim, quando se fala em imagem pessoal no trabalho, não é apenas referente à aparência física ou ao cuidado com a forma de se vestir, mas também com o jeito de ser, com comportamentos, atitudes, ações, com nossos hábitos, postura ética, com os conhecimentos que demonstramos ter, com as nossas habilidades ecompetências,entrediversos outros pontos, essenciais para que tenhamos uma boa desenvoltura profissional e para que as pessoas ao nosso redor percebam que podem confiar e contar connosco, pois entregaremos o melhor de nós para realizar demandas e ajudar a todos no que for preciso.

Quando transmitimos uma boa uma imagem pessoal, principalmente no ambiente de trabalho, mostramos o nosso nível de compromisso e respeito com a empresa para qual prestamos serviço e também com a nossa própria carreira, uma vez que a partir disso, ou seja, de todo esse cuidado, é possívelquetenhamoscadavezmaisoportunidadesemnossatrajetóriaequecresçamos,exatamente como é de nosso desejo.

27
Figura 20 - Vista geral do site do projeto CLDS 4IN

No vídeo seguinte abordarmos o cuidado quanto à nossa linguagem corporal. Assim, procuramos reforçar a importância de estarmos atentos à forma como nos sentamos, falamos, usamos contato visual e como nos comportamos diretamente.

A linguagem corporal apresenta-se como a forma como o nosso corpo fala, através de gestos, expressões faciais, postura, entre outros sinais emitidos fisicamente no processo de comunicação humana. destacamos como erros mais comuns:

● Olhar constantemente para baixo;

● Mexer as mãos ou pés

● Colocar as mãos na cintura revelando impaciência, agressividade, à necessidade de receber atenção imediata, para tratar de algum assunto específico.

● Coçar a cabeça que, invariavelmente, demonstra dúvida, indecisão, incerteza, inquietação e confusão.

● Cruzar os braços, muito associado ao desconforto;

● Coçar o nariz muito associado à dúvida ou mentira onde a pessoa parece esconder a boca enquanto fala, algo que faz crer que nem tudo o que está sendo dito é verdade.

● Esfregar a orelha refletindo indecisão ou ceticismo em relação a algo que está sendo falado ou vivido.

● Morder os lábios reforçando nervosismo, receio, preocupação ou ansiedade.

● Dedos na boca demonstrando relutância ou resistência.

● Movimentar demais os braços ao falar demonstram agitação e nervosismo.

● Estalar os dedos demonstra ansiedade, impaciência, frustração ou agressividade.

● Apoiar a cabeça entre as mãos demonstra desinteresse, ociosidade, tristeza e tédio.

● Mexer nos cabelos demonstra insegurança, hesitação, nervosismo e timidez.

28
Figura 21 - Vídeo informativo sobre a temática "Como melhorar a minha imagem"

Sãoreforçadasalgumasdicasparamelhoraranossalinguagemcorporaltaiscomo:manterocontacto visual com o orador; acenar com a cabeça quando apropriado, entre outros.

Novídeoseguinteabordamosaimportânciada inteligência emocional naprocuraativadeemprego.A capacidade de influenciar pessoas e persuadi-las a aceitar as suas ideias, produtos ouserviços évital para o nosso sucesso, quer na procura ativa de emprego, quer na criação do nosso próprio negócio. É essencial como uma competência associada à liderança. Os líderes são capazes de usar o poder de persuasão para motivar os outros a atingirem metas. A persuasão, tal como outras competências, pode e deve ser treinada!

AInteligênciaEmocionaléacapacidadeparaperceber,avaliareexpressarasemoçõescomexatidão, a capacidade para aceder e/ou gerar sentimentos que facilitem o pensamento; a capacidade para compreender emoções e o conhecimento emocional e a capacidade para regular as emoções promovendo um crescimento emocional e intelectual.

Neste vídeo procuramos deixar algumas dicas para que os nossos interlocutores possam melhorar/reforçar esta competência, tais como:

a) Observar o nossocomportamento respirando fundo,devagar e calmamente, para controlar a nossa comunicação verbal e não verbal.

b) Ser empático.

c) Transmitir autoconfiança procurando acreditar nas suas competências.

d) Expressar-se de forma racional, pautada em conhecimentos teóricos e bem fundamentados. Ao expor um problema apresente uma solução.

29
Figura 22 - Vídeo informativo sobre a temática "Linguagem corporal"

e) Aprender a lidar com a pressão.

Num vídeo seguinte alertamos para o flagelo do Tráfico de Seres Humanos como um risco, por vezes invisível, para quem faz uma procura ativa de emprego, detalhes que são omitidos e que podem apresentar-se como sinais de alerta.

E como falamos nas redes sociais o último vídeo procurou evidenciar a importância da parcimónia na nossa pegada digital destacando as imagens que publicamos e os comentários que possamos tecer em algumas publicações. Ressalvamos a atenção ao conteúdo atendendo à emergência de erros ortográficosemgrandepartedascomunicaçõesquerecebemosdecandidatosàsofertasqueaequipa publica nas redes sociais.

30
Figura 23 - Vídeo informativo sobre a temática "Prevenção do TSH e empregabilidade"

Avaliação

Aformacomofoiconcebidaestaaçãocondiciona oacessoao perfildos/as nossos/as utilizadores são essencialmente mulheres jovens adultas e adultas em idade ativa.

31
Figura 24 - Vídeo informativo sobre a temática "Pegada digital nas redes sociais"

Compreendendo a facilidade de comunicação através das redes sociais e a manutenção da sua procuraporpartedonossopúblico-alvoserámantidaagestãodasredessociaisatítulodevoluntariado por esta equipa do projeto apresentando-se como uma forma de sustentabilidade e manutenção de toda a intervenção e sucessos alcançados ao longo de 39 meses de intervenção.

32
Figura 25 - Seguidores da página da rede social Facebook Conseguimosperceber,também,queamaioriadosseguidores segueapenasumadas páginas enão todas as redes sociais do projeto, de acordo com as suas preferências individuais. Figura 26 - Seguidores das redes sociais do projeto: Facebook e Instagram

Atividade 4 - INiciativa: Sessão de Sensibilização da importância das experiências em contexto laboral para

os elementos das comunidades ciganas e entidades empregadoras

Descrição do objetivo geral: Promoção da integração das minorias étnicas. O projeto CLDS 4IN deu especialdestaqueàetniacigananapreparaçãoeencaminhamentoparaomercadoformaldeemprego procurando dar cumprimento às metas definidas para esta ação.

Caracterização dos destinatários: Desempregados, DLD, Jovens à procura do 1.º emprego, Beneficiários do RSI, Pessoas com deficiência e incapacidade. Destacamos que todos os/as participantes envolvidos nesta ação, independentemente da sua idade e escolaridade, situavam-se como desempregados à procura do primeiro emprego e beneficiavam da prestação de RSI cujo acompanhamento estava a cargo da Divisão de Ação Social da Câmara Municipal de Santo Tirso.

Indicadores de execução: N.º de beneficiários presentes - conseguimos envolver 40 elementos que formam a comunidade de etnia cigana no concelho de Santo Tirso. Tendo por base um segundo indicador - N.º de representantes de empresas, instituições e associações presentes nas sessões, destacamos o envolvimento de três entidades, com especial enfoque na empresa de trabalho temporárioClece,ligadaàslimpezasindustriais;Destacamosarealizaçãodemaisde50atendimentos realizados em formato presencial e via telefónica, tendo sido realizadas 5 reuniões online com vários parceirosdandocumprimentoaoúltimoindicadordestaação-“númerodesessõesefetuadasporano”. Esta ação assumiu uma maior prevalência no ano de 2022 com a concretização efetiva de atendimentos e encaminhamentos para o mercado formal de emprego.

Resultados esperados: foram definidos em sede de candidatura o envolvimento de 30 destinatários sendo 40 o resultado final. Destacamos que os primeiros contactos foram realizados com o apoio na sinalização e convocatória dos/das participantes por parte da Dra. Maria Paula Rocha - técnica de acompanhamentoRSIdaCâmaraMunicipaldeSantoTirso,correspondendoa75%dosatendimentos realizados.Osrestantes25%chegaram aoprojetopor livreiniciativaapresentando-secomoumponto críticodesucessonestaintervençãonamedidaemqueonãocumprimentodasorientaçõesdaequipa do projeto CLDS 4IN não acarreta qualquer penalização para estes participantes contrariamente à intervenção realizada por outras equipas que gerem a atribuição de uma prestação social.

Parceiros: EAPN; ACIST; IEFP. Para além das parcerias identificadas em sede de candidatura destacamos oforte envolvimentoda Divisãode Ação Socialda CâmaraMunicipalde Santo Tirsopara a concretização, com sucesso, desta intervenção.

Fontes de verificação: Ficha de participante; Questionário de satisfação; ficha de auto e hetero avaliação; Registos fotográficos.

Metas: Promover inserção profissionalde 5% dos/das participantes foi a meta definida como ponto de partida, atendendo à integração profissional de 13 elementos consideramos que a meta foi cumprida com sucesso.

33

Contextualização

Sabemos que a etnia cigana é um grupo social especialmente exposto a fenómenos de pobreza e exclusão social. Estima-se que no nosso país entre 40.000 a 50.000 cidadãos são de etnia cigana.

Em termos de estratégia política estão em vigor diplomas, tais como:

● PlanodeAção daUniãoEuropeiaparaCombateroRacismoeaDiscriminaçãoRacial–20202025;

● Comissão Europeia lança novo plano a 10 anos para apoiar as comunidades ciganas na U.E – 2020-2030;

● Plano nacional de combate ao racismo e à discriminação 2021-2025 (Portugal)

● Recomendação do conselho de ministros de 12 de março de 2021 relativa à igualdade, à inclusão e à participação dos ciganos.

Tendo por base o Estudo Nacional sobre as Comunidades Ciganas em Portugal, do ano de 2015, verifica-secercade30%dapopulaçãoinquiridanãotemo1.ºciclocompleto,nemnuncafrequentaram a escola e aproximadamente 39% completaram apenas o ensino básico e apenas 2,5% o ensino secundáriooumais.Estesdados,comoveremosadiante,sãomuitoaproximadosdaquelesquevamos apresentar da amostra dos 40 participantes que fizeram parte da nossa ação n.º 4.

Asmulheresciganaspossuemníveisdeescolaridadeaindamaisreduzidosdoqueoshomensciganos.

De acordo com o mesmo documento no que concerne à formação profissional a oferta formativa disponível não está adaptada à escolaridade que estes participantes apresentam nem às suas motivações pessoais e profissionais. Por exemplo, uma área de interesse apresentado em entrevista passa pela área da cozinha e restauração que, habitualmente, não está tão presente nos cursos EFA de nível básico mais direcionados, por exemplo, para a área da jardinagem.

Além disso, habitualmente a formação profissional coloca especial ênfase no nível de escolaridade dos/asparticipantes,desvalorizandocompetênciasreaisetransversais,bemcomoamotivaçãodos/as participantes para a ação de formação em questão.

Um outro aspeto de destaque prende-se com a inadaptação aos horários, duração e situação socioeconómicaefamiliardestapopulação.Ematendimento,90%dos/asparticipantesdemonstraram interesseemformaçãoprofissionalquandolhesévedadaaintegraçãonomercadoformaldeemprego; simultaneamente, referem a importância dos horários para levar os filhos à escola preferindo um horário que consideramos mais tardio para início da formação tal como às 10/11 horas da manhã confirmando os dados deste documento.

Invariavelmente, tendo por base o parco recurso a metodologias participativas e adaptadas a uma aprendizagem ativa, acabam por potenciar o abandono da formação profissional.

Ao nível do emprego este inquérito demonstra que a existência de comportamentos discriminatórios por parte das entidades empregadoras começa logo ao nível do processo de seleção, sendo um dado confirmado pelos nossos participantes. Torna-se igualmente motivo de exclusão os baixos níveis de escolarização que condicionam o acesso às ofertas de emprego existentes (Ibidem).

O referencial técnico da EAPN no seu projeto ACEDER, para a inclusão no mercado de trabalho das comunidades ciganas, norteou a nossa atuação, enquanto equipa do projeto, na medida em que, conjuntamentecom aDivisãode Ação Socialda CâmaraMunicipaldeSanto Tirso,na medidaem que procurou conhecer as necessidades do mercado de trabalho e procurar motivar os/as participantes

34

para essas necessidades, assente numa base voluntária e não imposta ao candidato, numa abordagem de intervenção multidimensional, de proximidade e individualizada; com articulação permanente com o tecido empresarial.

Para apoiar positivamente esta intervenção, tal como é referido neste referencial técnico, é essencial a sensibilização da sociedade em geral, um ponto que ficou pendente nesta 4ª geração.

Caracterização dos/as participantes

Paraconhecermos umpoucomelhor os 40 participantes,queestiveramenvolvidos nestaintervenção, procedemos a uma breve caracterização. Destacamos a presença do sexo masculino (24 elementos) em detrimento do sexo feminino (16 elementos) ainda que com alguma proximidade. Sabemos que, por motivos culturais, as mulheres não são encorajadas a realizar atividade profissional fora de casa; juntando aos aspetos culturais a alta taxa de natalidade e o seu papel enquanto domésticas e cuidadorasinformaisdosseusvelhoseabaixaliteraciaparecemcondicionaroseuacessoaomercado formalde emprego.

Oselementosintervencionadossãomaioritariamentejovenssendoasuamédiadeidadesde31anos.

Comoreferidoanteriormenteaescolaridadeé,emgeral,bastantebaixa.Amaioriados/asparticipantes possui o 1.º e 2.º ciclos do ensino básico (35 elementos), correspondendo a uma baixa literacia. Na suagrande maioria, não conseguindo ler e interpretar um formulário de inscrição paraemprego sendo necessária a nossa intervenção/apoio contínuo. de ressalvar que são 4 os elementos do sexo masculino que possuem habilitações ao nível do 3º ciclo do ensino básico e um elemento do sexo feminino. Neste grupo intervencionado nenhum elemento possui o ensino secundário completo.

Sabemosqueestesparticipantes,aindaquecontassemcomexperiênciaprofissionalnãoregularizada para efeitos da segurança social, nunca realizaram descontos de trabalho por conta de outrem ou assinaram contrato de trabalho.

Tal como indicado anteriormente 13 destes participantes tiveram a sua primeira experiência no mercadoformaldeempregoentremaioesetembrode2022.Apenasumdesteselementoseradesexo feminino constituindo-se, ainda, uma grande exclusão associando a etniacigana ao género. Todas as integraçõesprofissionaisalcançadassituam-seaoníveldoempregoporcontadeoutrem,comcontrato de trabalho a termo, na área das limpezas e limpezas industriais.

Quanto à sua localidade de residência e tendo por base os dados recolhidos em entrevista através da fichadeparticipante, 70% destesparticipantesresidem naUniãodeFreguesias deSantoTirso,Couto (Sta. Cristina e S. Miguel) e Burgães e os restantes 30% residem nas freguesias de Vila das Aves, Areias, Vilarinho, Água Longa e Reguenga.

Apesar dabaixaliteracia aindaconseguimos compreender que12 destes 40participantes usam asua conta de email regularmente para receber correspondência, tendo sido uma forma complementar de contacto regular do projeto com estes profissionais.

Foram criados 38 currículos personalizados e destacamos que 23 deles foram encaminhados para entrevistas de emprego. Atualmente, são 8 os elementos que mantêm a sua atividade profissional regular.

35

Na realização de todos os atendimentos aos participantes nesta ação foi aplicada uma ficha de Valorização Profissional para que fosse mais fácil compreender o seu percurso profissional prévio e, simultaneamente, compreender os seus medos e frustrações, mas, também, os seus sonhos e expectativas profissionais (Anexo VI).

Com a aplicação deste inquérito por questionário foi possívelcompreender que, aquando a realização de uma candidatura a emprego, somente pelo facto de os/as participantes terem um nome mais associado às famílias de etnia cigana no concelho de Santo Tirso tais como “Monteiro” e “Soares”, especialmente a junção dos dois apelidos, inviabilizava de imediato uma possível convocatória para uma entrevista de avaliação do perfil de competências pessoais e profissionais. Desde logo, 95% dos nossos participantes indicou, no decorrer do atendimento, nunca ter sido convocado para uma entrevistadeempregorealizadaporsuainiciativaemesmoquandorealizadapeloIEFP,considerando ser o seu apelido que “denunciava” e condicionava o seu acesso ao emprego. Destacaram, não raras vezes, que as empresas os contactaram por telefone e mais nenhum passo era dado. Era visível a tristeza pelo facto de lhes ser vedada a oportunidade de dar a conhecer as suas competências profissionais.

Avaliação

Caminhamos com a esperança e a convicção de que a nossa intervenção e o forte compromisso de todos promovam, efetivamente, a inclusãoeaparticipação destas comunidades nasociedade daqual todos nós fazemos parte.

“A inclusão das comunidades ciganas depende igualmente de pequenas (grandes) conquistas que temos vindo a obter nesta área e que têm contribuído para garantir a cidadania e a dignidade destes cidadãos” - Fonte: EAPN.

Enquanto equipa de projeto gostaríamos de ter levado a efeito uma reportagem em que os elementos já integrados no mercado formal de emprego pudessem dar o seu testemunho como forma de sensibilizar os empresários e promover a sua profícua e célere colocação no mercado de emprego. Esta intervenção já não ocorreu em tempo útil, ficando como uma pista de atuação futura numa nova geração do projeto CLDS.

Seria aplicado um guião de apoio com questões (Anexo VI) sendo salvaguardada e confirmada a respetiva cedência de imagens (Anexo VII)

Atividade 5 - (IN)prego: Mercado de emprego (speed recruitment): encontro entre empresas e candidatos a empregosmediante entrevistas de 5 minutos

Descrição do objetivo geral: Aproximar os empregadores de candidatos a emprego. Para dar cumprimento a este objetivo geral desenvolvemos dois eventos preparatórios de mudança de visual,

36

capacitação e empoderamento dos/as participantes do projeto e um evento final de aproximação dos mesmos aos empresários e/ou seus representantes que, em entrevistas de 5 minutos, apresentaram o seu potencial como profissionais à procura de uma nova oportunidade de emprego.

Caracterização dos destinatários: Desempregados, DLD, Jovens à procura do 1.º emprego, Beneficiários do RSI, Pessoas com deficiência e incapacidade

Indicadores de execução: N.º de representantes de empresas presentes - na realização do evento estiveram presentes 14 empresas locais. Foram preparados e capacitados para participar no evento 130 candidatos tendo estado presentes no evento final 34 elementos. Como último indicador destacamos a realização de duas grandes sessões grupais de preparação e uma sessão final de aproximaçãodoscandidatosaosempresários,noano de2022.Frutodasvicissitudesdapandemiada Covid19 não conseguimos iniciar esta intervenção presencial no ano de 2020 ou no ano de 2021 que permitisse a sua replicação presencial pelo menos anualmente. Como veremos adiante foram várias as intervenções preparatórias que decorreram nos primeiros meses da intervenção, com pequenos grupos de participantes, do projeto em formato online.

Resultados esperados: 100 destinatários identificados em sede de candidatura tendo a ação sido fechada contabilizando os 130 participantes.

Parceiros: IEFP para encaminhamento de participantes; a Câmara Municipal de Santo Tirso para encaminhamento e cedência de espaços. Contamos também com a colaboração, no decorrer da intervenção da instituição Entre Ajuda e da sede nacional da Cruz Vermelha Portuguesa na cedência de recursos materiais para a dinamização das intervenções; as empresas de trabalho temporário associadas revelaram, igualmente, forte proatividade e colaboração.

Fontes de verificação: Ficha de participante; Questionário de satisfação; ficha de auto e hétero avaliação; Registos fotográficos.

Metas: Promover inserção profissional de 5% dos/das participantes, contabilizamos a integração de 9 destesparticipantespeloqueconsideramosteralcançadoasmetasdefinidasemsededecandidatura.

Contextualização

Compreendendo um pouco melhor nesta ação pretendeu-se aproximar os/as participantes do projeto aomercadodetrabalho,atravésdemecanismoseestratégiasparapromoveraintegraçãoprofissional tendo em especial linha de conta as parcerias criadas com o objetivo de divulgação de propostas de trabalho, tendo em conta o perfil, experiência e interesses profissionais.

Ações de intervenção

No início do ano de 2021 procuramos iniciar a intervenção preparatória para o evento de Speed Recruitment através da criação de um grupo de trabalho online, até que as intervenções em formato presencial tivessem a devida autorização do Delegado de Saúde Pública Santo Tirso/ Trofa para avançar.

37

Pretendeu-se, com a criação deste grupo informal, composto por participantes em situação de desemprego, a realizar uma procura ativa de emprego, reunirem periodicamente, na qual todos os membros do grupo colaboram e se entreajudam.

38
Figura 27 - Print de sessão dinamizada via zoom

Tendo em consideração que a situação de desemprego causa danos psicológicos bastante acentuados, quer pela sua duração, pela situação inesperada ou vulnerabilidade, é premente pensarmosemaçõesconcretasparacolmatarestasdificuldades.Adequadaàspossibilidadesdaquele período, a criação deste grupo de apoio pareceu-nos uma boa aposta.

Atravésdadinâmicadeentreajudaem grupo,procurou-seultrapassaradesmotivação,oisolamentoe atendência depressiva a que o desemprego muitas vezes conduz.Com o apoio da equipa do projeto, o grupo focou-se na procura ativa de emprego para os seus membros, tendo cada um deles a função de apoiar os restantes nessa missão.

Outra condicionante é o estigma social do estatuto de desemprego e da frequência dos Centros de Emprego (IEFP). Este grupo, que numa primeira fase funcionou com suporte da plataforma ZOOM, procurou intervir para reduzir este sentimento desagradável que a maior parte dos desempregados sente quando entram nas instalações de qualquer Centro de Emprego.

Seguidamente as sessões foram realizadas, já durante o segundo semestre do ano de 2021, em formato presencial, com ofertas de emprego concretas e em aberto previamente apresentadas e recolhidas junto das várias empresas parceiras.

39
Figura 28 - Cartaz de divulgação da 2.ª edição da intervenção

a) Mudança para o Sucesso

A 1 de outubro de 2021 e nos dias 7 e 8 de abril de 2022 decorreram as duas edições da intervenção “Mudança de Visual para o Sucesso”, na Fábrica de Santo Thyrso, dedicada aos públicos feminino e masculino, tendo sido contabilizados no total 68 participantes.

Previamente foi lançada, na primeira edição, uma sessão de sensibilização nas redes sociais para apelar ao envolvimento de voluntários e mecenas para que o evento assumisse uma maior expressividade junto dos/das participantes.

40
Figura 29 - Registo fotográfico da primeira edição presencial
41
42
43
44

Esta intervenção teve como objetivo principal empoderar os/as participantes e dotá-los de estratégias para a melhoria da autoestima e da confiança, no sentido de potenciar as hipóteses de integração no mercado de trabalho. Para aumentar o impacto desta intervenção e o cumprimento dos objetivos definidos foram envolvidas duas consultoras de imagem que iniciaram a sua intervenção com uma breve palestra informativa antes da realização de um atendimento individualizado e personalizado.

45
Figura 30 - Campanha de divulgação e angariação de participantes e voluntários para o evento de "Mudança de visual"

A atividade contou com o apoio da Câmara Municipal de Santo Tirso, na cedência do espaço, tendo tidocomocolaboradorasasempresasBakerAndBakereaVieiradeCastronaatribuiçãodoslanches; na estética a equipa do Protocolo RSI da Delegação de Santo Tirso da CVP, Carla João, Ana Matos, Marta Arruela, curso de estética do IEFP Santo Tirso

46
Figura 31 - Sessão de abertura da 1.ª edição da Mudança de visual (mulheres) e a Barbearia Bela. Figura 32 - Momento de transformação de participante na 1.ª edição do evento "Mudança para o sucesso"
47
Figura 33 - Momento da 2.ª edição da Mudança para o sucesso (público masculino) Figura 34 - Momento de participante com consultora de imagem na 2.ª edição da "Mudança para o sucesso"

b) Speed Recruitment

No dia 3 de maio de 2022 decorreu o evento Speed Recruitment, o corolário desta intervenção, que consistiu num encontro entre as empresas e os candidatos, tendo estes a oportunidade de se darem aconheceraempresasdereferêncianacionaleacedermaisrápidaefacilmenteaofertasdeemprego emabertonasmesmas.AatividadefoidinamizadanaFábricadeSantoThyrso,porturnoseemforma decircuito,peloqueos34participantestiveramapossibilidadedeapresentaroseupotencialenquanto profissionais durante 5 minutos. No fim de execução do projeto foi possível verificar que 18 desses/as participantes foram integrados no mercado de trabalho.

48
Figura 35 - Equipa do projeto CLDS 4IN no evento de Speed Recruitment
49
Figura 36 - Momento de entrevistas no decorrer da jornada laboral de Speed Recruitment Figura 37 – Sessão solene de abertura do evento de Speed Recruitment

Avaliação realizada pelos/as participantes

No final da intervenção os/as participantes foram convidados/as a deixar a sua opinião geral. Desde logo 19 participantes classificaram com a cotação máxima a pertinência da atividade; 17 participantes consideram como “boas” as suas hipóteses de integração profissional e 16 manifestam a mesma expetativa quanto ao regresso ao mercado formal de emprego.

Recolhemos informação acerca do interesse dos/as participantes quanto às ofertas de emprego disponíveis e apresentadas pelas várias empresas. Destacamos que 90% dos/as participantes considerou interessantes as ofertas contra 10% que não se identificou com as mesmas.

Quanto à continuidade do processo de recrutamento após este breve contato de 5 minutos com os recrutadores, 97% considera-se confiante e apenas 3% considera que não terá um novo contacto por parte das empresas.

Avaliação realizada pelos/as Técnicos de Recrutamento e Seleção

Para além da recolha da opinião dos/as candidatos a emprego participantes no evento recolhemos, através de um inquérito por questionário (Anexo VIII), a avaliação dos/as recrutadores e empresários presentes no evento.

Tendo por base os resultados recolhidos os/as empresários/as e recrutadores classificaram com a cotação de 100% a pertinência da atividade. Quanto ao cumprimento dos objetivos identificados para aatividade 66,7% classificoucomo bastantesatisfatório;25% como extremamentesatisfatório e 8,3% como satisfatório.

50
Figura 38 - Apreciação global da atividade realizada pelos/as participantes

Faceàsexpectativasprofissionaisos/asrecrutadoresavaliaramapertinênciadosassuntosabordados pelo/as participantes como bastante satisfatório (58,3%), extremamente satisfatório (25%) e satisfatório (16,7%).

Reportando-se à equipa do projeto CLDS 4IN, quanto à forma como organizou a atividade em termos de recursos materiais, 58,3% dos/as inquiridos consideraram bastante satisfatório; 25% como extremamente satisfatório e 16,7% como satisfatório.

Quantoaosuportedaequipaaosparticipanteserecrutadores/as,duranteaconceçãodoevento,os/as recrutadoresavaliaram,comoextremamentesatisfatórioem91,7%e8,3%como bastantesatisfatório.

Tendo por base o perfil dos/as candidatos/as entrevistados foram colocadas algumas questões mais específicasaosrecrutadorestendoporbaseassolicitaçõespréviasereferentesàsofertasdeemprego em carteira.

Assim, quanto à idade dos/das participantes, 50% dos/as inquiridos classificam como bastante satisfatório; 33,3% como satisfatório e 16,7% como extremamente satisfatório. No que concerne à experiênciaprofissionaldos/ascandidatos50%dos/asinquiridosclassificacomobastantesatisfatório, 33,3% como satisfatório e 16,7% como extremamente satisfatório.

Num outro item solicitado, referente às soft skills dos/as candidatos, os/as recrutadores classificaram com 58,3% como satisfatório, 33,3% como bastante satisfatório e 8,3% como extremamente satisfatório.

Quanto à coerência dos/as candidatos e o seu ajustamento profissional para a função à qual se estavam a candidatar os/as recrutadores classificaram igualmente com 41,7% bastante satisfatório e satisfatório e 16,7% como extremamente satisfatório.

Em termos operacionais, seguidamente, os/as recrutadores demonstraram em 100% interesse numa segunda edição deste evento e revelaram em 83,3% interesse em contratar um ou mais participantes entrevistados nesta primeira edição.

Caracterização dos/as participantes

Depois deconhecidoo feedback dos/as recrutadores é momentode conhecer um pouco melhor os/as 130 participantes desta ação. Compreendemos que o público feminino está fortemente representado totalizando 103 elementos. A média de idades é de 40 anos para os dois géneros.

No que concerne à nacionalidade 115 dos 130 participantes desta ação são de nacionalidade portuguesa emergindo, em seguida, à semelhança de outras ações, a nacionalidade brasileira com 6 elementos; com menor representatividade tivemos participantes de nacionalidade alemã, nepalesa e venezuelana.

Aquando da inscrição no nosso projeto a grande maioria dos/das participantes encontrava-se numa situação de desemprego - 59 participantes; 36 elementos já se encontravam desempregados há mais de 12 meses, sendo considerados desempregados de longa duração; 11 elementos encontravam-se abrangidospelamedidadoRSI(Rendimento SocialdeInserção);12jovensestavamàprocuradoseu 1.º emprego e 11 participantes procuravam um novo emprego.

51

Neste último gráfico é percetível que o nível de escolaridade é principalmente o ensino secundário e de seguida, o ensino superior e 1.º/2.º ciclo, com a diferença de apenas dois participantes a mais no ensino superior, assistindo-se a uma forte disparidade entre o perfil de competências profissionais e académicasdos/asparticipantesequeseoperacionalizanamaior oumenoragilidadedomercadoem absorver estes profissionais.

52
Figura 39 - Situação face ao emprego dos/as participantes aquando inscrição Figura 40 - Escolaridade dos/as participantes aquando inscrição no projeto

Estes resultados ajudam-nos a compreender, um pouco melhor, a avaliação recolhida junto dos/as recrutadores quanto às skills profissionais, interesse em recrutar os/as profissionais entrevistados e, simultaneamente, o interesse em voltar a repetir esta experiência de Speed Recruitment, apesar da exigência em termos de disponibilidade mental para conhecer tantos candidatos num único dia. As avaliaçõessãofrancamentepositivasedemonstramqueestaatividademerecedestaqueepertinência quanto à sua replicabilidade numa próxima geração do projeto CLDS.

Atividade 6 – INformação Mais: Sessões informativas sobre medidas públicas de apoio à contratação que dotem os/as participantes de informação importante para potenciar a sua própria integração profissional

Descrição do objetivo geral: Empoderar os desempregados com informação referente às oportunidades de emprego e medidas de apoio à contratação.

Caracterização dos destinatários: Desempregados, DLD, Jovens à procura do 1.º emprego, Beneficiários do RSI, Pessoas com deficiência e incapacidade

Indicadores de execução: N.º de beneficiários presentes nas sessões e n.º de sessões. Estes indicadoresdemonstraramocumprimentodoresultadoesperadosuperando-o.Deressalvarqueforam realizadas 41 intervenções, desde sessões grupais dirigidas a desempregados e a alunos em final de ciclo, a sessões de curta duração e dimensão com pequenos grupos de trabalho.

Resultados esperados: 300 Destinatários identificados em sede de candidatura tendo a ação sido encerrada com um total de 305 elementos.

Parceiros: IEFP, INVEST. Para além das parcerias referidas em sede de candidatura foram imprescindíveis as colaborações do Centro Qualifica de Santo Tirso, da Câmara Municipal de Santo Tirso e dos vários agrupamentos de escolas do concelho, com a sinalização dos jovens que, brevemente, estariam à procura do seu 1.º emprego.

Fontesdeverificação:Fichadeparticipante;followup;questionáriodesatisfação;registosfotográficos e ficha de auto e hetero avaliação

Metas: Capacitar a 10% dos desempregados residentes no concelho. Tendo por base os 2.057 elementos identificados e inscritos no IEFP de Santo Tirso como desempregados na estatística por concelho de novembro de 2022, os 10% corresponderiam a 205 participantes pelo que envolvemos, nesta ação, 305 participantes.

53
Avaliação

Contextualização

Realizamos várias intervenções em formato grupal, ao longo dos últimos meses. Inicialmente, os/as participantes foram alvo de intervenção preliminar através de sessões de capacitação individual e/ou grupal. Para tal foram criados documentos de apoio para complementar a intervenção realizada (Anexo IX)

Um dos pontos altos desta intervenção passou pelo envolvimento de 32 participantes, com a estreita colaboração da empresa de trabalho temporário "Multipessoal - Consultoria de Recursos Humanos", numa colaboraçãoregular, composta por 3 momentos diferentes, nomeadamente, a 7 de junho, 20 de setembro e 27 de outubro de 2022.

Resultante desta intervenção e articulação estreitas, bem como, de demais parceiras que este projeto cumpriu, alcançamos uma meta de 26 integrações no mercado formal de emprego.

Ações de intervenção

Umaoutraintervençãoque merecedestaquenestaaçãoprende-secom aintervençãonaVMostrada Educação e Formação, dinamizada pela Divisão de Educação da Câmara Municipal de Santo Tirso, em que o projeto CLDS 4IN, pôde dar o seu contributo com a realização de 6 intervenções ao longo de dois dias de trabalho intensivo,com uma aposta incisiva naapresentação das medidas públicas de apoio à contratação, bem como, o aprofundamento e reflexão em torno das skills dos profissionais do século XXI mais identificadas e procuradas pelas entidades empregadoras junto dos seus candidatos mais jovens.

54
Figura 41 - Cartaz de divulgação da atividade para as redes sociais do projeto

As seis intervenções levadas a efeito pela equipa do projeto contabilizaram um total de 135 participanteseenvolveramosváriosagrupamentosdeescolasdoconcelhodeSantoTirso.Osucesso desta intervenção foi medido tendo por base as solicitações que os agrupamentos de escolas realizaram, neste seguimento, junto da equipa do projeto, para sessões futuras com base nesta temática e em outras do plano de ação do CLDS 4IN.

Caracterização dos/as participantes

Caracterizando um pouco melhor estes participantes destacamos uma ligeira presença do género feminino(196participantes),emdetrimentodogéneromasculino(109participantes),àsemelhançade outras ações do projeto.

Em termos de nacionalidade, 267 elementos são cidadãos portugueses destacando-se a presença de 33participantesdenacionalidadebrasileira.Asnacionalidadesvenezuelana,ucranianaesão-tomense apresentam parca representatividade.

Quanto à freguesia de origem a grande maioria reside no núcleo urbano havendo uma parca representatividadedagrandemaioriadefreguesiaseuniãodefreguesiasdoconcelho,talcomoilustra o gráfico seguinte.

55
Figura 42 - Intervenção realizada no decorrer da V Mostra de Educação e Formação de Santo Tirso

No que concerne à situação profissional, aquando da inscrição no projeto, destacamos a intervenção realizada junto dos/das alunos/as que se encontravam no último ano do ensino secundário e que, brevemente, estariam em situação de procura ativa do primeiro emprego, tal como indicado anteriormente, com 138 participantes. Em seguida, destacamos o público desempregado, com 103 participantes e que procurou capacitar-se, connosco, ao longo dos últimos meses de intervenção.

56
Figura 43 - Freguesia de origem dos/as participantes Figura 44 - Situação face ao emprego dos/as participantes aquando inscrição no projeto

Também nesta ação contabilizamos integrações no mercado formal de emprego com 16 participantes que alteraram a sua situação profissional.

Sejaemsessõesindividuais,sejaatravésdesessõesgrupais,estaintervençãomerecesercontinuada pelo esclarecimento e aproximação da informação aos vários interessados que, de forma autónoma, podem ver a sua situação profissional melhorada quando detêm a devida informação.

Atividade 7 - Espaço INventa: Atendimento personalizado aos potenciais empreendedores e encaminhamento para o Invest Santo Tirso, IEFP e outras entidades

Descriçãodo objetivogeral:Promoção do empreendedorismo, fomentando oautoemprego de formaa desenvolverascompetênciasempreendedoras.Tendoporbaseotrabalhoquejávemsendorealizado pelo INVEST da Câmara Municipal de Santo Tirso o nosso projeto procurou capacitar um pouco mais os/as participantes que recorreram diretamente ao nosso projeto e/ou, no decorrer do atendimento para emprego, demonstraram interesse e competências empreendedoras para a criação de negócio próprio, antes do respetivo encaminhamento e, simultaneamente, capacitar com competências e saberes transversais os/as participantes com interesse em matéria de empreendedorismo aos níveis alimentar (workshop de trufas e bombons; compotas e pão artesanais) e técnico (workshop de velas aromáticas; hortas verticais e costura), por exemplo.

Caracterização dos destinatários: Desempregados, DLD, Jovens à procura do 1.º emprego, Beneficiários do RSI, Pessoas com deficiência e incapacidade

Indicadores de execução: N.º de desempregados atendidos - assim, dos 29 participantes envolvidos nesta ação 24 elementos encontravam-se em situação de desemprego aquando da sua inscrição; n.º atendimentos/ encaminhamentos, que ultrapassaram os 60 contactos diretos e indiretos, n.º de participantes contabilizados - foram 29 elementos tal como ilustram as devidas fichas de participante.

Resultados esperados: 15 Destinatários tendo sido ultrapassados quase em 50%

Parceiros: INVEST, Betweien, IEFP. Paralelamente, contamos com a forte colaboração da Escola Profissional Agrícola Conde de S. Bento na dinamização de três dos workshops oferecidos à comunidade; da ACIST e do Centro Social e Paroquial de S. Maria Madalena, pela cedência de espaços.

Fontesdeverificação:Fichadeparticipante;followup;questionáriodesatisfação;registosfotográficos.

Metas: Encaminhar 100% dos destinatários para as respostas no concelho. os/as participantes foram alvo de atendimento individualizado e encaminhados para respostas do concelho tais como INVEST, Modatex, Associação Portuguesa de Jovens Agricultores, entre outros.

57
Avaliação

Ações de intervenção

Tendo por base uma das nossas fontes de verificação apresentamos alguns registos fotográficos das atividadesqueforam sendodesenvolvidas,em termos grupaisedeexperimentaçãotécnica,juntodos vários participantes desta ação.

a) Workshop de Trufas e bombons artesanais (Nível I e nível II)

Nos dias 17 de novembro e 15 de dezembro de 2021 foram dinamizados os workshops de Trufas e Bombons Artesanais - Nível 1 e 2, respetivamente, contando com a participação de 5 pessoas. Os objetivos do workshop foram os seguintes:

• Conhecer os diferentes tipos de chocolate;

• Identificar os seus benefícios para a saúde;

• Conhecer e aplicar as técnicas de derretimento e temperagem do chocolate;

• Realizar experiências de confeção de bombons artesanais aplicáveis à sua vida quotidiana/familiar com perspetiva de melhoria contínua.

58
Figura 45 - Dinamização do workshop de trufas e bombons artesanais I

No final da sessão foi aplicado um inquérito por questionário que nos permitiu aceder à opinião favorável dos/das participantes

A atividade contou com a colaboração da ACIST - Associação Comercial e Industrial do Concelho de Santo Tirso, para a cedência da cozinha, para confecionar os chocolates.

b) Workshop de velas artesanais

59
Figura 46 - Avaliação da intervenção pelos/as participantes Figura 47 - Workshop de velas artesanais

No dia 23 de fevereiro decorreu o Workshop de Velas Aromáticas Artesanais, sob a orientação do formadorCléberDiogo,sobrevelasaromáticas,noCentroSocialdaParóquiaSantoTirso(SantaMaria Madalena), ao lado da ACIST. Contou com a presença de duas participantes. Pela reduzida adesão foi realizada uma avaliação qualitativa e em formato informal.

c) Atelier de pão artesanal

A 25 de maio de 2022 decorreu, na cozinha regional da Escola Profissional Agrícola Conde S. Bento, um Atelier de Pão Artesanal. A atividade contou com 6 participantes que, com o apoio da Eng.ª FranciscaVasconcelos,receberamconhecimentosbásicosnestaarte.Esta açãotevecomoo objetivo principal a promoção do empreendedorismo, fomentando o autoemprego de forma a desenvolver as competênciasempreendedoras,procurando,inclusivamente,promoverascapacidadesdecriatividade e desenvolvimento pessoal. No final, os/as participantes tiveram a oportunidade de degustar o pão preparado.

Tendo por base os resultados recolhidos compreendemos que quanto à utilidade da sessão 80% dos/as participantes atribuíram a cotação "muito bom” e 20% a nota “bom”. A mesma cotação foi atribuída quanto ao interessepelasessão”.Já quanto à trocade ideias e esclarecimentos o contributo foi unânime sendo francamente positivo com 100% de resultados.

Quanto à qualidade das instalações e ao cumprimento das expectativas, 80% dos/as participantes atribuíram a cotação "muito bom” e 20% a nota “bom”.

60
Figura 48 - Atelier de pão artesanal

d) Atelier de compotas artesanais

No dia 15 de junho de 2022, realizou-se um “Atelier de compotas artesanais”, que contou com 5 participantes e, novamente, com a versatilidade e disponibilidade da Eng.ª Francisca Vasconcelos, docente e diretora da Escola Profissional Agrícola Conde S. Bento, local onde se concretizou esta atividade.

Tendo por base os mesmos objetivos (do anterior atelier) de capacitação, empoderamento e prática, numapotencialideiadenegócio,os/asparticipantesreceberam documentaçãodeapoioparareflexão em torno da possibilidade de criação do próprio emprego neste tipo de área.

No final da sessão voltamos a aplicar um inquérito por questionário aos participantes para aferir a opinião quanto ao workshop ministrado e frequentado.

Todos/as os participantes atribuíram a nota máxima "muito bom”, numa escala de 1 a 5 em todos os itens propostos:

● Utilidade prática da sessão

● interesse das intervenções;

● Troca de ideias e esclarecimento dos/as participantes

● Qualidade das instalações

● Cumprimento das expectativas

61
Figura 49 - Atelier de compotas artesanais

e) Atelier de hortas verticais

Nodia 29dejunho de2022,realizamosnaEscola ProfissionalAgrícolaCondeS.Bento, um Atelierde Hortas Verticais, com o apoio e suporte de uma docente desta escola.

Estaatividadeteve, mais umavez,comoobjetivo a promoção e desenvolvimento de competências de empreendedorismo, fomentando a criatividade e a inovação para a criação de negócios próprios, dando assim espaço e abertura para a inserção no mercado de trabalho. Esta atividade contou com 6 participantes, tendo sido recolhidos os seguintes comentários na avaliação do workshop:

- Adorei! A Bea foi 5 estrelas!

- Mais atividades com outros temas.

- Mais formação.

Destemodo,numaescalade1(muitomau)a5(muitobom)todosos/asparticipantesatribuíramanota máximaaositenssolicitados:todos/asos/asparticipantesatribuíramanotamáxima"muitobom”,numa escala de 1 a 5 em todos os itens propostos:

● Utilidade prática da sessão

● interesse das intervenções;

● Troca de ideias e esclarecimento dos/as participantes

● Qualidade das instalações

● Cumprimento das expectativas

62
Figura 50 - Atelier de hortas verticais

f) Atelier de Natal

No dia 29 de Novembro de 2022, realizou-se um atelier de natal, no sentido de criar novas aprendizagens e técnicas de trabalhos manuais e de costura para preparar alguns adereços de natal artesanais, no sentido de criar um pequeno projeto ou negócio, com vista a mercadinhos artesanais, sendo este atelier voltado para a temática das festividades.

Esta atividade contou com a participação de toda a equipa CLDS para dinamizar e instruir os/as participantes com algumas técnicas, nomeadamente de colagem, corte, enchimento, costura e bordado.

Atendendo ao parco número de participantes a avaliação foi realizada em formato qualitativo e informalmente.

Intervenções individuais de capacitação e apoio no desenvolvimento da ideia de negócio

63
Figura 51 - Atelier de natal e cartaz de divulgação do evento a) Naranga

Apoio CLDS 4IN:

● Apoio na desconstrução da ideia; definição do público-alvo e reflexão sobre produtos complementares,nomeadamente,desafioparaacriaçãodeintervençãopelaarteereciclagem em contexto de educação formal e não formal;

● Articulação com a Divisão de Turismo da Câmara Municipal de Santo Tirso para exposição dos produtos da autora na Loja Interativa de Turismo do Município e convite à comunicação social local para realização de entrevista de apresentação da ideia de negócio e do produto;

● CedênciadesacosdepapeldoprojetoCLDS4INparaacondicionaroprodutonoatodavenda;

● Encaminhamento para os técnicos do INVEST para apoiar a designer na emergência do seu projeto.

b) Êneli Santos

64

Apoio do projeto CLDS 4IN:

● Criação do cartão de visita e flyers de divulgação;

● Cedência de recursos materiais para iniciação da intervenção em Portugal, atendendo a que a participante já realizava trabalhos como cabeleireira e manicure no Brasil, nomeadamente, tintas de coloração para cabelo, cremes faciais e maquilhagem variada, escovas e pentes de cabelo, tesouras e pinças, entre outros.

65
c) Ricardo Gomes - Avicultura e tradições

Apoio do projeto CLDS 4IN:

● Processo de mentoria individualizado;

● Encaminhamento para o presidente da Associação Nacional de Jovens AgricultoresEng. Miguel Alves, para posterior acompanhamento/ mentoria;

● Criação das redes sociais (Facebook e Instagram), do email do projeto e respetivo logotipo;

● Apoionadefiniçãodopreçojustoporprodutoatendendoaocustodamãodeobraque não se encontrava a ser contabilizado;

● Aquisição derecipientes de vidropara acondicionar as compotas artesanais, mais um produto a testar no mercado;

● Identificação de propostas formativas para prosseguimento de estudos na área da agropecuária, entre outras intervenções;

● Impressão de cartões de visita e fidelização, bem como, autocolantes para associar a cada produto para venda, com os respectivos canais de comunicação do empreendedor.

d) Manuela Fonseca - Explicações e decoração de interiores

Apoio do projeto CLDS 4IN:

● Identificação das potencialidades da participante atendendo ao seu perfil de competências pessoais e profissionais na identificação da sua ideia de negócio e o seu desenvolvimento;

● Criação e impressão de flyers e cartazes de divulgação do seu projeto.

66

Apoio do projeto CLDS 4IN:

● Atendimento individualizado e mentoria para definição da sua ideia de negócio;

● Criação de cartões de visita e divulgação dos mesmos nas redes sociais do projeto;

● Possibilidadedetestagemdaideiadenegócionoprimeiroeventode“MudançadeVisualpara o Sucesso”, no âmbito da ação n.º 5 deste projeto;

● Atribuição de vernizes, limas e tesouras e outros produtos de manicure para apoio na realização das primeiras intervenções para testagem do modelo diferenciador do projeto e, igualmente, geração de proventos próprios.

67
e) Ana Rita - Designer de unhas de gel e unhas de estilo americano Figura 52 - Prestação da empreendedora Ana Rita no decorrer na 1.ª edição da "Mudança para o Sucesso"

Caracterização dos/as participantes

Tendo por base as fichas de participante sabemos que nesta ação n.º 7 foi o sexo feminino que mais solicitou a nossa intervenção com 25 participantes e 4 participantes do sexo masculino.

No que concerne à sua nacionalidade 26 participantes são de nacionalidade portuguesa e 3 participantes de nacionalidade brasileira à semelhança de outras ações do projeto.

Quanto à situação face ao emprego, no momento de inscrição, 14 elementos encontravam-se numa situação de desemprego, estando inclusivamente 6 elementos desempregados há mais de 12 meses.

Em termos de escolaridade a forte presença dos/das participantes do ensino superior e com o ensino secundárioconcluído não deixa esquecer os 7 participantes que possuem apenas o 1.º ou 2.º ciclo do ensino básico.

68
Figura 53 - Situação face ao emprego aquando inscrição no projeto Figura 54 - Escolaridade dos/as participantes aquando inscrição

Para além dos encaminhamentos realizados procuramos inovar oferecendo à comunidade formas de expressão prática de várias ideias de negócio com forte carácter de replicabilidade que os/as participantes podiam associar a outras competências e saberes práticos.

simultaneamente, sentimos necessidade de motivar, desafiar e promover o autoconhecimento destes participantes antes do encaminhamento para o INVEST da Câmara Municipal de Santo Tirso atendendo às dúvidas e incertezas emergentes junto deste público-alvo. as situações de desemprego de longa duração, à semelhança daquilo que reforçamos anteriormente, cria despersonalização, medos e angústias que bloqueiam a criatividade, o espírito de iniciativa e a autonomia dos/das participantes.desdelogo,peloacompanhamentoindividualizadoconsideramosqueestesparticipantes se encontram mais empoderados para receber orientações mais técnicas dos especialistas no concelho pela promoção do empreendedorismo.

Atividade 8 - INforma-te: Sessões sobre formação profissional dinamizada pelas entidades públicas e privadas com atuação no concelho

Descrição do objetivo geral: Potencializar as diferentes respostas formativas no concelho. Tendo por baseesteobjetivogeralprocuramos,emformatoonlineepresencial(individualmenteouempequenos grupos), dar cumprimento a esta ação.

Caracterização dos destinatários: Desempregados, DLD, Jovens à procura do 1.º emprego, Beneficiários do RSI, Pessoas com deficiência e incapacidade.

Indicadores de execução: N.º de desempregados encaminhados para formação. Para cumprir com este indicador fomos realizando, em atendimento individualizado, o respetivo levantamento de necessidades e complementando esta informação, informandoregularmente,e emespecial via email, os resultados recolhidos, junto dos/das participantes.

Resultados esperados:300 Destinatários foram definidos em sede de candidatura tendosido possível intervir diretamente com 304 participantes.

Parceiros:DelegaçãodeSantoTirsodaCruzVermelhaPortuguesa;CâmaraMunicipaldeSantoTirso; Centros Qualifica; IEFP. Acrescentamos as sinergias que criamos ao longo dos últimos meses contando em especial com entidades como Modatex, Dual, CICCOPN, Academia do Ave, Forave, CENFIM, GTI, CFPSA, entre outras, que nos permitiram diversificar aoferta formativaa apresentar ao nosso público-alvo.

Fontes de verificação: Ficha de participante; follow up; questionário de satisfação e ficha de auto e hetero avaliação; registos fotográficos.

69
Avaliação

Metas:Inseriremformaçãoprofissional50%dos/dasparticipantes.Oacessoaestainformaçãoesteve bastante condicionado pois o feedback era-nos dado através da integração no mercado formal de empregosendoaformaçãoprofissionalaindavistacomo“umdadoadquirido”enãocomoumsucesso por parte dos/as participantes. Deste modo, assumimos a concretização de 15% de participantes integrados em formação profissional não dispondo de dados formais que nos permitem confirmar a integração de 50%. Consideramos que, informalmente, conseguimos superar esta meta pela divulgação regular de oferta formativa, presencial e à distância, nas redes sociais do projeto. Além disso, os 144 jovens que participaram connosco na V Mostra de Educação não facultaram o seu contacto telefónico ou de email, o que impediu a comunicação e o respetivo follow-up.

Contextualização

Caracterizando um pouco melhor a nossa intervenção nesta ação, com o objetivo de empoderar a população desempregada do concelho com a informação capacitante e diferenciadora das oportunidades de emprego e medidas de apoio à contratação, foram dinamizadas, ao longo do tempo de execução do projeto, algumas sessões sobre medidas de apoio à contratação.

Ações de intervenção

As ações decorreram nos dias 22 de setembro e 12 de outubro de 2020 e 24 de novembro de 2021. Estas sessões decorreram em parceria com a Câmara Municipal de Santo Tirso, que disponibilizou o Auditório da Biblioteca Municipalpara o efeito. No total, foram contabilizados/as 26 participantes.

70
Figura 55 - Sessão de abertura da primeira sessão presencial “INforma-te”

Também nesta ação o projeto CLDS 4IN foi chamado a intervir na V Mostra de Educação dinamizada pela Divisão de Educação da Câmara Municipal de Santo Tirso, envolvendo 144 participantes que frequentavam 6 turmas do ensino secundário em final de ciclo de estudos.

Foi mote desta intervenção a apresentação da oferta formativa junto dos/das participantes e, simultaneamente,confirmaraimportânciadaaprendizagemcontínuaedareciclagemprofissionaljunto dos profissionais do século XXI, com a apresentação de casos práticos.

Caracterização dos/as participantes

Caracterizando um pouco melhor o público-alvo envolvido nesta ação, renova-se a forte presença do género feminino (188 participantes) em detrimento do masculino (115 participantes).

Amédiadeidadessitua-senos34anosdeidade,revelandoumforteinteresseemfrequentarformação profissional para capacitação, mudança de emprego e/ou progressão no mercado de trabalho.

No que concerne à nacionalidade 279 participantes são portugueses; 19 participantes são de nacionalidade brasileira e os restantes elementos, de forma residual, são de nacionalidade ucraniana, venezuelana e espanhola.

Avaliação

Esta intervenção tem vindo a ser realizada ao longo dos anos pelas diversas empresas e escolas profissionaisa operar no concelho de Santo Tirso bem como, através do IEFP e daCâmara Municipal de Santo Tirso, através da sua Divisão de Educação.

71
Figura 56 - Participação na V Mostra de Educação com a sessão "INforma-te"

Com a nossa intervenção enquanto projeto procuramos trabalhar em rede, reforçar as práticas e sinergiasjáexistentesepotenciar,juntodas nossasredessociais,ainformação que, nãorarasvezes, se encontra dispersa e pouco acessível aos profissionais que se encontram empregados.

Atividade 9 - INtercâmbio+: Criação de intercâmbio de destinatários entre as empresas e o CDLS ofertas de emprego e formação profissional

Descrição do objetivo geral: Estabelecer parceria com empresas de recrutamento e trabalho temporário.

Caracterização dos destinatários: Empresários, Entidades empregadoras locais.

Indicadores de execução: N.º de representantes de empresas, instituições e associações presentes nas sessões - foram envolvidas 26 empresas e 7 instituições locais, tais como: Irmandade da Santa CasadaMisericórdiadeSantoTirso,IEFP,LardaTranquilidade,entreoutros.Oscontactosrealizados com estas entidades assumiram, em mais de 50% dos casos, um carácter semanal, sendo difícil quantificar este segundo indicador - n.º de sessões efetuadas por ano.

Resultados esperados: 8 Empresas. Valor este ultrapassado largamente logo no primeiro trimestre de 2021.Partilhando os mesmos medos eincertezas houveuma forte empatiados/as profissionais nesta época para partilhar ofertas e trabalhar em estreita colaboração criando-se ótimas sinergias que se vão perpetuar especialmente junto da entidade coordenadora do projeto CLDS 4IN - Delegação de Santo Tirso da Cruz Vermelha Portuguesa.

Parceiros: Empresas do concelho foram os parceiros identificados em sede de candidatura. Destacamos o forte envolvimento dos parceiros: Clece, GI Group, Fresco Enredo, CS Plastic, Casa dos Reclamos, A. Sampaio., Multitempo/Clan, Proman, Eurofirms, F.RH, Mc Donalds, entre outros.

Fontes de verificação: Ficha de participante; follow up.

Metas: Fazer parceria com 75% das empresas com incidência no concelho. Consideramos ter alcançado esta meta tendo por base as várias parcerias concretizadas ao longo dos últimos meses.

Contextualização

Ao longo deste tempo de execução do projeto não podíamos deixar de fazer referência às parcerias com instituições e entidades do Concelho de Santo Tirso e ainda empresas, que foram um suporte fundamentalna integração profissionaldos/as participantes. Desde a divulgação de oferta formativa e profissional, como participação nos diversos eventos e ações dinamizados, estas entidades tiveram um papel colaborativo e interventivo, tendo sempre em vista a sensibilização para as comunidades minoritárias.

72

Avaliação

Tal como indicado anteriormente as sinergias criadas ao longo dos últimos meses de intervenção demonstraramaexcelênciadeumaintervençãoemrede.todosestesprofissionaisestãoempenhados em proporcionar às pessoas em situação de desemprego a melhor oferta profissional, rompendo com

73
Figura 57 - Parceiros institucionais e empresariais desta ação

ciclos de pobreza, e trabalhar em estreita articulação com as diversas respostas sociais. deste modo, e em rede, podemos continuar a intervir na redução do índice de desemprego no concelho. Os resultados favoráveis em matéria de integração profissional e na realização do evento de Speed Recruitment tiveram uma estreita ligação a estas sinergias criadas nesta ação n.º 9 do projeto CLDS 4IN.

Atividade 10 - IgualIN: Sessões de sensibilização para empresários sobre a Igualdade de Género

Descrição do objetivo geral: Promover a igualdade de género no mercado de trabalho e incentivar a contratação de desempregados do género sub-representado em determinada profissão.

