CRIATIVA MAGAZINE - EDIÇÃO FEVEREIRO DE

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Ud C interior es c H E ont RS o Ano III Nยบ 28 fevereiro 2017

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GRANDE REPORTAGEM

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ENTREVISTA

FALAR SOBRE AMOR com a psicóloga Vânia Pardal

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REPORTAGEM

MERCADO AGRÍCOLA Espaço de vendas dá dignidade aos produtores

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ENTREVISTA

Com: Tó Romano Eva Dream Florir Portugal

EVENTOS

36 GALA DE BENEFICÊNCIA 40 CAFÉ-CONCERTO DE VÂNIA DILAC

NO COLISEU MICAELENSE

DO LIVRO 42 LANÇAMENTO “GENTE COMO EU”

RUBRICAS

28 DE SAÚDE 30 CONSULTÓRIO COM: JOÃO BICUDO MELO ÓTICA 32 SAÚDE COM: INSTITUTOPTICO JURÍDICO 34 CONSULTÓRIO COM: CARLOS MELO BENTO OLHAR CRIATIVO COM: FERNANDO ABREU

Propriedade:

criativaçores, Lda Rua do Espírito Santo, 77 - r/c Esq. Torres do Loreto 9500-465 Ponta Delgada NIF: 513 281 070 Email: criativa.azores@gmail.com

962 370 110 • 968 691 361 Nº Registo: 126655

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REPORTAGEM SENHORA DO PÃO está a concretizar sonhos de crianças

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REPORTAGEM

Uma Mão Cheia de Macaquins De Raquel Viveiros

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DESPORTO MOTORIZADO Entrevista com: HUGO MESQUITA

Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Direção Comercial: João Carlos Encarnação Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Sede da Redação: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores - Parque Industrial da Ribeira Grande Lote 33 - 9600-499 Ribeira Grande

Design Gráfico e paginação: Orlando Medeiros Fotografia: Carlos Costa Depósito Legal: 390939/15 Colaboradores: Carlos Melo Bento, Luís Moniz, João Bicudo Melo, Paulino Pavão/AFAA e Renato Carvalho. O uso e reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo existente nesta revista é expressamente proibido. Os anúncios existentes nesta revista são da inteira responsabilidade dos anunciantes.


GRANDE REPORTAGEM

A LUTA CONTRA

O MUNDO DAS DROGAS Mais de 295 plantações de cannabis foram descobertas e desmanteladas durante o ano de 2015. No mesmo ano foram detidos mais de 5.500 indivíduos envolvidos no tráfico de estupefacientes. Aumentou ainda a percentagem de drogas apreendidas. Natacha Alexandra Pastor POR MAR, TERRA, AR E ATÉ VIA POSTAL ssumem diferentes caminhos no modus operandi dos traficantes. As drogas ilícitas que entram em Portugal tanto seguem caminhos aéreos, marítimos, terrestes, como chegam por via de expedição postal. Às forças de segurança cabe um papel cada vez mais importante em bloquear e apreender a entrada destas drogas em território português. Uma tarefa constante e que não dá tréguas. A par das detenções de pessoas, há uma cada vez maior apreensão de grandes quantidades de dinheiro, entre outros bens associados ao crime de tráfico e consumo. Só em 2015 o resultado das apreensões em dinheiro foi na ordem dos 2 milhões e oitocentos mil euros. Somam-se viaturas, telemóveis, armas e muito material associado ao crime. Embora não existindo indícios de outro tipo de plantações de substâncias ilícitas em Portugal, no território português no mesmo espaço de tempo foram apreendidas 6.086 plantas de canábis, provenientes de 295 plantações descobertas e consequentemente desmanteladas. Assente em estruturas organizadas, com capacidade de fazer chegar o produto a diferentes pontos do país, a maioria dessas estruturas controla o produto até o consumidor final. Organizam-se socorrendo-se de pessoas de confiança, muitas vezes com relações familiares, e em alguns casos fazendo de públicos mais vulneráveis (toxicodependentes) um alvo fácil para alguns trabalhos mais arriscados. Muitos dos detidos têm nacionalidade estrangeira, o que permite confirmar o caminho transnacional do tráfico de droga. Só no ano em referência foram detidas mais de 5.500 pessoas, a grande maioria são indivíduos do sexo masculino. As detenções subiram mais de 22 pontos per-

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Direitos Reservados centuais por comparação com o ano de 2014, do mesmo modo registou-se um aumento significativo no que diz respeito à quantidade de drogas apreendidas, tendo merecido maior expressão a apreensão de heroína que, por comparação com 2014, teve um aumento superior a 200%. Sendo o consumo e tráfico de drogas ilícitas também uma dura realidade nos Açores, o Bloco de Esquerda (BE) decidiu avançar nos últimos dias com uma recomendação ao Governo dos Açores para que seja elaborado um estudo sobre a problemática da toxicodependência, a fim de ter uma caracterização da situação atual, com particular enfoque nos consumidores. Preocupada pelo modo errático com que o Governo tem enfrentado a questão da toxicodependência, Zuraida Sores, do BE, não nega a existência de iniciativas, mas insiste que algo está a falhar e não é pouco. À Criativa expõe a sua visão. “Não negamos que o Governo Regional tem desenvolvido várias iniciativas, no sentido de dar resposta a esta gravíssima problemática. Mas o certo é que o tem feito de uma forma errática, feita de avanços e recuos, sem estratégia clara e, sobretudo, sem a necessária articulação, entre as diversas instituições e entidades que, directa ou indirectamente, trabalham nesta área. Por outro lado, sabendo nós que existem respostas (embora escassas e desarticuladas), que existem técnicos/as empenhados/as e qualificados/as a trabalhar no terreno e que existe, na sociedade em geral, a percepção de que o fenómeno da toxicodependência (de drogas lícitas e ilícitas), na nossa Região, é demasiado grave para ser subestimado – percepção que todos os estudos, de âmbito


Pese embora o controlo cada vez mais apertado, a introdução de drogas no país acontece muitas vezes através de voos regulares, recorrendo-se aos correios de droga, que, da América Latina, trazem grandes quantidades de cocaína.

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nacional, comprovam! -, então, temos de reconhecer que alguma coisa está a falhar (e muito!), nas respostas que estamos a implementar. O principal objectivo final do estudo que propomos é, exactamente, identificar a natureza destas falhas e desenvolver respostas que possam ultrapassá-las.” ESTAMOS AQUÉM DO QUE SE PRETENDE “Ninguém poderá negar que estamos, infelizmente, muito aquém daquilo que se pretende.” Considerando a toxicodependência como um flagelo social altamente penalizador, seja em termos individuais, familiares, sociais e até económicos, a deputada diz que “é preciso coragem e determinação” para, “por um lado, reconhecer a gravidade do problema e, por outro, tentar todas as formas de resposta, até encontrarmos o caminho certo.” Questionada ainda sobre o uso de metadona junto dos públicos que são forçados a aderir ao tratamento, Zuraida Soares entende que a sua prescrição (entre outras drogas de substituição) “é um fim de linha que procura, sobretudo, minimizar danos pessoais e colectivos, entre consumidores/as que, tendo tentado várias abordagens à sua dependência, acabaram por desistir de se libertar dela. Nestes casos extremos, acreditamos que este tipo de tratamento resulta. Contudo, parece-nos que a sua prescrição tem ultrapassado, largamente, este fim de linha, apresentando-se, logo à partida, como um ‘mal menor’, à falta de outro tipo de respostas.” O BE tem uma posição definida sobre a legalização de determinadas drogas, recorda Zuraida Soares lembran-

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do a esse propósito que “o contacto com o mundo da clandestinidade, do tráfico e da criminalidade, a que um/a consumidor/a de uma droga leve está obrigado/a para a adquirir, à mistura com a chantagem que muitos traficantes fazem – “Hoje não temos erva, mas temos outra coisa muito melhor!” -, entre outros exemplos, é extremamente perigoso e, sobretudo, perpetuador do crime do tráfego, o qual (como bem sabemos!) é altamente compensador, em termos económicos, para quem vende. Quem compra, neste tipo de ‘super-mercado’ exuberante e diversificado, fica à mercê!”. De acordo com o Sistema de Vigilância de Comportamentos de Risco, e tendo por base o inquérito realizado em contexto escolar no decorrer do ano letivo de 2014/15, junto de jovens açorianos a frequentar entre o 6º e o 8º anos, à questão “já cheiraste cola, aspiraste sprays ou inalaste tintas de propósito” 14,4% dos inquiridos respondeu de forma afirmativa. 5,7% confirmou ter consumido já marijuana e 1,9% confirmou ter experimentado marijuana pela primeira vez aos 12 anos de idade (em alguns casos até confirmou-se terem menos que 12 anos). Se olharmos para as mesmas questões mas num público estudantil que frequentava o 9º, 10º, 11º e 12º anos as percentagens disparam. 18,9% confirmou ter consumido marijuana alguma vez e 10,6% disse ter experimentado marijuana pela primeira vez entre os 13 aos 16 anos. No mesmo universo estudantil, apurou-se que 2,6% também confirmou ter consumido marijuana nos últimos 30 dias anteriores ao questionário. 2,6% dos inquiridos ainda confirmou ter tido consumos superiores (+ de 10 vezes na sua vida) de marijuana e 3,0% afirmou já ter consumido outro tipo de drogas.


