Revista CrefitoSP - Ano 7 Edição 2

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Revista

ANO 7 - EDIÇÃO 2

Rua Cincinato Braga, 277 - Bela Vista - CEP 01333-011 - São Paulo

bombando bombando bombando na mídia bombando Fisioterapia e Terapia Ocupacional

Campanha publicitária do Crefito-SP vai mostrar o caminho para viver mais e melhor

Má gestão, a indigestão da saúde Apresentamos a solução para os graves problemas de saúde


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CREFITO-3 Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Terceira Região Serviço Público Federal Área de Jurisdição: Estado de São Paulo Ilustração - Bruna Amaro

Rua Cincinato Braga, 277 - Bela Vista São Paulo - SP - CEP 01333-011 www.crefitosp.gov.br GESTÃO 2008 / 2012

EDITORIAL

3

ESPAÇO DO LEITOR

4

DÚVIDAS

5

RESOLUÇÃO ANVISA MAIS ESPAÇO NA UTI

6

AUTISMO VITÓRIA DA CIDADANIA

8

FISIOTERAPIA NA GRAVIDEZ EM BOA COMPANHIA

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CAMPANHA PUBLICITÁRIA CRESCENDO E APARECENDO

20

MAIS EMPREGO, MELHOR REMUNERAÇÃO

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TERAPIA OCUPACIONAL ATIVIDADES DA VIDA

26

PISO SALARIAL R$ 4.650

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NOVAS REGRAS DA ANS

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DEFIS FISCALIZAÇÃO EM HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS

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NOTAS

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Informações ÚTEIS

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DIRETORIA Presidente: Prof. Dr. Gil Lúcio Almeida Crefito-3 nº 18.719 – Ft Vice-Presidente: Prof. Dr. Augusto Cesinando de Carvalho Crefito-3 nº 6.076 – Ft Diretora–Secretária: Dra. Osmari Virgínia de Mendonça Andrade Crefito-3 n° 2.356 - TO Diretora Tesoureira: Dra. Regina Aparecida Rossetto Guzzo Crefito-3 n° 1.659 - TO COMISSÃO DE ÉTICA E DEONTOLOGIA DA FISIOTERAPIA (CEDF) Presidente: Dr. Elias Ferreira Porto Crefito-3 nº 34.739 – Ft Secretária: Dra. Anice de Campos Pássaro Crefito-3 nº 24.093 – Ft Vogal: Dr. Marcus Vinícius Gava Crefito-3 nº 9.015 – Ft COMISSÃO DE ÉTICA E DEONTOLOGIA DA TERAPIA OCUPACIONAL (CEDTO) Presidente: Dra. Danielle dos Santos Cutrim Garros Crefito-3 n° 6.155 - TO Secretária: Dra. Osmari Virgínia de Mendonça Andrade Crefito-3 n° 2.356 - TO Vogal: Dra. Maria Cândida de Miranda Luzo Crefito-3 n° 4.906 - TO

08 14 26 CONQUISTA Família de menina autista mostra que exercício da cidadania é possível

EM BOA COMPANHIA! A fisioterapia acompanha a mulher da gestação ao pós-parto e o fisioterapeuta é o grande aliado da mãe em todos os estágios

ATIVIDADES DA VIDA Terapeutas ocupacionais devolvem aos pacientes a autonomia para desempenhar atividades essenciais do cotidiano

COMISSÃO DE TOMADA DE CONTAS (CTC) Presidente: Dr. Elias Ferreira Porto Crefito-3 nº 34.739 – Ft Secretário: Dr. Neilson S. G. Palmieri Spigolon Crefito-3 nº 15.577 - Ft Vogal: Dra. Danielle dos Santos Cutrim Garros Crefito-3 nº 6.155 - TO DEPARTAMENTO DE FISCALIZAÇÃO (DEFIS) Coordenador: Dr. Neilson S. G. Palmieri Spigolon SECRETARIA GERAL Coordenadores: Ailton Alves Ferreira Elza Martinhão ASSESSORIA JURÍDICA Dra. Adriana Clivatti Moreira Gomes OAB SP nº 195660 CONTABILIDADE Contadora: Cíntia Mieko Kusaba Pasqualini CRC – 1SP n° 213203/O-0 COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO (CPL) Presidente: Dr. Rubens Fernando Mafra OAB SP n° 280695 Secretária: Linda Magali Abdala Santos Vogal: Samuel Clementino da Costa ASSESSORIA E ANÁLISE TÉCNICA (AATEC) Dr. Carlos Henrique Bruxelas Dra. Fernanda Onaga ouvidoria@crefitosp.gov.br DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO Editora Responsável: Francine Altheman – MTb 42.713/SP francine@crefitosp.gov.br Redação: Lúcia Passafaro Peres – MTb 01790/SC Estagiários: Paulo Cabral / Juliana Menezes Designer / Infografista: Tommy Pissini Estagiários: Bruna Amaro / Giuliano Gusmão Secretária: Daiana Veronez Impressão: Plural Indústria Gráfica Tiragem: 80 mil exemplares

leitor AO LEITOR

atenção em seu voto! Começou a campanha eleitoral de 2010. Como no passado, a defesa de mais verba para a saúde, mais hospitais, clínicas especializadas e remédios gratuitos são algumas das promessas dos candidatos. Nessa edição você vai descobrir porque esse modelo apenas dissemina a doença e aumenta os gastos no setor. Irá também conhecer uma proposta alternativa de gestão da saúde, focada na longevidade com bemestar. Além de resolver os graves problemas de gerenciamento da saúde, o modelo alternativo melhora a empregabilidade e a remuneração dos profissionais do setor. Para dar visibilidade a essa proposta, o Crefito-SP está lançando uma grande campanha publicitária. A população e os políticos terão a oportunidade de conhecer os benefícios da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional através do rádio, da TV, metrô, cinema e outros veículos de comunicação. As propagandas que já estão no ar contrapõem o consumo exagerado e sem limites de exames, medicamentos e internações ao atendimento realizado por uma equipe multidisciplinar de profissionais. A ideia é demonstrar que, por melhor que sejam os serviços tradicionais de saúde, o cidadão prefere nunca precisar deles. A saída é o eleitor fazer boas escolhas na urna e obrigar os eleitos a cumprirem a Constituição Federal, ofertando os serviços dos profissionais da saúde. Para exemplificar como cada um deve exercer plenamente a cidadania, trazemos para você a história de um pai que obrigou o Estado a ofertar uma escola de qualidade à sua filha portadora de autismo. Também demonstramos os avanços na oferta da fisioterapia e terapia ocupacional nas UTIs (Resolução Anvisa nº 7 de fevereiro de 2010) e nos planos de saúde, além da ação fiscalizadora do Defis que resultou em mais um avanço no atendimento de hospitais psiquiátricos. Nessa revista, você também vai saber mais sobre fisioterapia na gravidez, que atua na gestação, durante o parto e no pós-parto. Com relação à terapia ocupacional, trazemos uma matéria sobre as atividades de vida diária (AVDs). Veja ainda as vantagens de pagar as anuidades em dia para evitar as dores de cabeça de origem financeira. Boa leitura!


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Envie sugestões, críticas e elogios para a Revista do Crefito-SP. As cartas ou emails devem conter, obrigatoriamente, nome completo do profissional, número de inscrição no Crefito ou, se for estudante, nome da instituição de ensino, telefone e email para contato (caso não deseje a publicação, basta colocar esta informação). Por motivos de espaço ou de clareza, as cartas ou emails recebidos poderão ser publicados resumidamente ou não ser publicados, mas todos serão respondidos.

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Revista do Crefito-SP edição 1 de 2010

Inicialmente gostaria de parabenizá-los pela brilhante edição deste mês da Revista do Crefito-SP. As reportagens sobre o Ato Médico foram extremamente esclarecedoras. Nos sentimos muito bem amparados quando observamos este tipo de ação. Apenas gostaria de sugerir que houvesse uma maior preocupação nas fotos publicadas na revista, pois acho que um profissional (ou em vias de se tornar um profissional) que emite uma foto em uma revista de impacto ímpar na classe deveria zelar mais pela aparência. Dentro de um processo de retomada do respeito, acho que estas pequenas coisas fazem diferença. Gostaria também de sugerir uma reportagem sobre os resultados apresentados pelo Defis (Ex. Quantas clínicas foram autuadas, quantas clínicas foram fechadas, etc). Parabéns novamente. Dr. Thiago Fukuda Fisioterapeuta

Dr. Thiago, obrigada pelo seu email. Certamente seguiremos as suas sugestões. Nesta edição, você vai ver uma matéria sobre a atuação do Defis em hospitais psiquiátricos e nas próximas edições voltaremos a falar sobre os resultados desse importante departamento do Crefito-SP.

