Newsletter CLDS 4GIR - 2ª Edição | Julho 2020

NEWSLETTER CLDS 4GIR Delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa Julho 2020 | 2ª Edição Nesta segunda Edição da Newsletter do projeto CLDS 4GIR trazemos novas informações sobre a dinamização das atividades do Projeto no concelho da Trofa, bem como, dicas pertinentes para ativos desempregados, empregados, empresários e empreendedores.

ATENDIMENTO CLDS 4GIR CENTRO COMERCIAL DA VINHA – LOJA 25 TROFA •

3ª E 5ª FEIRAS 9H30 ÀS 12H30

•

4ª FEIRAS 14H30 ÀS 17H30

O projeto CLDS 4GIR pretende apoiar este público-alvo no regresso ao mercado de trabalho, através de um conjunto de 10 ações de capacitação, empoderamento, mentoring e coaching, sem descurar uma intervenção com base no empreendedorismo junto dos alunos do ensino secundário e profissional, do concelho.

Nesta newsletter destacamos, também, a importância do Networking na procura ativa de emprego; a experiência do teletrabalho e aquilo que aprendemos com esta experiência em tempo de pandemia.

Passamos, depois, em revista, algumas dicas a utilizar na procura ativa de emprego.

E, por fim, tudo aquilo que precisamos de saber nos tempos que correm: O que procuram os empresários nos recursos humanos que estão a recrutar? Será que vamos ficar surpreendidos/as?

Confira estes conteúdos seguidamente.

Boas leituras!

Marcações através do contacto: 252 419 083 Email: coordenadora@4gir.pt

OS NOSSOS NÚMEROS ATUAIS Desde setembro de 2019 que o CLDS 4GIR se encontra em marcha no concelho da Trofa alicerçado no trabalho de três técnicas superiores, da área das Ciências Humanas e Sociais.

A intervenção mais visível, até ao momento, prende-se com a intervenção junto do ensino secundário e profissional da Trofa, que alcançou, durante o 1º período e início do 2º período do ano letivo de 2019/2020, na ação nº 3, um total de 387 alunos e alunas e na ação nº 8, um total de 483 crianças e jovens.

Participantes CLDS 4GIR

483 387 295

57

5

7

4

33

0

16

AÇÃO 1 AÇÃO 2 AÇÃO 3 AÇÃO 4 AÇÃO 5 AÇÃO 6 AÇÃO 7 AÇÃO 8 AÇÃO 9 AÇÃO 10 Figura 1 – Participantes por ação

Fruto dos condicionalismos atuais registamos na ação nº 1 um grande volume de ativos que ficaram desempregados em especial a partir de março de 2020. Para tal, procedemos, já, ao atendimento de 57 homens e mulheres disponíveis e aptos para trabalho, aos quais foi efetuada análise curricular, aos que dispunham de curriculum vitae e ao apoio na criação desse instrumento junto dos outros. Adicionalmente, e no âmbito da ação nº 5, efetuamos simulações de entrevistas e sessões de mentoring e coaching. É nosso propósito dar continuidade a este trabalho junto dos beneficiários que nos procuram diariamente.

De acordo com o género dos participantes percebemos que o género masculino prevalece, com 56% dos participantes.

Já quanto à nacionalidade denotamos a emergência de utilizadores de nacionalidade brasileira, fruto das contingências atuais foram grandemente afetados pelo desemprego:

Nacionalidade dos/as participantes

Género dos participantes

4% 0%

56%

44%

Feminino

0% 0%

Angolana Brasileira Francesa

Masculino

96%

Portuguesa Venezuelana

Networking na procura ativa de emprego De uma forma geral o networking não é nada mais nada menos do que trabalhar a nossa rede de contactos, o que poderá trazer-nos resultados positivos, especialmente, ao nível dos nossos desafios profissionais. Assume-se como uma troca de informações e conhecimentos.