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ENTREVISTA

VAMOS FALAR DE AMOR!

“.. o amor é uma troca, é aceitar o outro, é estar comprometido numa relação vivida a dois que exige, muitas vezes, sacrifícios.” Já foi atingido pela seta do Cupido do Amor? Experienciou emoções, sensações e sentimentos nunca antes vividos? Concorda que ter ciúmes é um forte sinal de Amor? Será possível amar para todo o sempre? Em mês de São Valentim, a Criativa Magazine procurou obter respostas para estas e outras dúvidas, junto da psicóloga clínica Vânia Pardal. Natacha Alexandra Pastor

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riativa - Embora seja muito complexo e difícil definir o Amor (porque ele manifesta-se em situações distintas), no caso de uma relação a dois, para si, Amor deve ser lido e visto como? Vânia Pardal (psicóloga) - O Amor é um dos temas mais lidos, vistos e falados. Não é por acaso que é um dos temas mais escolhidos para as histórias, para livros, filmes, conversas, isto se não for o tema mais escolhido. Mas quando toca a definir o amor, e aqui querendo-me centrar no amor entre duas pessoas, penso que as coisas se complicam. Será o amor um sentimento? Ou será ele uma mistura de sentimentos que nos faz feliz quando estamos com a pessoa amada e extremamente angustiados, saudosos ou ciumentos quando estamos separados ou quando o sentimento não é correspondido? A pergunta que faz é extremamente pertinente e bem colocada, especialmente quando refere que o Amor se pode manifestar em situações distintas. Sem dúvida que a maioria de nós não pode negar que ama os pais, e, muito se fala no grande e incondicional amor entre os pais e os filhos. Mas quando se trata de uma relação de amor entre um casal, sejam namorados ou coabitantes, a grande distinção entre esta e as restantes formas de amor está na presença de uma componente sexual, desejo e paixão. De facto, entrando no campo da Psicologia, considera-se que o Amor entre duas pessoas possui três componentes: intimidade (que está relacionada com algo emocional, com a confiança, com aquele sentimento expresso por frases como ‘o meu marido é também o meu melhor amigo’, a necessidade de estarmos perto, do casal de proteger um ao outro), o compromisso (que corresponde ao desejo de que o relacionamento perdure, que nos foi, desde cedo, incutido pelo ‘e viveram felizes para sempre’ e que não é mais do que uma intenção de comprometimento que deve ser partilhada por ambos os membros do casal) e, finalmente mas não menos importante, a paixão (que corresponde ao que falávamos anteriormente, no relacionamento entre duas pessoas existe atração sexual e desejo de uma maior intimidade com o parceiro ou parceira). Existem estudos recentes que mostram que o toque ou o olhar do parceiro romântico leva a uma descarga elevada de endorfinas. Um aumento dessas substâncias num dos parceiros leva a que o corpo tenha determinadas reações que o tornam mais recetivo a um contacto e mais atraente. Por isso, não é descabido dizer que ‘o meu coração bate ao compasso do teu’ já que as reações corporais de um parceiro, como os batimentos cardíacos, respiração, excitação e prazer provocam no outro os mesmos sentimentos. Então, para mim, é isto. O amor é um conjunto de sentimentos, de expressões emocionais, cognitivas e comportamentais fortes, que se expressam de diferentes formas, mas que possuem algo em comum: o amor é uma troca, é aceitar o outro, é estar comprometido numa relação vivida a dois que exige, muitas vezes, sacrifícios. Amar não significa perder o ‘eu’ ou o ‘tu’, estas entidades continuam a existir, mas o Amor é aquilo que transforma o ‘eu’ e o ‘tu’ no ‘nós’. Quando não existe essa combinação de sentimentos, devemos começar a analisar de outro modo? Até aqui falávamos do amor no seu aspeto positivo, na capacidade de nos tornarmos melhores seres humanos. O amor é algo natural e inevitável já que, teoricamente, é impossível não amarmos. As pessoas costumam usar uma frase interessante que alude a isto mesmo que é ‘se amas sofres, se não amas porque vives?’. E isso mostra a nossa apetência instintiva e natural para amar. Nós somos programados para o fazer. Quando um bebé é cuidado, alimentado e interage com o seu cuidador ele ama-o

(a este fenómeno chamamos de vinculação), quando a criança observa o relacionamento entre os pais (e aqui não nos podemos iludir, as crianças são muito mais perspicazes do que pensamos) aprende as formas de demonstração de afeto. E todos nós, em teoria, conseguimos sentir tanto o prazer como as dores de amar. E é sobre as dores de amar que gostava de me debruçar. O céu, o sentimento de pertença, de cumplicidade, de apoio, de intimidade que falávamos anteriormente pode ser substituído por sofrimento. Uma briga, um desentendimento, palavras duras proferidas por quem amamos (e normalmente são essas que doem mais) ou, mesmo até, uma situação de separação pode levar à pessoa a sentir que o tapete lhe foi tirado debaixo dos pés, o mundo desmorona e ele ou ela sente que nunca mais será capaz de amar novamente. E este sentimento é, particularmente, verdadeiro para o adolescente. Nós tendemos a menosprezar o amor adolescente, chamamos de ‘paixonetas de miúdos’, quando, na realidade, é nesta fase que começam as primeiras experiências amorosas e, em muitos casos, as primeiras experiências sexuais. Gostaria de falar noutra situação que vai ao encontro da nossa definição de amor anterior. Numa relação saudável, o casal cria uma nova entidade, o ‘nós’, ora é importante realçar que o todo é mais do que a soma das partes e temos que encarar o namoro não somente como a união de duas pessoas que acreditam na possibilidade de êxito, felicidade, constituição de uma família, possivelmente terem filhos e por aí adiante. O namoro é algo mais complexo e seria impossível descrever esta dinâmica de forma total nesta conversa, mas posso resumir dizendo que o namoro se consubstancia no movimento de duas pessoas que se juntam e que levam consigo toda a sua história, fundindo-se, tal como se de um puzzle se tratasse, da união de duas peças que possuem valores, ideais sobre um relacionamento, costumes, tradições, sentimentos que, com o tempo serão redefinidos para a construção do ‘nós’. Perdemos parte do ‘eu’ para constituir esta nova entidade. Mas, tal como falávamos anteriormente, este movimento é recíproco, ambos os elementos do casal devem realizar esta adaptação sob pena das coisas correrem muito mal. O amor patológico, ou doentio como se costuma designar no senso comum, pode ser tão perigoso como um vício. Ocorre quando um dos elementos do casal (ou ambos) desistem totalmente do ‘eu’ em função do ‘nós’ e ocorrem ideias de que sem o outro elemento o ‘eu’ não pode existir, provocando situações de obsessões e compulsões e incapacidade de romper o relacionamento. Aqui, o amor deixa de ser saudável e a pessoa sente uma extrema dependência do outro. Há uma dedicação extrema ao companheiro ou companheira, com a sensação que todos os seus cuidados nunca serão suficientes para suprimir as necessidades do outro, levando ao desejo de agradá-lo/a desistindo de si próprio e manter um relacionamento mesmo que este seja insatisfatório ou, mesmo até, abusivo. O companheiro ou companheira torna-se tão importante como o ar que respira e, nestes casos, o amor deixa de ser um sentimento para se tornar uma perturbação ou uma obsessão. Depois temos o oposto, quando, na construção do ‘nós’ há um elemento do casal que se torna incapaz de prescindir de parte do seu ‘eu’ e, como a peça do puzzle não encaixa, a única forma será de forçar o outro atacar o ‘tu’. Aqui, o elemento abusador, conhecendo o íntimo do companheiro ou companheira, sabe exatamente como o/a manobrar e manipular no sentido de obter dele ou dela mudanças que o/a levem a ser o que ele ou ela quer que a relação seja. Esta situação, que muitas vezes desagua em violência conjugal ou mesmo violência doméstica, pressupõe uma crença de desequilíbrio de poder, no sentido

