2 a semana
correio de venezuela • 13 a 19 de outubro de 2011
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editorial
Festa do Desporto No próximo fim-de-semana estima-se que cerca de 10 mil portugueses e luso-descendentes e respectivos familiares se concentrem no Estado Arágua, onde decorrerão, na cidade de Maracay, os Jogos da FECEPORVEN – Federação dos Clubes Portugueses na Venezuela. A estimativa mostra em números a dimensão desta iniciativa que desde há alguns anos, a par do festival anual de folclore, costuma reunir maior número de emigrantes lusos na Venezuela. E neste dia em que devemos destacar o que de bom e útil faz esta comunidade não podemos esquecer todos quantos contribuem para que esta realização atinja os objectivos a que se propõe. Exactamente um grande evento desportivo, de confraternização e de fraternidade, de melhor conhecimento e de disputa sã entre pessoas que comungam as mesmas origens e a vontade inquebrantável de afirmar-se como cidadãos divididos entre duas Pátrias que tudo lhes tem dado: a vida e os meios para sobreviverem e produzirem riqueza e sustento para os familiares. É nesta perspectiva que devemos ver estes eventos que, são, ao fim e ao cabo, um momento para exaltação de valores e para a valorização de ligações que, no futuro, poderão ser úteis para todos. Neste caminhar exibem-se as nossas potencialidades, o valor dos nossos atletas e a sua participação, também, no panorama desportivo da Venezuela, no qual a comunidade luso-venezuelana, tal como noutros sectores de actividade, tem tido uma influência interessante. E cada vez mais enraizada, já que as novas gerações sentem-se mais integradas no território. Esta condição resulta também do trabalho que tem sido desenvolvido ao longo das últimas décadas pelos clubes e associações portuguesas que, tradicionalmente, sempre deram às actividades desportivas uma colaboração muito grande. A grandiosa organização destes jogos foi este ano atribuída à Casa Portuguesa de Arágua, que acolherá os momentos mais marcantes da competição, já que devido à quantidade de jogos e manifestações o programa se dividiu entre outras instituições da cidade de Maracay. Uma colaboração que se regista, já que houve necessidade de expandir, dado o projectado número de participantes. Estão inscritos 2.307 atletas em diversas modalidades e de várias idades. Como habitualmente deslocam-se acompanhados, e no total espera-se que estejam a convergir para Maracay cerca de 10 mil pessoas. Este ano há um recorde de participantes, mas com a ausência do clube Atlântico Madeira de Barquisimeto (Estado Lara) e do Centro Português de Acarigua (Estado Portuguesa). Todos os caminhos vão dar a Maracay e este ano os jogos da Feceporven contarão novamente com as participações dos clubes portugueses de La Vitoria, de Catia La Mar e de Barinas. Gente que vem de muito longe, alguns a fazerem cerca de 1.200 quilómetros pelo prazer e oportunidade de se juntarem aos seus compatriotas num autêntico festival de saudade também, em que os valores que nos unem serão naturalmente exaltados e o desporto prestigiado. A acção dos centros, clubes e associações portugueses têm neste aspecto um papel muito importante a desempenhar e é com muito gosto que noticiamos este recorde de participações, o que mostra que os dirigentes e associados entendem o seu papel e executam bem a obra que se propuseram. Por isso não será demais destacar o trabalho do clube organizador, na pessoa do seu presidente David Alcaria e de toda a sua junta directiva. São muitos dias e noites de dedicação e muito empenho colocados na Casa Portuguesa de Arágua, para que tudo corra bem. Temos a certeza de que resultará em pleno mais esta jornada que dignificará todos quantos nela participarem. Nada se irá sobrepor ao são convívio e desportivismo que são pretexto para mais esta edição dos Jogos da FECEPORVEN. Até ao próximo ano.
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▲▲ Muito Bom
▼▼ Muito mau
Nunca é demais relevar e destacar a importância daqueles que nos ajudam. No caso particular dos Jogos da FECEPORVEN, não podemos esquecer a cooperação de algumas instituições de Maracay, como são os casos da Casa de Itália, Centro Hispânico, Colégio de Advogados, Polidesportivo Las Delicias, Colégio San José e Telares Maracay, que abriram as suas portas e permitiram a realização de algumas das competições. Bonito e de registar.
Esta semana a insegurança golpeou mais uma vez, e com bastante dureza, a nossa comunidade: três homicídios (Los Teques, Valência e Maracay) e três sequestros (Los Teques, Valência e Ocumare). Tudo isto em menos de 7 dias. Sabemos que as autoridades continuam a esforçar-se, como se evidencia na destruição de armas, em mais planos de segurança rodoviária e operações anti-sequestros. No entanto, parece que já falta pouco para que a população comece a protestar em massa contra estes actos criminosos, que incentivam muitos a querer sair do país.
FOTOFLASH
No passado 4 de Outubro, entrou em vigor o Regulamento Parcial da Lei de Transporte Terrestre sobre o Uso de Motocicletas na Rede Viária Nacional, com o qual o Governo espera controlar a situação dos motorizados em todo o país. Como era de esperar, a decisão gerou opiniões antagónicas e foi apenas acatada por poucos, já a maioria dos mototaxistas fez vista grossa e continua a utilizar o transporte à margem da lei. Como cidadãos, devemos estar conscientes de que este novo regulamento procura, entre outros desideratos, eliminar o grande número de acidentes que ocorre nas grandes cidades e auto-estradas devido às colisões entre motas e veículos particulares; e, além disso, reduzir a elevada criminalidade que em muitos casos está associada a pessoas que circulam em motas. Não é difícil. É tudo uma questão de hábito e de respeito pelos demais condutores. Cumpramos estas normas e façamos da Venezuela um país melhor.
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