T1735 - Revista de Seguros - fevereiro de 1985_1985

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A cobertura do Brasilsat

Acidentes de trabalho: luta pela reprivatizagao

Cereals; novas 9di^ntias para comerciaiiza^ao

ORGAO OFICIAL
DIVULGACAO
- ANO 65• N? 758• FEV/85
D
DE
da FENASEG

Quern segura I

0 langamento dPs primeirossatelites brasilelros de comunicagoes agora e uma realidade. Mas, para segurar esta sofisticada tecnologia e o risco da operagaoda Embratel no ProjetoBrasilsat foram necessarias quatro apolices,' totalizando cerca de 330 milhoes de dolares — um dos maiores contratos de seguros de todaa historia do Brasil.

A Noroeste Seguradora, empresa do Conglomerado Noroeste, tern omaior orgulho de liderar as seguradoras que participam do empreendimento.

E sem nenhum receio de Ir

para o espago.

NOROESTE SEGURADORA

RBVISTA DE SEGUROS* - Otg;7o Ollcial da Fcdcra^ao Nacioaal das limprcsas dc Seguros Privados e do Capitalizagao (l-enaseg). Rua Scnador Dantas, 74/129 andar. TcL: 210-1204. Eiidere^o Tclcgia- Oto: cnascg, Teicx; 34505 FNESBR.Ci;P 20031.

Diretoria - Prosidente:Victor Artliur Renault; 19 Vice-presidcnte: Luiz de Campo.s Salles; 29 Vicepres|dentc: Alberto Oswaldo C. r.—.-wii.... /-»iuvi«u \.;swmuo Araujo; 19 Scerctario: Hdmilcai Pizzatto; 29 Sectetario: Ruy Bcrnardcs L, Braga; 19 Tesoureiro: Jose Maria S. T. Costa; 29 Tesou reiro: Delio Bcn-Sussan Dias. Supientc.s: Ivan Gonfalves Passos; Marco Jose G, Petrelli; Nilo Pe(Ireira l illio; Octa'vio C. do NasciRoh-M de Freitas; Roberto B. P. oe Almeida F® Conscllio Fiscal - Efetivos: AugustoGodoy; Jorge do Marco Pasnm ?"'«SAdoli)ho Bertochc nho; Alfredo Dms da Cruz.

D'rctor Re-sponsavcl: Victor Ar"7^ "cnault. Editor Executive: ^r ri° - Reda- •or Clietc; Fernando Couto SeSalino. Colabo- raram nesie numero: Paulo Caru□sBA? r Vil- as Boas Corrca. Fernando Couto Lobo, Alberto Lopes Luk fcfra"da Jomar

Simonscn "^^^que

'ntcgrada Ltda Mara Bcntcs W °ra Geral: 9ao: Mario fin es'"® Re<Ja'abora^a-o- Rosan°V « Co-

Aueusto e Luiz Dias Vicin f Norma

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PosicHMt toerariav (fo- «SVp^');"°-P°I«?nova (laboBastos "i — Grafica: Eraldo Victoria

tUo; Senador Dan/-A - PABX 262-8755. Te- '«:(02irar4'^n^.262-8755. Temcda J,li Paulo:Ala- 280-3350' yV- 280-3199/ B«sma. (Oil) 34397. Coni ^ - Quadra 701 - Coni r Sl2 ; «.T ^°.'=oA Salas 507 a c,. 1 — aauis 3\ji a (Oe'ii 226-2966. Telex: Rutc-1 '"kptessao: RicxDistriw Tel.: 208-0046. * F,,.., Fernando Chinaglia. p -'buica ^ Os a Jose Veloso Borba 8a(,i|- ,8os assinados sao derespon'oaUe unica e exclusiva de autores.

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ni'vel alcaii9ado pela deman- Oda

I a importanda atual dessa :i j insdtuigao em nossa cultura economica. NSo faz muito tempo, acreditava-se que a imprevidencia era da prdpria indole do brasileiro. Tratava-se de conceito falso e superficial.

Gilberto Freyre,em admiravel estudo (0 sejuro na formagao social biasileta), acumulou farta prova de que, exatamente ao oontrario, todo o nosso passado cultural era enriquecido pela valorizaqSo da previdencia. ValorizaqSo que nSo se limitava ao piano conceitual, pois se traduzia na pratica em multiplas instituiqOes do genero, notadamente as Santas Casas de Misericordia, aqui implantadas pela civilizaqSo portuguesa.

O seguro privado, que na abertura dos portos encontrou oportunidade para dar seus primeiros passos entre n6s (com a fundagSo da Companhia Boa F^, em 1808), teria naturalmente longa e demorada evoIuqSo. Isso, entretanto, nSo porque houvesse bloqueios de ordem cultural a expansSo da atividade seguradora, mas porque esu, em toda parte, esti sujeita a dois condicionamentos b^sicos: o incremento da produgSo economica e a melhoria do perril de distribuigSo da renda.

pfK^otizQ^Qo-dp Addentes^^eTTfQbqlh

Uma antiga(ejusta)aspiracao

Na verdade, a histdria do desenvolvimento do seguro brasileiro i uma seqiiencia de etapas evolutivas que refletera e acompanham, claramente, a prdpria trajetdria das transformagdes economicas e sodais do Pai's. A industrializagSo, que fortaleceu e dinamizou a estrutura produtiva do Pai's, e o boom economico do final dos anos 60 e ini'do dos 70 marcaram fases aureas no cresdmento do seguro nadonal.

Hoje, quando o seguro privado tern forte e relevante presenga na vida nadonal, n£o mais se justifica a ausenda de um veiculo especifico de comunicagSo com o publico usuario.

Este deve e predsa ser, nSo apenas aroplamente informado, mas bem esclareddo sobre os fatos correntes da atividade seguradora, sobre o papel do seguro no contexto da economia e no processo social, bem como sobre o desempenho do mercado no atendimento das necessidades nadonais de seguranga economica.

Para suprir essa lacuna em mat^ria de comunicagdo foi que adquirimos o

tftulo da REVISTA DE SEGUROS, publicagSo tradidonal do meio segurador, onde circula ha mais de 60 anos. Daqui para frente serada Federag£o Nadonal d^-Empresas'^de Se guros Privados e de CapitalizagSo a responsabilidade de edita-la. Mas em outros moldes, com novo piano edi torial, de modo que a publicagSo deixe de ser um veiculo confinado ao mercado segurador, transformando-se num instrumento de comunicagao com o pilblico usu^o do seguro e com variados setores da opiniSo na donal. '

Todavia, apesar de sua denominagSo, a REVISTA DE SEGUROS nSo se limitard a divulgagao da atualidade seguradora. Vai tambdm ocupar-se de outros assuntos de interesse da sua nova e diversificada gama de leitores, estendendo seu projeto editorial aos pianos economico, politico e cultu ral.

Esperamos cumprir todos esses propdsitos, a servigo do leitor e em proveito dele,it

Oiretoria da Fenaseg

So e s6 0 comercio, a agricultura e a indiistria que reclamam mudangas setoriais S'-i Liy de suas atividades, tarefa ardua que o Govemo Tancredo Neves tera de enfrentar a partir do proximo dia IS de marge.As empresas seguradoras tamb^m desejam redefinir a politica do mercado e, aldra disso, defendem uma ptofunda reformulagSo da Previdencia Social, hoje ocupando ^reas mtidamente pertencentes a ini<^tiva Privada. Na reforma do siste^ previdencidrio brasileiro, certa' precise separar com clan ° Nela, nSo pode- II deixar de figurar, per exemplo, a pnvatizagSo do seguro de acidentes trabalho, um dos pontos basicos e luta da Federagao Nadonal das mpresas de Seguros Privados e de ^apitalizagso(Fenaseg).

de na defesa da liberdadarf ^ o presidente da enti- ®r Victor Arthur Renault, lembra 3 fungSo da Previddncia Social d a assistdncia. E de forma expliafirnia que o seguro de addentes e trabalho d uma responsabilidade ®*il do empregador, que d quem in® nsive paga integralmente para obter ®oberturas do seguro.Sem ddvida, forma de contribuigdo difere da de sustentagdo da Previdencia, '''^cada no regime tripartite: emprepatrSo e o prbprio Estado.Por-

tanto, para Renault, somente essa diferenga na obtengao de recursos d sufidente para caracterizar uma presenga estatal indevida no contexto do addente de trabalho. E certo que a intromissSo do poder publico nessa drea nao d secular, embora exista hd cerca de 20 anos. A estatizagdo veio com o Ministro Jarbas Passarinho, na dpoca, em 1966, ocupando a Pasta do Trabalho. An tes, 0 seguro era disputado livremente entre os institutos previdendarios e as companhias seguradoras.E certo tambdm que foi a partir dai que o

mercado de seguros privados passou a lutar para reconquistar o espago perdido. Entretanto, como revela Victor Renault, tratava-se de movlmentos isolados. "A defesa mais indsiva e organizada pela volta da concorrenda de mercado emergiu em 1983,com a posse da atual diretoria da Fenaseg", enfatiza.

Iniciando negociagoes - No roteiro natural do processo de luta n£o se poderia deixar de incluir os gabinetes das autoridades da area. Dessa forma, as conversagoes foram inidadas e va ries estudos sobre o assunto realizados, criando um clima de entendimento em tomo de um projeto que possivelmente se tomara realidade no decorrer deste ano. "Com o entao Ministro H^lio BeltrSo e com o presi dents do INAMPS Aloysio Chaves, houve receptividade, desprovida de qualquer preconceito, em examiner a questio", salienta Renault, acrescentando que "esses dois dirigentes entendiam que a Previdenda n£o podia continuar com o seu gis^bsmo e, mais do que isso, invadindo ativida des contiarias a sua prdpria fungSo na sodedade".

A saida de H^llo BeitrSo da Previ denda Social interrompeu uma etapa de negodagSes, mas ndo impediu a sua retomada com a subida de Jarbas Passarinho, o ministro que concretizou a estatizagSo do seguro em 1966.

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"Nao faz muito tempo, acreditava-se que a imprevidencia era da prdpria indole do brasileirorr
desegurosdeixa evidente
Renault: gigantismo na Previdencia
RRVMTA nE SEntiRrv: 'A ni? sGmrarK

Na pratica, s5o os s^rios problemas do deficit e da fraude umas das principais causas que estreitam a margem de manobra do Governo para desmflar esse gigantesco baldo que e a Previdencia Social, mesmo que esta situagSo seja favoravel as teses de livre mercado, que representam, 6 verdade, solugdes duradouras. Renault acredita nessa premissa, ao reconhecer que o Minist^rio ficou assoberbado de trabalho nos ultimos tempos em virtude das suas constantes dificuldades orgamentarias, razao pela qua! OS estudos com o mercado segurador nSo tiveram o andamento desejado. Para ele, nSo ha porque desconsiderar essa realidade, "ja que em virias oportunidades o Ministro Passarinho admitiu que os motivos que o levaram a estatizar o seguro nSo mais prevalecem no momento, demonstrando ainda, assim como BeltrSo, estar com o espi'rito absolutamente desarmado para rever a materia em conjunto com o setor privado".

Problema da fraude ~ Na questSo da fraude as empresas de seguros acompanham atentas os lances de combate desencadeados pelo Gover no. A razso i simples: uma aposentadoria por invalidez permanente as atinge diretamente,ja que sSo obrigadas a quitar o finandamento da casa prbprla quando o contribuinte i mutuirio do Sistema Financeiro da Ha-

bitagao (SFH). Portanto, uma aposentadoria dessa natureza feita de forma irregular lesa diretamente o mercado segurador, atrav« da apolice compreensiva do BNH (seguro habitacional). "0 problema - assinala Renault - esta encaminhado junto ao BNH e, e claro, a Previdencia."

Entretanto, o tema da reprivatizagao do seguro de acidentes de tra balho nSo percorre apenas os corredores do poder executivo. Ele esta

presente tambdm nas dependencias do Congresso Nadonal, onde se encontra o projeto-de-lei do Senador Roberto Campos (PDS-MS), objetivando desestatizar, "dentro de um programa gradual- ..e progressivo", uma s^rie de sendgos hoje girahdo na drbita da Previdencia Social. Sobre o projeto, Victor Renault demonstra um interesse especial, reiterando que a Fenaseg o acompanha de perto, contribuindo com subsi'dios oferecidos ao proprio Senador Campos e aos

se convicto de que "ele estara voltado para uma reformulagSo da economia, onde a iniciativa privada serd convocada para assumir o papel que Ihe d reservado no progresso do Pais".

ds ^vulgadas pelo Miifib do Trabalho com rentimero de acidentes envol^do OS segurados da Previdencia no ■^afs dio conta que, de 1970 ate ago ra, existe um total de 246,3 milhdes de pessoas, das quais 154,9 milhfies entre 1970 e 1980 e o restante de 1980 at4 agora.

Do inicio da decada de 70 para ca, ainda conforme o levantamento do Ministerio, houve um total de 22,1 milhdes de acidentes com custos di-

retos de CrS 305.986 por acidentej com um total de 56.677 mortes.Nes] tes anos, 1975 esteve liderando oniij mero de sinistros com 1.916 aciden-l tes para 12,9 milhOes de segurad05,| com uma m^dia de 14,4%.

Ao contrario do que se possa pen-l sar, segundo os numeros ofidais, osl dois ultimos anos nSo registraram re-l cordes no niimero de trabalhadoresi segurados. Em 1981, havia um totall de 24,4 milhSes, niimero que se re-l duau para 22,5 milhfiesjd em 198^.1

bilhSesemmdeni7TIa

^^S^dorasdesembolsaramCrS 105.2 contrapartida coberturasdeinvalidezdemutuariosdoBNH. Em aturamento dessespremiosfoideapenasCrS 22,1 bilhoes

parlamentares que compOem as comissSes t^cnicas por onde a matdria tramita. O esforgo desenvolvido pe'ia entidade n£o para ai. "Estamos agora realizando diversos contatos com 6rgSos de classe do empresariado em busca de apoio a nossa causa. A receptividade estd sendo a melhor possi'vel", frisa.