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em que o agressor acredita ter superioridade relativamente à vítima. Normalmente falamos de pessoas, igualmente, com baixa autoestima, com histórias familiares violentas que acabam por se repetir. Da mesma forma que a vítima dependente que falávamos anteriormente, o agressor também sente que não é ninguém sem o companheiro ou companheira, mas, sendo incapaz de se libertar do seu ‘eu’ desenvolve sentimentos de posse: és minha/ meu e farei de ti aquilo que eu preciso para preencher o meu vazio, nem que para isso tenha que te manipular (fazendo-te acreditar que não és nada sem mim) ou maltratar e agredir (para te ensinar, para te corrigir, para te mostrar como é o certo). Embora, estatisticamente, o maior número de casos de violência conjugal ocorra após o casamento ou coabitação, quando falamos com vítimas de violência conjugal, raros são os casos em que não tenham surgido sinais já no namoro. Então encontramos aqui momentos em que, apesar de parecer amor, de facto não se trata de amor, mas sim de uma perturbação que se confunde com ele. Sim. Há infinitas formas de amar, há infinitas formas de demostrar amor, mas os dois últimos exemplos que falámos não se tratam, de todo, de amor. Embora, para os elementos seja meio confuso. Por exemplo, ‘se ele tem ciúmes de mim é porque me ama’, mas os ciúmes têm limites. As diferentes formas de amar, sejam quais forem as formas de demonstrar esse sentimento, incluem sempre reciprocidade. E é verdade que podemos encontrar diferentes modos e formas de amar? A forma como eu amo, não será idêntica à forma como o meu vizinho ama o seu companheiro de vida? Não tenho quaisquer dúvidas relativamente a isso. Para o amor não existe uma fórmula nem um conceito único. O amor e as suas demonstrações variam de pessoa para pessoa, de cultura para cultura. Há formas de demonstração de amor em culturas distintas da nossa que, um ocidental, acharia, no mínimo bizarras. O poeta Fernando Pessoa escreveu umas palavras interessantes que se podem aplicar tanto ao amor como a qualquer outro sentimento ‘o poeta é tal fingidor, que finge tão completamente, que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente’. Eu interpreto estas linhas de pensamento da seguinte forma: quem escreve um poema sente algo (neste caso falamos da dor) mas esse algo é subjetivo, é vivido no interior de quem está a escrever, quando passa para o papel, tenta tornar o sentimento objetivo, através das palavras. Quando eu leio as suas palavras não sinto a dor dele, sinto a minha, revejome nas palavras dele mas não sinto a dor dele porque cada pessoa sente de forma individual. E ‘deitar cá para fora’ o que se sente é aquilo que o poeta chama de fingimento, isto porque por mais que tentemos, é impossível explicar a complexidade dos sentimentos que temos. Vou tornar esta conversa mais prática porque se está a tornar demasiado filosófica. Em tempos tive um casal em terapia

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em que a mulher me dizia ‘eu sinto raiva dele… está sempre a viajar em trabalho… às vezes sinto vontade de o esbofetear’. Ela fala em raiva, quando, na realidade o que ela sente são saudades, é vontade de reviver os momentos de proximidade conjugal. Penso que com este exemplo, se torna claro que aquilo que as pessoas designam de amor alude a um conjunto de sentimentos, como companheirismo, amizade, costume, paixão, erotismo e que, para elas, são amor. E será que não são? Claro que sim. Cada um de nós cria a sua própria conceção de amor, não havendo um ‘amor certo’ ou um ‘amor errado’. Tal como falávamos anteriormente, todos nós estamos programados para amar. Isso significa que o vamos fazer, quer queiramos ou não. A forma mais direta de construir o nosso conceito de amor é através da observação da demonstração de amor dos nossos pais, mas também através de histórias, de livros, de filmes, dos nossos casais amigos. A nossa conceção de amor une todas essas peças com peças relacionadas com a nossa própria personalidade, com o que pensamos, com o que sentimos (ou com aquilo que julgamos sentir, conforme vimos) e formamos, a par do amor, a nossa própria visão sobre qualquer outro sentimento ou emoção. Os problemas que podem surgir estão relacionados com as colisões entre a minha conceção de amor e a conceção de amor do meu companheiro ou companheira. Isto porque, tal como acontece com o poeta, quando eu digo ‘eu amo-te’ o meu companheiro ou companheira não irá interpretar como aquilo que eu entendo com amor, mas sim como aquilo que ele entende como amor. Amor para sempre, ainda é possível? Há uma altura da vida - numa relação - em que o Amor encontra outras cumplicidades e outros afetos e sentimentos que tornam a relação em algo diferente? O início de uma relação amorosa é marcado por uma intensidade de sentimentos, normalmente associados à componente da paixão ou erotismo. Em 2007, o neurocientista Zeki e seus colaboradores mostraram que as áreas do cérebro em funcionamento quando as pessoas observam uma foto da pessoa amada são as que contém dopamina (hormona ligada ao prazer), ocitocina (hormona ligada à maternidade e amamentação) e vasopressina (hormona ligada ao aumento da pressão sanguínea). E este aumento faz sentido, pois todas estas hormonas e neurotransmissores estão relacionados, de alguma forma com a paixão, erotismo, prazer e relação sexual. Todas elas promovem uma vantagem evolutiva essencial, favorecendo a evolução e continuidade da espécie, representando a forma que a ‘mãe-natureza’ encontrou de aproximar os machos das fêmeas. O outro lado do estudo de Zeki (2007) é que não só o cérebro ativa certas zonas, como desativa


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outras, e essas estão localizadas no lobo frontal do cérebro, que está associado ao raciocínio lógico, dedutivo e matemático. Daqui observamos a célebre expressão de que ‘o amor é cego’, aproximando, muitas vezes os casais mais improváveis e negando aos parceiros a possibilidade de ver o lado negativo do companheiro ou companheira. Felizmente, que esta fase não dura para sempre. Passada esta fase de excitação, o casal começa, lentamente, a perder o ‘encantamento’ iniciando uma fase mais calma do amor em que cada parceiro retoma à sua individualidade e vive o relacionamento de forma diferente. Por vezes, há casais que sofrem com esta mudança, não é fácil passar de um conto de fadas para a realidade, mas esta mudança corresponde àquilo que muitos psicólogos refere como ‘passar do tempo das flores para o tempo dos frutos’. Daqui, os outros componentes do amor

da orientação. Até porque não é uma escolha que se faz. Tal como nenhuma pessoa heterossexual escolhe a sua orientação, nenhuma pessoa homossexual tem capacidade de o fazer. A única diferença entre um grupo e o outro é que enquanto o primeiro corresponde à maioria, o segundo representa uma minoria. Não são as pessoas homossexuais que têm que mudar, mas sim a nossa atitude perante elas e isso, infelizmente, apesar dos progressos, vai levar algum tempo pois as crenças e os valores de que estes comportamentos são negativos ou, mesmo até, pecaminosos, estão enraizados há séculos. Felizmente que a sexualidade humana bem como as ideias de identidade sexual (a forma como eu me defino em termos de género e orientação, por exemplo) estão, lentamente a evoluir, daí que, prevemos, uma melhoria na forma como as pessoas homossexuais são vistas e se veem a eles próprios.

que falávamos anteriormente, intimidade e o compromisso, começam a ganhar maior preponderância. O que não quer dizer que a paixão desapareça, muito pelo contrário, o que acontece é que a importância relativa de cada um acaba por se equilibrar. O amor solidifica-se ao mesmo tempo que cada membro do casal recupera alguma da sua individualidade. Se a paixão é a primeira a surgir, é também a primeira a diminuir de importância para que surjam as restantes componentes. A intimidade demora mais tempo a surgir e o compromisso mais ainda. A loucura e cegueira da paixão dá lugar a um relacionamento maduro, íntimo, onde os parceiros são mais sensíveis e tolerantes um com o outro. E é aqui que percebemos finalmente que ‘ele/ ela é o tal’. É cada vez mais usual a paixão entre pessoas do mesmo sexo. Sendo um assunto que acarreta muita dificuldade na abordagem e mais ainda nos afetos públicos, quem vive assim tem dificuldades externas que podem intrometer-se na relação? Quão prejudicial é para qualquer relação a dois, as críticas que nos chegam? O amor homossexual não é recente, muito pelo contrário, em civilizações antigas não só existia, como era uma prática aceite. Mas debruçando-me na nossa sociedade ocidental atual, enquanto pessoa, e não como psicóloga, amor é amor, independentemente

Não é fácil suportar a severidade e discriminação numa sociedade predominantemente heterossexual que vê o homossexual como um desvio ou como como aquele que é diferente, pelo que, tanto a opção de assumir a sua identidade sexual como a esconder levarão, em alguns casos, a perturbações do foro psicológico, para além do inegável sofrimento associado. Possuir ideias discriminatórias e estereotipadas sobre a homossexualidade designa-se por homofobia e há estudos que demonstram que, mesmo que não sejam conscientes, existem pensamentos homofóbicos presentes em muitas pessoas heterossexuais. Mas a homofobia mais preocupante, na minha perspetiva, é aquela que é consciente, é aquela que leva a comportamentos de discriminação e de repulsa (ou medo) de forma generalizada relativamente às pessoas homossexuais. Afinal, se é tão negativo ser-se homossexual é normal sentir hostilidade contra si próprio e contra a sua identidade o que, inegavelmente, pode levar a problemas de saúde mental. A Psicologia é uma disciplina que está atenta a este fenómeno e encontra-se a desenvolver técnicas não só para que a pessoa homossexual possa aceitar-se a si própria como desenvolver competências para tornarmos uma sociedade mais justa, igualitária e aceitadora da diferença.