Quero parabenizá-los pela ótima qualidade das revistas do CrefitoSP dos últimos anos. Ela traz informações importantes e de interesse da classe profissional. No entanto, me preocupo com um termo utilizado de forma equivocada: “reabilitação”. Alguns profissionais entendem a “reabilitação” como uma área do conhecimento, como uma especialidade. Porém, reabilitação é tão somente um processo pelo qual uma pessoa passa para ser reinserida na sociedade. Portanto, o termo não é sinônimo das áreas de Fisioterapia e Terapia Ocupacional por não ser uma área e sim um processo, conforme determinado pelo Ministério da Saúde e pelo modelo da Classificação Internacional de Funcionalidade da Organização Mundial da Saúde. A utilização do termo pode empobrecer a visão do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional, sendo estes entendidos como profissionais de um processo restrito: a reabilitação. Só que não somos só isso, atuamos em todas as fases de atenção à saúde. Por isso, sugiro uma matéria para próxima revista que possa esclarecer porque Reabilitação não é só Fisioterapia e Terapia Ocupacional e porque, muito menos, Fisioterapia e Terapia Ocupacional não são só reabilitação. Dr. Eduardo Santana de Araujo Fisioterapeuta e Coordenador do Departamento CIF da HODU

Dr. Eduardo, agradecemos a sua manifestação e teremos mais cuidado nas próximas matérias ao fazer uso da palavra reabilitação. Também vamos colocar a sua sugestão para as próximas pautas da revista.

//Contato: Para se corresponder com o Departamento de Comunicação do Crefito-SP

Email: dveronez@crefitosp.gov.br / Cartas: Departamento de Comunicação Rua Cincinato Braga, 277 - 9º andar - Bela Vista - São Paulo / SP - CEP 01333-011

A Revista do Crefito-SP abre espaço para esclarecer assuntos referentes à cobrança de anuidade aos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais

Todo profissional é obrigado a pagar anuidade?

Quais são as consequências do não pagamento da anuidade?

A Lei Federal nº 6.316/1975 tornou obrigatório o pagamento da anuidade para o exercício legal da profissão de fisioterapeuta e terapeuta ocupacional. Portanto, anuidade não é contribuição, mas sim, imposto. Qualquer pessoa que trabalhe sem o devido pagamento da anuidade estará exercendo ilegalmente a profissão.

O profissional que possui débitos com o Crefito recebe uma cobrança extrajudicial, para regularizar sua situação financeira. Recentemente, o Crefito-SP enviou 1.488 notificações extrajudiciais para profissionais inadimplentes. Caso continue com débitos, o profissional terá seu nome inscrito no Cadastro Informativo dos Créditos Não Quitados de Órgãos e Entidades Federais (Cadin) e no livro da Dívida Ativa da União. O Conselho também é obrigado a fazer a cobrança judicial, o que poderá causar, entre outros inconvenientes, bloqueio e penhora de bens do devedor.

Por que o Crefito deve cobrar anuidade? O Crefito-SP, como autarquia, tem o dever de realizar as cobranças conforme prevê a lei. Se o Conselho não cobrar a anuidade, os seus dirigentes poderão ser processados para ressarcir o débito judicialmente. Se o profissional não estiver exercendo a profissão, mesmo assim ele é obrigado a pagar a anuidade? Como o profissional deve proceder? Para o profissional que não está exercendo a profissão e queira interromper a cobrança de sua anuidade, é necessário solicitar a baixa em sua inscrição. O fato de o profissional simplesmente deixar de efetuar o pagamento da anuidade não interrompe a emissão de novas anuidades, nem o seu vínculo com o Crefito.

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Estou em débito com o Crefito. O que devo fazer? Se você deixou de pagar qualquer anuidade do Conselho em anos anteriores, não espere a cobrança para quitar seus débitos. Você pode verificar sua situação por meio do WebGov, no site do Crefito-SP, na área do profissional. Caso não tenha senha de acesso, basta solicitar no próprio site. Para renegociar sua dívida, entre em contato com o Departamento Financeiro. Veja e-mail e telefones abaixo.

//Na internet:

www.crefitosp.gov.br Contato ou dúvidas:

Se o Crefito-SP não cobrar anuidade, os seus dirigentes poderão ser processados para pagar o débito. Isso ocorre porque a anuidade é um imposto, cujo pagamento é obrigatório

(11) 3252-2304/2306/2308 financeiro@crefitosp.gov.br

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Resolução inclui serviço de terapia ocupacional nas unidades e amplia jornada dos fisioterapeutas

Infografia - Bruna Amaro

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Fisioterapeuta • O profissional passa a atuar também no período noturno, totalizando 18 horas de serviços prestados.

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• Fisioterapeuta encarregado de coordenar a sua equipe.

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por Juliana Menezes

O que muda com a resolução nº 7 da Anvisa?

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• Profissional passa a compor a equipe da UTI.

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uem já teve um familiar internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) sabe da importância da assistência terapêutica durante a internação. Além de infraestrutura hospitalar adequada, a unidade deve dispor de uma equipe com profissionais altamente qualificados. Foi pensando assim que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) instituiu a resolução nº 7, de 24 de fevereiro de 2010, que dispõe os requisitos mínimos para o funcionamento das UTIs. Agora, a presença do terapeuta ocupacional é obrigatória e a carga horária dos fisioterapeutas é maior. É uma vitória para os profissionais da área, principalmente para os terapeutas ocupacionais, que poderão contribuir para o pleno restabelecimento

dos pacientes nas UTIs. A antiga legislação designava um fisioterapeuta para cada dez leitos nos turno da manhã e tarde. Com a nova resolução, um fisioterapeuta trabalha para cada dez leitos nos turnos matutino, vespertino e noturno, totalizando 18 horas diárias de cobertura. Além disso, o fisioterapeuta especializado fica encarregado de coordenar a sua equipe. “A nova legislação veio para melhorar, incrementar a antiga resolução, pois esses profissionais são de extrema importância no acompanhamento dos pacientes nas UTIs e precisam estar sempre presentes”, diz o vice-presidente do CrefitoSP e fisioterapeuta Dr. Augusto Cesinando de Carvalho. Segundo a Anvisa, UTIs de todo o país, sejam neonatal, pediátrica ou

para adultos, devem se adequar às normas. As medidas valem para hospitais públicos, privados e militares. O paciente internado na UTI deve ter garantido um atendimento multiprofissional. Todos os profissionais devem assegurar um ambiente de respeito e dignidade, contribuindo assim com ações de humanização e atenção à saúde. Nesse momento delicado, o trabalho do terapeuta ocupacional é imprescindível. A nova legislação exige que o terapeuta ocupacional componha a equipe profissional na UTI. Quando o paciente está em coma e fica muitos dias deitado, é realizado um trabalho de posicionamento através de órteses e adaptações. Quando vai recobrando a consciência, o objetivo é que ele retorne às suas atividades de maneira

tranquila. Nessa etapa é realizado o treinamento de tempo e espaço. Também é aplicado o treino de AVD (Atividade de Vida Diária) para readaptá-lo à sua nova rotina. A diretora-secretária do Crefito-SP e terapeuta ocupacional Dra. Osmari Virgínia de Mendonça Andrade, afirma que a nova legislação proposta pela Anvisa foi importante para a população conhecer a relevância do trabalho realizado pelos terapeutas ocupacionais e dar a oportunidade aos pacientes de ser atendidos por eles. “Uma das nossas funções no Conselho é orientar sobre a importância do profissional de Te-

rapia Ocupacional e a resolução também vai contribuir para a empregabilidade”, diz. A mesma opinião é compartilhada pela conselheira do Crefito-SP e terapeuta ocupacional Dra. Danielle dos Santos Cutrim Garros. “Foi fundamental para abrir espaço no mercado de trabalho. E os pacientes serão os principais beneficiados porque o terapeuta ocupacional faz com que eles retornem à sua vida normal da melhor maneira e precocemente”, ressalta. Dr. Augusto Cesinando entende que as regras propostas pela Anvisa melhoram e organizam o atendimento prestado nas UTIs. “A lei

//Na internet: Leia a resolução da Anvisa na íntegra: www.anvisa.gov.br

ampara o doente, que necessita de atendimento adequado, diminuindo o tempo de internação e os custos”, diz . O Crefito-SP está encaminhando ofícios aos hospitais e Santas Casas do Estado de São Paulo com o objetivo de saber se essas unidades já estão se adequando às novas regras. Neste primeiro momento o trabalho do Conselho é de orientar os hospitais sobre a resolução. Os estabelecimentos têm o prazo de 180 dias, contados a partir de 25 de fevereiro de 2010, data da publicação da resolução, para promover as mudanças necessárias. A partir desse período o Crefito-SP iniciará a fiscalização.

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• Uso da AVD para a readaptação do paciente.