Apesar de todas as forgas atd aqul mobilizadas, dificilmente, como reconhece Renault, o assunto tera uma defiiiigSo nesses poucos dias que restarn da administragdo Figueiredo. As esperangas, certamente, estdo voltadas para os novos rumos que a Nagdo vai trilhar daqui para frente. "Nossa disposigdo estd renovada, nestes dias que antecedem ao prdximo Govemo, que marcard uma nova dpoca na nossa histdria", garante ele, dizendo-

De volta ao setor privado, o segu ro de acidentes de trabalho sera inteiramente reestruturado, uma vez que a Previdencia Social dividiu a tarifa em apenas tres categorias de riscos. Segundo o presidente da Fenaseg, hoje, per exemplo, na indiistria automobUistica, onde ha uma variedade enorme de riscos, que vao desde um fundondrio de escrit6rio atd um operario que trabalha com a prensa ou com ferramenta de solda, o empresario paga pelo seguro um mesmo valor para fundonarios nas mais diversas atividades.

Em virtude dessa "padronizagao" dos custos do produto, ficou bastante difidl determinar o quanto as em presas seguradoras produziriam, des de que voltassem a comerdaliza-Io, em receita de premios. Seria preciso, pressupde Renault, antes de tudo conhecer a forga de trabalho existente no Par's dentro dos diversos riscos em que deveria estar efetivamente enquadrada. Uma avaliagao de faturamento, portanto, para ele, e um exercido quase Impossivel, no mo mento, de set realizado.

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REVISTA DE SEGUROS 2Iade SEGUROS A,

Tancredoeoexcessodeapoio

Paraa IBM Brasil,. asolucao devevir sempreantes do problema.

a sacada da sua pemambu-

Dcana competenda,o Gover-

nador Roberto MagalhSes .. mandou o seu recado, que cabe como uma carapuqa, tanto nas muitas cabeqas do PMDB ja resmungando de impaciencia e afligao, como na dos seus prezados colegas govemadores do Nordeste,eleitos pelo PDS e todos em processo de migragao para outras legendas mais sedutoras; os donos da vitdria, o esquema poh'tico que elegeu Tancredo Neves precise entender-se com urgenda, ate para encaminhar as reivindicagdes pelas vlas adequadas e na hora propria.

0 conselho de Roberto MagalhSes fecha com uma esperta advertenda: se a Frente Liberal e o PMDB nao se acertarem, encontrando meios de boa convivencia regional, o Presidente eleito tera que buscar apoios para a sua tranqtiilidade politica noutras freguesias. E o PDS esta ai mesmo, na fila de espera, na linha da sua vocagSo hereditdria, que vem da Arena e, mais longe, da dititna fase da UDN lambuzada de Govemo. Basta urn aceno de Tancredo para o PDS,com OS seus 100 parlamentares remanescentes, saltar o muro baixo para ocupar OS lugares vazios. Alem do impulso da I'ndole, o PDS tern hoje a

sua frente um h'der veterano, de temperamento condiiador como o Senador Amaral Peixoto. O mesmo Amaral que, antes de veneer as duvidas intimas para assumii a rejeitada presidenda do PDS,almogou com Tancre do, acobtado pelo Senador Nelson Cameiro, numa reuniao marcada por muitas reminiscendas da origem comum no velho e suspirado PSD.Que 4 0 PDS com letras trocadas.

Ora, Id 4 verdade que antes mesmo de anundar o seu Ministerio, ainda durante as suas andangas pelo exte rior, no rastio de um exito retumbante, Tancredo passou pelo transe de uma primeira arise a retagiiarda. Quase uma urticaria, apenas uma coceira incomoda. O PMDB ndo se coriforma em ficar para o fim na escolha dos Ministros e tambdm nSo tern costume de ser Governo. Esta estranhando por falta de pratica.

Mas, 0 alerta de Roberto MagaIhdes tem a vantagem de chamar a atengSo para uma peculiaridade sin gular deste quadro de transigSo: 4 que Tancredo esta com excesso de apoio. Um exagero. Em todos os niveis, em todas as camadas. A virada pelas mudangas acabou se transformando num mutirSo nadonal. A opi-

niao piiblica fechou em quase unanimidade. Basta consultar os altos indi ces de aceitagSo popular.-0 climado Pais mudou, lavadp por uma dnda de euforia, de expectativa, de desafogo, de esperangas.

Por isso, Tancredo nSo esta apenas com sobras de sustentagao politica. Mas com uma ampla base de espontanea adesSo do povo. Uma adesdo que ndo oscila, pois que 4 constante em todos os niveis, desde o empresario ao trabalhador de salario minimo e atd ao desempregado que vive de biscates e de expedientes.

Essa unanimidade libera Tancredo dos compromissos politicos - at^ dos que nao assumiu - e reforga os com promissos com o Pais. A velocidade com que disparou o processo de abertura, depois do empurr£o decisive da campanha de mobilizagao nadonal pelas diretas, estd produzindo essas aparentes e saudaveis contradigSes. A medida que foi conquistando apoio popular e politico Tancredo foi ficando com as m3os livres. 0 Presidente eleito Tancredo Neves vai tomar posse a 15 de margo podendo fazer o que quiser. Ou. mais predsamente, aquilo que ele acha que deve fazer e o que o povo quer.

Quando uma empresa a qualidade IBM,na recomprando soNao apenas para os probleinasdopresente> nicis tarnbempara os )robIemas do Paraisto, investe nulhoesdedo^^esem pes^uisasemtodo Br ^ filosofia,aIBM sempre na vanguarda

Acompanhandode perto aevo 3^0dos.<?pn.Gs rlipntps.

Contribmndo para o crescimento e desenvolvimento de suas atividades. E,principalmente, antecipando solucoespara probiemas que eles enfrentarao noflituro. Com isto, aIBM Brasil acaba da solugao de muitos

probiemasdo interesse do Pais. 0que elajafazha quase 70 anos,evaicontinuar fazendo.Aqui,agorae ==="= para ofiituro. ibm Brasil

VILLAS-BOAS CORREA
REVISTA OE .<;Er3tIRr%

Inflacao e recuperacaof ®conomica

inf]a9So estara no centre do debate economico durante OS primeiros mesesde 1985.

' Contrariamente ao pensamento dominante at4 algumas semanas atras, a inflaqao brasileira nao atingiu nenhum ponto de inercia em torao de 10% ao mes. Seu ritmo 6 claramente ascensional desde 1983, prindpalmente se levarmos em conta que aquele ano foi prejudicado (em termos de combate a inflagao) pelos efeitos da maxi de fevereiro de 83, enquanto o ano de 1984 foi praticamente livre de cheques e fenomenos atipicos.

O IGP ajustado — que desconta tais cheques, bem como o efeito do corretivo da maxi — 4 o melhor indicador do comportamento da inflaq&o. Veja o grafico seguinte. O outro I'ndice de inflagao - INPC (pregos ao consumidor a ni'vel nacional) acompanha a trajetdria ascendente do IGP ayustado, confirmando a tendencia de alta.

Razdes novas - A inflagSo brasi leira tern raizes ortodoxas. Cada vez que procuramos dissimular essas rai zes absolutamente convencionais com um apelo ao aparente ineditismo do processo infladonirio no Brasil, erramos e pagamos duplamente por esse erro. Primeiro, pagamos o prego da ignorancla, que i a demora no ataque is fontes reals da inflagSo. Segundo,

Em andlise, as conseqiiencias da emissao recorde de papel-moeda, as rafzes ortodox^ da inflagao,as falhas da teoria monetaria e as projegoes para o comportamento da economia neste ano

pagamos o prego da dissimulagSo, que 4 dizer que combatemos as causas da inflagSo, quando nos batemos apenas contra seus efeitos, isto quan do nos damos ao trabalho de ir tao longe. O prego da dissimulagSo seria pensar que a inflagdo 6 resistente a quaJquer tratamento, ou que requer uma abordagem totaJmente nova (do tipo indexagao total ou desindexagao total), ou, ainda, que a inflagao 4 inocua, nao produzindo mal algum.

A causa operacional do processo inflacionario 4 (e sempre sera) a multiplicagdo da moeda. Durante quase todo 0 ano de 1984, os economistas ditos ortodoxos (geralmente as pessoas exigem, para si, cirurgides bem ortodoxos, mas vivem sugerindo eco nomistas heterodoxos para resolver o problema dos outros), esses econo mistas nao conseguiram explicar a in flagao a 200% por meio da teoria mo netaria. Pela teoria, a moeda — emissdo piimaria de papel-moeda e de reservas bancarias - deveria estar se expandindo ao mesmo ritmo dos pregos, ou, pelo menos, mostrar um rit mo crescente. No entanto (veja o grdfico) a base monetaria mantinhase estdvel na faixa de 80 a 100% de

variagdo, e isso durau do inioio de 1983 atd julho de 1.984. Supostqniente, entao, a liqtiidei real (expansao de moeda, descontada a inflagao) era negative, havendo uma contragdo nitida do oxigenio financeiro.

De fato, tal contragSo deve ter ocorrido depois da maxi de fevereiro de 83, pordm nSo durou muito. 0 que induziu muitos economistas ao eno de avaliagao da liquidez foi o uso inadequado do conceito de reser ves bancdrias no cdlculo da base mo netaria. Os bancos oficiais nSo recoIhiam reserves e a base, estatisticamente, tinha de cair. Mas, na realidade, OS empr^stimos se expandiam sem lastro de reservas; a liquidez de fato era, portanto, sempre maior que a liquidez estatistica. Finalmente, em novembro de 84, o Banco Central ajustou a estatistica dos agregados monetarios (veja o grafico). Nessa nova realidade numdrica, tudo ficou mais claro.

Por esses novos dados, a liquidez real ja se expandia (desde janeiro de 84), corroborando a alta dos pregos no seu patamar mais alto. Assim, ao inv4s de vermos os pregos cairem da faixa de 170% (ajustados) para uns

inflaqso e emissAo de MOEDA NOSANOS 1983/84 (vaiiagfles.aosijifimos 12 meses)

100/120% ao fim de 1984 - vimos esses pregos subirem ainda mais, ultrapassando perigosambnte o ni'vel dos 200%.

Com medo da recessao de 1983, apressamos o retomo ao cresdmento em 1984 com resultados bastante danosos para a estabilidade economica em 1985. Nossa tese: o crescimento teria ocorrido em 1984 de qualquer modo - talvez na faixa de 2%, ao inv4s dos 4% ja projetados para o FIB do ano passado, porem com possibilidade de passar a um ritmo mais intenso de produgao, com menos infla gao, durante 1985.

A anteripagSo dos 4% de cresci mento de 1984 veio certamente na esteira do excesso de liquidez. Esse excesso, temos noticia preliminar, se acentuou despropordonalmente em novembro e dezembro de 1984. A emissSo de papel-moeda em dezem bro de 84 (cerca de 50% sobre o saldo do mes anterior) 4 recorde historico. Dessa forma, a base monetaria teria atingido cerca de 248% da variagSo anual em 31 de dezembro de 84, flcando os meios de pagamento (Ml) na faixa de 205%. As compras dos consumidores, por ocasiao do Natal, refletiram o excesso de liquidez, tanto quanto a redugSo do endividamento privado e os aumentos de produtividade. A economia teria se recuperado gradualmente, mas de modo se-

guTO, se estivesse apoiada apenas no menor endividamento e na maior produtividade. Entretanto, o excesso de liquidez havido em 1984 apressou 0 crescimento e agora vai impedir a baixa do ritmo dos pregos no pen'odo visivel dos proximos seis a nove meses.

Significado da pressa - O que significam estas informagdes em termos do desempenho de 1985? Abstraindo, provisoriamente, um importantissimo fator, que e a troca de Govemo e a qualidade dos homens anunciados para o prdximo Ministerio, podemos imaginar os seguintes efeitos:

a - houve antecipagao e aceieragao artificial do crescimento econo mico em 1984, donde se segue que passaremos a devolver, a partir de al gum ponto de 1985, o que foi antecipado ou acelerado artificialmente; b - como tal devoJugao de cresci mento 4 inevitavel, quanto mais a politica economica pretender driblar esse efeito atravbs da repressSo a in flagao, mais perigosa sera a recessao subseqiiente;

c — b possivel que o Govemo venha a usar o setor extemo como re presser da inflagSo, para tanto dimintiindo a intensidade das desvalorizagCes cambiais, o que teria - proviso riamente - um duplo impact© favoravel sobre os pregos internes, pois haveria maior oferta de produtos im-

onomiccH \
10
■.m
PAULO RABELLO DE CASTRO
REVISTA DE SEGUROS
Ojustado .MNPC
monetaria (dados antisos) ^^"ASONDJmAmj\SOND SEGUROS
Base monetaria (dados novos)
Base
11

portados e menor subtragSo de produtos para exporta9ao;

d - a curto prazo tambdm, se a manobra com o setor externo implicar queima de reserves, isso ajudara o controle da emisslo de moeda (pois a queima de divisas corresponde a um enxugamento do meio circulante intemo);

e - a manobra do setor externo nSo 4 a iinica soluqSo de cunho imediatista; ainda 4 cedo para afirmar qualquer coisa sobre probabilidades de oconencia, mas lembrar-se-iam os controles de pie^os, principalmente de produtos agropecuarios(na esteira da chamada questao socj'ai) a partir de marqo e as concessdes salariais, permitidas indiretamente pelo Govemo;

f- a some desses expedientes teria, 4 claro, uma repercussao imediata, e positiva (!) sobre as vendas in ternes, impulsionando as atividades econdmicas e amparando as fihanqas pilblicas, enquanto a inflaqao seria contida por controles e postergagdes de aumentos de pregos administrados;

g - a repercussSo mais duradoura desse processo sera, entretanto, o momento do novo impulso inflacion^'o, que alguns pensam ja ter co-

megado a ocorrer a partir do mes de Janeiro.