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REPORTAGEM

MERCADO AGRÍCOLA DA ASSOCIAÇÃO AGRÍCOLA DÁ DIGNIDADE AOS PRODUTORES A feira agrícola que decorre semanalmente às quintas-feiras em Santana, em Rabo de Peixe, ganhou um novo espaço para a exposição, venda, troca e divulgação dos vários bens de dezenas de produtores. Natacha Alexandra Pastor

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caba de ser inaugurado um mercado agrícola, inserido no recinto da feira de Santana, em Rabo de Peixe, que continuará a funcionar, como já é tradição, às quintas-feiras. Seguir-se-á no final de 2017 a construção de um centro interpretativo da Agricultura, uma obra que vai mostrar a todos como se produz na região, uma manifestação que merece ser reconhecida, já que a produção açoriana se demarca, precisamente, pela diferença e qualidade. Na inauguração do novo mercado, o presidente da Associação Agrícola de São Miguel destacou a importância, uma vez mais, de se entender que este é o setor de base para a economia açoriana, mas que pode perfeitamente apoiar outras vertentes da atividade

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económica açoriana, como seja o turismo. Sobre a obra agora finalizada, o dirigente Jorge Rita demonstrou orgulho por finalmente estar a atribuir aos produtores e comerciantes um espaço com dignidade para o seu trabalho. “Acabamos de construir uma pequena obra, mas que tem um significado muito importante. Mais do que o valor da sua construção é o simbolismo desta obra e o que ela dá ao agricultor: máxima dignidade para que eles possam trabalhar. Esta era uma lacuna. Esta feira que foi feita durante muitos anos na Ribeira Grande, e que depois transitou aqui para Santana, nunca teve as devidas condições. Eu, mais do que ninguém, sentia-me incomodado por todos

aqueles que às quintas-feiras não tinham as condições devidas. Costumamos a dizer que as quintas-feiras são os domingos dos produtores.” A obra que custou cerca de 350 mil euros foi comparticipada pelo Governo dos Açores, que em dia de inauguração definiu o novo mercado agrícola como um espaço moderno, acolhedor e virado para o futuro. O secretário João Ponte disse partilhar da mesma posição do dirigente Jorge Rita, quando refere que “a agricultura tem muito a ganhar com o turismo e este com a agricultura. Este espaço, conjuntamente com os projetos que a Associação Agrícola de São Miguel anunciou, insere-se nessa lógica de ser um ponto de atração turística e de promoção dos nossos produtos”, destacou o secretário da Agricultura.


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O SEU DESTINO

O MEDITERRÂNEO AUTÊNTICO

A Croácia estende-se, formando um arco, ao longo das margens do Danúbio. Zagreb, a sua capital, está localizada no interior. Os principais atractivos da Croácia são o clima, as praias, as paisagens magníficas, os monumentos e cidades classificadas Património da Humanidade pela UNESCO e pela história de um povo que soube preservar a sua identidade ao longo dos tempos.

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CROÁCIA

INFORMAÇÕES DE INTERESSE: CROÁCIA · Capital: Zagreb · Língua: Croata · Habitantes: 4,403 milhões de habitantes (estimativa 2011). · Superfície: 56.594 km² · Diferença horária: A croácia situa-se na zona GMT+1. A mudança de fuso para GMT +2 ocorre no último sábado de Março e dura até ao último domingo de Outubro. · Clima: A Croácia beneficia de um clima mediterrâneo no litoral, Inverno suave e Verão quente e seco e de um clima continental no interior com Invernos frios e verões bastante quentes. A temperatura do mar na Croácia oscila entre 21° C e 25° C, desde Junho até finais de Setembro. · Passaporte: Não é exigido visto para períodos de curta duração (3 meses), apenas sendo necessária a apresentação de passaporte ou bilhete de identidade válidos. · Moeda: Kuna croata (HRK)

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ENTREVISTA

EVA DREAM FLORIR PORTUGAL

CAPTA ATENÇÃO DA AUTARQUIA DA LAGOA “Se é possível trabalhar a imagem de uma pessoa, então também será possível a uma população inteira mudar a imagem do seu país!”. Eva Dream Florir Portugal chega aos Açores, com a câmara da Lagoa a ser a primeira autarquia a colaborar na missão de tornar mais florido o seu concelho. Natacha Alexandra Pastor

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riativa - Eva Dream Florir Portugal - que projeto é este? Vamos enquadrar desde quando ele existe, como e as razões que levaram à sua criação e quem esteve na base desta ideia? Tó Romano - O Sonho de Eva, como não podia deixar de ser, teve origem num sonho que tive há 7 anos onde vislumbrei o nosso país todo florido. Daí até colocar a pergunta a mim próprio sobre o que aconteceria se Portugal tivesse a imagem do país mais florido do mundo foi um ápice. O melhor estava para vir, todas as respostas me apontavam para situações intermináveis de vantagens para o país (de valor económico e de valores humanos), de novas oportunidades para muitos e passível de criar o Bem Estar e o Estar Bem entre Todos. O Eva Dream é uma iniciativa que leva em si o Sonho de Florir Portugal, o de criar uma onda evolutiva de Beleza, Afetos, Alegria e de União entre todos, passível de fazer elevar a auto-estima coletiva nacional, de direcionar o país para o Turismo, de criar a apetência de iniciativa para a produção nacional e criatividade em tudo quanto é Português e de Portugal. Basicamente são estes os pontos que irei expor na Lagoa. Como é que o António Romano imagina e gostava que Portugal se apresentasse perante este projeto? À frente da Central Models (agência responsável da Sara Sampaio) o meu trabalho diário é o tratamento de imagem de modelos e actores. Se é possível trabalhar a imagem de uma pessoa, então também será possível a uma população inteira mudar a imagem do seu país! Acontece que Portugal e os Portugueses têm todas as características necessárias a afeiçoarmos a imagem de Portugal com as flores: somos o país com mais horas de sol da Europa e temos um clima temperado que nos permite plantar quase todas as espécies de flores e árvores floridas do mundo. Por sua vez, a característica geral de todos os Portugueses, é o Turismo, o gostarmos de recebermos o mundo de braços abertos. E todos

gostamos de flores! Para que ele vá decorrendo e funcionando em pleno, há compromissos e envolvimentos externos? Como é que tudo vai funcionando? E quão difícil é estar a envolver todo um país nesta ação? O Eva Dream é um sonho de uma pessoa só e que pode pela partilha, passar a ser o Sonho de muitas pessoas. Não tem nenhuma estrutura organizada, compromissos nem envolvimentos externos. É uma ideia totalmente apartidária e que não envolve qualquer partido político, em que todos são bem-vindos a participar, já que é por uma causa bem mais nobre: Portugal! Tenho consciência de estar perante uma utopia e também que a concretização de uma utopia em pleno séc. XXI só acontecerá através de uma propagação de emoções positivas pela mão da sociedade civil. Ora foi isso mesmo que aconteceu numa Vela por Timor e pelas bandeiras nacionais à janela no Euro 2004. É este o caminho que me leva, a “sementeira” por cada vez mais vilas e cidades, continuamente com o acreditar ser possível dar-se início a uma onda nacional. E no dia em que ela se iniciar, jamais irá parar!... Se bem entendi, o projeto chega agora, pela primeira vez, aos Açores, com a Câmara Municipal da Lagoa a aderir. Pode ser o princípio de uma força maior nas ilhas açorianas?

Essa é a minha expectativa. Como referi atrás, o sentido propagador é fundamental ao desejo do desencadear uma onda... Conheço a maioria das ilhas, os Açores já são naturalmente Eva Dream. Vou à Lagoa partilhar o Sonho, de um país unido em torno da Beleza, da Bondade e dos Afectos. É uma ideia que foi criada para as pessoas e passa pelas pessoas. Está nas suas mãos a possibilidade de se realizarem as “Ilhas de Flores, Ilhas dos Amores”! Cada município que adere ao projeto deve fazer em concreto e no mínimo o quê? É através dos Municípios que se pode chegar mais rápido às pessoas, à população. É fundamental dar o exemplo: florir os espaços públicos, plantar árvores e arbustos floridos em locais de passagem, florir um espaço simbólico da sua vila ou cidade, pode ser uma praça, edifícios simbólicos, uma rua, etc. Dando o exemplo, adquire-se a legitimidade para então convidar as pessoas a colaborarem e a colocarem flores também nas suas janelas e varandas, moradias ou terrenos. O António Romano tem mais algum ‘Dream’ para Portugal? O meu grande sonho profissional já o realizei, formar uma modelo portuguesa Top Model Internacional. Agora, e igualmente no campo da Beleza, concretizar a frase legada pelos nossos antepassados – Portugal, um Jardim de Verdade à Beira Mar Plantado!