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Vida Adulta

Vitória cidadania

Mariana, 16 anos, dançando com o cenógrafo do Instituto Ser, Jésus Sêda

Fotos - Martinho Caires

Vestida de fa da encenar na pe para ça Love, Love Love, , promovida pelo Institut o Ser em 2009

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Pai de menina autista consegue liminar que faz governo custear tratamento da filha

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os dez anos de idade, Mariana começou a sentirse angustiada na escola. Ainda dividia a classe com alunos mais novos. Embora possuísse autismo leve, o aprendizado era difícil. Os pais, percebendo a situação, decidiram colocá-la em uma instituição especializada, o Instituto Ser, em Campinas, onde residem. Por contar com uma equipe multidisciplinar de profissionais, o local possibilitava também o acompanhamento de outros problemas de Mariana, como a hipotonia e a dificuldade de mastigação. O pai, Fábio Bueno de Aguiar, advogado, tinha parte do tratamento pago

por Lúcia Passafaro Peres

Os profissionais da saúde também têm importante papel na luta dos autistas pelos seus direitos, pois podem sugerir às famílias que solicitem do governo um tratamento adequado

pelo plano de saúde da empresa onde trabalhava. Ao tornar-se profissional liberal, passou a bancar com todos os gastos. Ao procurar soluções para manter o tratamento da filha, soube de uma ação civil pública de 2000 que obrigava o governo de São Paulo a pagar assistência, educação e saúde das pessoas com autismo no estado. Fez então um requerimento à Secretaria Estadual de Saúde pedindo auxílio no custeio. Na resposta, que chegou dois anos e meio depois, a Secretaria oferecia a possibilidade de inserir sua filha em uma outra instituição,

Pai de Mariana, Fábio Bueno de Aguiar, baseou-se em ação civil pública de 2000 que obriga governo de São Paulo a pagar assistência, educação e saúde das pessoas com autismo no estado

uma ONG direcionada a autistas. Porém, o órgão, na opinião de Fábio, não atendia às necessidades de sua filha. “Ninguém em momento algum esclareceu nada sobre a metodologia, sobre o sistema de ensino, sobre o sistema terapêutico, pedagógico”. Além disso, a mudança no estilo de tratamento poderia resultar em uma regressão no quadro de Mariana. “O autista tem um tipo característico de comportamento, ele precisa de uma estabilidade não só emocional, mas uma estabilidade dos seus afazeres diários, ele tem uma rotina”. Como essa era a única alter-

nativa oferecida pela Secretaria, Fábio recusou. Em dezembro de 2009, com auxílio jurídico especializado, ajuizou uma ação para solicitar o custeio do tratamento no Instituto Ser. Em janeiro deste ano obteve uma liminar determinando que o governo terá de subsidiar o tratamento. A advogada que auxiliou Fábio, Fabiane Bianchini Faloppa, afirma que a ação civil pública é como um “cheque” que dá direito ao autista a um tratamento exclusivo e adequado em uma instituição especializada. E ressalta que os profissionais da saúde têm importante papel nesta luta.

A IMPORTÂNCIA DA ESTIMULAÇÃO Por não possuir instituições especializadas em autismo, a Secretaria de Estado da Saúde encaminha muitas vezes pessoas autistas a órgãos com os quais possui convênio. Um exemplo em São Paulo é o Centro PróAutista, que hoje atende 80 pacientes, sendo que 50 têm tratamento custeado pela Secretaria do Estado. Porém, o paciente que entra no Centro pelo convênio recebe o correspondente a 2h15 de atendimento semanal, ou seja, menos de 20% da carga horária do atendimento em grupo, de 12 horas. Muitas vezes o Centro, que é mantido pelos atendimentos particulares e principalmente por doações de pessoas físicas, custeia o restante do tratamento daqueles que não têm como pagar. O esforço da instituição em oferecer ao autista o tratamento integral deve-se à importância da estimulação para seu desenvolvimento e socialização. “Não dá para o familiar ficar o tempo inteiro com a criança. Por mais que tentem se revezar, eles têm atividades de casa, do trabalho. Então acreditamos que se a criança estiver em uma instituição especializada, várias vezes por semana, é o melhor resultado”, diz a terapeuta ocupacional do Centro Pró-Autista Dra. Juliana Blanco Carminato. É importante lembrar que a família, se bem orientada pelos profissionais da saúde, pode colaborar na estimulação da criança e melhorar sua qualidade de vida. “Mas desde que não fique com a carga de estimulação como terapeuta, porque ela tem papel de família”, ressalta a terapeuta ocupacional do Centro Pró-Autista Dra. Marília Penna Bernal.

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Com os adultos também são realizadas atividades que envolvem questões da atualidade, como a Copa do Mundo, e práticas cotidianas como ir ao mercado, cozinhar. No Centro Pró-Autista, os terapeutas levam os grupos para fazer compras, onde são incentivados a prestar atenção na lista de produtos, na qualidade, no preço, no troco e também para atravessar a rua, esperar os colegas, desenvolvendo assim noções de convívio em grupo.

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Habilidades adquiridas na fisioterapia podem ser levadas para as atividades diárias

A maioria das crianças com autismo têm disfunção no comportamento sensorial e isso interfere na sua relação com o outro, consigo próprio e no brincar” Dra. Juliana, terapeuta ocupacional

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A terapeuta ocupacional Dra. Maisa aplicando a integração sensorial em seu paciente

Fotos

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Problemas na comunicação, interesses restritos e comprometimento na socialização: essas são algumas das principais características do autismo. E podem vir associadas a déficits na área motora. Assim, uma grande variedade de profissionais tem papel fundamental para tornar melhor a vida de uma pessoa autista, entre eles fonoaudiólogos, psicólogos, educadores físicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, pedagogos, entre outros. Na terapia ocupacional, uma das abordagens utilizadas no tratamento é a integração sensorial, que busca melhorar a interação do paciente a partir da avaliação da quantidade, qualidade e intensidade dos estímulos que ele recebe. “A maioria das crianças com autismo têm disfunção no comportamento sensorial e isso interfere na sua relação com o outro, na relação consigo próprio, no brincar, facilitando a produção de atos estereotipados”, diz Dra. Juliana. A restrição de interesses e as atitudes estereotipadas são notadas já na infância, na forma de brincar. “Elas costumam escolher um brinquedo pré-determinado, ou aqueles de encaixar, que abrem e fecham ou que giram. Não exploram muito a imaginação e a criatividade… é aquela atitude sistemática”, diz a terapeuta ocupacional do Grupo de Reabilitação e Habilitação Unificado (Grhau) Dra. Maisa de Azevedo Forster Machado. Ela explica que essas crianças geralmente preferem o carrinho ou o berço em vez do colo, do abraço, dessa forma, as relações sociais também ficam alteradas. “Nesses casos optamos por eleger a abordagem de inte[10] gração sensorial”, diz.

Comprometimento na comunicação, nos interesses e na socialização: são umas das principais características do autismo. E podem vir associadas a déficits na área motora

Ao escolher sempre os mesmos objetos e a mesma maneira de brincar, as crianças autistas acabam se fechando para o aprendizado de coisas novas. Esse comportamento atrapalha o rendimento na escola, já que manter a atenção no mesmo foco que todos os colegas de classe é difícil. “O lápis que caiu lá atrás da sala de repente é muito mais interessante e interrompe todo o processo de atenção que ele estava direcionando na aula”, diz Dra. Marília. “Às vezes ele sabe ler e sabe escrever no computador, mas pegar o lápis e escrever à mão não faz sentido. Ele não tem o menor interesse”, explica Dra. Juliana. Assim, os terapeutas ocupacionais utilizam elementos que despertam interesse na criança para tentar inserir novas experiências em seu cotidiano. Foi o que fez Juliana para um paciente seu concordar em cortar o cabelo. Como o menino se interessava muito por carros e metrô, ela vivenciou, utilizando um boneco, todo o percurso que ele faria até o cabeleireiro, além de trabalhar o toque e o pentear, pois ele possuía uma sensibilidade muito grande na região da cabeça. “Foi importante porque em uma só terapia ele conseguiu brincar, trazer isso para o contexto lúdico e permitiu depois, no final de semana, que cortassem o seu cabelo”. Essa forma de estimulação também auxilia na socialização do paciente. Muitas crianças, por exemplo, passam a acompanhar mais facilmente a família no restaurante e na casa dos avós, a brincar com os pais e irmãos e a obter melhoras na interação com outras pessoas.

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Fotos - Lúcia Passafaro Peres

TERAPIA OCUPACIONAL E FISIOTERAPIA SÃO ESSENCIAIS

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Organizar o corpo

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4. Soltar as argolas

2. Abaixar pegando as argolas

Soluciona problemas em planos de solo diferentes

Soluciona problemas associados a diferentes posturas

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propostas, pois é uma forma de fortalecer sua independência e sua interação com o meio. A relação com as pessoas também é trabalhada, pois existe uma troca grande com o terapeuta e também com a família, que muitas vezes participa da atividade. Outro fator importante para o terapeuta, a família e o paciente é entender a funcionalidade da ação motora que está sendo trabalhada e que as habilidades adquiridas na fisioterapia podem ser levadas para as atividades diárias. “Como o circuito motor está dentro de um contexto lúdico, essa ação motora se traduz em uma ação funcional”, diz Dra. Maria Lucia.

3. Andar na espuma

Ultrapassa obstáculos e utiliza diferentes materiais sensoriais

1. Subir escadas

Marcha com obstáculos de diferentes alturas

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Além das atividades no Instituto Ser, Mariana, a adolescente do início da reportagem, faz balé, sapateado, tem aulas de culinária e inglês particular. Também namora um aluno do Instituto. A vida social das pessoas com autismo pode ser mais intensa do que se imagina. Muitos trabalham, frequentam a faculdade, porém ainda se deparam com o preconceito e falta de informação da sociedade. Assim, o trabalho de divulgação do autismo é essencial. Na região onde está o Centro Pró-Autista, os moradores estão mudando sua concepção, pois agora têm contato frequente com grupos de autistas do Centro no supermercado, na padaria e nas ruas. As mães também estão mais seguras. “Antes elas tinham muito receio, escondiam, porque achavam que o filho não saberia se comportar de forma adequada”, conta Dra. Juliana. “Até porque elas são muito julgadas, pois fisicamente os autistas não têm comprometimento. Então os outros pensam: ‘Nossa, que criança birrenta, que criança mal educada’”, complementa Dra. Marília. Outro fator que atrapalha na inclusão é a visão estereotipada sobre o autismo. “Existe um mito que diz: ‘o autista não faz troca afetiva’. E eles podem ser muito carinhosos, notar a presença do outro, se importar com seus sentimentos e acolhê-lo do jeito dele”, explica Dra. Juliana.