Em conclusSo;

1) 1985 podera conter um trecho de aparencia bem mais favoravel do que 1984, uma vez que a liquidez excessiva promovera temporariamente este efeito;

2) 0 comportamento do FMI e dos credores extemos continuara sendo duro em face dos descontroles intemos (inflagSo e deficit pilblico)e este enrijecimento de posigdes entre o Govemo brasileiro e os credores

podera ensejar tensdes imprevistas a partir de meados deste ano;

3)do segundo semestre em diante, o Govemo vai comegar a Mfrer a angustia do calendario eleitoral de novembro de 86;"premido pelo curto espago de tempo entre o inicio do mandato e a campanha de 1986, o novo Presidente podera ser induzido a nSo tomar medidas mais vigorosas cujos efeitos finais, positivos e duradouros, poderiam tardar demais em relagSo ao exi'guo tempo poh'tico at^ 1986.

4) por outro lado, os mercados jd estao muito sensiveis (quer dizer, tarimbados) em relagao a poh'tica economica que presta versus outras que nSo prestam; se o Govemo resolver cair na tentagao do calendario poh' tico, OS mercados poderSo antecipar OS efeitos negativos finais, promovendo uma ampla especulagSo em cima de ativos protegidos (dblar, bolsa, imdveis);

5) a qualidade, portanto, das primeiras declaragSes do candidato eleito, bem como a divulgagSo dos nomes do seu Ministdrio e as piimeiras medidas serdo essendais para a definigSo do caminho que a politica economica tomara. Por enquanto, a vertente das pressdes poiiticas parece ser dominante. ir

VOCE SO TEM SE TEM SEGURO.

Um bom patrimonio nao se faz da noite para o dia.

Mas pode se perder de uma hora para a outra.

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IM.. ••• ••Vi'',-' V'' ■ •
/ 12 REVISTA DE SEGUROS
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Divida e capitalizacao

esde o final de 1982 os pai'ses em desenvolvimento, particularmente os da Ame rica Latina, vem sendo forcados a transferir para o exterior uma parcela significativa de seu produto nadonal e de suas receitas de exportagSo. As transferencias sSo geradas pelos saJdos comerciais (e de servigos nSo fatores, como fretes, seguros, turismo) e se destinam a cobiir a par cela nao refinanciada do servigo da divida extema. Em muitos casos, os credores extemos precisaram conceder novos emprdstimos para que os devedores pudessem completar o pagamento dos juros. Nesse moment© surgiu um debate nos circulos financeiros intemadonais; por que, ao invds de conceder esses novos emprdstimos, OS banqueiros intemadonais nSo capitalizavam automaticamente ao prindpal a parcela dos juros que OS devedores nao conseguiam efetivamente transferir para o exterior?

A tese contava com a simpatia de muitos banqueiros europeus, que achavam bem mais prdtica a capitalizagao parcial dos juros do que as longas tratativas para a concessdo de um emprdstimo jumbo, como o de USJ 6,5 bilhSes recebido pelo Brasil em 1984. A ela se opunha, pordm, a reguiamentagdo bancdria norte-ameil-

de Juros

cana, que manda langar em crdditos em liquidagao quaisquer emprestimos onde OS juros sejam total ou parcialmente capitalizados. Essa regra, que leva a distingSo entre capitalizagSo de juros e concessSo de novos empresti mos para que os juros possam ser pagos, d de indiscutivel sabedoria em mutuos comerciais lastreados em garantias tangi'veis. Com efeito, nesse caso, se o devedor nao consegue sequer pagar os juros devidos, das duas uma: ou ele d Uiquido ou insolvente. Na primeira hipotese, o credor Ihe dara novos emprdstimos para que os juros sejam honrados, mas em troca do devido reforgo de garantias. No segundo caso,a melhor defesa do cre dor d executar o devedor e apoderarse das garantias.

Em emprdstimos a balango de pagamentos, todavia, essa regra perde o seu sentido, jd que as garantias, basicamente intangi'veis, nio comportam qualquer reforgo: elas sSo representadas pelo prego que cada devedor esta disposto a pagar,em termos de transferdncias de recursos para o exterior, para manter seu acesso ao mercado financeiro intemacional. Havia assim bons argumentos para mudar a regulamentagdo bancaria norte-americana, no que tange a capitalizagao parcial de juros em emprdstimos a balango

de pagamentos. Isso so dependeria de uma decisfio da Reserva Federal e do Comptroler of the Currency,sem necessidade de ratificagSo pelo Congresso dos Estados Uiudes. ^

De fato, varids propostas de oapitalizagdo parcial de juros surgiram em 1983 e 1984. Uma delas, de 16gica irrefutdvel, recomendava que se capitalizasse automaticamente a parcela dos juros nominais correspondente a corregdo monetaria do principal pela taxa de inflagdo norte-americana. Outra, mais preocupada com os perigos de uma escalada dos'juros intemacionais, pregava a capitalizagdo da parcela dos juros que viesse a exceder determinada taxa de referenda. Uma terceira sugeria a capitalizagSo parcial sempre que as projegdes de balango de pagamentos,devidamente endossadas pelo FMI e pelos Bancos Centrals dos prindpais pai'ses credores, indicassem a necessidade de no vos emprdstimos dos Bancos Comerdais para integrabzar o pagamento de juros. Algumas propostas de vinculagSo da transferenda de recursos para 0 exterior as receitas de exportagdo de cada devedor,como a sugerida por Norman Bailey, tambdm apelavam, indiretamente, para a formula de ca pitalizagSo parcial de juros. Numa dessas propostas, cada pats devedor

se comprometeria a transferir para o exterior 25% das suas exportagdes, ate que a divida extema fosse liquidada. Enquanto os 25% em questao nSo cobrissem integralmente osjuros devidos, a parcela restante seria au tomaticamente capitalizada ao prin dpal.

O que esfriou a discussSo foi o de"mpenho do balango comercial da ^ona dos paises devedores em M e, sobretudo, as projegdes para 1985. Estas, pelo menos no caso do BrasU, nIo indicam a necessidade de novos emprdstimos dos Bancos Co mers para possibiUtar o pagamene juros. dispensando, conseqUen-

ZT;9ualq.er capitalizagjpar-

n6s cam°^ ° "ssurgiu,entre ° ^l^tdrio da COPAG, o

qual recomenda que,liaa negodagoes da divida, 60% dos juros devidos aos Bancos Comerciais sejam automatica mente capitalizados. Com isso,o Bra sil nSo precisaria transferir para o ex terior tamanha parcela de suas exportagoes e de sua receita cambial, abrindo-se um bom espago para o crescimento dos salaries reals e para a expansSo do mercado intemo. Vale discutir 0 problema.

A sugestSo da COPAG d obviamente ingenua em tres pontosfunda mentals. Primeiro, ela esquece que uma negodagao d um acordo entre partes,e nao a expressSo de uma vontade unilateral. Segundo, ela esquece que o tema "capitalizagSo de juros"

^ para ser discutido multilateralmente, entre os govemos dos paises deve-

dores e as autoridades monetdrias norte-americanas, e nSo entre os diretores do Banco Central do Brasil e seus credores particulaies. Terceiro, ela nSo leva em conta que qualquer proposu de capitalizagSo de juros sd pode ser aceita diante de projegOes de balango de pagamentos que mostrem duas coisas. Primeiro, que o pais, no presente, nSo tern como transferir para o exterior a totalidade dos juros devidos. Segundo, que, no future, essas transferencias poderSo crescer de modo a honrar os encargos da divida agravados pela propria capi talizagSo de juros. Sob esse ultimo aspecto, as possibilidades de aceitagSo intemacional da proposta de capitali zagSo de 60% dos juros devidos sSo minimas, para nSo dizer nulas. Afinal, a COPAG se esqueceu de mostrar que sua proposta nSo levaria o Brasil a um endividamento extemo em bola de neve, com relagOes divida/exportagOes cada vez mais exorbitantes. Apesar dessa moldura ingenua, o relatdrio da COPAG aponta dels problemas importantes. O primeiro, 6 que 0 atual nivel de transferenda de recursos dos pai'ses em desenvolvi mento para os desenvolvidos nSo pode ser sustentado a long© prazo.0 segundo, d que o tema "capitalizagSo de juros" deve voltar a agenda das

MARIO HENRIQUE SIMONSEN
AdO- OUT. 14 REVISTi HE .QEnilBrifi
15

reunites intemacionais, as dos devedores latino-amencanos, do ComitI Interino do FMI e do Coxnite de Desenvolvimento do Banco Mundial. A capitaliza^ao pode ser desnecessada

em 1985, e certamente nSo se pode desvincular de projei;5es de balan^o de pagamentos que mostrem que n£o se trata de simples expediente para transformar a iliquidez presente em

Quern vendeeste

ABolsadoRio ,naofaz pormenos. Tern a major,a melhor

insolvlncia futura. Mas pode ser util nos anos prdximos, nao so para garantir a liqiiidez dos parses devedores, mas tamWm para reforgar.o seu poder de barganha ijltemacional. ★

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Qualidades e virtudes politicas a parte, interessa para o piiblico a ima gem que se cria em tomo de alguma coisa, seja pessoa fi'sica ou, prindpalmente,jun'dica, Criar e cultivaijpresti'gio institudond ^'tarefa para espedalistas, de preferenda competentes. E para exemplificar o que estou querendo transmitir vou dar exemplos colhidos dentro do setor de seguros e da propria propaganda, para ficar bem proximo.

Ambos de grande oportunidade e

Agoraafronteiradoseguroeainfinito.

primorosos, moddstia a parte. 0 da Fenaseg, se aproveitando de uma operagSo sofSsticada e in^dita de sat^lite, langa as possibilidades do negdcio de seguros para o infinito, al6m imaginagSo. E, ao fazer isto,a entidade esta estimulando a criatividade dos executives vendedores e compradores de seguros, beneficiando todo ° ^«or, incentivando o surgimento de novos produtos e consoUdando e atejando os ji existentes.

A pega em questao foi produzida Pela Salles, por iniciativa dos companheiros Alberto Lopes e Fernando Couto da Federagao. O astronauta Dale Gardner, ao se mover com sua l^aajato no espago, nem podia

Casos surrealistas com possfveis solucoes

^ 0 superpoderoso Jose Bo-

^ nifacio de Oliveira Sobrinho, o Boni, sai da Rede Globe e vai trabalhar na Rede Manchete.

✩ As chuvas constantes do mds de Janeiro transformam o Rock in Rio num estrondoso fracasso comercial.

seu marido e companheiro da pega Extremos, Carlos Eduardo Dolabella, excedeu-se na representagSo de uma das cenas de violencia e deslocou o maxilar de Pepita com um soco.

✩ Os organizadores do con certo do pianista Miguel Proenga sSo obrigados a devolver os ingressos de sua estr^ia prevista na Sala Cecilia Meireles por ter Miguel machucado dois dedos fechando a porta do carro.

✩ O golfista Ramiro Barcel-

"^ de otimismo e ^ ^go- gdcios. For esr '^^^"5950 de neneles! ^ P^^^licidade

✩ A atriz Pepita Rodrigues

cancela todos os seus compromissos profissionais por pelo menos 30 dias. Motivo alegado:

los, nSo acreditando na eficilncia do seu prdpiio taCO, marca pela terceira vez em sua carreira o hoJe-in-one, uma jogada rara em que a bola i encagapada numa linica tacada, e por esta faganha 4 obrigado a pagar bebida aos seus 150 amigos do Club Itanhanga, como manda o regulamento dos golfistas. —;

, aturalmente esses casos nSo aconteceram, mas poderiam ter ocorrido, e para todos eles o se guro teria sido a salvagSo da lavoura para minimizar e cobrir os seus efeitos. Todos estariam devidamente protegidos pelas companhias de seguros.

^ A Rede Globo, se por acaso ti■" 'i'.. ■■

vesse se prevenido com um "key*' man-insurance", novo tipo de segurd;-' que protege a empresa da eventual;^ perda de seus executives, seria re^i compensada pela saida do Boni, hi^ pdtese que, de t3o descabida, n& chegaria a constituir um risco mais scrips para as seguradoras.

IWtW® ® 0 SI'*'''® ® ccsqo do pv an,que 4,inderoSeguro. 0tinkoinvestimenlo quegarantetodosos seus mvestimentos. F«deroeSoNsooasI CrnprcsdsdoSoguroaPnvado*edoC^iekxario Afenaseg
JOMAR PEREIRA DA SILVA
SEGUROS
18 REVISTA DE SEGUROS
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Nova cobertura para cereais

Naeradainformatica,aintro-

f,'5^0 Festival de Rock foi um sucest so, mas case ocorressem problemas, como chuvas torrenciais, tumulto,inc^ndio etc., nSo teria trazido maiores embaragos aos organizadores, que contrataram com um pool de empresas lideradas pela Nacional um segu- ro para cobrir eventualidades.

^Com base na experienda vivida pelas atrizes americanas Susan Sarandon e Farrah Fawcett, que se addentaram na mesma pega, na Broadway, Pepita e Dolabella contrataram com a seguradora Bradesco um seguro em tomo de Cr$ 50 milhSes, cobrindo despesas de hospital e ate prejui'zos eventuais em fungSo de descontinuidade da temporada.

