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Companhia de Seguros ALIOCi DA BAHIA

C.G.C/M.F. 15144017/0001-90/0023

Seguros de Inoendio, Vidros, Roubo, Tumuitos, Transportes Marftimos, Terrestres e A^reo, Automdveis, Cascos, AeronSuticos, Lucros Cessantes, Fidelidade, Crddito interno, Responsabilidade Civil Geral Vei'culosFacultativo e Transportador, Rural, Penhor Rural, Habitacionai, Riscosde Engenharia, Riscos Diversos, Garantia de Obrlgapoes, Acidentes Pessoais, Danes Pessoais — VAT,Operapoes Diversas e Vida em Grupo.

CIFRAS DO BALANQO DE 1980.

CONSELHO DE ADMINISTRApAO

Pamphilo Pedreira Freire de Carvalho — Presidente.

Paulo S6rgio Freire de Carvalho Gonpaives Tourinho — Vice-Presidente Francisco de 86 Juntor - Vice-Presidente.

Diretoria

Paulo S6rgio Freire de Carvalho Gonpalves Tourinho- Direter Superintendente

Luiz Carlos Freire de Carvalho Gonpalves Tourinho- Diretor

Jos6 Maria de Souza Teixeira Costa - Diretor

Antonio Tavaresda Cjtnara - Diretor

Fernando Antonio Sodr6 Farla - Diretor

S6rgio CharlesTObero- Diretor

MATRIZ:Salvador/Bahia.

SUCURSAIS NAS CIDADES DE; SSo Paulo - Rio de Janeiro - Porto

Alegre - Fortaleza - Recife - Belo Horizonte - Manaus - Teresina - S3o

Luiz - Maceid - Bel6m - Natal - Aracaju - Joft Pessoa - CuritlbaVitdrla - Braiflia - Golania - Culab6- Campo Grande.

AGENCIA8 EM TODO 0 PAOS

Preconceito De Sexo

A olhes vistos, estao gradualmente caindo as barreiras seculares erguidas pelo preconceite de sexo. 0 mercado segurador, 6 claro, nao poderia escapar a nova mentalidade que a pertin6cia feminina vai copstruindo em torno do princi'pio da igualdade de direitos. Urn princi'pio, ali6s, ate pouco tempo muito mais teorico do que pratico, embora at6 guindado em muitos pai'ses a categoria de preceito constitucional.

Entre parenteses, diga-se que o mer cado segurador nao esperou por pressoes de movimentos feministas. De Iniciativa prdpria, e com antecipapio, cuidou de Ianpar pianos especiais para a mulher.0 mais recente exemplo desse tipo de atitude surgiu hi pouco na lnglaterra,ondea empresa Langham Life colocou i disposipao do sexo frigil o chamado Senior WISP. 0 piano foi elaborado para uma faixa etiria especial: a que vai dos 40 a 60 anosde idade. E WISP, cabe esclarecer,§ a sigta de Women's Individual Saving's Plan.

Trata-se de uma combinapSo de seguro de vida com investimento. Ati ai' nSo existe qualquer novldade. Afinal de contas, seguro de vida sempre foi uma forma de aplicapSo de poupanpa e aqui mesmo, no Brasil, alfluns Fundosde Investimento introduziram mecanlsmos de associapSo com tal modalidade de seguro. A prdpria Caderneta.de Poupanpa Programada 6 uma das nossas ultimas variantes da idiia bisica de estreitar e enfatizar cada vez mais os vi'nculos do seguro de vida com a poupan pa e o investimento.

0 WISP, todavia, alim de orientar-se para determinada faixa etiria, acrescenta como atrativos (para o segment© de mer-

Luiz Mendonpa cado a que se dirige) algumas inovapoes.0 piano, na essSncia, 6 de Seguro de Vida, com a particuiaridade de que boa parte do prepo pago se destine a aquisipao de quo tas do Langham Special Managed Fund.0 prazo de durapao, a escoiha da cliente, pode variar entre 10 a 15 anos, e o rendimento garantido e bastante atraente. A portadora da apolice adquire o direito de fazer hipotecas e emprestimos simples, mas a novidade mesmo § quanto is numerosas combinapoes de interesse que a flexibiiidade do piano possibiiita em reiapao a mudanpa de estado civil da mulher. Se a ciiente passa de casada a viuva, ou de soiteira a casada, ou desta ultima condipao a de divorciada (ou de abandonada ou legaimente separada), todo um leque de alternativas Ihe permite sempre a escoiha da solupao que Ihe seja ou Ihe parepa a mais conveniente, pois ela 6 sempre a ti tular dos direitos da apolice. E como ti tular Inclusive transfere esses direitos, 6 6bvio, a quem livremente queira, se vier a falecer antes de vencido o prazo de dura pao da apdiice.