Caracterização dos destinatários: Empresários, Instituições, Entidades empregadoras locais.

Indicadores de execução: N.º de representantes de empresas, instituições e associações presentes nas sessões, n.º de sessões efetuadas por ano.

Resultados esperados: 60 Participantes.

Parceiros: IEFP; CIG. Para além destas parcerias indicadas foram elementos chave a CITE, a Associação Plano I e o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte. O consórcio considera que a intervenção da CIG poderia ter representado uma mais-valia para a sua intervenção no concelho de Santo Tirso contudo, ao longo dos 39 meses de intervenção a CIG nunca efetivou nenhuma intervenção solicitada.

Fontes de verificação: Questionário de satisfação; ficha de auto e hetero avaliação; Registos fotográficos

Metas: Promover a informação de 90% dos/das participantes.

Contextualização

Género é a definição que as sociedades utilizam para definir pessoas de sexo masculino e feminino. Trata-se, então, de uma construção social que atribui papéis diferentes às pessoas de acordo com o seu sexo. Aqui não entram considerações tais como: as suas escolhas, os seus percursos e os seus projetos de vida. Estes conceitos são transmitidos desde a infância e condicionam toda a vida adulta. Assim,podemosverificarqueestascaracterísticaspodemserdiferentesdesociedadeparasociedade.

A igualdade de género encontra-se assente no pressuposto que todos os seres humanos são livres para desenvolver e potenciar as suas capacidades, sem as limitações determinadas pelos papéis de género. A igualdade de género deve, portanto, ser assumida por todas as sociedades e por todos/as cidadãos/ãs como um requisito absoluto das sociedades.

74

Sabemos,poroutrolado,queaigualdadedegéneronãoestáapenasrelacionadacoma igualdadede oportunidades entre homens e mulheres. Para além disso, é importante que se verifique a igualdade de condições para atingir os mesmos objetivos e resultados.

Tendo esta premissa como base do nosso trabalho, procuramos desenvolver ações de sensibilização com o objetivo de promover, junto dos/as participantes, a possibilidade destes/destas se tornarem facilitadores de uma cultura organizacional socialmente responsável, que incorpore a igualdade de género nas suas políticas, procedimentos e práticas. Procuramos, ao longo da execução do nosso plano de ação, promover e disseminar valores e práticas subjacentes à promoção da igualdade de género em contexto laboral, partilhando práticas bem-sucedidas neste âmbito, tendo sido disponibilidade da equipado projeto CLDS4IN contribuir paraa implementaçãoe desenvolvimento de Planos de Ação para a igualdade de género nas empresas, prática que não veio a ser solicitada por nenhuma entidade. Não obstante, tivemos conhecimento que com as várias intervenções, nomeadamente da Câmara Municipal de Santo Tirso, este apoio foi sendo dado às empresas locais.

Ações de intervenção

A igualdade de direitos e deveres é um tema que tem sido cada vez mais trabalhado, principalmente no que toca ao género, uma vez que ainda estão muito presentes ideias pré-concebidas e diálogos estereotipados.No quetocaao trabalho doméstico,as mulheres continuama apresentar uma enorme prevalência, pela quantidade de tempo despendido em tarefas diárias não remuneradas.

Sabemos,poroutrolado,queaigualdadedegéneronãoestáapenasrelacionadacoma igualdadede oportunidades entre homens e mulheres. Para além disso, é importante que se verifique a igualdade de condições para atingir os mesmos objetivos e resultados.

Tendo esta premissa como base do nosso trabalho, procuramos desenvolver ações de sensibilização comoobjetivodepromoverjuntodos/dasparticipantesapossibilidadedestessetornaremfacilitadores de uma cultura socialmente responsável.

Neste sentido, quando se pretende trabalhar a igualdade de género e a diversificação profissional, através da articulação com o mundo empresarial, apresentam-se como objetivos centrais:

• Envolver as escolas e os diversos agentes educativos, promovendo a introdução do tema da Igualdade de Oportunidades nos projetos educativos;

• Promover a mudança de atitudes e comportamentos, no sentido de diminuir a discriminação em função do género no acesso à formação e ao emprego.

a) SessõesdesensibilizaçãoparaempresáriossobreaIgualdadedeGénero

Concretizamosa27demaiode2022umwebinaronlinesobre"Linguageminclusiva",dinamizadopelo projeto UNI+, da Associação Plano i, pelas psicólogas Dra. Sara Monteiro e Dra. Sofia Costa. A ação tevecomo principais objetivos adesconstruçãodas crenças emtorno do género,demonstrando como a ausência de um diálogo neutro e inclusivo pode perpetuar um sistema de patriarcado e de desequilíbrio de poder entre homens e mulheres no mercado de trabalho.

75

Aatividadecontoucom aparticipaçãode15técnicos/ase empresários/as doconcelho, contandocom vários momentos interativos, entre as formadoras e os/as participantes, que promoveram um espaço de reflexão crítica sobre algumas situações reais que são percecionadas em contexto laboral.

b) Sessão de esclarecimento sobre prevenção da violência no namoro

Seguidamente, no dia 6 de dezembro de 2021 foi dinamizada uma sessão que procurou promover a prevenção da violência no namoro, dirigida aos técnicos/as do Concelho de Santo Tirso, e promovida pela UNI+, um projeto da Associação Plano I, tendo contabilizado um total de 33 participantes.

Com estaintervençãoprocuramosrefletire potenciarapromoçãoda igualdadedegéneronomercado de trabalho e incentivo à contratação de desempregados/as do género sub-representado em determinada profissão.

76
Figura 58 - Cartaz de divulgação da ação para as redes sociais e comunicação social local

c) Sessão de esclarecimento sobre conciliação da vida pessoal e laboral

No dia seguinte, a 7 de dezembro de 2021, foi a vez da CITE dar o seu testemunho onde, através de um webinar, procurou refletir com os vários participantes, sobre a conciliação entre a vida profissional e a vida pessoal conferindo especial atenção às dificuldades que, ainda atualmente, as mulheres trabalhadoras sentem. As oradoras procuraram, igualmente, apresentar as dificuldades que os homens, enquanto pais, sentem igualmente, nesta matéria. A ação contou com 24 participantes.

77
Figura 59 - Print da sessão de prevenção da violência no namoro realizada para profissionais e técnicos Figura 60 - Registo da sessão via zoom dinamizada pela CITE

d) Sessão de esclarecimento sobre prevenção do assédio laboral

A última intervenção realizada nesta ação foi levada a efeito também em formato online através do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte, e dinamizada pela dirigente sindical Lourdes Ribeiro, sobre a temática da prevenção do Assédio Laboral, no dia 24 de novembro de 2022.

Estiveram presentes técnicos de 7 instituições e empresas locais neste webinar que durou cerca de 90 minutos.

Caracterização dos/as participantes

Caracterizando os/as participantes presentes nas várias intervenções realizadas, ao longo do tempo, contabilizamos um total de 69 profissionais que procuraram complementar as intervenções já concertadas, em matéria de igualdade de género, e dinamizadas pela Rede Social, ao longo dos últimos anos, em especial o ACES, a GNR, a PSP, a Câmara Municipalde Santo Tirso, entre outras.

Nas intervenções levadas a efeito pelo projeto CLDS 4IN estiveram particularmente representados os/as profissionais provenientes das Ciências Humanas e Sociais a exercer funções nas diversas instituiçõesconcelhias.Seguidamente,commenorexpressão,encontramososdocenteseostécnicos de recrutamento e seleção. de destacar que, ao nível da saúde, tivemos representados 4 elementos, assim como 4 empresários.

78
Figura 61 - Sessão sobre prevenção do assédio laboral e certificado de presença

Destemodo,temáticascomoalinguageminclusivae/ouoassédiolaboral,porconsiderarmosestarem a descoberto, por parte das instituições que compõem a Rede Social, foram alvo da nossa atenção.

Avaliação

No final da sessão de “Prevenção do Assédio Laboral”, aplicamos um inquérito por questionário, através da plataforma do google docs, tendo sido recolhida e validada uma amostra de 6 respostas.

Tendo por baseumaescalade 1(não éimportante) a 5(muitoimportante) 66,7% dos/as participantes quantificaramoprogramadaatividadecomanotamáxima,seguindo-se33,3%quequantificaramcom a pontuação 4 referente a "importante".

Seguidamente, quanto ao interesse e utilidade dos conteúdos, tendo por base a mesma escala, foi atribuída a nota máxima por 83,3% dos/as participantes segundo-se a opção "importante".

Quanto à duração da atividade 66,7% atribuiu a cotação máxima segundo-se 33,3% de participantes que elegeram a opção anterior. A mesma cotação é atribuída pelos/as participantes ao desempenho da equipa técnica.

Em termos de relacionamento entre pares, no decorrer da sessão, 33,3% dos/as participantes atribuíram a nota máxima, seguindo-se 50% de participantes que atribuíram a cotação "importante/relevante" e 16,7% que classificou como "moderado".

Um outro item avaliado foi a motivação para a frequência de intervenções similares que recebeu a pontuação máxima de 33,3% dos/as participantes e a opção seguinte com 66,7% das opiniões.

79
Figura 62 - Ocupação profissional dos/as participantes aquando inscrição

Arealizaçãodoeventoemformatoonlinefoimuitofavorávelpara50%dos/asparticipantesefavorável aos restantes 50%.

Quanto ao horário da realização da atividade este foi muito favorável para 40% dos/das participantes e favorável para 60%.

No que concerne à aquisição de novos conhecimentos 33,3% atribuíram a nota máxima, segundo-se de 50% que atribuiu a nota seguinte. Apenas 16,7% dos/as participantes referem não ter obtido a informação que desejavam com a sessão.

Quanto ao desenvolvimento de competências pessoais e sociais, 60% dos/as participantes atribuíram anota máxima,seguindo-se anota seguinte com20%.Os restantes 20% classificamcom anotamais baixa.

Com as informações recolhidas pretendeu-se compreender a capacidade de desenvolver uma cidadania ativa tendo apurado que 66,7% dos/das participantes atribuíram a nota máxima e 33,3% a nota seguinte.

Analisando estes dados parece-nos que a opinião generalizada é positiva quanto às temáticas, conteúdos, pistas de atuação futuras, entre outros, explanados nesta intervenção.

Dereferirque,apesardatemáticadapromoçãodaigualdadedegénero,especialmentealertandopara géneros sub-representados em determinadas áreas de intervenção do tecido produtivo, parece-nos serproveitosoqueestatemáticacontinueasertidaemlinhadecontanasintervençõesdaRedeSocial reforçando práticas já implementadas em várias empresas e instituições locais como motor de replicabilidade e outras entidades.

com deficiência e/ou incapacidade

Descriçãodoobjetivogeral:Sensibilizar aredeempresarialeinstitucionaleassociativaparaosapoios existentes à contratação. Mais do que informar, intervenção esta já realizada pelos técnicos do IEFP, procuramos complementar, reunindo profissionais de excelência na apresentação e partilha das suas boas-práticas.

Caracterização dos destinatários: Empresários, Instituições, Entidades empregadoras locais.

Indicadores de execução: N.º de representantes de empresas, instituições e associações presentes nas sessões - foram envolvidos 60 profissionais oriundos de 29 entidades públicas e privadas; n.º de

80
Atividade 11 - INsere +: Sessões de informação a empresas, instituições e outras entidades sobre apoios à contratação, critérios de elegibilidade, população e condições de acesso, nomeadamente para a integração de pessoas

sessões efetuadas por ano - foram realizadas duas grandes intervenções, uma em 2021 e outra em 2022.

Resultados esperados: 30 Empresas.

Parceiros:IEFP;CAID-CooperativadeApoioàIntegraçãodoDeficiente;CASL-CasadeAcolhimento Sol Nascente. Foram igualmente parceiros, ao longo da intervenção, a Câmara Municipal de Santo Tirso, a Associação Plano I e o MADI.

Fontes de verificação: Questionário de satisfação; ficha de auto e hetero avaliação; registos fotográficos.

Metas: Promover a informação de 90% dos/das participantes.

Contextualização

A integração da pessoa com deficiência ou incapacidade no mercado de trabalho é atualmente entendida como um fator decisivo para a inclusão social, independência económica e consequente valorização e realização pessoal destes cidadãos.

As medidas ativas de emprego dirigidas às pessoas com deficiência ou incapacidade são da responsabilidadedoInstitutodeEmpregoeFormaçãoProfissional(IEFP),trabalhandoesteorganismo em rede com um conjunto de centros de reabilitação profissional, empresas e associações.

Com as intervenções realizadas pelo projeto CLDS 4IN procuramos apostar na intensificação do combate ao preconceito e estereótipo das pessoas com deficiência e/ou incapacidade; informar e capacitar o sector empresarial local das medidas públicas de incentivo à contratação de pessoas com deficiênciaeincapacidadereforçando,talcomoindicadoanteriormente,aapostaqueoIEFPtemvindo a levar a efeito nos últimos anos.

Ações de intervenção

a) Webinar Boas-práticas para a inclusão profissional de cidadãos com deficiência

81

Nodia30dejunhode2021decorreuoWebinar“Boas-práticasparaainclusãoprofissionaldecidadãos comdeficiência”,quecontoucomapresençadeumpaineldeoradoresdeexcelência,nomeadamente, a CASL - Casa de Acolhimento Sol Nascente, da CAID – Cooperativa de Apoio à Integração do Deficiente, da CERCIMARCO, do Movimento Cidadão Diferente, do IEFP, da Câmara Municipal de Santo Tirso e da Fundação Eurofirms.

82
Figura 63 - Webinar de boas-práticas na empregabilidade Figura 64 – Cartaz de divulgação do webinar

Oobjetivodestaaçãovisou,essencialmente, atransmissãoe disseminação de boaspráticasdirigidas especialmente aos empresários e técnicos de recrutamento e seleção a intervir em Santo Tirso.

Enquanto CLDS 4IN reforçamos também o trabalho que fomos desenvolvendo, de procura de disponibilidade e colaboração com as várias entidades locais, que apostam na empregabilidade de cidadãos com deficiência, no sentido de procura de criação de oportunidades.

Nestaproveitosapartilhadesinergiasede experiênciasinstitucionaiseempresariaiscompreendemos a direção que todas as entidades presentes estão a seguir com a mesma missão inclusiva.

Ao longo do projeto fomos procurando apelar e sensibilizar a comunidade local para estas questões e para a importância de existirem espaços de partilha.

b) Mesa Redonda: Boas-práticas na empresabilidade na deficiência

O segundo momento formal de partilha de boas-práticas decorreu no dia 23 de setembro de 2022 atravésdarealizaçãodeumaMesaRedonda“EmpregabilidadenaDeficiência”.Estaaçãocontoucom a participação de algumas entidades do Concelho que têm atualmente intervenção na matéria e que colaboraram com o projeto de forma frequente e contínua ao longo deste triénio, nomeadamente a Câmara MunicipaldeSanto Tirso,a CasadeAcolhimentoSolNascente, Projeto ValorIN doMADI Vila do Conde eo IEFPde SantoTirso, dandocontinuidadeaos trabalhos realizados em junhode 2021 no webinar de partilha de boas práticas.

Os/as46participantesdoeventoconseguiramacederaumconjuntodeboaspráticas,conhecercasos de sucesso com os testemunhos das várias instituições e parceiros do projeto CLDS 4IN e uma breve atualização acercadas medidas de apoioàcontratação para pessoas com deficiência,disponibilizada

83
Figura 65 - Cartaz de divulgação da "Mesa Redonda - empregabilidade na deficiência"

pelorepresentantedoIEFP.Ficaacertezaqueexistempráticasextremamentepositivasquemerecem ser partilhadas para que possam ser replicadas e ajustadas às diversas realidades.

Deste modo, reiteramos o nosso convite à Câmara Municipal de Santo Tirso, CAID, Casa de Acolhimento Sol Nascente e IEFP. A entidade convidada desta edição foi o MADI de Vila do Conde com o seu projeto ValorIN como projeto de destaque na promoção efetiva do trabalho realizado por pessoas com deficiência.

Esta sessão contou com vários momentos altos e complementares como o momento musical protagonizado por dois colaboradores da Casa de Acolhimento Sol Nascente; pelo testemunho de Maria Faria Doutoranda de Psicologia e da Raquel Sousa - Psicóloga (anexo III), ambas mulheres e profissionais com deficiência.

Caracterização dos/as participantes

Procurandoconhecer umpoucomelhoros profissionaisqueestiveramconnosconestesmomentos de reflexão e de partilha compreendemos que a maior fatia integra os profissionais provenientes das Ciências Humanas e Sociais que exercem funções nas várias instituições e coletividades do concelho de Santo Tirso, seguindo-se os Técnicos de Recrutamento e Seleção que aceitaram o nosso desafio paraconhecer as medidas de apoio à contratação, bem como, casos desucesso que podem procurar implementar nas suas instituições ou empresas.

84
Figura 66 - Momento de abertura da Mesa Redonda - Empregabilidade na Deficiência

Os/as docentes, os empresários e os profissionais de saúde estiveram também representados nas nossas intervenções demonstrar o carácter multidimensional que a empregabilidade pode assumir ao nível, por exemplo, da promoção da saúde mental dos profissionais com deficiência que procuram, diariamente, ser integrados no mercado formal de emprego e demonstrar as suas inúmeras competências.

Avaliação

Apesar de termos alcançado as metas a que nos propusemos em sede de candidatura, envolvendo mais de 60 participantes, a equipa do projeto considera que este tipo de intervenções deve continuar a ser realizado regularmente para que possa manter a sua importância reforçada permitindo que os resultados sejam mais profícuos à medida do tempo quer na integração, mas, igualmente, na manutenção destes profissionais no mercado formal de emprego.

Atividade 12 - E agora? Sessões sobre diversidade profissional para alunos do 9º e

Descriçãodoobjetivogeral:Contribuir paraadiminuição doabandonoescolar eparaavalorizaçãodo percurso académico.

Caracterização dos destinatários: Pessoas com deficiência e incapacidade; alunos que concluíram o sistema educativo; alunos que abandonaram o sistema educativo.

85
Figura 67 - Ocupação profissional dos/as participantes na ação
12.º ano.

Indicadoresdeexecução:N.ºdepresenças-identificamos680participantesaolongodaconcretização do projeto; N.ºsessões efetuadas por ano - contabilizamos um total de 122ao longo dos 39 meses de intervenção, numa média de 40 sessões por ano.

Resultados esperados: 300 destinatários definidos que foram largamente ultrapassados pelos 680 registados.

Parceiros: EMAT, CPCJ, Agrupamento de Escolas Tomaz Pelayo; Agrupamento de Escolas D. Dinis; EscolaAgrícolaProfissionalAgrícolaCondedeS.BentoeOficinadoINA.Destacamosoenvolvimento daDivisãodeEducaçãodaCâmaraMunicipaldeSantoTirsonadivulgaçãodoprojetojuntodosvários agrupamentos de escolas e a cedência de espaços pelo Centro Social e Paroquial de Santa Maria Madalena nos períodos de pausa letiva.

Fontes de verificação: Ficha de participante; questionáriode satisfação, registos fotográficos.

Metas: Promover e incentivar o sucesso escolar e a informação sobre o mercado formal de emprego em pelo menos 90% dos/das participantes.

Contextualização

Nesta atividade procuramos a promoção de processos de exploração vocacional, o desenvolvimento pessoal e social e a identificação das características mais relevantes nas profissões, por forma a diminuir a taxa de abandono escolar e consequente aumento do sucesso escolar.

A exploração vocacional na orientação vocacional envolveu particularmente três itens:

● O conhecimento de si: autoconhecimento das características, interesses e competências.

● O conhecimento do mundo exterior: alternativas de formação escolar e profissional (cursos), grelha curricular da formação, perspetivas de empregabilidade no domínio da formação escolhida, instituições de formação (escolas e universidades) e seus requisitos, custos da formação, recursos e apoios possíveis, etc.;

● Oprocesso de tomadadedecisão:adecisãoplaneada,istoé,baseadanos dados recolhidos, na análise das alternativas e respetivas consequências, na escolha da alternativa mais vantajosa. A não ser assim a decisão será impulsiva e fortuita.

Em termos de objetivos, tal como elencado anteriormente, procuramos, com a nossa intervenção:

● Promover competências e atitudes de exploração, reflexão e tomada de decisão;

● Facilitar a decisão responsável dos jovens relativamente ao percurso a escolher;

● Promover competências para a inserção na vida ativa.

Deste modo, consideramos ter sido possível implementarmos um conjunto de objetivos específicos, taiscomo,permitiroconhecimentodaáreaprofissionaldeinteressedos/dasalunos/as(características das profissões e alternativas de formação); o conhecimento das diversas realidades profissionais e laborais; e potenciar a tomada de decisão.

Sabemos que as decisões profissionais são fortemente influenciadas por conceções estereotipadas do género e do estatuto social. Procuramos apresentar às pessoas participantes profissões

86

diferenciadas, procurando que os/as jovens tomem consciência que os processos sociais e culturais influenciam as suas escolhas pessoais e opções profissionais.

Fomos intervindo ao nível da orientação profissional com os alunos e as alunas, em contexto de sala de aula e em contexto de férias letivas, em formato de educação não formal, apresentando propostas de eleição de forma mais alargada e em formato de “banda larga”.

Ações de intervenção

Durante os períodos de pausa letiva, tanto no período de férias da páscoa, como de verão e de natal, levamosaefeitoumconjuntodedinâmicasorientadasvocacionalmenteparaos/asjovensdoconcelho de Santo Tirso, potenciando decisões mais claras e concisas sobre a realidade do mercado de trabalho. Apesar dos constrangimentos derivados da pandemia e das constantes alterações das indicações recomendadas pela DGS, as atividades decorreram de forma sistemática e continuada.

Estas atividades, dedicadas ao autoconhecimento, à definição daquilo que é o/a candidato/a ideal, procuraram desconstruir alguns mitos associados às profissões, promovendo uma reflexão em torno de alguns comportamentos e atitudes aceitáveis, quer numa entrevista de emprego, quer no local de trabalho.

Foram também dinamizadas sessões sobre igualdade de género e violência no namoro em algumas escolas do Concelho de Santo Tirso, designadamente a Escola Secundária Tomaz Pelayo, Escola da Agrela e Vale do Leça e a Oficina do INA. O objetivo das sessões passou, essencialmente, pela desconstrução do género ao nível das profissões numa fase de indecisão vocacional e de incerteza quanto ao rumo a seguir, após o ensino secundário. No total foram contabilizados/as cerca de 558 participantes.

87
Figura 68 - Primeira intervenção realizada nesta ação em formato presencial

Contabilizamos um total de 122 intervenções realizadas em contexto de educação formal (escolas) e nãoformal,realizadasemperíododepausaletivaeabertasaosalunosdasváriasescolasdoconcelho.

88
Figura 69 – Documentação de apoio criada como suporte para algumas das intervenções nesta ação Figura 70 - Intervenção realizada em contexto de sala de aula na Oficina do INA

Caracterização dos/as participantes

Apresentandoumpoucomelhorestepúblico-alvoogéneromasculinoénestaaçãosuperioraogénero feminino apesar da parca margem na percentagem de 53% para 47%.

No que concerne à nacionalidade, 679 participantes são de nacionalidade portuguesa e apenas um elementoédenacionalidadebrasileira,nãoseapresentandomaisnenhumanacionalidade.Emtermos escolaresosalunosfrequentamoensinosecundárioouequiparadotendoapenaso3.ºcicloconcluído pelo que, a este nível, os resultados são bastante similares.

Agrande maioriados/das participantes residenonúcleo urbanoe/oupelo menos identifica a União de Freguesias de Santo Tirso como a sua freguesia de origem.

As restantes freguesias mantêm uma parca expressão para efeitos estatísticos à semelhança das ações anteriores.

Avaliação

Aimplementaçãodesta açãofoi tardia atendendoàs dificuldades emintervir em contextoescolar fruto da manutenção da crise pandémica durante grande parte da vigência do projeto CLDS 4IN. deste modo,asintervençõesforamrealizadasnoperíodode fériasescolareseabertasatoda acomunidade com o respetivo aval do Delegado de Saúde.

aquando da abertura das escolas às solicitações de intervenção exteriores compreendemos a sua recetividadeeosinúmerospedidosrecebidospelaequipaevidenciamaimportânciaqueareflexãoem torno da orientação vocacional e profissional merece e a importância de complementarmos a intervenção das equipas de internas de Orientação Vocacional presentes nas escolas à luz de uma visão de aproximação das empresas e instituições locais fruto da intervenção da equipa técnica em outras ações deste projeto.

89
Figura 71 - Freguesia de origem dos/as participantes

Atividade 13 - O futuro é agora! Visitas a diferentes empresas de forma a dar a conhecer a diversidade de profissões em contexto natural

Descriçãodoobjetivogeral:Contribuir paraadiminuição doabandonoescolar eparaavalorizaçãodo percurso académico. Procuramos potenciar o sucesso escolar através de grandes jornadas de visitas a empresas do concelho de Santo Tirso possibilitando aos participantes o acesso a saberes mais práticos e técnicos do que aqueles que são transmitidos em contexto de educação formal.

Caracterização dos destinatários: Pessoas com deficiência e incapacidade; alunos que concluíram o sistema educativo; alunos que abandonaram o sistema educativo.

Inicialmente, abrimos as visitas aos alunos que concluíram o sistema formal de ensino e que se encontravamàprocurado seu1.ºemprego,bemcomo,aosdenominadosjovens “nem,nem”,ouseja, que nem estudam e nem trabalham, sob a colaboração das equipas da EMAT, CPCJ e CAFP. Não obstante, depois de três períodos diferenciados, de tentativa de chegar a este público e dada a parca adesão,convidamosos váriosagrupamentos deescolasnaidentificaçãode turmasquepudessem ter uma maior taxa de absentismo e/ou insucesso escolar para participarem nesta experiência.

Indicadores de execução: N.º de presenças - foram envolvidos 455 participantes; n.º visitas efetuada porano-realizamos43visitasaolongodosanosde2021e2022conferindoumamédiade21,5visitas em cada ano.

Resultados esperados: 200 Destinatários que foram superados pelo envolvimento final de 344 participantes.

Parceiros: EMAT, CPCJ, Agrupamento de Escolas Tomaz Pelayo; Agrupamento de Escolas D. Dinis; Agrupamento de Escolas D. Afonso Henriques; Escola Profissional e Agrícola Conde de S. Bento; Oficina do INA. Para além destes estabelecimentos de ensino contamos também com o envolvimento da Escola Profissional e de Serviços Cidenai na reta final do projeto para além dos vários parceiros empresariais. O sucesso nesta identificação/sinalização de parceiros, adequados a cada área de ensino, deveu-se à colaboração do INVEST Santo Tirso, do IEFP e da ACIST.

Fontes de verificação: Ficha de participante; Questionário de satisfação, Registos fotográficos

Metas: Incentivar pelo menos 90% dos/das participantes para a valorização do percurso escolar

Ações de intervenção

O projeto CLDS dinamizou vários ciclos de visitas de empresas no concelho de Santo Tirso, desde o período de férias escolares, procurando envolver os jovens “nem-nem”, passando, em seguida, a abrangerosjovensestudantes,especialmenteemturmasmarcadaspeloforteabsentismoeinsucesso escolares.

Foram grandes períodos de atividade prática nesta ação, antecedida por preparação prévia e auscultação dos parceiros:

90

● Final das férias de verão de 2021 - setembro;

● Férias de natal de 2021 - dezembro;

● Férias de páscoa de 2022 - abril;

● 20a 28 de junhode2022 - intervenção comtodas as turmas do11.º ano da Oficinado INAdo ano letivo de 2021/2022;

● 14 a 18 de novembro de 2022 - intervenção com todas as turmas do 10.º ano da Oficina do INA do ano letivo de 2022/2023, cuja avaliação mais aprofundada será apresentada seguidamente;

● 30 de novembro de 2022 - intervenção com duas turmas do ensino profissional, de 12.º ano dos cursos de Técnico/a de eletrónica, automação e computadores e o curso de Técnico/a de Mecatrónica, do Agrupamento de Escolas Tomaz Pelayo, do ano letivo de 2022/2023;

● 5a7dedezembrode2022-intervençãocomocursodesecretariadoedocursodeinformática de gestão da Escola Profissional e de serviços Cidenai; cursos de desporto, de design e análises laboratoriais do Agrupamento de Escolas D. Dinis.

Durante os meses de abril e junho de 2022, com as cinco turmas do 11.º ano de escolaridade do ano letivo 2021/2022 da OFICINA - Escola Profissional do INA, da área de audiovisuais, marketing e publicidade, realizamos um ciclo intensivo de visitas.

Os 20alunos docurso de audiovisuais visitaram,a20 dejunho,as empresas Brandprint,a Vérticeeo Departamento de Multimédia e Audiovisuais da Fábrica de Santo Thyrso da Câmara Municipal de Santo Tirso.

91
Figura 72 - Cartaz de divulgação da intervenção realizada nas férias escolares de natal

a) Brandprint

Os/as participantes foram convidados a refletir no interesse em trabalhar na empresa visitada demonstrando, ainda, alguma dúvida quanto a essa integração, num empate técnico em 50% das respostas para as opções “Sim” e “Talvez”.

Pontuando de forma quantitativa o item proximidade/familiaridade dos conteúdos escolares com o trabalho prático nesta empresa, numa escala de 1 (mínimo) a 5 (máximo) acedemos a pontuação de 3,2.

Quanto ao item segurança e higiene no trabalho para os colaboradores acedemos à pontuação de 4.

Relativamente à pertinência/interesse da informação partilhada aos visitantes foi pontuada com 3,92.

Por fim, quanto ao esclarecimento de dúvidas/interação com os/as visitantes foi de 4,46 pontos.

Numaoutraescala,de1(mínimo)a20(máximo)solicitamosaosvisitantesumaapreciaçãogeralsobre

Como pontos fortes destacaram a equipa e a sua colaboração, a organização, o perfecionismo, a boa divisão de tarefas, o reconhecimento da marca, os bons colaboradores, os bons contactos fora da empresa, proatividade, a humildade, os bons materiais, o bom ambiente laboral. Não foram identificados pontos fracos.

92
Figura 73 - Momento de partilha de vários profissionais da empresa Brandprint junto dos/as participantes a visita realizada que se situou nos 16,6 pontos.

b) Start-up Vértice

Na primeira questão colocada os/as participantes foram convidados a refletir acerca do seu interesse em colaborar, num futuro próximo com a empresa, correspondendo a 35% uma resposta afirmativa e a dúvida a 53% das respostas apuradas, tal como ilustra o gráfico seguinte.

Numa escala de 1 (mínimo) a 5 (máximo) solicitamos a opinião dos/as participantes para a proximidade/familiaridade dos conteúdos escolares com o trabalho prático na empresa que foi quantificado com 3,44 pontos.

Tendoporbaseamesmaescala,questionamos,noitemseguinte, acercadahigieneesegurançano trabalho para os colaboradores acedendo à pontuação de 4.

Seguidamente, quanto à pertinência/interesse da informação partilhada aos visitantes assinalamos os 3,5 pontos.

Quanto ao esclarecimento de dúvidas/interação com os/as visitantes foi de 3,75 pontos.

Fazendo uma apreciação global da visita e já numa escala de 1 (mínimo) a 20 (máximo) acedemos a uma cotação de 18 pontos.

Como pontos fortes estes alunos/as destacaram a organização, o bom ambiente de trabalho, a humildade, a proatividade, boa comunicação, a boa relação entre colegas, bom sentido de humor e o bom relacionamento com os visitantes.

93
Figura 74 - Apresentação de um dos fundadores da empresa – Simão Campos

c) Fábrica de Santo Thyrso

Dado o carácter informal desta visita a avaliação foi realizada de forma informal através do recurso a umbrainstormingemqueos/asparticipantessaudaramaentregaededicaçãodoprincipal interlocutor da visita - Nuno Marques,a qualidade da intervenção e dos recursos materiais que a autarquia coloca ao serviço dos seus eventos.

Já os 19 alunos do curso de multimédia a 21 de junho estiveram nas empresas Brandprint, Publimotion e também com o responsável Nuno Marques da Fábrica de Santo Thyrso.

a) Brandprint

Nesta segunda visita realizada na mesma semana à empresa Brandprint colocamos as mesmas questões aos participantes iniciando com a motivação/ interesse em vir a colaborar com a empresa. Estes participantes revelaram a mesma incerteza que o grupo anterior embora numa perspetiva positiva entre o “sim” e o “talvez”, ambas com 50% das respostas.

Relativamenteaoitemproximidade/familiaridadedosconteúdosescolarescom otrabalhopráticona empresa e tendo por base uma escala de 1 (mínimo) a 5 (máximo) os/as participantes atribuíram a pontuação de 3,21.

No item seguinte, referente à segurança e higiene no trabalho para os colaboradores a pontuação foi de 4,2.

Seguidamente,quantoàpertinência/ interessedainformação partilhadaaosvisitantesapontuação acedida foi de 4,23.

O último item desta escala refere-se ao esclarecimento de dúvidas/interação com os/as visitantes que foi pontuado com 4,5 pontos.

Em termos gerais solicitamos uma avaliação global da visita, já numa escala de 1 (mínimo) a 20 (máximo), que se situou em 17,31 pontos.

Foram identificados como pontos fortes: a equipa, a colaboração, a organização, o empenho, o perfecionismo, a boa divisão de tarefas, a higiene, bons materiais, boas instalações, trabalham com várias áreas, boa interação com visitantes, inovação de produtos. Não foram identificados pontos fracos.

b) Publimotion

A questão inicial colocada aos participantes passa pela perceção quanto à possibilidade de vir a trabalhar na empresa visitada. Compreendemos que 76% dos/as participantes demonstraram um interesse favorável enquanto 24% demonstra ainda alguma incerteza.

Quanto à proximidade/ familiaridade dos conteúdos escolares com o trabalho prático na empresa, numa escala de 1 (mínimo) a 5 (máximo) acedemos a 3,82 pontos.

94

No item seguinte referente à higiene e segurança no trabalho para os colaboradores acedemos a uma pontuação de 4,41 pontos.

Quanto à pertinência/interesse da informação partilhada aos visitantes foi de 3,82 pontos. Por fim, relativamente ao esclarecimento de dúvidas e interação com os/as visitantes foi de 4,24 pontos.

Quanto aos pontos fortes assinalados compreendemos a importância da equipa e a sua colaboração, marca conhecida, bom esclarecimento de dúvidas, proatividade e a boa comunicação.

Os/as participantes assinalaram como pontos fracos a falta de espaço e a baixa quantidade de máquinas.

Em termos gerais, pontuando a visita numa escala de 1 (mínimo) a 20 (máximo) os/as participantes quantificam como 18,12 valores.

c) Fábrica de Santo Thyrso

À semelhança da turma anterior foi realizada uma breve análise da visita informal realizada à Fábrica de Santo Thyrso. Novamente os/as participantes demonstraram a paixão e dedicação do seu interlocutor principal, o dom da palavra e a empatia para dar a conhecer as skills profissionais mais valorizadas pelo mercado de trabalho e a sua associação à formação profissional que os/as participantes se encontram a frequentar.

95
Figura 75 - Apresentação da empresa Publimotion

Jáa23dejunhoos23alunosdocursodeprogramaçãoesistemasinformáticos estiveram nas empresas CS Plastic e na Intraplás.

a) CS Plastic

Compreendendo a primeira impressão quanto a esta empresa, a maioria dos/as alunos/as refere que gostava de integrar os seus quadros (55% das respostas) apesar de uma grande percentagem demonstrar, também, alguma incerteza (os restantes 45% dos/as inquiridos).

Numa escala de 1 (mínimo) a 5 (máximo) estes alunos atribuíram 3,19 ao item proximidade/ familiaridade dos conteúdos escolares com trabalho prático nesta empresa.

Em seguida, quanto à perceção acerca da segurança e higiene no trabalho para os colaboradores e tendo por base a mesma escala de referência 4,48 pontos.

Quanto à pertinência/interesse da informação partilhada aos visitantes foi identificada a pontuação de 3,76 pontos.

Por fim, quanto ao esclarecimento de dúvidas e a interação com os/as visitantes obtemos a pontuação de 4,10 pontos.

Em termos de ponderação final e de apreciação global quanto à visita e numa escala de 1 (mínimo) a 20 (máximo) chegamos à pontuação de 18,05 valores.

Figura 76 - Imagem geral da visita realizada à CS Plastic sob a orientação do seu fundador

Como pontos fortes estes alunos destacam a organização, a equipa jovem, a empresa não é muito barulhenta, boas condições de trabalho, valorização dos recursos humanos, inovação e limpeza dos espaços.

Como pontos fracos os alunos identificaram a localização e muito trabalho feito à mão.

96

b) Intraplás (Pólo I em Rebordões e Pólo II em Vila Nova do Campo)

Depois de realizada a visita à empresa Intraplás voltamos a colocar a este grupo de participantes a reflexão quanto à motivação/ interesse em colaborar futuramente com esta empresa. A opinião é francamentefavorávelhavendoointeressede58%dosinquiridosemintegrarosquadrosdaempresa, 38% respondeu “talvez” e 4% indicou não ter interesse em exercer funções na empresa.

Seguidamente,solicitamosaapreciaçãosobreaproximidade/familiaridadedosconteúdosescolares com o trabalho prático na empresa tendo acedido à pontuação de 3,52.

Seguidamente, com base na mesma escala, questionamos a segurança e higiene no trabalho para os colaboradores e acedemos à pontuação de 4,71.

Quantoàpertinência/interessedainformaçãopartilhadaaosvisitantesacedemosàpontuaçãode4,29. E, por fim, quanto ao esclarecimento de dúvidas a pontuação acedida foi de 4,57 pontos.

Numa outra escala, de 1(mínimo) a 20 (máximo) e pensando numa avaliação global de 18,48 pontos.

Os/asparticipantesdestacaramcomopontosfortesnaempresaaorganização, aboaprodutividade,a higiene, bons trabalhadores, proatividade, muitos postos de trabalho, valorização dos recursos humanos. Não foram identificados pontos fracos.

97
Figura 77 - Momentos da visita dos/das alunos/as à empresa Intraplás ao Pólo II A 27 de junho os 18 alunos do curso de desenho digital 3D visitaram a Casa dos Reclamos, a empresa Publimotion e o Atelier do Arquiteto Ricardo Azevedo.

a) Casa dos Reclamos

Iniciandocomaapreciaçãodestesalunoscompreendemosque87%demonstrouinteresseemexercer funções futuramente na empresa sendo que apenas 13% indicou a opção “talvez”.

No que concerne à proximidade/ familiaridade dos conteúdos escolares com trabalho prático nesta empresa, numa escala de 1 (mínimo) a 5 (máximo) os/as participantes identificaram com uma perspetiva mediana de 3,75 pontos.

Em termos de segurança e higiene no trabalho para os colaboradores a perceção é positiva com o valor de 4,75.

Perante a informação partilhada pelo interlocutor principal os alunos atribuíram o valor de 4,44 pontos.

Por fim, em termos de esclarecimento de dúvidas e questões a pontuação foi de 4,69 pontos.

A visita assume assim a ponderação de 18 valores desta vez já numa escala de 1 (mínimo) a 20 (máximo).

Foramidentificadoscomopontosfortesdestaempresaaorganização,ahigiene,ocontactocomoutras empresas exteriores, humildade, bom ambiente, bons materiais, boa comunicação, tecnologia, inovação, recursos humanos interessados e respeitados.

b) Publimotion

Naquestãoinicial,doinquéritoporquestionárioaplicado,estegrupodeparticipantesdemonstrouainda fortes dúvidas quanto ao seu percurso profissional, indicando em 87% das respostas um “talvez” quanto à possibilidade de vir a exercer atividade profissional nesta empresa.

98
Figura 78 - Momentos da visita à Casa dos Reclamos no setor da serralharia

Quanto à proximidade/ familiaridade dos conteúdos escolares com o trabalho prático na empresa, numa escala de 1 (mínimo) a 5 (máximo) acedemos a 2,92 pontos.

Noitemseguinte,referenteàhigieneesegurançanotrabalhoparaoscolaboradores,acedemosauma pontuação de 2,47 pontos.

Quanto à pertinência/interesse da informação partilhada aos visitantes a cotação acedida foi de 2,76 pontos.

Por fim, relativamente ao esclarecimento de dúvidas e interação com os/as visitantes foi de 2,85 pontos.

Em termos quantitativos e desta vez numa escala de 1 (mínimo) a 20 (máximo) os/as participantes quantificaram esta visita com o valor de 13,76.

Quanto aos pontos fortes assinalados destacamos a colaboração da equipa, marca reconhecida, humildade, bom ambiente de trabalho e bons produtos finais. Como pontos fracos assinalaram a falta de espaço e a baixa quantidade de máquinas.

c) Atelier do Arquiteto Ricardo Azevedo

Em termos de perceção quanto à possibilidade de colaborarem com esta empresa, a maioria dos/as participantes respondeu afirmativamente com 78% dos resultados e 22% indicou a opção “talvez”.

No que concerne à proximidade/familiaridade dos conteúdos escolares com o trabalho prático na empresa e tendo por base uma escala de 1 (mínimo) a 5 (máximo) a pontuação atribuída é de 4,33 pontos.

99
Figura 79 - Experimentação de uma das máquinas da empresa Publimotion

Quanto à segurança e higiene no trabalho para os colaboradores a pontuação foi de 4,78 pontos.

Relativamenteà pertinência/interesseda informação partilhada aos visitantes a pontuação acedidafoi de 4,33.

Por fim, relativamente ao esclarecimento de dúvidas/interação com os/as visitantes acedemos aos 4,56 pontos.

Realizando uma avaliação global davisita e já numaescalade1 (mínimo) a 20 (máximo) acedemos a uma pontuação de 18,67.

Figura 80 - Momento da visita do grupo ao Atelier Ricardo Azevedo

São também vários os pontos fortes assinalados destacando a organização, a higiene dos espaços, a boa equipa, o bom ambiente laboral, os bons materiais, a tecnologia, a inovação e a beleza das estruturas. Não foram identificados pontos fracos.

Por fim, os 22 alunos do curso de comunicação/marketing, relações públicas e publicidade visitaram, a 28 de junho, o Cidnay Santo Tirso - Charming Hotel & Executive Center e a Startup Vértice.

a) Cidnay Santo Tirso - Charming Hotel & Executive Center

Quantoàpossibilidadedetrabalharnestaentidadeagrandemaioriados/asparticipantesresponderam afirmativamentecom76%dasrespostas;14%demonstroualgumadúvidae10%indicouquenãoteria interesse em colaborar nesta entidade.

Avaliando numa escala de 1 (mínimo) a 5 (máximo) compreendemos que quanto à proximidade/familiaridade dos conteúdos escolares com o trabalho prático nesta entidade os/as alunos/as atribuíram 4,29 pontos.

100

Quanto à perceção da higienee segurança no trabalho dos colaboradores a pontuaçãoatribuída foi de 4,57. Já a pertinência/interesse da informação partilhada aos visitantes a pontuação foi de 4,38 pontos.

Por fim, quanto ao esclarecimento de dúvidas e interação com os/as visitantes a pontuação foi de 4,57 pontos.

Atribuindo uma avaliação final e geral quanto à visita, já numa escala de 1 (mínimo) a 20 (máximo) foi de 18,67 pontos.

Destacando os pontos fortes os alunos identificaram a equipa, a colaboração, a organização, a simpatia, o perfecionismo, os espaços acolhedores, a higiene, marca ser conhecida, boa aparência, apresentação/ comunicaçãoInteressante, oprofissionalismo.o bomambiente de trabalho,ainteração com visitantes, colaboradores que sabiam bem o que estavam a fazer; o respeito entre funcionários; profissionais interessados no trabalho.

b) Start-up Vértice

Reforçando a opinião dos/as participantes quanto à possibilidade de virem a exercer funções na empresa, num futuro próximo, 70% deram uma resposta afirmativa e 30% indicaram um “talvez”.

Numa escala de 1 (mínimo) a 5 (máximo) solicitamos a opinião dos/as participantes para a proximidade/familiaridade dos conteúdos escolares com o trabalho prático na empresa que foi quantificado com 3,56 pontos.

Tendopor baseamesmaescala,questionamos,noitemseguinte, acercadahigieneesegurançano trabalho para os colaboradores acedendo à pontuação de 4,2.

101
Figura 81 - Momento da visita à sala de refeições do Hotel Cidenai

Seguidamente, quanto à pertinência/interesse da informação partilhada aos visitantes assinalamos os3,61pontos.Quantoaoesclarecimentodedúvidas/interaçãocomos/asvisitantesfoide3,81pontos.

Fazendo uma apreciação global da visita e já numa escala de 1 (mínimo) a 20 (máximo) acedemos a uma cotação de 18,2 pontos.

Como pontos fortes estes alunos/as destacaram a organização, o bom ambiente de trabalho, a humildade, aproatividade,boacomunicação,companheirismoentrecolegas,bomsentidode humor e o bom relacionamento com os visitantes.

Noanoletivoseguinterealizámosumnovociclodevisitas,emnovembrode2022,enovamente com a mesma escola - OFICINA - Escola Profissional do INA, desta vez com cinco turmas do 10.º ano de escolaridade do ano letivo 2022/2023 da área de audiovisuais, marketing e publicidade, programação e comunicação.

Apresentamos, em seguida, os resultados alcançados.

a) Brinde & Companhia-Best of Gifts, Lda.

Esta empresa tirsense, sedeada na Zona Industrial da Poupa II, foi visitada pelos alunos do Curso de Audiovisuais, no dia 14 de novembro e pelos Cursos de Multimédia e de Programação, no dia 15 de novembro, ambos ao início da manhã.

Esta empresa teve uma avaliação pouco consensual entre o primeiro grupo que a classificou como uma empresa mediana quanto à motivação para aí exercer a sua atividade profissional e como uma boa empresa para trabalhar por parte do segundo grupo de alunos dos cursos de Multimédia e de

102
Figura 82 - Intervenção de um dos CEO da Start-Up Vértice – Pedro Moreira

Programação,talvezpelamudançadaestratégiadavisita,por partedasoradorase/oupelamotivação do segundo grupo em conhecer verdadeiramente aquelepossível contexto de intervenção.

Reportando-nos a visão global desta visita, juntando os vários intervenientes, percebemos que 59% demonstrou interesse em vir a colaborar com a empresa enquanto 41% indicou a opção “talvez”.

Quanto à apreciação geral acerca da visita, quanto aos conteúdos abordados, especificidades da empresa,trabalhodesenvolvido,entreoutros,numaescalade0a20aavaliaçãoregistadafoide16,25 pontos.

Solicitamos, também, a opinião quanto aos potenciais pontos fortes e pontos fracos, percebidos durante a visita:

Pontos fortes:

● Disponibilidade e competência dos trabalhadores;

● Trabalho em equipa;

● Pessoas atenciosas e claras;

● Trabalho com qualidade;

● Impressão e bons equipamentos;

● Variedade de produtos;

● Receção;

● Bons colaboradores;

● Disponibilidade de receber a turma com bastante respeito e sinceridade;

● Muitos colaboradores e espaços bem organizados;

● Liberdade de personalização;

● Parte criativa.

Pontos fracos: Não foram identificados pontos fracos.

Não obstante, a falta de identificação do primeiro curso para com esta empresa, não foram elencados pontos fracos e/ou sugestões de melhoria.

b) Grandes Planos

Empresa criada por antigos alunos que frequentaram a Oficina do INA e que conta já com 11 anos de trabalho,teveopiniõespositivasebastanteconsensuaisentreosalunosdosdoiscursosquepuderam assistir ao trabalho in locu nesta empresa.

Os alunos do Curso de Audiovisuais e os alunos do Curso de Programação e Sistemas Informáticos, que visitaram a empresa nos dias 14 e 16 de novembro, respetivamente, atribuíram uma avaliação global de 18,05, numa escala de 0 a 20 valores.

103

Neste seguimento a motivação para exercer funções nesta empresa é de 59% das respostas e 41% indicou “talvez” como resposta.

Solicitamos, também, a opinião quanto aos potenciais pontos fortes e pontos fracos, percebidos durante a visita:

Pontos fortes:

● Qualidade e bem-estar;

● Bom futuro;

● Trabalho em equipa eficaz e boa articulação entre eles;

● Bem-estar do colaborador e horário;

● Decorações dos carros;

● Parte criativa;

● Preparação para o nosso futuro enquanto futuros programadores;

● Relacionado com o curso é bastante interessante.

Pontos fracos:

● Apresentação fraca (no segundo dia de visitas);

● Longe de casa;

● Dificuldade para quem quer constituir uma empresa.

c) Fábrica de Santo Thyrso

Através da disponibilidade do técnico da Câmara Municipal de Santo Tirso – Nuno Marques, foi possível que duas das turmas pudessem conhecer mais um contexto real de trabalho e o contacto direto com vários equipamentos associados ao desenvolvimento de diferentes intervenções que esta equipa técnica leva a efeito nos vários eventos e certames do município.

Foram os Curso de Audiovisuais e Curso de Comunicação/ Marketing, Relações Públicas e Publicidade, que nos dias 14 e 18 de novembro, respetivamente, tiveram esse privilégio.

Em termos deapreciaçãoglobaldestavisita,fazendoumamédiacom osconhecimentostransmitidos, oacessoaosrecursosmateriais,aoesclarecimentodedúvidas,entreoutrasabordagens,estesalunos classificaram a visita com o valor de 18,23 valores, numa escala de 0 a 20 valores.

Por esse motivo a apreciação quanto a este local como possível espaço para estágio ou para o desenvolvimento de uma atividade profissional futura perspetiva-se com 59% das respostas afirmativas e 41% com uma resposta de “talvez”.

Solicitamos, também, a opinião quanto aos potenciais pontos fortes e pontos fracos, percebidos durante a visita:

104

Pontos fortes:

● Organização;

● Bom ambiente;

● Sabe explicar bem e tirou todas as dúvidas;

● Profissionalismo;

● A forma como fomos recebidos;

● Boa comunicação e esclarecimento de dúvidas;

● Acesso a aparelhos e máquinas de filmagem, som, luz e fotos;

● Parte criativa;

● Simpatia.

Pontos fracos: Não foram identificados pontos fracos.

d) Jocel

Esta foi a segunda empresa com uma visão, em termos de avaliação qualitativa e quantitativa, com menor consenso entre os alunos.

Foi visitada pelo Curso de Multimédia e pelo Curso de Programação no dia 15 de novembro e pelo Curso de Comunicação/ Marketing, Relações Públicas e Publicidade, no dia 18 de novembro.

Em termos de resultados quantitativos gerais, quanto à empresa, aos seus produtos, orientação vocacionaleprofissionalporpartedaequipaquedinamizouavisita,foirecolhidaapontuaçãode15,68 numa escala de 0 a 20 valores.

Por conseguinte, a apreciação quanto a um futuro profissional nesta empresa as opiniões oscilam correspondendo a 41% das respostas dos/as participantes que gostariam de colaborar futuramente com a empresa contra 59% que indicou a opção “talvez”.

Solicitamos, também, a opinião quanto aos potenciais pontos fortes e pontos fracos, percebidos durante a visita:

105

Pontos fortes:

● Bom ambiente;

● Boa explicação;

● Organização;

● Trabalho em equipa;

● Variedade de produtos;

● Bons trabalhadores;

● Bons equipamentos;

● Espaços organizados.

Pontos fracos:

● Pouca interação connosco;

● Pouca segurança.

e) Start-Up Vértice

AStart-up Vértice,sedeadanaFábricade SantoThyrso,noedifíciodoInvestSantoTirso, contoucom o depoimento do programador e técnico de multimédia – Pedro Moreira, que dinamizou a visita de 16 de novembro junto do Curso de Programação e Sistemas Informáticos.

Estavisita, ainda quede formasubtil,cativouuma grande franja dos/das participantes e deixou outros com uma perspetiva mediana acerca da intervenção da empresa.

Neste sentido, numa escala de 0 a 20 valores os alunos chegaram à média de 17,72 pontos. Um apontamento passa pela não correspondência direta entre os valores atribuídos à empresa e o seu interesse efetivo em integrar a respetiva equipa.

Motivou muitos dos seus participantes a juntar-se à equipa correspondendo a 59% das respostas aferidas e 41% respostas com a opção “talvez”.

Solicitamos, também, a opinião quanto aos potenciais pontos fortes e pontos fracos, percebidos durante a visita:

106

Pontos fortes:

● Qualidade e bem-estar;

● Acolhedora;

● Personalidade do pessoal;

● Preparação para o nosso futuro enquanto programadores;

● Boa explicação para trabalhar e como começar;

● Relacionamento com o curso é bastante interessante;

● Comunicação;

● Bom futuro;

● Histórias muito interessantes que nos preparam para o futuro;

● Trabalho em equipa muito eficaz e boa articulação entre eles;

● Bem-estar do colaborador.

Pontos fracos:

● Dificuldade para quem quer constituir uma empresa;

● Longe da minha residência.

Embora o/a aluno/a tenha identificado como ponto fraco “a dificuldade em constituir uma empresa”, parece-nos, enquanto equipa, que o orador demonstrou os principais desafios, indicou alguns apoios que podem ser alocados a este propósito, sempre de uma forma positiva e construtiva demonstrando que é possível desde que haja investimento e envolvimento pessoal. Deste modo, parece-nos que a forma como foi expresso deveria ser considerado um ponto forte.

f) Casa dos Reclamos

A Casa dos Reclamos, sedeada em Vila das Aves, foi visitada no passado dia 17 de novembro, pelos alunos do Curso de Desenho Digital 3D.

Numa escala de 0 a 20 valores estes alunos avaliaram a intervenção do responsável – Dr. Telmo Ferreira, os produtos, as dinâmicas, o envolvimento dos recursos humanos, entre outros aspetos com o valor de 17,38 valores.

Mostraram-sesurpreendidospelaqualidadeevariedadedeequipamentosdisponíveis,tendorevelado interesse em integrar aquela equipa de profissionais (59% das respostas recolhidas) e/ou ponderar essa possibilidade (41% das respostas recolhidas).

Solicitamos, também, a opinião quanto aos potenciais pontos fortes e pontos fracos, percebidos durante a visita:

107

Pontos fortes:

● Bem estruturado;

● Persistência;

● Pessoas muito simpáticas que explicaram muito bem o que fazem;

● Integração do curso 3D;

● Qualidade dos equipamentos;

● Modo como trabalham;

● Simpatia e organização;

● Produtividade;

● Esclarecedor;

● As pessoas.

Pontos fracos:

● Não tinham isolamento acústico na sala dos computadores.

g) Ricardo Azevedo – Arquitetos

O Atelier Ricardo Azevedo – Arquitetos foi mais uma das empresas que a turma de Desenho Digital 3D visitou no dia 17 de novembro.

Tratou-se de uma visita com uma perspetiva francamente positiva e consensual entre os/as participantes. Desde logo, na mesma escala de 0 a 20 valores, os/as alunos/as pontuaram esta intervenção com 18,13 valores.

Imaginando vir a exercer funções naquele espaço como futuros profissionais é também uma possibilidadequeestaturmaaprecioucom65%dasrespostasregistadase35%comaopção“talvez”.

Solicitamos, também, a opinião quanto aos potenciais pontos fortes e pontos fracos, percebidos durante a visita:

108

Pontos fortes:

● Luxo e dedicação;

● Conforto e persistência;

● Pessoas muito simpáticas, explicaram muito bem o que fazem;

● Muito aconchegante e confortável;

● Boa organização;

● Silêncio e trabalhos realizados em programas que gosto/gostaria de trabalhar;

● Simpatia e produtividade;

● Esclarecedor;

● O edifício;

● As pessoas.

Pontos fracos: Não foram identificados pontos fracos.

h) Cidnay Santo Tirso – Charming Hotel & Executive Center

O Hotel Cidenai foi uma das empresas que o Curso de Comunicação/ Marketing, Relações Públicas e Publicidade visitou no último dia de intervenção, a 18 de novembro.

A equipa do projeto compreendeu que a maioria dos/das alunos/as da turma nunca tinha tido a experiência de visitar e/ou usufruir dos serviços de um hotel, conhecendo os seus espaços e/ou pernoitando, apresentando-se como uma experiência inovadora que permitiu uma análise profícua e eficazduranteavisitaguiadaprotagonizadapelasduascolaboradoras–FernandaSilvaeCidáliaMota.

Em termos de apreciação quantitativa esta intervenção contou com o valor de 18,44 pontos, numa escalade 0a20 valores.Desdelogo, 67% dos/as participantes demonstraraminteresseemcolaborar futuramente com o hotel e 33% indicou a opção “talvez”.