^O talentoso pianista Miguel Proen?a, tamb^ra responsavel pela Sala Ce cilia Meireles, fez seguro de Cr$ 50 milhdes para as suas mSos, atrav^s de contrato com a UniSo de' Seguros. Usa as maos com tisco oalculado.

golfista Barcellos acertou uma tacada de mestre quando fez seguro para se prevenir contra o hoie-in-one. Entretanto, se ele vier a repetir a faganha de colocar a bola no buraco de uma so jogada, i provavei que com a IndenizagSo do seguro patrodne uma nova rodada de diinques para se.us . muitw amioos de clu

BRADESCO CAPITALIZACAO

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Bom saque

k I uma evidencia de revitalizal^lllgSo do mercado empresarial, a Bradesco CapitalizagSo foi langada com forte apoio publicitdrio atravds de uma campanha idealizada pela agenda Assessor, em que a figura central utilizada nas pegas foi a do jogador Bernard. Para um resultado de vendas de 100 mil ti'tulos previstos para o primeiro mes, a campanha foi veiculada nacionalmente durante tres semanas com utilizagdo das piindpais redes de televisSo doPai's, em SOjor-

nais das 10 prindpais capitals, 30 emissoras de rddio e outdoors em 27 importantes ddades.

Para os seus ti'tulos, a Bradesco garante premios maiores em sorteios semanais, oferece taxa de juros mais elevada, protege contra extravio por ser nominativo e tem custos administrativos e de sorteios mais baixos, o que libera maior valor para economizar.

Realmente atrativo. ★

dug5o de sistemas de produ; gSo racionais e modernos na e, at# mesmo, no rampo, nso surpreende mais ninffu#m. Entretanto, i certo que alguns nSo reagirSo com tanta naturalidade ao ouvir falar da criagSo de um processo para agiJizar a comercializa950 de alimentos, onde se pretende substitiur por um simples papel a presenga fisica do produto agricola no memento de negocia-lo. A id#ia podera parecer, a primeira vista, no mfnimo duvidosa, mas. na realidade, de suspeita nSo tem nada.

Estudos nesse sentido ja existem inclusive com detalhamento dos insuumentos de credibilidade necessa-

En re.77^"° envergadura. Entmeles,ftguraoseguro.queocupa.

cesso 7''°7''"^Portante no pro- t,7'P°!''°fe«cendo amplas coLr s:7p:.:^---^dorde

A materia # complexa tre o produtor » f final, «4a

dronizagSo, armazenamento, transporte, informagSo de mercado e financiamento, sem mencionar os aspectos fiscais, jun'dicos e administrativos implicados no setor. Nao foi a toa que, em novembro passado, o Minist#rio da Agricultura coordenou em Sao Paulo um simp6sio para de bater exclusivamente o assunto.

Apesar dessa abrangencia, a proposta para dinamizar a comercializagSo nacional de grSos e seus derivados # simples. "Bastaria substitui'-los pelos Ti'tuios RepresentaiiVos de Mercadorias (o nome nSo e definiti ve) e transaciona-los nas Bolsas de Mercadorias e Cereais", explica An tonio Paulo Noronha, diretor t#cnico da Itaii Seguradora e coordenador

do grupo de trabalho Seguro em Unidades Armazenadoras de Produtos Agricolas, formado para participar do simpdsio. Mas para isso, segundo ele, sera precise adotar medidas legais, institucionais, administrativas e poh'ticas capazes de, integradas, promoverem a maior eficiencia dos pro cesses operacionais envolvidos na atividade.

Identiflcando padroes - Para ele, um ti'tulo, representando uma mercadoria devidamente quantificada, identificada em seus padrSes, armazenada e prontamente disponivel para o livre comercio, funcionaria como o grande instrumento fadlitador e agilizador de negocios. Mas nao # s6. Os titulos permitiriam tambdm, na sua opiniSo, radonalizar a monmentagSo das safras, pois as transagSes seriam feitas em pap#is, enquanto as mercadorias seriam deslocadas estritamente o necessario, evitando OS "passeios" e amenizando a disputa dos meios de transportes nos picos de safra.

NSo ha duvida de que o titulo tornaria bem mais facil a vida de todo mundo. A preocupagSo em implantd-Io # prova de que a comercializagao de produtos agricolas tomouse complicada nas ultimas dScadas, os mercados amplos e distantes, os negbcios volumosos e numerosos, o di-

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REVISTA DE SEGUROS
Rebate
S22i£iSEQUROS

namismo dos seus procedimentos muito mais intense e a competi?ao muito mais acirrada.

Integrado a esse complexo, a sua dimensao, na pratica, estaria circunscrita em separar a compra e venda de grSos das tarefas de armazenamento, padronizaqao/dassificagao e fiscaliza950. Em suma, apartar as operagoes fisicas da financeira. Apenas 4 preci se garantir ao papa! a indispensave! confiabilidade. E piiblico e notorio que hoje a operagao de compra e ven da de mercadorias estd emperrada pela necessidade, "a bem da seguranga do negocio", da verificagao de uma serie de antecedentes, muitas vezes at6 da constatagao in loco da propria existencia do produto, sem falar da classificagao, suas condigdes de armazenagem etc.

Credibilidade, o mais importante

- Portanto, para veneer essa tradig^o enraizada no nosso comdrcio, desfazer 0 ceticismo, as duvic^s e a desconfianga que o negocio vai suscitar quando os clientes tomarem conhedmento de uma sistemdtica desse tipo, 0 ti'tulo precisaria ter credibili dade. 0 suporte desse principio, naturalmente, caberia a atividade seguradora. Para isto, segundo Antonio Noronha, o mercado desenvolveu um tipo de seguro englobando todos os

riscos a que a nova sistematica de comercializagSo estaria sujeita. Basicamente, diz ele, as coberturas garantiriam 0 dano fisico e a perda de qualidade do produto e o contrato celebrado entre o armazenador (a figura que emitiria o titulo) e 0 proprietario da mercadoria.

A pretendida confiabilidade parece nSo ficar tSo aparente na generalidade dessas coberturas - afinal, ela nSo mostra daramente a extensSo das perdas que contariam com a real garantia do seguro, No entanto, por tras dela, conforme revela Noronha, o seguxador assumiria prejui'zos diretamente causados por 23 eventos.

Isto nSo significa, contudo, que 0 seguro nSo esteja presente na comercializagSo de produtos agricolas. Ele existe, s6 que de forma limitada, assegurando apenas 0 armazem e os produtos nele depositados contra a possibilidade da ocorrencia de danos mais evidentes: incendio, ventos for tes, impacto de vet'culos, desmoronamento e outros. Noronha reconhece que OS eventos hoje cobertos seriam ipsuHdentes dentro de um novo processo de organizag^o e agilizagSo do comdrcio de grSos no Pai's. Dai, afirma. a necessidade de abranger outros, de natureza econdmica e social, que, mesmo nSo causando danos fi'sicos

M prodMto, indispoem-no d li„e

"■=0 d, quebH d» qualidade dps

Garantias maiore* - r. ^d^" ^-b.mrp^- Plo^so. t'ornadf

queda ou irr. granizo, da fiiria de terremT P'^°''enientes

ocorrencias cauaadas n vendaval ou furacSo i^' vei'culos Or! '"^ipacto de orilT"™™''' « we^ ^"ttachcionalmenteressar.

ddos pelo seguro de armaz^ns. O mesmo nSo se poderia dizer quando se trata de alagamento e de derrame de agua ou outra substancia h'quida, que passariam, dentro da nova siste matica, a figurar no elenco das eventualidades indenizaveis.

E claro que a garantia desses riscos ainda nao seria bastante para dar ao titulo. Os produtos depositados em armazens, e nao a ceu aberto, sSo passiveis de sofrerem danos por diversos motivos nSo relacionados com a forga da natureza, com a ruptura de enoanamentos ou com defeitos mec^icos nos aparelhos de'prevengao e combate a incendio.

As conseqiiendas de uma greve ou JocJc-out podem perfeitamente danifioar uma boa quantidade de merca dorias. Al^m disso, a prdtica mostra. prindpalmente nos dias atuais, que ningudm esta 0 suficientemente protegido contra asinvestidasdeassaltantes, nem mesmo contra o extravio de mercadorias por um empregado. A equipe que formulou a minuta de projeto do seguro, composts de 15 membros, inclusive com representantes de entidades desvinculadas do mercado segurador, nflo deixou pas,sar em branco as coberturas de tutiulto, infidelidade e roubo ou furto qualificado. Nesta ultima, tiveram atd

0 cuidado de prever a indenizagSo para danos materiais que vierem a ocorrer ao produto durante a pratica do assalto.

A contribuigSo do seguro, porem, nao termina ai. A quebra de contrato1 um dos pontos fundamentais do projeto, pois sem uma fianga eficaz contra ela 0 Ti'tuIo Representatfvo de Mercadoria dificilmente gozaria de confianga para ser comercializado nas Bolsas de Cereals existentes no Pais.

"A atividade seguradora tamb^m tem meios para eliminar esse problema", diz Antonio Noronha, acrescentando que o seguro passaria a responsabilizar-se integralmente pelo contrato de deposito feito entre o armazenador e 0 proprietario da mercadoria. E vai mais al^m, afirmando que 0 seguro poderia arcar ainda com os custos de reposigSo da mercadoria no caso de perdas ocorridas na movlmentagSo e onus de carga e descarga, no recinto da unidade armazenadora, bem como bancar as despesas originadas de providencias tomadas para minorar os danos aconteddos a elas, desde que indispensaveis.

"O seguro i de fato a pega chave de sustentagSo do sistema", diz Irineu Koyama, assessor da Coordenadoria de Assuntos Economicos do Minist^rio da Agricultura.

22
ENTR milho CFP, t i
REVISTA DE SEGUROS rp-v-r 23

Embora nSo tenha data certa para come^ar a funcionar, o sistema esta perto de se tomar uma realidade. Koyama explica que havera um novo encontro entre todos os segmentos envolvidos para debater pontos especificos de cada area.

E certo que as condiqSes basicas para a implantaqSo dos titulos ja existem. "Os diplomas legais em vi gor sobre o assunto sSo suflcientes", frisa ele, acrescentando que "faJta criar sd alguns instrumentos de ordem complementar,especiaJmente na drea tributaria". Entre eles, cita a necessidade de se suspender o ICM quando o produto for remetido diretamente para os armazens credendados, nas operagdes interestaduais, como forma de agilizar o comdrcio". A

medida, entretanto, segundo ele, nSo exige trimite demorado para set definida, uma vez que a decisao desse nivel dependera apenas do Confaz (Conselho Nadonal de Fazenda) e nSo de decreto presidendal ou de lei do Congresso Nadonal. Portanto, conclui, falta pouco para que os ti'tulos na pratica possam substituir as mercadorias, quando negodadas.

Nesse quadro, considera importante ressaltar que os titulos nSo estSo sendo criados para ser transadonados com exdusividade nas Bolsas de Ce reals. "Elas nao podem deter cart6rios", assinala ele, dizendo-se convicto de que no princi'pio o proprietario do produto, inclusive, nSo deixara o mercado de balcdo. N5o ha diividas tambdm para Irineu Koyama de que a nova sistematica de comerdalizagao de grSos abre um extenso campo de atuagdo para as Bolsas, que atrairSo OS negodos nessa drea oferecendo atrativos aos donos dos titulos. 0 que nSo serd para elas um fato complicado e dificil. "As Bolsas possuem um leque vasto de servigos a ofertar, que vai de informagOes de mercado ate a liquidagao de negodos", revela.

Apesar de aparentar uma iddia nova, dadas as caracteristicas modernas que imprimira ao comdrdo, o titulo, na verdade, tem origem no Impdtio. Mas 4 claro que foi de alguns anos para ca, na era da informatica,

Koyama:extenso campo de atuagao que se criaram as condigoes para viabiliza-lo. Em 1869, um decreto im perial, tentando modernizar as atividades-portuarias, institudonalizou o warrant, o que hpje esta-se chamando de Ti'tulo f^epre^entatiVo de Mer cadorias. Em 1903, a materia foi disdplinada pela lei n9 1.102. Koyama assinala que no momento o ti'tulo ja fundona para o cafe, algodao e agucar, porem de forma limitada, onde 0 prdprio seguro ja da garantias con tra incendio. A questSo crudal agora d adequa-lo a operagOes mais complexas e amplas, com grJos e derivados, dentro da atual realidade brasileira. O warrant, diz ele, d oinstrumento de penhor que tomara exeqlii'vel a concessSo de credito bancario so bre a mercadoria, independentemente do porte economico de quern a possui, Isto sera possivel porque nessa sistemdtica o importante e que o papel valerd dinheiro. E o que importa para o banqueiro. O sistema benefidara o proprio banco, uma vez que serd dispensado, no momento de conceder o finandamento, do trabalho de verificar, por exemplo, as condigfies de armazenagem e classificagSo das mercadorias. Tais informagfles, que podem denominar-se "conhedmento de deposito", constarSo no titulo no momento da emissSo.lk'

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aw(« ttasifiaoa

Ser urn banco forte. Mas 0 que € ser forte?

Forte € 0 homem que trabalha, que vive sua cidade, que constrdi o mundo mais digno 0 bonito.

Pois a medida de um banco forte 6 essa: fazer CTescer em for^a e seguranga a comunidade e toda sua gente.

Assim d 0 Bamerindus.

Tbrnando mais forte e segura a vida das cidades e clientes de suas 864 agdncias neste pafs.

3amerindus

Amando e servindo estaterra e sua gente.

m Jitt

Tancredo Neves e OS rumos da economia

Oquesepodeesperar donovo Governo, que tomara posse dia 15 de marijo, na area econdmica? Em todos os segmentos da sociedade, a indagaqao e uma so.

Ao apontar a inflagao como a manifestagao mais dara da desordem na economia nacional, a ser combatida a partir do primeiro dia de seu gover no, no qua]"o bem-estar social deve assentar-se sobre a livre iniciativa e a propriedade privada", o Presidente eleito Tancredo Neves assumiu, no discurso pronunciado dia 15 de Ja neiro, no Hotel Gloria, os primeiros compromissos no campo economico, onde as expectativas nSo param de crescer.