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REPORTAGEM

SENHORA DO PÃO SOLIDÁRIA ESTÁ A CONCRETIZAR SONHOS DE CRIANÇAS Numa atitude de responsabilidade social, a empresa Senhora do Pão desenvolveu há cerca de 15 meses atrás a missão Senhora do Pão Solidária. Pretende-se realizar sonhos de crianças carenciadas e para isso contam com o envolvimento de vários voluntários. Desde que arrancaram com o projeto que ele não pára de crescer e está a chegar a um maior número de crianças. Natacha Alexandra Pastor

H

á cerca de um ano e três meses atrás, aquilo que começou por ser uma ação solidária em favor de algumas crianças carenciadas estava longe de ser uma missão que viria a crescer e a responder a novos desafios. A empresa Senhora do Pão está a apoiar várias causas nobres que envolvem crianças carenciadas, seja em contexto escolar, extra curricular, no desporto e nos núcleos familiares. Embora o seu campo de atuação tenha maior expressão nas áreas geográficas onde estão inseridas

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as pastelarias (Ponta Delgada, Rabo de Peixe, Capelas, Lagoa e Água de Pau), sempre que possível os voluntários chegam mais longe e intervêm noutras situações em que estejam devidamente identificadas sempre com o propósito de ajudar as crianças. Bruno Nogueira é um dos principais rostos envolvidos nesta missão. Tem dado corpo a várias iniciativas da empresa, entre estas está a celebração de aniversários de muitas crianças que por dificuldades das famílias não têm como soprar as velas no seu dia de ani-

versário. Para contrariar uma realidade que é muito mais frequente do que o que se possa pensar, a Senhora do Pão oferece a estas crianças o seu bolo de aniversário. Só no último ano fê-lo para mais de 100 crianças, refere Bruno Nogueira. “Fizemos em 2016 mais de 100 aniversários. Colaboramos muito com as escolas para tornar possível que estas crianças - que não têm por hábito soprar as velas no seu dia de aniversário – o possam fazer. Conseguimos não só oferecer o bolo com o motivo alusivo


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95.000 € 90.000 €

ID: 123541075-33 - Moradia T3

190.000 €

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ID: 123541027-11 - Moradia T2

ID: 123541027-103 - Moradia T4+1

LOMBA DA MAIA - R. GRANDE

SÃO ROQUE - P. DELGADA

Moradia com quintal no centro histórico de Ponta Delgada.

Com 3 pisos, cozinha exterior e churrasqueira. Possui uma bela vista sobre a costa norte.

Renovada. composta por dois quartos, sala, cozinha, uma casa de banho e logradouro.

199.000 € 187.000 €

119.000 € 113.000 €

250.000 € 200.000 €

CAPELAS - P. DELGADA

Localizada no centro da freguesia de São Roque com quintal, anexos e garagem.

235.000 € 210.000 €

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SÃO SEBASTIÃO - P. DELGADA

148.000 € 130.000 €

ID: 123541027-101 - Moradia T3

Inserida em Terreno urbanizado de 2.420 m2 cultivado e arborizado, boas áreas e encontra-se em bom estado de conservação

RABO DE PEIXE - R. GRANDE

95.000 € 89.000 €

ID: 123541075-11 - Terreno Rústico Terreno rústico com viabilidade de construção com 2 duas grandes frentes.

SÃO PEDRO - NORDESTE

ID: 123541075-31 - Moradia T3

Moradia com 2 Salas, inserida em terreno com 1.500 m² de Área Total.

ÁGUA D’ALTO - V. FRANCA

320.000 € 300.000 €

ID: 123541003-859 - Moradia T5

Construção moderna com ótimos acabamentos, composta por quatro pisos.

SÃO JOSÉ - PONTA DELGADA

ID: 123541042-20 - Terreno Urbano

Terreno localizado em zona calma, com vista e com possibilidade de construção. Com 6.060 m2.

ARRIFES - P. DELGADA

85.000 € 76.000 €

ID: 123541012-44 - Moradia T4

Com garagem, quintal e anexo, necessitando de pequenas obras de restauração.

PICO DA PEDRA - R. GRANDE

ID: 123541003-770 - Moradia T3

Composta por 2 pisos: rés do chão e 1º piso. Junto à praia com excelente vista.

PRAIA FORMOSA - SANTA MARIA

170.000 € 140.000 €

ID: 123541042-18 - T5+Terreno

Isolada em zona muito calma, com vista para a serra e mar.

SANTA CRUZ - LAGOA

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mas também entregamos a prenda mais apetecida. Fazêmo-lo quer em contexto familiar como também no seio escolar. Além destes casos, temos vindo a fazer o mesmo para todos os jovens que estão abrangidos pelo projeto Padre Américo (Casa dos Gaiatos).” Para que isso seja possível, mensalmente “1% das nossas vendas reverte a favor desta causa, dinheiro que colocamos numa conta e é esse dinheiro que nos possibilita realizar alguns dos sonhos.” É com base nessa poupança mensal que vêm surgindo outras missões de suma importância, como seja o apoio a várias famílias que sofreram danos com a tempestade em S. Roque em dezembro de 2015; ou a entrega de cabazes a famílias carenciadas das zonas onde a empresa tem lojas físicas. Há ainda o apadrinhamento regular de algumas crianças identificadas com problemas de saúde (Arrifes e Cape-

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las) e recentemente foi entregue um computador ao núcleo de crianças com necessidades educativas especiais da escola EBI Arrifes. Este apoio uma vez mais conta com o precioso auxílio das escolas que fazem o levantamento dos casos mais gritantes de crianças que chegam à escola sem terem tomado pequeno-almoço. Este é o projeto mais recente do projeto Senhora do Pão Solidária. Nas lojas existem caixas de recolha de talão de compra de pão para os clientes poderem contribuir, identificando a escola que pretendem apoiar. A capacidade de desenvolvimento destas ações solidárias já levou ao investimento de cerca de 10 mil euros, apenas num espaço de 15 meses revela Bruno Nogueira, que acredita que se outras empresas tomassem ações similares poder-se-ia minimizar as dificuldades de muitas mais famílias, até porque, refere o mesmo responsável

“existem escolas em que o índice de pobreza chega a atingir 70 a 80% da população estudantil. São dados que não são nossos mas que nos chegam através das escolas.” Embora em termos individuais só agora comecem a surgir os primeiros casos, na verdade os lanches nas escolas, chamados de lanche coletivo, têm vindo a acontecer em alguns estabelecimentos de ensino. “Como exemplo posso dizer que vamos ter agora um lanche comunitário numa escola de Ponta Delgada que vai envolver a doação de mais de 600 pães.” Como a vida de muitas crianças é feita de muitos sonhos, há muitos mais projetos nos quais a Senhora do Pão se tem envolvido. A par de outros que possam surgir, a empresa está a proceder ao pagamento das quotas de alguns meninos que sempre tiveram o sonho de jogar futebol e que já estão a fazê-lo na escola do Benfica-Açores.


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REPORTAGEM

UMA MÃO CHEIA DE MACAQUINS DE RAQUEL VIVEIROS Foi criada por entre agulhas, linhas e ao som da máquina de costura da sua mãe. O gosto da artesã Raquel Viveiros pelos trabalhos manuais, pode bem dizer-se, vem do berço. Hoje tem uma marca que espalha magia junto dos mais pequenos. Natacha Alexandra Pastor

Direitos Reservados e Fernando Resendes

“D

as mãos da minha avó vi os retalhos a darem vida a bonecas e tapetes, não foram raros os serões em que assisti à minha mãe sentada na máquina a costurar enquanto o meu pai também se dedicava à sua arte, a de relojoeiro”. Foi nesse ambiente que Raquel Viveiros cresceu, “rodeada de linhas, tecidos e com o som da máquina de costura a ser a banda sonora das noites lá em casa. Na minha juventude dediquei-me à bijuteria, ao feltro e a reutilizar materiais. O que fazia ia guardando ou oferecendo aos que me eram mais próximos, repetindo os gestos e dando continuidade a hábitos familiares.” O que se seguiu foi uma atitude de impulso. “Vi numa montra uma máquina de costura, por impulso ou quiçá adivinhando os trabalhos que se seguiram, comprei! O primeiro produto foi um babete, com uma figura divertida, a que dei o nome de “macaquim”. Outros se juntaram e fiquei com uma mão cheia deles. Os pedidos foram surgindo e criei novos produtos, criei mochilas, ponchos e outros acessórios, sempre com aquele ser divertido por lá metido. Criei, então a marca “Uma Mão Cheia de Macaquins”. Eles (produtos) começaram a circular pela ilha e para além destes mares, prontos a servirem de companheiros à criançada nas suas macaquices.” Em agosto de 2014 tornou-se artesã, certificada pelo Centro Regional de Apoio ao Artesanato dos Açores e em dezembro do mesmo ano foi convidada a mostrar o seu trabalho no M.U.A, promovido pelo mesmo centro regional em conjunto com o projeto Walk & Talk.

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Dois anos mais tarde, recebeu um convite do grupo Bensaude Turismo Hotels para criar um protótipo de uma mochila inspirada numa mascote. “Trata-se de um projeto que envolve a criação de uma mascote produzida pelas utentes do Centro de Dia do Centro Social e Paroquial e que é distribuída na coleção dos hotéis da marca. O projeto foi desenvolvido numa parceria entre a Bensaude Hotels e eu, numa primeira fase, com o envol-


hospitalidade, que é fundamental para esta primeira atividade.” Em outubro de 2016, foi convidada a estar presente na Mostra Jovem, promovida pela Rede Cool e pela Cresaçor e desde então continua a criar, “repetindo os gestos com que cresci na infância, numa vertente mais individualizada e contemporânea.” Com a vontade de crescer mais e mais, nos objetivos de Raquel Viveiros está agora o desenvolvimento de uma linha de roupa para os mais novos.