Solicitamos, também, a opinião quanto aos potenciais pontos fortes e pontos fracos, percebidos durante a visita:

109

Pontos fortes:

● Organização, atendimento, boa explicação;

● Bom ambiente de trabalho;

● Sabem explicar muito bem e tiraram todas as dúvidas;

● Decoração;

● Acolhedor;

● Ambiente agradável;

● Originalidade;

● Boa comunicação e esclarecimento de dúvidas.

Pontos fracos:

● Localização;

● Concorrência.

Intervenções com outros estabelecimentos de ensino

a) WEGeuro - Indústria Eléctrica, S.A. (Santo Tirso)

A visita a esta multinacional, no seu Pólo de Santo Tirso, aconteceu no dia 30 de novembro e contou com o envolvimento de duas turmas, que frequentam o 12.º ano dos cursos Técnico/a de eletrónica, automação e computadores e do curso de Técnico/a de Mecatrónica, num total de 38 participantes.

A escolha da visita a esta multinacional foi realizada pelos docentes das turmas e coadjuvada pela articulação direta com a empresaque adiantou o interesseem receber alunos destas áreas de estudo como estagiários e/ou profissionais atendendo à expansão da empresa no concelho e necessário reforço das suas equipas técnicas.

110

Esta experiência de observação in locu permitiu aos alunos conhecer vários departamentos e vetores desta empresa, fabricante de motores e fornecedora de sistemas elétricos industriais, que se tem expandido cada vez mais, disponibilizando, atualmente, instalações em Santo Tirso e na Maia, podendo o futuro profissional destes jovens passar por algum destes pólos.

Nofinaldavisitafoiaplicadouminquéritopor questionário,através deumcódigo QRquenospermitiu conhecer a opinião da turma quanto aos vários pontos e momentos da visita. Percebemos que 43% dos/as inquiridos demonstra interesse em colaborar com a empresa; 52% respondeu com a opção “talvez” e 5% referem não ter interesse em desenvolver funções futuramente nesta empresa.

Na questão seguinte procuramos compreender qual a opinião dos/das alunos/as para a proximidade/familiaridade dos conteúdos escolares para o eventual exercício de funções enquanto futuros profissionais na empresa WEG. O resultado, numa escala de 1 (mau) a 5 (muito bom) situouse nos 3,76. Deste modo, o agrupamento de escolas poderá, ainda, aproximar-se mais das metodologias e saberes inerentes às profissões que marcam o dia-a-dia empresarial.

Em seguida, convidamos os alunos a refletirem, criticamente, em torno das condições de higiene e segurança que aempresa possibilita eexige aos seus colaboradores.Deste modo, perante a mesma escala,de1a5valores,compreendemosqueestesparticipantesidentificampontospositivossituados em 4,4 pontos.

Na questão seguidamente solicitamos, perante uma escala de 1 a 5, a identificação da pertinência/interesse da informação transmitida pelos vários oradores e interlocutores na empresa, no decorrer da mesma visita. Conseguimos aceder, novamente, a um resultado bastante favorávelde 4,25 pontos.

Quanto ao esclarecimento de dúvidas e interação com os/as participantes estes alunos posicionaram-se nos 4,35 pontos, na escala de referência anterior.

111
Figura 83 - Momento da visita à WEG e aos seus vários departamentos

Quanto à apreciação geral acerca da visita, quanto aos conteúdos abordados, especificidades da empresa,trabalhodesenvolvido,entreoutrospontosfortescaptadosporestesvisitantes,numaescala de 0 a 20, a avaliação registada foi de 18,11 pontos.

Solicitamos, também, antes do fecho da avaliação, a opinião quanto aos potenciais pontos fortes e pontos fracos, percebidos durante a visita:

Pontos fortes: ● Trabalho;

● Boa disposição;

● Interação colaborativa;

● Ética, visão e segurança;

● Motores;

● A educação das pessoas;

● As amizades;

● A sua igualdade.

Pontos fracos: Não foram identificados pontos fracos.

b) Estamparia Adalberto

AvisitaàEstampariaAdalbertodecorreunatardede6dedezembrocomduasturmasquefrequentam o curso de Design, do 10.º e do 11.º anos, do Agrupamento de Escolas D. Dinis envolvendo os seus 35 alunos, 2 monitoras do projeto CLDS 4IN e 3 docentes desta escola.

112

A visita a esta empresa tirsense procurou apresentar aos jovens participantes um contexto real de trabalhonasuadinâmicadiária;conheceroperfildecompetênciasprofissionaisqueaempresaespera dos seus recursos humanos; empoderar os/as participantes enquanto lhes permite sair da sua zona de conforto, num contexto diferenciado para a grande maioria dos/das participantes, enquanto setor industrial. A empresa procurou apresentar os vários departamentos/setores de atividade procurando dar uma visão macro, identificando as raízes e o seu crescimento sustentado e sustentável ao longo dos últimos 50 anos de atividade.

No final da visita foi aplicado um inquérito por questionário, através de um código QR, entregue individualmente aos participantes, e que permitiu aceder a um conjunto de dados quantitativos e qualitativos que passamos a ilustrar. A amostra é bastante reduzida tendo sido recolhidas apenas 12 respostas.

A primeira questão pretendeu compreender o interesse dos/das participantes em colaborar com esta organização como futuros profissionais. Os resultados demonstram ainda muita incerteza quanto ao futuro profissional que estes jovens desejam seguir, correspondendo 41% das respostas à posição mais favorável, 42% à resposta “talvez” e 17% à indicação de não interesse em colaborar com a empresa futuramente.

Na questão seguinte procuramos compreender qual a opinião dos/das alunos/as para a proximidade/familiaridade dos conteúdos escolares, que têm acedido ao longo do seu percurso escolar, para um eventual exercício de funções numa empresa como a visitada. O resultado, numa escala de 1 (mau) a 5 (muito bom), situou-se nos 4,1 pontos uma nota positiva quanto à apreciação e interligação com o currículo escolar.

Em seguida, convidamos os alunos a refletirem, criticamente, em torno das condições de higiene e segurança que a empresa possibilita e exige aos seus colaboradores, enquanto observadores, mas

113
Figura 84 - Momento inicial de apresentação da empresa antes da visita às instalações

comosolhospostosnoseufuturoprofissional.Destemodo,peranteamesmaescala,de1a5valores, compreendemos que estes participantes identificam pontos favoráveis situando a sua avaliação nos 4,0 pontos.

Na questão seguinte solicitamos, perante a mesma escala, a identificação da pertinência/interesse da informação transmitida pelos interlocutores, que apoiaram na dinamização da visita aos vários setores da empresa, situando-se este resultado nos 3,79 pontos.

Quanto ao esclarecimento de dúvidas e interação com os/as participantes estes alunos posicionaram-se nos 4,1 pontos, demonstrando o interesse na informação transmitida, apesar da referência ao vídeo informativo, transmitido em inglês, ser uma dificuldade associada à comunicação, atendendo a que o idioma não é dominado por todos/as os/as alunos/as.

Quanto à apreciação geral acerca da visita, quanto aos conteúdos abordados, especificidades da empresa,trabalhodesenvolvido,entreoutrospontosfortescaptadosporestesvisitantes,numaescala de 0 a 20, a avaliação registada foi de 16,92 pontos.

Solicitamos, também, antes do fecho da avaliação, a opinião quanto aos potenciais pontos fortes e pontos fracos, percebidos durante a visita:

Pontos fortes:

● Bom ambiente de trabalho;

● Boas áreas de trabalho;

● Número de trabalhadores;

● Empresa com muitas oportunidades de trabalho;

● Excelente explicação;

● Boa decoração;

● Trabalham em muitas áreas de interesse para um designer;

● Recursos inovadores.

Pontos fracos: Não foram apontados pontos fracos.

c) Museu e Estádio doFutebol Clube do Porto

A visita ao Museu e Estádio do FutebolClube do Porto foi realizada por três turmas 11.ºI, 11.º J e 12.º G, do Curso Técnico/a de Desporto do Agrupamento de Escolas D. Dinis, envolvendo um total de 65 alunos, 2 monitoras do projeto CLDS 4IN e 5 docentes deste agrupamento.

A visita a estes espaços tão emblemáticos, para a maioria destes alunos, tinha como finalidade demonstrar um contexto real de trabalho para estes futuros profissionais; desconstruir mitos e ideias pré-concebidas; empoderar os/as participantes enquanto que lhes permitia sair da sua zona de conforto, num contexto diferenciado e inédito para a grande maioria dos/das participantes.

114

Do inquérito por questionário aplicado acedemos a um conjunto de dados quantitativos e qualitativos. Por exemplo, a primeira questão pretendeu compreender o interesse dos/das participantes em colaborar com esta organização como futuros profissionais relevando em 92% uma forte motivação em colaborar; 3% com a opção “talvez” e 5% dos/as inquiridos responderam “não” a uma possível colaboração com a entidade.

Na questão seguinte procuramos compreender qual a opinião dos/das alunos/as para a proximidade/familiaridade dos conteúdos escolares para o eventual exercício de funções enquanto futurosTécnicosdeDesporto.Oresultado,numaescalade1(mau)a5(muitobom)situou-senos4,86 aproximando-se da cotação máxima. Compreendemos, deste modo, o envolvimento dos conteúdos programáticoseasuaproximidadeàrealidadeprofissionalqueestesparticipantesdesejamencontrar.

Em seguida, convidamos os alunos a refletirem, criticamente, em torno das condições de higiene e segurança que o clube, enquanto empresa, possibilita e exige aos seus colaboradores. Deste modo, perante a mesma escala, de 1 a 5 valores, compreendemos que estes participantes identificam grandemente pontos positivos situando a sua avaliação nos 4,97 pontos.

Seguidamentesolicitamos,peranteamesmaescalade1a5,aidentificaçãodapertinência/interesse da informação transmitida pelos vários oradores e interlocutores que apoiaram na dinamização da visita ao museu e ao estádio. Conseguimos aceder, novamente, a um resultado bastante favorável de 4,92 pontos. O mesmo resultado será expresso, adiante, através da recolha de informação numa questão de resposta aberta, quanto aos pontos fortes da visita.

Quanto ao esclarecimento de dúvidas e interação com os/as participantes os/as inquiridos/as posicionaram-se nos 4,82 pontos, na escala de referência anterior.

Quanto à apreciação geral acerca da visita, quanto aos conteúdos abordados, especificidades da empresa,trabalhodesenvolvido,entreoutrospontosfortescaptadosporestesvisitantes,numaescala de 0 a 20, a avaliação registada foi de 19,05 pontos.

115
Figura 85 - Momento de visita à sala de impressa com uma parte do grupo

Destaca-se pela positiva, ao cruzarmos dados acerca da questão “trabalharias nesta empresa?”, as poucas respostas negativas conseguiram, mesmo assim, ver esclarecidas as suas questões, compreender a pertinência da sua formação escolar e a sua ligação ao contexto real de trabalho e identificar vários pontos fortes quer no decorrer da vista, quer do trabalho que o clube realiza diariamente, comas cotações de“5” e “20” respetivamentenas questões emque essas escalas foram aplicadas.

Solicitamos, também, antes do fecho da avaliação, a opinião quanto aos potenciais pontos fortes e pontos fracos, percebidos durante a visita:

Pontos fortes:

● Boa interação;

● Profissionais simpáticos e atenciosos;

● Excelente organização e limpeza;

● Excelente acolhimento aos participantes;

● Bancadas e camarotes;

● Museu;

● Histórica cronológica do FC Porto;

● O gabinete do presidente com vista para o relvado;

● A sensação de me sentar no banco dos suplentes;

● As taças;

● A alegria de estar naquele local.

Pontos fracos:

● Não poder visitar os balneários da equipa;

● Não poder pisar o relvado.

d) Casa dos Reclamos

A visita à empresa Casa dos Reclamos decorreu na tarde de 6 de dezembro com duas turmas que frequentamocursodeDesign,do10.ºedo11.ºanos,doAgrupamentodeEscolasD.Dinisenvolvendo os seus 35 alunos, 2 monitoras do projeto CLDS 4IN e 3 docentes desta escola.

Esta visita também teve por base a apresentação de um contexto real de trabalho na sua dinâmica diária; conhecer o perfil de competências profissionais que a empresa espera dos seus recursos humanos, numa empresa com uma forte equipa de profissionais de Design. A empresa procurou apresentar os vários departamentos/setores de atividade procurando dar uma visão macro aos seus participantesdemonstrandoainterligaçãoentreosseusváriosprofissionaisatéàapresentaçãodeum produto final.

Analisando o inquérito por questionário aplicado, apesar da amostra reduzida - 12 respostas, compreendemos o interesse dos/das participantes em colaborar com esta organização como futuros

116

profissionais, com 50% das respostas recolhidas; 33% indicou a opção “talvez” enquanto 17% manifestou a sua indisponibilidade.

Na questão seguinte procuramos compreender qual a opinião dos/das alunos/as para a proximidade/familiaridade dos conteúdos escolares, que os alunos têm acedido ao longo do seu percurso escolar, para um eventual exercíciode funções numaempresacomo a visitada.O resultado, numa escalade 1 (mau) a 5 (muito bom),situou-se nos 3,36 pontos uma nota mediana demonstrando o interesse dos/das participantes em aceder a conteúdos programáticos, em contexto escolar, mais próximos da realidade empresarial.

Em seguida, convidamos os alunos a refletirem, criticamente, em torno das condições de higiene e segurança que a empresa possibilita e exige aos seus colaboradores. Deste modo, perante a mesma escala, de 1 a 5 valores, compreendemos que estes participantes identificam pontos favoráveis situando a sua avaliação nos 4,1 pontos.

Na questão seguinte solicitamos, perante a mesma escala, a identificação da pertinência/interesse da informação transmitida pelo representante da empresa, situando-se este resultado nos 3,89 pontos.

Quanto ao esclarecimento de dúvidas e interação com os/as participantes estes alunos posicionaram-se nos 4,09 pontos, demonstrando o interesse pela informação transmitida, a boa capacidade de comunicação e de síntese.

Quanto à apreciação geral acerca da visita, quanto aos conteúdos abordados, especificidades da empresa,trabalhodesenvolvido,entreoutrospontosfortescaptadosporestesvisitantes,numaescala de 0 a 20, a avaliação registada foi de 17,13 pontos.

Solicitamos, também, antes do fecho da avaliação, a opinião quanto aos potenciais pontos fortes e pontos fracos, percebidos durante a visita:

Pontos fortes:

● Bom ambiente de trabalho;

● Boa distribuição das zonas de trabalho;

● Número de trabalhadores;

● Empresa com muitas oportunidades de trabalho;

● Excelente explicação;

● Higiene e limpeza dos espaços;

● Trabalham em muitas áreas de interesse para um designer;

● Máquinas e ferramentas de trabalho variadas e inovadoras.

Pontos fracos: Não foram apontados pontos fracos.

117

e) Ciberloja

A visita à empresa Ciberloja foi realizada pelos 34 alunos do curso Gestão de Programação de Sistemas Informáticos, da Escola Profissional e de Serviços Cidenai, na manhã de 7 de dezembro. SedeadaemViladasAves,procuroudaraconhecer,aestesjovensprofissionais,umcontextorealde trabalhoeasuadinâmicadiária;operfildecompetênciasprofissionaisqueaempresaesperaevaloriza nos seus recursos humanos; empoderar os/as participantes contactando com um potencial local para o desenvolvimento de estágio curricular, profissionale/ou enquanto futuros profissionais.

O inquérito por questionário, que aplicamos também nesta visita, contou com 20 respostas, uma amostra representativa deste grupo composto por 34 participantes.

A primeira questão pretendeu compreender o interesse dos/das participantes em colaborar com esta organização como futuros profissionais em 67% das respostas; 22% participantes indicaram a opção “talvez” e 11% não demonstrou interesse nesta futura colaboração.

Naquestãoseguinteprocuramoscompreenderaproximidade/familiaridadedosconteúdosescolares para o eventual exercício de funções enquanto futuros profissionais em empresas deste setor. O resultado,numaescalade1(mau)a5(muitobom)situou-senos3,77pontosnumaperspetivamediana em geral.

Em seguida, convidamos os alunos a refletirem, criticamente, em torno das condições de higiene e segurança que a empresa possibilita, sendo apresentada uma avaliação positiva na casa dos 4,16 pontos.

Na questão seguidamente solicitamos, perante a mesma escala, a identificação da pertinência/interesse da informação transmitida pelo representante da empresa, situando-se este resultado nos 4,11 pontos.

Quanto ao esclarecimento de dúvidas e interação com os/as participantes estes alunos posicionaram-se nos 4,38 pontos, na escala de referência anterior, valorizando os ensinamentos e experiência profissional inspiradora do seu interlocutor principal.

Quanto à apreciação geral acerca da visita, quanto aos conteúdos abordados, especificidades da empresa,trabalhodesenvolvido,entreoutrospontosfortescaptadosporestesvisitantes,numaescala de 0 a 20, a avaliação registada foi de 18 pontos.

Solicitamos, também, antes do fecho da avaliação, a opinião quanto aos potenciais pontos fortes e pontos fracos, percebidos durante a visita:

Pontos fortes:

● Limpeza e organização;

● A forma positiva com que fomos recebidos;

● A gerência;

● Disponibilidade;

● Parceiros e clientes da empresa.

118

Pontos fracos: Não foram identificados pontos fracos.

f) CostaFil – Indústria e Comércio de Vestuário, Lda.

A visita à empresa CostaFil – Indústria e Comércio de Vestuário foi realizada por duas turmas, do Curso de Análises Laboratoriais do Agrupamento de Escolas D. Dinis, envolvendo um total de 19 alunos,2monitorasdoprojetoCLDS4INe2docentesdesteagrupamento,natardede7dedezembro.

Com esta perspetiva industrial, menos equacionada pelos/as participantes desta área,que privilegiam aindústriafarmacêutica,pensamosterdeixadoos/asalunos/asarefletirsobreestecanaldeintegração profissional. Conseguimos perceber, através do inquérito por questionário aplicado, que 61% pondera avaliar a possibilidade de vir a desempenhar funções na empresa; 31% respondeu afirmativamente e 8% dos/as inquiridos não demonstrou interesse em vir a desempenhar funções nesta empresa.

Na questão seguinte procuramos compreender qual a opinião dos/das alunos/as para a proximidade/familiaridade dos conteúdos escolares para o eventual exercício de funções enquanto futuros profissionais acedendo a 3,2 pontos numa perspetiva mediana em geral.

Em seguida, convidamos os alunos a refletirem, criticamente, em torno das condições de higiene e segurança que aempresa possibilita eexige aos seus colaboradores.Deste modo, perante a mesma escala, compreendemos que estes participantes identificam grandemente pontos positivos situando a sua avaliação nos 4,15 pontos.

Na questão seguidamente solicitamos a identificação da pertinência/interesse da informação transmitida pelos vários oradores e interlocutores, que apoiaram na dinamização da visita aos vários setores da empresa, situando-se este resultado nos 4,0 pontos.

Quanto ao esclarecimento de dúvidas e interação com os/as participantes estes alunos posicionaram-se nos 4,69 pontos, na escala de referência anterior, referenciando este ponto forte, seguidamente.

Quanto à apreciação geral acerca da visita, quanto aos conteúdos abordados, especificidades da empresa,trabalhodesenvolvido,entreoutrospontosfortescaptadosporestesvisitantes,numaescala de 0 a 20, a avaliação registada foi de 17,62 pontos.

119

Pontos fortes:

● Vendas online;

● Boas condições de trabalho;

● Boa organização;

● São bons trabalhadores empenhados no que fazem;

● Bastante esclarecedores; os guias falavam muito bem;

● A produção;

● Fotografia das roupas;

● A qualidade do produto;

● Estar recetivos a visitas dos/das alunos/as;

● Fazem o máximo de testes necessários para garantir a qualidade do produto.

Pontos fracos:

● Laboratório pequeno (mas provavelmente adequado às necessidades atuais da empresa).

120
Figura 86 - Momento de exploração do laboratório da empresa Solicitamos, também, antes do fecho da avaliação, a opinião quanto aos potenciais pontos fortes e pontos fracos, percebidos durante a visita:

g) Estamparia Adalberto

A visita à Estamparia Adalberto decorreu na manhã de 7 de dezembro com duas turmas que frequentamo curso de Gestão de Programação de Sistemas Informáticos, da Escola Profissional e de ServiçosCidenai,envolvendoosseus 34alunos,2monitoras doprojetoCLDS4INe3docentesdesta escola.

No final da visita foi aplicado um inquérito por questionário e que permitiu aceder a um conjunto de dados quantitativos e qualitativos que passamos a ilustrar. Consideramos que as 20 respostas recolhidas são representativas deste grupo de alunos.

A primeira questão pretendeu compreender o interesse dos/das participantes em colaborar com esta organização como futuros profissionais. Compreendemos que 31% dos/as inquiridos demonstram interesse em vir a colaborar com a empresa; 61% indicou a opção “talvez” e 8% indicou não ter interesse em exercer funções como profissionais futuramente naquela empresa.

Na questão seguinte procuramos compreender qual a opinião dos/das alunos/as para a proximidade/familiaridade dos conteúdos escolares que têm acedido ao longo do seu percurso escolar para um eventual exercício de funções numa empresa como a visitada. O resultado, numa escala de 1 (mau) a 5 (muito bom), situou-se nos 3,79 pontos numa perspetiva mediana em geral.

Em seguida, convidamos os alunos a refletirem, criticamente, em torno das condições de higiene e segurança que aempresa possibilita eexige aos seus colaboradores.Deste modo, perante a mesma escala, de 1 a 5 valores, compreendemos que estes participantes identificam pontos favoráveis situando a sua avaliação nos 4,32 pontos.

Na questão seguidamente solicitamos, perante a mesma escala, a identificação da pertinência/interesse da informação transmitida pelos interlocutores, que apoiaram na dinamização da visita aos vários setores da empresa, situando-se este resultado nos 4,11 pontos.

Quanto aoesclarecimento de dúvidas e interação com os/as participantes estes alunos posicionaramse nos 4,32 pontos, demonstrando a eficácia da comunicação transmitida, apesar da referência ao vídeo informativo, transmitido em inglês, ser uma dificuldade associada à comunicação, atendendo a que o idioma que não é dominado por todos os alunos.

Quanto à apreciação geral acerca da visita, quanto aos conteúdos abordados, especificidades da empresa,trabalhodesenvolvido,entreoutrospontosfortescaptadosporestesvisitantes,numaescala de 0 a 20, a avaliação registada foi de 16,52 pontos.

Solicitamos, também, antes do fecho da avaliação, a opinião quanto aos potenciais pontos fortes e pontos fracos, percebidos durante a visita:

Pontos fortes:

● A limpeza e organização dos espaços;

● O acolhimento aos alunos;

● A disponibilização de máquina de vending por vários espaços da empresa e disponíveis para os colaboradores;

● A união das pessoas;

● A importância e o cuidado com as questões ambientais.

121

Pontos fracos: Senti que desvalorizam os designers.

h) Cidnay Santo Tirso - Charming Hotel & Executive Center

A visita ao Cidnay Santo Tirso - Charming Hotel & Executive Center foi realizada por duas turmas do curso de Secretariado, do 10.º e do 12.º ano de escolaridade, da Escola Profissional e de Serviços Cidenai, na tarde de 5 de dezembro.

A avaliação que em seguida apresentamos seguiu os mesmos moldes e contou com 18 respostas deste grupo composto por 23 participantes.

A primeira questão pretendeu compreender o interesse dos/as participantes em colaborar com esta organização. Compreendemos algumas dúvidas e incertezas quanto ao futuro profissional, especialmentejuntodos/dasalunos/asquefrequentamo10.ºano.Responderamafirmativamente22%

122
Figura 87 - Momentos da visita aos vários departamentos/serviços do Hotel

dos/as inquiridos; 61% indicou a opção “talvez” e 17% indicou não ter interesse em desempenhar funções naquele espaço.

Na questão seguinte procuramos compreender qual a opinião dos/das alunos/as para a proximidade/familiaridade dos conteúdos escolares para o eventual exercício de funções enquanto futuros profissionais no setor hoteleiro, por exemplo. O resultado, numa escala de 1 (mau) a 5 (muito bom) situou-se nos 3,78 pontos numa perspetiva mediana em geral.

Quanto às condições de higiene e segurança compreendemos que estes participantes identificam grandemente pontos positivos, situando a sua avaliação nos 4,05 pontos.

Na questão seguidamente solicitamos, perante a mesma escala, a identificação da pertinência/interesse da informação transmitida pelo representante da empresa, situando-se este resultado nos 4,06 pontos.

Quanto ao esclarecimento de dúvidas e interação com os/as participantes estes alunos posicionaram-se nos 4,11 pontos valorizando os ensinamentos e experiência profissional inspiradora do seu interlocutor principal.

Jánumaescalade0a20,reportando-seàvisitaemgeral,registamosumaavaliaçãode17,28pontos.

Solicitamos, também, antes do fecho da avaliação, a opinião quanto aos potenciais pontos fortes e pontos fracos, percebidos durante a visita:

Pontos fortes:

● Comunicação e simpatia;

● Responsabilidade;

● Organização;

● Os quartos;

● A decoração;

● A postura dos profissionais;

● Explicações dadas;

● Organização dos espaços.

Pontos fracos: Não foram identificados pontos fracos.

i) PT ALTICE | INTELCIA

AvisitaaoEdifíciodaPTAltice,comainterligaçãocomaempresaIntelcia,foirealizadapelasmesmas turmas do curso de Secretariado, do 10.º e do 12.º ano de escolaridade, da Escola Profissional e de Serviços Cidenai, na tarde de 5 de dezembro, sob a orientação do Dr. Mirco Ramos, depois de articulação prévia com o Dr. Francisco Alves, da Intelcia.

123

A visita a esta empresa procurou dar a conhecer, a estes jovens estudantes, um contexto real de trabalhoeasuadinâmicadiária;operfildecompetênciasprofissionaisqueaempresaesperaevaloriza nos seus recursos humanos; empoderar os/as participantes contactando com um potencial local de trabalho enquanto futuros profissionais da área de Secretariado.

Recolhemos, no final da visita, a amostra de 18 inquéritos por questionário devidamente validados e representativos dos/as 23 alunos/as deste curso.

Naprimeiraquestãoprocuramoscompreenderointeressedos/asparticipantesemcolaborarcomesta organização, como futuros profissionais. Denotamos algumas dúvidas e incertezas quanto ao futuro profissional, especialmente junto dos/das alunos/as que frequentam o 1.º ano do curso. Assim, 15% demonstraraminteresseemviraintegrarosquadros daempresa;62%indicouaopção“talvez”e23% não demonstrou interesse tendo indicado a opção “não”.

Na questão seguinte analisamos a proximidade/familiaridade dos conteúdos escolares para o eventual exercício de funções enquanto futuros profissionais. O resultado, numa escala de 1 (mau) a 5 (muito bom) situou-se nos 3,21 pontos numa perspetiva mediana em geral.

Em seguida, convidamos os alunos a refletirem, criticamente, em torno das condições de higiene e segurança que aempresa possibilita eexige aos seus colaboradores.Deste modo, perante a mesma escala, foram identificados pontos positivos, situando a sua avaliação nos 4,13 pontos. São vários os espaçosdeconvívioqueaempresadisponibilizaaoscolaboradoresparaarealizaçãodaspausaspara refeições.

Na questão seguinte solicitamos a identificação da pertinência/interesse da informação transmitida pelo representante da empresa, situando-se este resultado nos 3,81 pontos.

Quanto ao esclarecimento de dúvidas e interação com os/as participantes estes alunos posicionaram-se nos 4,19 pontos, na escala de referência anterior, valorizando os ensinamentos e

124
Figura 88 - Momento final da visita para esclarecimento de dúvidas

experiência profissional inspiradora do seu interlocutor principal elogiando a sua capacidade de transmissão de conhecimento.

Quantoàapreciaçãogeralacercadavisita,destaveztendoporbaseumaescalade0a20,aavaliação registada foi de 17 pontos.

Solicitamos, também, antes do fecho da avaliação, a opinião quanto aos potenciais pontos fortes e pontos fracos, percebidos durante a visita:

Pontos fortes:

● Qualidade da comunicação;

● Responsabilidade;

● Mostramcomoérealmenteumcontextorealdetrabalho;

● A postura dos profissionais e simpatia;

● Explicações dadas;

● Organização dos espaços.

Pontos fracos: O calor excessivo no interior das instalações.

Avaliação

ComoapoiodasempresasBurguerKing,Auchan,AtelierConceiçãoLeite,LojaAuchan,Vértice,Casa dos Reclamos, Grandes Planos, Brandprint, Publimotion, Intraplás, Jocel, Cidnay Santo TirsoCharming Hotel & Executive Center, Ricardo Azevedo - Arquiteto e Fábrica de Santo Thyrso, entre outras, foi possível demonstrar aos alunos o trabalho que é desenvolvido nestas empresas e, paralelamente, o testemunho de estagiários de colaboradores/as, como processo facilitador para as decisões profissionais futuras dos/as jovens.

Esta atividade permitiu, também, aos professores que nos acompanharam nestas visitas, o contato direto com o tecido empresarial e o acesso às principais necessidades e competências que procuram quando estão a recrutar. Esta partilha de informação e auscultação dos vários profissionais e empresários foi fundamental para reorientar práticas procurando reforçar determinados perfis dos/as participantes para que mais facilmente sejam absorvidos pelo mercado formal de emprego, dando resposta às necessidades cada vez mais diferenciadas das empresas locais e nacionais.

Esta auscultação assume uma enorme relevância, pois é cada vez mais necessário que o sistema de ensino vá de encontro ao que são as dificuldades de recursos humanos referidas pelo mercado de trabalho. Este exige cada vez mais novos e diferentes perfis, facto que se justifica pela constante transformação a que as empresas se encontram sujeitas.

125

Atividade 14 - Sessões IN: Sessões sobre

Descrição do objetivo geral: Desenvolver as competências para melhorar as condições de empregabilidade dos jovens. Foi realizado um especial enfoque na prevenção do Tráfico de Seres Humanos procurando dotar os/as participantes de conhecimentos sólidos e estruturados que lhes permitam compreender se estarão perante uma situação de risco.

Caracterização dos destinatários: Pessoas com deficiência e incapacidade; alunos que concluíram o sistema educativo; alunos que abandonaram o sistema educativo.

Indicadores de execução: N.º de beneficiários atendidos - 415 participantes. N.º de atendimentos realizados mensalmente - apesar de ter sido traçado este indicador sob a forma de atendimento, optamos por dinamizar sessões grupais tendo por base a designação da ação e o respetivo objetivo geral. A este nível realizamos um total de 29 sessões de sensibilização.

Resultados esperados: 300 destinatários identificados em sede de candidatura, tendo sido envolvidos 415 até ao finalda intervenção.

Parceiros: Agrupamento de Escolas Tomaz Pelayo; Agrupamento de Escolas D. Dinis; Agrupamento de Escolas D. Afonso Henriques; Escola Profissional Agrícola Conde de S. Bento; Oficina do INA. Afiguram-se como parceiros-chave, também, a Associação Saúde em Português.

Fontes de verificação: Ficha de participante; follow up.

Metas: Capacitar 90% dos/das participantes. consideramos que, com a informação que transmitimos no decorrer das sessões de sensibilização e com os materiais de apoio facultados conseguimos capacitar, sensibilizar e desconstruir a temática do tráfico de seres humanos como um problema transversal que acontece igualmente no nosso país.

Contextualização

O Tráfico de Seres Humanos (TSH) é um crime contra a liberdade pessoal, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Envolve o recrutamento e a movimentação de pessoas entre fronteiras internacionais ou dentro de um mesmo país, com o objetivo de as sujeitar a diversos tipos de exploração. O recrutamento e a movimentação das vítimas são realizados com recurso à violência, engano ou abuso de situações de vulnerabilidade. Estima-se que mais de 21 milhões de pessoas em todo o mundo são vítimas, sendo considerado o segundo maior crime organizado mundialmente.

Sendo Santo Tirso um Concelho maioritariamente rural foi estratégico levar este tema aos agrupamentos de escolas do concelho, com vista à prevenção, especialmente, do tráfico no âmbito laboral. O tráfico de seres humanos é um fenómeno complexo, cujo conceito é dinâmico e tem sido

126
procura ativa de emprego para jovens que pretendam ingressar o mercado de trabalho, sensibilizando para a precariedade e para o Tráfico Humano

constantemente adaptado para acompanhar as mudanças sociais relacionadas com este crime. Para além disso, a forma como o tráfico de seres humanos é praticado e criminalizado em cada país pode apresentar diferenças substanciais, o que também influencia a compreensão deste fenómeno.

Sabemos que uma das formas de exploração mais prementes é a exploração laboral, no âmbito do trabalho sazonalda agricultura, como por exemplo, a apanha da fruta.

Procuramos, através dos/as jovens, em contexto educativo, alertar para esta problemática, para desmistificar algumas ideias e reforçar outras, principalmente para a cidade de Santo Tirso, que é composta por várias freguesias e locais rurais, sendo a oportunidade ideal para o recrutamento de presumíveisvítimaseparasituações associadas aotráficodesereshumanos,acontecerem.Poresse mesmo motivo, procuramos, através dos/as alunos/as das escolas, que se encontram na reta final do ensino secundário, com possíveis intenções, ou não, de seguirem a vida profissional a partir daí, sensibilizar para os perigos decorrentes deste fenómeno.

Procuramos, em termos gerais, promover a consciencialização para a prática do crime de tráfico de seres humanos, no sentido de prevenir e/ou diminuir o seu impacto na sociedade, através da intervenção com crianças e jovens em risco.

Complementando a intervenção nas escolas procuramos promover uma intervenção extensível a três públicos-alvo:

1) Os alunos, numa vertente heurística, preventiva;

2) As comunidades de risco, numa vertente mais dissuasora;

3) Comunidade em geral, com interesse na temática.

Neste sentido pretende-se:

● Empoderar os agentes preventivos e dissuasores, potenciando a auto-confiança, autoestima, a liderança, a capacidade de reflexão (Promoção de competências pessoais e sociais);

● Divulgar informação sobre o fenómeno do TSH, alertando para a realidade portuguesa e para a prevenção de situações de risco;

● Identificar os elementos que constituem o crime de tráfico de seres humanos e migração clandestina, desde a sua caracterização, as formas de exploração;

● Assimilar e interpretar situações de TSH para aprender como atuar, procedendo à posterior sinalização aos OPC's e EME's.

● Tornar este fenómeno reconhecido na sociedade, procurando, através de casos de estudos avaliar e identificar situações de TSH, nomeadamente eventuais vítimas e exploradores.

AprevençãodoTráficodeSeresHumanos,paraquepossatornar-semaisprofícuaprocurouconhecer as motivações dos/as nossos/as participantes quanto ao emprego, na medida em que funciona como elementochaveparaoimpulsoquepoderávirafazeradiferençanasuaempregabilidade.Desdelogo, foi nossa premissa a ativação de técnicas de procura de emprego assentes na capacitação generalizada dos/as participantes para a adoção de atitudes e comportamentos potenciadores das condições de empregabilidade, da procura ativa de empregoadaptadas ao perfil de cada participante, procurando, na maioria das intervenções:

 Estabelecer uma ligação entre a procura e a oferta de emprego;

 Dotar os/as participantes de competências comunicacionais e relacionais para a busca ativa de emprego;

127

 Contribuirparaodesenvolvimentodeprocessosderequalificaçãojuntodos/dasparticipantes.

Denotamos, grandemente, que esta insegurança passa, muitas vezes, pela precariedade do mercado detrabalho.Verifica-seageneralizaçãodaideiadequeaprecariedadesevainormalizandonaslógicas de contratação e nas relações laborais e, desta forma, se interioriza na vida social destes jovens. Na verdade, estes vão tolerando as dimensões da precariedade no seu quotidiano e nas suas relações sociais. Foi nosso intuito desconstruir estas premissas, procurando que os jovens equacionem o seu futuro, não a curto prazo, mas sima médio e longo prazo, bem como, operacionalizar uma procura de emprego segura e/ou planear um processo migratório informado e protegido.

Ações de intervenção

Levamos, assim, a efeito, nas Escola Cidenai, OFICINA - Escola Profissional do INA e Agrupamento de Escolas D. Dinis, sessões de Tráfico de Seres Humanos em algumas turmas, desde o 9.º ano de escolaridade até ao 12.º ano.

128

Desenvolvemos,ainda, em parceriacomaentidadeSaúdeemPortuguêsumaparceria,nosentidode promover a maior divulgação possível do fenómeno, através de uma exposição do fotógrafo Pedro Medeiros, sobre o tema e uma sessão de 2h para técnicos/as do Concelho de Santo Tirso.

129
Figura 89 - Recursos materiais criados pela equipa como suporte às intervenções realizadas

Neste sentido pretendeu-se, através de todas as intervenções que realizados ao longo deste tempo:

-Empoderaros/asagentespreventivos/asedissuasores/as,potenciandoaautoconfiança,autoestima, a liderança, a capacidade de reflexão (Promoção de competências pessoais e sociais);

- Divulgar informação sobre o fenómeno do TSH, alertando para a realidade portuguesa e para a prevenção de situações de risco no Concelho de Santo Tirso;

-Identificar oselementosqueconstituemocrimedetráficodesereshumanosemigraçãoclandestina, desde a sua caracterização a formas de exploração;

- Tornar este fenómenoreconhecido nasociedade, procurando, através decasos deestudos avaliar e identificar situações de TSH, nomeadamente eventuais vítimas e exploradores, principalmente em situações de ofertas de emprego divulgadas em plataformas online de procura de emprego.

A sessão solene de abertura da exposição "Mercadoria Humana Norte” contou com a presença de 21 instituições locais, desde técnicos das ciências humanas e sociais e professores de agrupamentos de escolas, até aos agentes da PSP, GNR e Bombeiros de Santo Tirso.

130
Figura 90 - Cartaz de divulgação da exposição

Figura 91 - Sessão solene de abertura da exposição na Quinta de Fora Depoisderealizadaasessãosolene,trêsturmasdoensinoprofissional,numtotalde52participantes, estiveram presentes numa sessão de reflexão levada a efeito pela Dra. Vilma Silvestreda Associação Saúde em Português. No final da intervenção foi aplicado um QR Code com várias questões para apreciação e avaliação da intervenção realizada. A escala de avaliação aplicada seguiu a escala de 1 (mínimo) a 10 (máximo), tendo sido acedida a uma cotação final de 9,46 pontos, ou seja, uma avaliação francamente positiva.

Foi deixado um espaço para a colocação de comentários. Selecionamos alguns deles que passamos a ilustrar:

“Acho que esta ação foi bastante útil para jovens da nossa idade, para nos mantermos informados sobre coisas que acontecem em Portugal e no mundo”.

"Será ótimo irem a mais escolas, fossem agrícolas ou não. Obrigada pela informação. Confesso que não tinha muita informação”.

“O conteúdo da palestra foi enriquecedor e útil para a minha vida daqui em diante. A palestrante fala muito bem”.

“Gostei muito da apresentação e aprendi muitas coisas que não fazia ideia que aconteciam, vou-me prevenir bastante a partir de agora”.

“Esta atividade ajudou-me a ter mais conhecimento sobre o tema e a ficar mais alerta, e assim saber como reagir perante qualquer ato que tenha a ver com o tema abordado "tráfico humano”.

131

Depois de realizada a sessão informativa foi lançado um peddy-papper de apoio à visita para tornar mais interativa a presença neste espaço aos seus visitantes.

Anexo IV - Peddy-papper Mercadoria Humana Norte

Sessões na Oficina do INA

Na Oficina do INA o projeto CLDS 4IN dinamizou esta ação com três turmas que frequentam o ensino secundário.

Após o término das intervenções a equipa técnica sentiu a dificuldade dos/das participantes em compreender a diferença entre uma situação de exploração dos direitos humanos e uma situação de tráfico de seres humanos. Deste modo, houve o devido esclarecimento embora seja necessário um reforço de competências e conceitos junto dos/das participantes com a realização de novas intervenções.

132
Figura 92 - Sessão informativa para alunos/as da EPACSB pela Dr.ª Vilma Silvestre

Sessões na Catequese de Roriz

133
Figura 93 - Evidência de uma das sessões realizadas na Oficina do INA Figura 94 - Evidência de uma das sessões realizadas com um grupo de catequese

Sessão aberta ao público infantojuvenil do concelho de Santo Tirso

Esta ação contou com 9 participantes, com idades compreendidas entre os 12 e os 46 anos de idade. No finalda sessão os/as participantes foram convidados a deixar a sua opinião acerca dos conteúdos programáticos e métodos aplicados, numa escala de 1 (fraco) a 5 (excelente):

a) conteúdo da ação de informação - 4,5 pontos

b) interesse/ utilidade dos conteúdos - 4,13 pontos

c) duração da sessão tendo em conta o programa - 4,38 pontos.

Para avaliar a técnica do projeto foram atendidos dois itens, tendo por base a mesma escala:

a) domínio e clareza na exposição das matérias tratadas na ação de informação - 4,63 pontos

b) relacionamento com os/as participantes - 4,26 pontos

Por fim, quanto à organização, tendo por base a qualidade e adequação das instalações e equipamentos obtivemos a pontuação de 4,26.

Foi realizada, também, uma sessão no Agrupamento de Escolas de S. Martinho, a 26 de outubro de 2022 que contou com a participação de 20 alunos/as. E a 28 de novembro, envolvendo duas turmas na Escola Profissional e de Serviços Cidenai a mesma reflexão foi realizada junto dos/das alunos/as em término de ciclo.

134
Figura 95 - Cartaz de divulgação da sessão

Caracterização dos/as participantes

Estas são algumas das intervenções que realizamos sobre a temática ao longo destes meses de intervenção.

Caracterizando este público-alvoeiniciandocomo sexo dos/das participantes sabemos que este item é bastante equilibrado correspondendo a 51% ao sexo masculino e 49% ao feminino. Em termos de idadesestamosperanteumgrandegrupodejovensquefrequentamosistemaformaldeensino,desde os alunos que frequentam o ensino secundário àqueles que participaram connosco em algumas intervenções e frequentam já o ensino superior, sendo 16,7 anos a médiade idades.

Emtermosdenacionalidadeesteitemrevelapoucointeressenamedidaemque413participantessão de nacionalidade portuguesa; 1 elemento de nacionalidade brasileira e outro elemento de nacionalidade chinesa.

Em termos de freguesia de origem compreendemos queesta ação conseguiu uma maior abrangência territorial em detrimento de outras ações do projeto.

135
Figura 96 - Evidência da sessão realizada na Escola Profissional e de Serviços Cidenai

Avaliação

Esta abordagem permitiu aos jovens envolvidos manter uma postura mais segura e estável no que tocaàssuasescolhaspessoaiseprofissionais,diminuindoapropensãoparaoriscodeseremvítimas, num futuro próximo, das redes de Tráfico de Seres Humanos, especialmente pela compreensão generalizada dos conteúdos; pela análise de ofertas de emprego apresentadas e desconstruídas e pelo acesso a formas de denúnciaao dispor.

Espera-se que os/as participantes, com as ferramentas que partilhamos, possam pensar num futuro em que se alie a realização pessoal a um contrato de trabalho que preveja alguma segurança, que exista uma remuneração justa e adequada face às necessidades do dia a dia, assim como uma articulação saudável entre o tempo de trabalho e de lazer/familiar.

Sendo uma temática identificada como pouco trabalhada junto dos/as jovens do concelho e dada a suaimportânciadestacadajuntodosváriosintervenientesaolongodosúltimosmesesdeintervenção, perspetiva-se que a intervenção seja continuada, no tempo, através da Juventude da Delegação de Santo Tirso da Cruz Vermelha Portuguesa.

136
Figura 97 - Freguesia de origem dos/as participantes

Atividade 15 - Gabinete IN: Atendimento e acompanhamento de jovens sinalizados pela

CPCJ ou equipa EMAT com ausência de perspetivas de integração profissional ou de formação profissional

Descrição do objetivo geral: Desenvolver as competências para melhorar as condições de empregabilidade dos jovens. Para dar cumprimento a esta ação, depois de ponderada reflexão em equipa, procuramos apostar num programa de mentoring para captar a atenção deste público-alvo e marcar a diferença na nossa intervenção.

Caracterização dos destinatários: Pessoas com deficiência e incapacidade; alunos que concluíram o sistema educativo; alunos que abandonaram o sistema educativo.

Indicadores de execução: N.º de beneficiários atendidos - conseguimos alcançar 59 participantes que foram envolvidos em ações individualizadas. Tendo por base o indicador “N.º de atendimentos mensais” destacamos uma média de 3 atendimentos no decorrer destes meses de intervenção.

Resultados esperados: 35 Destinatários

Parceiros: CPCJ e EMAT. Destacamos também o contributo do Agrupamento de Escolas Tomaz Pelayo e da Escola Profissional Agrícola Conde de S. Bento que se envolveram para implementar a intervenção de mentoring, bem como à comunicação social local - Diário de Santo Tirso, pela divulgação da informação nos seus canais.

Fontes de verificação: Ficha de participante; follow up.

Metas: Inserção em formação de 50% dos destinatários sinalizados. Tendo por base os últimos indicadores, recolhidos em dezembro de 2022, pelo menos 50 dos 59 participantes nesta ação continuam a frequentar o sistema formal de ensino, pelo que a meta identificada está a ser cumprida.

Contextualização

O conceito de Mentoring, é um termo inglês, que normalmente é traduzido como "tutoria", "mentoria", "mentorado" ou "apadrinhamento". O mentoring é uma ferramenta de desenvolvimento pessoal e profissional em que um mentor - profissional experiente, apoia e desafia o/a seu/sua mentoranda, atravésdequestões,situaçõespráticas,entreoutras,comoumaespéciedepassagemdetestemunho, possibilitando novas aprendizagens e, consequentemente, o desenvolvimento escolar, académico e profissional do/a jovem mentorando/a.

O mentoring pareceu-nos, enquanto equipa, uma forma de dar resposta às necessidades dos jovens sinalizados pelas equipas da CPCJ e EMAT, ultrapassando o atendimento psicossocial que estas equipasjávãodandorespostaaolongodosanos.inovandoeprocurandocriarempatiaentreaspartes consideramos que a multidisciplinaridade da equipa não seria suficiente e por isso o recurso a

137

profissionais externos, provenientes da área das novas tecnologias, artes, economia e saúde, como elementos de sucesso nesta intervenção.

Ações de intervenção

Campanha dementoring divulgada nas redessociais

Destadivulgaçãoforamcriadasduasduplasdetrabalhoiniciadascomdoismentoresdaáreadasartes edastecnologiasdainformaçãoedacomunicaçãoque,emformatoonline,reuniramcomregularidade, para reflexão, orientação vocacional e profissional, entre outras. para salvaguardar a segurança das partes foi apresentado um código de conduta.

Anexo XI - Código de conduta (Mentores e Mentorandos)

Atendimento aos jovens da Escola Profissional Agrícola Conde de S. Bento

Duranteoperíododeexecuçãodoprojetoforamrealizadosatendimentospersonalizadosatrêsjovens que frequentavam a Escola Profissional Agrícola Conde S. Bento, no âmbito da promoção de

138
Figura 98 - Cartaz de divulgação da ação

competências sociais e pessoais e do empreendedorismo, procurando capacitá-los para a procura ativa de emprego. Mediante as competências técnicas de cada elemento da equipa e a respetiva empatia gerada os alunos foram sendo apoiados e desafiados pelas técnicas do projeto.

Uma das duplas de trabalho, assente no mentoring, permanecerá com o seu trabalho mesmo após o término do projeto através da sua coordenadora.

Mentoring junto dos/das alunos/as dos 11.º A1 e 11.º A2 do Agrupamento de Escolas Tomaz Pelayo

Mais um exemplo de intervenção continuada, que seiniciou com umasessão grupal de sensibilização queprocurouapoiar/desafiarosjovensmunindo-osdeinformaçãosobreorientaçãosexual,umdesafio identificado pelo agrupamento de escolas e que estava a prejudicar o sucesso escolar dos/das participantes, a manutenção das suas relações de amizade, entre outros.

Este grupo manter-se-á mesmo após o término do projeto sobre a orientação da técnica do Eixo 1Mafalda Azevedo.

Caracterização dos/as participantes

Caracterizando opúblico-alvodestaaçãosabemosque53% elementospertencemaosexomasculino e 47% ao sexo feminino.

Sendoumpúblicoque continua afrequentar osistema formal deensino,na sua grande maioria, asua médiade idades é de 17,2.

As sinalizações realizadas pela CPCJ e pela equipa da EMAT resultaram apenas em 4 participantes atendendo à dificuldade em conseguir a formalização/interesse dos/das participantes na ação. Tal como adiantamos anteriormente foi este impasse que ditou a reinvenção desta ação através do mentoring.

Quanto à origem dos/das participantes assistimos, nesta ação, novamente a uma maior abertura a freguesias diferenciadas e fora do núcleo urbano.

139

Avaliação

Consideramos que esta inovação ao nível do empowerment dos/as participantes com recurso ao mentoring pode ser aprimorado e resgatado por outras entidades concelhias como uma forma de apoiar e desafiar os jovens que, invariavelmente, enfrentam dúvidas quanto à eleição da sua carreira profissional.

Atividade 16 - Põe-te IN - Jornadas teóricopráticas de incentivo ao empreendedorismo juvenil, criando projetos de resposta às necessidades do concelho

Descrição do objetivo geral: Desenvolver as capacidades empreendedoras dos jovens do ensino secundário. Numa primeira parte desta intervenção e dada a resistência das escolas à intervenção junto dos/as alunos/as a frequentar o ensino secundário, pela demora na implementação e cumprimento dos conteúdos académicos, motivados pela emergência da pandemia da COVID19, iniciamosestaaçãocomosalunosdo1.ºciclo,dasturmasde4.ºanodeescolaridadedoAgrupamento de Escolas D. Dinis.

Caracterização dos destinatários: Alunos do ensino secundário; pessoas com deficiência e incapacidade.

140
Figura 99 - Freguesia de origem dos/as participantes

Indicadores de execução: N.º de presenças tendo sido envolvidos 417 participantes; N.º sessões efetuada por ano - contamos com a dinamização de 38 sessões de intervenção, numa média de 12 sessões de intervenção anuais.

Resultados esperados: 300 destinatários tendo este valor sido superado em 47 participantes.

Parceiros: INVEST, Betweien. Foram parceiros-chave nesta intervenção o INVEST de Santo Tirso, a OficinadoINA,a EscolaProfissionalAgrícolaCondedeS.Bento,o Agrupamento deEscolasD.Dinis, o Agrupamento de Escolas Tomaz Pelayo e a Escola Profissional e de Serviços Cidenai. Contamos, também, com o apoio de vários empresários e empreendedores com projetos validados e instituições sediadas fora do concelho de Santo Tirso, como a Delegação de Guimarães da Cruz Vermelha Portuguesa e a Câmara Municipalde Guimarães.

Fontes de verificação: Registos fotográficos.

Metas: Capacitar 90% dos/das participantes. Consideramos que os resultados que, seguidamente apresentamos, demonstram a superação desta meta.

Contextualização

Ser empreendedor/a não implica, necessariamente, a criação de um negócio próprio, mas o reforço e a reflexão em torno de competências pessoais e escolares que possam tornar estes jovens mais criativos e inovadores em contexto escolar e, em seguida, possam replicar essas competências em outros campos da sua vida pessoal.

Partindo da premissa de que para além do desenvolvimento cognitivo também o desenvolvimento de outrascompetências deveserpromovido integralmenteedeformagradualsabemosqueacriançavai passandoporváriosestádiosdedesenvolvimentopsicossocial,na interaçãoesocializaçãodiária,que vão moldando e espelhando o desenvolvimento das competências sociais, durante a interação e relação com os pares em contexto escolar.

Através da dramatização, das dinâmicas de grupo, da exploração de histórias, procuramos identificar emoções e os sentimentos, promovendo o desenvolvimento de competências sociais e emocionais, prevenindo o surgimento de desequilíbrios emocionais futuros.

Simultaneamente, a vertente comunicacional apresenta-se sob explorada nos currículos escolares que, ao terem de ser cumpridos em período de tempo tão reduzido, aposta-se em metodologias de aprendizagem expositivo e não em metodologias de educação e formação ativas. Com esta premissa procuramos facilitareclarificarsentimentos e emoçõese, simultaneamente, ajudaros/asparticipantes a expressar-se livremente sem chamadas de atenção ou repreensões, dando largas à sua imagem e criatividade, sem descurar as suas necessidades identificadas no decorrer da intervenção.

Como nos refere Ken Robson no seu documentário, a escola parece estar a matar a criatividade dos/das alunos/as ao descurar as competências artísticas em prol das competências técnicas e científicas simultaneamente, há pouco espaço no currículo académico para o trabalho em prol da comunicação e das competências de liderança. Todas estas competências podem ser treinadas e, se analisarmos bem, são transversais e situam-se ao nível do Q.E. funcionando como excelentes impulsionadoras do empreendedorismo.

141

Ações de intervenção

a) Empreendedorismo 1.º ciclo - Agrupamento de Escolas D. Dinis

Com a emergência da crise financeira, motivada pela pandemia SARSCOV2 torna-se cada vez mais premente nos nossos diálogos, enquanto agentes educativos e formativos, preparar os jovens tornando-os mais resilientes, determinados e capazes de responder eficazmente às novas exigências do mundo atual. No decorrer da intervenção realizada pelo CLDS 4IN no triénio 2019/2022 e tendo a equipaauscultadodezenasdeempresárioslocaisfoirelatadaafaltadecompetênciastransversaisdos candidatos à procura de primeiro emprego que, não obstante a apresentação de bons currículos académicos, não satisfazem as exigências destes empregadores, ou seja, apresentam parcas soft skills. Estas competências podem ser desenvolvidas em contexto formal e em contexto não formal na assunção da resolução de problemas, na promoção do trabalho em equipa, na adaptabilidade a contextos multidisciplinares e no fortalecimento da comunicação.

O Agrupamento de Escolas D. Dinis aceitou o desafio do projeto CLDS IN em acolher a temática do empreendedorismo infantil em todas as turmas do 4.º ano do seu Agrupamento de Escolas, num total de 6escolas.Assim,motivadas pelanossa convicçãoacercadaimportânciadestatemática, sabemos que a aprendizagem é mais significativa quando as crianças e os jovens têm oportunidade de praticar o que estão a aprender, aumentando o autoconhecimento, reforçando as relações entre pares, melhorando o desempenho nas tarefas realizadas, procurando respostas inovadoras de resolução de problemase,emúltimainstânciapotenciaroseuautoconhecimentoapostandonoautoconceito,numa ótima transformativa e promotora do sucesso escolar.

Assumindo as metas da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza 2021-2030 (ENCP) esta intervenção assenta especialmente nos grandes objetivos:

a) Reduzir a pobreza nas crianças e jovens e nas suas famílias - na medida em que os/as alunos/as se assumem como elementos ativos na construção de novas competências e reforço das competências já existentes. Assim, além dos problemas escolares, os/as alunos/as devem enfrentar desafios do dia-a-dia, que sejam relevantes na sua perspetiva, que possam ser considerados como seus problemas,equedevemter relaçãopróximacomo seucontextoeducativo,socialecomunitário.

b) Promover a integração plena dos jovens adultos na sociedade e a redução sistémica do seu risco de pobreza, contribuindo para a inclusão das soft skills nos seus percursos formativos. Sabemos que os jovens tendem a negligenciar a comunicação verbal e não verbal podendo condicionar o sucesso escolareposteriormenteprofissional.Comadificuldadeemingressarnomercadodetrabalhogera-se a desmotivação e o receio de manter os ciclos de pobreza familiares.

Naintervençãoqueapresentamosseguidamente,desenvolvidanasescolasdesdefinaisdenovembro de 2021 até finais do mês de fevereiro de 2022, compreendemos que cada solução desenvolvida e trabalhada será única e singular procurando apostar em competências transversais capazes de responder às parcas soft skills, desde tenra idade.

As intervenções que em seguida apresentamos partiram de um tronco comum de intervenção com base em dois manuais dedicados à faixa etária destes alunos, ao nível do 1.º ciclo e progrediram em direções distintas como conheceremos adiante, onde a criatividade não tem limites!

142

i) Escola Básica de Arcozelo - Água Longa

Aturmado4.ºanodaEscolaBásicadeArcozeloemÁguaLongaenvolveu14participantesnodecorrer das 5 ações realizadas em contexto de sala de aula e numa sessão posterior de follow-up.