No WISP, efn suma, em primeiro lugar situa-se a mulher, que dispSe a seu talante dos beneffcios oferecidos pelo segu ro. Coloca ou retire o marido da posipSo de beneficiirio, conforme as circunstfin-cias; ela prdpria se torna beneficiiria, se o marido falecer antes; e, no caso inverso, deixa para a fami'lia um peculio ou uma renda mensai por prazo previamente estabelecido. Resumindo: assim como o homem sempre foi o eixo principal do segu ro de vida, ela tambim agora adquire essa mesma posipsfo, como senhora absolute da apdiice que adquirir. E a plena igualdade' de direitos pela qual tanto v§m pugnando as mulheres.

Nota-se, por fim, que o WISP nao tern o preconceito do nosso Irmao CarmeId (personagem do Planeta dos Homens), cuja praxe e nao atender aos nubentes para evitar o "casa, separa; casa, separa, casa, separa". No WISP, a mulher pode serparar-se sem consequencias desfavordveis quanto ao seu seguro.

No Brasll, um piano em que o marido pode incluir a esposa, desta tornando-se beneflcl^rio, mas nao um piano especi'fico para a mulher, colocando-a na poslqao de titular da apdiice. ja nao a tempo?

Normas De Seguranqa Operaciopoal Na Administraqao De Poupanca A Prazo Longo Em

Face Das Incertezas Da

Qapemh

SEGURADORA SA.

C.G.C.nP 01.556.539/0001-94

Capital e Reserves — Cr$ 650.000.000,00

QENTE UNIOA t MAIS 8EQUR0

MATRIZ

Rk) d( Janalre

Rua Maracbai Floriato nPl9/5?, 6?

19. arbarai

Crelo que para compreendermos bem esta proposiqao, precisamos nao so abordar o problems da administrapao patrimo nial, mas estendermos um pouco para tr^s a analise, examinando, tamb§m, as bases sobre as quais eias se constituem.

S6 se pode, eficientemente, administrar um bem cujo resultado se mede no momento de sua reversao se, de Im'cio, ele . houver sido bem constitui'do, poissomente a constituigao correta e a boa administrapao comblnadas podem conduzir a um resultado satisfatorio no momento de sua j ' ®xlgibilidade.

SVCliflSAlS Rio d* Janoino

Sfo Paub

Porto Aiagra

Bab Horlnnta

Curltlba

Goiania

Salvador

Fortaiaza

Vitdria

Bnanla

Babm

Manaus

Rua Marachai Ftoriano n919®?aridar

Rua Slo Barita. S45, 39 arxlar

R. Cal. Oanulrw, 421, 8? andar

R. EwirNo Santo, 816, 7? andar Ed. Embrava

Pea, Gal, Oi6rb, 437. 19 andar

Rua 16, n9 297

Rua Corpo Santo, 39/41. IPendar Ed. Linmln

Rua Ferboyra Silva, 111. 79 andar 1/701/704 , Av. Jaronimo Mpntelro. 124, 7?andaf 1/702/708'

Sator Comarcill Sul, Ed.SIo Pauta, Grupol 211/216

Av. Govarnacbr Malohar, 662 99 Av, Seta da Satambro. 1261 coni. 209 na era industrial, as causas da Inflaipao tinham um carater mais permanente, exigindo um mecanlsmo tamb§m mais complexo para seu corretivo.

Em qualquer hipotese, alem do estabelecimento. correto das bases atuarials, Ja tradicionais e suficientemente conhecldos, ®ntra um components variavel, e hoje da maior Influenclaia INFLAQAO.

Este novo fator, que passou a Influenciar primordlalmente toda e qualquer ^orma de capitallzapao, serd um elemento transit6rio?

Tera uma passagem meteorlca que, apesar do seu grande impacto, possa ser desconsiderado nos contratos de iongo prazo, como os de prevldSncIa, que se estendem por pen'odos de 40 a 50 anos, ad- . mitindo-se simplesmente a indexaqao?

Infelizmente, creio firmemente que n§o.

A inflaqS'o, que, como a peste na Idade M^dia, assolava devastadoramente a humanldade, por^m, em episodios relativamente curtos, comeqou da mesma forma no irn'oio do Renasclmento como resulta do das "Grandes Navegaqdes" e estendeu-se pelo in/cio da RevoluqS'o Industrial, mantendo sempre o car^ter de periodicidade.