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CIRCUITO MOTOR Alterações nas habilidades motoras, assim como no ritmo, no equilíbrio ou na marcha também podem estar associadas ao autismo. Nesse caso, o acompanhamento do fisioterapeuta é essencial para favorecer no indivíduo o desenvolvimento e aquisições dessas habilidades importantes para o seu cotidiano. Mas, para que seja bem sucedido, é preciso adequar o tratamento às especificidades e necessidades desse paciente. A fisioterapeuta Dra. Maria Lucia Dotta, especializada no método Bobath, da clínica Grhau, usa entre outras ferramentas terapêuticas, o circuito motor, adequando a maneira de aplicá-lo às necessidades de cada paciente. “Procuramos construir o circuito motor com tarefas relacionadas ao dia a dia da criança”. O circuito motor envolve a construção de uma série de atividades, planejadas a partir de uma avaliação, que buscam o desenvolvimento mais adequado. São atividades simples, como treino da marcha com ritmo, ou mais complexas, como subidas e descidas de rampas ou escadas associadas a movimentos como levantar-se e abaixar-se. Dra. Maria Lucia explica que através destas séries de tarefas objetiva-se que a criança faça um planejamento motor para resolver problemas, como passar obstáculos, andar em terrenos que requeiram mais equilíbrio, subir e descer degraus, executar tarefas simples entre um obstáculo e outro, entre outros. “A criança com autismo necessita de organização; assim, buscamos que ela aprenda a fazer um planejamento motor para que suas atividades sejam cada vez mais elaboradas e de acordo com a sua convivência social” afirma Dra. Maria Lucia. Os circuitos modificam-se de acordo com o grau de dificuldade e a capacidade de realizá-los. É muito importante que a criança se sinta capaz de iniciar, executar e resolver as tarefas e atividades

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Fisioterapia auxilia a mulher da gestação ao pós-parto

Epi-no: equipamento alemão usado para quantificar a flexibilidade da musculatura do períneo

DURANTE A GESTAÇÃO

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Fotos - Juliana Menezes

por Juliana Menezes

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maioria das mulheres sonha em ser mãe. Ostentar a barriga de grávida é um motivo de orgulho para as mamães. Porém, nem todas conhecem os problemas físicos que acometem as gestantes e que podem acompanhá-las também durante o pós-parto. O fisioterapeuta é o grande aliado

Pacientes Cristiane e Cíntia fazendo exercícios com auxílio da bola Suíça

da mulher nesse período de mudanças fisiológicas tão drásticas. Gravidez não é doença, mas deve ser encarada como uma situação especial, que requer muitos cuidados. O profissional de fisioterapia compreende as mudanças ocorridas durante a gestação, auxilia no parto e faz um acompanhamento pós-natal.

50% das grávidas

desenvolvem incontinência urinária durante a gestação

Uma das principais queixas das gestantes é a dor lombar. Quando a barriga cresce o centro de gravidade é deslocado para a frente. A lombalgia é uma das maiores causas de afastamento do trabalho. Além disso, a futura mamãe sofre com o inchaço (edema) por conta das alterações hormonais, dificuldade respiratória, falta de ar e sobrecarga no assoalho pélvico, que provoca a incontinência urinária. Cerca de 50% das grávidas desenvolve a disfunção. A fisioterapia proporciona melhor qualidade de vida às gestantes. Quando iniciada logo no começo da gestação pode prevenir muitos males. Foi buscando alívio para as dores que sente durante a gestação, que Cíntia Oliveira Gumiero, 25, profissional de marketing, procurou a clínica de fisioterapia da Unifieo. “Comentei que sentia muitas dores no quadril e comecei a fazer as sessões de fisioterapia com 10 semanas de gestação. Foi ótimo para mim, alivia o cansaço, as dores no corpo, os incômodos da gestação”. Cíntia, como muitas gestantes, não era adepta de nenhuma atividade física, mas passou a ter mais consciência da importância de manter uma rotina saudável, tudo isso graças à fisioterapia. “Hoje eu sei da importância dos exercícios. No final de semana, se eu sinto determinada dor por te feito esforço demais, logo faço os exercícios passados pela fisioterapeuta. É tiro e queda!”, comenta entusiasmada Cíntia, agora caminhando para o oitavo mês de gestação. Também paciente da Unifieo,

A Associação Brasileira de Fisioterapia em Saúde da Mulher (Abrafism) é presidida pela professora Dra. Maria Cristina Cortez Carneiro Meirelles. É uma associação civil, sem fins lucrativos e já alcançou a importante vitória de ter reconhecida a especialidade de fisioterapia em Saúde da Mulher pelo Coffito. Tem como objetivos promover cooperação entre fisioterapeutas, encorajar a melhora na assistência e difundir e promover a assistência fisioterapêutica na área de Saúde da Mulher. Mais informações: www.abrafism.org.br

Conseguimos observar a importância do fisioterapeuta especialista em saúde da mulher na prática clínica” Dra. Miriam Zanetti, fisioterapeuta e diretora de Defesa Profissional da Abrafism

Exercícios executados de maneira errada podem causar desde entorses na mãe até má-formação fetal e aborto

Cristiane de Ambrósio Matos, 25, secretária, constatou os benefícios da fisioterapia durante a gestação. “Eu tenho uma respiração muito ofegante e depois da gravidez ficou pior. Percebi que com a fisioterapia consegui melhorar bastante a respiração, o cansaço, as dores nas costas. Está sendo muito bom para mim”, ressalta Cristiane, com quase quatro meses de gravidez. A prescrição dos exercícios é individualizada, de acordo com os transtornos apresentados por cada paciente. São trabalhados alongamento e reeducação postural para a lombalgia; terapia manual para alívio dos edemas; exercício respiratório e hidroterapia. A gestante pode fazer pilates e até acupuntura, desde que acompanhada pelo fisioterapeuta. O tratamento deve ser iniciado logo nos primeiros meses de gestação e pode se estender até o dia do parto. A fisioterapia só não é indicada quando há alguma contraindicação obstétrica. No final da gestação é feito um trabalho perineal para o parto. A supervisora do núcleo de estágios de fisioterapia em ginecologia obstetrícia da Unifieo e coordenadora da especialização de fisioterapia em obstetrícia da Unifesp, Dra. Miriam Zanetti, trabalha com um aparelho alemão chamado Epi-no e a massagem perineal. O equipamento serve para quantificar a flexibilidade da musculatura do períneo. Um estudo realizado com 230 gestantes demonstrou que a partir de 21 cm de perimetria, a mulher tem 5 vezes mais chance de permanecer com períneo íntegro, sem episiotomia ou laceração, lesões que podem ocorrer no momento da expulsão fetal.

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Foto - Divulgação

boa companhia! Em

Abrafism

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[16]

a mais de cesarianas são feitas no Brasil do que o recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde)

O PÓS-PARTO

Dra. Cristine Homsi utiliza recurso fisioterapêutico no primeiro estágio do trabalho de parto A clínica da Unifieo oferece fisioterapia para as gestantes. É cobrada uma taxa de R$ 25 mensais. Quem não pode pagar é isento do valor. Mais informações: (11) 3654-0846

Foto - sxc.hu

Dra. Miriam Zanetti fazendo o trabalho de fortalecimento da musculatura no pré-parto em suas pacientes na clínica da Unifeo

Com a chegada do bebê, a mulher precisa adaptar-se à nova rotina, que inclui muito mais que os cuidados com o recém-nascido. A nova mãe também precisa cuidar dela mesma. O pós-parto é um período difícil para a mulher, pois ela está cansada, com dores abdominais, flatulência, edemas, problemas no assoalho pélvico e incontinência urinária. Depois do parto algumas mulheres podem apresentar a trombose venosa profunda (TVP), principalmente logo após uma cesárea, quando a mãe fica mais tempo imobilizada. O trabalho fisioterapêutico deve começar logo depois do parto. Quem teve parto normal pode iniciar oito horas depois, enquanto quem passa por cesariana precisa esperar o período de dez horas. É feito um trabalho de fortalecimento do assoalho pélvico. O fisioterapeuta trabalha o fortalecimento do assoalho pélvico, aplicando as técnicas de massoterapia, cinesioterapia, contração isométrica, entre outras. Além disso, a postura da mãe trabalhada para evitar dores durante a amamentação. Um recente estudo publicado pelo periódico científico “Physical Therapy”, a principal publicação inter-

nacional da área, constatou que a fisioterapia também pode aliviar os sintomas da depressão pós-parto, transtorno que atinge 13% das mães. Segundo a Dra. Miriam Zanetti, o estudo foi relevante por ter documentado o competente trabalho desempenhado pelos fisioterapeutas. “Conseguimos observar a importância do trabalho do fisioterapeuta especialista em saúde da mulher no dia a dia, na prática clínica, mas faltava um estudo científico. Hoje em dia temos que falar de fisioterapia baseada em evidências”, diz. Ela afirma ainda que nunca houve casos de depressão pós-parto entre suas pacientes. Pacientes da Dra. Miriam Zanetti na clínica da Unifieo, Cristiane e Cíntia desejam continuar com a fisioterapia no pós-parto. “Pretendo continuar. Ainda não sei se vou conseguir ter um parto normal ou cesariana. E a fisioterapia vai ser muito importante em mais essa etapa”, diz Cristiane. Cíntia compartilha da opinião da colega. “Pretendo continuar até quando for possível, porque depois, quando você começa a amamentar a criança, sente muita dor nos braços, na coluna pela postura errada, então, a fisioterapia ajuda bastante”, diz.