Na primeira sessão os/as alunos/as tiveram de refletir na frase “Qual é o meu sonho para mudar o mundo?” como frase impulsionadora para a criatividade, orientação vocacional, inovação e empreendedorismo.

Sob a alçada da Professora Eunice Almeida conseguimos aceder aos sonhos:

• Ser dentista;

• Construir foguetões na NASA;

• Ser astronauta;

• Ser cientista;

• Ser médico;

• Ser modelo;

• Ser educadora de infância;

• Ser veterinária;

• Ser pediatra;

• Ser cabeleireira.

Muitos destes sonhos foram replicados pelos colegas demonstrando que os/as alunos/as desta turma sonhamcomumaprofissão e sonhamemproporcionar qualidade devidae bem-estar aos outros com as suas práticas e ações. Assim, com a colaboração estreita da Professora Eunice Almeida, os/as alunos/as conseguiram trabalhar várias competências rumo ao desafio final de cuidar de animais de rua preparando a sua potencial adoção por parte de uma família de acolhimento. Os/as alunos/as definiram metas e estratégias para as alcançar; trabalharam em equipa para apresentar o projeto às restantesturmaseaosencarregadosdeeducação,procurandooseuestreitoenvolvimentoquepossa ditar a continuidade do projeto com a alimentação, higiene e carinho aos animais.

As casotas doadas, fruto do envolvimento de diferentes parceiros, e com o apoio da Junta de Freguesia, foram colocadas no Parque do Arquinho, nas imediações da escola, onde os/as alunos/as deverão, através de equipas, definidas previamente, visitar, observar e cuidar dos animais que recorram aquele espaço para se abrigar e alimentar.

Outraspropostasiniciaisidentificadaspelaturmapassavampelarecolhadematerialescolarparadoar aos alunos mais carenciados na escola e aos alunos integrados em respostas sociais de acolhimento de emergência no concelho.

Para dar cimentar conhecimentos e competências, desafiar e apoiar, a turma recebeu o Sr. Adão Teixeira, empreendedor e empresário da empresa Pet Outlet, no dia 10 de fevereiro, que apresentou

143

oseutestemunhoenquantoempreendedornosseus30anosdecarreiranaproteçãoecuidadoanimal, inspirando os/as alunos/as na iniciação deste projeto conjunto.

Os/asalunos/asaproveitaramestemomentoparaconheceralgunsdosdesafiosexperimentadospelos empreendedores na sua jornada laboral e reconhecer a importância do trabalho em equipa, da resiliência, da determinação e do conhecimento e reconhecimento do seu produto para o sucesso da sua ideia de negócio. Esta empresa cedeu gentilmente duas casotas, comida para cães e gatos e algumas lembranças para que os/as alunos/as da turma se recordarem deste compromisso.

Sintetizando a intervenção e fruto da avaliação realizada no final de cada sessão compreendemos o envolvimento dos/das alunos/as e da docente, sessão após sessão contribuindo para a compreensão dos conteúdos programáticos, envolvimento dos/das alunos/as e dos encarregados de educação nas tarefas e capacidade de comunicar com as restantes turmas em prol de um projeto que se prevê comum.

144
Figura 100 - Testemunho de Adão Teixeira – CEO da Pet Outlet na sessão de Follow-up com a turma de 4.º ano

Neste trabalho em rede a Junta de Freguesia Água Longa e a Associação de Pais e Encarregados de Educação foram envolvidos e farão parte ativa neste processo que se prevê de continuidade.

ii) Escola Básica de Campinhos – Agrela

Nestaescolaprocuramosenvolveros/asalunos/as,desdeo1.ºano, passandopelo2.ºanoatéàstrês alunas do 4.º ano, na construção de um projeto que pudesse envolver e captar a atenção de todos, sob a orientação da Professora Fátima Martins.

Partindo do mesmo tronco comum de intervenção e procurando apostar em dinâmicas de grupo potenciadoras do espírito de equipa foram realizadas 5 sessões de intervenção. Nesta turma os exemplos de empreendedorismo foram relatados com veemência pelos alunos já familiarizados com este tipo de dinâmicas.

Seguindo o esquema inicial de intervenção, a história narrada pelo autor Narciso Moreira na sua história “O Senhor Empreendedorismo” permitiu o trabalho de conceitos chave em matéria de empreendedorismoe queserão,certamente, transversais no seupercursoescolar, tais como: espírito de equipa, determinação, resiliência, gestão do risco e gestão da mudança, entre outros. Deram o mote para a história seguinte, do mesmo autor: “Um projeto e meio limão”.

Perante a necessidade sentida pelo personagem principal da história – o José Rapaz, em comprar uma bola de futebol, que havia encontrado numa loja, os/as alunos/as sentiram que deviam apoiar os

145
Figura 101 - Avaliação realizada no final de cada intervenção, tendo por base os vários critérios de apreciação indicados, numa escala de 1 (valor mais baixo) a 5 (valor mais elevado) do desempenho dos/das alunos/as e alunas participantes

pais angariando fundos para a viagem de finalistas tendo por base a “dor” sentida pelos pais em suportar taldespesa, como forma de os apoiar neste desafio.

Para tal decidiram, em equipa, a possibilidade de serem realizadas em casa bolachas que, posteriormente,seriamvendidasparacumpriressepropósito.Paraoperacionalizaressamissãoforam identificadas três receitas simples de bolachas, ficando ao critério de cada família o tipo de bolacha a desenvolver. O projeto CLDS 4IN apoiou as famílias com alguns ingredientes para facilitar esta produção e enviou as receitas para que o resultado fosse o mais aproximado entre as famílias.

Definiram-se datas para a produção das bolachas – até dia 9 de janeiro; no dia 10 de janeiro os/as alunos/as levariam as bolachas para a escola, correspondendo à sessão n.º 5 desta intervenção. Nessa sessão, os/as alunos/as definiram os preços das bolachas, chegando ao preço mais justo; apoiaram no seu embalamento e colocação da respetiva etiqueta com a indicação da listagem de ingredientes, compreendendo a importância dessa informação para os casos de eventuais alergias/ intolerâncias alimentares.

Seguidamente,seriamcriadososcartazesparaapoiaravendadasbolachasajudandoos/asalunos/as a compreender a importância do marketing do produto. Definidas as equipas para apoiar as vendas, os/as participantes despediram-se motivados para o cumprimento desta missão conjunta.

Com o apoio de vários intervenientes as bolachas foram vendidas na entrada da escola, no final da jornada escolar do dia 11 de janeiro, aos pais e encarregados de educação.

Após a realização da intervenção a equipa do projeto recebeu um feedback bastante positivo da docente da turma informando o sucesso da atividade com a angariação do valor de 80€ que apoiará os/asalunos/asnasuaviagemdefinalistas.Derecordarquenaúltimasessãocomaturmarecebemos cerca de 500 bolachas reconhecendo o envolvimento em massa dos pais.

146

Tendo por base a apreciação desta intervenção compreendemos que o entusiasmo e o envolvimento dos/das alunos/as permitiramqueacedessema conceitos como marketing do produto; preço/custo do produto,comaavaliaçãoentreopreçodosartigosqueestãonacomposiçãodasbolachas,oseupeso, otrabalhonasuaprodução,asdespesasassociadasàproduçãodoproduto(eletricidade,águaegás) na definição do preço final do produto, entre outras competências e conceitos.

Figura 102 - Avaliação realizada no final de cada intervenção, tendo por base os vários critérios de apreciação indicados, numa escala de 1 (valor mais baixo) a 5 (valor mais elevado) do desempenho dos/das alunos/as e alunas participantes

iii) Escola Básica deCantim – Reguenga

Naturmado 1.ºe4.ºanodaEscolaBásicadeCantim,sobaorientação daProfessoraSandraOlhero, acedemos a uma turma de 20 alunos, bastante motivada ecom enorme vontade de transmitir as suas ideias e propostas para melhorar o mundo.

Com bastantes sonhos no pensamento, os/as alunos/as verbalizaram de forma criativa qual a marca quegostariamdedeixarnaescolaparaasgeraçõesvindouras:pintaraescola,terumrelvadosintético no recreio, entre outras sugestões, que procuramos desconstruir, com a colaboração da docente, por se tratarem de tarefas hercúleas.

Como forma de capacitar, desafiar e munir os/as participantes de mais conceitos, os/as alunos/as do 4.º ano foram convidados a refletir e a pesquisar mais informação acerca dos conceitos chave desta intervenção: determinação, espírito de equipa, resiliência, gestão do risco, gestão das emoções, inovação, entre outras, através de pesquisa no dicionário.

Na terceira sessão, depois de trabalhados os conceitos chave foi o momento de decidir, em grande grupo, qual a intervenção que iria representar a turma neste processo.

147

Os/asalunos/asindicaramcomonecessidadesprincipais:acolocaçãoderedesnovasparaasbalizas; reforçaram a importância de pintar a escolaede ser colocadaumacaixa deareia,pelomenos com as dimensões de 3 metros por três metros, para que os/as alunos/as mais pequenos pudessem brincar nesse espaço. A proposta que mereceu maior destaque foi a substituição das redes das balizas que se encontravam degradadas. Assim, foram definidas equipas para medição das balizas para posterior pedido de orçamento de redes para as medidas identificadas.

Na sessão seguinte, depois de avaliado o tamanho das balizas e eleito o melhor orçamento, ou seja, amelhorrelaçãoqualidadepreço,percebeu-sequeaturmaprecisariadeseunir,criandoumaproposta de trabalho clara e concreta para a angariação do valor necessário: 80€.

Foram várias as propostas como a solicitação aos pais de artigos em segunda mão para venda na escola, a venda de rifas ou um peditório na freguesia. Contudo, chegou-se à possibilidade de serem vendidos pequenos peluches, doados pela entidade gestora e executora do projeto CLDS 4IN – a Delegação de Santo Tirso da Cruz Vermelha Portuguesa. Os peluches deveriam ser vendidos, com o valor de 1€, pelo que foram colocados à disposição da Escola e da Associação de Pais 96 unidades.

Depois de confirmada essa possibilidade com a docente da turma e a Presidente da Associação de Pais e enviada a respetiva comunicação para a Direção do Agrupamento de Escolas, os/as alunos/as começaram a criar mensagens apelativas a anexar aos peluches para potenciar as vendas.

Neste sentido, os/as alunos/as compreenderam a importância do marketing do produto para estimular as vendas: atenderam às cores e às mensagens a utilizar nas etiquetas e à importância do recurso a cartazes a associar à venda.

Foram criadas frases como:

148
Figura 103 - Produto final antes do processo de angariação de fundos para a substituição das redes das balizas com as mensagens preparadas pelos alunos da turma

● “Juntos conseguimos redes novas para as balizas”;

● “É muito importante para nós”;

● “Compre para ajudar o nosso projeto”;

● “Obrigado por nos ajudar a substituir as redes das nossas balizas”;

● “Todos juntos fazemos a diferença”.

Gentilmente, depois da concretização da fase final da intervenção, com a venda dos peluches, informouqueavendadospeluchesrendeu97€tendosuperadoovalorbaseestimadoparaaaquisição do produto.

Porfim,quantificandoaintervençãorealizadaetendoporbaseaapreciaçãorealizadanofinaldecada sessão,deformaquantitativadestacamosoenvolvimentopositivodos/dasalunos/as,emlinhasgerais, quanto ao alcance dos objetivos, da satisfação percebida, do grau de concretização e adesão às propostas e a compreensão dos conteúdos.

Figura 104 - Avaliação realizada no final de cada intervenção, tendo por base os vários critérios de apreciação indicados, numa escala de 1 (valor mais baixo) a 5 (valor mais elevado) do desempenho dos/das alunos/as e alunas participantes

iv) Escola Básica deS. José – Refojos

A turma do 3.º e 4.º ano da Escola Básica de S. José, sob a orientação do professor Jorge Dias, composta por 13 alunos, na sua maioria do género masculino, conseguiu identificar, no decorrer da primeira sessão, a importância da melhoria dorecreio,ainda que sem uma proposta concreta ou ideia consensual de toda a turma.

149

Partindo do mesmo tronco comum e estimulando a criatividade, mas também a empatia, os/as alunos/as foram convidados a responder à questão: “Qual o meu sonho para mudar o mundo?”. Destacamos algumas das sugestões apresentadas:

● “Ser polícia para combater os crimes”;

● “Ajudar a renascer o mundo”;

● “Não matar a natureza e criar mais carros elétricos”;

● “Ser médico para ajudar as pessoas”;

● “Ser bem-educado e agradável”.

Nas primeiras sessões foram exploradas as duas histórias de base: “O Senhor empreendedorismo” e “Um projeto e meio limão” à semelhança das escolas anteriores.

Nas sessões que se seguiram procuramos apostar em dinâmicas de coesão grupal tendo sido realizadas as dinâmicas “Virando o tapete”, em que o grupo de participantes deveria unir-se paravirar o tapete ao contrário sem deixar para trás nenhum elemento. Deste modo, a tarefa só funcionaria se todosseenvolvessemnomesmosentido.Consideramosqueamensagemfoitransmitidaeassimilada.

Procuramos levar a efeito uma outra dinâmica: “punho fechado”, que consistia num jogo participativo e que servia para refletir sobre a forma como encaramos os problemas quando eles surgem. Como objetivo pretende-se simplesmente abrir a mão um do outro, mas não são dadas mais orientações. Assim, nesta turma de 3.º e 4.º anos, em duplas, os/as alunos/as foram convidados a abrir a mão do colega.Desalientarqueapósváriosanosdeaplicaçãodestadinâmica,inclusivejuntodeadultos,com formação superior ou não, a postura era unânime: o recurso à força para abrir o punho do colega. Salientamos que nesta turma, numa dupla, um aluno cuidadosamente pediu ao colega para abrir a mão e este anuiu através da comunicação positiva e não violenta.

No seguimento destas dinâmicas e para reforçar a empatia e a coesão grupal aplicamos, também o jogo, o “Bingo da amizade” que possibilitou um momento de descontração e fortalecimento de laços.

150

Retomando a ideia inicial de melhoria do recreio, os/as alunos/as sentiram como necessidade a aquisição de redes para as balizas substituindo as redes degradadas que disponham. Para tal, definiram que poderiam dinamizar uma tômbola para angariação de fundos e angariação do valor necessário estimado em 80€ para a aquisição de duas redes.

Depois de analisadas várias propostas e com o forte envolvimento do docente da turma e da associação de pais e encarregados de educação da escola foi agendada a data de 20 de fevereiro para a dinamização de uma tômbola no final da eucarística dominical. Neste processo, foi também possível contar com a colaboração do Pároco da freguesia na comunicação do evento junto dos paroquianos. Surgiuassim a Banca dos pequenos empreendedores.

Chegados ao dia da intervenção não poderíamos aceder a melhor resultado. Embora se tratasse de uma atividade de participação livre e realizada a um domingo, todos/as os/as alunos/as, os respetivos encarregados de educação e o docenteda turma, alémde estarem presentes no evento, contribuíram com bens para a Banca dos Pequenos Empreendedores.

Como analisamos no decorrer da atividade e expresso nas imagens seguintes competências como negociação, resiliência, determinação,colaboração,envolvimentoestiveram presentes nodecorrer da atividade envolvendo toda uma comunidade. O resultado final permitiu a angariação de 237€ tendo sido contagiante a motivação dos/das alunos/as e das alunas ao manusearem todo aquele valor essencialmente em notas apresentando-se, pelas suas expressões, como experiência nova.

151
Figura 105 - Dinâmica de interação grupal criada para estimular a comunicação entre pares na turma

Em forma de avaliação, tendo por base as cinco sessões realizadas em contexto de sala de aula, e o evento final, como forma de follow-up, destacamos o envolvimento da turma no decorrer do projeto com várias ideias, mas dificuldade em concretizá-las. Contudo, o resultado final demonstrou a importânciadasaprendizagensgeradasemcontextosnãoformaiseinformaisforadocontextodesala de aula, permitindo clarificar algumas das competências trabalhadas previamente.

152
Figura 106 - Sessão final com angariação de fundos para concretização do projeto da turma

v) Escola Básica de Parada– Carreira

Aturmado2.ºe4.ºanodaEscolaBásicadeParada,compostapor15alunos,desdeaprimeirasessão conseguiu identificar a problemática mais premente e com necessidade de intervenção por parte da turma – as situações de conflito no recreio.

Tendojáaideiabastantecimentada aturmacomeçou,depoisdeexploradasas ideiasiniciais,através dos dois livros de apoio às sessões “O senhor empreendedorismo” e “Um projeto e meio limão”, a trabalhar naconstruçãode jogos quepudessem ser replicados por outras turmas e por outras escolas por forma a diminuir os conflitos. Seriam também ideias para aplicarem no seu dia-a-dia enquanto colegas de turma.

153
Figura 107 - Avaliação realizada no final de cada intervenção, tendo por base os vários critérios de apreciação indicados, numa escala de 1 (valor mais baixo) a 5 (valor mais elevado) do desempenho dos/das alunos/as e alunas participantes

Paralelamente ao trabalho que estava a ser realizado pelos alunos no decorrer das sessões foram sendo apresentadas dinâmicas de grupo que, com a sua experimentação, podiam ser integradas no documento final, se devidamente validadas pela turma.

154
Figura 108 - Aplicação da dinâmica de grupo "Ovo voador" Figura 109 - Aplicação da dinâmica de grupo "virar o tapete"

Tendo por base a avaliação da técnica afeta à ação, realizada no final de cada intervenção, reconhecemosoenvolvimentopositivoeproativodaturmanodecorrerdaintervençãoquerdosalunos e das alunas da turma, quer da docente, a professora Silene Rodrigues.

Destacamos a capacidade de empatia, o espírito deequipae ocompanheirismo semprepresente nas sessões demonstrandofortes laços deentreajudaeamizadeentrepares,demonstrandoo interesse e motivação para a resolução de conflitos sempre que surgiam, com maturidade e resiliência.

O resultado final desta intervenção, que culminou com a criação de um manual, foi entregue a todos os/as participantes e replicado pelas outras escolas do concelho.

De forma muito pertinente esta turma pensou numa intervenção extraescolar de Parada com a expetativadechegaraoutrosalunosque,comasmesmasidades,possamsentirosmesmosdesafios.

Figura 110 - Avaliação realizada no final de cada intervenção, tendo por base os vários critérios de apreciação indicados, numa escala de 1 (valor mais baixo) a 5 (valor mais elevado) do desempenho dos/das alunos/as e alunas participantes

vi) Escola Básica da Igreja – Guimarei

A turma do 3.º e 4.º ano da Escola Básica da Igreja, composta por 15 alunos, sob a orientação da Professora Ana Paula Patrício,conseguiu identificar logo na primeira sessão a maior preocupação:os conflitos existentes no recreio, à semelhança da turma anterior, mas com uma outra roupagem. De acordocomaexplicaçãodosintervenientesafaltaderecursosmateriaisnorecreioeaimpossibilidade de trazerem brinquedos de casamotivavaos conflitos nos intervalos quer na turma, quer inter-turmas.

Seguindo a mesma intervenção inicial, os/as alunos/as conseguiram compreender a importância do seu empenho e dedicação na criação de um mundo melhor identificando como sonhos. Identificamos alguns a título de exemplo:

155

● “Acabar com o Covid 19”;

● “Não poluir o ambiente”;

● “Ter gente feliz à minha volta”;

● “Que as pessoas más começassem a ser boas”;

● “Acabar com a fome”;

● “Ser médica para ajudar quem precisa”.

Nestaturmaforamexploradasasduashistórias,quefaziampartedotroncocomumdestaintervenção, tendo sido associada uma outra história como mote para a prevenção dos conflitos em contexto de sala de aula e no recreio chamada “O resgate do Simão”, uma história que retrata o envolvimento de todaumaturmanamudançadocomportamentodeumcolegaagressor.Consideramosqueestaúltima história associada à temática do empreendedorismo poderia dar uma outra sustentabilidade à intervenção.

Começando com a execução da intervenção, numa primeira fase a turma começou por criar uma campanha contra o bullying pintando desenhos estimulando o convívio salutar entre os/as alunos/as. Esses desenhos seriam espalhados, posteriormente, por pontos estratégicos na escola, informando e sensibilizando os/as alunos/as.

Em seguida, pensamos em formas de angariação de fundos para a aquisição de recursos materiais para serem utilizados no recreio, para melhorar as brincadeiras e a interação entre os/as alunos/as, tais como: bolas de espuma, cordas, bolas de futebol, elásticos, entre outros. Esse levantamento foi realizado previamente com a docente e a turma.

Os/asalunosidentificaram,conjuntamentecomaprofessora,aformadeoperacionalizaraintervenção: ensaiar ereproduzircanções e danças com os/as alunos/as à entrada da escola paraaangariaçãoda verba necessária para a aquisição dos recursos materiais. Não obstante, à semelhança de outras

156
Figura 111 - Criação da campanha contra o bullying no recreio da escola

escolasecomoformaaaceleraroprocedimento,aentidadeexecutoraegestoradoprojetodooucerca de 100 unidades de pequenos peluches que seriam vendidos pelos alunos. Assim, esta intervenção potenciou o envolvimento dos/das alunos/as na promoção do produto com a criação de etiquetas coloridas e mensagens apelativas para captar a atenção do potencial cliente; a criação de cartazes comaapresentaçãodoproblemaeaindicaçãodesugestõesparaaresoluçãodoproblema–oconflito, indicando claramente ao cliente a importância da sua compra.

Com o término da intervenção recebemos gentilmente a informação por parte da docente quanto ao resultado final com a geração de cerca de 100€, o que permitiria a angariação dos recursos materiais almejados pelos alunos na expetativa de melhorar as suas brincadeiras nos intervalos.

A avaliação que realizamos desta intervenção é também francamente positiva fruto do forte empenho e dedicação da docente que impulsionou os/as alunos/as neste processo empreendedor e empoderador articulando sábia e eficazmente as matérias escolares a serem lecionadas naquele momento.

157
Figura 112 - Compilação da intervenção realizada com a turma

Apreciação dos docentes envolvidos na intervenção

No final das intervenções foi enviado um link de acesso a um formulário de apreciação a todos os docentes envolvidos na intervenção para apreciação do impacto da atividade. Dos seis docentes participantesconseguimosrecolhercincorespostasquenosajudam,comestaamostrarepresentativa, a conhecer os pontos fortes e os pontos fracos da nossa intervenção.

O documento tinha como questões centrais:

1. Avalie a intervenção da facilitadora quanto aos seguintes pontos sendo que o n.º 1 corresponde à categoria "muito mau" e o n.º 5 à categoria "muito bom".

a) Promoção do espírito de equipa.

b) Promoção de novos valores e aprendizagens.

c) Criação de um produto/ serviço de resposta às necessidades identificadas.

d) Apresentação e exploração do conceito de empreendedorismo.

e) Potenciação de competências transversais na turma, tais como resiliência, criatividade, inovação, entre outras.

f) Metodologias utilizadas

g) Estímulo na qualidade das respostas/ propostas apresentadas.

158
Figura 113 - Avaliação realizada no final de cada intervenção, tendo por base os vários critérios de apreciação indicados, numa escala de 1 (valor mais baixo) a 5 (valor mais elevado) do desempenho dos/das alunos/as e alunas participantes

Pelas informações recolhidas percebemos que a avaliação de situa entre o valor “4” correspondendo à valoração “bom” e “5” correspondendo a “muito bom”.

Na questão seguinte pretendíamos compreender a aplicabilidade apreendida sobre a temática, junto dos/asalunos/as,quantoàsdiferentesesferasdasuavida(escolar,familiar,socialeprofissionalnuma perspetivadeorientaçãovocacional)sendoqueo1correspondeàcategoria"muitomau"eo5a"muito bom". Destacamos que dois docentes quantificaram esta questão com o valor “4” numa escala de e três docentes validaram a intervenção com a cotação máxima “5”.

Antesdoscomentáriosesugestões,100%dos inquiridosindicaramquerecomendariamaintervenção do projeto CLDS 4IN na temática do empreendedorismo infantil a um colega de profissão.

Recebemos dois comentários finais pelos docentes inquiridos que transcrevemos:

● “O trabalho realizado na turma proporcionou um resultado excelente.”

● “Um projeto motivador, muito envolvente. Sem dúvida que deveria haver projetos assim mais vezes, onde as crianças se sentem as protagonistas”.

b) Ciclo de sessões de Empreendedorismo - 11.º ano Oficina do INA

Este ciclo de intervenções, num total de 5 sessões, foi realizado nos meses de maio e junho de 2021 com a turma de 11.º de Marketing da Oficina do INA, com os seus 24 alunos/as.

159
Figura 114 - Apreciação dos docentes das turmas sobre a perspetiva facilitadora da interação quanto à promoção do espírito de equipa entre outras competências

Apresentamos os conceitos-chave associados ao empreendedorismo e trabalhamos competências transversais tais como o espírito de equipa, espírito de iniciativa, a resiliência, entre outras competências, através das dinâmicas de grupo que foram mobilizadas para esse efeito.

Desconstruindo um negócio de chocolataria artesanal, em que os/as participantes puderam conhecer o produto, analisando o seu sabor, cheiro, textura, preço, imagem, entre outros, foram convidados a dar sugestões de melhoria para relançar esta marca de chocolates artesanais, de forma crítica, em pequenos grupos de três alunos/as.

160
Figura 115 - Turma participante na intervenção Figura 116 - Apresentação de um dos trabalhos de grupo de análise do produto - bombons artesanais

Transpondo as competências empreendedoras, para os desafios identificados na escola, os/as alunos/as definiram uma série de tarefas, a distribuir pelos diversos/as participantes, em prol da melhoria das suas condições. sinalizaram a falta de espaços cobertos para usufruir nos intervalos escolares especialmente quando as condições atmosféricas não permitam que possam andar ao ar livre. Redigiram ofício ao cuidado do diretor e propuseram alternativas e orçamentos para que a aferição dessa necessidade fosse avaliada de forma plena.

c) I Bootcamp

Nos dias 1 e 2 de outubro, foi realizado o primeiro Bootcamp do projeto CLDS 4IN e inserida nesta última ação do Eixo 1 de intervenção. Com este desafio procuramos trabalhar em grande grupo uma experiência, fora da zona de conforto dos/as participantes, refletindo sobre a temática central do empreendedorismo,procurandoadquirirnovossaberesenovasvisõesacercadatemática.Aatividade teve lugar na cidade de Guimarães onde visitamos empresas, conhecemos novos projetos sustentáveis e passíveis de replicabilidade no concelho de Santo Tirso.

161
Figura 117 - Cartaz de divulgação do Bootcamp I nas redes sociais, agrupamentos de escolas e comunicação social local

Tendo por base a avaliação geral aplicada no final da atividade compreendemos que os/as participantes posicionaram-se como "muito satisfeitos", 9 em 10 participantes. Quanto ao interesse e utilidade daatividadee asuaduração 8 em 10 participantes classificaram como "muito satisfeitos"e 2 como “satisfeitos”.

Quanto à dinâmica da equipa dinamizadora e a sua relação com os/as participantes todos/as os/as inquiridos classificaram como "muito satisfeitos”.

Em relação à aquisição de novos conhecimentos 8 em 10 classificaram como "muito satisfeito" e os restantes como “satisfeito”, o mesmo se aplica quanto aos itens acerca do desenvolvimento de competências sociais e pessoas e quanto à capacidade de desenvolvimento de uma cidadania ativa.

Como comentários recolhidos no final do documento destacamos: "muito boa iniciativa; foi uma experiência muito boa, gostei muito e gostava de repetir.

Anexo I - Regulamento Interno do Bootcamp I

No final da intervenção aplicamos um breve questionário para aferir o perfil de competências empreendedoras dos/as participantes.

A primeira parte reportava-se ao perfil de competências do/a empreendedor onde alcançamos os seguintes resultados:

CompreendemosqueestegrupodetrabalhoqueesteveconnosconoBootcampconviveregularmente com empreendedores; realiza atividades extraescola e/ou exerce uma atividade em part-time. demonstraboas competências ao nível do Q.E. permitindodefender a sua opinião mesmo quando em contradição com a maioria.

162
Figura 118 - Resultado do questionário aplicado para traçar o perfil de competências do/a empreendedor/a

No que concerne à personalidade compreendemos que 90% dos participantes se situam a meio da escala criada que confere a seguinte descrição: "Tens muito potencial dentro de ti mas os teus traços de personalidade impedem-te de te expressares. Experimenta técnicas de relaxamento e reflete “O que é que eu tenho a perder?”"

Quanto "ao estilo de resolução de conflitos" a percentagem mediana é similar, com a seguinte designação "A tua abordagem na resolução de problemas é às vezes muito rígida e pode resultar em ideias não-criativas que se baseiam na mesma solução dada para outros problemas anteriormente resolvidos. Tenta soltar-te e descobrir o teu potencial criativo."

Quanto à perceção doambienteescolar na promoção do empreendedorismo a mesma percentagem de participantes acedeu a esta resolução "Às vezes é difícil ser criativo na sala de aula; usa o teu potencial para mudar o ambiente. Se não, talvez te adaptes facilmente…"

Como conclusão compreendemos que apenas uma minoria sente possuir as competências empreendedorasqueomercadonecessitaparaconseguirvencernaescolaefuturamentenomercado de trabalho; outros sentem ainda que estão num patamar muito inicial, contudo, uma mensagem de otimismofoideixadaatodosos/asparticipantes:"Tens umbompotencialcriativo, masestáescondido atrásdetipróprio,devidoaoteuestiloderesolverproblemasoudevidoaoteuambienteescolar.Podes mudar qualquer um dos três. Então, de que é que estás à espera?"

d) Jornadas do Empreendedorismo - Oficina do INA

No dia 25 de outubro foi realizada uma nova edição das Jornadas de Empreendedorismo na Oficina do INA com especial incidência no empreendedorismo e inovação como fator crítico de sucesso na vida enquanto futuros profissionais.

163
Figura 119 – Dinâmica de apresentação realizada nas instalações da Delegação de Guimarães da CVP

Talcomonosilustraográficoseguinteasopiniõesdos/asinquiridossituam-se,grandemente,emtorno das respostas “muito satisfeito” e “satisfeito”.

164
Figura 120 - Sessão dinamizada na Oficina do INA Perante a intervenção realizada procuramos aferir a opinião dos/as participantes aplicando um breve inquérito por questionário. Figura 121 - Avaliação geral dos/as participantes quanto à intervenção realizada

e) Jornadas do Empreendedorismo - EscolaProfissional e de Serviços Cidenai

No dia 25 de novembro de 2022 a equipa do projeto replicou a mesma intervenção numa outra escola profissional procurando incentivar uma reflexão em torno do empreendedorismo como competênciachave no sucesso académico e profissional.

No final da intervenção aplicamos novamente um inquérito por questionário tendo sido recebidas e validadas 22 respostas que nos permitem compreender eficazmente a nossa intervenção enquanto equipa.

Iniciando com o programa da atividade e reportando-nos a uma avaliação fixada numa escala de 1 (mínimo) a 5 (máximo) 59,1% dos/as participantes classificou com a nota máxima, seguindo-se de 40,9% que classificou com a seguinte pontuação.

Tendo por base a mesma escala compreendemos que 54,5% dos/as inquiridos classificaram com a nota máxima a intervenção, seguindo-se a pontuação de 40,9% e pontuando com mediado indicaram 4,5% dos/as inquiridos.

Quanto à duração da atividade, 50% classificou com a pontuação máxima, seguindo-se a pontuação "4" de 40,9% dos/as inquiridos e a pontuação média de "3" atribuída por 9,1% dos/as inquiridos.

Em seguida, num conjunto de questões referentes à equipa dinamizadora 72,7% dos/as inquiridos atribuíramacotaçãomáxima,seguindo-seacotaçãoseguintecom22,7%dasrespostaseapontuação médiaatribuída a 4,5% dos/as inquiridos.

Quanto ao relacionamento da equipa com os elementos da turma destacam-se 54,5% com a nota máxima, seguindo-se 36,4% com a nota seguinte e com a pontuação mediana 9,1% dos/as participantes.

165
Figura 122 - Evidência da intervenção realizada na Escola Profissional e de Serviços Cidenai

Seguidamente, tendo por base a motivação imprimida aos participantes no decorrer da intervenção, 50% classificou com a nota máxima, seguindo-se 45,5% com a pontuação de "4" e com pontuação mediana 4,5% dos/as participantes.

Um outro ponto de análise, quanto à organização prática da intervenção e iniciando com a qualidade e local da intervenção 50% classifica com a cotação máxima, seguindo-se 45,5% com a classificação "4" e classificação média de 4,5% das respostas.

Quantoao apoiodaequipa dinamizadora68,2%classificoucomapontuação máxima,seguindo-sede 27,3% com pontuação de "4" e 4,5% com a pontuação média.

Noqueconcerne aohoráriodarealizaçãodaatividade, os valores mantêm-se próximos com 50% das respostas com a notamáxima,seguindo-se de 36,4% com a cotação de"4" e 13,6% apresentam uma classificação média.

De uma forma geral e quanto à aquisição de novos conhecimentos 63,6% classificou com a nota máxima, seguindo-se de 31,6% que classificou com a nota de 31,6% e uma resposta mediana foi atribuída por 4,5% dos/as inquiridos.

Quanto ao desenvolvimento de competências sociais e pessoais, 54,5% atribuiu a cotação máxima, seguindo-se 31,8% com a resposta seguinte e 4,5% que classificou novamente como mediana.

Porfim,quantoaodesenvolvimentodeumaatitudemaiscriativaeinovadoranaresoluçãodedesafios ocorreu um empate entre a pontuação máxima e a seguinte em 45,5% dos/as inquiridos e 9,1% classificou com a cotação mediana de "3".

f) Jornadas do Empreendedorismo - Agrupamento de Escolas Tomaz Pelayo

Já a 23 de novembro levamos a efeito a mesma intervenção junto dos/das alunos/as de duas turmas do ensino profissional do Agrupamento de Escolas Tomaz Pelayo onde o empreendedorismo se poderá afigurar como uma opção de carreira em duas áreas de estudo que permitem diretamente o exercíciodefunçõescomotrabalhadorindependente. Ainteraçãopromovidaentreaspartesafigurouse como bastante positiva em que as máximas da prevalência do Q.E. em detrimento do Q.I. pode afigurar-se como ponto crítico de sucesso na vida profissional destes jovens, em especial a inovação nas práticas e nos serviços a apresentar ao cliente.

166

No final desta intervenção replicamos o inquérito por questionário “Perfil do Empreendedor” (Anexo II), composto por 65 questões, subdivididas em 4 categorias:

● Parte I - Perfil geraldo empreendedor;

● Parte II - A minha personalidade;

● Parte III - O meu estilo de resolver problemas;

● Parte IV - O meu ambiente escolar.

Deste modo, numa escala de 1 (nunca) a 5 (sempre) procuramos balizar o perfil de competências de um empreendedor sendo os resultados acedidos, através de 15 inquéritos por questionário validados, muito similar àqueles recebidos pelos participantes no I Bootcamp realizado em outubro de 2022.

Tendo por base o feedback dos participantes foipossívelcompreender um pouco melhor o perfil geral enquanto empreendedores tendo por base a primeira parte do inquérito por questionário aplicado:

167
Figura 123 - Evidência de intervenção dinamizada no Agrupamento de Escolas Tomaz Pelayo

Analisando os dados recolhidos compreendemos que, de uma forma geral, os/as inquiridos/as denotampoucocontactocomarealidadedoempreendedorismo,querporfaltadefigurasdereferência que tenham uma atitude mais empreendedora e possa ter lançado um negócio próprio, quer pelo envolvimentoedesafiopessoalnacriaçãodealgopróprioestimuladopelaescolaouporalgumprojeto de voluntariado.

Não obstante, conseguem compreender quais as competências associadas a um negócio bemsucedido e mobilizam, algumas delas, para o seu dia-a-dia tais como no trabalho em equipa, na resolução de problemas e na defesa dos seus pontos de vista. Além disso, uma grande maioria de participantes destaca o interesse em desempenhar funções, futuramente, que permitam encontrar novas formas de resolução de problemas e de definiçãode tarefas revelandouma atitude inovadora e proativa.

Continuando a análise dos resultados alcançados e no que concerne à personalidade compreendemos que os 15 inquiridos se situam a meio da escala criada que confere a seguinte descrição: "Tens muito potencial dentro de ti mas os teus traços de personalidade impedem-te de te expressares. Experimenta técnicas de relaxamento e reflete “O que é que eu tenho a perder?”"

Quanto "ao estilo de resolução de conflitos" as respostas são similares, com a seguinte designação "A tua abordagem na resolução de problemas é às vezes muito rígida e pode resultar em ideias nãocriativas que se baseiam na mesma solução dada para outros problemas anteriormente resolvidos. Tenta soltar-te e descobrir o teu potencial criativo." Destacamos apenas uma resposta distinta de um participante que revela “um estilo aberto e criativo de resolução de problemas (...) Tenta tirar partido de cada oportunidade que te aparece para criar um espírito de questionamento, aventura e aprendizagem dentro de ti”.

Quanto à perceção do ambiente escolar na promoção do empreendedorismo a totalidade dos participantes identificou-se com a resolução "Às vezes é difícil ser criativo na sala de aula; usa o teu potencial para mudar o ambiente. Se não, talvez te adaptes facilmente…"

168
Figura 124 - Resultado do questionário aplicado para traçar o perfil de competências do/a empreendedor/a

Como conclusão compreendemos que apenas uma minoria sente possuir as competências empreendedorasqueomercadonecessitaparaconseguirvencernaescolaefuturamentenomercado de trabalho; outros sentem ainda que estão num patamar muito inicial, contudo, uma mensagem de otimismofoideixadaatodosos/asparticipantes:"Tens umbompotencialcriativo, masestáescondido atrásdetipróprio,devidoaoteuestiloderesolverproblemasoudevidoaoteuambienteescolar.Podes mudar qualquer um dos três. Então, de que é que estás à espera?"

g) Webinar Jornadas do Empreendedorismo

Este webinar final pretendeu envolver todos os/as alunos/as do ensino secundário de Santo Tirso através de um encontro online num horário em que a maioria dos/das alunos/as não tinham componente letiva, procurando gerar uma adesão massiva. Para tal, foram convidados 4 empreendedores que se disponibilizaram a apresentar o seu percurso pessoal e profissional que conduziu à emergência dos seus negócios colocando-se à disposição dos/as participantes para a colocação das devidas questões.

Este evento foi gravado, com o consentimento prévio de todos os/as participantes, permitindo que os vários agrupamentos de escolas pudessemfazer chegar a gravação aos alunos que nãoconseguiram estar presentes simultaneamente, os oradores demonstraram interesse em responder a novas questões que pudessem surgir no decorrer dessas visualizações.

Rita Martins é técnica de recrutamento e seleção numa empresa dedicada à contratação de quadros superiores ligados às novas tecnologias da informação e comunicação, com formação de base em psicologia.

169
Figura 125 - Cartaz de divulgação do webinar para as redes sociais, agrupamentos de escolas e comunicação social local

Sebastião Azevedo é CEO de uma empresa na área farmacêutica criou a sua própria empresa no decorrer de situação de desemprego em plena emergência da pandemia da COVID19 chegando a novos mercados em expansão.

Andreia Neto é Enfermeira veterinária criou negócio inovador de tosquia de animais de companhia com tesoura destacando-se no mercado e rompendo com outras formas de fazer tosquias. continua a expandir o seu negócio procurando responder a outras necessidades dos seus clientes como o alojamento dos animais de companhia em período de férias dos seus donos.

Miguel Cizeron é Chef de cozinha criou o seu conceito no concelho de Santo Tirso procurando, com os seus pratos, proporcionar uma experiência inovadora e de apuramento dos sentidos aos seus clientes rompendo com o conceito de cozinha tradicional portuguesa.

Caracterização dos/as participantes

Como fomos analisando à medida que as intervenções foram sendo apresentadas, com esta intervenção conseguimos envolver alunos e alunas desde o 1.º ciclo ao ensino secundário, de uma forma francamente abrangente por todo o território do concelho de Santo Tirso.

Quanto ao género e seguindo a tendência das intervenções realizadas nas escolas o género masculino, correspondente a 58% dos participantes destaca-se quanto ao género feminino correspondente a 42% das participantes.

A nacionalidade portuguesa é também a preponderante existindo apenas quatro elementos nascidos noutro país (Brasil, Luxemburgo e China).

Dada a abrangência de ciclos em que a intervenção foi levada a efeito a média de idades registada é de 14,8 anos.

E, por fim, quanto à freguesia de origem, denota-se o envolvimento desta ação em grande parte das freguesias do concelho em especial no núcleo urbano e na União de Freguesias de Areias, Sequeirô, Lama e Palmeira, seguindo-se a União de Freguesias de Carreira e Refojos de Riba de Ave.

170

A avaliação que foi sendo recolhida no final de cada intervenção demonstra a importância e eficácia destastemáticasemcontextoescolareoseucarácterdecomplementaridadedassoftskillsabordadas pelos diferentes docentes na concretização dos programas escolares.

Simultaneamente, a abertura da ação à partilha de experiências empreendedoras por parte de vários profissionais com experiências pessoais e profissionais validadas podem inspirar os seus interlocutoressendomaisumaintervençãoquemereceserreplicadanumapróximageraçãodoprojeto CLDS.

171
Figura 126 - Freguesia de origem dos/as participantes Avaliação

Eixo 2 - Intervenção familiar e parental, preventiva da pobreza infantil

Atividade 17 - IN Família: Dinamização de atividades lúdico-educativas alusivas à parentalidade, numa lógica de prevenção de comportamentos de risco, promovendo a participação da comunidade

Descrição do objetivo geral: Capacitar famílias através de um conjunto de ações orientadas para a prevenção de comportamentos de risco

Caracterização dos destinatários: Famílias

Indicadores de execução: N.º destinatários e n.º de sessões

Resultados esperados: 310 Destinatários

Parceiros: EMAT, CPCJ, Agrupamento de Escolas Tomaz Pelayo; Agrupamento de Escolas D. Dinis; AgrupamentodeEscolasD.AfonsoHenriques;EscolaProfissionalAgrícolaCondedeS.Bento;Oficina do INA; CMST; NLI; Betweien; Juntas Freguesia.

Fontes de verificação: Ficha de participante; registos presenciais, registos fotográficos e questionário de satisfação

Metas: Pelo menos 50% dos participantes identifiquem um aumento de conhecimento e mudança na sua prática parental, meta que consideramos ter sido atingida, pelos resultados da aplicação dos questionáriosdesatisfaçãoaplicadosaosencarregados/dasdeeducação,apósasuaparticipaçãonas atividades, bem como através de alguns testemunhos enviados pelos participantes, que poderão ser verificados de seguida.

Contextualização

Esta atividade teve como objetivo promover momentos de partilha e bem-estar, através de atividades lúdico-educativas na comunidade alusivas à parentalidade, numa lógica de prevenção de comportamentos de risco, promovendo a participação da comunidade. As atividades foram realizadas comacolaboraçãodasequipasqueintervêmjuntodasfamíliase/oucriançascomindicadoresderisco - CAFAP, EMAT, CPCJ entre outros - sem qualquer pretensão de nos sobrepor a estas. Desta forma,

172

tentou-se, sempre que possível, articular com estas equipas a fim de recolher necessidades e, após planificação de atividades, realizada divulgação com as mesmas, a fim de priorizarmos as famílias e respetivas crianças, acompanhadas por estas equipas.

Assim, esta ação foi estruturada de forma a que fossem pensadas e realizadas atividades dirigidas prioritariamente, a agregados familiares de baixos rendimentos dos quais fizessem parte crianças e jovens, com o principal intuito de os apoiar. Pretendeu-se assim, otimizar processos de qualificação familiar, orientados para a prevenção de comportamentos de risco, dotando os/as participantes de conhecimento para a mudança na sua prática parental.

Com esta ação, previu-se a promoção da interação criança-família através de uma experiência de capacitação enriquecedora e divertida, o desenvolvimento de competências pessoais e sociais, o desenvolvimento de competências de autonomia e de organização, a realização de atividades em grupo, o princípio da reutilização, a promoção do envolvimento e interação em atividades positivas de natureza lúdica e educacional, numa lógica de promoção da parentalidade positiva.

Pretendeu-se, de igual forma, capacitar as famílias participantes, promovendo competências empreendedoras, dotando-os de ferramentas úteis à gestão e mediação familiar por forma a ser enaltecido um aumento de conhecimento credível e mudança na sua prática parental.

Ações de intervenção

No âmbito da Ação n.º 17-IN Família foram desenvolvidas 20 atividades distintas, mas complementares, onde se conseguiu envolver 323 famílias.

a) Workshop sobre Comunicação Positiva na Parentalidade

Por forma a darmos início a esta ação, a equipa do projeto adaptou as atividades previstas em candidatura para um regime online. Assim, foi realizado, no dia 29 de janeiro de 2021, um Workshop Onlinesobre Comunicação Positivaincidindosobre as questões parentais. Nesta atividadeatravés de uma abordagem prática e exemplificativa foi apresentado o Modelo de Comunicação Positiva (Comunicaçãonãoviolenta)deMarshallRosenbergesuaimportânciadeaplicaçãonasrelaçõesentre pais e filhos. No dia 27 de setembro, foi dinamizada a 2.ª edição deste Workshop. Desta vez, a atividade decorreu presencialmente, na Junta de Freguesia de Vila das Aves.

173
Figura 127 - Workshop subordinada ao tem Comunicação Positiva na Parentalidade

Avaliação da Atividade- 1ª edição

A avaliação desta atividade foi realizada através da aplicação de um Questionário de Satisfação no final da atividade tendo sido validadas 8 respostas.

A avaliação relativa aos três pontos de análise deste instrumento: Conteúdos Programáticos e Métodos,Organizaçãoe Avaliação Globalé, nogeral, positiva. Amaior partedas respostas situam-se naopção“MuitoSatisfeito” e/ou“Satisfeito”.Dereter, quealguns participantesreferemdificuldades na utilização da plataforma utilizada (Microsoft Teams).

“Ótimo workshop. Ajudou muito a identificar maneiras de melhorar a comunicação e de perceber o quanto as vezes não somos claros.” - Testemunho de Participante

Avaliação da Atividade- 2ª edição

Numa segunda edição da atividade replicamos a avaliação. Importa referir, que esta atividade contou com a presença de públicos muito díspares em termos de conhecimento dos conteúdos a abordar, o que dificultou a sessão. Neste caso, tivemos, por um lado, alguns profissionais de saúde presentes, que já dominavam os temas, até por já terem assistido a outras formações sobre a temática e, por outro, um conjunto de pessoas com baixas qualificações e sem qualquer conhecimento da temática.

Fruto destas discrepâncias, a sessão iniciou meia hora mais tarde, uma vez que tivemos vários participantesqueprecisaramdeajudadastécnicasqueiriamconduzirasessão,paraopreenchimento dafichade participante. Estaatividadecontoucomapresençade12participantes,embora apenas10 tenham assinado a folha de presenças.

174
Figura 128 - Avaliação da Atividade "Workshop sobre Comunicação Positiva na Parentalidade"-1ª edição

Ainda assim, as avaliações dos participantes foram de uma forma geral positivas, estando maioritariamente concentradas na opção “Muito Satisfeito” ou “Satisfeito”.

b) Concurso Dia do Pai

No âmbito da comemoração do Dia do Pai, a equipa do projeto dinamizou um concurso dirigido às famílias residentes em Santo Tirso, onde se pretendia que os Encarregados/as de Educação lessem o conto Pássaro da Alma de Michal Snunit aos seus educandos/as e gravassem o momento.

Este livro explica de forma simples e poética o que é alma, os valores, a moral remetendo-nos para a importância do autoconhecimento e dos nossos sentimentos.

Com a organização desta atividade, pretendeu-se a promoção de momentos em família, incentivando os encarregados/as de educação a conversar com os seus filhos/as acerca dos seus sentimentos.

Os três vídeos mais originais foram premiados com o livro “O menino que vivia das nuvens” de Sofia CoelhoBranco.Estaatividademobilizoutrêsfamílias,queaderiramàatividadeenviandoparaaequipa do projeto fotos e vídeos da atividade proposta.

c) Oficina do Brinquedo

AOficina do Brinquedotratou-se de umaatividade dirigidaa crianças efamiliares, em especial os que pertencem a agregados familiares de baixos rendimentos, para que pudessem desfrutar de novas experiências saudáveis e ativas, alusivas à prevenção de comportamentos de risco no seu agir.

175
Figura 129 - Avaliação da Atividade "Workshop sobre Comunicação Positiva na Parentalidade"-2ª edição

Pretendeu-seacriaçãoeconstruçãode brinquedoscommateriaisreutilizáveisquehabitualmentetêm o seu destino no lixo comum. Os principais objetivos desta atividade passaram por proporcionar às crianças e seus familiares uma experiência de capacitação enriquecedora e divertida através do desenvolvimentodas suas competênciaspessoaisesociais; desenvolvercompetências de autonomia eorganização,realizaratividadesemgrupo;incutiroprincípiodareutilização;promoveroenvolvimento e a interação criança-família em atividades positivas de natureza lúdica e educacionalnuma lógica de promoção da parentalidade positiva.

No total dinamizaram-se três Oficinas do brinquedo, para as quais contamos com a colaboração de três voluntárias da Juventude da CVP - delegação de Santo Tirso:

● A primeira edição decorreu no dia 27 de março, em formato online. Nesta atividade, dirigida quatro famílias, foram construídos brinquedos a partir de materiais recicláveis, de modo a alertar para a importância de se evitar o desperdício alimentar, bem como promover uma parentalidade positiva, através do ato de brincar;

● No dia 11 de dezembro foi dinamizada a 2.º edição, em formato presencial, que decorreu no Museu Abade Pedrosaefoidesenvolvida emparceriacomaDivisãodaEducaçãodaCâmara Municipal de Santo Tirso. Nesta atividade participaram 17 famílias, um total de 33 pessoas, entre encarregados/as de educação e crianças. Cada uma das famílias presentes construiu três brinquedos diferentes, nomeadamente, um labirinto, um jogo de matraquilhos e um vaivem;

● No dia 19 de março de 2022, replicamos a atividade desenvolvida no Museu Abade Pedrosa na Escola Básica Parada Carreira, envolvendo 22 famílias na atividade, um total de 45 pessoas. Esta atividade foi promovida no Dia no Pai, pelo que foi dirigida, principalmente, aos encarregados de educação do sexo masculino.

176
Figura 130 - Evidências Atividades "Oficina do Brinquedo" na sua 3ª edição

Avaliação da Atividade Oficina do Brinquedo

Para a avaliação das duas últimas edições da Oficina do Brinquedo, optou-se por aplicar dois tipos de questionário de satisfação, um para as crianças e outro para os adultos. Apenas foi solicitado o preenchimento pelas crianças, quando estas já tinham idade e conhecimento suficiente para compreenderemoquelheserapedidoemcadatópico.Naprimeiraedição,tendoaatividadedecorrido em formato online, apostou-se numa avaliação qualitativa junto das quatro famílias participantes.

Na 2.ª edição da atividade foram recolhidas 13 respostas dos encarregados /as de educação e 13 de crianças e jovens participantes. O feedback foi positivo em todas as categorias em questão. De notar, que tanto adultos, como menores apontaram a duração da atividade como um ponto menos positivo.

A atividade foi realizada tendo por base as orientações da Direção Geral de Saúde relativamente à PandemiaCOVID19,queapelavamparaoevitamentodeaglomeradosdepessoasemsítiosfechados. Realizada na Sala do Serviço Educativo do Museu Abade Pedrosa, foi necessário limitar o n.º de famílias por hora. Para tal foram criados turnos, com a duração de uma hora e trinta minutos (tempo estipuladopelaequipadoprojeto),deforma aqueváriasfamíliaspudessemusufruirdaatividade.Não obstante, adivinhou-se insuficiente, uma vez que, após a construção dos brinquedos, as crianças queriam continuar na atividade para brincarem com os seus novos brinquedos.

177
Figura 131 - Avaliação da Atividade Oficina do Brinquedo 2.º edição (Encarregados/as de educação)

Avaliação da Atividade Oficina do Brinquedo - 3ª edição

Na terceira edição desta atividade, o feedback dos participantes foi igualmente positivo, situando-se assuasrespostasnaopção“MuitoSatisfeito”.Otópicoquereuniumaisparticipantesnaopção“Pouco Satisfeito”, foi mais uma vez a duração das atividades.

178
Figura 132 - Avaliação da Atividade Oficina do Brinquedo 2.ª edição (Crianças e Jovens) Figura 133 - Avaliação da Atividade Oficina do Brinquedo 3.º edição (Encarregados/as de educação)

d) Os Direitosdas Crianças

No âmbito das atividades dinamizadas em parceria com o Centro Infantil da CVP, sobre a temática “Direitos das Crianças”, foi entregue a cada criança um KIT composto por um livro, um baralho de cartas, construído pela equipa do projeto, e um gráfico de pizza, para preencherem com os Direitos das Crianças. Desta forma, foiproposto aos encarregados de educaçãoque, juntamentecom os seus educandos, realizassem estas três atividades.

Cada um dos jovens recebeu o livro Direitos das Crianças de Maria João Carvalho, um livro que tem como base a Declaração Universal dos Direitos das Crianças e que, de forma simples, bastante ilustrativa e divertida aborda os direitos das crianças e o tema da diferença. Este livro foi entregue a cada famíliacomomoteparaas atividades propostas,istoé,obaralhodas cartas eográficode pizza. O baralho construído pela equipa do projeto é composto por 12 cartas, sendo que uma corresponde às instruções do jogo. Nas restantes 11, está escrito um direito às crianças, acompanhado com uma imagem ilustrativa do mesmo e, ainda, um desafio a ser realizado pelas famílias. Este desafio poderá ser: responder a questões como, por exemplo, “Em que ano foi aprovada a declaração Universal dos Direitos das Crianças pela ONU; fazer mímica sobre o direito em questão, para que o adversário o consigaadivinhar; fazer desenhos sobreos direitos ou contar histórias alusivas ao direitopresenteem cada carta. O jogo termina quando forem viradas as 11 cartas.

Conforme referido, estas famílias receberam também um gráfico de pizza, em que cada fatia deveria ser preenchida com um direito das crianças e uma pequena ilustração, conforme o que vemos na imagem abaixo.

179
Figura 134 - Evidências das Atividades sobre os Direitos das Crianças

e) Peddy-paper em Família

A atividade Peddy-paper em Família teve como objetivo promover a interação entre a criança e a família, nos espaços verdes do município. Assim, planeou-se uma atividade que, para além de ser divertida,desafiavaasfamíliasaresponderàsperguntasqueestavamnopeddy-paper,sobreahistória doparquedeGeão,conservaçãodanatureza,poesiaearte,noâmbitodoDiaMundialdaConservação da Natureza. Contou com a presença de seis famílias residentes em Santo Tirso. A família com mais respostascertasecommenortempofoipremiadacomummicro-ondasoferecidopelaempresaJocel, Lda. Para além desta empresa, a atividade contou com a colaboração e envolvimento da Divisão de Turismo da Câmara Municipal de Santo Tirso e da empresa Vieira de Castro - produtos alimentares S.A, que contribuíram com os seus produtos para a atividade.

No dia 17 de setembro a atividade peddy-paper foi realizada novamente no mês local e contou com a presença de cinco famílias.

f) Ser Pai na Geração ON

No dia 30 de novembro foi dinamizada a sessão “Ser Pai na Geração ON” dirigida a encarregados de educação de jovens residentes/estudantes em Santo Tirso, nomeadamente, do Agrupamento de EscolasD.DinisenaEscolaProfissionalAgrícolaSãoBentodoConde.Estaatividadefoidesenvolvida em parceria com o Projeto Go offline, um projeto na área do uso problemático da internet (UPI) criado e desenvolvido pela ASAS no Centro Comunitário da Trofa, que desafiamos a juntarem-se a nós para conversar sobre as questões da parentalidade digital com os Encarregados de Educação.

Nesta atividade inscreveram-se 22 encarregados de educação, contudo apenas estiveram presentes cinco. Ainda assim, uma vez que se tratou de uma sessão de esclarecimento de dúvidas, que foram deixadas pelos encarregados de educação no momento da inscrição, a equipa do projeto enviou para

180
Figura 135 - Evidências das intervenções realizadas na implementação dos peddy-papers no Parque de Geão

todos os inscritos dicas de como se ser um bom modelo digital e um livro em formato PDF em que é abordada a temática.