Em relagao a questao do emprego, Tancredo foi mais enfatico ao afirmar que "retomar o crescimento e criar empregos e que toda a politica economica de seu governo estara subordinada a este dever social",

Enquanto nfo se fixam os nomes definitives de toda a sua equipe eco nomica, pode-se filtrar de seus poucos pronunciamentos e entrevistas al-

gumas diretrizes que permitem, sem nenhum exagero, descortinar um pouco OS contornos de seu projeto economico,

• Meu governo procurara oferecer a iniciativa privada os estimulos e garantias necessarias ao desenvolvimento nacional em uma sociedade aberta e pluralista. Prometo, por isto, evitar a ampliagSo da presenga estata! nos setores onde ela ja seja dispensavel e que possam ser melhor atendidospelos empresarios privados ou por cooperativas de produtores,

• Somente entendo um programa de desenvolvimento como resultado de uma negociagao global, da qual participe toda a sociedade,

• Aqueles compromissos assumidos,que o Governo a ser empossado nao estiver em condigoes de cumprir, terSo que ser objeto de renegociagao,

• E decisao de meu governo nao ampliar o numero de empresas estatais pela criagao de novas unidades, Alem disso, mantera firme disposigao de privatizaraquelasja diagnosticadas como passiveis de alienagao,

• Numa sociedade democratica,

estado^e iniciativa privada nao devem enfrentar-se, mas J complementar-se, pois^nem um nem outro podem ganhar com o debilitamento de qualquer dos dois,

• E necessario, cada vez mais, tornar cada cidadao brasileiro participante e proprietario do parque produtivo nacional, De certa forma, tal resultado vem sendo obtido pela multiplicagSo dos fundos mutuos, os fundos de pensao e os fundos PISPASEP,

• E objetivo governamental o fortalecimento das estruturas patrimoniais das empresas, assoladas por anos consecutivos de recessao e juros elevados. Nao e possivel imaginar uma sociedade politicamente aberta sem democratizagao do capital das empre sas. Assim, o setor privado ocupara crescente espago nas atividades economicas, com a gradual retirada do setor publico dos mercados de credito e de capitals,

•0 processo de endividamento do Governo declinara continuamente, em termos reais, a medida que declinar o deficit do setor publico, A

divida intema e o espelho financeiro do deficit global de impostos. O pro cesso financeiro de redugSo da divida publica passa, entao, pela contengSo de despesas piiblicas, de custeio e investimentos e aumento da receita tributaria,

• Meu programa de combate a inflagSo concentrar-se^ na eUminagao das suas causas basicas, como o defi cit publico e o oontrole monetario quo contribuirSo tarnb^m para a queda das taxas de juros. Rejeito medidas sabidamente ineficazes, paliadvas e que acarretam efeitos negativos em outros aspectos da economia, ^ 0 caso. por exemplo,das propostas

■fenecessano cada vez mais tofnar cada cidadao participante e proprietario do parque produtivo

correntes de desindexagao dos acivos financeiros, Experiencias recentes ja demonstraram a ineficacia de medidas dessa natureza, que agem nas conseqiiencias e nSo nas causas da inflagao, e destacaram o quanto desestimulam a poupanga e desorganizam os merca dos financeiros, Nao pretendo repetir OS erros do passado recente. Por ou tro lado, espero toda a colaboragao dos grupos financeiros em concrapartida a politica incisiva e franca que pretendo seguir.

• Destaco entre as diretrizes basi cas de meu governo o estimulo e o apoio ao setor privado da economia.

Odocumentoda Fenaseg

piano,

1' sociedade a p ' ° "STOmtos ao UsCreSo™' mento concent, mercado "-"la seguros, ''^cional de O trabalho estd sendn ai u "--a qualificada eql' , ° do setor, 0 documento pora de ordem macroecondmica, fora

do alcance da politica de seguros.

Esta, por isso; so sera abordada, segundo podemos adiantar, em fungao da sua propria e especifica influencia sobre o comportamento do meroado segurador

Esta influencia e atribui'da com predominancia ao fator institucional. Enquanto nSo tiver participagao no processo normative, a classe seguradora continuara tratando da solugSo dos problemas de seguro e do mercado na condigao de postulante. E o exito de seus pleitos ficara sempre na dependencia do nivel de dialogo que

conseguir estabelecer com os que viraoa operarosmecanismosdepoder O documento deixara claro que, pretendendo-se agora "a atualizagao da politica de seguros, lmp6e-se oquacionar e atacar os problemas do seguro na sua fonte primaria, a insti tucional, que esta no processo decisorio. Qualquer outra Unha tera o sentido nao de mudar ou adequar a politica de seguros, mas de postular episodicamente um elenco de medi das circunstanciais ~ at4 que outras circunstandas deem origem a outras postulagdes".

28
Fernando Couto
REVISTA DE SEGUROS 'M

que, mesmo sem uma previsSo rigorosa, mais cedo ou mais tarde sera privadzado. 0 consumidor, por sua vez, esta sendo bem atendido,"mas 4 evidente que este atendimento pode ser melhorado".

"Sou muito objetivo e, num momento como este - de decisSes e mudangas politicas — nSo tenho muito a falar; ou mesmo a reivindicar. 36 quero, repito, que me deixem trabalhar'.'

reve, objetivo.0 depoimento do presidente do Grupo Bradesco Seguros, Antonio Carlos de Al meida Braga, para a Revista de Segu ros, nSo podeiia ter sido mais direto.

"Eu s6 quero que me deixem trabalhar,como venho fazendo ao longo desses anos."

Ao contrdrio da maioria dos empresdrios do mercado segurador, Bra ga ndo tem nenhuma reivindicagSo a fazer ao novo govemante do Pai'sisso, 4 claro, se nSO considerarmos como reivindicagSo a sua anterior declaragSo; "O que posso dizer nura moment© como este? Estou confiante Sim, como todo mundo;esta claro que 0 Tancredo Neves 4 uma pessoa consciente e que tudo fard para merecer o govern©. Mas eu nSo acredito em milagres.

A reprivatizagSo do seguro de acidente de trabalho, aspiragSo andga do eropresariado do setor, seria uma conquista positiva - admite Braga. Da mesma forma que o seguro rural

A retomada, no meu entender, s6 podera acontecer no momentoem que o novo Govern© provocar a recessSo no setor estataJ, de forma a combater a inflagSo. Este setor foi o linico que nSo se submeteu ao regime deaustoridade a que foram submetidos os seto* res privados da economia e a classe trabalhadora. No que se refere ao de senvolvimento do mercado segurador, OS principals problemas existem em decorrencia direta do excess© de iU' tervengSo do Govemo na atividade. As reservas t^cnicas das seguradoras estio a senrigo da rolagem da divida publica intema. Por outro lado, a falta de expans£o da economia se reflate na retragSo dos premios, que passam a ser disputados no mercado a custos aviltados, uma vez que todo ele est^ se encolhendo em conseqUencia direta do desaquecimento da prdpria economia. E o seguro 4 um setor que precisa se expandir na coleta de prdmios, conclui o presidente da Se* guradora Indiana.

"l^omo empresario, a expecta^^jtiva em relagao a gestSo do novo Presidente 4 muito otimista e muito realista. Toda a area empresarial tem conscilncia da realidade que 0 Dr. Tancredo vai enfrentar, mas sem dtivida ele represenu grande esperanga no sentido de realizat as mcdificagfles necessarias na estrutura brasileira, diz o presidente do Grupo Sul America.

Na irea do mercado segurador as expectativas estSo voltadas para as pessoas indlcadas pari o IRE e para a Susep. As liderangas empresariais do setor de seguros esperam por iraportantes reformulagaes no mercado, como a reprivatizagso do seguro de acidenies de trabalho. uma gran de expeotativa de todas as pessoas lucidas do Brasil de que o novo Go vemo tenha a coragem de devolver a miciattva privada o espago que foi S I«l= E,Bdo. do, pronunoUmmto. otao, do Dr conscieneia disso.

setor privado o que 4 de competencia do setor privado, segundo os termos da Constituiggo.

No que se refere a forma como o Govemo faz seus seguros, o mercado nSo deve esperar grandes modificagSes nem a curto nem a m^dio prazos. Hoje hi 0 modelo do sorteio e muitos bancam parte substancial do seguro. Mas quern gere uma coisa que nSo 4 sua nSo tem os mesmos cuidados que uma empresa que tem compromissos assumidos com seus acionistas."

uma estrutura s6cio-6Con5mica para se desenvolver, uma vez que a sua sobrevivencia esta diretamente Ugada aos riseOS comerciais e pessoais. Com a retragSo deixam de surgir novas em presas e, as que permanecem contratam menos trabalhadores e ati reduzem o seu pessoal. Nesse contexto, as industrias investem menos, trabaIham com estoque quase que nulo e as seguradoras se ressentem desse encolhimento das empresas.

A volta de incentivos fiscais (desconto no Imposto de Renda) ao segu ro de vida e de acidentes pessoais e a implantagio de um seguro a agricultura, diferente do que existe hoje, sio as reivindicagfies para a nova administragio. A dnica saida para este Pais 4 a exportagio, segundo o presi dente da AssociagSo Comercial de Sio Paulo.

I etomada do desenvolvimento 5 e reaquecimento da economia nio querem dizer a mesma coisa. Ainda nSo se pode dizer que o Brasil esta retomando o seu desenvolvimen to. O que esta havendo, sim, 4 urn reaquecimento da economia,que esta ocupando o espago ocioso deixado pela recessSo que vem desde 1981. Ora, retomada significa voltar aos patamares de 1980, e ainda estamos longe dos indices daquela dpoca.

credit© e tenho esperangas de "^que o novo Govemo venha a

permitir a retomada do desenvolvi mento do Pai's. Estou oerto de que as seguradoras e demais empresas privadas nacionais s6 poderSo alcangar boa performance em 85, se o Presi dente eleito, Tancredo Neves, abrir mSo da politica de recessSo era favor de uma desenvolvimentista.

O fato i que o mercado de segu ros, como outros, depende de toda

esde o inicio, todos n6s tive[iS^irrios a melhor dasimpressOes. Basta relembrar um pouco toda a evolugSo dos fatos politicos, a forga

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"»Wdo,ao ™fta„.ado, a ■apH»dz.55odH" "T- " Je ttabaHo iptt^sT"
P^®CiSO CIU0 Ca furi-i,-, a revisSo e promova segmentos que ainru^^° do Estado que o G. ' ^^ntonstragS© dequeoEn^Estadotemquedevolverao
Guilberme Afif
30 SEGUROS
REVISTA DE SEGUROS
JoSo Donate
3:

dos empresarios ao enfrentarem os momentos dificeis e, sobretudo, as suas declara96es a imprensa, nessa ^poca, para compreender qua a maioria se mostrou favoravel a candidatura de Tancredo Neves. Estou certo de que ale sabera conduzir o desenvolvimento do Brasil por novos caminhos, atrav^s de solu^des inovadoras e que vao levar o Pais, finalmente, a retontada do crescimento economico.

A descentraJiza?^© dos investimentos, antes limitados ao ambito estatal, i condi^So e^ndal para a melhoria do mercado segurador."

Campos Salles

m sua escala de prioridades, o j consumidor vem sempre era priraeiro lugar. E no que se refere a solidez econdraica das empresas seguradoras, Luiz de Campos Salles, diretor-superintendente da ltaii Seguradora, reconhece que o cliente estd sendo beneficiado - afmal, todas sSo s61i<jas e oferecem "seguranga aos segurados".

Nesse sentido, a expectativa de

Salles era relagSo ao novo Goverao i de que o prdnrao administrador venha a ouvir os homens que atuam no setor, de forma que ele possa se inteirar das suas principals aspiragdes e condlgdes essendais para o desenvolviraento.

peito ao mercado segurador, Garfin" kel preve um maior incentivo as chamadas compaiihias independentes, "que hd algum tempo protestam con* tra a perda de seu espago no ranking• Erabora nSo anedite na possibili' dade de que novas empresas de segu* ros venham a- .^surgir, o empresirio fwgnostica, por outro lado, a con* cesslo mais equilibrada de oportuni* dades. "Creio que daqui para frents haverd uma tendenda a proteger 8 fortalecer economicamente as coi®* panhias que, necessariamente, devem ser fortes."

Amauiy Temporal

* com otiinismo que o vice-preE:sidente da Seguradora Porto

Re^, Jayme Brasil Garfinkel, revela a sua expectariya para o ano que se inicla. "Como a raaioria dos empre sarios, tarabem nds, do mercado se gurador, estamos esperangosos em relagdo ao Govemo de Tancredo Neves, nSo s6 pelas suas perspectivas de transforraag^o econdraica, como pela consolidagSo trazida pela abertura poh'tica."

Sera duvida,acredita ele, sera uraa administragdo raarcada por mais dialogo e, principalmente, pela certeza • de que se passari a dar mais valor ao trabalho e nSo apenas ao patriradnio liquido das empresas. No que diz res-

|S erapresdrios jd estdo con^' !dentes de que o cendrio ideal para o fundonaraento da livre inicia* tiva d a deraocrada. Quanto ao mercado segurador> acredito que seguira o desenvolvl' mento econdmico do Pai's", assegure o vice-presidente da Assodagao Co* merdal do Rio.

A IGente
Genie SEGURADORA 32 Sede Propria;Rua Marechal Fioriano Peixoto,450 H3rto Alegre - RS • CEP90.000 - Pone;(0512)33-3344 Telex(051)1982 GENT BR ^°® ^uncionar pela Portaria Ministeriat N?215de28/11/84. Carta Patente N?515de 12/12/84. REVISTA DE SEGUR06
Com fe, trabalho e confianca na Justica, conquistamos o dineito de ttabaihar 6m nossa especialidade como segutBdores, para o desenvoivimento e ampliacao do mercado segurador brasiieito. Afinai, era tudo o que queriamos fazer e ja
estamosfazendo. ente como a gente faz o progresso de um pais. GrapasaDeus.