A Unifesp oferece atendimento multiprofissional gratuito para as gestantes. Mais informações: (11) 5576-4000

A portaria Anvisa n° 1.067, de 4 de julho de 2005, afirma que a parturiente tem o direito de receber métodos não invasivos e não farmacológicos para o alívio da dor

A especialidade

Fisioterapia em saúde da mulher é uma especialidade reconhecida pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito) - Resolução nº 372, de 6 de novembro de 2009. Essa área desenvolve trabalhos preventivos e de reabilitação em ginecologia, gestação, pós-parto, disfunções sexuais, entre outros.

revista do crefito-sp .agosto.2010

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24%

tante do Brasil na Organização Internacional de Fisioterapia em Saúde da Mulher, Dra. Cristine Homsi, o objetivo da fisioterapia no momento do parto é minimizar a dor e acelerar o trabalho. O fisioterapeuta ajuda mulher a se posicionar de maneira adequada, a respirar melhor e ela aprende qual o posicionamento correto para o seu tipo de pelve. “Os recursos não farmacológicos são, na maior parte, fisioterapêuticos, portanto a presença do fisioterapeuta nas maternidades é de grande importância para a melhora na qualidade da assistência obstetrícia prestada e vem ao encontro dos preceitos tão atuais da humanização da assistência à gestante”, afirma. A portaria da Anvisa nº 1.067, de 4 de julho de 2005, quando foi instituída a Política Nacional de Atenção Obstétrica, afirma que a parturiente tem o direito de receber métodos não invasivos e não farmacológicos para alívio da dor, como massagens, banhos e técnicas de relaxamento durante o trabalho de parto. O fisioterapeuta é o profissional que dispõe desses recursos e pode aplicá-los da melhor maneira.

Foto - Arquivo Pessoal

Quando chega a hora do parto é natural que as gestantes, principalmente as de primeira viagem, fiquem apreensivas. Embora a cesariana seja indicada em determinados casos, o método natural continua sendo a melhor forma de dar à luz. No entanto, o Brasil registra muito mais cesarianas do que os 15% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A taxa nacional é de 39%, segundo o Ministério da Saúde. O trabalho de parto divide-se em primeiro e segundo estágios. O primeiro estágio é quando ocorre a dilatação e pode durar até dez horas. O segundo estágio é o expulsivo, quando acontece o nascimento e pode durar até uma hora. A fisioterapia faz com que a parturiente tenha consciência do seu corpo e de seu papel naquele momento. Ter feito fisioterapia não é o fator determinante para se garantir um parto normal, isto depende de outros fatores clínicos, mas com certeza a gestante que se submeteu à fisioterapia está mais bem preparada. Segundo a delegada e represen-

Fotos - Juliana Menezes

O GRANDE MOMENTO

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epi-no? o que é

Info g ra fia - To mm y Pi ssin i

o

Epi-no é um aparelho alemão usado para exercitar a musculatura do períneo durante a gravidez. Com a utilização do equipamento é possível quantificar a flexibilidade da musculatura da região, evitando assim a ocorrência de episiotomia e outras lesões que podem ocorrer durante o parto. Quando o períneo permanece intacto, os músculos e tecidos podem se recuperar mais facilmente após o parto.

Conector

Os aparelhos são constituídos por:

Medidor do progresso de pressão da paciente

Dispositivo para passagem de ar

6 40mm

1 Balão de silicone com

contornos estreitos

2 Bomba manual 3 Display de pressão (somente na versão Delphine Plus) 4 Válvula de alívio de ar

O balão pode chegar a 100 mm de diâmetro

EXCELENTE

5

MUITO BOM

4

Revestimento de silicone

12mm

5 Tubo de plástico flexível

3

O método de treinamento tem 3 programas de estágio Cerca de três semanas antes do parto a mulher deverá começar os exercícios para aumentar a elasticidade dos músculos do assoalho pélvico. Cerca de 15 minutos por dia.

Exercício do assoalho pélvico Para fortalecer os músculos do assoalho pélvico antes do nascimento.

Estique o Períneo Para o alongamento gradual da passagem vaginal antes do nascimento.

Preparar para o nascimento Para treinar o assoalho pélvico na fase do parto.

EPI · NO Delphine Plus

EPI · NO Delphine

3

4

5

2

ESTA CHEGANDO LÁ

4

2

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2

1 1

DEVE SER MELHORADO

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O exercício mais comum consiste em..

//Na internet: Confira a infografia animada em www.crefitosp.org.br/imp/2010/duvidas/epi-no.html

Inserir o balão na vagina da paciente deitada de costas. Depois ela deve suavemente contrair e relaxar os músculos contra o balão para criar resistência...

Lentamente o balão é inflado ao ponto de alongamento e conforto. A cada dia o balão é inflado e esticado mais. Não há nenhum risco para o bebê...

Após a fase de alongamento, a paciente deve relaxar os músculos do assoalho pélvico e permitir que o balão deslize suavemente para fora da vagina. Isto irá familiarizá-lo com a sensação da saída da cabeça do bebê

revista do crefito-sp .agosto.2010

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0

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Ilustrações - Tommy Pissini

e aparecendo

O Crefito-SP está investindo em publicidade colocando diversas campanhas nas mais variadas mídias. Esse é um passo importante para dar visibilidade à Fisioterapia e àTerapia Ocupacional e esquentar o mercado de trabalho

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r

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4

Conheça nossos personagens e saiba o que eles têm em comum

por Francine Altheman

enata, 35 anos, não conseguia se livrar dos remédios. Tomava analgésicos para as dores lombares que sentia diariamente. As dores lombares eram tão fortes, que a cabeça começava a doer também. Outro analgésico. Tanto analgésico, somado às dores e aos litros e litros de café que ingeria, lhe provocava insônia. Precisava tomar um comprimidinho de nada para conseguir dormir. Para não comprometer o estômago, tomava um antiácido antes de ingerir todos esses medicamentos. Tamanho era o seu desgaste emocional, que precisava também, vez ou outra, de um calmante. Por isso, Renata sabia de cor as bulas de grande parte dos remédios e costumava receitar tudo que lhe “fazia bem” para suas amigas. Seu armário era uma verdadeira farmácia.

2010 Rádio, TV, metrô, outdoors, cinema... a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional estarão na mídia

f

inalmente chegaram as tão sonhadas férias de Tiago, 27 anos. Mas ele não pôde agendar a viagem para o Caribe com seus amigos. Em uma consulta médica, descobriu que precisava fazer uma tonelada de exames. Ficou assustado! Passou boa parte de suas férias em um centro de diagnósticos... exames de sangue, de urina, tomografias, ultrassom... já esperava uma sentença de morte, depois de tantos exames. No entanto, os resultados foram todos negativos. Qual era o problema de Tiago então? Estresse. Ele precisava de férias. Mas era tarde. Seus amigos já tinham viajado e era hora de ele voltar ao trabalho.

stela é uma adolescente de 16 anos. Nasceu com paralisia cerebral e desde bebê é assistida por profissionais da saúde. Vive numa cadeira de rodas, mas aprendeu que suas limitações físicas não a impedem de ter uma vida feliz e saudável. Ela tem até namorado e os dois se divertem juntos. Estela tem atendimento de fisioterapia e terapia ocupacional garantido pelo Estado. Toda terça-feira, uma van adaptada busca Estela em sua casa e a leva para o Centro de Reabilitação. Ela leva duas horas e meia para chegar ao local. Muito trânsito, buzinaço, motociclistas. Estela fica esgotada. Ao chegar ao Centro, espera em uma fila enorme até chegar a sua vez. Fica decepcionada e ainda pensa que vai levar mais duas horas e meia para retornar para casa. Será que vale a pena tanto sacrifício?

s

eu Josué, 78 anos, olha a paisagem belíssima pela janela. Vê um lago azul, límpido, repleto de peixes. Tem vontade de pescar e nadar no lago, como nos velhos tempos. Mas ele está em uma cama de hospital, na UTI, com tubos enfiados em sua pele, esperando atendimento. Já esteve nesse leito. O médico lhe deu alta várias vezes. No entanto, ele chega em casa e, como não tem o acompanhamento, retorna para a UTI. A enfermeira até o reconhece: “Seu Josué está de volta. Vamos ver se dessa vez conseguimos recuperálo definitivamente”. Enquanto isso, ele sonha com o lago...

?