Esta atividade teve como objetivo geral desenvolver a parentalidade digital, capacitando os responsáveis por crianças e jovens do seu papel enquanto utilizadores de novas tecnologias. Foi abordada, também, a importância de se ser um bom modelo digital, os riscos da internet, nomeadamente, cyberbulling, shareting e fake news e identificados sinais de alerta.

Avaliação da Atividade

Dos cinco participantes que responderam ao questionário de satisfação, todos concentraram as respostasnaopção“MuitoSatisfeito”e/ou“Satisfeito”.Apenasumdosparticipantes,respondeu“Pouco Satisfeito” relativamente ao horário da realização desta atividade.

“Sessão muito enriquecedora. Abordagem simples, mas que focou aspetos relevantes.”Encarregado/a de educação

g) Peddy-paper- Exposição Mercadoria Humana Norte e Visita

Os dois eixos do projeto CLDS 4IN e a Juventude da Delegação de Santo Tirso da CVP promoveram, entre os dias 2 a 15 de fevereiro, na Quinta de Fora da Escola Profissional Agrícola Conde de São Bento (EPACSB), a Exposição Mercadoria Humana | Fotografia e Artes Plásticas, da autoria do

181
Figura 136 - Avaliação da Atividade Ser Pai na Geração ON

fotógrafoPedroMedeirosedeestudantesdaEscolaUniversitáriadasArtesdeCoimbra,umaparceria com a Saúde em Português, no âmbito do projeto Mercadoria Humana #Norte.

Neste sentido, foi criado e aplicado um peddy-paper sobre a temática e obras expostas no decorrer das visitas à exposição de famílias e jovens.

Nesta atividade, tivemos a visita de duas famílias que fizeram o peddy-paper preparado e outras que apenas visitaram a exposição, com acompanhamento dos técnicos presentes.

h) Concurso Natal em Família

Em 2021, lançamos um concurso de árvores de Natal, dirigido a famílias residentes em Santo Tirso. Nesta atividade inscreveram-se seis famílias, mas apenas cinco enviaram a foto da árvore de Natal decorada/ construída em família. As votações para eleger o vencedor decorreram na rede social Facebook do projeto, através da contabilização de gostos.

182
Figura 137 - Evidências da atividade Peddy-paper- Exposição Mercadoria Humana Norte e Visita à mesma

A família vencedora

premiada

i) Educar Para as Emoções

No âmbito da parceria estabelecida entre o Projeto CLDS 4IN e a Divisão da Educação da Câmara Municipal de Santo Tirso realizou-se o Workshop "Educar para as emoções", dinamizado pela Dr.ª Miguela Monteiro, Psicóloga no CAFAP da ASAS.

Neste Workshop, os encarregados/as de educação puderam aprender ferramentas práticas, que lhes irão permitir trabalhar as emoções com os seus educandos/as; aprender a reconhecer emoções e compreender o modo como elas intervêm na relação com os seus dependentes, bem como analisar casos práticos.

183
Figura 138 - Evidências Concurso Natal em Família foi com um pequeno eletrodoméstico doado pela Euronics Santo Tirso. Figura 139 - Evidências do Workshop Educar para as Emoções

“As emoções são como ondas, elas passam pelo nosso corpo e as sentimos como um barco quando ésacudido pelomar.O importante é sabermos quea onda passae o barco fica. Nós somos o barco e não a onda. Ninguém é o que sente, somos a capacidade de sentir.” - Renato e Marina Caminha

Avaliação da Atividade

Em termos da avaliação da atividade responderam ao questionário de satisfação 27 participantes. Destes, a maioria avalia a sessão como positiva, referindo uma boa exposição do tema. Os pontos mais negativos apontados foram a duração da atividade, que deveria ter terminado às oito e meia e estendeu-se até às nove e o horário da sua realização (19h).

“Obrigadaàformadoraeatodosos/asparticipantespelapartilhadeexperiênciasedeconhecimentos.”

“Foi um tema muito interessante, esclarecedor, muito acessível, gostei de ter participado. Obrigado.”

Testemunhos de Participantes

j) Coaching para mães

No dia 9 de abril dinamizamos uma sessão de coaching dedicada às mães onde procuramos compreender o momento presente, do que as limita, da visão que têm delas mesmas e dos caminhos/objetivos que querem percorrer.

184
Figura 140 - Avaliação da Atividade Workshop Educar para as Emoções

Desta forma, esta sessão, muito prática e repleta de exercícios, iniciou-se com uma pequena apresentação feita em duplas, onde cada participante fazia as seguintes questões à outra:

● Quais são os teus sonhos?

● Qual é o teu potencial?

● O que já fizeste de espetacular?

● O que te faz sentir feliz?

● O que aprendeste com as tuas vitórias?

No decorrer da sessão, as participantes tiveram ainda a oportunidade de refletir sobre os seguintes conceitos/temas: autoconhecimento através da reflexão conjunta destas duas questões: Quem sou eu? e “O que quero ser; definição de objetivos; coaching; autoestima; coaching familiar; gestão de tempoe importânciadacomunicação.MaisumavezqueremosagradeceràAssociaçãodePaisdesta escola pela disponibilidade e participação nas atividades do projeto.

Avaliação da atividade

Conforme pode ser verificado no gráfico abaixo, a aplicação do questionário de satisfação junto das oito participantes demonstrou que todas ficaram bastante satisfeitas com esta atividade. Para os tópicosemanálise,nenhumadasparticipantesrespondeu“PoucoSatisfeito”ou“NadaSatisfeito”,pelo queconcluímosquefoiumabastanteprofícua,conformeseverificouatravésdasinteraçõesepartilhas que foram decorrendo durante a mesma.

185
Figura 141 - Avaliação da Atividade Coaching para mães

k) Showcooking

No dia 11 de maio de 2022, promovemos uma sessão de sensibilização e showcooking dirigida a famílias, com o objetivo de as capacitar com conhecimentos e competências para fazerem melhores escolhasalimentares,receitasequilibradas,rápidas emarmitassaudáveis.Estaatividadefoirealizada em parceria com a Divisão da Educação da Câmara Municipal de Santo Tirso, no âmbito da sua estratégia para a Promoção da Alimentação Saudável, na Quinta de Fora, local cedido pela Escola ProfissionalAgrícolaCondedeSão Bento. Adinamizarestaatividadeesteveo ChefedeCozinhaLuís Coelho, Professor na EPACSB e voluntário da Juventude da CVP.

Esta atividade contou com a presença de 14 participantes, entre crianças e encarregados/as de educação, no total de seis famílias.

A atividade iniciou pelas 18h com uma pequena sessão de abertura, onde contamos com a Sr.ª Vereadora da Divisão da Educação da Câmara Municipal de Santo Tirso, Eng.ª Sílvia Tavares, e com a Diretora dos Serviços Sociais da ASAS, Dr.ª Maria do Céu Brandão.

De seguida, foi apresentado o vídeo “Alimentação equilibrada, completa e Variada!” pela Dr.ª AlexandraLima,nutricionistadaCâmaraMunicipal.Seguiu-seaintervençãodoProfessorLuísCoelho, que explicou aos participantes as receitas que iriam preparar, naquele fim de tarde.

A receita escolhida foi um Húmus feito à base de grão-de-bico, palitos de cenoura, sanduíche de fiambre de peru, queijo fresco, alface e tomate e limonada. Neste dia, para além do showcoking foi possívelqueasfamíliascozinhassemtambém,umavezqueaEPACSBcedeuumadassuascozinhas industriais,paraaatividade.Nofinal,houveummomentoparadegustaçãodasreceitasconfecionadas e um momento para entrega de certificados de participação.

186
Figura 142 - Momento final de prova das receitas confecionadas e avaliação da atividade

Avaliação da Atividade

A atividade Showcooking foi avaliada pela maioria dos encarregados de educação com “Muito Satisfeito” no que concerne aos tópicos em questão. De destacar que relativamente ao horário da realização da atividade e qualidade e adequação das instalações e equipamentos, dois encarregados de educação responderam “Satisfeito”.

l) Efeitos da pandemianas crianças e nos jovens

No âmbito da parceria estabelecida entre o Projeto CLDS 4IN e a Divisão da Educação da Câmara Municipal de Santo Tirso realizou-se, também, no dia 21 de abril, a sessão "Efeitos da Pandemia nas crianças e nos jovens". Esta sessão, dinamizada pela Dr.ª Daniela Fernandes (Psicóloga na Casa de Acolhimento Temporário Casa do Sol da ASAS), teve como objetivo a consciencialização dos/as encarregados/as de educação para as consequências sócio emocionais da pandemia Covid-19 nos seus filhos/as.

“Asespéciesquesobrevivemnãosãoasmaisfortes,nemasmaisinteligentes,massimasquemelhor se adaptam às mudanças." - Megginson, 1963, cit in Darwin

187
Figura 143 - Avaliação da Atividade Showcooking

Avaliação da Atividade

A atividade contou com a participação de 17 encarregados/as de educação. Por forma a avaliar a atividade, no final da sessão online foi solicitado o preenchimento do questionário de satisfação, que dispusemosatravésdepartilhadelink.Dos17participantes,apenas9preencheramestequestionário.

Asrespostasdosparticipantesparaostópicosemavaliaçãoconcentraram-senasuamaiorianaopção “Muito Satisfeito” ou na opção “Satisfeito”.

“Parabéns!!! O saber é sempre uma mais-valia Obrigada!” - Participante

m)Mãos à Obra em Família

Nodia28demaioestivemosnaEscolaBásicaParadanafreguesiadaCarreiraadinamizaraatividade Mãos à Obra em Família.

Através desta atividade, pretendeu-se a dinamização de uma atividade para que crianças e suas famílias, pudessem desfrutar de novas experiências saudáveis e ativas, alusivas à prevenção de comportamentos de risco no seu agir. A finalidade desta atividade era a pintura de jogos no recreio desta escola. Assim, de uma forma prática e lúdica, trabalhou-se a prevenção de comportamentos de risco e a promoção de uma parentalidade positiva através do ato de brincar em família.

Osprincipaisobjetivostraçadospassavampor proporcionaràscriançasefamíliasumaexperiênciade capacitaçãoenriquecedoraedivertidaatravésdodesenvolvimentodassuascompetênciaspessoaise sociais, de autonomia e organização; promover o envolvimento e a interação criança-família em

188
Figura 144 - Avaliação da atividade Efeitos da pandemia nas crianças e nos jovens

atividades positivas de natureza lúdica e educacional numa lógica de promoção da parentalidade positiva.

Nesta atividade estiveram presentes 11 participantes entre crianças e respetivos encarregados/as de educação, um total de 4 famílias. No total pintaram-se três jogos diferentes no recreio desta escola.

Nesta atividade, tivemos como parceiros a Associação de Pais da escola, que teve um papel fundamentalna mobilização de famílias para a atividade.

Graças à colaboração de todos, a Escola da Carreira ficou ainda mais bonita!

Figura 145 - Evidências da intervenção realizada na Escola da Carreira Agradecemos também à ARGATINTAS pelo donativo das tintas que permitiram a execução desta atividade!

Avaliação da Atividade

A atividade foi avaliada por todos os encarregados de educação com “Muito Satisfeito” em todos os aspetos avaliados. O feedback das crianças também foi bastante positivo, pese embora não se tenha aplicado este questionário, pelo tardar da atividade e pelo calor que se fazia sentir neste dia.

189

n) Mastercook em Família

Com a intenção de promover a igualdade de oportunidades e a não discriminação de todo e qualquer indivíduo, propusemo-nos afomentarainclusãosocial. Aintegraçãonacomunidade destes gruposde extrema fragilidade, nomeadamente crianças, jovens e respetivas famílias, consegue-se com a oferta de novas experiências saudáveis e ativas, aliadas à diversão e aprendizagem. A intervenção de proximidade leva-nos a alcançar uma sociedade cada vez mais justa e inclusiva uma vez que tem em conta as potencialidades dos seus intervenientes.

Com a atividade Mastercook, pretendeu-se de uma forma geral, capacitar as famílias através de uma atividade lúdica, divertida e educativa, orientada para a prevenção de comportamentos de risco. Com estaatividadepreviu-se apromoção dainteraçãocriança-família,odesenvolvimentodecompetências pessoais e sociais, o desenvolvimento de competências de autonomia e de organização, a promoção do envolvimento parental na vida das crianças, contribuindo de um modo mais abrangente para o desenvolvimento equilibrado das interações e relações familiares.

Após reunião com a Direção da Escola Profissional Agrícola Conde São Bento, foi demonstrado interesse em atividades que promovam uma maior ligação dos encarregados de educação à escola, nomeadamente, de uma turma em particular, onde não existe este envolvimento e interesse pelo contexto escolar. Assim, foi sugerida a dinamização da atividade Mastercook em Família, na escola dirigida a esta turma, em específico.

Esta atividade realizou-se no dia 4 de junho de 2022 na Quinta de Fora (EPACSB) e contou com a presença de 5 famílias.

190
Figura 146 - Avaliação da atividade Mãos à Obra em Família

Noiníciodaatividadefoisorteadoumcabazporfamília(carne,peixeouvegan)oferecidopeloAuchan de Santo Tirso. Depois as famílias foram divididas por dois turnos e tiveram que cozinhar um prato utilizando os ingredientes que estavam no seu cabaz. Mais tarde, apresentaram o seu prato aos elementos do júri, Dr.ª Gilda Torrão - Diretora Geral da ASAS; Prof. Víctor Fernandes - Presidente da CVP-delegação de Santo Tirso; Prof.ª Magda Fernandes- EPACSB; Chef Cizeron e o Grupo Auchan, representado por Marlene Ribeiro.

Ospratosforamvotadosporesteselementosdojúrie,apósoalmoço,confecionadopelosprofessores desta escola, realizou-se a divulgação de resultados e entrega de prémios.

Esta atividade não seria possível sem a colaboração dos patrocinadores que, generosamente, contribuíram com os prémios deste concurso, bens alimentares e materiais necessários para estas atividades.

Esta atividade contou, ainda, com o envolvimento de professores, funcionários e Direção da escola que, com entusiasmo, aceitaram este desafio e se envolveram afincadamente no planeamento e organização desta atividade.

Avaliação da atividade

Nofinaldaatividadefoiaplicadooquestionáriodesatisfaçãoàsfamílias.Aatividadefoiavaliadacomo positiva por todas as famílias participantes.

191
Figura 147 - Evidências da atividade Mastercook em Família

o) Piqueniqueem Família

Paraassinalar oDia daFamília,queseassinalouno dia15demaiode2022, foidinamizadonodia29 desse mês um piquenique em família, associando atividades lúdico-educativas alusivas à parentalidade, numa lógica de prevenção de comportamentos de risco, promovendo a participação da comunidade. Estaatividadefoirealizada noParque deGeãoetevecomoobjetivoscriarmomentosde partilhaemfamília,comadinamizaçãodeumaauladezumba,um piqueniqueeumpeddy-paper pelo parque. Durante o evento os/as participantes tiveram ainda à sua disposição dois insufláveis; pinturas faciais; jogos tradicionais e um espaço para pintura de mandalas e outro para construção de coroas feitas com trapilho.

Esta atividade decorreu entre as 11h e as 16h30 e contou com a participação de 49 famílias.

192
Figura 148 - Avaliação da Atividade Mastercook em Família Figura 149 - Evidências Atividade Piquenique em Família

Avaliação da Atividade

Uma vez que se tratava de uma atividade com um carácter bastante lúdico, não se passou o questionário de satisfação, conforme noutras. Optou-se antes por colocar cartolinas espalhadas pelo localdaatividade,ondeos/asparticipantespoderiamdeixarcríticas,comentárioseousugestõessobre a mesma. Reproduzimos alguns destes testemunhos deixados pelos/as participantes nestas cartolinas, que revelam a sua satisfação com o evento:

● Gostei muito destas atividades e de rever amigos;

● Gostei muito de brincar, dançar e de fazer parte destas atividades!;

● Foi uma iniciativa estupenda! O convívio, alegria. A oportunidade das crianças conviverem depoisdetantotempoemcasaporcausadapandemia.Vertantagentecontenteefelizéalgo incrível e tão bom de ver neste dia!;

● Obrigada por cultivarem alegria!.

p) Caça ao Tesouro em Família

No dia 14 de junho, estivemos na Escola Básica de Cantim - Reguenga a promover um conjunto de atividades com as crianças e suas famílias.

Aatividadeinicioupelas 16h00com apintura demandalas econstruçãodecoroas/pulseirasecolares em trapilho. Esta atividade prolongou-seatéàs 17h30, hora em que chegaram os encarregados/as de educação para iniciarmos a caça ao tesouro em família.

193
Figura 150 - Avaliação da Atividade Piquenique em Família

A equipa do projeto, antes das atividades, espalhou pela escola 50 ovos de chocolate, cada um com uma pergunta sobre os Direitos das Crianças.No momento da atividade,as crianças,juntamentecom as suas famílias, procuraram estes ovos e tentaram responder às questões.

Destaforma, paraalém de promovermos uma atividadedivertida,foitambém uma atividade educativa através da qual as crianças e suas famílias puderam refletir sobre os Direitos das Crianças. No final destaatividadereunimostodosos/asparticipantesparainaugurarmosasredesdasbalizasadquiridas pela Associação de Pais desta escola, no seguimento da intervenção realizada na ação n.º 16, com a turma de 4.º ano desta escola.

No total participaram nesta atividade 24 crianças e 14 encarregados/as de educação.

Caracterização dos/as participantes

Sendo esta ação dirigida aos agregados familiares, apenas um dos encarregados/as de educação participava e preenchia, habitualmente, a ficha de participante, que na maioria das vezes eram as mães,peloque,amaioriadasfichasrecolhidascorrespondemaparticipantesdosexofeminino(60%), embora as intervenções se dirigissem às famílias no seu todo.

A equipa do projeto tentou de alguma forma contrariar esta estatística, promovendo atividades organizadasdiretamenteparaopai,enquantoencarregadodeeducação,nomeadamente,naatividade Oficina do Brinquedo, realizada no Dia do Pai na Escola Básica da Parada Carreira. Ainda assim, de salientar que em atividades como o Piquenique em Família; Caça ao Tesouro em Família; Peddypapper em Família e outras que tinham uma componente mais lúdica, a regra era termos connosco ambos os elementos do casal.

Em termos de idades, estas situavam-se na sua maioria entre os 25 e os 39 anos (50%) e entre os 40 e 59 anos (45%).

Esta ação abrangeu na sua maioria famílias portuguesas. Ainda que de forma muito escassa, conseguimos também intervir com 16 famílias de nacionalidade brasileira, três venezuelanas, uma polaca, uma italiana e uma angolana.

Por via de várias intervenções com encarregados/as de educação em meio escolar, a maioria dos participantes identificados nesta ação encontravam-se a trabalhar; 48 estavam desempregados/as, 6 em situação em situação “inativa”, que correspondem a pessoas reformadas, incapacitadas para o trabalho e/ou domésticos/as.

194
Figura 151 - Evidências Atividade Caça ao Tesouro em Família

Umavezrealizadassessõesonline,devidoàpandemiaCOVID19,oprojetoacabouporalcançaroutros públicos para os quais não dirigia prioritariamente a sua ação, mas que, pela facilidade de estarem presentes nas sessões, acediam, nomeadamente, responsáveis por menores bastante qualificados. Assim, 156 dos nossos participantes, detêm como qualificações o Ensino Superior. Com o 1.º e º 2.º ciclo, participaram 29 adultos, com o 3.º ciclo 22 e com Ensino Pós-secundário, 17.

De salientar que, em certas atividades com maior afluência, como é o caso da atividade Piquenique em Família, nem sempre foi possível supervisionar o preenchimento das fichas de participante. Daí que se verifica nesta ação, que 99 indivíduos não responderam a esta questão.

Apesardoelevadonúmeroderespostasnulasnestaquestão,consideramospertinentedaraconhecer as tipologias de famílias com as quais trabalhamos durante estes meses de intervenção. Assim, com maior expressão,denotar os agregados com 2crianças (44%), seguindo-se com apenas umacriança (21%). Com menor expressão, temos os agregados com 3 crianças (6%) e com 3 ou mais crianças (1%).

195
Figura 152 - Situação face ao emprego dos/as participantes

Nesta ação conseguimos intervir com residentes de todas as freguesias de Santo Tirso. De destacar, que 37% dos/AS participantes residem na UniãodeFreguesias deSantoTirso,Couto(S.Cristina eS. Miguel) e Burgães, 10% residem na freguesia de Vila das Aves, na Reguenga (10%) e União de Freguesias de Carreira

Destacamos que 10% dos/as participantes residem nos concelhos limítrofes: Vila Nova de Famalicão, Vila do Conde e Maia. Tratam-se, na maioria, de encarregados/as de educação de jovens que frequentam as escolas de Santo Tirso e que, participaram em atividades, ou de atividades desenvolvidas em parceria

196
Figura 153 - Composição do agregado familiar dos/as participantes e Refojos de Riba de Ave (7%). Figura 154 - Freguesia de residência dos/as participantes com as escolas ou divulgadas por estas.

Atividade 18 - IN ao saber - Boas Práticas:

social

Descrição do objetivo geral: Aumentar os conhecimentos e competências dos pais/ encarregados de educação e comunidade em geral

Caracterização dos destinatários: Pessoas com deficiênciae incapacidade, Famílias

Indicadores de execução: N.º destinatários e n.º de sessões

Resultados esperados: 110 Destinatários

Parceiros: EMAT, CPCJ, Agrupamento de Escolas Tomaz Pelayo; Agrupamento de Escolas D. Dinis; Escola Profissional Agrícola Conde de S. Bento; Oficina do INA; CMST; NLI; Betweien; Juntas Freguesia. Destacamos a parceria da Associação Plano i e MediarMais - Formação, Mediação e Coaching, pelo contributo no desenho e implementação de algumas das nossas intervenções.

Fontes de verificação: Fichade participante; registos presenciais,registos fotográficos e questionários de satisfação

Metas: Dotar os/as participantes de pelo menos 70% de conhecimentos que favoreçam um melhor exercício da sua parentalidade. Considera-se que esta meta foi atingida como pode ser comprovado pelos resultados da aplicação do Questionário de Satisfação, recorrente no final das atividades, e dos testemunhos enviados pelos participantes. De seguida, serão apresentadas com detalhe cada atividade realizada e onde poderá ser confirmada esta nossa premissa.

Contextualização

A Ação IN ao Saber pretendeu intervir na capacitação dos/as destinatários/as, com a implementação de boas práticas relacionais numa lógica holística ao nível familiar, escolar e social.

Para tal estruturamos intervenções que pudessem captar o interesse dos agregados familiares de baixos rendimentos dos quais fizessem parte crianças e jovens, com o principal intuito de os apoiar. Pretendeu-se assim, em estreita articulação com as equipas que intervêm junto das famílias e suas crianças,contribuirparaaconstruçãodeboaspráticas,dotandoos/asparticipantesdeconhecimentos que favoreçam um melhor exercício da sua parentalidade.

O principal objetivo desta ação passou, essencialmente, por aumentar os conhecimentos e competências de pais, detentores da guarda de facto, ou encarregados de educação, assim como a

197
Dinamização de atividades que promovam a capacitação dos destinatários, para a implementação de boas práticas relacionais numa lógica holística ao nível familiar, escolar e

comunidade em geral, naquilo que diz respeito a boas práticas relacionais, quer sejam de âmbito familiar, escolar ou social.

Ações de intervenção

Realizamos 10 atividades que envolveram um total de 231 participantes. Nesta ação tínhamos a particularidade de, para além de abrangermos famílias, chegarmos também a outros elementos da comunidade que quisessem estar presentes nas sessões. Com esta abertura foi possível capacitar professores, psicólogos de escolas e outros profissionais da comunidade escolar; alunos do ensino superior e outras pessoas com interesse nos temas explorados.

Muitas das sessões realizadas, partiram de necessidades sinalizadas por parceiros, nomeadamente, pelas escolas e pela Divisão da Educação da Câmara Municipal de Santo Tirso. Priorizamos estas sessões que eram identificadas como uma necessidade da comunidade e retirou outras planeadas pela equipa.

De notar que toda esta ação estava planeada para ocorrer presencialmente, contudo, a Pandemia COVID19, que se arrastou do ano de 2020 até ao presente ano, determinou que estas fossem adaptadas para um formato online.

A adaptação para um formato online permitiu por um lado que alcançássemos mais encarregados/as de educação e até pessoas que residiam foram do concelho. Por outro lado, impediu que, apesar dos esforços da equipa, para formar minimamente estas pessoas, alguns participantes sem computador, internet ou até sem competências informáticas, participassem nas sessões.

a) Workshop sobre Inteligência Emocional

Nodia11dedezembrode2020demosinícioàimplementaçãodestaaçãocomatemática“Inteligência Emocional",emformatoonlineedinamizadapelaDr.ªMariaJoãoCasteloBranco,MediadoraFamiliar, Coach e Advogada.

Foramenvolvidos18participantesque,numaprimeirafase,foramexpostosaconceitosteóricoscomo: o autoconhecimento, a autoconsciência, a regulação das emoções e a criação de motivação; a autogestãoemocionaleagestão emocionaldooutro.Deseguida,foram facultadosexemplos práticos da aplicação da Inteligência Emocional na vida dos indivíduos.

Com esta atividade tivemos como principais objetivos:

● Conhecer como reagimos face às nossas ações e comportamentos às ações e comportamentos dos outros;

● Aprender como criar empatia;

● Aprender a autorregular as emoções e a automotivar-se;

● Adquirir técnicaseferramentasparaaautogestãode emoções eparaagestão emocionaldos outros.

198

Avaliação da Atividade

No final da sessão foi aplicado um inquérito por questionário com recurso ao Microsoft Forms tendo sido validadas 6 respostas. Apesar de poucas respostas, estas espelham uma avaliação positiva da atividade. Nos comentários/críticas à atividade os/as participantes solicitam a realização destas atividades em horários mais tardios.

“Aformaçãofoibastanteinteressantee aDra.MariaJoãofoiacessíveleabordouosassuntos deuma forma muito explícita.” - Feedback de participante

199
Figura 155 - Evidências Workshop sobre Inteligência Emocional Figura 156 - Avaliação da Atividade Workshop sobre Inteligência Emocional

b) Workshop sobre Igualdade de Género

No dia 22 de março, foi dinamizado um Workshop sobre igualdade de género assente nos seguintes conteúdos: o género como categoria social, a formação da identidade de género e os estereótipos de género.

Nesta sessão, com a duração de duas horas, participaram 20 pessoas.

Avaliação da atividade

O feedback dos/as participantes é positivo para as dimensões em análise. De ressalvar que relativamente à duração e ao horário, a maioria das respostas situa-se em “Satisfeito”. Para as outras dimensões, a maioria das respostas corresponde “Muito Satisfeito”.

200
Figura 157 - Evidências Workshop sobre Igualdade de Género Figura 158 - Avaliação da Atividade Workshop sobre Igualdade de Género

Os/as participantes deixaram ainda os seguintes comentários/ críticas:

● Acredito que as sessões podem ter uma duração mais curta para garantir que todos os/as participantes consigam ficar até o fim. Gostaria de dar os parabéns a toda a equipa envolvida no projeto e em particular à Raquel e Ana pelas partilhas e pelo dinamismo.;

● O tema foi bastante pertinente e a partilha de conhecimentos foi um ponto chave na sessão. Obrigada, foi excelente!;

● A dinamização da atividade foi excelente. A partilha de conhecimentos foi, igualmente, excelente e muito clara.

c) Mindfulness- testemunho de uma mãe

O CLDS 4IN em conjunto com a CPCJ de Santo Tirso dinamizou no dia 14 de abril de 2021 a sessão "Mindfulness como solução para tempos de pandemia: testemunho de uma mãe", onde Magda Cardoso deixou o seu testemunho aos participantes sobre a prática de Mindfulness.

Estaaçãoinseriu-senasatividadesligadasaoMêsdaPrevençãodosMaus-tratosnaInfância,acargo da CPCJ, como uma estratégia para pais, encarregados de educação e técnicos para um dia-a-dia mais salutar.

Esta sessão online teve uma duração de 1,5h e contou com a presença de 3 famílias.

Tratou-se de uma sessão repleta de exemplos dados pela palestrante Magda Cardoso, o que despertou a curiosidade do grupo, que participou ativamente colocando questões e deixando comentários.

d) Ação de Sensibilização para oTráfico de Seres Humanos

AparceriacomaAssociaçãoaSaúdeemPortuguês(projetoMercadoriaHumanaNorte)foinovamente mobilizada para a intervenção em Santo Tirso. Ocorreu no dia 8 de julho no Auditório da Biblioteca Municipal de Santo Tirso uma ação de sensibilização para o Tráfico de Seres Humanos, dirigida a famílias e comunidade em geral, residente no Município de Santo Tirso.

Com esta ação, principalmentedirigidaafamílias,pretendeu-sedotar osencarregadosdeeducaçãoe todos os/as participantes de conhecimento sobre este problema social, que lhes permita atuar como agentesdeprevenção.Estasessãocomaduraçãode1,5hcontoucomapresençade19participantes.

201

e) AçãodeCapacitaçãodeEncarregados/asdeEducaçãoparaaPrevenção da Violência no Namoro

No dia 16 de dezembro, no âmbito da parceria estabelecida pelo projeto e a Associação Plano I, foi promovidaumaAçãodeCapacitaçãodeEncarregados/asdeEducaçãoparaaPrevençãodaViolência no Namoro e realizou-se no âmbito de um dos eixos principais do projeto UNi+ 3.0: formação e sensibilização de públicos estratégicos.

Foram estabelecidos os seguintes objetivos gerais:

● Concetualizar e caracterizar a violência no namoro;

● Promover a reflexão sobre a violência no namoro em Portugal;

● Difundir conhecimento sobre recursos de apoio às vítimas.

A ação decorreu em ambiente virtual, em virtude da manutenção da situação pandémica vivida à época. Nesta atividade foi abordado o conceito e caracterização da violência no namoro, promovida a reflexão sobre esta problemática em Portugal e partilhado conhecimento sobre recursos de apoio às vítimas. Teve a duração de 90 minutos e contou com 12 participantes.

Avaliação da Atividade

A avaliação foi realizada através da aplicação de formulário google, anónimo. Foram obtidas 8 respostas e, da sua análise, retiram-se as conclusões apresentadas abaixo.

202
Figura 159 - Evidências Ação de Sensibilização para o Tráfico de Seres Humanos

Os pontos que geraram maior grau de satisfação foram a “Qualidade e adequação dos meios audiovisuais” com uma taxa de satisfação máxima de 100%, e a “Duração da formação” que todas as participantes consideraram adequada. Seguindo-se a “Prestação da Formadora”, com um total de satisfação máxima de 87,5%, e sem respostas negativas ou neutras (inferior ou igual a 3).

De acordo com as avaliações das pessoas participantes, o ponto que gerou menor grau de satisfação foi a“Motivação dos/as participantes”, avaliada por 25% das pessoas participantes como neutra(igual a 3). Destaca-se, ainda, a avaliação neutra realizada por uma das pessoas participantes (correspondente a 12.5%) nos seguintes parâmetros: “Cumprimento dos objetivos”, “Relevância dos conteúdos” e “Adequação dos recursos didáticos”.

Comentários deixados por participantes:

● Considero muito importante fazer mais formações deste género;

● Acho que foi muito adequado e enriquecedor;

● Bastante informativa e esclarecedora. Parabéns!,

● Foi bom podiam fazer mais isso;

● Acho que seria importante focar no que os pais podem fazer para prevenir estas situações. Falou, por exemplo, de sinais de alerta, mas não houve um slide só com essa informação. Acho que faz falta esse conhecimento.

A ação de formação foi, no seu global, avaliada de forma positiva e com o máximo de pontuação por 75% das pessoas participantes.

f) Gestão e mediação de conflitos-uma sessão para famílias

Através da sessão de Gestão e Mediação de Conflitos, realizada no dia 23 de fevereiro, pretendeu-se essencialmente promover a capacitação dos/as destinatários/as, para a implementação de boas práticas relacionais numa lógica holística ao nível familiar, escolar e social. Não procuramos uma

203
Figura 160 - Avaliação da Atividade Ação de Capacitação de Encarregados/as de Educação para a Prevenção da Violência no Namoro

abordagem extremamente teórica dos temas, mas sim abordá-los através de uma estrutura mais flexível, focada na participação e interação entre os vários elementos. Os conteúdos prezam pela análisesistémicaeholísticadafamília,combinadacomexemploseexercícios práticos,adequados às necessidades do grupo de participantes.

Traçamoscomoobjetivosgeraisapossibilidadedeaumentarconhecimentosecompetênciasdospais e/ou encarregados de educação e da comunidade em geral favorecendo um melhor exercício da sua prática parental, capacitando de igual forma, os/as participantes de ferramentas úteis à gestão e mediação familiar.

Avaliação da Atividade

Foram recolhidas e validadas 19 respostas que permitiram a identificação da aquisição de novas competências e conhecimentos; e a aprendizagem de conteúdos para a melhoria/ desempenho da parentalidade. Quanto aos outros pontos em análise o feedback foi igualmente positivo.

“A sessão foi extremamente útil e interessante. Vou tentar pôr em prática algumas das estratégias sugeridas. Por outro lado, foi bom também ver validadas algumas das práticas que uso :).”

“Gostei do carácter prático, do humor e leveza da formação, sendo o tema conflitos... Parabéns!”

Testemunhos de participantes

204
Figura 161 - Avaliação da Atividade Gestão e Mediação de Conflitos- uma sessão para famílias

g) Webinar Internet Mais Segura

NoâmbitodaSemanadaInternet+Segura,promovidapelaDivisãodaEducaçãodaCâmaraMunicipal deSantoTirso,oprojetoCLDS4INfoiconvidadoaestarpresenteeadaroseucontributonumWebinar - Internet Mais Segura- realizado no dia 8 de fevereiro de 2021.

Este Webinar, dirigido à comunidade escolar, iniciou com o tema “A Dependência da Tecnologia” dinamizada pelo Prof. Celso Fernandes. De seguida, a Dr.ª Joana Ferreira a convite do Projeto CLDS 4IN,abordouotemados“JogosonlineeGaming”juntodosparticipantes.Porúltimo,oAgentedaGNR Cabo Pinheiro abordou o tema “Cyberbulling”.

Avaliação da Atividade

NofinaldoWebinarfoipartilhadocomos/asparticipantesumQuestionáriodeSatisfaçãoco-construído com a equipa organizadora.

De uma forma geral, as intervenções de cada um dos oradores foram avaliadas como positivas por partedosparticipantes.QuandoquestionadossobreserecomendariamesteWebinar,15responderam que“sim”e2“talvez”. 14dosrespondentesde1a3avaliaramoseuníveldesatisfaçãocomoWebinar em três. Já os restantes avaliaram em dois.

Os/as participantes deixaram ainda os seguintes comentários/ críticas:

● Deveria haver mais articulação com os intervenientes;

● Alterar o horário das sessões. Talvez mais tarde um pouco tivesse mais participantes.

205
Figura 162 - Evidências Webinar Internet + Segura

h) Ação de Capacitação de Encarregados de Educação para a Linguagem Inclusiva

A Ação de Capacitação de Encarregados/as de Educação para a Linguagem Inclusiva realizou-se no dia 4 de abril em parceria com o UNI+ e com a Divisão da Educação da Câmara Municipal de Santo Tirso. Nesta ação participaram 30 participantes. O UNi+ é um Programa promovido pela Associação Plano i, cofinanciado, na sua 3.ª edição, pelo Fundo Social Europeu no âmbito do Programa Operacional Inclusão Sociale Emprego (POISE) do Portugal2020.

A sessão assentou nos objetivos gerais:

● Facilitar a identificação e definição de conceitos chave para a igualdade de género;

● Promover a perceção da comunicação como veículo de transmissão de valores, crenças e atitudes;

● Promover o reconhecimento das diferenças entre formas de comunicação discriminatórias, neutras e sensíveis ao género;

● Fomentar a utilização de umacomunicação sensível ao género.

A temática desta sessão despertou a curiosidade dos participantes que, para além dos exercícios apresentados, fizeram diversas questões sobre como utilizar a comunicação inclusiva na sua comunicação diária.

206
Figura 163 - Avaliação da Atividade Webinar Internet Mais Segura

Avaliação da Atividade

No finalda atividade, foi solicitado aos participantes o preenchimento do Questionário de Satisfação.

Foram rececionadas 23 respostas. Para todos os aspetos em análise, quer ao nível do Conteúdo, Organização e Avaliação Global o feedback foi bastante positivo, situando-se a maioria das respostas em “Muito Satisfeito”.

Os/as participantes deixaram ainda os seguintes comentários/ críticas:

● Parabéns pela iniciativa;

● Informar com mais tempo;

● Parabéns pela sessão, promoveu efetivamente a reflexão;

● Continuem com este trabalho. É importante trabalhar esta questão o mais cedo possível, com as crianças p. ex.;

● Obrigadapelainiciativaepor nosenriquecerem efazer questionar/consciencializarparaestas temáticas.,

● Sessão bastante esclarecedora e interessante.;

● Umgrande obrigada! Malpossoesperarpormaisiniciativascomoa queproporcionaramhoje!

● Gostei muito desta formação e das pessoas envolvidas e espero por uma próxima.

● O tema foi interessante e fez-me refletir sobre este assunto.,

● Gostei bastante desta formação visto que nunca tinha ouvido falar do tema. Sugiro então formações com temas pouco conhecidos/falados de modo a suscitar um maior interesse no público-alvo.

207
Figura 164 - Avaliação da Atividade- Ação de Capacitação de Encarregados de Educação para a Linguagem Inclusiva

i) Os novos desafios em sala de aula

Com esta atividade definimos como objetivo geral sensibilizar os encarregados/as de educação para as principais dificuldades sentidas pelos professores e restantes profissionais em contexto escolar. E como objetivos específicos definimos:

● Identificação dos principais desafios sentidos em contexto escolar;

● Reflexãosobrecomoéqueaeducaçãoemcasapodecontribuirparacolmatarestesdesafios;

● Apresentação de casos práticos e ferramentas para capacitar os pais.

Nesta sessão conduzida pelo Professor João Lopes, Professor no Departamento de Psicologia da Universidade do Minho, contamos com 17 participantes. Ao longo da sua intervenção, os/as encarregados/as de educação foram partilhando a sua opinião sobre o tema e colocando as suas questões e dúvidas.

Avaliação da Atividade

No final da atividade foi partilhado com os/as participantes o link de acesso ao questionário de satisfação que contou com quatro respostas.

Ao nível dos conteúdos programáticos e métodos, os/as participantes demonstraram-se satisfeitos, exceto um que respondeu a todas as questões “Pouco Satisfeito”.

Ao nível da organização, os/as participantes concentraram as suas respostas em “Muito Satisfeito”.

Por fim,a Avaliação Global deste Webinar é positiva, sendo que amaioriados/as respondentes refere que está “Muito Satisfeito” ou “Satisfeito” relativamente à aprendizagem de novos conhecimentos,

208
Figura 165 - Evidências da Atividade Os Novos Desafios em sala de aula e cartaz de divulgação

novas competências, aquisição de conteúdos para melhoria/desempenho da parentalidade e, ainda, sobre a avaliação do orador.

Os/as participantes deixaram ainda os seguintes comentários/ críticas:

● Adoro as formações;

● Seria enriquecedor um debate com o professor, um pai e um diretor de estabelecimento de ensino.

j) Ciclo de Sessões Informativas - Pais IN

No Dia Internacional dos Direitos das Crianças, dia 20 de novembro de 2022, assinalamos o dia promovendo um conjunto de atividades lúdico-educativas dirigidas a famílias residentes em Santo Tirso.

Neste dia, para além da exposição dos materiais desenvolvidos por crianças e jovens no âmbito das atividades realizadas sobre os Direitos das Crianças (Ação n.º 19 - ConstruIndo Caminho), acrescentamos atividades lúdico educativas para crianças, mas também sessões informativas para pais com a duração de 15/20 minutos cada.

Desta forma, enquanto as crianças estavam ocupadas com as atividades complementares, o encarregados/as de educação puderam desfrutar das seguintes sessões informativas:

209
Figura 166 - Avaliação da Atividade "Os novos desafios em sala de aula"

● Sessão informativa sobre Identidade de Género - esta atividade teve como oradora a Dr.ª

Mafalda Azevedo, Psicóloga da equipa do Projeto CLDS 4IN. Nesta sessão estiveram presentes 10 participantes e foi abordada a diferença entre o conceito de sexo e género; os três tipos de sexo; o conceito de identidade de género e a diferença entre transgénero e cisgénero; orientação afetiva e sexual; expressão de género; identidade de género nas crianças e formas de desconstruir o género na prática;

● Sessão informativa “Ser Pai na Geração On” - conduzida pela Dr.ª Joana Ferreira, Psicóloga na ASAS eresponsável peloprojeto Go-Offline, e contou com a presença de 11 participantes. Nesta foram fornecidas dicas práticas sobre prevenção dos comportamentos de risco relacionadas com uso da internet;

● Sessão Informativa “Educar para as Emoções” - dinamizada pela Dr.ª Daniela Pacheco, Psicóloga na ASAS e contou com a participação de 9 encarregados/as de educação. Nesta atividade foram apresentadas dicas/ jogos e outros instrumentos que possam nutrir os encarregados/as de educação de instrumentos e estratégias que os auxiliem na forma de trabalhar as emoções com os seus educandos/as.

Avaliação da Atividade

A avaliação foi realizada através de um questionário por 10 participantes. Para todos os tópicos em análise a apreciação é bastante positiva.

Comopontomenosnegativo,referirquefoinotópico“Duração”daatividadeondeforamapresentadas mais respostas “Satisfeito”, em vez de “Muito Satisfeito”. Os/as participantes deixaram ainda os seguintes comentários/ críticas:

● Senti-me bem por fazer parte deste evento! Obrigada! ;

● Adorei, espero que ocorram mais eventos como o do dia de hoje!;

● Devia haver mais palestras sobre identidade de género.

210
Figura 167 - Evidências Ciclo de Sessões Informativas - Pais IN

Caracterização dos/as participantes

Reportando-nos aos participantes compreendemos que foi o público feminino que mais usufruiu das nossas intervenções (89%) em detrimento do público masculino (11%).

Emtermosdeidades,dois grandesgruposassumemdestaque.48%dos/asparticipantessituavam-se na faixa etária dos 40 aos 59 anos e 47% dos 25 aos 39 anos de idade.

No que concerne à nacionalidade compreendemos que 97% dos/as nossos/as participantes são portugueses, seguindo-se a nacionalidade brasileira com 2% das participações. A presença de outras nacionalidades é bastante residual.

Dos 210 participantes alcançados nesta ação, 176 estavam empregados/as, 23 desempregados/das e 11 eram inativos, encontrando-se a estudar ou em formação.

211
Figura 168 - Avaliação da Atividade Ciclo de Sessões Informativas - Pais IN

Ao contrário do que perspetivamos para ação, 141 participantes tinham como qualificações o Ensino Superior, 42 o ensino secundário, 11 o 3.º ciclo e apenas 19 o 1.º e 2.º ciclos básicos. Como já referimos, o facto de promovermos as sessões online e a maioria ser divulgada com todos os agrupamentos de escola, que a divulgavam os encarregados/as de educação, permitiu-se chegar a públicos não prioritários.

Ainda assim, estes dados são reveladores, de que cada vez mais, os indivíduos são mais instruídos, nomeadamente, os responsáveis por menores.

Em termos de composição do agregado familiar, houve um grande enviesamento das respostas, uma vezquemuitasdasinscriçõeseramrealizadasonlinee,porisso,semacompanhamentotécnico.Ainda

212
Figura 169 - Situação face ao emprego dos/das participantes Figura 170 - Escolaridade dos/das participantes

assim,conseguimoscompreenderpelosdadosrecolhidososagregadosfamiliaressãoconstituídosna sua maioria por 2 crianças (45%) ou por apenas 1 (34%).

Em termos de freguesia de residência dos participantes, esta ação foi também mais participada pelos residentes na União de freguesias de Santo Tirso, Couto (Sta. Cristina e S. Miguel) e Burgães (49%). De salientar, também a adesão de residentes de Vila das Aves (12%) e São Tomé de Negrelos (7%).

213
Figura 171 - Composição do Agregado Familiar- n.º de crianças Figura 172 - Freguesia de residência dos/as participantes

Atividade 19 - ConstruINdo Caminho:

educativas

Direitos

Direitos

e cívica

Descrição do objetivo geral: Desenvolver as competências para melhorar as condições de empregabilidade dos jovens

Caracterização dos destinatários: Pessoas com deficiênciae incapacidade, Crianças e Jovens

Indicadores de execução: N.º destinatários e n.º de sessões

Resultados esperados: 80 Destinatários tendo sido alcançados 170 participantes

Parceiros: EMAT, CPCJ, Agrupamento de Escolas Tomaz Pelayo; Agrupamento de Escolas D. Dinis; Escola Profissional Agrícola Conde de S. Bento; Oficina do INA; CMST; NLI; Betweien; Juntas Freguesia.Destacamos a parceriado Colégio de SantaTeresa deJesus pela participação ativa nesta ação.

Fontes de verificação: Fichade participante; registos presenciais,registos fotográficos e questionários de satisfação

Metas:Dotarpelomenos60%dascriançasdeconhecimentoquepermitaoexercíciodeumacidadania plena e ativa. Consideramos que, pelos dados acedidos através dos múltiplos instrumentos de avaliação mobilizados para o efeito, ter sido alcançada largamente esta meta, como veremos adiante.

Contextualização

As atividades pensadas nesta ação apresentaram um teor de intervenção mais educativo, apelando à reflexão e consciencialização crítica e cívica dos/as seus/suas destinatários/as relativamente aos Direitos Humanos em geral e mais concretamente dos Direitos Universais da Criança em particular. Confluindo rumo ao plano de ação pretendeu-se, assim, dotar os/as participantes de conhecimentos transversaisparaoexercíciodeumacidadania plenaeativa,promovendoa promoçãoeproteção dos seus direitos.

O principal objetivo destaaçãopassa essencialmente pelasensibilização e informaçãodas crianças e jovens dos seus direitos e deveres, a fim de que estes possam atingir um estado de cidadania plena.

214
Dinamização de atividades
sobre os
Humanos e os
Universais da criança, através da reflexão promovendo uma consciência crítica

Ações de intervenção

Nesta ação foram dinamizadas 7 atividades, sendo que algumas destas se desmembram em várias sessões que constituem programas sobre a temática Direitos das Crianças, dirigidos a crianças e jovens.

Aintervençãogeradaenvolveu341crianças,apesardeapenasteremsidovalidados170participantes por falta do preenchimento da respetiva ficha de participante. A maioria dos/as encarregados/as de educação considera que os dados solicitados nas fichas de participante, construídas de acordo com osdadosquesãosolicitados pelogestor,sãoparaalémde demasiados,desadequados paraotipode atividades que se realizam com as crianças.

a) Sessões sobre Direitos das Crianças

Num contexto mundial em constante mudança, surge a Declaração dos Direitos da Criança adotada pela Assembleia Geraldas Nações Unidas a 20 de novembro de 1959. Posteriormente, já em 1989, é aprovada pela Organização das Nações Unidas a Convenção sobre os Direitos da Criança. Em setembro de 1990 este documento é ratificado por Portugal e assume-se essencialmente como um reforço da afirmação da criança enquanto sujeito de direito, titular de direitos humanos. Esta Convenção assenta em quatro pilares fundamentais que estão relacionados com todos os direitos da criança, nomeadamente, a não discriminação, o interesse superior da criança, a sobrevivência e desenvolvimento e ainda, a opinião da criança.

Quandofalamosnosdireitosdacriança,falamosemdireitoshumanosgerais,reconhecidosaqualquer pessoa, mas também nos específicos, aqueles que são resultantes da sua condição de criança. Tratando-se assim, de um ser em desenvolvimento qualquer criança ou jovem, carece de respeito, afeto,educaçãoepromoçãodecuidados.Sendoestes,pilaresfundamentaisparaumdesenvolvimento autónomo saudável, do ponto de vista pessoal, familiar e comunitário.

A Convenção sobre os Direitos da Criança preza pela integração destes na sociedade, potenciando o exercício pleno de cidadania, no entanto os adultos que a rodeiam têm a responsabilidade e o dever degarantirocumprimentodamesma.Nãosóospais,tutorese/ourepresentanteslegais,mastambém todos os agentessociaisemqueestaestá inserida-relevandoopapeldaescolanavidadas crianças e jovens na sua aprendizagem pessoal. A Convenção reconhece para isso que, o único meio de potenciar o desenvolvimento das capacidades físicas e mentais da criança é conseguido através da discriminação positiva no tratamento a estes.

E é neste sentido de responsabilidade enquanto agente social que procuramos criar um programa sobre os direitos da criança, destinado ao ensino pré-escolar, por forma a proporcionarmos um contacto inicial com esta temática, capacitando-os através da informação.

Esteprogramadesenrolou-seatravésdecincosessõesqueenvolveramtrezecriançasetiveramcomo objetivos gerais: Introdução à temática dos Direitos da Criança; Promoção dos direitos relativos à sobrevivência e desenvolvimento; Promoção de valores de respeito pela diferença; Reconhecimento da importância do exercício dos direitos.

Em todas as sessões foi desenvolvida uma atividade plástica, conforme o tema de cada sessão.

215
216
Figura 173 - Evidências da sessão n.º 2 sobre os Direitos das Crianças Figura 174 - Evidências Sessão n.º 3 sobre os Direitos das Crianças

Avaliação da Atividade

Amaioriadosjovensposicionaramassuasrespostasnosquestionáriosdesatisfaçãonaopção“Muito Satisfeito” e “Satisfeito”. Ressalvo que um dos jovens respondeu “Nada Satisfeito” em todos os parâmetros e um deles no tópico do interesse pelas sessões e conhecimento dos direitos humanos. De uma forma global, as crianças e jovens envolvidos participaram entenderam com clareza as histórias e os seus propósitos, mostrando reflexões críticas construtivas e positivas. Foi evidente a preferência por atividades mais práticas, principalmente as que envolveram o desenho e a pintura.

b) Sessões sobre Direitos Humanos

Nomesmosentidodoprogramaanterior,foidesenvolvidoumaoutraintervençãoparacrianças/jovens a partir dos 12 anos. Foram dinamizadas cinco sessões, onde participaram 21 jovens. Este grupo de jovens foi dividido em dois, pelo que se replicou o programa duas vezes.

Foram dinamizadas quatro sessões com cada grupo com os seguintes objetivos:

● Sensibilizar para a relevância dos direitos humanos;

● Saber reconhecer os princípios e valores dos direitos humanos;

● Fomentar a empatia e o respeito pela dignidade humana.

● Perceber as diferenças entre Direitos Civis e Políticos e Direitos Económicos, Sociais e Culturais;

● Utilizar e desenvolver as capacidades de debate e argumentação;

● Fomentar o respeito e a abertura de espírito.

● Consciencializarosjovensparaaexploraçãodotrabalhoinfantiledaimportânciadaexistência de organismos deproteção das crianças e jovens para o desenvolvimentosustentáveldestas, principalmente no contexto de países do Médio-Oriente;

● Desenvolver a capacidade para interpretar de modo crítico e imparcial;

● Promover os valores de justiça e o sentimento de responsabilidade na procura de soluções sobre as violações dos Direitos Humanos

● Proporcionar situações de superação de obstáculos/barreiras;

● Promover a reflexão acerca da perseverança, a persistência e superação, com recurso a testemunhos e exemplos de vida;

● Aumentar a consciência e reflexão sobre a superação de desafios pessoais, identificando aprendizagens consequentes;

● Promover o autoconhecimento e a reflexão pessoal;

● Desenvolver competências de discernimento, descentramento e pensamento crítico.

Avaliação da Atividade

Aquando do término desta intervenção, em formato online, foi solicitado o preenchimento dos questionários, elaborados no Microsoft Forms. Todos os jovens responderam ao questionário de satisfação.

Relativamente aos conteúdos programáticos e métodos, onde se tentou avaliar o programa das atividades, o interesse pelos conteúdos e a sua duração, a maioria dos/as jovens responderam com Muito Satisfeito.

217

No que concerne à equipa dinamizadora (desempenho, relacionamento com os/as participantes e motivação) a resposta “Muito Satisfeito” foi atribuída pela maioria.

Já relativamente à organização, onde se tentou avaliar a satisfação dos/as jovens relativamente à plataforma utilizada nas sessões online (Teams), o auxílio prestado pela equipa e o horário da realização da atividade, as respostas prevaleceram Muito Satisfeito. Ressalvo que 11.1% dos jovens responderam “Pouco Satisfeito” relativamente ao horário da realização das atividades.

Por fim, na avaliação global, relativamente à aquisição de novos conhecimentos a maioria (66.7%) respondeu com “Muito Satisfeito” e os restantes “Satisfeito”. No desenvolvimento de competências pessoaisesociais,55.6%responderamcom“MuitoSatisfeito”eosrestantes“Satisfeito”.Nestetópico, a maioria (66,7%) referiu ter adquirido conhecimentos sobre a problemática trabalhada nas sessões.

Não foram deixadas críticas, sugestões ou comentários a considerar.

De uma forma global, os jovens participaram ativamente e demonstraram interesse pelas dinâmicas realizadas. Os conteúdos foram incutidos nos/as jovens, que demonstraram saber elencar quais os direitos humanos principais, através de casos práticos que foram desenvolvidos durante as sessões. Asopiniõeseramconstrutivaserevelaramcapacidadedetrabalhoemequipa,queacaboupormotivar a realização das tarefas pedidas durante as sessões. Foi percetível a concentração e interesse nas atividades mais prática e que promovem o espírito crítico, obrigando os jovens a colocarem-se sob outra perspetiva. Notou-se a capacidade de compaixão, empatia e compreensão relativamente a situações vulneráveis, no que toca aos mais desfavorecidos, às minorias étnicas e a todos que, de algum modo, apresentam vulnerabilidades sociais e/ou económicas, e que vêm os seus direitos anulados, por diversos motivos.

c) Ciclo de Sessões sobre os Direitos das Crianças- Centro Infantil da CVP (CIST)

Após aplicação do Programa sobre os Direitos das Crianças, quisemos levá-lo a outras escolas do concelho. Contudo, por conta da Pandemia não era, nessa altura possível, a intervenção em formato presencial,emcontextode saladeaula.Destaforma,adaptamosoprimeiroprogramajádescritopara um formato online, em que fosse igualmente possível que as crianças, juntamente com os seus educadores e/ou encarregados/as de educação, realizassem as atividades e, assim, adquirissem conhecimento igualmente profícuo sobre a temática. Assim, elaboraram-se vídeos sobre os direitos a abordar em cada sessão e, para cada uma destas sessões, foi proposto uma atividade plástica sobre os conteúdos abordados.

Foram realizadas cinco sessões que envolveram um total de 54 crianças que frequentavam o Centro Infantil da CVP com os/as seus/suas educadores.

Para que isto fosse possível, elaboramos um Kit com os materiais necessários para a realização de cada atividade proposta. Estas sessões seguiram os mesmos objetivos do programa inicialmente programado, já referido acima.

218
219
Figura 175 - Evidências da preparação do ciclo de sessões sobre os Direitos das Crianças- CIST Figura 176 - Evidências da implementação do ciclo de sessões sobre os Direitos das Crianças- CIST

d) Baralho de cartas- Santa Casa da Misericórdia de SantoTirso

Com mais esta intervenção pretendeu-se aliar, de forma intergeracional, a temática da prevenção dos maus-tratoseapromoçãodosDireitosdasCrianças/DireitosHumanos,comaproduçãodeumbaralho de cartas que, sob a forma de jogo de memória, pretende que os/as participantes encontrem a carta similar.

Tendo por base o baralho de cartas produzido em 2017 pela CIG (Comissão para a Igualdade de Género), Viver em Igualdade”, um jogo de cartas simples, para crianças entre os 3 e os 9 anos, com objetivo introduzir no processo de aprendizagem das crianças as questões da Igualdade de Género, nomeadamente ao nível da divisão de tarefas e do uso de tempo para o lazer. Por exemplo, numa carta está representada uma mulher a conduzir um camião. Pretende-se que seja encontrado um homem, noutra carta, a reproduzir a mesma tarefa/ profissão.

220
Figura 177 - Evidências da entrega dos recursos materiais às profissionais do CIST para o desenvolvimento do ciclo de sessões sobre os Direitos das Crianças

Por forma a envolver as crianças do concelho com a reflexão sobre a prevenção dos maus-tratos na infância e refletindo sobre a prevenção dos maus-tratos junto dos idosos propusemos a participação, neste desafio multissensorial e multidisciplinar, de duas valências da Santa Casa da Misericórdia de SantoTirso,oCentrodeDiaeoInfantário,solicitando,assim,oenvolvimentodosidososedascrianças na produção de desenhos, em formato A4, que possam retratar situações de abuso de idosos.