Esta rede de contactos pode ser trabalhada de forma presencial (idealmente!) ou, à distância, através de inúmeras plataformas, redes sociais, ou simplesmente, através do WhatsApp, dadas as vicissitudes atuais.

Uma boa rede de contactos pode ajudar-nos a (re)conhecer as nossas competências, a desafiarnos na procura de novos saberes, novos negócios, novos modus operandi.

Esta rede de contactos pode integrar os nossos amigos, os nossos colegas de faculdade, familiares, companheiros de algum grupo informal frequentado ou que já frequentamos, por exemplo, como um grupo de escuteiros, grupo de colegas com quem andamos de bicicleta ou fazemos trails, entre outros.

Antes de se desafiar a aumentar a sua rede de contactos pessoais é importante traçar um RX do seu perfil: Quem sou e o que posso oferecer aos outros? Quem é o público-alvo a que quero chegar? Empresas de trabalho temporário?

Empresários da área “X” ou “Y”? Onde me vejo daqui a um ano? E daqui a cinco anos? Tenho as competências necessárias? Quem me pode ajudar neste processo?

Posteriormente, é importante começar a criar uma marca pessoal, utilizando uma assinatura personalizada no seu email, por exemplo; adequando a sua fotografia nas redes sociais (que deve ser a mesma, quer no Facebook, quer no Linkedin); partilhando conteúdos pertinentes e atualizados nas redes sociais, chats e fóruns, aumentando a sua visibilidade e captando a atenção dos outros para as suas competências técnicas, artísticas, críticas, entre outras.

E, não se esqueça! Não espere que uma oportunidade surja: cria essa mesma oportunidade! E como nos diz Lao Tsé: «O rio atinge seus objetivos porque aprendeu a contornar obstáculos.»

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O que aprendemos com o Teletrabalho?

O momento atual empurrou empresas e colaboradores para uma nova dinâmica: o teletrabalho. Esta nova forma de trabalhar trouxe desafios acrescidos porque obrigou-nos a redefinir hábitos de forma muito célere.

Antes de mais, é preciso referir que teletrabalho não significa transformar a sua sala de estar no seu escritório, nem fazer da sua casa a sua empresa; não significa estar online e conectado ao trabalho todo o dia pelo motivo de que o ambiente de trabalho e o pessoal é o mesmo. É preciso saber separar realidades e manter as rotinas o mais parecidas possível com as que tínhamos em regime de trabalho presencial: manter o horário de despertar, manter os horários das pausas habituais, vestir-nos como se tivéssemos de trabalhar no escritório ou empresa (evitanda roupa que associamos a conforto e lazer). Ou seja, é preciso mantermos o estado adequado para trabalhar: um fato de treino só combina com o seu trabalho se a sua área profissional estiver relacionada ao desporto, concorda?

Apesar de todos os desafios, o Teletrabalho trouxe-nos, entre muitos, 3 ensinamentos que devemos interiorizar e manter no nosso dia a dia: 1. É possível trabalhar a partir de casa. O contexto é importante e o ambiente também. Os desafios serão maiores a partir de casa devido aos fatores de distração inerentes ao contexto; no entanto, o foco em trabalhar a partir de casa tem que ver com autodisciplina e não com ambiente. Significa que podemos aceitar que somos capazes de trabalhar em qualquer parte desde que nos preparemos adequadamente. O que tem impacto no resultado é a forma como me educo e preparo para o novo contexto e não o contexto em si.

2. É possível ser mais eficaz e eficiente. Já pensou no tempo que está a rentabilizar quando realiza uma reunião através de uma plataforma digital e o tempo que demoraria a realizar essa mesma reunião caso tivesse que se deslocar para a sua empresa ou a empresa do cliente? Em teletrabalho, consegue realizar mais reuniões em uma manhã do que anteriormente, em várias situações, realizava num dia inteiro de trabalho. É ou não eficiente?

3.

Comunicar, comunicar, comunicar.