■ esde 1920, quando |fl«Re.ista de Seguros ^ 65 anos. no metcado no m^terias, espelho fiel vale a pena recoidar urn p seguradora e do da evolng.o do Pa.V Pipropiio arafica do portugues de entSo.quer toresca, quer na forma desenvolvimentos teonol6gipor abordar -berturas aos novos d^ cos(como o da avragao). mui.

resolvidos.Sessentaecincoanos P ^ 1920 e ca,daqueles tempos.

0EStado a o seguro

industria do seguI ro no nosso meio 4 obra de poucos annos, pois que, a rigor, hd duas ddcadas, nSo tinha, por assim dizer, uma existencia propria, nSo assumindo o papel preponderante que ora ostenfa;. era, apenas, o resultado isolado de tentativas mais ou menos felizes e nSo apresentava senSo um movimento parcial,embora significativo,

e ate certo ponto arrojado e fallivel.

Data de 1901 a intervengdo official na industria de seguros, com o regulamento n9 4.270 de dezembro desse anno. A verdade, por^m, 4 que sd em janeiro de 1904, na vigencia do novo regimen de fiscalisagSo estabelecido pelo regulamento 5.072, de 12 de dezembro de 1903, comegou a ser exercida.

realmente, a acgao do Estado sobre essa instituigdo, destinada, mais tarde, a um progresso compati'vel com as nossas possibilidades economicas e com os invejav^is recursos de que dispOe o nosso paiz no campo da actividade commercial.

(. .) Foi o seguro, sem diivida, o segredo desse surto prodigioso, que 4 o BrasQ dynamico de hoje, improvisando-se, ao influxo desse sopro de vida nova, uma nagSo forte e resoluta no ter1 reno pratico das realisagdes (. .) O seguro 4 hoje o su premo argumento, a logica do commercio: afastou, dos negocios e da vida, o maior perigo: o imprevisto; venceu

do successo: as catastrophes, OS golpes violentos do desconhecido, os botes traigoeiros da fatalidade.

.(...) Em vinte annos, 3 tanto, *b seu poder empol* gou-o. Em 1919, o Estado arrecadou, em impostos de fiscalisagSo, cerca de l.lOO contos, e este anno arrecadard, no mi'nimo, 1.500. Mais de 100 companhias na* cionaes e estrangeiras, cuje produgSo industrial no annu p.p. foi de 72.500 contos, approximadamente, movi* mentaram, com as suas responsabilidades effectivas,va* rios milhoes de contos d® rdis {...)

(Alvaro Moreira de Souza, o mais encarnigado inimigo.| in Revfsta de Seguros,1920)

Eiscos aeronauticos

s constantes progresSOS industriaes vSo se dilatando aos moldes em que se desenvolvia o negodo de seguros, sendo hoje thema obrigatorio o estudo do se guro de aviagSo. Os nossos problemas inherentes ao se-. guro de aviagSo sSo mui dis-

cutidos, especialmente n® Allemanha, Franga e Ingla* terra, ao apreciar os principaes factores de risco aereo taes como: o aeroplano, o motor, o pUoto, os carninhos aereos, as escolas de aviagSo privadas, os vdos noctumos, atterissagens or-

dinarias e forgadas, incendio, abordagem, choque, damnos causados a terceiros, tarifas, para-quedas. o ngivel, a telegraphia sem fio, etc,

(• -) Os enthusiastas do P«a-quedas laboram num eqmvoco, pois esta demonstrado que 4 pouco util- o mats JUdiciosoetetconfiLn-

9anopUotnepermanecera

bordo.

O dirigivel revela-se de capacidade para o transporte; commodo. silen"oso e de grande raio de e mais Ugeito que o aviSo.

E importante para os seguradores conhecer que,durante todo o ourso da guerra, somente um dirigi'vel foi destruido pelo da frota ingleza, quando a distanda percorrida excedeu a tres milhSes de milhas.

A maioria dos profissiouaes estSo conformes em que o seguio de aviagao nSo deve implantar-se onde nSo existe a telegraphia sem fio, por considerar indispensavel que OS apparelhos possam communicar-se com outros bo solo e tambem com estagCes terrestres.

AMERICA

em via dc Mbi'BM<a Jtirm r .Ali»*ueli Idem. Idem tie de 3ucciirues e Afaiwlnn Itanv^Vo da Birecl irla Dk^ersat deveiloPas

Capital Heser^a Teehniei llutraa rvsereas

Sdirat:

Viindot calcalado* iirovl&nrkaacnie « aiiafluilo* para allrlbukcfio df |ira» AOS perioJns de artuniulaciu daa reapPctUas •ia>ilre* li^adamentos a erfeclB«p sob apancec a) SknI.Mros avlMidos eujaa pnivas nii rnratn akn. da ai>re*«ntadAs l>j J'reMagoat tvneidas w>b apollcfa de rendaa vila* Heia» em via de pagiment«i <) Sidifas attrkbuldaea apolkca r^im peri'ido de ae. eumolaglo unniuado a|Ban9a>ido CKollia dg (iKdei

Premina em r.lc de SQeeursaea a Ageneia Tktul<ut Cauckflnados Oepi>sk(ot On>«riin de

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REVISTA DE SEGUROS
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MalaSdsiie poMii

■■ a Argentina - relata - W-. uma revista de seguros portenha,ja existe um novo seguro:o contra roubos.

Parece realmente curiosa essa laodalidade do seguro, mais nSo deixa de ser o roubo um risco egual ou peior que o do fogo, maritimo ou de trabalho. Na Europe, aliis, esse seguro se opera em larga escala.

O Rio ^ — no clamor incessante dos jomais cariocas - o paraiso dos ladtSes. For que nfo instituirmos aqui o seguro contra o roubo?

A nossa polida nSo 4, por certo, mais perfeita que a de Buenos Aires; e os nossos guardas noctumos sSo cerberos romanticos, uma especie de carabineiros de Offenbach ou de pretorianos de Morpheu...

B mercado soviiico

ma informag^o reicente veio ratificar um acontedmento de grande interesse: o relativo respeito com que s&o cuidadas as instituigdes de seguros pelos govemos bolcheviques, dentro da geral sociaiizagSo das instituigdes economicas da Russia, nSo obstante a enorme confusSo flnanceira por que atravessa aquelle paiz.

operativas russas.

0 bem estar de muitos esta, evidentemente, ligado a prosperidade de ambas as. instituigdes, oppondo a queos "Soviets" se atrevessemaprovocar a sua ruma.

C b! Grofite

A significagSo social do seguro, o vasto campo de interesses que o mesmo representa as immunizaram decerto modo contra o perigo da expropriagao official

O govemo dos "soviets" nSo nadonalizou as instituigdes de seguros, mesmo em se tendo apoderado dos bancos e industrias, nem interveio - que eu saiba - nas operagdes das sodedades co-

.-.Sem temor de grandB equivoco, se p6de asseguraf que mais de 80% das apdli* ces de seguro caducaraiH porque os segurados nSo po' dem ^gar os respective^ premios.

Autommsno niundo

o Rio Grande do Sul vem noti'cia inusitada:apropostade criaga'o do Seguro Divdreio que, segundo seu autor. o advogado Fernan do Malheiros, teria o objetivo de acabar com "o quase etemo martirio do

O automovel tem to-

^ mado uma expansSo cada ves maior, e os numeros que a este respeito ultimamente publicou o Ministerio do Trabalho da Franga sSo com effeito interessantes. O numero de automovds em circulagSo ^ de: 5,4 milhdes nos Estados Unidos; 150 mil na Inglaterra; 96 mil na Franga; 76 mil na Al-

lemanha; 28 mil na Russia' 23 mil na Italia e 15 mil^ Belgica.

Conta-se um automova^ por 22 habitantes nos Esta' dos Unidos; um por 300 D® Inglaterra; um por 400 h® Franga; um por 510 na Bel' gica; um por 850 na AH®' manha; um por 1.600 na Italia; e um por 5.100 na Russia.

marido que tem de pagar pensao alimenti'cia a ex-esposa".

Negando qualquer visSo machista nesse tipo de seguro, Malheiros diz que, pelo seu projeto, al^m dos documentos exigidos para o casamento,

o futuro casal seria obiigado a um Seguro Divdreio, semelhante ao Seguro Obrigatorio de Responsabilidade Civil que se exige para os proprietdrios de veiculos.

0mais importante ndo sdo as pecas mas as combinacdes.

Nao sao apenas informagoes frias que determinarao a melhor politica de seguros para seu ctiente; e o know-how tecnico com que elas serao processadas no conjunto. Nisso a Ajax tornou-se imbativel nos ultimos 40 anos. Ela esta a seu inteiro dispor para qualquer problema especifico que voc§ encontre em seu dia a dia de corretor que quer servir melhor, e quer veneer!

Companhia Nacional de Seguros Ninguem entende o Corretor methor do que n6s.

.. 'Tr. ^ f.'rf • • " V-.
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AJAX REVISTA DE SEGUROS
I RHVi .nu 37

CultufQ & Lozer.^

Um ix>m sambP®"ioulo doido

(ou) A fmportancia da gor<i' coco na cultura brasileira

Qmaisimportante em materia

que aconteceu este ano de

j de culture no Brasil(salvo erro histdrico ou omissao de dtica) foi a mostra que a Funda9ao Bienal de SSo Paulo organizou no PavilhSo do Parque Ibirapuera em Janei ro. O ti'tulo, Tradifao eRuptura(que, obviamente, nSo foi criado por um jornalista), pode ser enganoso, mas ali estiveram 1,333 obras (e o mimero, em si, nao tern importancia), sintetizando toda a histdria da arte no Brasil durante cinco seculos.

E o que a revista Veja chamou de "mais ambicioso e abrangente sambaenredo jd montado sobre a produgSo arti'stica do Pai's", acertadamente.

Um samba do crioulo dpido, por certo, mas como nao poderia deixar de ser, que incluiu a arte indigena prdcabralina, os pintores holandeses, os escultores do barroco espontaneo e aparentemente desinformado de Mi nes, OS mestres da .Missao Francesa, OS artistes da Semana da Arte Modema e os grandes nomes das Bienais, com umas arqueoldgicas, relicarios, mdveis entalhados ou simph'ssimos, antevendo Bauhaus, prataria, pintura, o escambau, como diria um mineiro.

Realmente, ndo faltou ao trem da arte a fotografia, o desenho industrial ou a arquitetura, E se os puristas po-

dem indicar ausencias lamentaveis ou sentidas, isto significa apenas que exposigdes como esta poderiam ser organizadas as dezenas, com o mesmo sentido e sucesso. Acontece que esta foi a primeira, com um resultado correto: nunca houve uma panoramica tSo perfeita sobre a arte brasileira. Quantos de n6s conhecemos a obra de Frei Agostinho da Piedade ou vimos de perto um trabalho autentico do Aleijadinho? Quern ja viu um original de Debret e teve a oportunidade de observer um ex-voto que nos leilCes europeus alcanqa pregos inacreditaveis, como alguns que, recentemente, permitiram a reconstru1^0 da ermida de Nossa Senhora da Pena?

Nao serd, por certo, a melhor brasiliana reunivel. Mas 6 tao boa que ate atraiu othares e atengoes estrangeiras. E nos, pobres colonizados, sabemos bem, por triste experiencia, 0 quanto a pobre mde gentil dormiu, enquanto era espoliada em tenebrosas transagOes, como diz a letra do samba-enredo que, em boa hora, Chico Buarque fez para redimir o chamado samba do crioulo doido.

Melhor, certamente, e que e uma exposigdo facil de ser vista e admirada e entendida. Ela nio 6 intelectual, cerebiina, nd^o foi montada a partir

de uma tese academica. Na verdade, ...como diz o JoSo Maurino (autor da iddia, um dos membros do Conselho de Arte e Cultura da FundagSo Bie nal), a exposigSo "d uma feira", mon tada para quern n5o sabe, nSo leu, nSo estudou sobre arte mas tem um pouco de sensibilidade e olhos para ver.

Nao tenho noti'cia mais detalhada do esforgo que foi reunir tudo aquilo, mas di para imaginar, pela origem e preciosidade. Mas o que mais entusiasma, pelo menos a este pobre escriba, d que houve coisas niuica vis tas pelo chamado grande pdblico e que estavam ciosamente guardadas pelos seus possuidores,fora das vistas e do conhecimento. Basta dizer que, no total, 22 pessoas e instituigOes foram chamadas a ceder trabalhos para a mostra. Sem ganho.

Museu da Oidcara do Cdu,Museu do Agude:dois bons exemplos do legado de ^ymtodo de Castro Maya,introdutor ^gordura decoco no Brasil

m prato cultural da melhor qualidade d ir passear na Floresta da Tijuca, no Rio. Que pouca gente sabe mas foi plantada por um certo Major Archer, mais oito escravos, quando ali deixou de ser uma enorme fazenda de cha e cafe. Pois encravada na floresta fica a antiga casa de campo do milionario Raymundo de Castro Maya.

Na ddcada de 40 ele foi convidado a reformer o Parque Nacional da Ti juca, entSo em quase complete abandono. Trabalhou quatro anos, fez um trabalho admiravel e ganhou, do Presidente Getulio Vargas, seu pagamento: um cruzeiro, de ouro.

Sua casa de campo na Estrada do Agude, 764 (Alto da Boa Vista) foi transformada, por ele mesmo, num museu, parte da Fundagao Raymun do de Castro Maia. 0 chamado Mu seu do Agude, numa area de mais de 150 mil metros.