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vimento do Centro Social e Paroquial na fase de produção e confeção das mascotes. Sob o mote “Family’s first”, a mascote da Bensaude Hotels pretende aproximar os mais novos da marca, oferecendo-lhes uma recordação para complementar os seus primeiros passos, enquanto hóspedes. A ligação com a comunidade local sai assim fortalecida, aproveitando o potencial de todos aqueles que a compõem e que ajudam todos os dias os Açores a ser uma referência, não só no turismo, mas na

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ENTREVISTA

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Livro Gente Como Eu

UMA OBRA PARA MEXER COM CONSCIÊNCIAS São fotografias de rostos, poderia ter escolhido fotos mais chocantes, mas não quis expor o lado mais negativo dos sem-abrigo de São Miguel. Natacha Alexandra Pastor

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Orlando Medeiros

riativa - Qual foi o seu intuito quando se dedicou às fotografias desta obra? Carlos Olyveira - É um livro que pretende alertar para um problema que existe! Serve para mexer com consciências? Fazia falta ou fazem falta livros como este? Exatamente. Fazem sempre falta! Durante quanto tempo esteve a fotografar? Este trabalho foi feito durante cerca de três meses, depois das centenas de fotografias, foi feita uma seleção seguindo uma linha. Eu não quis entrar na parte mais negra da vida deles, foquei-me em escolher fotografias de rostos e o ar sofrido deles. Dei o texto para ser feito pelo Zé Pedro, dos Xutos & Pontapés, um amigo, e ele compreendeu bem o que eu pretendia, e fê-lo tão bem que ele dá ao texto dele o título “O Rosto dos Sem-abrigo”! Foi precisamente isso que fiz. Poderia ter optado por outras fotos que chocam mais, mas não quis enveredar por aí. O que se segue depois deste livro. É uma obra cujas receitas de venda vão reverter para quem? O dinheiro reverte todo ele a favor da Associação Novo Dia. Não faria sentido que fosse de outra forma, pois recebi o mecenato do Rotary Club para este trabalho. Foi um primeiro trabalho de fotografias a retratar este público? Foi a primeira vez! Como é que se sentiu ao trabalhar com eles? Que sentimentos foram mais difíceis de controlar? Estas pessoas despertam emoções. O sentimento mais forte que tive foi quando faleceu o Ricardo, ele que foi encontrado sem vida na rua! A uma certa altura, de facto, custou-me ter de continuar a fazer o trabalho, mas tive de manter-me. Que mensagem fica para quem vai tomar contato com esta obra? As fotografias em parte namoram-se. Costuma-se dizer que a fotografia não precisa de legenda nem textos, mas o texto é importante também. Enquanto no continente, os sem-abrigo estão na sua maioria vincados à pobreza extrema, ao divórcio, e à perda do emprego, aqui nos Açores não é esse o cenário. 98% deles são repatriados do Canadá ou América, muitos vêm com vícios adquiridos lá, são parte de 2ª e 3ª gerações de emigrantes e quando chegam cá caem nesta vida. Tenho um outro projeto, o qual ainda vai demorar algum tempo, mas certamente vai ganhar vida, que é sobre a toxicodependência, embora não saiba bem como vou abordá-lo porque é mais difícil do que este agora apresentado. Aí sim, eu quero muito fazer um livro com imagens de choque. Para provocar alguma discussão sobre o assunto? Sim, gostaria de criar alguma reação. Há outros temas e problemáticas graves que merecem ser mostrados.


REPORTAGEM

SER PASSOS PESADOS É SEGUIR A CULTURA DE UM ROCK PORTUGUÊS Foi a 1 de fevereiro de 1991 que Toni Pimentel, Luís Ferreira, Rui Vitorino e Pedro Andrade se apresentaram ao público açoriano, na antiga discoteca Cheers. Já passaram 26 anos desde a formação dos Passos Pesados. Natacha Alexandra Pastor

Direitos Reservados

A

banda apenas apresentou originais em Português, entre os quais o tema mais conhecido “Fuel”. Não foi fácil segurar o team principal e da fundação dos Passos Pesados apenas se manteve no grupo Toni Pimentel, o fundador da banda. Depois de lançados oito álbuns de longa duração, o nono trabalho - “25/26” – revela Toni Pimentel – está na reta final, e promete ser a continuidade de um dos princípios dos Passos Pesados: “música original em Português!”. Toni Pimentel sobreviveu ao grupo inicial e por isso mesmo é a ele a quem perguntamos “como é ser desde sempre parte dos Passos Pesados?”. “Digamos que é uma forma diferente de encarar a música nos Açores, é a identificação com um estilo de música urbano, que cultiva a língua mãe e com mensagens e abordagens ao que no dia-a-dia acontece. Ser Passos Pesados é gostar da diferença, não seguir as massas musicais nem as tendências, mas sim a cultura de um Rock Português. É isso que nos tem mantido vivos, os amigos, simpatizantes, fãs que nos vão acompanhando ao longo dos anos, e também os novos fãs que vamos ganhando de gerações mais recentes, mas que também nos fazem manter a chama... Só podemos dizer que enquanto sentirmos que temos pessoas a seguir-nos e a ouvir a nossa música, estaremos cá para lhes dar muita música Portuguesa.” Nem tudo é belo na vida dos Passos Pesados. Passados tantos anos, se a primeira das dificuldades foi ultrapassada, “arranjarmos espaço adequado para ensaios e equipamentos para ensaiar, não foi fácil começar do zero a banda”, a posição geográfica deixa-os longe dos centros de ação. “Outra dificuldade foi e continua a ser a situação geográfica, de sermos ilhéus, e de não ser assim tão fácil estarmos permanentemente nos grandes centros de ação

musical como fazem as bandas e artistas de Portugal continental, depois a limitação do próprio mercado a nível de consumo dos vários estilos musicais.” Perante algumas contrariedades, os Passos Pesados são os primeiros a auto analisarem-se. Ao fim de 26 anos de existência, Toni refere que “enquanto tivermos saúde e quem nos ouça, não haverá quem nos pare.” Este ano as celebrações do aniversário do grupo contaram com um jantar com amigos e fãs e também com os UHF e ainda com um concerto intímo, durante o qual António Manuel Ribeiro “interpretou connosco os temas mais emblemáticos dos UHF.” No dia antes Manuel Ribeiro lançou em Ponta Delgada o seu novo livro no Hotel Marina Atlântico.

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DESPORTO MOTORIZADO HUGO MESQUITA, Vice-Campeão de Ralis dos Açores

“A MINHA AMBIÇÃO É SER CAMPEÃO DE RALIS DOS AÇORES” A principal revelação do Campeonato de Ralis dos Açores de 2016 foi Hugo Mesquita. O jovem piloto de Ponta Delgada que fez equipa com o navegador Filipe Gouveia e tripulou um Mitsubishi Lancer Evo IX, arrecadou o troféu de Vice-Campeão de Ralis Absoluto e o título reservado à categoria RCN2. Ao participar na totalidade do campeonato, Hugo Mesquita terminou todas as provas e subiu ao pódio por quatro vezes. Renato Carvalho

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ual o balanço que faz da época de 2016? Hugo Mesquita – O balanço não podia ser melhor. Acabei a temporada passada da melhor forma. Em 2016, foi a primeira época completa que fiz no campeonato dos Açores. Tive pela frente dois novos ralis em que nunca tinha participado, pelo que à partida não tinha noção dos tempos que poderia realizar. Mesmo assim consegui classificações interessantes. A minha pior classificação foi na segunda prova do campeonato - no Faial, pelo facto de ser um rali de terra, onde ainda não estou completamente à vontade. Ainda assim senti uma forte evolução neste tipo de piso tendo-se reflectido nas provas seguintes, nomeadamente no “Lotus” Rali, no qual obtive o terceiro lugar à geral. Já no Rali Sical, por ser uma prova em asfalto, foi mais fácil obter um bom resultado, pois estou bem mais familiarizado com provas em

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Carlos Costa e Direitos Reservados


asfalto devido aos anos que passei nos Karts. Prova disso foi ter subido ao pódio logo no primeiro “Sical” que disputei. A última prova do campeonato foi de todas a mais aliciante. Para garantir o segundo lugar tive de arriscar bastante para conseguir ficar à frente de pilotos com bastante experiência como é o caso do Pedro Vale e do José Paula. No último troço, fiquei bastante motivado por ter ficado apenas a sete décimas do Luís Rego que pilota uma viatura da nova geração (R5). Acha que os objectivos iniciais foram atingidos? Hugo Mesquita – O meu objectivo era melhorar a minha performance relativamente ao meio campeonato que fiz em 2015. O que tinha em vista para 2016 passava por melhorar os meus tempos. Já sabia que os dois primeiros lugares seriam muito difíceis de alcançar pela experiência e viaturas do Ricardo Moura e o do Luís Rego. Ainda assim e contra as adversidades não poderia ter terminado o campeonato de melhor forma. Para melhorar este resultado vai ser muito difícil, agora só mesmo o primeiro lugar.