O que essas histórias têm em comum

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Crescendoe

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Ilustrações Tommy Pissini

Fotos reprodução

No Brasil, são realizadas um bilhão de consultas por ano, gerando meio bilhão de exames e o consumo de toneladas de medicamentos. Os exames e os medicamentos custam dezenas de vezes mais do que o valor gasto com as consultas”

[22]

Na vida desses quatro personagens, que bem poderia ser a sua vida, os serviços dos profissionais da saúde não estão sendo utilizados para prevenção e para promover o bem-estar, a longevidade e a vida com qualidade. Esses são os roteiros das histórias que o Crefito-SP está apresentando à população para mostrar essa realidade. Renata acorda de seu devaneio e percebe que seu armário não está cheio de remédios, mas sim cheio de perfumes, cremes faciais e maquiagem. Feliz, ela termina de se arrumar e sai para a academia. Tiago, em vez de mostrar seu “álbum de exames” para os amigos, mostra as fotos de sua viagem ao Caribe. Seu Josué não está na UTI. Acorda depois de um rápido cochilo debaixo de uma palmeira, na beira do lago, e dá um mergulho, mostrando todo o seu vigor físico. Estela não precisa sacolejar na van, porque o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional da equipe da saúde da família atendem a garota em sua residência, ajudando inclusive a adaptar sua casa para a cadeira de rodas se deslocar com segurança. Os quatro roteiros com final feliz fazem parte de uma série de vídeos que o Crefito-SP está produzindo em conjunto com a agência de publicidade Fabra e Quinteiro. “Além de

Você já parou para pensar que tudo na vida depende dos movimentos? O simples fato de pensar neste texto já está movimentando meu cérebro e minhas mãos. Opa, essa minha postura na cadeira também não está legal. Deixe-me ajustar a lombar e aproximar-me do monitor. O fato é que, depois de conhecer o Crefito-SP, minha visão do mundo mudou bastante. Hoje percebo como o trabalho dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais pode fazer a diferença na vida das pessoas. E foi pensando exatamente dessa maneira que a Fabra e Quinteiro desenvolveu a campanha do Crefito-SP para 2010. E se você é fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, preparese. Como todo movimento, esse também vai ter uma reação. E não temos a menor dúvida de que será bem positiva. Bom trabalho a todos e vida longa ao Crefito-SP por mais essa iniciativa. Paschoal Fabra Neto Sócio-diretor Geral de Criação

esclarecer para a população em geral os benefícios da fisioterapia e da terapia ocupacional, o movimento também instiga as pessoas a exigirem o acesso a essas práticas fundamentais. Afinal, é um direito de todo cidadão”, comenta o sócio-diretor geral de criação da agência, Paschoal Fabra Neto. O Crefito-SP já está com a campanha publicitária fervendo. Fechou contrato com a TV Minuto, que mantém a programação nas TVs do metrô de São Paulo, para veicular esses vídeos. As histórias também irão ao ar em uma emissora de televisão que deve ser anunciada em breve. O Conselho também está veiculando spots com os mesmos temas dos vídeos na Rádio Capital AM 1040 kHz cinco vezes por dia. O slogan Chegue aos 100 anos com saúde, faça Fisioterapia e Terapia Ocupacional já está na boca dos ouvintes da rádio. Paschoal garante que esse é só o começo de uma grande campanha que fará a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional serem conhecidas e admiradas por todos. “Mais do que simples peças publicitárias, o objetivo é promover um verdadeiro movimento pela saúde completa. Estão previstos filmes nas principais emissoras de São Paulo, spots de rádio, anúncios em revistas e jornais, ações promocionais e marketing direto”, ressalta.

Cenas do primeiro vídeo feito para a campanha 2010

Chegue aos 100 anos com saúde”

Slogan da campanha publicitária do Crefito-SP

CIDADÃO CONSCIENTE O principal objetivo da campanha publicitária do Crefito-SP é mostrar tanto para os profissionais como para a população que saúde é um direito de todos e um dever do Estado. “No Brasil, são realizadas um bilhão de consultas por ano, gerando meio bilhão de exames e o consumo de toneladas de medicamentos. Os exames e os medicamentos custam dezenas de vezes mais do que o valor gasto com as consultas. Assim, enquanto alimentamos a indústria da doença, os profissionais da saúde estão sendo impedidos de colocar suas virtudes a serviço da vida saudável”, alerta o presidente do Crefito-SP, Prof. Dr. Gil Lúcio Almeida. Outro foco da campanha é mostrar para os políticos que, por melhor que seja o hospital, a clínica ou o centro de diagnóstico, a população não quer fi//Na internet: Mais no site: www.crefitosp.gov.br

car internada, não quer fazer exames e tomar remédios. Ela quer viver mais, com saúde e bem-estar. A solução para esses problemas é colocar profissionais da saúde a serviço da vida estendida e com qualidade. Mão-de-obra o Brasil tem de sobra. São 3,5 milhões de profissionais. O cidadão precisa se conscientizar de que a solução está em suas mãos, entendendo que ter acesso aos serviços de saúde é um direito constitucional. Enquanto as pessoas não exigirem esse direito na Justiça, o paciente ficará de um lado da ponte, como a Renata, que se entupia de remédios, ou a Estela, que não tinha o atendimento domiciliar, enquanto os profissionais da saúde estarão do outro lado, reclamando por não ter emprego nem uma remuneração digna.

?

Como fazer com que essa ponte seja

atravessada

revista do crefito-sp .agosto.2010

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Prof. Dr. Gil Lúcio Almeida, presidente do Crefito-SP

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melhor remuneração a

Essas são as bandeiras do Crefito-SP!

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Tudo! Vamos ver como podemos fechar essa equação e melhorar as condições de trabalho e de renda de nossos profissionais:

Modelo atual

Modelo proposto pelo Crefito-SP

Focado na doença

Focado na saúde

O orçamento do Ministério da Saúde em 2010 é

3 em cada 4

R$ 67 bilhões

brasileiros dependem do SUS

Empregar

3,5 milhões

Entre eles os 150 mil fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais

de profissionais da saúde

fazem um diagnóstico abrangente, seguido de um atendimento adequado e periódico, que, na maioria dos casos, resolve os problemas da população. Evita-se o consumo desenfreado de remédios, a automedicação, pedidos de exames e retornos desnecessários aos hospitais. Uma equipe multidisciplinar conhece o paciente na sua totalidade, com todas as suas potencialidades e disfunções.

14

Parte desse dinheiro é investido em:

1 bilhão de consultas por ano

½ bilhão de exames

Consumo de toneladas de medicamentos

Resultado:

Uma em cada quatro pessoas é portadora de doença crônica Alto índice de doenças do trabalho Absenteísmo escolar Recaídas e retornos aos hospitais Brasileiro vivendo quase uma década a menos do que poderia

nos serviços de saúde pública

Resultado: Diagnóstico multidisciplinar Diminuição de gastos com exames e remédios Prevenção de doenças População mais saudável e produtiva Diminuição do absenteísmo no trabalho e na escola O que você pode fazer para ajudar a mudar o modelo atual?

- Consciência política: vote somente em políticos que estejam comprometidos com esse modelo de saúde - Consciência de cidadão: ensinando seu paciente que saúde é um direito de todos e que ele deve exigir esse direito na Justiça, se necessário

em cada

pessoas é portadora de doença crônica

Ilustração Tommy Pissini

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Fisioterapia e a Terapia Ocupacional são as profissões que devem prover o futuro da humanidade. Com a expectativa de vida aumentando, a prevenção e os cuidados com o corpo tomarão mais o espaço na vida das pessoas. Os países desenvolvidos já descobriram que colocar uma equipe multidisciplinar para cuidar de sua população é o melhor negócio. Os profissionais

empregabilidade e remuneração?

O governo gasta anualmente R$ 12,5 bilhões em auxílio-doença com funcionários que ficam mais de 15 dias afastados do trabalho

Vivemos a era da robotização da produção dos bens materiais e do crescimento do emprego nas áreas de oferta dos serviços. Assim, como ocorreu no mundo desenvolvido, o Estado brasileiro irá, mais cedo ou mais tarde, disponibilizar as virtudes dos profissionais da saúde à população. Além de ser um direito constitucional, essa medida vai melhorar a produtividade do país, aquecer o mercado de trabalho na área da saúde e melhorar a qualidade de vida do cidadão. Como trata-se de uma equação ganha-ganha, o futuro da Fisioterapia, da Terapia Ocupacional e das demais profissões da saúde é brilhante” Prof. Dr. Gil Lúcio Almeida Presidente do Crefito-SP

//Na internet: Mais no site: www.crefitosp.gov.br ou mande e-mail para ouvidoria@crefitosp.gov.br

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mais emprego

E o que isso tem a ver com

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Atividades da Vida

Terapeutas ocupacionais devolvem aos pacientes a liberdade e a independência tão desejada nas ações do dia a dia

O que é AVD?