Na primeira fase, ainda, no Renascimento, cessadas as causas que eram orlginadas, como, por exempio, na abundancia do ouro proveniente dos pai'ses rec6m-descobertos, terminava tamb6m a inflaqao, que, modestamente, se limitava as reduzidas fronteiras do pequeno mundo de entao,onde se mantinha um intercambio de tal forma restrito que nao servla de conduto a propagaqao inflacion^ria.

0 aumento de riqueza ou de poder do comprador, qualquer que fosse a sua origem, isto 6, por simples aumento de riqueza ou em conseqiiencia das guerras t§o comuns que conduzlam Inevitavelmente a uma forte expansao dos meios de pagamento, provocavam uma alta dos prepos que subseqiientemente conduzia a um aumento de oferta de produto, levando a seguir § supefproduqao.

A fase de superproduqlfo era segulda por um cicio de fallncia das empresas ou de uma reduqao substanclal no numero de operirios empregados nas industries rema•nescentes, isto conduzindo a um desemprego maciqp que, por sua vez, reduzlndo o poder aquisitivo, conduzia a mais desemprego at^ que a reduqS'o tamb^m substancial dos saldrios permltia uma retomada da produqfo a um niVel de preqo igual ao que prevalecta antes do im'cio da Inflaqao. Assim terminava um cicIo inflacion^rio que se autocorrigia pelas lels de mercado, possiVel, somente, graqasao liberalismo total das regras da economia.

A ECONOMIA REGIA A POLlTlCA

Hoje, porem, estamos diante de urn quadro irreversivelmente oposto.

A POLI'TICA REGE A ECONOMIA

0 cicio inflacionario que, de uma forma muito esquematica, tentei expor acima, nao pode mais se completar diante da realidade social de nossos dias.

,Quando o processo de auto-regulaqao atinge a fase do desemprego, nos pafses industrializados. o sistema de seguro social garante um ni'vel razo^vel de subsistencla familiar e, nos pai'ses em via de desenvolvimento, atinge-se a um ponto cn'tico de instabilidade poiitica que obriga a uma paralisapao do processo.

Em qualquer dos dois casos, pode-se atingir a um certo grau de sucesso no pro cesso do controle inflacionario, as vezes at6 bastante razo^vel, por^m, em nenhuma hipotese consegue-se volver aos m'veis de prepo vigentes antes de se instalar o cicio.

Mesmo nos processos mais bem sucedidos de combate a um cicio inflaciona rio, chega-se ao fim dele sempre um degrau aclma do ponto de onde se partiu.

Nao estou querendo entrar na analise das causas da inflapao porque nao interessam ao nosso raciocmio. 0 que quero enfatizar 6 que, por este mecanismo inexor^vel, porque a redufS'o do ni'vel real de sal^rios e politicamente impossi'vel, temos que aceltar conviver com um pro cesso inflacionario permanente que, por causas supervenientes, pode se tornar agudo, por6m, que, em sua essSncia, 6 per manente.

Aceita esta premissa, passemos ^ an^iise do nosso tema. Comecemos pela conceituapSo do seguro de aposentadoria.

0 que 6 um seguro de aposentadoria?

0 seguro de aposentadoria 6 um contrato celebfado entre um indivi'duo ou um grupo de indivCduos e uma empresa seguradora, pela qua! os primelros se comprometem a recolher d segunda uma importfincia em dinheiro, durante todo o perfo- do de suas vidas, enquanto em tase produtiva, comprometendo-se, em contrapartida, a seguradora a pagar uma importSncia mensal por todo o pen'odo compreendido entre a aposentadoria do seguro e a sua morte.

Resume-se, portanto, numa capitalizagao efetuada durante o pen'odo ativo do indivi'duo, fase em que nao risco para a seguradora, seguido do pen'odo IndenMrio, quando comepa a fase de risco, pois o c^lculo atuarial indenitirio 4 feito na base da vida media, podendo, portanto, prolongar-se a mesma por muito, para um so indivi'duo, o que nao criaria problema pa ra a seguradora ou para um grupo muito grande do seu universo segurado, o que constituiria um risco excessivo, porem resseguravel, mantendo-se assim dentro dos recursos ord indrios do seguro.

Surge ai', porem, o primeiro proble ma,a resolver. "

Qua! a moeda que se pode utilizer para ser denominador v^lido por um pen' odo que se pode estender por cerca de 80 a nos?

