Fique Por Dentro 42

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Publicação da Instituição Amélia Rodrigues - Nº 42 - Jan/Fev/Mar de 2015 - Santo André - SP

“Dançar é tudo de bom” Foi com essa frase que os adolescentes do Grupo de Dança Amélia Rodrigues de niram a alegria de soltar o corpo e estar novamente de volta à casa. A equipe, composta por 11 jovens, foi criada ano passado com o objetivo de reunir os adolescentes que, desde 2013, não são mais atendidos pela Instituição, por força de Lei. “Quando não estão na Amélia Rodrigues, a maioria dos jovens ca na rua ou em casa, em frente à TV e à Internet. Sabemos as ´arapucas´ que têm nessas coisas”, relatou o idealizador do projeto, Edgard Rosa, que é professor de educação física e coreógrafo na Instituição. Os jovens a rmam que na época

em que souberam que teriam de sair da Instituição caram muito tristes. “Eu chorei, bateu um desespero. A Amélia é como uma mãe para mim”, disse Giulia Pontes. “É a nossa segunda casa”, observou Joyce Del Puente. Boa parte da equipe já realiza aulas de dança com bolsa integral nas escolas Agnes Ballet e Celso Gazú. Em ambas, o intermédio foi feito pelo professor Edgard. “A dança propicia o bem-estar, o desenvolvimento físico e o fortalecimento da autoestima do adolescente”, explicou. Funcionário da Instituição, Marcos Silva, hoje com 22 anos, cresceu na entidade. Além de trabalhar na manutenção e de fazer parte do corpo de baile da Agnes Ballet, integra o Grupo de Dança da Amélia Rodrigues.

(A partir da esq.) Rafaela, Maria Clara, Nathália, Joyce, Guiulia, Emily, Geovana, Débora, Marcos, Manoel e Ana Beatriz- Foto: Arquivo

“É muito legal podermos nos reunir com a galera novamente. Sou o mais velho, o ´Paizão´ da turma”, comentou. “Não é legal car em casa sem fazer nada, já tive essa experiência. E na época, busquei um serviço voluntário para fazer”, comentou. Manoel Victor, que também faz parte da equipe relata: “Eu gosto de dançar. É importante para mim estar aqui”. Já Rafaela Domingues tem como função também auxiliar Edgard nas coreogra as, como no espetáculo de dança da 15ª Edição do Prêmio Investidor Social, ocasião em que o professor estava com o pé machucado. “Eu gosto de ver a cara das crianças felizes e menos inibidas”, pontuou. Segundo Edgard, a meta para 2015 é montar um grupo de dança com crianças de 10 a 12 anos de idade. “Queremos tirar esses jovens da rua para que quem um pouco mais com a gente. Precisamos de tempo para formar cidadãos ”, completou.


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