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(ABVD) Atividades de Vida Diária Básicas

Cab

ra l

São as atividades cotidianas, executadas pelo indivíduo em sua rotina diária, visando a sua manutenção e a sua sobrevivência - alimentação, vestuário, higiene, autocuidados. lo

Arrumar-se Vestir-se Fazer higiene oral Fazer higiene sanitária Banhar-se Alimentar-se Manter a saúde e a socialização • Comunicar-se e ter mobilidades funcionais • Ter respostas às emergências • Expressar sexualidade

A AVD É DIVIDIDA EM DUAS PARTES:

Pau

• • • • • • •

e o diagnóstico de estabilidade, flexibilidade e habilidade de assimilar novas estratégias para o alcance dos objetivos funcionais. Essa avaliação tem como referência a tríade pessoa/tarefa/ambiente, uma vez que a pessoa com déficit nos componentes de desempenho não é capaz de realizar a interação com o ambiente que permite a realização das tarefas. A Resolução Coffito nº 316, de 19 de julho de 2006, determina que a prática da AVD em pacientes seja feita exclusivamente pelo terapeuta ocupacional, que deve executar o treinamento das funções para o desenvolvimento das capacidades de desempenho ocupacional.

s-

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As AVDs englobam uma série de atividades do ser humano. A Associação Americana de Terapia Ocupacional (AOTA) definiu que as AVDs referem-se às condições que a pessoa tem em:

Pacientes praticando exercícios para desenvolver a amplitude dos movimentos

O terapeuta ocupacional faz a avaliação da AVD por meio do diagnóstico funcional e ocupacional do paciente

MEDIDA DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL O Departamento de Reabilitação da Faculdade de Medicina da Universidade de Nova York, em Bufalo, desenvolveu, durante a década de 1980, a Medida de Independência Funcional (MIF). Criada para a avaliação de pessoas em processo de reabilitação, a MIF é um dos métodos utilizados pelos terapeutas ocupacionais para quantificar a evolução das AVDs e avaliar seis áreas funcionais do paciente: os cuidados pessoais (alimentação, higiene pessoal, banho, vestir-se e ir ao banheiro); controle esfincteriano (vesical e intestinal); mobilidade (transferências no leito, cadeira, cadeira de rodas, banheiro, banheira ou chuveiro); locomoção (marcha, cadeira de rodas, escadas); comunicação (compreensão e expressão) e cognição social (interação social, resolução de problemas e memória). A MIF, que é baseada em questões realizadas ao paciente ou ao seu cuidador sobre as AVDs, pode ser aplicada por qualquer profissional da saúde. No entanto, o terapeuta ocupacional utiliza a MIF de forma vivenciada, usando o Laboratório (AIVD) de AVD. Nesse trabalho de acompanhamento junto ao paciente, o Atividades da Vida Diária terapeuta ocupacional faz a checaInstrumentais ou Prática gem dos componentes do desempenho ocupacional - sensório motor Aquelas que envolvem a interação do (capacidade de receber estímulos, indivíduo com os utensílios do dia a processar informações e produzir dia e profissionais. Por exemplo, fazer resposta); cognitivo (capacidade de compras, telefonar, utilizar o transporte realizar tarefas raciocinar e resolver coletivo, realizar tarefas domésticas, preparar uma refeição, cuidar do próprio problemas); psicossociais e psicolódinheiro enfim, são tarefas consideradas gicos (capacidade de interagir com mais difíceis e elaboradas. as pessoas e o ambiente social e capacidade mental, de motivação e comportamental).

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estir-se, tomar o café da manhã, realizar a higiene bucal e corporal, cozinhar. Realizamos diariamente essas tarefas e não paramos para refletir o quanto podem ser difíceis de praticar para alguns. Pessoas que possuem limitações por causa de sequelas ocasionadas por acidentes ou problemas de saúde não conseguem desenvolver essas atividades devido, entre outras causas, à falta de coordenação motora, ao desequilíbrio e aos déficits sensitivos. É nesse momento que entra o trabalho do terapeuta ocupacional para que o paciente possa retomar com autonomia suas Atividades de Vida Diária (AVDs). O terapeuta ocupacional faz a avaliação funcional do paciente

Fot o

V

por Paulo Cabral

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RESULTADO NOS PACIENTES Antes eu sequer fazia a barba, agora já faço. Tenho mais liberdade. A vida fica mais fácil Nathanael Taveira, 65 anos

Consigo me vestir, escrever, entre outras coisas. Gosto do tratamento, pois o terapeuta ocupacional acompanha meu desempenho

[28]

Josué de Paula Lima, 42 anos

Exercício para abrir e fechar frascos

TERAPIA OCUPACIONAL NA ENFERMARIA Os pacientes que se encontram na enfermaria também recebem tratamento dos terapeutas ocupacionais para que voltem a ter independência ao realizar as atividades do cotidiano. A terapeuta ocupacional responsável pelas enfermarias no Centro de Reabilitação da Santa Casa, professora Anelise Sartorel, explica que a função da terapia ocupacional na enfermaria também é fazer com que o paciente tenha cada vez mais a autonomia de suas AVDs. “O objetivo básico é estimular a parte funcional. O terapeuta ocupacional fará que o paciente saia da cama, fique sentado e faça suas atividades básicas, como vestir-se, alimentar-se e tomar banho de forma mais independente, sem o familiar cuidador”. Entre as tarefas estimuladas e treinadas pelos terapeutas ocupacionais com os enfermos estão beber água no copo e fazer a transferência da cadeira de rodas para a cadeira normal. Eles também aprendem a sair da cama sem o auxílio de outra pessoa. “Com o trapézio o paciente começa a ganhar função e mobilidade para ele sair do leito quando necessário”, conta professora Anelise.

Paciente reaprendendo a vestir-se

Quanto mais cedo você introduzir a mão lesionada do paciente em seu dia a dia, a recuperação dos movimentos é favorecida, além da conexão do córtex com o ato motor Dra. Danielle Cutrim, Terapeuta Ocupacional

O trapézio serve para o paciente levantar-se do leito sem o auxílio de outra pessoa Adaptação para paciente desempenhar atividades de escrita

Paciente realiza a transferência da cadeira de rodas para a cadeira normal

E é esse o trabalho fundamental desempenhado pelos terapeutas ocupacionais que devolve a liberdade e autonomia aos pacientes. Liberdade para realizar suas tarefas do cotidiano e a alegria por ter novamente a independência tão importante para uma melhor qualidade de vida.

Guzzo, Regina Aparecida Rossetto. Análise comparativa da medida de independência funcional verbal e vivenciada em pacientes com hemiplegia por acidente vascular cerebral./Regina Aparecida Rossetto Guzzo. São Paulo, 2008 - Dissertação de Mestrado. Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo – Curso de Pós-graduação em Ciências da Saúde.

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O laboratório de Atividades de Vida Diária é o espaço de trabalho destinado aos procedimentos de avaliação e treinamento das AVDs. Um miniapartamento planejado para que se possa vivenciar as tarefas do dia a dia, normalmente um anexo à sala de Terapia Ocupacional. A chefe da Terapia Ocupacional da Santa Casa de São Paulo, professora Regina Aparecida Rossetto Guzzo, esclarece que “o laboratório de atividade de vida diária, é o lugar onde se avalia, se treina, se adapta e se corrige o desempenho ocupacional do paciente”. O serviço de Reabilitação da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia faz uso da MIF Vivenciada com seus pacientes em laboratório de AVD desde 2003. Os treinos contam com a presença de um familiar cuidador, escolhido pelo terapeuta ocupacional já na avaliação funcional do paciente. “Esse cuidador acompanhará as sessões, porque supervisionará o paciente ao realizar suas atividades cotidianas em casa”, diz professora Regina. Cada paciente recebe um treino específico de acordo com suas restrições de mobilidade. A volta para a liberdade dos movimentos, como explica a terapeuta ocupacional especialista em mão do Centro de Reabilitação da Santa Casa, Dra. Danielle dos Santos Cutrim Garros, é feita da seguinte maneira: “Treinamos isoladamente o movimento, liberando a articulação e o músculo comprometido, favorecendo de forma indireta o retorno à execução das Atividades de Vida Diária”.

Fotos - Paulo Cabral

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LABORATÓRIO DE AVD

Por causa de um acidente com moto, Josué de Paula Lima, 42 anos, não só perdeu os movimentos do braço direito, como também a autonomia para realizar suas AVDs. Após um ano de tratamento com terapeutas ocupacionais, Josué já enumera as tarefas que consegue desempenhar. Nathanael Taveira, 65 anos, sofreu um derrame e há um mês realiza os treinos para a prática da AVD na Santa Casa. Parte de sua recuperação lhe permitiu ir ao banheiro caminhando e tomar banho em pé, entre outras tarefas que ele não conseguia realizar.

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Começam as novas regras da ANS para os

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R$ 4.650

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por Francine Altheman

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ma remuneração justa pelos serviços altamente especializados dispensados pelos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais aos seus pacientes. Essa é a justificativa do Projeto de lei nº 5.979, de 3 de setembro de 2009, de autoria do deputado federal Mauro Nazif, que propõe o piso salarial de R$ 4.650 para essas categorias. O Projeto, que tramita na Câmara dos Deputados Federais, já recebeu voto favorável da Comissão de Seguridade Social e Família, cujo relator foi o deputado Paulo César. “Justifica-se uma remuneração condigna, entre outros fatores, pela complexidade e grande responsabilidade das atividades que exercem”, ressalta o relator. Esse projeto está vinculado à Lei nº 8.856/1994, que define a jorna-

Projeto de lei pretende elevar o piso salarial do fisioterapeuta e terapeuta ocupacional. É justo e vamos lutar por isso

da de trabalho dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais em 30 horas. A proposição pretende acertar um piso salarial adequado, que garanta aos profissionais uma remuneração digna com uma carga horária razoável, possibilitando a oferta de um serviço de saúde com qualidade. Ainda existe um longo caminho a percorrer até o projeto ir para votação em plenário na Câmara e no Senado, pois ele deve passar ainda em mais três comissões. O Crefito-SP acredita que esse PL não deve ser encarado

como algo inatingível. “Se compararmos o atual piso salarial dos médicos vamos perceber um disparate. Devemos empenhar esforços para que a proposta avance”, alerta o fisioterapeuta e bacharel em direito Dr. Rubens Silva. O Crefito-SP vai lutar pela aprovação desse PL e para que projetos dessa natureza sejam propostos na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo e nas Câmaras Municipais. O Conselho tem também trabalhado para que o governo contrate fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais nos programas de saúde pública. (saiba mais na matéria da página 22). São iniciativas como essas que aquecem o mercado de trabalho e valorizam os profissionais da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional.