Considera que está preparado para lutar pelas vitórias? Hugo Mesquita – Não é fácil. Temos pilotos com muita experiência e conhecimento do terreno, o que conta muito aqui na região. Apesar do segundo lugar no campeonato ainda tenho muito para evoluir. Não seria nada mau passar para outro tipo de viatura. Acho que já estou em condições para pilotar um carro de qualidade superior que me poderá ajudar a obter resultados ainda melhores. Que análise faz ao actual momento dos ralis nos Açores? Hugo Mesquita – Infelizmente os ralis nos Açores têm pouca competição. Tanto ao nível dos carros que andam nos lugares da frente como também nos restantes, pois neste momento são poucos os carros que têm homologação. O plantel tem viaturas antigas e para “refrescar” é preciso muito investimento. Hoje em dia é muito difícil ter o apoio de uma empresa para os ralis. No entanto, penso que em 2017, o campeonato será mais interessante do que no ano passado. Tudo indica que teremos três viaturas do tipo R5 o que vai ser muito bom

para a competição. Ainda vou tentar que haja um quarto R5 mas só será possível com o apoio de patrocinadores. Quais as suas perspectivas futuras? Hugo Mesquita – Se não conseguir dar o passo para o R5 este ano, certamente que o farei em 2018. Apesar de a minha viatura ainda ter mais quatro anos de homologação é necessário dar o passo seguinte, uma vez que, com três viaturas R5 em competição torna-se muito difícil atingir os objectivos que tenho. A minha ambição é chegar a campeão regional de ralis dos Açores e certamente só conseguirei fazê-lo se estiver em pé de igualdade com os adversários mais directos. Tem em vista participações fora da região? Hugo Mesquita – Enquanto estive nos Karts tive oportunidade de participar em provas internacionais em diversas partes do mundo. Foi uma experiência inesquecível que gostaria de poder voltar a experienciar agora no mundo do Rali. Pretendo fazer uma prova ou outra do Campeonato Nacional de Ralis se estiver dentro do meu orçamento para a época.

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OLHAR CRIATIVO

Fernando Abreu

Ao Fim da Tarde

Caldeirão

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“ESTAS PÁGINAS SÃO DEDICADAS AOS ENTUSIASTAS, QUE DE UMA FORMA APAIXONADA PARTILHAM O SEU OLHAR, POTENCIANDO A ARTE E O GOSTO PELA FOTOGRAFIA.”

Coordenação: Paulino Pavão

Edição:

Crepúsculo

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SAÚDE CONSULTÓRIO DA SAÚDE

Coloque uma questão dirigida ao consultório da saúde utilizando o e-mail: consultoriodasaude@hotmail.com

João Bicudo Melo Médico e Psicólogo Clínico

HIPERTENSÃO ARTERIAL: UM INIMIGO SILENCIOSO…

A cada dia, o nosso sangue percorre inúmeras vezes os vasos sanguíneos por forma a chegar a cada tecido do corpo e alimentar as mais de 10 triliões células que nos constituem. A cada circuito, é normal que o sangue exerça pressão sobre a parede das artérias. É este fenómeno biofísico que chamamos pressão arterial, ou mais comumente, tensão. No entanto, quando por diferentes razões (orgânicas e/ou ambientais) a pressão arterial excede repetidamente os limites do saudável, estamos perante uma doença – a Hipertensão Arterial. Conforme já partilhei convosco em edições anteriores, as doenças cardiovasculares são responsáveis por mais de 30% do total de mortes em Portugal, sendo a Hipertensão Arterial o fator de risco mais prevalente entre nós. Números catastróficos… De acordo com a Fundação Portuguesa de Cardiologia, parecem existir em Portugal cerca de 2 milhões de hipertensos, sendo que apenas metade tem a doença devidamente diagnosticada. Além disso, somente 220.000 estão medicados e com a pressão arterial controlada. Feitas as contas, são quase 1.800.000 de portugueses em risco… Verdadeiras bombas-relógio à espera de explodir!

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Caro leitor, se desconhece a sua situação não permaneça na ignorância. A hipertensão mata sem avisar. Por isso, não adie mais. Meça a sua tensão, pelo menos, uma vez por ano. Se é obeso, diabético ou fumador faça medições mais regulares. Faça as medições, sentado(a), relaxado(a) e sem pressas. Escolha para isso um ambiente calmo e confortável. Não ingira café ou outros estimulantes, tampouco fume, 60 minutos antes de realizar a sua medição tensional. Depois de feita, escreva os valores num papel. Este simples papel poderá ser precioso para o seu médico! No caso de os seus valores serem superiores a 135 de sistólica (a alta) e/ou superiores a 85 de diastólica (a baixa), então só tem uma solução: agendar consulta com o seu médico. Só ele poderá fazer uma avaliação adequada da situação e desenvolver estratégias para resolver o problema e tirá-lo(a) deste risco desnecessário. Não é preciso ter queixas para ir ao médico. Lembre-se disso: a tensão alta é um inimigo silencioso, sorrateiro, manhoso… Mata-o(a) pela calada! Portanto, fazer as medições e completar os registos é a única maneira de o encontrar. Este é o primeiro passo do tratamento. O segundo é procurar o seu médico de família. Pela sua saúde, aceite o meu conselho!


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SAÚDE SAÚDE ÓTICA

VITAMINA A,

UMA PODEROSA DEFESA PARA OS SEUS OLHOS

CONFIE NO SEU ÓTICO E FAÇA-LHE UMA VISITA REGULAR. A BEM DA SAÚDE DOS SEUS OLHOS!

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Artigo elaborado com suporte em: INSTITUTOPTICO - www.institutoptico.pt

A vitamina A é essencial para a visão e diferenciação celular, mas também é importante para o desenvolvimento ósseo, pele e mucosa, entre outros. Uma das suas consequências iniciais é cegueira noturna que resulta de uma incapacidade da retina regenerar rodopsina. Se a deficiência em vitamina A for persistente no tempo pode levar a uma condição chamada xeroftalmia, que implica perda de visão total. Como parte da carência de vitamina A no nosso organismo advém de uma alimentação pobre em alimentos ricos neste nutriente. Para evitar este problema, consuma alimentos ricos em vitamina A, como por exemplo: abóbora, manga, papaia, espinafres, agrião, ovos e fígado, pois são alguns dos alimentos mais ricos nesta vitamina.


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CONSULTÓRIO JURÍDICO

com: Carlos Melo Bento ADVOGADO

“Sou proprietário de um terreno rústico que confronta com outro, em que foi-me apropriado parte dele enquanto estive emigrado. Na cadastral e cadernetas as áreas estão corretas, mas no terreno existe diferenças nas áreas e extremas (cerca de 200 a 300 m2). A pergunta é como recuperar esta área e retificar as extremas, uma vez que o atual herdeiro diz que não mexe na barreira (extrema), alegando ter vindo do pai assim como está!”.* Resposta: Se a atual demarcação do prédio tem mais de 20 anos e se durante esses anos ninguém reclamou dessas extremas, é muito difícil corrigir isso agora, pois o vizinho adquiriu todo o seu imóvel, incluindo a parte que seria sua, por usucapião. Pode todavia intentar uma ação contra o vizinho com base nos documentos (é bom mandar medir antes, à cautela, os terrenos por um topógrafo) pedindo ao juiz que o condene a devolver a parte do terreno apropriada; e se o vizinho não responder ou não invocar o usucapião, então tem algumas hipóteses. De qualquer maneira, este meu parecer não dispensa a ida ao escritório dum advogado, com toda a papelada, para lhe poder ser dada uma opinião documentada. * Questão colocada por leitor da CRIATIVA MAGAZINE

PRÓXIMAS EDIÇÕES

Tem alguma questão jurídica que gostaria de ver respondida?

Envie-nos por email: criativa.azores@gmail.com

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EVENTOS GALA DE BENEFICÊNCIA DE PONTA DELGADA Miguel Machado / CMPD A edição de 2017 da Gala de Beneficência, organizada pela Câmara Municipal de Ponta Delgada, teve como artista principal Dulce Pontes e Zeca Medeiros, acompanhados pelo Coro Sinfónico do Coral de São José e pela Sinfonietta de Ponta Delgada, num concerto dirigido por Délio Gonçalves, maestro titular da Banda da Armada Portuguesa.

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CABELOS VOLUMOSOS, BARBAS A CONDIZER

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orque os homens também merecem e porque estão cada vez mais atentos às novidades e com vontade de estarem de acordo com as tendências atuais, hoje dedicamos esta página aos estilos mais em voga para os homens. Mantém-se o estilo que vem dos últimos tempos e que aposta em cortes bem elevados e com os lados bem curtos, podendo-se passar a máquina a fim de garantir uma linha bem definida. Estes penteados por norma ficam bem em qualquer homem, mas definitivamente para usá-los, sem qualquer problema, tem de condizer com a sua personalidade. Ainda neste estilo, há quem opte pelo degradê que pode vir até quase ao topo da orelha, ou pode acabar mais em cima. Para um aspeto saudável, bonito e cuidado, deverá usar o secador e escova até mesmo para dar algum corpo e volume ao cabelo. Para finalizar use um gel ou cera, para lhe dar o devido acabamento. Para este ano está prevista a continuidade das barbas, algo volumosas, mas com uma condição: devidamente aparadas e bem cuidadas!