221
Figura 178 - Exemplo do baralho de cartas “Viver em Igualdade” como inspiração para esta intervenção Figura 179 - Evidências do primeiro encontro intergeracional realizado

Foram dinamizadas três sessões comeste público,quedecorreram no CentrodeDia destainstituição (7,14 e 21 de novembro de 2022). No total, foram envolvidos nesta atividade 28 participantes, entre idosos e crianças. Durante estes dias de intervenção, foram produzidos inúmeros desenhos pelas crianças e idosos e, estes que participaram afincadamente nesta atividade.

No final da atividade todos os/as participantes nesta atividade receberam um baralho de cartas sobre os Direitos das Crianças.

Avaliação da Atividade

No final da atividade foram distribuídos por idosos/as e crianças uma rodela de cartão, onde os/as participantes desenharam, uma cara feliz, no caso de estarem muito satisfeitos com a atividade, ou uma cara não tão risonha, no caso de terem ficado apenas satisfeitos ou uma cara triste, no caso de não terem ficado satisfeitos.

Conforme a imagem abaixo, verifica-se que a maioria dos/as participantes ficaram satisfeitos com a participação. Porém, deve-se referir que, apesar dos inúmeros trabalhos conseguidos com estas três atividades, não foi possível à equipa do Projeto produzir o baralho, conforme se tinha planeado. Esta atividade foi inicialmente proposta para fevereiro de 2022. Contudo, a Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso só a pode abraçar no mês de novembro. Ainda assim, decidiu-se avançar

222
Figura 180 - Evidências dos trabalhos recolhidos no decorrer dos encontros integeracionais

pela relevância da temática a ser trabalhada e pela experiência intergeracional que se pretendia realizar. Após terem sido pedidos orçamentos a gráficas para produção deste baralho de cartas, percebeu-se que por questões de tempo, até ao final do projeto, e pelos custos que estariam associados à impressão do baralho, não seria possível esta produção em grande escala.

Desta forma, optou-se apenas pela realização da atividade que permitiu uma reflexão por parte de idosos e crianças sobreatemática epermitiu,também,estacolaboraçãoentre estes dois públicos tão díspares.

“O nosso obrigada pela atividade desenvolvida com as crianças e utentes do Centro de Dia no âmbito da Promoção de Direitos das Crianças e Direitos Humanos.

Parabéns pela iniciativa que permitiu não só falar e refletir sobre os Direitos, como promover a relação intergeracional - Direito Transversal aos/às mais novos/as e aos mais crescidos/as.”

Feedback Direção Santa Casa da Misericórdia

e) Concurso de Fotografia- Direitos das Crianças

Para assinalar o DiaInternacional dos Direitos das Crianças (20 de novembro de 2021), lançamos um concurso de fotografia dirigido a jovens com idades compreendidas entre os 10 e os 18 anos. Estes deveriam inscrever-se no concurso, captar uma fotografia representativa de um dos Direitos das Crianças/ Direitos Humanos e enviar para a equipa do projeto.

223
Figura 181 - Avaliação da atividade por parte dos/as participantes na intervenção

Foram rececionadas sete inscrições e seis fotografias. As fotografias foram sujeitas a votação e avaliadas quanto aos seguintes critérios: Originalidade; Criatividade; Simbologia; Mensagem e Qualidade Técnica. O júri do concurso foi constituído por um elemento da equipa técnica das ASAS, um elemento da equipa técnica da CVP e dois elementos da comunicação social de Santo Tirso, nomeadamente, doJornalDiáriode Santo Tirso. Afotografia vencedorafoipremiada com um voucher no valor de 60€ a descontar no Bazar Solidário da ASAS. Estas fotografias foram expostas na última atividade desta ação, decorrida no DiaInternacional do Direitos das Crianças, 20 de novembro.

f)

Sessões sobre os Direitos das Crianças no Colégio de Santa Teresa de Jesus

Em maio de 2021, foram realizadas duas sessões online com 196 alunos do 1.º ciclo do Colégio de Santa Teresa de Jesus sobre os Direitos das Crianças.

224
Figura 182 - Fotografia Vencedora do Concurso de Fotografia sobre os Direitos das Crianças/Direitos Humanos Figura 183 - Evidências Concurso de Fotografia sobre os Direitos das Crianças/Direitos Humanos

Estas sessões com a duração de 1,5h/cada, decorreram em formato online e foram dinamizadas pela Dr.ª Maria do Céu, Diretora dos Serviços Sociais da ASAS.

Nas semanas seguintes à atividade, os/as alunos/as participantes nas atividades elaboraram quatro desenhos em formato A3, sobre a temática, para reforçar a mensagem transmitida no decorrer das sessões online.

g) Exposição Sobre osDireitos das Crianças- Domingo em Família

Paraassinalarodia20 denovembro,diaem quefoiproclamada aDeclaraçãodosDireitosdaCriança (1959) e adotada a Convenção sobre os Direitos da Criança, a equipa do projeto organizou uma

225
Figura 184 - Evidências Sessões sobre os Direitos das Crianças no Colégio de Santa Teresa de Jesus Figura 185 - Desenhos elaborados pelos/as alunos/as do Colégio de Santa Teresa de Jesus após a intervenção

exposição destes trabalhos, resultantes das intervenções realizadas pelo projeto emcontexto escolar, sobre a temática Direitos das Crianças, que decorreu no dia 20 de novembro de 2022, no Colégio de Santa Teresa de Jesus.

Neste dia, para além da mostra destes trabalhos, dinamizamos atividades lúdico-educativas para crianças, nomeadamente, Hora do Conto, Construção de uma árvore dos direitos das crianças, disponibilizamos,ainda,insufláveis,pinturasfaciais,pinturadedesenhosepinturadetelascomauxílio de um Graffiter. Mais dirigido aos encarregados/as de educação, dinamizou-se sessões informativas/ de sensibilização para estes, já mencionadas na Ação n.º 18- IN ao Saber.

Foi ainda disponibilizado almoço para os/as participantes e, no final, foi entregue a cada família um baralho de cartas sobre os Direitos das Crianças, já previamente desenvolvido pela equipa do Projeto paraasatividadesdesenvolvidascomoCISTe,agora,produzidoemgrandeescala,paraestaeoutras atividades sobre a temática.

Relativamente ao workshopde Graffiti resultaram quatrotelas, pintadas no local por crianças e jovens presentes na atividade com a colaboração do Graffiter Francisco Bravo.

226
Figura 186 - Sessão de abertura- Dia Internacional dos Direitos das Crianças Figura 187 - Graffitis produzidos no Dia Internacional dos Direitos das Crianças

Avaliação da atividade

Tratando-se de uma atividade bastante lúdica, foi colocado um papel de cenário numa parede onde crianças/jovenseencarregados/asdeeducação poderiam deixarcríticas,sugestões eoucomentários relativos à atividade. Abaixo, deixamos alguns destes comentários que revelam a satisfação das crianças, principalmente, no concerne à atividade de pintura de graffiti, que muito referiram ser a primeira vez que o fizeram.

227
Figura 188 - Evidências da atividade Dia Internacional dos Direitos das Crianças

Como ponto menos positivo referir que não tivemos a afluência que pretendíamos nesta atividade. No total estiveram presentes 22 famílias, um total de 28 crianças e jovens. Não obstante, destacamos a inesperada intempérie que se fez sentir nesse fim-de-semana de novembro.

Caracterização dos/as participantes

Em termos estatísticos apresentamos, seguidamente, um conjunto de dados relevantes para uma maior compreensão do público-alvo desta ação e dos seus participantes:

Em termos de género, 50% dos/as participantes eram do sexo feminino e 50% do sexo masculino, numaperspetivabastanteequilibradaquandocomparadacomoutrasações.29%dos/asparticipantes tinham até 3 anos de idade; 25% tinham entre 6 e 9 anos de idade e 17% tinham entre 4 e 5 anos de idade, sendo as faixas etárias mais representativas.

Conforme as outras ações desenvolvidas, consta-se que os/as participantes são na sua maioria de nacionalidade portuguesa74%.Comocontabilizamos alguns participantes,com baseem documentos produzidos pelas escolas que atestam a assiduidade dos/das alunos/as nas nossas atividades, desconhecemos a idade de 29% e a nacionalidade de 17% dos/as participantes.

228
Figura 189 - Avaliação da atividade do Dia Internacional dos Direitos das Crianças

A ação n.º 19 destinava-se, essencialmente, a crianças e jovens pelo que, 113 dos jovens com quem interagimos, encontravam-se inseridos em infantários e escolas. Apenas 5 participantes já se encontravam integrados no mercado de trabalho.

Devido à tenra idade das crianças com quem realizamos sessões sobre os Direitos com crianças, a maioriafrequentavaaeducaçãopré-escolar(79crianças)e30nãodetinhamoISCED1completo.Dos restantes, de salientar que 17 tinham como qualificações o ISCED 1; 14 o ISCED 2; 7 o ISCED 3 e 4 o ISCED 1.

Em termos de freguesia de residência dos/as participantes, para os casos em que não foi preenchida a respetiva ficha pelos encarregados/as de educação, consideramos neste tópico a freguesia onde se localizava a escola onde intervimos.

Assim, 80% dos participantes foram considerados como residentes na União de Freguesias de Santo Tirso, Couto (Sta. Cristina e S. Miguel). De salientar, ainda a freguesia de Vila das Aves, de onde provém 11% dos participantes.

Atividade 20 - MobIN - Dinamização de ações de sensibilização e informação para a promoção de uma cidadania ativa

Descrição do objetivo geral: Desenvolver as competências para melhorar as condições de empregabilidade dos jovens

229
Figura 190 - Freguesia de residência dos/as participantes

Caracterização dos destinatários: Capacitar os jovens através do desenvolvimento das suas competências sociais e pessoais no seu quotidiano

Indicadores de execução: N.º destinatários e n.º de sessões

Resultados esperados: 160 Destinatários tendo sido alcançados 344 participantes

Parceiros: EMAT, CPCJ, Agrupamento de Escolas Tomaz Pelayo; Agrupamento Escolas D. Dinis; Escola Profissional Agrícola Conde de S. Bento; Oficina do INA; CMST; NLI; Betweien; Juntas Freguesia

Fontes de verificação: Ficha de participante, grelha de observação, registos fotográficos, questionário satisfação e ficha de auto e hetero avaliação

Metas: Dotar pelo menos 70% dos participantes de conhecimento que permita o exercício de uma cidadania ativa. Em seguida, como veremos na avaliação por atividade, compreendemos o evidente alcance desta meta.

Contextualização

Na Ação MobIN dinamizamos ações de sensibilização e informação para a promoção de uma cidadania ativa, através de ações de sensibilização e informação, mobilizando crianças e jovens, dotando-os de conhecimento que permita o exercício de uma cidadania ativa.

O principal objetivo desta ação passa, essencialmente, por capacitar as crianças e jovens nela envolvidos, através do desenvolvimento das suas competências sociais e pessoais, por forma a que estas lhes possam ser úteis no seu quotidiano.

Ações de intervenção

a) Orçamento Participativo Jovem 2020 (CM de Santo Tirso) - Sessão de Esclarecimento

No dia 27 de outubro de 2020, foi organizada uma sessão de sensibilização para a participação no OPJ promovido pela CM de Santo Tirso na Junta de Freguesia de Vila das Aves que contou com a participação de seis jovens.

O objetivo principal desta sessão era, por um lado, apresentar aos jovens as atividades em que poderiam participar noâmbito do Eixo 2do Projeto CLDS4IN e, por outro,incentivar à participaçãona iniciativa da Câmara Municipal de Santo Tirso - Orçamento Participativo Jovem (O que é, Como se pode participar?) e, por fim, realizado um brainstorming sobre propostas a apresentar no OPJ 2020.

230

Três dos jovens participantes apresentaram posteriormente ideias para concretizarem a sua participação.

Um dos jovens apresentou a seguinte ideia: “Criar um centro de estudo de programação para jovens que têm dificuldades financeiras e que têm interesse pela programação.” No dia 30/11/2020 foi realizado atendimento com este jovem, por videoconferência. Contudo, o jovem já não mostrou tanto interesse em apresentar a sua proposta.

Mais tarde, duas jovens solicitaram também ajuda na elaboração de duas novas propostas. Foi sugerida a realização apenas de uma, uma vez que outra já tinha sido apresentada numa edição de um ano anterior.

Assim, as duas jovens apresentaram a seguinte proposta conjunta:

Título: Redescobrir o mundo- Sala de Snoezelen na ASAS

Tipo de proposta: Geral

Descrição:

A nossa ideia passa por criar uma sala de estimulação sensorial numa sala da antiga sede da ASAS aberta à comunidade. Esta estimulação é feita através de luz, sons, cores, texturas e aromas. Tem como principais objetivos o relaxamento, a estimulação multissensorial, a estimulação cognitiva e a interação.

Este tipo de estimulação prevê um conjunto de benefícios não só para indivíduos portadores de Deficiência mental, autismo, paralisia cerebral, com alterações de comportamento e atrasos

231
Figura 191 - Evidências da sessão de esclarecimento Orçamento Participativo Jovem

de desenvolvimento ou pessoas portadoras de demências, depressão, ansiedade, mas também para jovens/ crianças de uma forma geral.

Valor Estimado: 37352.4 euros

Localização: Rua Professor Sampaio de Carvalho, n.º25, 4780-533 Santo Tirso

Por este tipo de resposta já existir no concelho de Santo Tirso e não ter a afluência desejada, a proposta foi indeferida:

Avaliação da Atividade

Os/as jovens participaram com empenho na sessão. Uma vez que não se tratou de uma sessão meramente expositiva, foi conseguido que participassem ativamente com a sugestão de propostas de apresentação para o OPJ 2020 da CM de Santo Tirso.

A maioria dos jovens posicionaram as suas respostas aos questionários de satisfação entre o “Muito satisfeito”e"Satisfeito".Ressalvamosquedoisjovenssemostraram“PoucoSatisfeitos",relativamente ao horário de realização da atividade e um acerca da duração da mesma.

Dos/as seis participantes, dois apresentaram uma proposta de participação, pelo que consideramos que a nossa intervenção atingiu os seus objetivos, pese embora a proposta tenha sido indeferida.

b) Dia Europeu para a Proteção das Crianças contra a Exploração Sexual e Abuso Sexual

No dia 18 de novembro de 2022, no âmbito do Dia Europeu para a Proteção das Crianças contra a ExploraçãoSexualeAbusoSexualfoipromovidaumaatividadedesenvolvidaemparceriacomaCPCJ

232
Figura 192 - Evidências da sessão de esclarecimento Orçamento Participativo Jovem

deSantoTirsocomoobjetivodeprevenircomportamentosderiscodascrianças:imagense/ouvídeos de cariz sexual de crianças produzidos pelas próprias. Esta atividade contou com a presença de nove jovens e foirealizada na Sala de Formação da ASAS.

Nesta atividade, através de métodos ativos e participativos com recurso a vídeos, brainstorming procurou-se sensibilizar os/as participantes para formas de evitar comportamentos de risco relacionados com imagens e/ou vídeos de cariz sexual de crianças produzidos pelas próprias. No momento final da sessão, foram construídas umconjunto de publicações com as diferentes formas de prevenção, pensadas pelos jovens, com o objetivo final de serem publicadas nas redes sociais do Projeto CLDS 4IN, com a missão de perpetuar a mensagem junto da comunidade tirsense.

Avaliação da Atividade

No final da atividade foi solicitado aos presentes o preenchimento do Questionário de Satisfação. A maioria dos jovens posicionaram as suas respostas aos questionários de satisfação entre o “Muito satisfeito” e "Satisfeito". Novamente dois jovens se mostraram “Pouco Satisfeitos", relativamente ao horário de realização da atividade e um acerca da duração da mesma.

Uma vez que não se tratou de uma sessão meramente expositiva, foi conseguido que participassem ativamente com a sugestão de dicas para evitar comportamentos riscos relacionados com o uso das TIC. Estas dicas foram, posteriormente, publicadas nas redes sociais do Projeto CLDS 4IN.

233
Figura 193 - Evidências da atividade Dia Europeu para a Proteção das Crianças contra a Exploração Abuso Sexual

c) Ações de Sensibilização para a Igualdade de Género

Noanoletivo2020/21,nos dias 9,13,22, 27e29deabril,dinamizamos Ações deSensibilizaçãopara aIgualdadedeGénero,atravésdadiscussãodecasospráticosedinâmicasdegrupodirigidasaturmas da Escola Profissional Agrícola Conde de S. Bento.

No total participaram nestas sessões, dinamizadas em dez turmas, com uma duração aproximada de 1,5h, 144 jovens.

Avaliação das Atividades

Após as sessões dinamizadas, uma em contexto de sala de aula e outras ainda em formato online, utilizou-seoquestionáriodesatisfaçãocomometodologiaparaavaliaçãodasatisfaçãodosjovenscom a sua participação nas atividades. Para as sessões presenciais, no final destas, foi distribuído o questionário de satisfação impresso e preenchido no momento pelos/as alunos/as. Já nas sessões online, no final das sessões, foi partilhado link para o questionário reproduzido através do Microsoft Forms.

No que concerne, às questões relativas a conteúdos programáticos e métodos; Equipa Dinamizadora e Organização, o feedback dos jovens é bastante positivo, concentrando-se as suas respostas na opção Muito Satisfeito e/ou Satisfeito.

Ao nível da Avaliação Global, onde se inclui a “Aquisição de novos conhecimentos”; o “Desenvolvimentodecompetênciassociaisepessoais”e“Capazdedesenvolverumacidadaniaativa”, conclui-se que foram atingidas as metas a que nos propusemos para a esta ação, uma vez que os jovens referem estar Muito Satisfeito ou Satisfeitos, neste tópico.

234
Figura 194 - Evidências das ações de sensibilização para a Igualdade de Género dinamizadas na EPACSB

Os/as participantes deixaram ainda os seguintes comentários/ críticas:

● Só falavam de igualdade de género das mulheres, podiam também falar dos homens;

● Boa apresentação;

● Gostava de saber mais sobre feminismo;

● Foi muito bom;

● Nenhuma crítica, mas não me importava se o tempo de duração fosse maior;

● Muito bem explicado gostei muito;

● No meu ponto de vista deveria haver mais tempo para uma participação mais ativa.

Para além do questionário de satisfação, no final destas sessões e de outras realizadas com jovens, foi solicitado aos jovens o preenchimento de um Inquérito sobre as Perceções da Desigualdade de Género por parte dos Jovens. Este inquérito foi utilizado para realização de Dissertação de Mestrado na Área de Gestão das Organizações do Terceiro Setor da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico do Porto. Esta dissertação teve como objetivo perceber as perceções da desigualdade de género dos jovens ao nível na esfera política, empresarial e privada (contexto doméstico).

De uma forma geral, conclui-se que a maioria dos jovens considera que a desigualdade de género é mais evidente na esfera política e empresarial, do que na esfera privada e mais na esfera política, do que na empresarial. Esta dissertação poderá ser consultada no Repositório desta entidade de ensino.

235
Figura 195 - Avaliação das ações de sensibilização para a Igualdade de Género dinamizadas

d) Ação de sensibilização para o Voluntariado

Nodia19deabrilestivemosnaEscolaProfissionalAgrícolaCondedeSãoBentoafalarcom14jovens sobre o tema “Ser Voluntário” (duração 1,5h). Para a dinamização desta atividade contamos com o testemunho da Juventude da CVP, em particular, do Professor Luís Coelho, docente nesta escola e que já desempenhou a função de Coordenador da Juventude da CVP na delegação de Santo Tirso.

Estasessãotevecomooobjetivopromoverosvaloresdasolidariedadeedoaltruísmojuntodosjovens e, deste modo, promover a sua participação numa ação de voluntariado a ser desenvolvida nesta escola- “Sopas Solidárias”.

Avaliação da Atividade

Para esta atividade, foi de igual forma solicitado aos jovens o preenchimento do questionário de satisfação, no final da sessão. Conforme pode ser verificado no gráfico abaixo, um dos jovens não preencheu o questionário de satisfação, ainda assim, dos 13 que preencheram, apenas na questão “Capazdedesenvolverumacidadaniaativa”,umdosjovensapontouestar“Nada Satisfeito”.Contudo, amaioriados jovens,paratodas asquestões relativas aConteúdos Programáticose Métodos;Equipa Dinamizadora; Organização e Avaliação Global responderam estar ou “Muito Satisfeitos” ou “Satisfeitos”.

236
Figura 196 - Avaliação da ação de sensibilização para o voluntariado

e) Ação de sensibilização para oTráfico de Seres Humanos

No dia 15 de abril foi dinamizada uma Ação de Sensibilização para o Tráfico de Seres Humanos, através da exploração de casos práticos e pistas de atuação futuras como agentes ativos na comunidade.

AatividadedecorreucomumadasturmasdoensinoprofissionaldaEscolaProfissionalAgrícolaConde de S. Bento, que juntou 14 jovens, teve 1,5h de duração.

Nesta sessão, os/as jovens tiveram a oportunidade de ver abordado e explorado o tema do Tráfico de Seres Humanos,tema este desconhecidoparavários dos presentes.O objetivo máximodestasessão e das seguintes que desenvolvemos sobre o tema procurou alertar para a existência deste crime, no sentido de prevenir o seu impacto nas suas vidas e até na sociedade.

Assim, nestas sessões foi analisado o conceito de Tráfico de Seres Humanos, identificadas as três fases que constituem este crime (recrutamento, transporte e exploração); abordados as ações que poderão ser realizadas no âmbito deste crime (oferecer, entregar, recrutar, aliciar, transportar , alojar e acolher); referidos os possíveis meios utilizados (violência, rapto, ameaça grave, ardil manobra fraudulenta, abuso de autoridade, aproveitamento de incapacidade psíquica de especial vulnerabilidade);asfinalidadesdaexploração(exploração,laboral,sexual,extraçãodeórgãos,adoção ilegale/ououtrasatividadescriminosas)e,ainda,distinguidososconceitosdeAuxílioàimigraçãoilegal eoTráfico. Apósapartemaisexpositiva,osjovensforamdesafiadosaparticiparnumjogo,ondeeram expostos a diferentes afirmações sobreo temaetinhamde identificar seessa afirmação eraum Facto ou um Mito.

Avaliação da atividade

No final da sessão os jovens preencheram o Questionário de Satisfação à semelhança das intervençõesanteriores.Paratodosostópicosemanálise,amaioriarespondeuestar“MuitoSatisfeito” ou “Satisfeito” com a atividade.

237
Figura 197 - Avaliação a ação de sensibilização para o TSH

f) Ação de sensibilização para oTSH - Riscos na Empregabilidade

No âmbito da Estratégia para Cidadania, a Oficina do INAsolicitou ao Projeto CLDS 4IN uma ação de sensibilização parao Tráfico deSeres Humanos (TSH) associadoà empregabilidade, como intuitode alertar os/as alunos/as para a temática e minimizar os riscos na sociedade.

Esta sessão decorreu no dia 7 de dezembro de 2021 tendo sido envolvidos aproximadamente 110 alunos.

Paraestassessõesseguiu-seomesmoplaneamentodaprimeiradinamizadanaEPACSB,porém,em vez da dinâmica Mitos e Factos, foram analisados com os jovens anúncios/ ofertas de emprego com vistaaidentificarsinaisdealertasobreaspossíveisredesdeTráficodeSeresHumanos.Foram,ainda, dadasdicasaosjovenssobreoselementosquedevemconsiderarquandosecandidatamaumaoferta de emprego, nomeadamente:

● Se uma oferta te parece demasiado boa, provavelmente não é real;

● Se os teus amigos/família têm questões sobre esta oferta, não penses que não são importantes, tenta encontrar respostas, eles podem ter razão em desconfiar;

● Contactaaembaixadadopaísparaondevaiseparatecertificaresseénecessáriovistoeque documentação deverás levar. Se as informações que te são dadas pela fonte oficial, ninguém poderá enganar-te;

● Antes de viajares, tira fotocópias dos teus documentos de viagem e identificação e deixa-os com alguém de confiança. Podes guardar cópias digitalizadas no teu e-mail;

● Se tiveres números de contacto e moradas do sítio para onde vais, certifica-te que existem e depois indica-as a pessoas de confiança;

● Mantém contigo contactos importantes no país de destino: n.º de emergência e n.º da embaixada/consulado;

● Nunca entregues o teu passaporte/documento de identificação a ninguém.

238
Figura 198 - Ação de sensibilização para o TSH-Riscos na Empregabilidade

Destaforma,os/asalunos/aspuderamtomarconhecimentodealgumasrealidadesexistentesnonosso país e fora dele, questionar e refletir sobre uma realidade que faz parte da sociedade e que todos queremos minimizá-la. Alguns alunos partilharam, também, algumas situações que conheciam sobre exploração laboral e outros foi a primeira vez que caíram na conta da existência de situações de TSH nos seus próprios concelhos.

Avaliação da Atividade

No final da sessão, os jovens preencheram o Questionário de Satisfação. Para todos os tópicos em análise, a maioria respondeu estar “Muito Satisfeito” ou “Satisfeito” com a atividade, conforme pode ser verificado no gráfico abaixo.

g)

Ação de sensibilização para o TSH-Riscos na Empregabilidade - 2.ª edição

Estasessão foireplicada a 27 de outubro de 2022 com mais 45alunos/as da Oficina doINA com uma forte adesão dos/as participantes que, mostrando desconhecimento sobre a problemática do Tráfico de Seres Humanos, colocaram inúmeras questões pertinentes, o que demonstrou interesse e curiosidades pelo tema.

239
Figura 199 - Avaliação da ação de sensibilização para o TSH - riscos na empregabilidade

Avaliação da Atividade

Após a realização da atividade, foi entregue a cada um dos/das alunos/as um QR code que dava acesso ao Questionário de Satisfação elaborado para a atividade. Foram validadas 38 respostas que, de uma forma global, demonstram uma apreciação bastante favorável.

Os/as alunos/as deixaram ainda os seguintes comentários/ críticas:

● Ótima palestra, temas bem escolhidos;

● Aprendi mais sobre tráfico seres humanos;

● Foi interessante;

● Penso que foi um bom tema abordado;

● Fiqueia saber de coisas que nunca me tinha passado pela cabeça que acontecia;

● Eugostei,por issoachoquenãotenhonadaaapontardecríticas nem comentários aapontar.

h) Ação de sensibilização para as implicações do

absentismo e abandono escolar

Nodia19deabrilestivemosnaEscolaProfissionalAgrícolaCondedeSãoBento,àconversacom132 jovens sobre as Implicações do Absentismo e Abandono Escolar. Estas sessões decorreram durante todo o dia, sendo que os oradores estiveram cerca de uma hora à conversa com cada um dos grupos de jovens, um total de 11 turmas.

Paraestaatividade,contamoscoma presençaetestemunhosdetrêsprofissionaisqueatuam naárea da infância e da juventude, Dr.ª Juiz Paulo Guerra, Dr.ª Maria do Céu Brandão, Diretora dos Serviços

240
Figura 200 - Avaliação da ação de sensibilização para o TSH - riscos na empregabilidade - 2.ª edição

Com esta intervenção, atendendo à solicitação da EPACSB, procuramos aproximar os técnicos do sistema de promoção e proteção de crianças e jovens em risco dos jovens. Ajustadas às expetativas da escola e às idiossincrasias dos seus alunos, os convidados conversaram com os nossos estes sobreoseupapelenquantoprofissionais,dassuasintervençõesesobreasimplicaçõesdealgunsdos comportamentos destes alunos, indicados pela escola, nomeadamente, consumos, absentismo e abandono escolar.

i) Ação redes sociais e jogos online - Oficina do INA

Nodia 25janeiroe1defevereirode 2021,dinamizamosduassessões dirigidasaduasturmasdo10.º ano da Oficina do INA sobre dependência dos jogos online e redes sociais. Nestas sessões, com a duração de 1,5h/cada, foram apresentados os conceitos do uso problemático e dependência no jogo online/ redes sociais e apresentados alguns conceitos e fenómenos psicológicos relacionados com o uso problemático e dependência no jogo online/ redes sociais. Na primeira sessão acerca da dependência dos jogos online participaram 55 alunos/as. Na segunda sessão sobre redes sociais participaram 62 alunos/as.

Em 2022, replicamos esta ação na mesma escola, nos dias 15 e 29 de novembro.Na primeirasessão sobre dependência dos jogos online, participaram 37 alunos, na segunda sobre redes sociais participaram 38.

Avaliação da Atividade

Nofinal das atividades, os jovens preencheram o questionário de satisfação, por formaa avaliarem as duas atividades que foram realizadas com cada grupo (redes sociais e jogos online). A maioria dos jovens demonstrou estar “Satisfeito” ou “Muito Satisfeito” com a atividade. Ainda assim, de reter que pelo menos um dos presentes optou pela opção “Nada Satisfeito” para a praticamente todas as respostas. Alguns jovens optaram, ainda, pela opção “Pouco Satisfeito” nos tópicos: Capaz de

241
Sociais daASASe ComissáriadaCPCJdeSantoTirsoeDr.ª MónicaSilva,CoordenadoradoCAFAP Saber Para Crescer da ASAS. Figura 201 - Evidências da ação de sensibilização para as implicações do absentismo e abandono escolar

desenvolver uma cidadania ativa (3 alunos/as); Desenvolvimento de competências sociais e pessoais (2 alunos/as); Aquisição de novos conhecimentos (2 alunos/as); Qualidade e adequação das instalações e equipamentos (4 alunos/as); Motivação (1 aluno/a); Relacionamento com os/as participantes (1 aluno/a) e Duração (6 alunos/as).

De referir que, nesta ação participou uma turma que frequentava o curso de informática desta escola, oquepodeterinfluenciadoasuasatisfaçãocomaatividade,peloconhecimentoquejádispõemsobre o tema e que poderá ter influenciado a sua motivação e interesse na atividade.

242
Figura 202 - Avaliação da ação redes sociais e jogos online - Oficina INA 2021 Figura 203 - Avaliação da ação redes sociais e jogos online - Oficina INA 2022

Em 2022,seguiu-sea mesmametodologia, com aaplicaçãodo Questionáriode Satisfaçãono finalda sessão. Para os tópicos em análise, os jovens concentraram as suas respostas na opção “Satisfeito”. Esta atividade também reuniu alguns jovens que responderam “Nada Satisfeito” e “Pouco Satisfeito”. Nestesentido,considera-sequedeveráserumaatividadeque,aserreplicada,deveráserreformulada, tendo por base os resultados deste questionário, para os tópicos em que os jovens demonstraram maior insatisfação, nomeadamente, “Capaz de desenvolver uma cidadania ativa”; “Desenvolvimento de competências sociais e pessoais” e “Aquisição de Novos Conhecimentos”.

j) Duas Escolas a mesma Missão

Mantendo o desafio do desenvolvimento do seu plano de atividades o projeto CLDS 4IN, através do, iniciou uma experiência de intercâmbio, com uma escola angolana em que os/as participantes envolvidos e envolvidas puderam experimentar uma verdadeira experiência de partilha, crescimento pessoal, social e cultural, capaz de os tornar mais atentos e despertos para os problemas sociais que são transversais à sua geração.

Nestesentido, levou-seaefeito, como mote do empreendedorismo social,um conjuntodeatividades, com recurso aos meios digitais que temos ao nosso dispor.

Com esta atividade tivemos como objetivo principalpromover um projeto de intercâmbio culturalentre duas turmas, de dois continentes distintos, para promoção da consciência crítica e cívica, especialmente no que concerne à promoção da saúde e à sustentabilidade ambiental.

Foram ainda traçados os seguintes objetivos específicos:

● Promover sessões síncronas regulares entre as duas turmas;

● Conduzir as partes à reflexão das suas tradições culturais e à capacidade de as apresentar eficazmente;

● Potenciar a reflexão das partes para a melhoria da condição ambiental nas suas localidades;

● Conhecer novas realidades e novos modus operandi

No dia 25 de fevereiro iniciamos esta atividade com a primeira sessão online, com a apresentação dos/das alunos/as, das duas turmas. Para isso, ambas prepararam vídeos que auxiliaram a sua apresentação. Seguidamente, foi criado pela equipa do projeto um grupo na rede social WhatsApp e outro no Facebook, através dos quais os/as alunos/as começaram a interagir de forma regular. Nesta sessão ficou decidido o tema a ser trabalhado na próxima sessão, neste caso, Gastronomia e Dança. Seguiu-se a mesma metodologia para todas as sessões.

No dia 18 de março, voltamos a reunir através de videoconferência. Os/as alunos/as dos diferentes paísespartilharamreceitas típicas dosseus países.Ficoucombinadoqueos/as alunos/as dePortugal iriam confecionar mousse de maracujá e os/as alunos/as de Angola as rabanadas. Ambos gravaram um vídeo com os passos, que foi visualizado na sessão que se seguiu, no dia 25 de março. Ainda nesta sessão, os/as jovens de ambas as turmas apresentaram os diferentes tipos de dança, mais frequentes no seu país.

243

No dia 29 de março, voltamos a reunir com a temática “desporto” As escolas, elaboraram vídeos partilhados nasessão,sobreos desportosmais praticadosnoseupaís.Nodia1 abril, os/as alunos/as de Portugal, no âmbito da Mostra da Educação da Escola Tomaz Pelayo, elaboraram um vídeo sobre a escola para os/as alunos/as de Angola, que partilharam através do grupo de Facebook. No dia 8 de abril, foi realizado mais um encontro. Desta vez, o tema já decidido na última sessão foi moda. Assim os/as alunos/as de Angola e Portugal vestiram-se a rigor para a sessão, mostrando as veste tradicionais do seu país.

NogrupocriadonaredesocialFacebook,osjovensdeAngolapartilharamtambémfotoscomvestuário típico.

Esteciclodesessõesterminounodia7dedezembro,ondemaisumavezatravésdevideoconferência foi realizado um balanço final destas sessões e finalizada a atividade.

Apesardetermosterminadoassessõesformais,osjovensmantêm-seemcontactoatravésdosgrupos criados nas redes sociais, que se mantêm ativos e são alimentados por estes, pelos seus professores e pela equipa do projeto CLDS 4IN.

Avaliação da Atividade

Na última sessão foi solicitado aos jovens o preenchimento do Questionário de Satisfação, disponibilizado através de um link.

Apenas foram rececionadas quatro respostas. A análise destas, permite-nos perceber que os/as alunos/as ficaram “Muito Satisfeitos” ou “Satisfeitos” com a atividade.

Também os professores responsáveis pela colaboração nesta atividade com as suas turmas, partilharam com a equipa a sua satisfação com esta atividade, referindo apenas que gostariam que tivesse havido mais oportunidades para encontros entre as turmas online e um maior envolvimento dos/das alunos/as.

Apesar de se terem produzido trabalhos bastante interessantes e representativos da cultura de cada um dos países, o objetivo que tínhamos delineado de que os jovens dos diferentes países trabalhassem juntos, não foi atingido.

Salienta-se aqui alguns motivos para que este objetivo não tenha sido atingido, nomeadamente: as falhas de rede que aconteciam em todas as chamadas e que impediam a concretização dos objetivos delineados para cadasessão; acarga letiva que não permitiu a realização de muito encontros formais e o envolvimento dos/das alunos/as, que nunca se conseguiram organizar por grupos, conforme solicitado pela equipa no início da atividade.

Aindaassim,dereferirqueemtermosdetrabalhocomassuasprópriasturmas,osjovensesforçaramse bastante, apresentando em todas as sessões vídeos sobre a temática a ser trabalhada naquela sessão.

Naúltimasessão,os/asalunos/asde Portugalescreverameinterpretaram umamúsicademonstrando o seu empenho e envolvimento com esta atividade.

244

Os/as alunos/as deixaram ainda os seguintes comentários/ críticas:

● Penso que a atividade foi bem conseguida. Desenvolvemos a nossa intercultural e aprendemos aspetos que nos podem favorecer e ajudar durante a vida. Gostei das meninas que organizaram todo o contacto, são muito simpáticas e divertidas;

● Atividade interessante. Deveria ser alargada a mais turmas e a mais países;

● Nas próximas sessões com outros alunos, estarem presentes na mesma sala chamaria mais atenção aos outros ao assunto.

Caracterização dos/as participantes

A Ação n.º 20 MOB IN caracterizou-se por uma incidência maior em escolas de ensino profissional, nomeadamente, na EPACSB e na Oficina do INA, onde os cursos ainda são muito “genderizados”. Assim, percebe-se o maior n.º de jovens do sexo masculino (63%) nesta ação, por comparação a outras ações.

Emtermos deidade dos/as participantesabrangidosnestaação,amaioria(72%) tem entreos15eos 17 anos de idade, uma vez que, a maioria das ações desta ação concretizaram em escolas de ensino profissionalizante, em turmas de 10.º a 12.º anos. No que concerne à nacionalidade, a maioria dos jovens não preencheram as fichas de participante entregues ou preencheram de forma incompleta, pelo que não se conseguiu obter dados fiéis acerca deste dado estatístico. Ainda assim, 30% identificaram a sua nacionalidade como portuguesa.

Quanto à sua situação face ao emprego, a maioria dos jovens encontrava-se a estudar (340 alunos) e apenas quatro já se encontravam no mercado de trabalho.

245
Figura 204 - Avaliação da atividade “Duas escolas a mesma missão”

A maioria dos jovens, encontrava-se a frequentar o ensino secundário e, portanto, tinha como habilitaçõesacadémicasconcluídasoISCED3,correspondendoao3.ºciclodoensinobásicocompleto (333 participantes).

No que concerne à freguesia de residência dos/das participantes, para os casos em que não foi possível conseguir estes dados dos participantes, ou porque não preencheram a ficha corretamente ou porque não a entregaram, consideramos como freguesia, a escola onde foram dinamizadas as ações. Assim sendo, a maioria dos participantes (71%) pertenciam à União de Freguesias de Santo Tirso, Couto (Sta. Cristina e S. Miguel) e Burgães; 14% pertenciam à União de Freguesias Areias, Sequeirô, Lama e Palmeira e 10% eram de freguesias fora do concelho de Santo Tirso.

Descrição do objetivo geral: Capacitar os jovens através do desenvolvimento das suas competências sociais e pessoais no seu quotidiano

Caracterização dos destinatários: Crianças e Jovens

246
Figura 205 - Freguesia de residência dos/as participantes
Atividade 21 - ATIVE-IN - Conjunto de atividades de ocupação de tempos livres para que as crianças e jovens desfrutem de novas experiências saudáveis eativas, que contemplem a diversão e aprendizagem em meio natural de vida

Indicadores de execução: N.º destinatário e n.º atividades

Resultados esperados: 140 Destinatários tendo sido alcançados 144 destinatários/as.

Parceiros: EMAT, CPCJ, Agrupamento de Escolas Tomaz Pelayo; Agrupamento de Escolas D. Dinis; Escola Profissional Agrícola Conde de S. Bento; Oficina do INA; CMST; NLI; Betweien; Juntas Freguesia. Destacamos a parceria com o Centro Social e Paroquial de Santa Maria Madalena; Telepizza Santo Tirso; Ginásio Alive Fitness Club; PSP; Baker and Baker e Vieira de Castro que ajudaram a reforçar e a melhorar o apoio prestado aos participantes.

Fontes de verificação: Ficha de participante, Registos presenciais, Registos Fotográficos e Questionário de satisfação

Metas: Dotar pelo menos 90% dos participantes de competências que permitam um maior desenvolvimento social e pessoal que consideramos ter sido visível em comportamentos detetados como: trabalho em equipa; empatia; entreajudaeresolução deconflitos.O alcancedestametapoderá ser corroborado de seguida nos comentários, testemunhos e avaliações realizadas pelas crianças e jovensenvolvidos epelosseusencarregados/asdeeducação,equedemonstrama importânciadesta intervenção e justificam a sua manutenção e replicação, após o término do projeto.

Contextualização

AAçãoAtiveINdirecionou-separaapreparaçãodeumconjuntodeatividadesdeocupaçãodetempos livres procurando que crianças e jovens desfrutassem de novas experiências saudáveis e ativas, geradoras de diversão e aprendizagem em meio natural de vida.

Neste seguimento esta ação foi estruturada procurando mobilizar crianças e jovens, através da promoção de estilos de vida saudáveis e a sua integração na comunidade, dotando-os de competências que permitam um maior desenvolvimento social e pessoal.

Foram definidos como objetivos gerais: proporcionar às crianças e jovens uma experiência e capacitação enriquecedora e divertida através do desenvolvimento das suas competências pessoais, sociais eculturais; desenvolver competências de autonomiae organização, promover a ocupaçãodos tempos livres de forma saudável e estruturada quer a nível de regras quer a nível da rotina diária, realização de atividades em grupo e no exterior, educar de forma lúdica, reconhecendo o património como lugar de construção de conhecimento.

Ações de intervenção

a) Atividades de ocupação dos tempos livres das férias de Verão

Em 2021,dinamizaram-seasprimeiras atividadesde ocupaçãodostemposlivresdasfériasde Verão. As atividades decorreram entre os dias 1 a 4 de setembro e foram dirigidas a jovens com idades compreendidas entre os 10 e os 16 anos. As atividades promovidas nestes dias foram bastante diversificadas incluindo visitas a museus, ao Futebol Clube Tirsense, aoNaturwaterpark em VilaReal, entre outras.

247

01/09/2021 9h00 – Ponto de encontro na Praça Municipal da Feira –Santo Tirso;

10h00 - Atividades desportivas no Futebol Clube Tirsense e visita ao estádio;

13h00 - Almoçopiquenique no Parque de Geão

02/09/2021 9h30 – Ponto de encontro Mosteiro de São Bento – Santo Tirso;

10h00- Saída para o Museu Ferroviário de Lousado

10h30- Chegada ao Museu e início da atividade;

12h00 –Saídado Museu

12h30- Almoço no McDonalds de Vila Nova de Famalicão

14h30- Circuito de atividades pedagógicas e recreativas no Parque de Geão

17h00–ChegadaàPraça Municipal da Feira, Santo Tirso

-----

03/09/2021 9h00- Ponto de encontro – Mosteiro de São Bento - e saída pelas 9h30

11h00 - Chegada ao NaturWaterPark

Lanche

Arvorismo

Parque aquático

Almoço

14h30 – Chegada à Fundação Cupertino Miranda e início da atividade- Serviço Educativo do Museu Cupertino de Miranda

16h00 – Saída de Famalicão

16h30 – Chegada ao Mosteiro de São Bento –(Santo Tirso) e realização do AutoTeste àCOVID 19

17h30– Recolha dos jovens pelos encarregados de educação

Paintball

Parque aquático

Jantar

----

Orientação Noturna no Natur Waterpark

248
Dia Manhã Tarde Noite

04/09/2021

Pequeno-almoço do Water Naturpark

Slide/escalada/ parque aquático Almoço

Bungee Jumping

Parque aquático

16h30 - Saída do NaturWaterPark

18h00– Chegada ao Mosteiro de São Bento –Santo Tirso

b) Atividades de ocupação dos tempos livres das férias de Natal

NainterrupçãoletivadasfériasdeNatalforamplaneadostrêsdiasdeatividades(27e29dedezembro de 2021) dirigidos a crianças entre os 8 e os 12 anos.

As atividades estavam planeadas para um formato presencial, contudo perante as regras do governo decretadas para este períododetempo, que decretaramofecho de ATL e outras atividades similares, as atividades foram alteradas para um formato online.

Ainda assim, foi possível organizar um conjunto de atividades diversificadas socorrendo-nos de parceiros, que ao longo deste triénio vieram a contribuir com os seus bens e serviços para o projeto.

Este programa incluiu atividades como Yoga do Riso; Yoga; Dinâmicas sobre Empreendedorismo; Construção de Origamis; Atividades sobre Alimentação Saudável; Sessão informativa sobre Cyber Segurança; Aula de educação física, entre outras.

No total participaram nas atividades 16 crianças e jovens.

Horário Atividade

10h00 Dinâmica de apresentação- fazer um animal com características deles-

11h00 Pausa para lanche

11h15 Dinâmica: duas verdades e uma mentira

12h15 - 14h00 Pausa para Almoço

249
------
Dia 27 de dezembro – segunda-feira

14h00 - 15h00 Origamis de árvores de natal em folhas de papel e em guardanapos

15h00 - 15h15 Pausa para o lanche

15h15 – 16h15 Atividade- “Senhor empreendedorismo”

16h15 - 16h30 Dinâmica de Relaxamento

Dia 28 de dezembro – terça-feira

Horário Atividade

10h00 Dinâmica de quebra gelo inicialDinâmica o Dinis diz… os outros copiam Se ele não disser o que fazer vão saindo.

10h30 - 11h30 Sessão informativa com a Nutricionista Filipa L. Alves - Alimentação Saudável

Almoço Entrega do almoço: Burguer King/ Bilhetes para divertimentos de Natal e lanche

15h00-15h45

16h00-16h45

1.ª Aula de Educação Física- Equipa Ginásio Alive (15h)

2.ª Aula de Educação Física- Equipa Ginásio Alive (15h) – 10 aos 12 anos

Dia 29 de dezembro – quarta-feira

Horário Atividade

10h00 - 10h30

10h30 - 11h30

Dinâmica de relaxamento

Sessão informativa sobre Cyber Segurança com o Agente Ricardo Gouveia

11h30 - 11h45 Pausa para lanche

250

11h45 - 12h45

História “Um projeto e meio limão”

12h45 - 14h00 Pausa para almoço

14h00 - 15h45 Visualização do filme Divertida- mente

15h45h - 16h00 Despedida

c)

Atividades de ocupação dos tempos livres das férias de Páscoa

Na interrupção letiva das férias da Páscoa foram planeados dois dias de atividades (13 e 14 de dezembrode2021)dirigidosacriançasentreos8eos 14anos.Reunimos25jovensqueparticiparam em atividades como confeção de Pizzas na loja Telepizza; Bootcamp no Ginásio Alive Fitness Club SantoTirso; Atividadedinamizadapela SOS RACISMOeOficinalúdico-pedagógicanoCentrodeArte Alberto Carneiro (com visita guiada ao Centro de Arte).

09h30 - 10h00 Chegada jovens Chegada jovens

10h00 - 10h30 Lanche manhã Lanche manhã

10h30 - 12h00

Confeção de Pizzas- Telepizza Santo Tirso. Atividade dinamizada pela SOS RACISMO- Apresentação da SOS Racismo

- Visualização do documentário "Olhares sobre o racismo" (30 minutos)

- Debate e reflexão com os jovens sobre o tema.

12h30 - 14h00

Almoço- Telepizza (pizzas confecionadas pelos jovens) Almoço

251
Horários Quarta-feira 13/04/2022 Quinta-feira 14/04/2022

15h00 - 16h30

BootCamp- Ginásio Alive Oficina lúdico-pedagógica no Centro de Arte Alberto Carneiro (com visita guiada ao Centro de Arte).

16h30 - 17h00 Lanche Lanche

17h00 Entrega dos jovens Entrega dos jovens

d) Atividades de ocupação dos tempos livres das férias de Verão

Emjulhode2022,foramdinamizadasduassemanasdeatividadesdeocupaçãodostemposlivresdas férias de Verão que envolveram 53 crianças e jovens, com idades compreendidas entre os 10 e os 14 anos.

O Programa Verão IN 2022 foi organizado da seguinte forma:

● 1.ªsemana(12a15dejulho)dirigidaajovenscomidadescompreendidasentreos10eos11 anos;

● 2.ªsemana(19a22dejulho)dirigidaajovenscomidadescompreendidasentreos12eos14 anos.

Neste foram, mais uma vez, incluídas atividades diferenciadas que contemplaram momentos de desporto, história, conhecimento, relaxamento, cozinha e diversão.

Programa 1.ª semana (10 aos 11 anos)

Programa 1ª semana (10 aos 11 anos)

12/07/2022 9h30 – Ponto de encontro no Centro Paroquial de Santo Tirso

10h30 – Visita aos Bombeiros Voluntários Tirsenses Amarelos

12h30 – Almoço-piquenique no Parque de Geão

14h30 – Visita à PSP de Santo Tirso

15h30 – Aula de Meditação

17h00 – Recolha dos jovens no Centro Paroquial de Santo Tirso

252
Dia Manhã Tarde

13/07/2022

9h30 – Ponto de encontro no Centro Paroquial de Santo Tirso

10h – Visita guiada e oficina no MMAP/MIEC

12h30 – Almoço na Escola Profissional Agrícola Conde de São Bento (EPACSB)

14h30 – Atelier do Pão na EPACSB e visita guiada aos animais

17h00 – Recolha dos jovens no Centro Paroquial de Santo Tirso

14/07/2022

9h30 – Ponto de encontro no Centro Paroquial de Santo Tirso

10h00 – Confeção de Pizzas na Telepizza de Santo Tirso

12h30 – Almoço na Telepizza

14h30 – Bootcamp Ginásio Alive Fitness Club

17h00 – Recolha dos jovens no Centro Paroquial de Santo Tirso

15/07/2022

9h00 – Ponto no Mosteiro de São Bento (Parque de estacionamento)

9h10 – Partida para MagiklandParque de diversões

Programa 2.ª semana (12 aos 14 anos)

17h00 – Saída Magikland-Parque de diversões

18h00 – Recolha dos jovens no Mosteiro de São Bento (Parque de estacionamento)

Programa 2.ª semana (12 aos 14 anos)

19/07/2022

9h30 – Ponto de encontro no Centro Paroquial de Santo Tirso

10h30 – Visita aos Bombeiros Voluntários Tirsenses Amarelos

12h30 – Almoço - piquenique no Parque de Geão

14h30 – Visita guiada e oficina no CAAC

17h00 – Recolha dos jovens no Centro Paroquial de Santo Tirso

253
Dia Manhã Tarde

20/07/2022 9h30 – Ponto de encontro no Centro Paroquial de Santo Tirso

10h30 – Visita à PSP de Santo Tirso

11h30 – Atividade “O meu sol” dinamizado pela Juventude da CVP-delegação de Santo Tirso

12h30 – Almoço na Escola Profissional Agrícola Conde de São Bento (EPACSB)

21/07/2022 9h30 – Ponto de encontro no Centro Paroquial de Santo Tirso

10h00 – Confeção de Pizzas na Telepizza de Santo Tirso

12h30 – Almoço na Telepizza

22/07/2022 9h00 – Ponto no Mosteiro de São Bento (Parque de estacionamento)

9h10 – Partida para Naturwaterpark- Parque de diversões

14h30 – Atelier do Pão na EPACSB e visita guiada aos animais

17h00 – Recolha dos jovens no Centro Paroquial de Santo Tirso

14h30 – Bootcamp Ginásio Alive Fitness Club

17h00 – Recolha dos jovens no Centro Paroquial de Santo Tirso

17h00 – Saída de NaturwaterparkParque de diversões

18h00 – Recolha dos jovens no Mosteiro de São Bento (Parque de estacionamento)

Caracterização dos/as participantes

Conhecendo um pouco melhor quem foram os/as participantes nesta ação podemos confirmar um grande equilíbrio quanto ao género correspondendo a 52% os/as participantes do sexo masculino e 48% do sexo feminino.

Em termos de idades, 55% dos jovens tinham entre 6 e 9 anos; 43% tinham entre 10 e 14 anos e apenas 2% tinham mais de 15 anos. A maioria dos jovens eram de nacionalidade portuguesa (97%).

Tendo em conta a faixa etária confirmamos que todos os jovens envolvidos nas atividades se encontravam a estudar.

254

Os jovens participantes nas atividades de ocupação dos tempos livres de interrupção letiva, pela sua tenra idade, possuíam na sua maioria como qualificações o ISCED 1 (1.º e 2.º ciclos básicos), seguindo-se o ISCED 2 (3.º ciclo).

Uma vez mais, verificou-se que a maioria dos participantes nesta ação residiam na União de Freguesias de Santo Tirso (Sta. Cristina e S. Miguel) e Burgães (57%), seguidamente, 10% residiam em Vilarinho, 9% na União de Freguesias da Carreira e Refojos de Riba de Aves e 8% em Vila das Aves.

255
Figura 206 - Escolaridade dos/das participantes Figura 207 - Freguesia de residência dos/as participantes

Avaliação das Atividades de Ocupação dos Tempos Livres das Férias

Ao nível de impacto destas atividades, deixamos aqui alguns testemunhos dos encarregados/as de educação das crianças e jovens acerca das atividades:

“Da minha parte o feedback é bom, tiveram uma boa organização, muito atenciosas com os meninos e com os pais. Devia de haver mais atividades destas!" - Mãe de participante

"Muitíssimo obrigado pelo trabalho e carinho que tiveram com nossos filhos. Muito bem organizado. Foiperfeito..minhafilhaamou,perguntouquandoseriaopróximoprogramadeferias.??!!!. queriair outra vez, estão de parabéns.." - Mãe de participante

"Gostei muito do acolhimento realizado no início do dia e na entrega dos meus filhos, ou seja, achei muito interessante as crianças não estarem expostas às outras famílias. Achei muito profissional. A DraAnaNetofoimuitosimpática eprestávelàs minhasdúvidas.Fiqueisempreesclarecidaetranquila quandoleveiosmeusfilhos.Obrigada.Emrelaçãoaosmeusfilhos,vierammuitofelizeseatéqueriam ir no dia 14 de abril. No almoço, referiram que não puderam escolher todos os ingredientes que gostavam na pizza pois, os colegas do grupo também tinham de escolher/gostar. Das restantes atividades não fizeram nenhuma referência, nem "reclamação". Obrigada pelo dia tão bem passado." - Mãe de participante

"Foiuma experiência educativa, deconvivência esobretudo divertida. As monitoras estiveramsempre prontas a responder e/ou descansar os pais." - Mãe de participante

"Foram dias muito divertidos, gostei muito das atividades e de conhecer sítios e pessoas novas. As monitoras eram divertidas e simpáticas. Foi uma experiência que marcou este verão." - Inês (jovem participante)

Para além dos testemunhos foram recolhidos trabalhos realizados pelos jovens e encarregados/as de educação, após as atividades:

256

Após a realização destes quatros campos de férias dinamizados pelo Eixo 2 deste projeto, tentou-se recolher avaliações mais formais das atividades dos/as encarregados/as de educação e das crianças e jovens. No total foram recolhidas 24 respostas dos encarregados/as de educação e 22 de crianças. Nos seguintes gráficos passamos a expor os resultados dos Questionários de Satisfação aplicados:

257
Figura 208 - Testemunhos de participantes- Ação n.º 21 Active IN
Programa N.º de respostas Crianças N.º de respostas Encarregados/as de Educação Verão IN (1 a 4 de setembro de 2021) 3 3 Natal IN (27 a 29 de dezembro de 2021) 1 2 IN Páscoa (13 e 14 de abril de 2022) 1 4 Verão IN (12 a 15 de julho de 2022) 5 6

De uma forma geral, encarregados/as de educação e crianças e jovens mostraram-se “Muito Satisfeitos” com os diferentes programas de férias realizados:

Neste questionário, perguntamos aos jovens o que gostaram mais e menos nos Programas de Férias que frequentaram. A maioria dos jovens referiu que o que gostou mais foi do parque aquático. Relativamenteaoque gostaram menos,amaioriarespondeu quegostoude tudoouNãoseiconforme se pode confirmar no gráfico apresentado de seguida:

258 Verão IN (19 a 22 de julho de 2022) 12 11
Figura 209 - Avaliação das atividades de ocupação dos tempos livre - Encarregados/as de educação

Neste questionário, perguntamos aos jovens o que gostaram mais e menos nos Programas de Férias que frequentaram. A maioria dos jovens referiu que o que gostou mais foi do parque aquático. Relativamenteaoque gostaram menos,amaioriarespondeu quegostoude tudoouNãoseiconforme se pode confirmar no gráfico apresentado de seguida:

Questionados sobreserepetiramaatividade amaior partedos jovens referiuque sim, deixando como sugestão a realização de trabalhos manuais e costura; fazermos mais atividade fora de Santo Tirso; visitarumapiscinacomondas;passaumdianapraia;umdianumparqueradicaltipo(parqueaventuravila do Conde); um dia num lar de idosos a diverti-los com atividades e mais dias no parque aquático.

259
Figura 210 - Avaliação da Ação n.º 21- Active IN- crianças e jovens Figura 211 - Avaliação da atividade n.º 21- Active IN- pelas crianças e jovens participantes

Os encarregados/das de educação deixaram ainda os seguintes comentários/ críticas:

● Nada a apontar, continuem com a vossa dedicação.