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planos de saúde

por Lúcia Passafaro Peres á estão valendo desde 7 de junho as mudanças instauradas no rol de procedimentos dos planos de saúde pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). As alterações, definidas pela Resolução-normativa 211 da ANS, de 11 de janeiro, insere 70 novos procedimentos na cobertura dos planos e amplia o número limite de sessões de algumas áreas da saúde, como a Terapia Ocupacional. O número máximo de sessões de terapia ocupacional cobertas pelos planos passará de seis a 12 por ano. Outra novidade da resolução é a inserção de um artigo que obriga os planos a priorizar, na área de saúde mental, o atendimento ambulatorial e em consultórios em vez da internação psiquiátrica. Além disso, a resolução inclui a cobertura de atendimento e acompanhamento nos hospitais-

dia, que têm os terapeutas ocupacionais como um dos principais profissionais de suas equipes. De acordo com a diretora-secretária do Crefito-SP, terapeuta ocupacional Dra. Osmari Virgínia de Mendonça Andrade, a resolução poderá abrir mais postos de trabalho, pois incentivará os planos a contratar mais profissionais. Porém, ressalta que ainda há muito o que melhorar e uma das maneiras seria tornar o número de sessões ilimitado, como ocorre com a fisioterapia. COBERTURA SE RESTRINGE À ÁREA DE SAÚDE MENTAL Apesar de os terapeutas ocupacionais trabalharem em uma grande variedade de áreas, como terapia da mão, saúde da família, saúde funcional, o novo rol da ANS limita a área de atuação desses profissionais à saúde mental.

Veja trecho da Resolução abaixo 67. CONSULTAS/SESSÕES COM TERAPEUTA OCUPACIONAL 1. Cobertura obrigatória de até 12 consultas/sessões por ano de contrato, quando preenchido pelo menos um dos seguintes critérios: a. pacientes com diagnóstico primário ou secundário de demência (CID F 00 à F 03); b. pacientes com diagnóstico primário ou secundário de retardo (CID F 70 à F 79). e. pacientes com diagnóstico primário ou secundário de transtornos do desenvolvimento psicológico (F 82, F 83).

//Na internet: Mais no site: www.ans.gov.br/portal/site/roldeprocedimentos/roldeprocedimentos_hotsite.asp

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Aumento da oferta de Terapia Ocupacional faz parte das mudanças

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tas NOTAS

DEFIS FISCALIZA HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS

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Mais da metade das unidades estavam irregulares

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por Paulo Cabral O Departamento de Fiscalização do Crefito-SP (Defis) realizou, entre os meses de março e maio, fiscalização nos 52 hospitais psiquiátricos do Estado de São Paulo. O objetivo da ação foi verificar a qualidade assistencial, envolvendo questões como a estrutura hospitalar e as atividades dos terapeutas ocupacionais nesses locais. Apesar de nenhum dos hospitais fiscalizados ter apresentado problemas em relação à infraestrutura, 56% apresentaram déficit de oferta assistencial na área da terapia ocu-

pacional. Após a constatação da irregularidade, o Defis encaminhou ofícios às vigilâncias sanitárias dos municípios onde estão os hospitais, solicitando que sejam tomadas as devidas providências e que a qualidade assistencial seja reestruturada. O coordenador do Defis, Dr. Neilson Spigolon, esclarece que o departamento trabalha com o lema de produção eficiente, eficaz e transparente. “Trabalhamos em ações pontuais e desta forma conseguimos resultados em um curto espaço de tempo”, ressalta.

A cidade de Fortaleza no Ceará, será sede do 5° Congresso Internacional de Fisioterapia que acontece do dia 26 a 29 de setembro no Centro de convenções do Estado do Ceará. Dentro do evento organizado pela Sociedade Brasileira de Fisioterapia, será realizado o 5° Simpósio Brasileiro sobre Diagnóstico Cinesiológico Funcional, o 3° Meeting de Empreendedorismo em Fisioterapia, o 2° Congresso Brasileiro de Fisioterapia Social e o 2° Simpósio Brasileiro de Fisioterapia Clínica. Palestrantes internacionais de fisioterapia já têm presença comfirmada. Os temas da programação científica são Pós-graduações em Fisioterapia: especializações, residências, lato e strictu sensu; Acupuntura, Sistema Único de Saúde; Fisioterapia baseada em evidências, entre outros.

O I Congresso Brasileiro de Fisioterapia Manipulativa e Musculoesquelética (Cobrafimm) será realizado do dia 21 a 23 de outubro, na cidade de Curitiba, no Paraná. O evento terá palestrantes internacionais. O I Cobrafimm é organizado pelo Grupo de Terapia Manual e a Promind. Tem entre os seus apoiadores os conselhos estaduais e federal de Fisioterapia e a Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa e Musculoesquelética (Abrafimm). A programação científica contará com um ciclo de palestras e workshops sobre temas como: Raciocínio Clínico em Fisioterapia Manipulativa e Musculoesquelética; Exercícios Terapêuticos e Controle Motor; Técnicas Manuais; Biomecânica Clínica; Fisioterapia Manipulativa e Musculoesquelética no Esporte; Abordagem Fisioterapêutica nos Mecanismos Centrais da Dor, entre outros.

Inscrições e informações:

Informações e inscrições:

www.sbf.org.br

www.cobrafimm.com.br

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FORTALEZA SEDIA O 5° CONGRESSO DE FISIOTERAPIA

I COBRAFIMM COMEÇA EM OUTUBRO

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ações INFORMAÇÕES

inform

Novo sistema de telefonia

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ENADE 2010 AVALIA FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL

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CONADI COMEÇA EM SETEMBRO O 3° Congresso Nacional de Diversidade e Inclusão Tecnológica e Trabalho (Conadi) será realizado em São José dos Campos do dia 15 a 17 de setembro. O Conadi abordará assuntos relacionados à inclusão social, tecnológica e diversidade voltados à emancipação do trabalho. As propostas surgidas nas discussões serão encaminhadas aos governantes. O público-alvo são estudantes,aprofissionais da educação, saúde, recursos humanos, serviço social, sociologia, engenharias, arquitetura, políticas públicas, direito e toda a comunidade. Na programação estão em pauta assuntos como trabalho na pósmodernidade, emancipação/trabalho e desafios tecnológicos. Inscrições e informações: www.congressoconadi.com.br telefone: (12)3905-4401 Endereço: Núcleo do Parque Tecnológico de São José dos Campos

informações:

Rodovia Presidente Dutra, Km 138

www.inep.gov.br/superior/enade

Eugênio de Melo, São José dos Campos

Fotos - sxc.hu

Os cursos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional serão novamente avaliados pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (enade). O último exame foi aplicado em 2004. Só no estado de São Paulo, 108 instituições de ensino oferecem o curso de Fisioterapia e 21 o curso de Terapia Ocupacional. Este ano a prova será realizada dia 21 de novembro; outros 17 cursos serão avaliados. O Enade foi criado para substituir o Provão, antigo método de avaliação dos cursos superiores. O exame, que é realizado desde 2004, tem o objetivo de avaliar o desempenho dos estudantes em relação aos conteúdos programáticos, o desenvolvimento de habilidades necessárias ao aprofundamento da formação geral e profissional e o nível de atualização dos estudantes com relação à realidade brasileira e mundial. A participação no Enade é obrigatória para estudantes que estão terminando o primeiro ano e para os que estão cursando o último ano. O cadastro dos alunos deve ser feito pelas instituições de ensino até o dia 31 de agosto.

Uma nova e moderna TECNOLOGIA de comunicação na área de TELEFONIA está sendo implantada na nova sede do CREFITO-SP. É o sistema VOIP, em que é possível efetuar e receber chamadas pela INTERNET. Por isso, o sistema de telefonia do CONSELHO está em fase de implantação e TRANSIÇÃO e alguns transtornos e inconvenientes podem ocorrer nesse PERÍODO. Pedimos DESCULPAS pelos transtornos causados aos PROFISSIONAIS que tentam entrar em contato com o Conselho. //Contato:

Email ouvidoria@crefitosp.gov.br Novo Telefone da Sede (11) 3252-2255 Endereço Rua Cincinato Braga, 277 Bela Vista - CEP 01333-011 São Paulo-SP

SUBSEDES Os profissionais do interior do Estado devem entrar em contato com a subsede mais próxima de sua cidade: Campinas (19) 3295-9361 Marília (14) 3454-4827 Presidente Prudente (18) 3916-6919 São José do Rio Preto (17) 3212-9381 Ribeirão Preto (16) 3635-8307 Santos (13) 3225-7670 São José dos Campos (12) 3911-9022


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