E evidente que ninguem ira comprar uma garantia que so comepara a ser utilizada dentro de vinte a quarenta anos sem ter a certeza de que o que vai receber corresponder^, satisfatoriamente, ao esforpo por ele despendido para sua aquisipao. Dues solupoes se apresentam facilmente.

A primeira 6 desligar a capitalizapao da indenizapad. Consiste, basicamente,em criar uma capitalizapao calculada sobre a idade m6dia do grupo segurado como ele ment© de c^lculo de capitalizapSo, contra uma sobrevida esperada aISm da aposen tadoria. 0 peculio pago no peri'odo' indenit^rio nao se refere, por6m, ao acumulo capitalizado, mas toma como referen' cia um valor desconhecido, a tornar efe tlvo num future remote, em geral constitui'do por uma porcentagem calculada so bre a mMia dos ultimos sal^rios percebidos antes da aposentadoria. Essa fdrmula, que, sem duvida, constitui um forte atrativo de venda, nao pode ser aceita por nenhuma empresa que seriamente preten- ida cumprir oscompromissosqueassumiu. Para os pequenosgrupossegurados,6 ■f^cil compreender-se a sua inviabilidade pela min'ade de variiveis a que se submete. Nos grandes grupos, por6m, de participapao compulsoria, poderia se admitir sua exequibilidade, pois, na medida em que ocorrem desvios da linha indenW''ia, estes podem ser compensados pela correpao da linha de arrecadapao.

Este sistema, tamb^m, onde foi adotado, ja esti demonstrando sua inviabilida de. Enquanto a base contribuinte se expande, ela pode suportar uma cupula indenitaria, tamb^m em expansao. No mo ment©, por6m, em que este processo se sitera, algumas correpoes s5o aceit^veis, mas dentro de limites muito restritos.

£ um fenomeno universal e bem conhecido que a midia da populapao do mundo est4 envelhecendo, e tSo mais depresa quanto mais uma sociedade se desenvolve.

Durante um certo tempo, p6de-se aumentar o onus da massa que trabaiha para contribuir com a necess^ria expan sao dos pagamentos feitos aos pensionis^as, mas as linhas tendem a se cruzar, is6, a massa dos contemplados pela pens3o aumenta mais depressa do que a dos novos contribuintes, e antes mesmo de ^Itrapass^-la se estar^ exigindo dela mais do que seria justo esperar. {Veja o exempio dos Estados Unidos).

A segunda possibilidade seria partirmos para uma indexapao de contribuipoes ^ indenizapoes. Esta hipdtese 6 vi^vel, se bem que oferepa alguns problemas. Teo''icamente, ela 6 possi'vel desde que seja feita rigorosamente com um so e unico denominador que sirva para a coleta do PrSmio, a aplicap^o das reservas e o paqamento das indenizapdes. As tentapdes serelo muito grandes ao longo do caminho. Haver^ sempre um competidor que, apresentando-se como mais capaz que os outros, se propor^ a alter^-los para tornar a venda mais atraente. E certamente encontrard muitos compradores incautos. 0 lament^vel 6 que os erros e as Impro- priedades praticadas neste tipo de capitali zapao s6 se constatam tarde demais. E precise, as vezes, decorrer toda uma gerapifo humana para que setornem evidentes. Se este metodo 6 vidvel, qual ser^ o seu denominador? dissemos, anteriormente, que es te element© precisa de absoluta confiabilldade a longo prazo e que possa, durante toda a durapSoda vida deste contrato, servir para a cobranpa do pr§mio, a remunerapao das reservas constitui'das e i reversao do peculio no pen'odo indenitario. Nos perguntamos, que denominador serci este? A resposta no Brasil 6 obvia: ORTN. Claro, este papel se apresenta hoje com todas as caracten'sticas, quer de con- fiabilidade, quer de utilizapao. Serve para 0 cilculo do premio, serve como investimento para as reservas constitui'das e ser ve para pagar as indenizapoes. Nao ha du vida de que se trata de um denominador perfeito para os contratos de curto ou m6dio prazo, porem, que confiabilidade ter^, que garantia nos da de que ainda existira daqui h^ 40 ou 50 anos, quando estivermos pagando as indenizapoes que hoje contratamos. E precise nao esquecer que, antes de mais nada, a ORTN ^ uma ferramenta da poli'tica monet^ria e que, como tal, est^ sujeita as suas vicissitudes. Se a poli'tica economica for mal conduzida, seus fndices podem ser alterados para atender seus objetivos principais. Se a poli'tica economjca for bem conduzida, o orpamento nacional for equilibrado ou superavitdrio e a inflapao controlada, a ORTN perder^ a sua funpao e tender^ a desaparecer.