● Excelenteiniciativa,boasatividadespropostaserealizadas.Correutudomuitobem.Parabéns!

● Ficamos muito satisfeitos com essa iniciativa. Os miúdos gostaram muito da interação. As monitoras muito atenciosas e simpáticas.

● Foi muito bom, a minha filha é autista leve e tem POC ... mas mesmo assim integrou se bem, fez amizades e correu muito bem. Podem repetir... continuem o bom trabalho... Beijos

● Muito bem programado. Boas atividades

● Nãotenhoqualquertipodecríticaafazer.Sugestãodavasepossívelseralargadoamaisdias. Como comentário só tenho a agradecer todo o tempo e disponibilidade prestada.

● Adorei este projeto. Espero que a minha filha participe novamente.

● Muito obrigada pela oportunidade! As monitoras são muito atenciosas.

● Ocupação dos tempos livres, excelente. Recomendo e gostaria que o meu educando continuasse a usufruir para o próximo ano.

● Projeto interessante espero que se mantenha no futuro.

● A minha filha gostou muito das atividades, que tiveram um impacto positivo. Seria excelente que se realizassem com mais frequência e pudessem abranger mais crianças/jovens.

● Apenas dizer que deverão existir mais iniciativas destas.

Atividade 22 - Mediação IN - Recrutar, formar e orientar jovens que sejam considerados uma mais-valia para tutoria de outros jovens com comportamentos menos ajustados

Descrição do objetivo geral: Fomentar o sucesso escolar, baseado na construção de uma cultura promotora do desenvolvimento de atitudes solidárias e de entreajuda, com base no respeito por si e pelo outro

Caracterização dos destinatários: Crianças e Jovens

Indicadores de execução: Ficha de participante, grelha de observação, registos fotográficos, questionário satisfação

Resultados esperados: 10 Destinatários tendo sido alcançados 59 elementos

Parceiros: Agrupamento de Escolas D. Dinis.

Fontes de verificação: Ficha de participante, grelha de observação, registos fotográficos, questionário satisfação

Metas: Dotar 90% dos jovens com competências e estratégias para a mudança na vida escolar e pessoal dos seus colegas como pode foi verificado pela equipa do projeto através das avaliações qualitativasequantitativas,levadasaefeitonodecorrerdaintervenção.Omesmofactofoicorroborado pelas técnicas do serviço depsicologia eorientação vocacional do Agrupamento deEscolas que, pelo

260

contacto direto e regular, aos participantes, compreendeu uma clara alteração na forma de resolução deconflitosentreparesereforçou-onasváriasreuniõesdeacompanhamentorealizadascomaequipa do projeto.

Contextualização

A Ação Mediação IN apostou em recrutar, formar e orientar jovens considerados uma mais-valia para mediação de outros jovens com comportamentos menos ajustados.

Esta ação foi estruturada de forma a serem desenvolvidas ações de mobilização de jovens, dotandoos de competências e estratégias para a mudança na vida escolar e pessoaldos seus colegas.

Deumaformageral,podemosafirmarqueoprincipalobjetivodestaaçãoassentounosucessoescolar, baseado na construção de uma cultura promotora de desenvolvimento de atitudes solidárias e de entreajuda, com base no respeito por si e pelo outro.

Ações de intervenção

a) Implementação de um programa de mediação escolar

A informação que se segue foi produzida pela Dr.ª Mónica Nogueira Soares e Dra.ª Daniela Gandra, mediadoras escolares, responsáveis pela implementação do Programa de Mediação de Conflitos em contexto escolar (Soares & Gandra, 2022).

FUNDAMENTAÇÃO

Vivemos uma fase repleta de situações conflituosas, em que todos os dias nos deparamos com discursos de pessoas que vivenciam conflitos com outro(s). Mais do que a vivência de conflitos, é a formacomoaspessoas(não)convivem,centrandoosseusrelacionamentosinterpessoaisatravésdas redes sociais ededispositivos móveis, emdetrimento do relacionamentopresencialeafetuoso.Deste modo, quando surgem conflitos, a solução acaba por ser descartável e meramente remediativa.

Osconflitospodemnascerdemerasdiferençasdeopiniãooudeformasdeestar,gerandoperspetivas por vezes contraditórias, que por sua vez geram formas diferentes e problemáticas de interpretar os acontecimentos. Para além desta forma de vivência do conflito, verificam-se paralelamente dificuldades emgerir essesmesmosconflitos,sendoquese adotademasiadasvezesaestratégiaque pareceresultar sempre– a força física. Esta éumasituaçãoqueafeta asociedade emgeral,mas que assume contornos graves se a associarmos ao contexto escolar.

A participação ativa dos estudantes é aqui tida como condição sine qua non para que a cultura de convivêncianaescolasejacadavezmaispositiva.Noentanto,existemdiversosobstáculos,poiscada vez mais a escola é um espaço onde se encontram estudantes muito diferentes, com interesses, motivações e culturas cada vez mais divergentes. Ainda assim, a escola deve tratar todos de igual forma, como se tivessem as mesmas origens e os mesmos valores, como se reagissem com iguais emoções e refletissem semelhantes expectativas vivenciais. Esta pluralidade e diversidade populacional, ainda não provocou as mudanças organizacionais e pedagógicas que o contexto

261

educativoatual necessita.Aescolacontinua, defacto,a ter genericamenteas mesmaspráticas,ainda que a sociedade na qual se insere apresenta uma rápida e permanente mutação. A crescente heterogeneidade social e cultural das instituições escolares acentuou as discrepâncias e a conflitualidade daí resultantes por diferenças que se apresentam a todos os níveis.

Para conseguir contornar, ultrapassar e/ou solucionar estes obstáculos à luz da igualdade de oportunidades, a escola deve construir um projeto suficientemente flexível que a transforme num espaço de bem-estar para todos os elementos da comunidade escolar. A escola tem de abrir espaço para a implementação de dinâmicas mais adequadas à diversidade de estudantes a que se destina, principalmentenosentidodaprevençãoeresoluçãodosconflitosqueaíocorram.Destaforma,opapel da escola deve abandonar a esfera da mera transmissão de conhecimentos, recorrendo à compreensão das diferenças verificadas no seu espaço educativo, para que a adequação das metodologias seja possível. Reconhecer essas diferenças e agir de acordo com esse reconhecimento é talvez o único meio de prevenção dos problemas de aprendizagem e de relacionamento entre os elementos da comunidade educativa, conduzindo à criação de um ambiente favorável ao sucesso educativo.

Éindispensávelaestreitacolaboração dacomunidade,dafamíliaedaescola,poissóaaçãoconjunta e coordenada destes três contextos dominantes na vida dos estudantes poderá contribuir decisivamenteparaoseusucessoescolareparaoseucrescimentoenquantoserhumano.É,porisso, necessário estabelecer estratégias que conduzam à construção dessa colaboração e desenvolver relações com a comunidade, criando e incentivando valores congruentes. Neste processo pressupõese a participação ativa e a interação de todos, através de projetos que tragam novas realidades e aprendizagens “à escola”, a escola de todos para todos.

Acreditando então que a escola tem como imperativos e objetivos tanto a formação académica dos estudantescomoaformaçãopessoal,relacionalesocial,ocontextoescolarevela-seassimocontexto ideal para promover esta alteração no paradigma da abordagem e resolução de conflitos. A manutenção das tradicionais medidas disciplinares punitivas a que o sistema educativo usualmente recorre, não é a estratégia que cumpre as exigências e as necessidades que as escolas apresentam atualmente. Torna-se cada vez mais imperativo aprender a lidar com o conflito de forma construtiva, levando ao entendimento das partes, à comunicação efetiva, à compreensão das razões da diferença de opiniões, interesses, necessidades e posições. Os conflitos surgem em qualquer local da escola e esta nem sempre dispõe de respostas eficazes para os resolver ou amenizar.

No âmbito escolar, e de acordo com alguns estudos, verifica-se que a mediação constitui uma base metodológica de uma aprendizagem de sucesso, pois possibilita o desenvolvimento de competências de comunicação, de resolução de problemas e de trabalho cooperativo, o desenvolvimento de comportamentos mais tolerantes e o desenvolvimento de uma interação positiva entre os estudantes. Assim, verifica-se uma significativa melhoria a nível geral das escolas, pois a mediação contribui para que os estudantes assumam uma maior responsabilidade na resolução dos seus próprios problemas e se sintam mais motivados para a partilha de sentimentos. Também se verifica uma diminuição do número de processos disciplinares, do tempo de resolução de conflitos e por conseguinte também existe uma melhoria nos processos comunicacionais da escola.

Em suma, são indispensáveis respostas que estejam associadas à melhoria dorelacionamento global e convivência entre os estudantes, formando o estudante e visando a aquisição de estratégias que sejam facilmente transponíveis para outros contextos e que sejam passíveis de aplicação recorrente durante toda a sua vida face a uma qualquer situação problemática de conflito. À escola caberá exatamente a promoção dessa aprendizagem de estratégias de autonomia nas formas de pensar, ser e agir.

262

Então, porquê a mediação de conflitos?

Em termos genéricos é possível definir mediação escolar como um “método de resolução de conflitos em que duas partes em confronto recorrem, voluntariamente, a uma terceira pessoa imparcial, o mediador, a fim de chegarem a um acordo satisfatório” (Torrego, 2003). É fundamental, e numa primeira fase, alimentar nas escolas a perspetiva da importância de submeter um conflito a um processo de mediação, principalmente pela mudança de mentalidades e de culturas de convivência que a mediação pode promover. Através da mediação de conflitos nas escolas cria-se um ambiente favorável ao encontro, à comunicação e ao entendimento entre as partes em conflito, permitindo a aquisição, manutenção e generalização de uma intervenção comportamental e cognitiva, no sentido da prevenção e intervenção dos conflitos nas escolas.

Importa perceber que o conflito sempre esteve presente nas relações humanas e essas mesmas relações estão em constante mudança, provocando alterações no contexto pessoal, relacional, estrutural e cultural dos estudantes. Ou seja, impõe-se perceber o que o conflito pode mudar e que respostas construtivas são desenvolvidas para o resolver.

É imprescindível passar a mensagem às escolas que através da mediação não se pretende” eliminar” os conflitos na escola, mas sim modificar a abordagem aos mesmos e promover a aprendizagem e o crescimento que a resolução destes permite. Na mediação o conflito é resolvido através da “interferência” de uma terceira parte aceitável, ajudando os/as participantes envolvidos a chegarem voluntariamente a um acordo, mutuamente eficaz e positivo, servindo o mediador apenas como facilitadordacomunicação. Amediaçãopermitirá,então,estabeleceroufortalecerrelacionamentosde confiança e de respeito entre todos os agentes educativos (professores, estudantes, assistentes operacionais, encarregados de educação). Na maioria das vezes, na mediação surgem relações em queosintervenientesseencontramdeformadesigualnacompreensãoenavivênciadoconflitoe,por conseguinte, também no que diz respeito ao poder de solucioná-lo.

É por estes mesmos motivos que se deve submeter um conflito a um processo de mediação, pois só assim será possível focar um acordo e a satisfação individual das partes e transformar os estudantes nosentidoda(re)valorizaçãopessoal,do(re)conhecimentodalegitimidadedooutroeporconseguinte, a longo-prazo levará à mudança de culturas de convivência na escola. Ou seja, o (re)solução passará apenas a ser uma consequência fomentada na reflexão, colaboração e comunicação das partes em conflito. Um processo de mediação permite o crescimento moral dos seus participantes, tanto pela capacitação, como pela capacidade de tomada de decisão consciente e o empowerment conjugado com o reconhecimento da situação e do outro ou livre reinterpretação da sua ação. Esta perspetiva é tão necessária nas nossas escolas, até porque a mediação promove um diálogo voluntário no qual as partestêmapossibilidadedecompreenderasrazõesdooutroedaprópriaorigemdoconflito,abrindoseum espaço de reconhecimentomútuo, aomesmo tempo que sepermitecompreender a estrutura à qual estão submetidos. Essa perceção pode conduzir a uma igualdade de direitos e deveres sociais, que se constrói dialeticamente no processo de comunicação.

Amediaçãopermitedesenvolveracapacidadedeverasquestõessemsedeixarlevarpelasexigências que as mesmas apresentam,comopor exemplo pelaurgência, queempurrapara soluções rápidas ou pela ansiedade, que muitas vezes eleva o conflito. Também permite desenvolver a capacidade de pensar sobre a mudança sem estar condicionado a uma visão de curto prazo, assim como permite desenvolver a capacidade de representar as energias do conflito na lógica de abordar uma questão e construir outra ao mesmo tempo, identificando mais claramente os objetivos e procurando opções inovadoras para a ação.

263

Assim,amediaçãonasescolaséclaramenteumarespostapositivaparaaresoluçãodosconflitosque surgem neste contexto, pois representa uma oportunidade de exploração das opções disponíveis, de modo a encontrar soluções que satisfaçam as partes envolvidas e o crescimento das mesmas. Já o confronto das diferenças através de uma terceira parte facilitadora da comunicação, permite alcançar a satisfação equilibrada de interesses distintos, sem vencedores, nem vencidos, cultura que necessitamos de promover para que os intervenientes no contexto educativo assumam uma maior responsabilidadenaresoluçãodosseusprópriosproblemasesesintammaismotivadosparaapartilha de sentimentos.

Como se processa de facto a mediação escolar?

Na mediação escolar, tal como nos restantes tipos de mediação, cada caso a resolver é único, com umpercursoúnico,comresultadosúnicosecomumaduraçãotemporalúnicaeirrepetível,tendocomo pressuposto base que o tempo não pode constituir fator limitativo para a resolução do conflito. A mediação é um processo informal, particular, sigiloso e confidencial, pouco dispendioso e voluntário, em que a rapidez ou morosidade depende da génese do conflito, da sua persistência, da sua complexidade e do tipo de relacionamento existente entre as partes. Para além disso, trata-se de um processovoluntário que podeser interrompido a qualquer momento, por desejo deuma das partes ou de ambas. O ambiente de cooperação que é criado promove a comunicação e o diálogo entre as partes, na tentativa de alcançar uma solução justa e equilibrada para todos, baseada em hipóteses encontradas pelos próprios. Esta será uma situação com efeitos duradouros, uma vez que são as partesquemmelhorconheceasmotivaçõeseoscontornosdoseupróprioconflito.Destemodoatingese uma maior eficácia e evita-se o desgaste emocional inerente à permanência de um conflito não resolvido.

O ponto fulcral da mediação situa-se no facto de, com a sua aplicação, deixar de haver um vencedor eumvencido,vistoqueseomediadorcumprirdevidamenteoseupapel,aspartesemconflitoatingem um acordo, entendendo os pontos de vista e as vontades de cada um. O mediador apenas as conduz no caminho que irá permitir às partes que cheguem a uma perspetiva semelhante e a um acordo que satisfaça ambas, pelo menos um pouco, se não totalmente. Em termos genéricos, este processo permite perceber os motivos do conflito, desenvolver e promover uma comunicação plena, compreender a zanga, a revolta ou a frustração e possibilitar o exercício do autocontrolo sobre os sentimentos negativos.

O processo da mediação estrutura-se em cinco fases:

● Pré-Mediação – para conhecimento das partes, do próprio processo de mediação e do(s) mediador(es);

● Explicação/ Narrativa – para descobrir a história e a génese do conflito;

● Clarificação do problema – para aprofundar e clarificar tudo o que está associado ao conflito (as posições, os interesses e as necessidades inerentes ao conflito das partes);

● Análise das possíveis soluções – brainstorming de soluções para possibilitar a construção de um acordo aceite por ambas as partes;

● Estabelecimento do acordo – com a assinatura formalizada num compromisso escrito e assinado pelas partes.

A mediação implica, portanto, a presença de alguém (o mediador) que se situe no meio, no ponto de equilíbrio da balança do entendimento e que consiga encontrar as premissas que irão (re)validar a relação entre as partes. O mediador nunca poderá ser considerado como uma terceira parte, analogamenteeporextensãodasoutrasduasemconflito.Omediadornãoprotagonizanenhumaação

264

sem ser a de facilitar e mediar a comunicação entre as partes, de forma a estas construírem elas próprias o seu acordo. A sua principal função passar por facilitar o estabelecimento de uma comunicação clara e neutra, conduzindo o processo no sentido de as partes verbalizarem os seus argumentos.O mediador tem tambémcomofunção esclarecer os hipotéticos mal-entendidos,reforçar os pontos em comum, criar um equilíbrio gerador de intercâmbio de posições e facilitar a análise ponderada das causas do conflito. O mediador pode formular algumas questões, com o objetivo de levar os intervenientes do conflito a reconhecer os sentimentos inerentes à situação. O processo é conduzido no sentido da devida contextualização do problema, identificando e reorganizando as temáticas abordadas, para que se estabeleça a separação entre os comportamentos e as pessoas envolvidas.Porfim,o mediadordeveorientar oseutrabalhoparaumentendimentopositivodoconflito e, se necessário, estabelecer reuniões individuais (caucus) com cada uma das partes. Na fase da análise das possíveis soluções, o mediador deve inventariar essas opções, ultrapassando os pontos frágeis e centrando-se nos pontos fortes de cada uma dessas soluções, isto é, deve levar as partes a avaliarem as vantagens e as desvantagens de cada uma das soluções “postas em cima da mesa”. Com a orientação do mediador será possível manter uma interpretação neutra e uma valorização equilibrada das diversas soluções, bem como da análise das respetivas consequências. Por último, o acordo é escrito sem ambiguidades e utilizando uma linguagem simples, neutra e clara, de forma a possibilitar a sua concretização e cumprimento.

Quais as vantagens e os benefícios da mediação em contexto escolar?

Analisandoosestudosjárealizados,principalmentenoestrangeiro,épossívelafirmarqueamediação implica, inevitavelmente, também mudanças pedagógicas, que por sua vez implicam a adequada gestão dos instrumentos que servirão de base à aprendizagem dos estudantes. Estes instrumentos irão permitir que os estudantes desenvolvam a capacidade de autogestão dos conflitos e a adoção de estratégiasdecomunicação,diálogoecompreensãoparaconseguirresolverosconflitoscomosquais se deparam.

De facto, a convivência entre os elementos de uma comunidade educativa é afetada pela implementaçãodamediação.Tentandoindividualizarosefeitosdaaplicaçãoda mediação,centrandose no acréscimo e desenvolvimento de competências para cada um dos intervenientes, obtém-se o seguinte quadro de competências/habilidades/capacidades:

Estudantes

Mediadores

Estudantes

Autoestima Envolvimento ativo

Comunicação

Trabalho em equipa

Responsabilização

Partilha de sentimentos

Interação relacional Melhoria das relações

Assistentes

Operacionais

Cooperação

Abertura

Aceitação

Colaboração

Encarregados de Educação

Comunidade

Todas as referidas

Todas as referidas

Todas as referidas

Todas as referidas

265

Com aprática,osestudoscomprovamefetivamentequeeste modeloderesoluçãodeconflitosproduz resultados positivos em toda a comunidade educativa, principalmente no que diz respeito à mudança de atitudes face aos conflitos – impedem a sua ocorrência através da prevenção, através de uma atitude positiva e pela análise do conflito, sendo que passam a analisar as várias possibilidades de perceção de um determinado acontecimento.

Quanto às capacidades/habilidades/competências que a prática desta estratégia desenvolve nos mediadores, destacam-se as três dimensões do saber (saber-ser, saber-fazer, saber-saber).

SABER SABER - CONCEITOS E SABERES

● Identificar o conflito como algo natural às relações pessoais;

● Identificar os conflitos e os diferentes comportamentos e reações face ao conflito;

● Reconhecer as melhores formas de atuar;

● Conhecer técnicas de resolução positiva de conflitos;

● Mudar de posição face a novas situações;

● Reconhecer o eu e o outro;

● Aceitar e ser empático em relação à situação e aos problemas dos outros;

● Aquisição do sentido do seu próprio valor, da sua força e da sua própria capacidade para enfrentar os problemas.

SABER FAZER - COMUNICAÇÃO E FUNCIONAMENTO/RESPOSTA

● Comunicar e escutar ativamente;

● Ser assertivo;

● Realizar atividades de forma cooperativa;

● Saber gerir os conflitos;

● Ser isento e evitar juízos de valor;

● Ser empático;

● Atender os outros nos interesses, necessidades e sentimentos;

● Construir soluções conjuntas;

● Ser imparcial;

● Aplicar as etapas do processo de solução de problemas e ser criativo.

SABER SER E ESTAR - ATITUDES

● Valorizar as qualidades próprias;

● Respeitar os outros e as diferenças;

● Cultivar a abertura e a tolerância face aos demais e suas particularidades;

● Apreciar o valor da cooperação;

● Valorizar as potencialidades do conflito;

● Confiar na sua determinação e autonomia;

● Praticar a solidariedade e a colaboração;

● Negociar as melhores opções de solução;

● Participar na comunidade como membro ativo;

● Estar recetivo à mudança;

266

● Criar laços de ajuda e de amizade.

Já os mediados aprendem a lidar com o conflito de forma construtiva (atribuindo valor à comunicação claraeefetiva),agerirassuasperceçõesdemaneira menos conflituosa,acompreenderasrazõesda diferença de posições, interesses e necessidades e a encarar a realidade de forma diferente, ultrapassando mais facilmente os conflitos normativos das relações interpessoais.

Consequentemente é criado na escola um ambiente mais positivo (através do desenvolvimento de relaçõesmaissustentadas)emaispropícioaoensinoeàaprendizagemcomsucesso,atépelarelação da mediação com a prática letiva, que a par da redução da violência e da indisciplina dos estudantes, constituem talvez as vantagens primordiais desta estratégia, ou seja, tornando a mediação uma estratégia preventiva de conflitos.

Para tal, devemos ter em conta um processo de clarificação de ideias, de precisão e esclarecimento do entendimento de cada uma dessas ideias, para que se possa, depois disso, esclarecer a situação, confirmandoourefutandoainterpretaçãoanteriormenteestabelecida. Esteprocessoevitaincorreções e/ou mal-entendidos e promove a instauração de um clima livre de conflitos. Por outro lado, se aumentarmos a capacidade interpretativa e incentivarmos a efetivação do diálogo, preconizamos possibilidades de entendimento e, portanto, de redução de conflitos. A mediação contribui indiretamente para a perspetivação de um processo deste tipo na medida em que obriga à constante tomada de consciência dos possíveis pontos de vista do(s) outro(s) e, percebendo a sua perspetiva, mais facilmente entendemos os motivos e as consequências das suas ações/opiniões. Este aumento do conhecimento do(s) outro(s) preconiza uma redução de incerteza de interpretações, que poderão ser erróneas e naturalmente conflituosas.

Os estudantes aprenderão diretamente estratégias de resolução de problemas que poderão ser extrapoladas para outros contextos. Os estudantes irão adquirir e generalizar um comportamento de intervenção para prevenir e remediar atitudes disruptivas e/ou agressivas em qualquer espaço físico da escola, ou em qualquer outro espaço social. É um meio de promoção do desejado bem-estar individual e social, na medida em que o conflito passa a ser encarado de uma forma positiva, construtivaecomoumaoportunidadeparaconsiderareentenderosoutros,assuasdiferentesopiniões e perspetivas.

Tambémaoníveldasprópriasfamíliasamediaçãoapresentareflexos,diretamenteparaoselementos do agregado familiar e depois, implicitamente, para toda a comunidade. Isto porque os jovens que aprendem alidarcomoconflitodeformaconstrutiva,conduzemasuavivênciaquotidianadetalforma que levam os outros elementos da sua família a uma maior compreensão e cooperação na resolução dos hipotéticos conflitos familiares. Estabelecem-se influências dos adolescentes para com as suas famílias numa quase inversão de papéis.

Em suma, a mediação tem implícito a mudança de paradigmas e de perspetivas da gestão e da resolução de conflitos e implica um forte compromisso com a educação de valores e com a educação paraasãconvivência.Sãodeamploalcanceosbenefíciosproduzidosporestetipodeestratégia,quer em termos da sociedade em geral, quer ao nível mais restrito da organização em que se implementa, como ainda no que se refere ao indivíduo.

267

Sistematizando, a mediação de conflitos na escola:

● Cria um ambiente mais descontraído e produtivo;

● Contribui para o desenvolvimento de atitudes de interesse e respeito pelo outro

● Ajudaareconhecereadarvaloraossentimentos,interesses,necessidadesevalorespróprios e dos outros;

● Estimula o desenvolvimento de atitudes cooperativas no tratamento dos conflitos, ao pôr as pessoas a procurar, em conjunto, soluções satisfatórias para as partes;

● Aumenta a capacidade de resolução de conflitos de forma não violenta;

● Contribuiparaodesenvolvimentodacapacidadedediálogoeparaamelhoriadascapacidades comunicativas, sobretudo a escuta ativa;

● Contribui para a melhoria das relações interpessoais;

● Favorece a autorregulação dos intervenientes através da busca de soluções autónomas e negociadas;

● Diminuio número de conflitos e, portanto, o tempo gasto a resolvê-los;

● Ajuda a resolver os conflitos de forma mais rápida e menos custosa;

● Reduz o número de castigos e expulsões;

● Diminui a intervenção dos adultos que é substituída pela dos estudantes/as, mediadores/as, ou pelos próprios envolvidos no conflito.

A OPERACIONALIZAÇÃO DO PROJETO

O Mediação IN tem como objetivos gerais:

● Prevenir o insucesso escolar e a promover a disciplina;

● Promover a participação ativa dos estudantes;

● Apoiarosestudantesnosentidodedesenvolveremcompetênciasdeprevençãoederesolução de conflitos com os outros;

● Assinalar atempadamente situações de conflito com o objetivo de as resolver de forma construtiva, colaborativa e positiva;

● Promover o sucesso das relações interpessoais.

Diagnóstico de necessidades

De modo avaliar as competências de resolução de conflitos dos estudantes, a equipa concebeu um pré-teste, constituído por vinte e duas questões referentes à temática, objetivando-se que os estudantes respondessem às questões com base numa escala de Likert, conforme o seu grau de concordânciacomcadaafirmação(“Concordototalmente”;“Concordo”;“Nãoconcordonemdiscordo”; “Discordo”; e “Discordo totalmente”).

Otestefocou-sena opiniãodos estudantesemrelaçãoàperceção individualdestes,noque concerne a situações de conflito ou de reflexão pessoal. O referido teste foi realizado através de plataforma online (Google Forms) e contou com a participação de 37 estudantes, nomeadamente, 11 estudantes do 2.ºCEB, 13 estudantes do 3.º CEB e 13 estudantes do ensino secundário.

Combasenasrespostasfornecidasidentificou-sequeapesardeosestudantesexpressaremumaboa capacidade para o trabalho em equipa e clara noção das implicações dos seus comportamentos,

268

afirmavam, por outro lado, terem dificuldade em expressar e regular as suas próprias emoções - com base nas respostas “não concordo nem discordo” que correspondem a um total 68% nestes tópicos.

Ressalva-se que, ao longo das questões, os estudantes demostraram interesse na obtenção de conhecimentos que os auxiliassem na gestão de situações de conflitos, assim como, manifestaram abertura para a obtenção de apoio externo, de modo a atingirem a resolução de possíveis conflitoscombasenasrespostas“ConcordoTotalmente”e“Concordo”queequivalemaumtotalde95%nestes itens.

Implementação

OpontodepartidaparaoMediaçãoINpassoupordesenvolvercompetênciasdemediaçãodeconflitos em estudantes dos 2.º e 3.º ciclos e do ensino secundário, assim como a dinamização de um webinar para famílias. Num segundo momento, optou-se por formar um segundo grupo de estudantes, assim como dinamizar um momento para uma partilha mais abrangente com toda a comunidade educativa sobre a forma como os estudantes do primeiro grupo sentiram esta atividade nas suas vidas.

Sessão Tema Objetivos Materiais

Sessão 1 Apresentação Criar opções criativas; Rever e relembrar os objetivos centrais da formação;

Sessão 2 Emoções Conhecer o conceito de emoção e as suasformasdeexpressãoemsipróprio e nos outros.

Sessão 3 Emoções Relacionar os conceitos de emoções, neutralidade, isenção e autoconhecimento com o papel de mediador/a;

PowerPoint, Manual de formação, GoogleForms

PowerPoint, Manual de formação, Vídeos

PowerPoint, Manual de formação, Vídeos

Sessão 4 Empatia Treinar as competências e componentes da empatia.

PowerPoint, Manual de formação, Vídeos

269

Sessão 5 Empatia Desenvolver competências práticas de comunicação e gestão de emoções.

PowerPoint, Manual de formação, Vídeos

Sessão 6 Escuta ativa

Treinar a capacidade de ouvir e escutar o outro.

Sessão 7 Assertividade Treinar recursos alternativos de comunicação.

Sessão 8 Mediação –Conflito

Reconhecer o conflito;

Treinar e reconhecer a importância da gestão de conflitos;

Promover competências práticas de resolução de conflitos.

PowerPoint, Manual de formação, Vídeos

PowerPoint, Manual de formação, Vídeos

PowerPoint, Manual de formação, Vídeos

Sessão 9 Mediação –Processo

Treinar processo/etapas de mediação; Refletir sobre o impacto da mediação emcontextoescolarcomoestratégiade resolução de conflitos; Rever sinais de alerta e quando pedir ajuda a um adulto de referência do projeto da escola;

Sessão 10 Balanço

Realizar uma avaliação do impacto do programa e dos níveis de satisfação dos participantes;

Assinar o compromisso para ser um/a mediador/a de pares na escola.

PowerPoint, Manual de formação, Vídeos

PowerPoint, Manual de formação, GoogleForms

Foram desenvolvidas 10 sessões de formação de estudantes-mediadores (10 Horas) para cada grupo deestudantesdecadaciclode escolaridadeabordandotemáticascomoa comunicação(escuta ativa, a empatia, assertividade, etc.), as emoções, o conceito de conflitos (violência, indisciplina, bullying, mapa de análise de conflito) a resolução de conflitos e a mediação escolar. No final das 10 sessões (uma delas não dinamizadas por falta de comparência dos estudantes – na interrupção letiva da Páscoa), foi dinamizada uma sessão conjunta presencial na sede do Agrupamento de Escolas D. Dinis. Esta mesma sessão, também foi desenvolvida no formato online para os estudantes da EB 2,3 da Agrela. Foram utilizadas estratégias como, atividades de convivência pacífica, debates orientados, jogos de cooperação, trabalhos de grupo, vídeos temáticos, etc.

270

Foram igualmente dinamizadas duas sessões presenciais de entrega de diplomas, com o intuito de valorizar o esforço e empenho dos estudantes ao longo desta formação.

No dia 23 de fevereiro foi dinamizado um webinar para famílias, subordinado ao tema “Gestão e Mediação de Conflitos na Família”. Foi uma sessão temática dinâmica, em que os/as participantes puderam colocar questões.

A continuidade no segundo semestre do programa surge com base nos resultados de eficácia obtidos naimplementação no Agrupamentode Escolas D. Dinis (AEDD), noanoletivotransato eapós aprovação dos vários elementos envolvidos - Equipa CLDS 4IN, aCoordenadora doPES, a Psicóloga afeta ao Agrupamento - Dr.ª Viviana Carvalho assim como, a avaliação realizada pelos alunos, pela equipa e pelo próprio agrupamento. Posto isto, definiu-se como base desta continuidade a consolidação dos conhecimentos adquiridos na formação, junto dos/as alunos/as mediadores/as.

No último trimestre de 2022 foram realizadas três sessões junto das turmas de alunos/as do 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário. Estas sessões decorreram na Escola Básica e Secundária D. Dinis (EBSDD), com a duração de 3 horas (Total=9h), em modalidade presencial e na EscolaBásicaeSecundáriadaAgrelaeValedoLeça(EBAVL)emmodalidadeon-line–comaduração de 3 horas cada sessão (Total=9h).

Por forma a dar continuidade à formação de estudantes-mediadores do Programa de Mediação e Gestão de Conflitos, objetivava-se que participassem nas sessões alunos/as formados no âmbito do programa no ano letivo transato (primeiro semestre de 2022), assim como os/as alunos/as que tivessem assumido o cargo de Delegado/a e/ou Subdelegado/a de Turma, no presente ano letivo, objetivando-se consolidar o processo de mediação de conflitos, enquanto estudantes dotados para o efeito.Estiveramenvolvidos,nodecorrerdassessões,11participantesdaEBAVLe36participantes da EBSDD.

Ressalva-se que todos/as os/as alunos/as que não frequentaram as sessões, anteriormente, caso demonstrassem interesse, poderiam estar presentes, na lógica de inclusão e promoção do seu interesse pelo Programa.

Foram definidos objetivos gerais para as três sessões dinamizadas junto dos participantes:

Sessão Objetivos

Sessão 1

Rever e relembrar conceitos centrais da formação;

Treinar perguntas e questionamento em mediação.

Sessão 2

Definir mediação formal e mediação informal;

Relembrar etapas da mediação formal;

Treinar em formato role-play casos de mediação.

271

Sessão 3

Debater como lidar com casos de impasse;

Definir sinais de alerta e quando pedir ajuda a um adulto de referência do projeto na escola.

No âmbito das três sessões dinamizadas, seguiu-se o alinhamento das sessões de formação de alunos/as mediadores/as implementadas no ano letivo transato, por forma a serem consolidados os conhecimentos previamente adquiridos, abordando temáticas como a comunicação (escuta ativa, a empatia, assertividade,etc.),as emoções,oconceitodeconflito (violência, indisciplina,bullying,mapa de análise de conflito), a resolução de conflitos e a mediação escolar.

No dia 10 de outubro, Dia Mundial da Saúde Mental, foi realizado um Webinar “Mediação e Saúde Mental”, dirigido a toda a comunidade educativa, com o seguinte programa:

1. Apresentação do Projeto CLDS 4IN e da sua equipa;

2. A mediação de conflitos como ferramenta promotora da saúde mental;

3. A importância da saúde mental;

4. Testemunhos de jovens que frequentaram o primeiro grupo de formação do Programa de Mediação entre Pares;

5. Momento de partilha de experiências e colocação de questões ao painel.

No decorrer das sessões relativamente ao segundo grupo, foram identificados obstáculos à dinamização das mesmas. Posto isto, numa ótica de melhoria contínua, em futuras intervenções parece importar ter-se os seguintes pontos em conta:

● Inicialmente, o objetivo deste segundo grupo estava ligado à necessidade de aprofundar conhecimentos, reforçar determinadas aprendizagens e permitir momentos de treino em formato role-play para alunos/as já formados no primeiro grupo. Ao incluir essencialmente alunos/as novos/as, sem qualquer conhecimento sobre mediação, foi necessário readaptar o plano inicial e abordar os conteúdos todos. Visto que no segundo grupo da EBSDD estavam presentesdoiselementosdoprimeirogrupo,foifeitoumesforçoadicionalparautilizarrecursos pedagógicos e visuais diferentes dos utilizados na primeira formação de mediadores entre pares.

● Identificou-se que uma grande parte dos/as alunos/as não trouxeram os manuais para as sessões – o que impediu que as atividades fossem realizadas em algumas dessas sessões.

● Identificou-se que entre o término das aulas e o início das sessões, as turmas da EBSDD, tinham apenas 30 minutos para realizar a refeição de almoço. Posto isto, os/as alunos/as apresentavam-secom umatrasoconsiderávelnassessões,havendo,paraalémdeumatraso no início destas, várias interrupções. Considera-se pertinente, que em sessões futuras, os/as alunos/as terminem as atividades curriculares mais cedo, ou que as sessões decorram num horário com um período para almoço mais extenso.

272

● O facto de os/as alunos/as terem atividades extracurriculares, acabou por implicar que uma grande parte dos/as alunos/as saíssem mais cedo das sessões, de forma gradual, preconizando várias interrupções e diminuindo o número de participantes. Considera- se pertinente que estas situações sejam acauteladas de futuro:

● De uma forma geral, tanto no primeiro como no segundo grupo, o facto de ter havido uma percentagem elevada de participantes quenãoesteve no númeromínimodesessões parater acessoàcertificaçãoenquantomediadores/as,implicauminvestimentoinglórioepoderefletir igualmente pouca adesão às funções de mediador/a entre pares.

Avaliação

Os momentos de avaliação da eficácia e impacto de um projeto revelam-se de extrema relevância e implicam uma série de procedimentos que deverão ser tidos em conta ao longo do projeto, nomeadamente ao nível da quantificação/avaliação/monitorização, de modo a perceber as discrepâncias entre o planeado e o conseguido e introduzir as alterações que se possam revelar necessárias.

Assim, de forma a avaliar a satisfação e a evolução dos estudantes alvo de formação em mediação, foi aplicado um pré e um pós-teste e um questionário de satisfação.

Noque dizrespeitoàconstituiçãodopós-teste,asuaestruturamanteve-sesimilar adopré-teste, isto é, este foi composto por 28 questões, objetivando-se que os estudantes respondessem às questões com base numa escala de Likert, conforme o seu grau de concordância com cada afirmação (“Concordo totalmente”; “Concordo”; “Não concordo nem discordo”; “Discordo”; e “Discordo totalmente”).

Denote-se que, aparentemente, devido à incompatibilidade dos horários definidos, antecipadamente, para a dinamização das sessões, com as atividades extracurriculares dos estudantes e, tendo em consideração o caráter não obrigatório das sessões, 51% dos estudantes não cumpriram com o número mínimo de participação nas sessões, para a obtenção do certificado.

Por isso, no que concerne ao segundo momento de avaliação, o referido pós-teste foi preenchido apenas por 25 estudantes, nomeadamente, 10 estudantes do 2.º CEB, 9 estudantes do 3.º CEB e 6 estudantes do ensino secundário. Considerando a disparidade entre o número de respostas entre o pós-teste e o pré-teste, não é viável a realização de uma comparação estatisticamente válida e significativa. No entanto, é de mencionar que findadas as sessões a totalidade dos participantes afirmam possuir as capacidades necessárias para desempenharem em contexto escolar as funções de mediador entre pares e, por sua vez, 87% dos participantes demonstraram interesse em participar em sessões futuras, avaliando o projeto com uma média de 9,6/10.

Note-se que no que diz respeito à dinamização das sessões online, o comportamento dos estudantes pautou-se por afabilidade e motivação, estabelecendo-se uma relação de confiança entre mediadoras/formadoras-estudantes/mediadores. Os/as participantes demonstraram-se, de forma geral,envolvidosnastemáticasabordadaseparticipativos,refletindosobreosconteúdosdassessões, como refletem os resultados referentes aos questionários de satisfação aplicados.

Com base nas respostas recolhidas no questionário de satisfação do primeiro grupo formado, identifica-se que, quando questionados sobre a “Aquisição de novos conhecimentos”, 94% dos participantes afirmam estar muito satisfeitos e, 89% dos participantes afirmam estar muito satisfeitos

273

emrelaçãoaodesenvolvimentodecompetênciassociaisepessoais,já61%confirmamseremcapazes de mediar conflitos em contexto escolar.

Em suma,aequipareconheceaevoluçãodascompetências deresoluçãodeconflitosdosestudantes e conclui que, segundo os mesmos, as sessões foram bastante satisfatórias. Ressalva-se que parece umfatorrelevanteaexistência/participaçãodeumdocentemediadoremcontextoescolar,objetivando prestar apoio aos estudantes mediadores na prática/implementação destas competências junto do grupo de pares, em contexto escolar.

Quanto aos resultados de avaliação da satisfação dos participantes no webinar para famílias, assim comodasatisfaçãodosparticipantesdoprogramademediadoresentreparesdosegundogrupo,estes resultados poderão ser consultados junto da equipa técnica da ASAS.

Implicações para o futuro

Umprojetodemelhoriadaconvivênciaedemediaçãoescolar,deveigualmenteincluirobjetivoscomo:

● Contribuirpara o desenvolvimento de uma culturade convivênciasaudávele positivaem toda a comunidade escolar;

● Desenvolver estratégias de inserção eficaz na comunidade;

● Estabelecer parcerias estruturadas e eficazes entre todos os agentes educativos.

Assim, do ponto de vista de qualitativo, consideramos que para o sucesso da intervenção iniciada, seria útil a adoção de várias medidas promotoras efetivas de uma sã convivência e de melhoria do clima educativo, nomeadamente as que se seguem:

● Desenvolvimento de reuniões deacompanhamento aos estudantes mediadores (necessidade denomeaçãodeum‘coordenador’internodaescolaparaacompanhamento emonitorização).

É importante realizar reuniões periódicas (preferencialmente quinzenais) de supervisão, nas quais os estudantes mediadores deverão ser ouvidos, legitimados e acompanhados quanto a dúvidas, angústias, inseguranças no seu papel de estudantes mediadores, no sentido de os salvaguardar e permitir que continuem a evoluir neste papel e também com o objetivo de garantir o bom funcionamento dos processos, reciclar conhecimentos (através de workshops ao longo do ano letivo para um refresh dos conteúdos, discussão de casos, treino/role-play), etc.Seoprojetopermitireforprolongadoparaalémdeumprimeiroano(comoéaconselhável que aconteça), no segundo ano de implementação, deve tentar-se privilegiar o know-how dos estudantes-mediadores, no sentido de os promover a estudantes de apoio à convivência (na lógica do estudo Alumnos Ayudantes de Juan Torrego Sejo, 2012) e dar lugar a novos estudantes mediadores.

● Ações de sensibilização e de divulgação do projeto a toda a comunidade educativa (professores, encarregados de educação, estudantes e assistentes operacionais) sobre o modo de funcionamento, regras, objetivos, etc. No final de cada sessão deverá ser entregue um questionário de auscultação sobre o interesse em frequentar uma formação sobre mediaçãodeconflitosesobreointeresseemvirasermediador(paraprofessores,assistentes operacionais).

● Formação de professores (25 Horas) e/ou oficina de formação para professores-mediadores (50Horas)abordandotemáticascomooconflitoeaconvivêncianaescola,amediaçãoescolar e as competências e técnicas de um mediador escolar, assim como sobre o dispositivo de mediação, a Aula de Convivência. Se for possível estabelecer uma parceria com o Centro de Formação de Agrupamentos de Escolas do concelho, será uma mais-valia.

274

● Formação de assistentes operacionais (15 Horas), abordando temáticas como, o conflito e a convivência na escola, a mediação escolar e as competências e técnicas de um mediador escolar. Nesta formação será benéfico tentar a acreditação pela Direção Geral da Administração Escolar.

● Seminárioabertoatodaacomunidadecomespecialistasconvidados,abordandotemascomo osDireitosHumanos,aviolêncianaatualidadeenasescolasemparticular,comolidarcomos conflitos e mediação – conceitos e prática.

● Criação de folhetos e placards informativos sobre o Mediação IN e a mediação escolar em concreto.

● Criação e dinamização de uma página comum às duas escolas do Mediação IN nas redes sociais.

● CriaçãodaSemana/DiadaMediaçãoEscolar,incentivandoàpesquisaetrabalhosobreotema (exposição de trabalhos dos estudantes; organização de debates com participação de estudantes, encarregados de educação, professores, mediadores; concurso para criação do logotipo do projeto; sessões temáticas e informativas ligadas ao tema com profissionais da PSP, Centro de Saúde, Associações locais etc.)

● Inclusão e referência ao projeto no Plano de Atividades da escola e no Projeto Educativo da escola, fazendo referência às regras de convivência e princípios da mediação.

Porto, 27 de dezembro de 2022

Daniela Gandra - gandra.daniela91@gmail.com

Mónica Nogueira Soares – mns@esepf.pt | mnsoares@umaia.pt

Testemunhos dos/as alunos/as participantes

“Participar nas sessões de mediação de conflitos revelou-se, sem dúvida, uma mais valia, para mim, tanto a nível pessoal como profissional. Certamente, a longo prazo, os seus efeitos serão ainda mais surpreendentes. Logo desde as primeiras atividades dinamizadas, foi-me possível desmistificar e até aprender novos conceitos, como a empatia, tão importante e presente no nosso dia-a-dia. Sempre tive tendência para pensar apenas na minha perspetiva, no momento da resolução de um conflito. No entanto, as conversas que tivemos ao longo das sessões fizeram com que percebesse que era necessário reajustar essa minha atitude, o que, de facto, se veio a tornar bastante útil na prevenção de um conflito entre a minha turma e um professor. Calmamente, representei a turma, e, na qualidade de delegada, expus o problema, defendendo os interesses da maioria, e não servindo apenas as minhas vontades.

Para além disso, com o decorrer das sessões, despertou em mim um lado mais sensato e com capacidade para discernir as emoções e manter a parcialidade crucial, enquanto mediadora de um conflito, algo que, anteriormente, parecia impossível alcançar.

Acima de tudo, sinto-me grata pelo crescimento e aprendizagem que a experiência me proporcionou. Acredito que mais iniciativas como esta, no futuro, terão um impacto bastante positivo na sociedade que estamos a construir.” - Aluna do Ensino Secundário

“Com as sessões de mediação de conflitos fiquei mais desperto e atento relativamente a tipos de situações em que os meus colegas necessitam de orientação na gestão de conflitos. As sessões

275

consciencializaram-me para o facto de ser necessário compreender as perspetivas dos outros para que seja possível resolver conflitos. Estas reflexões produziram a alterações no dia a dia na escola e até na família.

Como delegado verifiquei que a minha turma não tem alunos muito conflituosos. Nunca houve situações deconflito entrecolegas,noentanto, porvezes,aconselhoa não daremimportância aalguns desentendimentos.” - Aluno do Ensino Secundário

b) Programa de Formação em Gestão e Mediação de Conflitos (Ano Letivo 2022/2023) - Dia Internacional da Saúde Mental

No âmbito do Dia Internacional da Saúde Mental, o Agrupamento de Escolas D. Dinis solicitou apoio da Equipa do Projeto para a comemoração deste dia, através da mobilização dos jovens mediadores. Assim, no dia 7 de outubro, foi promovida uma sessão online com os delegados e subdelegados de todas as turmas do agrupamento para planificação da atividade. Nesta breve sessão com a duração de 1h, estiveram presentes 39 alunos que, de forma entusiasmada, apresentaram ideias para a atividade.

Emtermosdeatividadesparaosintervalosdamanhãehoradealmoço,foramproduzidast-shirtscom frasequepretendiamsensibilizaros/asalunos/asparaaimportânciadasaúdemental,nomeadamente: “Eu sou pró-empatia”; “Saúde Mental, a semente da mente valente”; “Com estas hoy?”, “Valoriza as

276
Figura 212 - Dia Internacional da Saúde Mental na EBAVL

tuas conquistas”, entre outras. Estas t-shirts foram distribuídas pelos delegados e subdelegados de cada uma das turmas, nestes dois dias de atividades.

Foi ainda produzido em cada uma destas escolas o Estendal da Saúde Mental. Assim, durante estes doisdias,osestudantesrefletiramsobreaimportânciadepromovermosanossasaúdemental,através da propostaque lhe foi feita paracompletaremafrase“Eupromovo aminhasaúde mental quando…”.

Para além desta atividade, estevepresente nesta atividade a Mascote da ASAS que distribui abraços. Antes da atividade, foi também solicitado a cada turma que pintasse em conjunto uma mandala. Nos dias das atividades foirealizada uma exposição destes trabalhos nos corredores das escolas.

Asomaraestasatividades,aequipaorganizadoradecorouasescolasdeformaalusivaaotematendo, porexemplo,reproduzidoumaimagem alusivaaotemaem papelautocolantenasparedescentraisdo átrio destas duas escolas.

Esta atividade desmembrou-se em três partes:

● No dia 10 de outubro foram dinamizadas atividades no intervalo da manhã e almoço na EBSDD. Foram registados 54 participantes nestas atividades realizadas nos intervalos. Por serem atividades rápidas, não foi solicitado aos participantes o preenchimento da Ficha de Participante, até porque, a maioria destes participou no Programa de Formação em Gestão e Mediação de Conflitos, pelo que já a tinham preenchido;

● No dia 11, estas atividades foram replicadas na EBAVL e foram recolhidas 39 assinaturas na Folhadepresença.Nestaescola,aplicou-seamesmametodologia,noqueconcernearecolha de fichas de participantes;

● Ainda no dia 10 de outubro pelas 19h00, foi promovido um Webinar aberto a toda a comunidade escolar (alunos, encarregados de educação, professores e assistentes

277
Figura 213 - Dia Internacional da Saúde Mental- EBSDD

operacionais).Este Webinar contoucom ainscriçãode21 participantes,peseemboratenham estado presentes no Webinar 34 participantes.

Dos participantes inscritos, sete eram encarregados/as de educação, 5 eram professores, 1 eram assistentes operacionais, 7 eram alunos e os restantes responderam a opção “outro” nesta questão.

Caracterização dos/as participantes

Em termos estatísticos apresentamos, seguidamente, um conjunto de dados relevantes para uma maior compreensão do público-alvo desta ação e dos seus participantes. Percebemos que a maioria dos/as participantes são do sexo feminino (62%), têm entre 10 e 14 anos (51%) e são portugueses (100%).

Todos os/as alunos/as envolvidos/das nas atividades encontravam-se a estudar.

Em termos de qualificações, 32 jovens tinham como habilitações literárias o ISCED 2 (3.º ciclo) e 27 o ISCED 1 (1.º e 2.º ciclos básicos).

Figura 214 - Escolaridade dos/das participantes

A ação n.º 22 foi desenvolvida com os/as alunos/as do Agrupamento de Escola D. Dinis, nomeadamente, alunos a frequentar a Escola Básica e Secundária D. Dinis e a Escola Básica da Agrela e Vale do Leça.

Destes a maioria (62%) reside na União de Freguesias de Santo Tirso, Couto (S. Cristina e S. Miguel) e Burgães. De referir, ainda que de forma residual, a União de freguesias de Areias, Sequeirô, Lama ePalmeira(16%)eÁguaLonga(3%),VilaNovadoCampo(3%)eReguenga(3%).Participaramainda alunos que apesar de frequentarem as escolas de Santo Tirso, residem nos concelhos vizinhos, nomeadamente, Maia, Alfena e Guimarães (9%).

278

Avaliação

Por forma a avaliar as atividades realizadas nestas duas escolas, no âmbito do Dia Internacional da Saúde Mental, foi realizada uma reunião no dia 21/10/2022, onde estiveram presentes, a equipa do ProjetoCLDS4INetrêselementosdaequipatécnicaespecializadadoAgrupamento,nomeadamente, psicólogas e educadora social.

Nesta reunião foram analisados os questionários de satisfação aplicados no final do Webinar, mas também analisados os cartões preenchidos pelos jovens nas atividades realizadas durante os intervalos.

Deumaformageral,considerou-sequeasatividadesforambemrecebidaspelosjovens,queaderiram em grande n.º às atividades, mas também pela restante comunidade educativa, que também durante os intervalos participou nestas.

No que concerne à avaliação formal do Webinar apenas foram rececionadas 11 respostas. Realizada uma análise global destas, o feedback sobre o conteúdo e estrutura da atividade, interesse e utilidade dosconteúdos,horário,duração,qualidadeeadequaçãodaplataformautilizada,auxílioprestadopela equipa, prestação dos oradores aquisição de novos conhecimentos e competências, foi positivo, conforme se pode verificar no gráfico que se segue:

279
Figura 215 - Freguesia de residência dos/das participantes

“Sessão muito boa. A partilha de vivências dos/das alunos/as, ouvir a forma como absorveram as aprendizagens é gratificante.”

“Webinar: Muito boa a participação dos/das alunos/as (moderadores).”

Participantes no Webinar

280
Figura 216 - Avaliação do Webinar Mediação e Saúde Mental

Conclusões

Finalizado o período de intervenção do projeto CLDS 4IN - POISE 03-4232-FSE000296, a 31 de dezembrode2022,importaagorafazermosumbalançodosobjetivoseresultadosalcançados.Foram 39mesesdeintervençãorepletosdedesafios,nomeadamente,devidoaoscondicionamentossentidos frutodaemergênciadacrisepandémicanosanosde2020e2021.Aindaassim,termina-seesteprojeto com objetivos, metas e números amplamente alcançados e superados.

Termina-se, ainda, como a convicção do impacto conseguido na comunidade e com a certeza de que algumas das ações irão ter continuidade no futuro, seja através da integração de algumas atividades dinamizadaspelo projetonosplanosdeatividadedealgumasentidadesparceiras,sejapelasmãosda ASAS e da CVP, que têm a intenção de manter algumas destas ações.

Cientes das enormes conquistas realizadas pela equipa do projeto nestes meses de intervenção, há disponibilidade e interesse na passagem de testemunho a uma nova equipa vindoura que possa dar cumprimento a intervenções de continuidade.

Pistas de atuação futuras e aposta na sustentabilidade

● Manutenção das intervenções de Mediação Escolar, por parte da ELEA ASAS, no Agrupamento de Escolas D. Dinis, no ano letivo de 2022/2023;

● Manutençãodarealizaçãodoscamposdeférias,emperíododefériasescolares(natal,páscoa e verão), por parte da ELEA ASAS;

● Gestãodo grupode emprego naredesocialFacebook“Oferta/procuraempregoSantoTirso”, pela equipa do Eixo 1 em regime de voluntariado;

● Manutenção dos atendimentos mensais da empresa de trabalho temporário Clan (by Multipessoal) junto de potenciais participantes à procura de emprego e/ou de um novo emprego,emarticulaçãocomaequipadoProtocoloRSIdaDelegaçãodeSantoTirsodaCVP;

● Intervenção na área da Prevenção do Tráfico de Seres Humanos nos Agrupamentos de Escolas mediante disponibilidade dos voluntários da Juventude da Delegação de Santo Tirso da CVP;

● Manutenção do grupo WhatsApp e na rede social Facebook da intervenção “duas escolas, a mesmamissão”,entreos/asalunos/asdo11.ºanodoAgrupamentodeEscolasTomazPelayo e o 10.º ano do Colégio D. Francisco Fato, de Angola.

Análise SWOT

Análise Externa

Oportunidades Ameaças

 Parcerias e articulação com diferentes entidades da comunidade que possibilitaram a realização de atividades conjuntas, potenciando e ampliando os respetivos Planos de atividades, com ações que

 Pandemia Covid-19 e os vários períodos de confinamento decretados;

 Fraca adesão da comunidade em algumas atividades, principalmente durante os primeiros dois anos de

281

prosseguem após o fim da intervenção do projeto;

 Recetividade dos Agrupamentos de Escolas do concelho às intervenções quer do Eixo 1, quer do Eixo 2, particularmente, do Agrupamento de Escolas D. Dinis relativamente à Ação nº22- Mediação IN;

 Forte interesse das empresas de trabalho temporário em acolher as nossas sinalizações para emprego, mediante as suas propostas em aberto;

 Temáticasdesenvolvidaspeloprojeto CLDS 4IN que estavam a “descoberto” no concelho, nomeadamente, a prevenção do Tráfico de Seres Humanos na empregabilidade de jovens e a sensibilização dos pais e encarregados de educação para a mesma problemática.

intervenção do projeto, por um lado, pordesconhecimentodomesmoeda sua intervenção e, por outro, pelas medidas implementadas no âmbito da pandemia covid-19, que desaconselhavam a interação social;

 Dificuldade em aceder às freguesias mais distantes do núcleo urbano e na promoção da sua participação;

 Demora por parte de alguns serviços e instituições do concelho na aceitaçãodaintervençãodoprojetoe do seu carácter de complementaridade face às intervenções já levadas a efeito nos últimos anos.

Análise Interna Forças Fraquezas

 Perfil institucional das entidades que compõe o consórcio;

 Articulação interinstitucional entre as duas entidades que compõem o consórcio e respeito pelo papel de cada uma;

 Apoio que a entidade coordenadora doProjetotemdasuaSedeNacional, nomeadamente, ao nível do planeamento e execução das atividades e ao nível da gestão financeira;

 Apoio da entidade coordenadora do Projeto nomeadamente ao nível do planeamento e execução das atividades dos dois eixos de intervenção do projeto;

 Apoio e colaboração das equipas internas das entidades executoras do

 Rotatividade de Técnicos no Eixo 1 e 2 do projeto com relativa demora na passagem de informação; assimilação dos conteúdos e sugestõesdemelhoriae/ouplanosde contingência.

282

projeto ao nível do planeamento e execução de atividades e da gestão financeira;

 Intervenção fundamentada nas necessidades identificadas no Diagnóstico Social do Município;

 Áreas de formação diferenciadas dos diferentes elementos da equipa, o que permitiu uma abordagem multidisciplinar no diagnóstico e intervenção;

 Técnicos contratados para o projeto formaram e trabalharam como equipa;

 Perfil dos elementos da equipa de Recursos Humanos.