Mesmo assim, podemos vet ainda, agora que o Museu reabriu, originais de Frans Post e de Taunay, o incri'vel di'ptico fncendio e Restauragao do Recolhimento de Nossa Senhora do Parto de JoSo Francisco Muzzi e um aparelho completissimo de porcelana da Companhia das Indias, mai's os azulejos Portugueses, al4m dos azulejos franceses trazidos de Alcantara, no Maranhao, e de 67 esculturas em barro da primeira fase de Mestre Vitalino.

Havendo tempo (e nSo convem almogar na Floresta porque os dois restaurantes sSo fraqutssimos, tanto o que funciona na antiga casa de escra vos do Major quanto o que funciona na villa de Taunay),complete a visita indo ao outro museu Castro Maya,o da Chacara do Ceu,em Santa Teresa. La,onde ele morava,estao,por exemplo, alguns dos melhores quadros de Portinaii e toda a sdrie de ilustragoes que fez para o Dom Quixote.

Morto em 1968 o patrono, os govemos da cidade nSo cuidaram, como deviam.doincrivel patrimonio.O mu seu esteve fechado por 121ongosanos e a umidade colou nas molduras a maior colegSo existente de originals de Debret:quase

500aquarelase66dese-

nhos, que vi muitas vezes na galeiia que Castro Maya fez construir especialmente para conserva-los e exibi los.

Pena que nSo possamos fazer a vi sita saboreando um dos maiores tesouros que Castro Maya escondia sob uma porta de ferto no tetrago de entrada: os vinhos de sua adega excepcional, ja degustados, merecidamente, pela equipe de restauradores, a sombra de obras de Mestre Valentim, Dali, Picasso, Matisse, Modigliani.*

.-V -
38 LUIS LOBO
REVISTA DE SEGUROS
IT' nijJEU Afudo
^ y VII. T'

oce pode nSo ter medo de Virginia Woolf, por exemJ plo. Mas de avUo...sei nSo.

.Nao se avexe, no entanto, pois esta longe de ser minoria. Como voce, ha muitos que tem vergonha de admidr. Outros, porem, mais desinibidos, nSo se acanham em confessar que preferem o trem, o automovel e at6 mesmo o onibus. E claro que os nost^gicos do "Orient Express" e dos transatlanticos de luxo constituem uma raga em extingao, "stricto sensu". DivagagOes a parte, ao se fa- ' lai em respeito pelo mais pesado que o ar, logo nos acode a doce figura do samfaista e boemio — com perdSo do pleonasmo —, Giro Monteiro, que, obrigado a ir a S£o Paulo todas as semanas para cumprir um contrato radiofonico, fez do notumo da Central a sua "ponte terrestre".

Os ufanistas, entretanto, nSo vejam na preferencia pelos vei'culos que n3o ousam desariar as leis da gravldade qualquer range de mi vontade com o invento do genial patriclo San tos Dumont. Hi razdes mais prosaicas: o ptego das passagens aireas i que anda pela bora da moite, como, de resto, tudo o mais neste pafs da inflagSo. Mas nos bons tempos do "FormigSo", como o Giro era conhecido na roda, era medo mesmo. Dai' ele chamar o Vera Gruz de "aviSo dos covardes".

Para seu console, todavia, muita gente famosa padecia e padece do mesmo mal. 0 poetinha Vinicius de Morals que o diga,la de cima. Embora nos dias de hoje possamos citar alguns aerofobos ilustres, como Tom Jobim e Jorge Amado, a verdade i que tambim existem os recordistas do ar, que passam mais tempo num aviao do que em terra firme. Entre eles, a palma cabe sem favor a Alfre do Machado,PDG da Record, editora de tantas celebridades - inclusiye do prdprio baiano Amado e da EricaJong, autora do "best-seller" erdticoanali'tico dos anos 70:"Fear of Fly ing", que muita gente leu nSo necessariamente preocupada em veneer o medo de voar.

...e boa viagem - "V6o 2025 com destino a Nova lorque, embarque imediato, portio mimero 2". A voz grave e afetada da locutora ressoa no espago frio da sala de espera do aeroporto. Os passageiros se organizam em fila, respondendo a chamada, mas ninguim deixa transparecer o que Ihe vai no fundo d'alma: uma apreensSo indefinida, um temor generalizado.

Aquele que nunca teve medo de voar que atire a primeira pedra! Todos nds, senio o tempo todo, pelo menos de vez em quando, sentimonos inseguros. Segundo uma pesquisa

da Air Ganada, 27% dos passageiros tern medo. Outra pesquisa feita pela Boeing revela que 25 milhOes de americanos sofrem de fobia de aviSo.

Em contrapartida, em outros paises, as estatistlcas-nio dizem grande coisa; Sabe-se apenas que o aviio i o meio de transporte que causa mais panico a maioria das pessoas e que esse medo foi batizado pelos psiquiatras de Complexo de Icaro. Trata-sei de uma fobia, um receio irracional, absurdo, heranga dos temores infantis. Nas grandes capitals, mais de mil avides decolam e aterrissam diariamente. Apesar desse ndmero apreciavel e alentador, muitos viajantes em* barcam apavorados e enfrentam os ceus como se estivessem se despedindodavida.

Muitos passageiros tem um comportamento semelhante: mal o apareIho decola, esticam as pemas para a frente, afundam o coipo na poltrona, seguram com forga os bragos do assento e sjudam o piloto a levan* tar voo.

Angdstia — passageira clandestina - A angustia, depois de ter sido ignorada por muito tempo, i hoje cuidadosamente estudada. Os espedalistas da medicina aeroniutica dis* tinguem, essencialmente, dois comportamentos, espides de reagio de defesa do passageiro. Um adota o iso-

pedla*Mm ® primeira que o ar Prf/i. • ^ P®*®™ os que padecem da fobia do mais pesado H 0"-PaqmatraseDsic4Sl.p., ^

lamento.afivelaamdscaraenSofala

Participa de tudo, fala e bebe muito e se identifica pela sihdrome da ja-

ditn propriamente

° medo que existe pelo vizinT^'^ de tr ^P'o^ocada pelo "mn recinto%^^^'™°^ confinados

® agonia da esno tembdm

® viajante sabe ®

®3mpainha T 1^°

aeronave parar u ® a 'magtna o petiaft ® cdrebro

asteina neurov! ^ ® exdtar o

•m^riiata: estfttt, ^ 'l^mse mSoB unudas.

ritmos respiratdrio e cardiaco acelerados.

Se voce conhece todos esses sintomas, por que n£o venc?r de uma vez a fobia?

Terapias para veneer o medoDe um modo geral, psiquiatras, neuropsiquiatras e psicdlogos sSo taxativos: d perfeitamente possivel ven eer esse maldito medo. Duas escolas se confrontam: a psicandlise e a terapia comportamental. A segunda tdcnica oferece resultados muito bons (mais de 80% de exito). "Nio piecisamos saber o porque da fobia", diz o Dr. Gerard Apfeldorfer."O objetivo da terapia i dessensibilizar os que tem medo pelo descondicionamento de suas reagdes em situagdes que 0 provocam."

0 bio-feedback i outra ttoiica de relaxamento que recorte ao uso de

aparelhagem eletronica. Trata-se simplesmente de colocar o espfrito a escuta do coipo. Gragas a dispositivos ligados ao pacdente, pode-se captar fenomenos psicoldgicos geralmente inconscientes.

A ultima novidade em mat^ria de terapia mental 6 a sofrologia, tem4dio precioso contra a angustia, maa de efeitos um tanto demorados. Conselhos priticos para adquirir autocotttrole — Voce pode adquirir um autocontrole de emergencia sem precisar apelar para os tranqiiilizantes. Uma boa maneira de manter-se calmo 6 prever com bastante antecedenda a bora da partida, para poder cumprir sem afobagSo as formalidades de embaique. Se necessario, para relaxar, tome uma dose de ui'sque, nada mais. Encher a cara realmente nSo d a solugSo. A bordo, uma vez acomodado, proctire oontrolar-se fisicamente.

Outro exercido eficaz: o mon6logo interior. Assuma uma atitude positiva. Em vez de pensar que o aparelho vai cair, mentalize:"Dez horas de voo em vez de uma semana de navio, d fantdstico. Ganho cinco dias de fdrias!"

Por outro lado,como o medo costuma aumentar com a inatividade, faga alguma co^, nem que seja tried ou palavras cruzadas. if

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O infinite do seguro

Brasilsat 4 o primeiro dos dois llan9amentos previstos pelo jgprograma de Telecomunica<;6es por Sat^lite, encomendado em meados de 1982 ao consdrdo SparHughes (canadense-norte-americano), e que tem como objetivo economizar US$ 9 tnilhdes/ano em divisas, gastas com o aluguel de canais de satelites internadonais como o In telsat.

Langado pelo foguete da Agfeda

A orbita das coberturas

Com tres tipos de coberturas

— incluindo at^ o aborto do langamento e o de responsabilidade civil - o Brasilsat teve, ao total, oerca de CrS 1,4 trilhSo de valores segurados por um pool de empresas nacionais e estrangeiras, que custaram a Embratel Cr$ 12,7 milhdes em premios, considerando-se ai o Imposto sobre OperagSes Financeiras (lOF) de 4%.

O Govemo Federal, conio segurador, assegurou 39% do total, ficando V o mercado intemo responsavel por

Espadal Europdia Ariane, o Brasil sat exigiu a instalagSo de um centro de operagSes, localizado em Guaratiba, no Rio de Janeiro, composto de um arsenal de equipamentos eletronicos e antenas parabdlicas para receber e transmitir sinais de comunicagao para todos os pontos do Pai's. No pacote desses servigos, se incluem telefone, telex, televisSo, comunicagao de dados, radiofonia, fac-simile, entre outros. Em agosto de 1986, esta previsto o langamento de um segun-

apenas USS 2,5 milhSes, dos quais US$ 300 mil a cargo do IRB, que negociou a coIocagSo do restante da cobertura (58% do montante) no ex terior atrav^s de resseguro. Os t4cnicos do IRB admitem que 0 pagamento de um piimio, de 16% da importancia segurada, foi uma das maiores taxas obtidas recentemente no mercado. Desde os dois ultimos acidentes com satdlites no espago

0 Palapa B, da Indonesia, e o Westar dos Estados Unidos, respons^veis por indenizagSes da ordem de US$ 400 milhSes - o mercado intemadonal esta operando com taxas que variam entre 19 e 20%, com um I'ndice de sinistro de 300%.

Feito atrav^s de sorteio sem a intenrenilncia de corretores, uma vez

do satdlite,

A fim de aprimorar a qualidade dos servigos a serem prestados, a Embratel esta implantando uma sdrie de estagOes terrestres de pequeno porte, num total de 80,-equipadas com ate quatjo ■canais de telefonia. Nos projetos da empresa, esta ainda prevista a expansSo dessas estagQes, para atender ad crescimento do trafego no pen'odo 1985/1987, conforme negociagSes entre as operadoras estaduais e a Embratel.

que 0 seguro se destinou a uma em presa estatal, a contratagSo do prfimio foi garantida pelo Enmbank, dos EUA, com o empr4stimo avalizado pelo Citibank, de Nova lorque. A m'vel intemo, a lider do pool foi a Noroeste, vencedora inclusive para 0 langamento do Brasilsat II, que deveri ser langado ao espago em mea dos de 86.

O seguro do aborto de langamento cobria eventuais despesas que a Em bratel viesse a ter, se o sat^lite nSo fosse enviado ao espago em decorrencia de acidente que interrompesse o process© de langamento. O valor dessa cobertura, de USS 2 milhoes, foi integralmente absorvido pelo merca do intemo, com uma taxa de premio de 7%.

^ rata-se de um projeto superavangado, que 4 efetivamente de grande necessidade para o Brasil. No que se refere a industria nadonal, em termos de equipamen tos centrais e aparelhamentos de ter«, 0 desenvolvimento sera incalculavel, abrindo espago inclusive para as seguradoras brasileiras, que tera'o de

pesquisar e estudar estes outros segmentos que abordam aspectos bastantes novos para o mercado segurador.

nUILISniDESEdUROS

■m' t: "■, \S
Joao Femandes Cunha, diretor de produgao da Noroeste
PdulistasSdeSeguros 42 REVISTA DE SEGUROS
ESTAO de SEGURANCA desde 1906

Uma primeira pergunta que se poderia levantar 4: segurar o que? SSo quatro as apolices. A de langamento, de aborto do langamento, de vida do sat^lite e de responsabilidade civil. As duas primeiras sSo de simples interpretagSo, mas quando se fala, por exemplo, em vida de um bem, introduz-se um conceito novo neste mercado, acostumado a falar em seguro

de vida sempre em relagao a pessoas. Entende-se neste caso como vida do sat^lite sua permanenda no espago com todos OS problemas que possa enfrentar. A responsabilidade dvil. que trata de danos a terceiros, tambem aborda pontos desconheddos para as empresas seguradoras. Sao tantos OS satelites em orbita que o espago esta lotado e, sem diivida, o

seguro de responsabilidade civil e perfeitamente cabivel. Mas s3o liscos que 0 mercado desconhece e com certeza tera que se atualizar.

Para a Noroeste Seguradora, li'der das empresas brasileiras que partidpam deste seguro, duas questdes se colocam em termos de sua atuagao neste novo segmento, A primeira, que analis^o aspecto financeiro, nao

nATIAIA G Companhia de Seguros

EMPRESA CONTROLADORA - CIA. DOCAS DE SANTOS

Opera nos Seguros de; Incendio, VFda, Transportes Man'timos e Terrestres, Acidentes Pessoais, Fidelidade, Vidros, Roubo, Responsabilidade Civil, Lucres Cessantes, Riscos Diversos, Automoveis, Cascos, DPVAT, Credito Interno, Responsabilidade Civil do Transportador, Responsabilidade Civil Facultative, Tumultos e Riscos Congeneres, Garantia de Obrigagoes, Global de tres anos,Penhor Rural e Vida.