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EVENTOS RECEÇÃO DE ANO NOVO NO CONVENTO DOS FRANCISCANOS CMLagoa A presidente da Câmara Municipal de Lagoa, Cristina Calisto Decq Mota, brindou o início do novo ano de 2017 com um receção que se realizou no Convento dos Franciscanos e que contou com a presença de muitas individualidades, entre eles executivo camarário, colaboradores municipais e representantes de instituições do concelho.

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EXPOSIÇÕES “TRANSFORMAÇÕES” E “ENTIDADES E(M) ESPAÇOS II” CMLagoa A Casa da Cultura Carlos César está a acolher duas exposições: “TRANSFORMAÇÕES” de Avelina da Silveira e “ENTIDADES E(M) ESPAÇOS II” de Ana Viegas. A inauguração contou com a presença de muitos n convidados.

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EVENTOS

RAFAEL CARVALHO LANÇA NOVO LIVRO CMPOVOAÇAO O músico de Viola da Terra, Rafael Carvalho apresentou o seu terceiro livro “Método para a Viola da Terra – Avançado”, no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Ribeira Quente, a sua terra natal.

COLISEU ACOLHE CAFÉ-CONCERTO DE VÂNIA DILAC Coliseu Micaelense O 12º aniversário da reabertura do Coliseu Micaelense foi assinalado com um café-concerto, no Foyer do Coliseu, pela voz de Vânia Dilac & The Soulmates, através da estreia do projeto musical “Meaning of the Blues”.

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EVENTOS CARLOS OLYVEIRA APRESENTA “GENTE COMO EU” Orlando Medeiros O fotógrafo Carlos Olyveira apresentou em janeiro o álbum de fotografias “Gente como Eu”, um retrato real de um grupo de sem-abrigo. A obra, com mecenato do Rotary Club, reveste-se de um cariz solidário.

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ACONTECEU

ESCOLA PROFISSIONAL DA R. GRANDE DISTINGUIDA A Escola Profissional da Ribeira Grande foi um dos dez estabelecimentos de ensino distinguidos a nível nacional, e a única dos Açores, pela ABAE – Associação Bandeira Azul da Europa – pelo trabalho de excelência desenvolvido ao longo do ano transato no âmbito do programa Eco-Escolas.

IPSS PODEM APRESENTAR CANDIDATURAS As candidaturas aos apoios da Câmara Municipal às instituições particulares de solidariedade social (IPSS) do concelho estão abertas até ao próximo dia 31 de março. A atribuição dos apoios pode ser feita na modalidade de subsídio, até ao limite máximo de 2.500 euros, ou por protocolo de desenvolvimento.

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ARRANCA RASTREIO AO CANCRO DA CAVIDADE ORAL O Secretário Regional da Saúde anunciou o início do programa de intervenção no cancro da cavidade oral, devendo ser chamados para rastreio cerca de 25 mil açorianos, com idades compreendidas entre os 40 e os 70 anos.

IGREJA DA RIBEIRA QUENTE ASSINALA 100 ANOS A Igreja Paroquial do Apóstolo São Paulo da Ribeira Quente fez 100 anos e o Conselho Pastoral promoveu um concerto com o grande Coro de São Miguel para assinalar a abertura oficial das comemorações do centenário da Igreja do Apóstolo São Paulo.

CURSO LIVRE SOBRE AZULEJARIA DE FACHADA A Biblioteca Municipal Tomaz Borba Vieira vai promover, em março, um curso livre sobre azulejaria de fachada. O curso será ministrado por Francisco Queiroz, Doutor em História da Arte pela Universidade do Porto.

CANTAR ÀS ESTRELAS NA RIBEIRA GRANDE Quarenta grupos, concentrando mais de 2500 pessoas, participaram na 24.ª edição do Cantar às Estrelas, na Ribeira Grande.

RAFAEL CARVALHO LANÇARÁ NOVO CD O músico de Viola da Terra Rafael Carvalho vai lançar, este ano, um novo CD. O anúncio foi feito, recentemente, aquando da apresentação do seu terceiro livro “Método para a Viola da Terra – Avançado”.

LUÍS SENRA TOCA SAXOFONE NA MONTANHA DO PICO No âmbito do projeto Montanha Pico Festival, o artista Luís Senra conseguiu chegar aos 1.800 metros de altitude para concretizar o seu sonho de improvisar com o seu saxofone, no ponto mais alto que a natureza lhe deixou.


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AGENDA

TEATRO MICAELENSE

BAILE DE MÁSCARAS TEATRO MICAELENSE

FESTIVAL DA MALASSADA

CENTRO COMUNITÁRIO PADRE CAETANO FLORES - RIBEIRA CHÃ

FESTIVAL DE CANTORIAS

POLIDESPORTIVO REMÉDIOS LAGOA

EXPOSIÇÃO “YESTERDAY I WAS EATING ATUM IN THE SPACE” GALERIA FONSECA MACEDO

EXPOSIÇÃO DE PORCELANA DE MARIA JOSÉ DAMIÃO CENTRO MUNICIPAL DA CULTURA

EXPOSIÇÃO DE PINTURA E FOTOGRAFIA “POR UM ACASO” MUSEU MUNICIPAL DA RIBEIRA GRANDE

EXPOSIÇÕES “TRANSFORMAÇÕES” E “ENTIDADES E(M) ESPAÇOS II” CASA DA CULTURA CARLOS CÉSAR

EXPOSIÇÃO IMPULSOS

MUSEU MUNICIPAL DA RIBEIRA GRANDE

11 25 19 19 até 25 até 18 até 17 até 01 até 06

sábado sábado

18 e

fevereiro

de 17a

fevereiro fevereiro março março

Agenda sujeita a eventuais alterações.

ESPETÁCULO ADALBERTO SILVA SILVA

abril abril

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HORÓSCOPO ASTRÓLOGO LUÍS MONIZ (RIKINHO)

rikinho-astro@hotmail.com www.meiodoceu-com-sapo-pt.webnode.pt

PREVISÕES PARA FEVEREIRO A vida afetiva reflete a necessidade de controlar a forma como manifesta a sua sinceridade e opina, relativamente às pessoas circundantes. A nível profissional estabeleça prioridades e controle a impulsividade, evitando magoar (inconscientemente) os envolventes.

BALANÇA 23/09 A 22/10 A vida afetiva favorecida promove convívios sociais importantes, que trazem alegria e ajudam a descobrir novas possibilidades. A nível profissional obterá rendimentos financeiros e estabilidade na carreira, trabalhando com concentração e disciplina.

TOURO 21/04 A 20/05 A vida afetiva evolui positivamente se adotar um comportamento calmo e paciente, demonstrando os seus verdadeiros sentimentos. A nível profissional a sua grande dedicação e persistência são elementos fundamentais, para determinar a evolução na carreira.

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11 A vida afetiva propõe um envolvimento ativo, sedutor e magnético, de forma a constituir relações positivamente surpreendentes. A nível profissional toda a energia positiva contribui para algumas mudanças e sentirá que esta fase é bastante compensadora.

GÊMEOS 21/05 A 20/06 A vida afetiva encontra satisfação em novas amizades especiais, ou reestruturando as associações (desgastadas) mais antigas. A nível profissional há bons sinais de sucesso, com concentração e empenho, sobretudo, para quem está a iniciar novos projetos.

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12 A vida afetiva instável marca comportamentos imprevistos, resultantes de fortes paixões, contudo, evite relações de dualidade. A nível profissional a competência e experiência serão fundamentais para atingir o sucesso, com serenidade e muita tolerância.

CARANGUEJO 21/06 A 22/07 A vida afetiva permite resolver problemas antigos e, conciliando a coragem com a inovação, vai transformar o seu relacionamento. A nível profissional tenha uma atitude ousada e, tomando iniciativas, poderá manifestar toda a sua imaginação em novas atividades.

CAPRICÓRNIO 22/12 A 19/01 A vida afetiva marca acontecimentos inesperados que podem contribuir, evidentemente, para a evolução dos relacionamentos. A nível profissional deve fomentar uma postura compreensível e sentirá uma grande capacidade para renovar as suas tarefas.

LEÃO 23/07 A 22/08

AQUÁRIO 20/01 A 18/02

A vida afetiva confere relações harmoniosas e românticas, fundadas na generosidade do caráter que compreende toda a família. A nível profissional progride sempre que merecer o sucesso em seu redor, evidenciando o seu visionismo e respeito pelos pares.

VIRGEM 23/08 A 22/09 A vida afetiva estará sujeita a influências muito positivas e abre um ciclo mais abundante e agradável, nas suas relações. A nível profissional ocupará absolutamente o seu pensamento e todo o tempo disponível, desenvolvendo novos planos produtivos.

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SIGNO DO MÊS

CARNEIRO 21/03 A 20/04

A vida afetiva anuncia mudanças excitantes e realmente, atravessa uma época de paixões intensas. Confiante, siga a sua intuição. A nível profissional expanda a sua originalidade e as grandes oportunidades deverão surgir, renovando o seu futuro.

PEIXES 19/02 A 20/03 A vida afetiva indica um período propício para o convívio social e verá que a sua presença vai levar a sua fé a ajudar os outros. A nível profissional entra numa fase de mais trabalho, mas, procure dedicar tempo às atividades particulares que harmonizem o seu Ser.


Fotografia de_Paulo Melo_Passageiro Frequente

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