Este é o lema para que consigamos manter o bom ambiente de trabalho à distância e o bom relacionamento com os nossos clientes.

Porque no online o risco de interrupções, barreiras à comunicação, interpretações não desejadas são uma ameaça à eficiência da comunicação, é preciso reforçarmos cada vez mais as competências de comunicação para nos fazermos entender e conseguirmos manter-nos presentes, mesmo que à distância.

Os desafios são muitos, as aprendizagens também.

Todas as mudanças representam crescimento e esta nova dinâmica de trabalho veio mostrar às empresas, às lideranças, às equipas, aos clientes que é possível trabalhar, fazer negócio, criar laço, mesmo que à distância.

Bom teletrabalho!

DICAS DE PROCURA ATIVA DE EMPREGO Medidas de sucesso Antes de começar a procurar o emprego dos seus sonhos, reflita sobre o que realmente pretende do seu novo cargo.

Isto pode ajudá-lo a identificar o que procurar.

Geralmente, a primeira impressão que deixa junto dos potenciais empregadores é transmitida pelo seu Curriculum Vitae ou pela carta de apresentação.

Por isso, é fundamental que estes documentos marquem a diferença. Ao contar a sua história, seja em papel ou numa plataforma online como, o LinkedIn, tem de incluir alguns pontos principais para que seja clara e persuasiva.

O que realmente o apaixona? O que faz brilhar os seus olhos e trabalhar, hora após hora, dia após dia, com o mesmo brilho nos olhos?

Muitas vezes, os recrutadores têm de analisar uma pilha de candidaturas para selecionar os candidatos. O que pode fazer para se destacar dos outros candidatos? Uma sugestão passa por desenvolver uma presença online sólida e autêntica que possa atrair

recrutadores e dar-lhes uma indicação clara e precisa da sua pessoa.

Para fazer a diferença e deixar uma boa impressão na entrevista, deve estar preparado, relaxado e informado. É importante ter tido uma boa noite de sono.

Depois… é só deixar fluir os seus talentos e valores pessoais e profissionais!

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COMPETÊNCIAS/VALORES QUE AS ORGANIZAÇÕES PROCURAM: Vivemos num Mundo VUCA (em inglês) ou VICA (em português), no qual as organizações se caracterizam por serem voláteis, incertas, complexas e ambíguas. O mundo do trabalho encontra-se em mudança constante e é neste contexto que surge a necessidade de uma maior aposta nas soft skills que permitem uma adaptação mais rápida e eficaz. Por outro lado, a parte técnica é mais simples de treinar do que a parte comportamental.

Assim, seguem algumas competências que são valorizadas pelas empresas: 1. Proatividade: ofereça-se para fazer a tarefa antes de lhe ser pedido (se tiver domínio técnico, claro); 2. Polivalência: foi contratado para determinada função mas surgiram outras tarefas que têm de ser feitas? Faça-as mesmo que não lhe estejam diretamente destinadas (novamente, desde que tenha o conhecimento necessário); 3. Trabalho em equipa: É certo e sabido que o barco é mais veloz se todos os tripulantes estiverem alinhados e remarem para o mesmo lado. O mesmo acontece nas equipas de trabalho e, por isso, saber trabalhar em equipa é algo muito procurado e valorizado. Aliás, está até presente nos requisitos dos anúncios de emprego na parte do perfil necessário para a função.

4. Capacidade de resolver problemas: situações difíceis são o dia-a-dia dos profissionais, existe sempre algo que falha, um percalço que surge. Conseguir criar soluções inovadoras e fora da caixa, adaptando-se ao contexto é um must have nos dias de hoje.

5. Capacidade para se superar e crescer: todos os colaboradores são produto quando chegam às empresas, que serão trabalhados, adquirirão competências e, inevitavelmente, cometerão erros. O que distingue os excelentes colaboradores é a aceitação do erro, reconhecer que necessita de melhorar e estar disposto a se reinventar.

Por Sílvia Flor, Consultora na FRH.