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oferece nem traz beneficio. A grande vantagem esti colocada na parte promoaonal. Estamos envolvidos - e liderando - um projeto de grande porte da Embratel e, sem ddvida, o retomo em termos de projegSo 6 imediato,

A explicagao e simples: esse segu ro d feito no IRB e, como a importancia segurada ^ muito grande, o

mercado segurador nSo tern condigfles de manter es.se risco. Todo esse volume de dinheiro 4 entSo repassado para o exterior, o que implica dizer que, em termos de tempo,o processo financeiro foi minimo e exatamente por isso nSo trouxe maiores vantagens.

NSo acredito na possibilidade de novos seguros semelhantes a curto

Portante e que voc^

prazo. A Embratel esta com este pro jeto ha oito anos e langou dois sati res, mas nSo tenho ddvida de que a inddstria brasileira ira apresentar um desenvolvimento muito grande, com a produgao de equipamentos que terao de ser segurados. Neste sentido, o. mercado segurador pode contar com boas perspectivas neste novo segmento." ★

quando a Generali armou-se de toda uma serie de providencias para se aproximar maisdevoce,e atend^-lo meIhor. Veja sempre no leao alado um forte amigo seu, capaz de leva-lo mais depressa as metas desua vida

'ffT". m'
if:
Este e o leao alado, acompanhante do Evangelista Sao marcos. O leao alado existe apeiias pai-aservire
Bf^eger.E que oleao alaaoesmabolodeumaSegwradora cujos boas serviqos sao wemacionalmente reco"hecidos: a ^enerali.
44 REVISTA DE SEGUROS S%iaSEGUR0S (lENtMIJ
^ipalmente em 1985
GENERALI seguros 4E

AAende-se satelite com poucC_??

uando vod perde alguma coisa trata de procurd-la, 4 f;Idgico. E quando essa coisa ■ vale muitos milhdes, voce redobra os esforqos para encontra-la.

O homem 4 capaz de veneer toda sorte de obstaculos quando se dispoe a desbravar o espago, como ficou demonstrado mais uma vez por ocasiao do recente resgate do Palapa B-2 e do Westar VI, que,tecnicamente,nSo estavam perdidos; apenas nSo fundonaram direito.

Entretanto, para Stephen Merret, influente underwriter do Lloyd's de Londres, e para a International Tech nology Underwriters trazer de volta as duas naves a deriva teri sido uma operaqSo de salvamento como outra qualquer — talvez um pouco mais arriscada. Depois de lutar durante meses para convencer outros seguradores a se assodarem a ele, Merret finalmente conseguiu dobra-los e firmou um acordo com a NASAAg€nda Nacional Aeron^utica e Espadal dos Estados Unidos. Segundo o acordo, a NASA tentaria recuperar OS satdlites e recebetia USS 2.75 miIhSes por unidade. Foi feito outro acordo com a Hughes Aircraft para OS trabalhos preliminares e a supervisSo de custos dos reparos. A Hughes receberia US$ 5 milhdes pelos dois

Um novo mercado para veicuios espaciais usados. Com a sofisticagao do seguro no resgate de sat^Iites,daqui a pouco,andndos como este serao comuns

engenhos. Ao que se sabe, essa ultima importanda era mais uma estimativa e nao chegou a cobrir o custo final do conserto.

0 governo da Indonesia e a Wes tern Union contrataram com a NASA o langamento dos satdlites Palapa

B-2 e Westar VI a partir de um onibus espacial. Cautelosos administradores de riscos, ambos logo providendaram o seguro dos satdlites no mer cado de Londres. O dnibus espacial partiu de acordo com as previsOes e I

OS satdlites foram langados com exito. Lamentavelmente, pordm, entraram em drbitas erradas e os seus propulsores nSo fundonaram. E curioso notar que ambos falharam aparentemente pelo mesmo motivo.

Originalmente, o Palapa B-2 e o Westar VI deveriam ter atingido orbitas 22.300 milhas(35.880 km)adma da terra, mas quando foram localizados, alguns dias depois, verificou-se que descreviam elipses entre 170 o 720 milhas (273 e 1.158 km)apenas.

O agente laranja na barra do tribunal

juiz de um tribunal distrital dos Estados Unidos aprovou em primeira instancia um acordo de USS 180 milhdes entre sete inddstrias qui'micas fabricantes do pestidda Agente Laranja e veteranos da Guerra do Vietna.

O juiz Jack B. Weinstein aprovou a indenizagao depois que os vetera nos depuseram e reconheceram a eqtlidade do pacto.

Ao apredar os dados que conse guiu levantar, o Juiz Weinstein concluiu que as autoridades govemamentais tinham conhecimento dos efeitos tdxicos do herbicida muito antes do seu emprego no VietnS.

Entre os sete acusados levados a bana do tribunal encontram-se al guns nomes influentes da poderosa indiistria qui'mica norte-americaita, tais como: Dow Chemical, Monsanto e Shamrock — (Business Insurance).

OS proprietarios, os pissaros perdidos. A tentative falhara 0 loyd s que pagasse o prejui'zo! ewberam cerca de US$ 180 mi® ° ^ssunto podia ter morrido b=m

Tod.via, alguna "rtr de 7

as 7hl5min da manh£ de 8 de novembro, foi dada uma iargada impecavel do Centre Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, na Fldrida, e, ao alcangar uma altitude de cruzeiro, 0 dnibus espacial Discovery colocouse num curso orbital perfeito. Comandada pelo Capitdo de Marinha Frederick Hauck a nave transportava uma tripulagSo de quatro membros: Dra. Aima L. Fischer, mbdica; Comte. David Walker; Comte. Dale A. Gardner; e o Dr. Joseph P. Allen, da NASA.

Deus e o seguro

mudsr comando, logramente e posid Qradativavoo unifo ° trajetbria 1-045 kr^

!"^"^^^^'=ercade

com .'^"•^®200conta®l^° bem m f ®mbora tenha tivas. Flnaim ° ""^mero de tenta^razidos P^5saros foram redor de 1^' ^en-a. nivel ideais criadas as condira-los" campo e agarum adiamento de 24 horas.

A missao deles, obviamente, ndo era apenas dcreboque;al^m decapturarem o Palapa e o Westar, deveriam langar dois satblites de comunicagdes: o Anik D-2, de propriedade da Tele cast do Canada, e o Leasat 1, pertencente a Hughes Aircraft Corp., mas arrendado a Marinha dos Estados Unidos.

No sdbado, 11 de novembro, o Discovery encontrava-se a cerca de 8-000 km de distancia do Palapa, o mais prbximo dos dois satblites, e numa brbita inferior,a 300 km, mais ou menos, acima da terra. Utilizando seus foguetes, o dnibus espacial manobrou atb chegar a uns 10 metros do Palapa B-2, na segunda-feira 12.

Ambos OS satblites estavam girando lentamente e tinha sido previsto

oti'cdas procedentes de GeneI bra revelam que um conselho diiigido por dnco teblogos islamicos acaba de abrir caminho para a implantagSo de uma multinacional de resseguros, ao conciliar os principios em que se fundamenta o seguro com a rigidez da sharia (lei islamica). O conselho foi criado por recomendagSo de t^cnicos de seguros presentes a Conferlncia Islamica, que se realizou recentemente em Bangla desh. De um modo geral, h'deres religiosos considecam que os contratos de seguros e resseguros violam quatro mandamentos capitals da sharia; sendo a proibigSo de se tentar antedpai ou contrariar a vontade de Deus o mais serio deles.

Contudo, o resseguro ja 4 praticado peU Islamic Reta-Kafol Company — pertencente ao Dar al-Maal al-Islami (Tesouro Islamico) - e baseada em Genebra, que opera com um capi tal de US$ 25 milhdes.

A nova empresa serd constituida pot um grupo de govemos mugulmanos, estando prevista, entretanto, a partldpagao da inidativa privada(WorldInsurance Report).

ALBERTO LOPES
46 REVISTA DE SEGIIROS
47

que OS astronautas poderiam faze-los parar utilizando os reversores de suas mochilas.

Assim, iniciou-se, no dia 12 de novembro, a delicada operaqao que Ste phen Merret e seus associados estavam bancando. O Dr. Allen vestiu o macacSo espacial, apertou as algas da sua mochila e lanfou-se no espaqo em direfSo ao Palapa B-2 empunhando a tenaz de recupera^So, que acoplou firmemente ao sat^lite. Devagar, muito devagar, rebocou-o at^ o comparti-

mento de carga do Discovery, onde o Comte. Gardner o aguardava para auxilia-lo a acondicionar a nave no compartimento de carga do Discovery. Foi utilizado outro m^todo para 0 resgate do Westar. Dessa vez, o Comte. Gardner deveria deslocar-se at^ o satdlite, ajustar a tenaz no bocal e usar sua mochOa espacial, primeiramente para parar a rotagdo do satelite e depois para reboca-lo atd o brago mecanico do Discovery, onde o Dr. Allen estaria esperando. Na quarta-

feira, 14 de novembro, esse mdtodo foi aplicado, e, relativamente em pouco tempo, a segunda fase da missao foi completa^. Uma yez os dois satelites fionemente amarrados, a porta do compartimento de carga foi devidamente fechada. S6 faltava o CapitSo Hauck trazer de volta o veiculo ao Centro Espacial, o que ele fez, com uma perfeita aterrissagem, na sexta-feira, 16 de novembro.

Agora, os seguradores esperam

Catastrofe da India: camera a bataiha legal

Acontagem dos mortos dizima-

dos pelo vazamento de gds toxico, ocorrido a 3 de dezembro, na fdbiica de pesticides da Union Carbi de, em Bhopal, ainda nSo terminara e jd comegara o complexo processo legal para garantir a indenizagdo das vi'timas. Advogados americanos impetraram duas agSes judiciais no valor de US$ 35 bilhdes contra a matriz. A primeira, montando a US$ 15 biIhdes, deu entrada nos tribunals de West Virginia em favor de dois sobreviventes parentes de vi'timas. Acredita-se que a segunda, de USS 20 biIhfies, reiine 10.000 litigantes, tendo

sido submetida a apreciagSo de um tribunal federal de Nova lorque.

Na India, o estado de Mahdya Pra desh rejeitou uma indenizagSo de US$ 1.84 milhOes oferecida em conjunto pela Union Carbide dos Estados Unidos e sua subsidiiria, tendo instituido a sua prdpria agSo. A fdbrica, construi'da em 1975 a umcusto de USS 25 milhSes, sera certamente fe chada,mas a perda da companhia edas seguradoras, resultante das reclamag5es por danos sofridos,6insignjficante em comparagSo com o prejuizo to tal.Morreram maisde duas mil pessoas e estima-se que 1/4 da populagao da

Mnsert^ os satdlites e revende-los. Kceberam consultas de compradopotenciais e poderlo recuperar de 70 a 75 milhdes.Por conseguine. a histbria podera ter um final relabvamentefelizparaeles.

Para a NASA, pode-se dizer que o que era capaz de cumprir a

Responsabilidade dos farmaceuticos

cidade,calculadaem 800.000 habitantes, tenha sido atingida de uma maneira ou de outra. As autoridades sanit^rias ainda tern duvidas quanto aos efeitos a longo prazo da inalagdo de gas.

Outros fatores que afetam o resultado final dos procedimentos legais incluem: (a) a possibilidade de as agfies tramitarem em tribunals Indianos ou americanos; (b) na segunda hipbtese, saber se os tribunais ameri canos aplicariam a lei indiana;(c)o volume dos danos passiveis de ressarcimento (previsto em ambas as legislagOes), que dificilmente seria coberto pelo seguro- /Business Insurance/.

culos e recuperar veiB-Z e 0 Westar VI. em

por seu t =°'n®r«ais, os aos gerentes de ri"""' am riscos futuros."^"'

ou

as Dart„ onatividade de ^oras. 9«rentes e segura-

os prdximos anos, a Supreme Corte da Califbrnia deddird se as farmdcias deverSo ser responsabilizadas criminalmente por Ies5es corporals causadas por rembdios vendidos medlante prescrigSo m^dica. Se o tribunal assim deliberar, anulando recurso sandonado em instanda inferior, observadores do mercado preveem que a sentenga provocara uma verdadeira enxurrada de reclamagdes devidas a ma pratica farmaceutica, premios mais elevados para a cobertura desse risco, reladonamento dificil entre farmaceuticos e clinicos e aumento de prego de medicamentos.

No final do ano, a Suprema Corte Estadual apredou a causa submetida a sua consideragSo por Christine A. Murphy, de Arcadia - Califbmia, que se dizia portadora de cancer contraido em vlrtude de sua mSe ter feito uso, em 1951 e 1952, deumantiabortivo conheddo como DES, ou seja, dietilstilbestrol.

Se a Corte Suprema nSo levar em linha de conta a sentenga apelatoiia, a Califbmia sera o primelro Estado americano a responsabilizar farmidas e possivelmente farmaceuticos por

eventuais reagSes que padentes venham a manifestar em conseqiienda de terem ingerido drogas adquiiidas em farmacias.

De acordo com a teoria de estrita responsabilidade, a firma que fabrica ou vende o produto podera ser inciiminada por lesbes causadas por um produto defeituoso, independentemente de culpa ou negligencia.

Na agao que impettou, a Utigante pretende que tanto a E. R. Squib & Sons Inc., um dos fabiicantes de DES, quanto a Exclusive Prescription Pharmades, de Los Angeles, que vendeu o remedio a sua mae, sejam responsabilizadas pela sua doenga. O processo foi julgado pela Supre ma Corte do Condado de Los Ange les, que se manifestou favoravelmente ao fabricante e a farmida. A sen tenga foi homolcgada pelo Tribunal Estadual de ApelagSo.

Case a Suprema Corte se pronunde em favor da Utigante, a dedsao podera abrir perigoso precedente, ca paz de afetar as farmddas da Califor nia que fomegam qualquer medicamento considerado defeituoso e nSo apenas o DES-/Business Insurance/.

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