Caracterização geral dos/as participantes do projeto CLDS 4IN (Eixo 1 e Eixo 2)

Compreendendo aevolução do projetoeasua emergência no território deSantoTirsoapresentamos, emseguida,duastabelasqueapresentamonúmerodebeneficiáriosdefinidosemsededecandidatura e a sua evolução desde 2019 até ao seu término em 2022, por eixo de intervenção.

283
AÇÃO N.º de Beneficiários Previstos em Candidatura 2019 2020 2021 2022 Total Executado Ação n.º 1 LogIN 300 14 13 269 15 311 Ação n.º 2 Gabinete INtegrar 500 29 118 224 145 516
Eixo 1 - Emprego, formação e qualificação
284 Ação n.º 3 Canal INterliga 3000 - 800 1600 1334 3734 Ação n.º 4 INiciativa 30 - - - 40 40 Ação n.º 5 IN(em)prego 100 - - 52 78 130 Ação n.º 6 INformação Mais 300 - 20 42 243 305 Ação n.º 7 Espaço INventa 15 - 2 8 19 29 Ação n.º 8 INforma-te 300 - 19 70 214 303 Ação n.º 9 INtercâmbio+ 8 - 4 14 18 36 Ação n.º 10 IgualIN 60 - - 47 22 69 Ação n.º 11 INsere + 30 - - 47 13 60 Ação n.º 12 E agora? 300 - - 120 560 680 Ação n.º 13 O futuro é agora! 200 - - 21 434 455
285 Ação n.º 14 Sessões IN 300 - - 194 221 415 Ação n.º 15 Gabinete IN 35 - 4 2 52 59 Ação n.º 16 Põe-te IN 300 - - 137 210 347 Total 5778 43 980 2847 3618 7489 Eixo 2 - Educação parental preventiva da pobreza infantil AÇÃO N.º de Beneficiários Previstos em Candidatura 2019 2020 2021 2022 Total Executado Ação n.º 17 IN Família 310 0 0 119 203 323 Ação n.º 18 IN ao saber 110 0 18 54 159 231 Ação n.º 19 ConstruINdo Caminho 80 0 13 105 52 170 Ação n.º 20 Mob IN 160 0 15 234 95 344 Ação n.º 21 140 0 0 66 78 144

Realizandoumabreveanálise, neste momento finalde explanação das ações desenvolvidas ao longo destes 39 meses de intervenção na comunidade tirsense destacamos os 8.756 participantes que trabalharamconnoscodesdeaemergênciadoprojetoem2019atéaoseutérminoem2022superando os 6.588 participantes definidos em sede de candidatura.

Apesar dos vários constrangimentos, em especial por todos os medos e receios associados à emergência da Pandemia da COVID19, que ditou o isolamento social e os sucessivos confinamentos, no início do ano de 2021 procuramos, com o forte apoio e colaboração dos parceiros da Rede Social e das múltiplas empresas de trabalho temporário que se associaram ao CLDS 4IN, prosseguir, em ritmo cruzeiro, rumo aos objetivos definidos em sede de candidatura.

Outro dado importante foi o facto de conseguirmos envolver, até ao final do projeto, todos os agrupamentos de escolas do concelho e respetivas escolas profissionais tendo acrescentado valor pelas sinergias que partilhamos. Serão, certamente, um ponto crítico de sucesso na emergência de uma 5.ª geração do projeto CLDS.

Denotamosque,nasintervençõesrealizadasemcontextoescolarosexomasculinofoipreponderante. Contudo, ao nível da intervenção com pessoas desempregadas e à procura de um novo emprego e junto dos/as encarregados de educação a maior prevalência centrou-se no género feminino. Deste modo, o feminino totalizou 54,4% das participantes e o sexo masculino correspondeu a 45,6% dos participantes.

286 Active IN Ação n.º 22 Mediação IN 10 0 0 0 59 59 Total 810 0 46 578 547 1271
Figura 217 - Escolaridade dos/as participantes do projeto CLDS 4IN

Um outro dado importante e que foi recolhido aquando a inscrição no nosso projeto prende-se com a escolaridade dos/as participantes que estiveram envolvidos nos dois eixos de intervenção. valor apurado quando preenchida a ficha de participante, envolve os/as participantes dos dois eixos de intervenção. No caso dos utilizadores das redes sociais não dispomos de informação quanto à sua escolaridade, servindo apenas os dados recolhidos formalmente para caracterizar esta amostra.

Destacamos que o 3.º ciclo é formação de base da maioria dos/as participantes no projeto CLDS 4IN quer pela intervenção junto dos/das alunos/as do ensino secundário, que possuíam à data da sua inscrição o 3.º ciclo do ensino básico completo, quer pelas pessoas em situação de desemprego que possuíam, na sua grande maioria esta habilitação. Desde logo, apesar dos baixos níveis de literacia que encontramos junto dos participantes e que foi alvo da justificação da nossa intervenção no concelho de Santo Tirso, ditando a emergência de um Eixo 1 neste concelho, deparamo-nos com um público-alvo distinto daquele que foi recorrendo aos serviços do IEFP e GIP existentes no concelho, mais qualificado, polivalente e detentor de boas soft skills

Um outro dado interessante é que fomos retratando ao longo do documento a nacionalidade dos/as participantes.Destacamosque97%sãodenacionalidadeportuguesa;2%denacionalidadebrasileira; 1% corresponde às nacionalidades ucraniana, venezuelana, entre outras. A emergência da nacionalidadebrasileirafoimaisevidentenoiníciodoanode2022atéaofinaldoprojetoespecialmente peloforte“passaapalavra”realizadoemgruposdeprocuradeempregoqueosprimeirosparticipantes realizaram.

Destacamos as 323 integrações no mercado formal de emprego; os mais de 800 atendimentos para emprego, capacitação, formação, mentoring e empowerment; as mais de 197 intervenções grupais (alunos/as, técnicos/as, desempregados/as, encarregados/as de educação, entre outros); as mais de 30 empresas visitadas.

287
Figura 218 - Freguesia de origem dos/as participantes do projeto CLDS 4IN

Tal como indicado no decorrer do documento compreendemos que a maior adesão partiu do públicoalvo residente no núcleo urbano do concelho. Desde logo, salientamos a importância de recorrer a mais estratégias de comunicação com elementos chave na comunidade por forma a chegar, numa próxima intervenção, a demais freguesias.

Aquando da inscrição no nosso projeto compreendemos a enorme procura por parte de um públicoalvoempregadoeàprocuradeumnovodesafioprofissionaleque,porconseguinte,raramenterecorre aos serviços do IEFP a solicitar apoio com a ideia pré-concebida que este serviço responde apenas a profissionais já em situação de desemprego. Com o devido esclarecimento demos início ao seu acompanhamento com a ressalva na aposta neste serviço existente no núcleo urbano do concelho e, simultaneamente, presente nas freguesias de Vila das Aves e Vila Nova do Campo através dos serviços descentralizados dos GIP.

Compreendemos, igualmente, que os/as encarregados/as de educação que participaram na maioria das nossas atividades encontram-se a exercer atividade profissional regular diminuindo a incidência/preponderância de situações de vulnerabilidade financeira das famílias participantes.

288
Figura 219 - Situação face ao emprego dos/as participantes dos dois eixos de intervenção

Equipa técnica do projeto CLDS 4IN desde 2019 a

2022

● Raquel Rouxinol, Coordenadora do projeto CLDS 4IN e Educadora Social de formação académica de base, desenvolveu o processo de candidatura em 2019 e esteve no cargo até janeiro de 2021. responsável pela coordenação dos Eixos 1 e 2 do projeto.

● Eva Aranda, Psicóloga e técnica do Eixo 1 do projeto, exerceu funções desde o desenho do projeto em junho de 2019 até abril de 2022.

● Sílvia Pinto, Educadora Social e técnica do Eixo 1 do projeto, exerceu funções desde junho de 2019 até maio de 2021.

● AnaFernandes,AssistenteSocialetécnicado Eixo2de intervenção, exerceufunçõesdesde o desenho do projeto até outubro de 2019.

● EmíliaCastro,administrativa,deuapoioaoEixo1deintervençãodesdejunhode2019atéao seu término em dezembro de 2022.

● JoanaCampos,AssistenteSocialetécnicadoEixo2,exerceufunçõesnaELEAASASdesde janeiro a agosto de 2020.

● Ana Neto, Assistente Social e técnica do Eixo 2 de intervenção, exerceu funções na ELEA ASAS de outubro de 2020 até ao término do projeto em dezembro de 2022.

● Cristina Alves, Coordenadora do projeto CLDS 4IN e Técnica Superior de Educação de formação académica de base, iniciou funções em fevereiro de 2021, como responsável pela coordenação dos Eixos 1 e 2 do projeto, até ao seu término em dezembro de 2022.

● Raquel Morais,Criminólogae técnicadoEixo1, exerceu funções desdemaio de 2021 até ao término do projeto em dezembro de 2022.

● Mafalda Azevedo, Psicóloga etécnica do Eixo 1 de intervenção, exerceu funções desde abril até ao seu término em dezembro de 2022.

289

Brander, P., Keen, E., Gomes, R., Lemineur, M.-L., & Oliveira, B. (2016). COMPASS- Manual para a Educação para os Direitos Humanos com os Jovens. Sintra: Dínamo – Associação de Dinamização Sócio-Cultural para a tradução em Língua Portuguesa.

IEFP - Estatísticas mensais por concelho - Outubro de 2019. disponível em: https://www.iefp.pt/documents/10181/9055206/SIE++Desemprego+registado+por+concelhos+setembro+2019.pdf/98aa01b0-696f-4e9f-bcc0a61a51497dbd. Consultado em 26/12/2022.

IEFP - Estatísticas mensais por concelho - Novembro de 2022. Disponívelem: https://www.iefp.pt/documents/10181/11322396/SIE++Desemprego+registado+por+concelhos+novembro+2022.pdf/37c5a028-e4fd-4ecb-bb2853464aa13572. Consultado em 27/12/2022.

IPAV. (2019). Manual do Formador- Academia de Líderes UBUNTU. Lisboa.

Martinho , Edmundo (coord.) (2021). Estratégia Nacional de Combate à Pobreza 2021-2030 (ENCP). Disponível em: https://planapp.gov.pt/instrumento/estrategia-nacional-de-combate-a-pobreza-20212030/. Consultado em: 10/01/2023.

Mendes, Manuela; Magano, Olga e Candeias, Pedro (2015). Estudo Nacional sobre as Comunidades Ciganas em Portugal - 2015. Disponívelem: https://repositorio.iscteiul.pt/bitstream/10071/15587/1/estudonacionalsobreascomunidadesciganas.pdf. Consultado em: 06/01/2023.

ONU. Assembleia Geral das Nações Unidas. Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança (2019). Disponível em: https://www.unicef.pt/media/2766/unicef_convenc-ao_dos_direitos_da_crianca.pdf. Consultado em: 15/10/2022.

Portaria n.º 229/2018 de 14 de agosto. disponível em: https://dre.pt/dre/detalhe/portaria/229-2018116043539. Consultada em 30/11/2022.

Sanchez, J. L., & Pacheco, M. A. (s.d.). O menino que tinha dois olhos.

Segurança Social. (2013). Contratos Locais de Desenvolvimento Social. Disponível em: http://www.seg-social.pt/contratos-locais-de-desenvolvimento-social-clds

Segurança Social. (2013). Manual de Procedimentos de Execução CLDS. Disponível em: http://www.seg-social.pt/documents/10152/1147176/clds_manual_procedimentos_anexos/5097f0bead4f-4c2b-951b-edfad7ed0d4c Consultado em: 30/11/2022.

Soares, L. D., & Bacelar, M. (1998). Os ovos misteriosos. Porto: Edições Afrontamento.

Soares, M., & Gandra, D. (2022). Relatório de Atividades- Mediação IN. Porto: Mediação de Conflitospor uma nova cultura de convivência. Documento policopiado.

UNICEF. (2017). Guia para Educadores e Professores. disponível em: https://www.unicef.pt/media/1311/guia-educadores-professores-dudc.pdf. Consultado em 30/11/2022.

290 Bibliografia

Wendt, I. (1978). A menina sem nome.

Yogman, M., Garner, A., Hutchinson, J., Hirsh-Pasek, K., Golinkoff, R. M., Baum, R., Gambon, T., Lavin, A., Mattson, G., & Wissow, L. (2018). The power of play: A pediatric role in enhancing development in young children. Pediatrics, 142(3). Disponível em: https://doi.org/10.1542/peds.20182058 Consultado em: 02/12/2022.

291

Anexo I - Regulamento I Bootcamp

1. Regulamento interno

O projeto CLDS 4IN, um consórcioentre a Delegação de Santo Tirso da Cruz Vermelha Portuguesa e a ASAS, pretende implementar o seu primeiro Bootcamp, inserido na ação n.º 16 deste projeto: Põete IN - Jornadas teórico-práticas de incentivo ao empreendedorismo juvenil, criando projetos de resposta às necessidades do concelho, inserida no Eixo 1 de intervenção - Emprego, Formação e Qualificação. Esta ação tem como objetivo geral desenvolver as capacidades empreendedoras dos jovens do ensino secundário, sendo este o grupo-alvo desta intervenção.

Este primeiro Bootcamp apresenta-se como uma atividade pontual apresentando-se como uma formação intensiva que oferece aos participantes a possibilidade de desenvolverem, primeiramente competências empreendedoras, tais como: espírito de iniciativa, resiliência, inovação, criatividade, gestão do stresse, entre outras e, em equipa, o conceito e desenho de novas iniciativas empreendedoras ou redesenho de iniciativas já existentes, definindo os seus modelos de negócio e planos de implementação.

Através dos vários workshops, que serão implementados ao longo da jornada de trabalho, o objetivo passa por refletir, para criar projetos inovadores sustentáveis capazes de responder a problemas sociais negligenciados que afetam o concelho de Santo Tirso e deste modo contribuir para a melhoria significativa da qualidade de vida da sua população, potenciando a sua harmonia social, económica, ambiental e cultural através da inovação social, saindo da sua zona de conforto.

2. Alojamento

Tendo por base o tamanho do grupo e o facto das deslocações serem realizadas em transportes públicosoalojamentoserárealizadonaPousadadaJuventudeemGuimarães,situadaacercade1km da estação de caminhos de ferro deste concelho e que sita no coração da cidade, perto dos vários pontos de interesse.

Temos disponível para o projeto:

• Dois quartos múltiplos femininos 6 camas s/wc;

• Dois quartos múltiplos masculinos 6 camas s/wc.

292
Figura 1 – Percurso pedonal desde a Estação de Caminhos de Ferro até à Pousada da Juventude de Guimarães

3. Transporte

A atividade será desenvolvida em grupo pelo que é possível a aplicação de um título de transporte da CP para. O valor do transporte será assegurado pelo projeto CLDS 4IN. Todas as restantes visitas serão realizadas a pé, atendendo à disposição geográfica dos espaços.

A partida da estação de Santo Tirso acontece pelas 13h05 e a chegada a Guimarães pelas 13h41. A saída de Guimarães concorrerá pelas 15h53 e regresso previsto a Santo Tirso às 16h25.

4. Alimentação

Cada participante será responsável pelo seu almoço e lanche no dia 1 de outubro, bem como, pela água que irá consumir durante este fim-de-semana.

As restantes refeições serão asseguradas pelo projeto CLDS 4IN mediante procedimento de ajuste direto regime simplificado em restaurantes/ takeaway locais.

Napresença de alergias e intolerâncias alimentares os/as participantes devem indicar previamente as suas necessidades alimentares. Contudo, o projeto CLDS 4IN informa que poderá não ter opções disponíveisemcasosdeintolerânciasmaisespecíficassendonecessáriaumaestreitaarticulaçãocom o/a encarregado de educação.

5. Seguro de responsabilidade civil

293
Figura 2 – Exemplo de quarto múltiplo

Os/asparticipantesestãocobertos peloseguroderesponsabilidadecivilacargodoprojetoCLDS4IN. Atualmente, encontra-se a decorrer processo de auscultação prévia de propostas.

6. Equipa técnica

A equipa do projeto é composta por duas técnicas afetas ao Eixo 1 do projeto, pela coordenadora e por um voluntário, do sexo masculino, que partilhará a camarata com os/as participantes do sexo masculino.

Todasasdúvidaspodemseresclarecidasatravésdoscontactos:932815717oucoordenacao@4in.pt.

7. Agenda

Dia 1 de outubro Dia 2 de outubro

12h30 – Acolhimento aos participantes –Estação CP de Santo Tirso

13h–ViagemparaGuimarãescomarealização de dinâmicas de apresentação

14h – Chegada à Delegação de Guimarães da CVP

14h30 – Início da intervenção em “Empreendedorismo Social” da Delegação de Guimarães da CVP

17h – Saída da Delegação e check-in na Pousada

17h30 – Lanche

18h – Teatro de Intervenção com o projeto TABU

20h – Jantar no Cachorrão – Plataforma das artes

21h30 – Visita noturna ao Museu Alberto Sampaio

8h – Despertar

8h45 – Pequeno-almoço (Pousada da Juventude)

9h30 – Saída da Pousada da Juventude em direção ao Bairro C – Câmara Municipal de Guimarães – Dr. Rui Pinheiro

13h00 – Almoço na Pizzaria Celeste – Rua Gil Vicente

14h30 – Dinâmicas de grupo a cargo da equipa CLDS 4IN – Parque Alameda de S. Dâmaso ou Jardins do Palácio VilaFlor

15h53 – Saída da Estação CP Guimarães

294

23h – Recolher obrigatório

8. Direitos e deveres dos participantes

8.1. Direitos dos participantes

Durante o bootcamp os/as participantes terão acesso a:

• Workshops presenciais;

• Alojamento com pequeno-almoço;

• Viagem de ida e de regresso a Santo Tirso;

• Recursos materiais de apoio à dinamização dos workshops;

• Refeições em formato de piquenique: jantar de sábado; lanche da manhã e da tarde de domingo; almoço de domingo;

• Tratamento de dados pessoais em conformidade com o disposto na Lein.º 58/2019, de 08 de agosto (Assegura a execução, na ordem jurídica nacional, do Regulamento (UE) 2016/679 do Parlamento e do Conselho, de 27 de abrilde 2016, relativo à proteção das pessoas singulares no que dizrespeitoaotratamentodedadospessoaiseàlivrecirculaçãodessesdados)sendonomeadamente garantidas a sua confidencialidade e a sua transferência a entidades terceiras;

• Seguro de responsabilidade civil durante a frequência do programa. O seguro é gratuito e obrigatório pelo que cada participante deverá fornecer as informações necessárias à entidade promotora para que a apólice possa ser ativada.

8.2. Deveres dos participantes

Durante o bootcamp os/as participantes comprometem-se a:

• Respeitar e cumprir com assiduidade e pontualidade a calendarização e horários estabelecidos;

• Comunicar qualquer ausência/saída do grupo de trabalho;

• Abster-se de comportamentos agressivos;

• Abster-se do consumo de álcool e/ou drogas;

• Identificar um contacto de emergência.

InformaçõesadicionaisatravésdacoordenadoradoprojetoCristinaAlvescomosseguintescontactos: 932 815 717 ou coordenacao@4in.pt.

Anexo II - Perfil de competências do empreendedor

A ação n.º 16 do projeto CLDS 4IN tem como objetivo geral “Desenvolver as capacidades empreendedoras dos jovens do ensino secundário”. Antes de iniciarmos este Bootcamp I gostávamos de conhecer o teu perfil enquanto empreendedor. Este questionário é confidencial, serve para aumentares o teu conhecimento acerca das tuas competências. É composto por duas partes: Parte I

– Perfil geraldo empreendedor e Parte II Quão criativo/a és? Não há respostas certas ou erradas.

295

1. Alguém que conheças bem (amigo, familiar) criou recentemente um negócio?

2. Já participaste em alguma atividade sobre empreendedorismo / auto‐ emprego?

3. Fazes voluntariado fora da escola? (associação juvenil, clube ou outro tipo de voluntariado)

4. Trabalhas fora da escola?

5. És ou já foste responsável em alguma atividade ou projeto fora da escola?

6. Já alguma vez iniciaste alguma atividade ou projeto fora da escola?

7. Pensas continuar os estudos e entrar na universidade / ensino superior?

8. Sou geralmente o primeiro a sugerir uma solução para um problema. Continuo a tentar até encontrar a solução para um problema. Vejo oportunidades onde os outros veem problemas.

9. Na escola ensinam‐me a pensar de forma criativa; a propor ideias e a pôr as ideias em ação

10. Os professores incentivam‐me a participar em atividades fora da sala de aula; ouvem as minhas ideias e dizem que não há problema se cometer erros.

296 Parte I – perfil geral do empreendedor SIM NÃO NS/NR

11. Seique é possível ser o meu próprio patrão.

12. Seique as pessoas criam negócios por razões diferentes (fazer dinheiro, ajudar outros, fazer uma coisa diferente).

13. Seique algumas ideias de negócio funcionam e outras não.

14. Quando tento fazer qualquer coisa sou, geralmente, bem‐sucedido.

15. Sou capaz de lidar com a maioria dos meus problemas.

16. Sinto que sou capaz de defender as minhas ideias e opiniões quando estou a trabalhar em grupo.

17. Gostaria de ter uma profissão que me permita encontrar novas formas de resolver problemas e definir as minhas tarefas.

II – Parte – Quão criativo/a és?

A. A minha personalidade

1. Sinto falta de autoconfiança

2. Eu valorizo a crítica (o ato de criticar)

3. Eu tenho medo de ser diferente dos outros

Sempr e Frequenteme nte Às vez es

Raramen te Nunc a Pont os

297

4. Os meus pais encorajamme a ser criativo

5. Eu fico desconfortável a ambiguidade

6. Eu gosto de conhecer novos lugares e culturas

7. Sinto uma enorme necessidade de organização na minha vida

8. Eu acredito que vale a pena sonhar acordado/a

9. Eu não me sinto confortável com as pessoas que mostram os seus sentimentos

10. Eu gosto de dramatizar, criar um pano de fundo para certas apresentações

11. Eu atinjo melhores resultados quando sigo as orientações dos professores

298

12. Eu deixo que os meus sentimentos me guiem

13. Eu gosto que me vejam como alguém dependente dos outros

14. Eu gosto de estar com pessoas com a mente aberta, que pensam livremente e sem restrições

15. Eu sou mais reativo que proativo

16. Eu gosto de olhar para o futuro, de ver para além do horizonte

B. O meu estilo de resolver problemas

1. Quando me deparo com um problema, vou direta/a às conclusões.

2. Quando surge um problema eu sou

Sempr e Frequenteme nte Às vez es

Raramen te Nunc a Pont os

299

analítico e objetivo.

3. É necessário conhecer todos os factos para tomar uma decisão

4. Sentir coragem é algo que me ajuda a tomar uma decisão

5. Costumo pensar nas minhas experiências anteriores para resolver os problemas que vão surgindo

6. Eu detesto trabalhar de com detalhes e pormenores minuciosos

7. Um trabalho concluído é o segredo do sucesso

8. As figuras/gráficos dão-me uma ideia parcial do problema

300

9. Os problemas devem ser resolvidos da melhor forma

10. Sou visto como alguém que resolve os problemas de forma original

11. Eu tenho dificuldade em definir os problemas

12. Eu sou metódico/a na resolução de problemas

13. Eu entro em depressão se um problema parece muito difícil.

14. Quando os outros não tomam uma decisão, eu tomo (se eu puder)

15. Eu gosto de ler as instruções antes de começar algo novo

16. Eu acho que o processo de tomada de decisão é algo criativo

301

C. O meu ambiente escolar

1. As pessoas da minha organização pensam que o seu estilo é o melhor

2. Na minha escola a criatividade é considerada a chave para a sobrevivência

3. Os meus limites de autoridade estão concretamente definidos

4. Qualquer ideia interessante é aceite na nossa turma

5. O tempo para pensar de forma criativa é limitado/condicion ado na nossa escola

6. A competição entre alunos é vista como saudável na escola

302
Sempr e Frequenteme nte Às vez es Raramen te Nunc a Pont os

7. Eu descreveria a minha escola como tendo um ambiente confortável e cooperativo

8. Na turma eu gosto de identificar os problemas a resolver

9. Na minha turma sou criativo

10. Na nossa escola temos espaço para sermos sonhadores

11. A burocracia na escola mata a nossa criatividade

12. Eu posso conversar sobre as minhas ideias abertamente sem que elas sejam roubadas pelos colegas

13. Eu serei desvalorizado/a se sugerir novas soluções

303

14. Na minha escola as ideias podem ser “vendidas” independentemen te dos resultados que possam alcançar

15. Novas ideias devem ser justificadas com muitas análises

16. A inovação é encorajada na nossa escola

Pontuação - atribua a cada uma das suas respostas a seguinte pontuação:

Todas as perguntas ímpares (n.º 1, 3, 5, 7, etc.) devem seguir esta cotação:

Nunca = 5 pontos

Raramente = 4 pontos

Às vezes = 3 pontos

Frequentemente = 2 pontos

Sempre = 1 ponto

Todas as perguntas pares (n.º 2, 4, 6, 8, etc.) devem seguir esta cotação:

Nunca = 1 pontos

Raramente = 2 pontos

Às vezes = 3 pontos

Frequentemente = 4 pontos

Sempre = 5 ponto

Depois soma os pontos das 3 secções. Em seguida, faz a soma finaldas três secções (A+B+C) para descobrires o tempo potencial criativo e empreendedor.

Personalidade - Pontuação

16-37

Estás a reprimir o teu potencial criativo tendo por base a forma como te vês. Ficarás surpreendido/a com o resultado se te permitisses ser criativo/a.

304

38-59 Tens muito potencial dentro de ti mas os teus traços de personalidade impedem-te de te expressares. Experimenta técnicas de relaxamento e reflete “O que é que eu tenho a perder?”

60-80 A tua personalidade permite-te que sejas uma pessoa altamente criativa, sendo uma mais-valia para os outros, no processo criativo.

Estilo de resolução de problemas – Pontuação

16-37 O teu estilo de resolução de problemas tende a ser o de “seguir as regras” faltando criatividade. Pratica exercícios de relaxamento, esquece algumas “regras” e abre a mente para novas ideias e métodos.

38-59 A tua abordagem na resolução de problemas é às vezes muito rígida e pode resultas em ideias não-criativas que se baseiam na mesma solução dada para outros problemas anteriormente resolvidos. Tenta soltar-te e descobrir o teu potencial criativo.

60-80 Tens um estilo aberto e criativo de resolver os problemas, com muito a oferecer aos outros. Tenta tirar partido de cada oportunidade que te aparece para criar um espírito de questionamento, aventura e aprendizagem em torno de ti.

Ambiente escolar – Pontuação

16-37 O teu ambiente escolar não encoraja o teu pensamento crítico. Olha para as pontuações que tiveste nas secções A e B. Se tiveres uma pontuação alta é natural que te sintas frustrado. O que achas que podes fazer?

38-59 Às vezes é difícil ser criativo na sala de aula. Se tens uma pontuação alta nas secções A e B usa o teu potencial para mudar o ambiente. Se não, talvez te adaptes facilmente…

60-80 Estudas um ambiente ideal para uma pessoa criativa. Entretanto, se as tuas pontuações nas secções A e B forem baixas deves trabalhar um pouco mais para desenvolveres o teu potencial. Ninguém te vai impedir de contribuir com novas ideias.

Soma das três secções: A+B+C

305

48-111 Acreditas que todos têm um enorme potencial criativo desde que tenham a oportunidade de demonstrá-lo. Pára de sufocar o teu potencial criativo ou o dos outros. Solta-te!

112-176 Tens um bom potencial criativo, mas está escondido atrás de ti próprio, devido ao teu estilo de resolver problemas ou devido ao teu ambiente escolar. Podes mudar qualquer um dos três. Então, de que é que estás à espera?

177-240 És uma pessoa altamente criativa e com muito potencial. Continua a exercitar o teu talento procurando novas formas de usá-lo: em casa, nos tempos livres e, é claro, na escola!

Adaptado de: DORNELAS, José Assis (2003). Empreendedorismo corporativo: como ser empreendedor, inovar e se diferenciar em organizações estabelecidas. Rio de Janeiro: Campus.

Anexo III - Carta de Raquel Sousa

RaquelSousa,33anos,MestreemPsicologiaClínicaedaSaúde,perfeitamenteintegradanomercado de trabalho desde fevereiro de 2014, invisual. O caminho até chegar a uma vida ativa e plena de direitos e deveres, enquanto cidadã portuguesa, nãotemsidofácilnemlinear,contudo,possoafirmarqueapósanosdelutapessoaledetodosaqueles quemerodeiamsouumacidadãquecumpriuodesejo dospais,queummêsapós omeunascimento, foraminformadosquetinhamumafilhacomdeficiênciavisualesecomprometeramaeducar-mecomo sefosse uma pessoa sem qualquer limitação. Aqui estoueu, uma mulher de plenos direitos e deveres para com a sociedade, cumprindo assim tudo aquilo para que os meus pais trabalharam. Integro os quadros superiores de uma Entidade que me acolheu de braços abertos e que me tem proporcionado as condições/adaptações do meu posto de trabalho e das condições físicas do próprio local de trabalho. Nem sempre é simples, uma vez que a sociedade ainda não está nem é preparada para lidar com pessoas portadoras de deficiência, pelo que posso dizer que este caminho tem sido feitoatravés de uma aprendizagemconjunta entremim,os meus colegas e os superiores hierárquicos da entidade empregadora. Para a maioria dos colegas, sou a primeira pessoa com deficiência com quem tiveram/tem contacto, sendo natural que não saibam lidar com a nossa realidade e que só se tenham começado a consciencializar de tudo que implica ser portador de deficiência quando tiveram contacto direto com a dura realidade, como exemplo, as pessoas não tem a noção do impacto, do risco e da brutal limitação para quem não vê, de mudarem os mobiliários de disposição ou deixar algo foradolugarhabitual,da inexistênciadetransportespúblicos,dafaltadeumlugardeestacionamento, de uma rampa de acesso a um edifício, entre muitos outros, que tanto condicionam o direito à autonomia e consequente liberdade. Se a população em geral e as entidades empregadoras continuarem a ter medo de aceitar e contratar pessoascomdeficiênciaporqueachamquesótrazemosencargosenãotemosníveisdeprodutividade como os restantes colaboradores, a nossa sociedade não vai evoluir nem entender que a inclusão só trazbenefíciosparatodososqueestãoenvolvidosnesteprocesso.Somostãoou maisprodutivosque os outros colaboradores e as entidades patronais tem apoios ao seu dispor para adaptar o posto de trabalhodapessoacomdeficiênciaeanossaintegraçãonomeiolaboralacabaporestimularotrabalho

306

em equipa e a interajuda entre colegas que são competências cada vez mais indispensáveis para o crescimento pessoal e profissional.

Está na altura de todos darmos as mãos e lutarmos por um mundo cada vez mais inclusivo, nós… pessoas com uma deficiência só queremos uma oportunidade para mostrar a toda a sociedade que é possível fazer a diferença, basta aceitarem que temos direito a ser tão válidos para com a sociedade como os outros.

Não somos a deficiência, só temos de conviver com ela… contamos com todos para que esta convivência seja cada vez mais fácil… juntos fazemos um mundo melhor…

307

Anexo IV - Peddy-papper Mercadoria Humana Norte

A seguinte citação define o que falamos quando falamos em Tráfico de Seres Humanos. Completa-a através das seguintes palavras cruzadas[1].

[1] O Tráfico de Seres Humanos é um crime contra a liberdade pessoal, que envolve o recrutamento de pessoas, através de violência, engano ou abuso de situações de vulnerabilidade e a sua movimentação entre fronteiras internacionais ou dentro de um mesmo país, com o objetivo de as sujeitar a diversos tipos de exploração.

308

Identifica uma das telas, que deverá ser distinta da resposta anterior e descreve-nos que sentimentos consideras que o elemento retratado estará a sentir no momento em que foi fotografado/a.

Quem podem ser os potenciais traficantes? Refere pelo menos 3 exemplos.

Quem podem ser as potenciais vítimas? Refere pelo menos 3 exemplos.

Assinala com um X as opções que te parecem demonstrar situações de tráfico de seres humanos:

Um casal português de classe média não consegue ter filhos. Conhece uma família romena que vai ter o 8º filho. Para ficar com esse bebé o casal paga 3.000€ à família romena.

Jason teve de vender todos os seus bens na Roménia para vir para Portugal. Pagou 1.500€ para entrar no país. Desde que chegou a Portugal o seu transportador indicou quetemumadívidaparacomelenovalorde30.000€.Porisso,nãoreceberáumsalário até que o seu trabalho pague a dívida.

Alicia foi raptada em 2019 em Viseu e numa mais viu a família. Tem de se prostituir e recebe 15 clientes por dia. Não tem férias ou um salário. Sempre que tenta fugir é agredida e fica sem comer nesse dia.

CármenfoiparaEspanhatrabalharnaapanhadafruta.Foicomoseuex-namoradoque aconvidouatravésdasredessociais.Trabalha16horaspordiaenãorecebeumsalário.

309

Nayara sempre quis ser manequim fotográfico e por isso respondeu prontamente a um anúncio que viu na internet. Apresentou-se no local combinado e foi aliciada a ter relações sexuais para que conseguir integrar uma revista da especialidade. Contudo, passaram dois anos desde que foi forçada a ter relações sexuais com vários homens semnuncater conseguido concretizar o seusonho.Já tentou fugir,mas não consegue. A família não sabe onde está Nayara.

Lisa trabalha num bar de alterne e recebe uma comissão do dono do bar sobre cada bebida que os seus clientes consomem. Sempre que algum cliente a convida para sair da sala e ir para um ambiente mais íntimo, a Lisa tem de pagar ao dono do bar 50% do valor cobrado cliente, pela utilização daquele espaço.

ExistemváriassituaçõesindiciamTráficodeSeresHumanos.Conseguesindicarqualogéneroefaixa etária onde este tipo de crimes é mais comum?

a) Mendicidade forçada

b) Tráfico para fins de exploração laboral

c) Tráfico para fins de exploração sexual

d) Tráfico para exploração de órgãos

310

e) Adoção ilegal

f) Tráfico para prática de atividades criminosas

De acordo com o artigo 160.º do Código Penal (Lei 60/2013), o crime de tráfico de pessoas define-se por um conjunto de meios e ações que confirmam esse crime. Encontra 14 das palavras identificadas nesse artigo do Código Penal.

311

Anexo V - Ficha de Valorização do perfil profissional

(adaptado do Guia de Metodologia do Programa Incorpora da Fundação La Caixa – 2016)

Parte I – Acolhimento

1.1. O que significa para si trabalhar? O/a que o/a motiva a trabalhar neste momento?

1.2. Que tipo de trabalho quer fazer?

1.3. Quais são os seus pontos fortes? (Ex: personalidade, experiência, formação, apoios, etc).

1.4. Quetrabalho: tipo detrabalho, horário,etc., seria uma boa opção?

Parte II – Objetivo laboral

2.1. Qual é o seu trabalho ideal? Que tipo de trabalho é que sempre sonhou?

2.2. Quais são os seus objetivos profissionais a longo prazo?

2.3. Que tipo de trabalho gostaria de ter agora? E porque é que esse trabalho o/a atrai?

2.4. Que tipo de trabalho sabe que não gostaria de ter?

312

2.5. Conhece pessoas que estejama trabalhar? Em que tipo de trabalhos? O que acha desses trabalhos?

2.6. Há algo que o/a preocupa sobre começar a trabalhar?

Parte III – Educação/ Formação

3.1. Está interessado/a em ter formação (académicaouprofissional)paramelhorarasua carreira profissional?

3.2. Onde completou os seus estudos? Qual foi o nível alcançado?

3.3. Como lhe correu a escola? De que é que mais gostava na escola? Do que é que não gostava na escola?

3.4. Alguma vez teve orientação profissional/ vocacional?

3.5. Tem algum tipo de certificado relacionado com o trabalho ou com os estudos?

Parte IV – Experiência laboral (quando aplicável)

4.1. Experiência mais recente

Posto de trabalho:

Empresa:

313

Responsabilidades:

Data de início: Data de finalização:

Horas por semana:

De que é que gostou no trabalho:

De que é que não gostou no trabalho:

Motivo da finalização do trabalho:

Outra informação sobre o trabalho:

4.2. Experiência anterior

Posto de trabalho:

Empresa:

Responsabilidades:

Data de início:

Horas por semana:

De que é que gostou no trabalho:

Data de finalização:

314

De que é que não gostou no trabalho: Motivo da finalização do trabalho: Outra informação sobre o trabalho:

4.3. Qual foi o trabalho em que esteve mais tempo? Qual foi a razão para esse êxito?

4.4. Descreva brevemente outros trabalhos que tenha realizado.

V – Aspetos Culturais

5.1.Oqueéimportanteparasisegundoosseus costumes culturais?

5.2. Que idiomas fala? Qual prefere?

5.3. Que acontecimentos ou festas celebra e o que gostaria de ter em conta durante um contrato laboral?

5.4. Gostava de envolver a sua família neste processo de procura ativa de emprego e na manutenção de um trabalho?

5.5. É importante para si que o seu supervisor/chefe seja homem ou mulher?

5.6. Alguma vez se sentiu discriminado ou tratadoinjustamentequandoprocuravatrabalho ou num trabalho? Pode-me falar sobre isso?

315
Continuação

5.7. Quem gostaria de envolver a procura de trabalho? Qual é a melhor maneira de contactar cada uma dessas pessoas?

VI – Aptidões interpessoais

6.1. Como se relaciona com outras pessoas?

6.2. Quer um trabalho que implique trabalhar com o público?

6.3. Onde vive e com quem?

6.4. Com quem passa o tempo? Com que frequência fala ou se encontra com eles?

6.5.Quandoestiveratrabalhar,quemseriauma boa pessoa para lhe dar apoio?

VII – Situação de Saúde

7.1. Como está a sua saúde física? Tem algum problema de saúde que tenhamos de ter em conta?

7.2. Tem algum problema em estar de pé durante muito tempo?

Sentado – quanto tempo? Pode estar de pé durante uma hora ou mais?

Subir escadas, quantas viagens? Com que frequência?

Carregar pesos? Quanto?

316

7.3. Quantas horas pode trabalhar por dia? E por semana?

7.4. Toma alguma medicação? Se sim, qual?

7.5. Tem algum problema a nível cognitivo, por exemplo, dificuldades de memória, concentração ou fazer coisas rápido, por exemplo?

VIII – Consumo de substâncias

8.1. Consumo álcool com alguma frequência?

Caso afirmativo: que tipo de trabalho não lhe agradaria realizar pelo tipo de trabalhar, horário ou dia da semana?

Como acha que o seu trabalho poderia afetar?

8.2. Consumo alguma substância ou droga?

Caso afirmativo: que tipo de trabalho não lhe agradaria realizar pelo tipo de trabalhar, horário ou dia da semana?

Como acha que o seu trabalho poderia afetar?

IX – Atividade Diária

9.1. Como é um dia típico para si desde o momento em que se levanta até que vai para a cama?

317

9.2. Há locais no seu bairro em quegosta de ir?

9.3. É membro de algum grupo, clube ou associação?

9.4. Que passatempos ou interesses tem?

9.5. A que horas se deita? E a que horas se levanta habitualmente?

10.1. Alguma vez foi detido ou alguma vez foi condenado? Se sim, especificar.

10.2. Tem algum encargo judicial pendente? Alguma penhora?

10.3. Tem roupa para ir trabalhar? E para ir às entrevistas?

10.4. Tem despertador ou alguma forma de se levantar para ir trabalhar?

10.5. Como iria para o seu trabalho?

Data: _____/ _____/ 2022

Técnica: _________________________________

318
X – Informações adicionais
319

Anexo VI – Guião de entrevista

Ação n.º. 4 - INiciativa: Sessão de Sensibilização da importância das experiências em contexto laboral para os elementos das comunidades ciganas e entidades empregadoras

Questões para gerar a História de Vida:

1. Quem é a Sr.ª ou o Sr.? Como se apresenta como pessoa?

2. Em seu entender quais são as suas principais qualidades?

3. Como é que a sua família o/a descreve?

4. Qual é o seu trabalho ideal? Que tipo de trabalho é que sempre sonhou?

5. Em criança qual era a profissão que gostava de ter

6. O que significa para si trabalhar? Porque é que trabalhar é tão importante para si?

7. Que tipo de trabalho desempenha atualmente? E porque é que esse trabalho o cativa/atrai?

8. Como foio seu percurso na escola? Gostou de estudar?

9. Se não, o que menos gostou na escola?

10. Já se sentiu discriminado quando concorreu para alguma oferta de emprego? Já se sentiu rejeitado por ser cigano/a?

11. Como se relaciona com as outras pessoas? É uma pessoa animada e sociável?

12. O que representa para si estar a trabalhar neste momento?

320

Anexo VII - Declaração de cedência de imagem

CLDS 4IN – INformar, INtegrar, INcluir e INovar

Declaração de cedência de imagem

Eu,____________________________________________________________________, portador do Bilhete de Identidade/Cartão de Cidadão n.º:__________________, sendo cidadão com dezoito ou mais anos, declaro que estou a participar voluntariamente na atividade n.º 4 do projeto CLDS 4IN “INiciativa: Sessão de Sensibilização da importância das experiências em contextolaboralparaoselementosdascomunidadesciganaseentidadesempregadoras”,com a realização de captação de imagem, som e recolha da respetiva história de vida, para efeitos desensibilizaçãodosempresárioslocaisparaapromoçãodaempregabilidade,promovidapelo projeto CLDS4IN,umconsórcio entreaDelegação daCruz VermelhaPortuguesa ea ASAS, em colaboração com o Diário de Santo Tirso:

1. Aceito participar na recolha de imagens e som, seguindo as instruções dadas pelo projeto CLDS 4IN e pelo Diário de Santo Tirso.

1. De acordo com a legislação em vigor e sem prejuízo do meu direito à honra, intimidade e imagem própria, concedo às entidades supracitadas a autorização expressa para a utilizaçãogratuitadasfotografias,imagensesomrecolhidosparaadivulgaçãoda ação n.º.4doprojeto,nosmeiosesuportesporesteutilizado(nomeadamentewebsite,redes sociais, publicidade institucional em jornais, revistas e outros suportes), até o período de 5 anos.

Nota: Caso decida suspender a utilização de cedência da sua imagem deverá comunicar a sua decisão através dos contactos: 932 815 717 ou coordenacao@4in.pt

Nostermosdo acimaindicado,dou a minha anuência aostermos aquiapresentadospor via da minha assinatura.

Santo Tirso, ___ de _______________ de 2022

Assinatura: ______________________________________________________

321

Anexo VIII – Manual - “Como se candidatar a uma Oferta de Emprego e/ou Formação”

1. Curriculum Vitae e Cartas de Apresentação

Curriculum Vitae:

Cartas de Apresentação

Exemplo de Carta de Apresentação:

Exmo(a). Senhor(a), (de preferência colocar nome da pessoa responsável)

Chamo-me _________________, detenho formação profissional enquanto ______________________, tendo desempenhado funções neste âmbito até ________________.

O desempenho destas funções permitiu-me desenvolver diversas competências, entre as quais se destacamaorganização,acapacidadedeadaptaçãoaambientesdiversificados,otrabalhoemequipa, entre outras.

Neste momento ambiciono novos desafios. Creio que fazer parte da vossa empresa seria uma oportunidadeparamim,jáquesouumapessoaempenhadanomeutrabalhoemotivadaparacrescer, tanto pessoalcomo profissionalmente.

Estou convencida de que trabalhando convosco poderia crescer profissionalmente e contribuir para atingirosobjetivosestabelecidospelavossaempresa,assimcomoaquelesqueambicionoparaomeu futuro profissional.

Comunico-lhe total disponibilidade e interesse em aprofundar as razões desta candidatura. Sem outro assunto de momento, subscrevo-me com a máxima consideração.

Respeitosamente, Nome do candidato

322

Anexo: Curriculum Vitae.

2. A procura/pesquisa

A procura de emprego é uma das fases mais importantes pois há cada vez mais há formas diferentes de procura ativa de emprego.

As principais são:

-Através do IEFP

-Ir aos locais estratégicos (zonas industriais/centros comerciais)

-Através de sites de procura de emprego (netemprego, sapo emprego, indeed, jobimpulse)

-Grupos de Facebook específicos

-Inscrever-se em empresas de Recursos Humanos

3. Candidatar-me

Há 2 formas de nos candidatarmos a uma vaga ou oferta.

-Entregarmos em mãos (presencialmente)

-Enviarmos diretamente para o email indicado

4. O email de candidatura

É importante que o email da candidatura seja simples e direto, nunca nos esquecendo de enviar em anexo o nosso CV.

Ex.mos Senhores, (de preferência colocar nome da pessoa responsável)

Venho por este meio enviar a minha candidatura para o lugar de _________________________, que a vossa empresa anunciou no site _____________________________.

EnvioomeuCVem anexo, pelo quejulgoreunirascompetênciasnecessáriasparao desempenhoda função emquestão, pelo que aguardo por uma oportunidade de numa entrevista esclarecer melhor as razões desta minha candidatura.

323

Sem mais de momento, agradeço a atenção dispensada e aguardo por um contato da vossa parte.

Os meus melhores cumprimentos.

Nome do Candidato

Para mais informações ou dúvidas, pode contactar-nos através de:

• eixo1@4in.pt

• 932 815 718 | 932 815 423

324

Anexo IX - Avaliação final da Atividade de Speed Recruitment

Este questionário visa aferir o grau de satisfação dos/as empresários/as das empresas participantes na Atividade Speed Recruitment, levada a cabo no dia 3 de maio, na Fábrica de Santo Thyrso, no âmbito do projeto CLDS 4IN.

Esta atividade tem como objetivo a aproximação dos/as candidatos/as às empresas, de forma a providenciar o conhecimento das áreas profissionais de interesse, de ambas as partes, com vista à integração profissional dos/as candidatos/as.

Agradecendo desde já a sua presença no evento solicitamos, por favor, a vossa colaboração do preenchimento desta breve avaliação. O questionário é de natureza confidencial, o seu tratamento é efetuado de uma forma global, sendo respeitado o anonimato.

Nome da empresa (opcional):

1. Perceção acerca da pertinência da atividade:

1.1. Relativamente à atividade, acredita que este tipo de eventos poderão potenciar o conhecimento que os/as participantes têm do mercado de trabalho e, por sua vez, para que estes possam melhorar as suas competências, de acordo com o tipo de oferta de trabalho? Sim Não

1.2. Face às suas expetativas profissionais, como classifica cada um dos itens seguintes:

Nada satisfatório Pouco satisfatório Satisfatório Bastante satisfatório Extremamente satisfatório

Objetivos da atividade

Conteúdos e pertinência dos assuntos abordados pelos/as participantes

Organização da atividade (Disposição do material, do espaço, das pessoas…)

Suporte da equipa às pessoas participantes e recrutadores/as durante a conceção do evento

2. Perceção individual:

325
___________________________________________________

2.1. Como classifica a atividade, tendo em consideração os requisitos que são pedidos para as funções laborais a que os/as participantes se candidatam?

Nada satisfatório Pouco satisfatório Satisfatório Bastante satisfatório Extremamente satisfatório

Idade dos participantes

Experiência profissional

Soft skills (Inteligência emocional, gestão do stress, capacidade de comunicação, relacionamento interpessoal…)

Consonância do discurso com o tipo de função a que se pretendem candidatar

3. Tem interesse em participar numa segunda edição deste evento? Justifique por favor a sua resposta.

Sim Não

4. Nestafase,apósotérminodaatividade,aempresaquerepresentateminteresseemcontratar algum candidato?

Sim Não

4.1. Se sim, quanto(s)? _______________

Sugestões:

A equipa do projeto CLDS 4IN agradece todo o vosso empenho e dedicação na conceção, gestão e avaliação deste evento!

326

Anexo X – Código de conduta Mentoring

CLDS 4IN – INformar, INtegrar, INcluir e INovar

CÓDIGO DE CONDUTA DOS MENTORES E DOS MENTORANDOSDA AÇÃO n.º 15

Gabinete IN: Atendimento e acompanhamento de jovens sinalizados pela CPCJ ou equipa EMAT com ausência de perspetivas de integração profissional ou de formação profissional

CAPÍTULO I - Disposições gerais

Artigo 1.º - Denominação e âmbito de aplicação

O projeto CLDS 4IN - INformar,INtegrar,INcluir e INovar resulta do consórcio da Delegação de Santo TirsodaCruzVermelhaPortuguesaedaASAS–AssociaçãodeSolidariedadeeAçãoSocialdeSanto Tirso, no triénio 2019/2022. Assenta, essencialmente, em 16 ações dedicadas ao emprego, empreendedorismo, formação e qualificação (Eixo 1), a cargo da CVP e 6 ações afetas à ASAS no âmbito da Educação Parental Preventiva da Pobreza Infantil (Eixo 2).

Apresenteatividadepretendeoferecerumarespostaindividualizadaedequalidadeajovenstirsenses, em final de ciclo letivo 9.º ano ou 12.º ano, que se encontram em situação de indefinição quanto ao seu percurso socioprofissional. É grupo de trabalho preferencial os jovens que se encontrem em acompanhamento pelas equipas da EMAT ou CPCJ do concelho de Santo Tirso e/ou tenham sido

327

identificados pelos Agrupamentos de Escolas do concelho, como partes interessadas nesta intervenção assente num trabalho de pares sob a égide do mentoring e coaching individualizados. Podem,também,serenvolvidosnaatividadeosjovensqueseinscrevemautonomamenteatravésdos canais deste projeto.

São objetivos preferenciais desta intervenção:

● Contribuir para a sinalização, encaminhamento e orientação dos/das alunos/as que abandonam ou concluem o sistema educativo, no sentido de desenvolver ações de favorecimento da integração profissional;

● Desenvolver ações que estimulem as capacidades empreendedoras dos/das alunos/as do ensino secundário, numa perspetiva de reforço da iniciativa, da inovação, da criatividade, do gosto pelo risco, que constituam uma primeira abordagem à atividade empresarial;

● Desenvolver as competências transversais para melhorar as condições de empregabilidade dos jovens.

Pretende-se levar a cabo reuniões não formais, presenciais ou online, de forma regular e personalizada, com o objetivo de facilitar o autoconhecimento e a descoberta de novas competências pessoais e profissionais soba colaboração de um grupo devoluntários profissionalizados, que previame se inscrevem e se comprometem com os objetivos desta intervenção, e que darão, em seguida, o seu contributo no desenvolvimento de perfis profissionais mais assertivos de um ou mais jovens que tenham pontos de interesse em comum.

Comaimplementaçãodestaatividade,tendoporbaseasboaspráticasalcançadaspeloprojetoSagaz – da Associação Alento de Matosinhos, pretendemos criar várias duplas de trabalho, compostas por um mentor e um mentorando, alicerçada em relações de confiança securizantes, promovendo a atenção às necessidades de cada participante, assim como a autoconfiança e motivação por parte daqueles que nos procuram.

Este código de conduta, que seguidamente detalhamos, pretende definir, da forma mais pormenoriza possível, a intervenção esperada pelas partes de forma a evitar constrangimentos, falsas expetativas e/ou deturpações daquilo que é esta intervenção piloto em Santo Tirso associada à ação n.º 15 do projeto CLDS 4IN.

CAPÍTULO II - Dos Deveres

Artigo 2.º - Princípios Gerais

1. Mentores e mentorandos, devem usar de reserva e discrição em relação a factos e informações de que tenham conhecimento por via do exercício desta ação, bem como respeitar as regras instituídas quanto à confidencialidade da informação.

2.Mentoresementorandosdevemreunirpelomenosumavezpormês,numareuniãode,pelomenos, 60minutos,presencialmenteouàdistância,atravésdosdiversosmeiosdigitaisdisponíveis,desdeque haja consenso para entre as partes. O CLDS 4IN, mediante confirmação prévia, poderá ceder sala de atendimento para a realização de reuniões presenciais, em horário laboral: 9h às 13h | 14h às 18h.

3. Podem ser mentores deste projeto Professores, Empresários/as, Técnicos/as de acompanhamento Social, do concelho de Santo Tirso e concelhos limítrofes,desde que tenham ligação a este concelho, através de resposta a convite lançado diretamente pelo projeto CLDS 4IN ou por manifestação de

328

interesseatravésdoscontactosdesteprojeto:coordenacao@4in.ptoudocontactotelefónico:932815 717.

4. Cada parte pode renunciar, a qualquer momento, fazendo cessar o seu contrato de participação.

5. Mentores e mentorandos têm o direito em receber, por parte do projeto CLDS 4IN, o acompanhamento necessário para conduzirem com sucesso a sua intervenção.

6. Os Mentores não podem exercer qualquer atividade que seja incompatível com as suas funções ou para as quais estejam impedidos, nos termos legais.

Artigo 3.º - Deveres Especiais

1. No caso dos voluntários da Delegação de Santo Tirso da CVP, afetos a esta ação do CLDS 4IN, deverão nortear a sua atuação em consonância com os Princípios Fundamentais da Cruz Vermelha: Humanidade, Imparcialidade, Neutralidade, Independência, Voluntariado, Unidade e Universalidade. O mesmo se aplicará a voluntários afetos à atividade que sejam provenientes da ASAS.

2. A Cruz Vermelha é uma instituição humanitária de carácter voluntário, pelo que o voluntariado constituiaessência dainstituição.Estaação,atendeaesteprincípio,ondenãoseprevêquementor/a ou mentorando/a usufrua de qualquer comparticipação pecuniária.

3. A relação dos/as mentores/as e mentorandos/as, com a atividade que desenvolvem, implica: envolvimento pessoal; associação dos princípios fundamentais; prestação de serviços de forma não remunerada e desinteressada; liberdade para desenvolver a sua atividade voluntária, no âmbito dos pressupostos desta ação n.º 15, em consonância com os valores e princípios da CVP.

Artigo 4.º - Normas de Conduta Ética

1. As pessoas vinculadas a esta ação do projeto CLDS 4IN atuarão sempre com ética e integridade e emnenhumcasodesenvolverãoatividadescontráriasaosprincípiosfundamentaisouaocompromisso humanitário da instituição.

2. Não poderão utilizar o nome, ativos ou recursos do projeto e/ou das entidades que compõem este consórcio em benefício próprio ou fins privados, nem utilizar a sua condição para a obtenção de privilégios ou benefícios.

3.Os/asmentores/asdevemevidenciardisponibilidade,eficiência,correçãoecortesiaparacomos/as seus/suas mentorandos/as promovendo uma efetiva relação de ajuda.

4. Não são toleradas quaisquer formas de assédio moral, económico, sexual ou outro, bem como comportamentos intimidativos, hostis ou ofensivos.

CAPÍTULO III - Âmbito e especificidades da ação

329

1. O Gabinete INtegrar – designação desta ação do projeto CLDS 4IN, que dá origem a esta atividade de mentoring, pretende ligar, através desta metodologia, profissionais ativos no mercado nacional a jovens tirsenses que frequentam o 9.º, 10.º, 11.º ou o 12.º ano de escolaridade, com o objetivo de orientar, proteger, desafiar, empoderar, inspirar e aumentar o potencial dos jovens.

2. Assume-se que um indivíduo, que tem conhecimento e experiência em determinada área (mentor), utilizavoluntariamenteessabagagemparaestimularodesenvolvimentodeumaprendiz(mentorando).

3. Mentores e mentorandos podem ter como áreas de interesse: as artes, as humanidades, a comunicaçãosocial,aproteçãodoambiente,asaúde,osserviçossociais,asengenharias,asciências empresariais, a arquitetura e a construção, ou outros.

CAPÍTULO IV - Disposições finais

1. O presente regulamento será aplicado a partir de 1 de fevereiro de 2022.

2.Odesrespeitoouincumprimentoporpartedequalquerparticipantedos pressupostosanteriormente indicados, avaliada a gravidade dos mesmos, pode conduzir a uma decisão de exclusão por parte da equipa do projeto CLDS 4IN e respetiva direção da Delegação de Santo Tirso da Cruz Vermelha Portuguesa.

Por concordar com este código de conduta e havendo concordância por parte de todos os envolvidos vou assiná-lo seguidamente.

Data: ___/ ___/ 2022

Assinatura do/a Mentor/a Assinatura do/a Mentorando/a

Assinatura da técnica do CLDS 4IN

Assinatura do/a encarregado de educação

330
331

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.