Percorrendo-se o horizonte em busca de um outro denominador confieivel, so divisamos um que tem resistido a todos OS embates dos s^culos. Refiro-me ao ouro.

At^ h^ um ano atr^s, seria posta em duvida a seriedade de qualquer expositor que, numa reunilfo como esta, fizesse tal afirmativa. Hoje, por6m, com a decisao tomada do Govern© a.mericano de nomear uma comisslo para estudar o retorno ao padraoH3uro, nao pertence mais ao ridfculota! hipdtese.

Aquilo que era negado em publico, por^m, praticado ativamente por todas as napoes conscientes, veio a luz do dia. Recentemente, li em urn coment^rio economico, referindo-se a esta decisSo do Governo americano, uma frase muito verdadeira que dizia; no mundo pelo menos 300 economistas, todos da maior compet§ncia que afirmam, em unfssono. que o ouro est^i definitivamente afartado como valor de reserva. Porem, pelo menos 30 milhoes de pessoas neste mesmo mundo que discordam e continuam a entesourar o ouro como unico valor permanente."

Em 1965, o Brasil possuia US$ 400.000.000,00 de dolares-ouro em re serva, se nao me falha a memoria, dos quais se desfez porque nao rendiam juros que, na ^poca, eram de 2% ao ano.Se nao OS tivesse trocado por moeda, teriamos hojeSbilhoesdeddlares.

S§o fatos como este que, atrav^s de mais de sessenta s6cuios, construi'ram a sua indestruti'vel confiabilidade. Como denominador universal, nao preenche ainda todos OS demais requisitos.

Recordo-me bem, ainda de pagar as contas de luz e g^squando, mensalmente, variavam em fun<?ao do consume e do va lor da moeda nacional em relapao ao franco-ouro.

Todos OS contratos internaclonais eram entSo feitos nesta base; porem, em 1931 ou 1932, nao podendo maismanter a conversibilidade da moeda, o Governo brasileiro legislou, tornando ilegftlmos to dos OS contratos cuja denominap§o fosse em valor-ouro. Foi a chamada proibipao da cidusula-ouro.

Em 1933, OS Estados Unidosaplicavam tamb6m, pela primeira vez, restripoes I conversibilidade plena de sua moeda, medida tamb^m adotada pela Inglaterra pouco ap6s, terminando-se assim o que se supunha ser entfo o fim definitive do padrao-ouro universal.

Estamos hoje vivendo uma fase im- prevlsfvel na economia mundial. Julgo podermos user uma definipSo da fCsia para deslgnar o seu estado. 6 o estado transiente,'isto 6, quando urn corpo se estransformando do estado s6lido-no iiquido ou deste no gasoso. As leis que regem OS corpos nestes estado sSo peculiares e nao pertencem a nenhumdosoutros mais permanentes. Assim est^ a economia hodierna.

Creio que estamos a caminho de solupoes, porque os respons^veis por elas estSo buscando-as entre as formas mais sim ples, fugindo ao artificialismo ou ao intervencionismo. Admito que mais cedo ou mais tarde voltemos a uma forma de padrao-ouro que, sevier, nosdara elementos mais permanentes, porque sera o fruto de um consenso universal. Ai, entao,teremos um fator est^vel que possa servir de base efetiva para a dimensao, em tempo, do contrato que devemos efetuar._

Mas, at6 que a economia mundial novamente se cristalize numa forma permanente, o que podemos fazer para atender a demanda crescente de protepao para o prolongamento de uma velhtce que assusta a todos?

Sem duvida, a primeira obrlgapao cabe aos Governos, imped indo que se oferepa ao publico promessas Irrealizaveis. Somente um corpo t6cnico altamente categorizado, pode, nesta mat^ria, distinguir entre o sonho e a fantasia e, como disse antes, os erros na Previdencia precisam de quase uma gerapao para se tornarem evldentes. E nece^ria, pois, uma vigiISncia muito severa para evitar que isto ocorra.

Cabe, em seguida, a nos, seguradores, encontrarmos fdrmulas que possam sobreviver a todas as tormentas.

Duas modalidades de seguro de pensao estao encontrando grande sucesso no mundo. "Annuities", na Inglaterra. Ambas baseiam-se no mesmo princi'pio:a seguradora assume, durante o peri'odo de capitalizapao, o risco de uma morte prematura e,durante o pen'odo indenit^rio,o risco de uma vida prolongada. A capitalizapSo e seus frutos revertem integralmente

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