Programa do espetáculo "AGAMEMNON voltei do supermercado e dei uma surra no meu filho"

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Brasil 2023

O lixo que nos une

As fronteiras existem para conter os seres humanos, o capital não respeita as fronteiras, segue livremente para todos os países mantendo a lei do mais forte: o câmbio. Países mais ricos, moeda mais forte. Quanto mais consumo, mais descarte. O lixo, assim como o dinheiro, não respeita fronteiras. O mar de plástico margeia todas as nações. O aquecimento é global. O que fazer com essa frustração como espécie? Dar uma surra em alguém?

Uma solução simples, para um problema complexo. No mesmo texto, Rodrigo Garcia escreve que “a esperança não é um sonho, é um projeto. E para resgatar a esperança entre tanto lixo, tem que se sujar bem sujado.”

Quantos de nós estão dispostos a se sujarem?

Sinopse

Um homem volta frustrado do supermercado e, após espancar sua família, a leva para jantar fora.

No cardápio: asinhas de frango frito, tragédia e esperança.

Uma saída cotidiana que revela a tragédia da existência contemporânea no seu modo de produção capitalista e a imensa acumulação de lixo.

FICHA TÉCNICA

Direção do espetáculo: Soledad Yunge

Preparação corporal: Ana Paula Lopez

Elenco: Carú Lima, Júlia Novaes e Tuna Serzedello

Texto: Rodrigo García

Tradução: Soledad Yunge

Iluminação: Junior Docini

Músicas originais: Muepetmo

Cenário: Julia Reis e Lucas Bueno (estúdio lava)

Figurinos: Rogério Romualdo

Programação visual: Tuna Serzedello

Direção de produção: Soledad Yunge

Assistente de produção: Carú Lima

Assistente de palco: Carla Dionísia

Realização: Cia. Arthur- Arnaldo da Cooperativa

Paulista de Teatro

Assessoria de Imprensa: Canal Aberto

Comunicação | Márcia Marques

O ser humano é agressivo e sobretudo cruel em uma medida particular. Nenhum outro ser vivo é capaz de uma raiva destrutiva cega.”
Capitalismoeimpulsodemorte(pag.13)
- ByungChul Han
Este
projeto foi contemplado pela 39ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura

O temor inconsciente da morte o impulsiona. Sua coação de acumulação e de crescimento desperta face à ameaça da morte.

Elas criam não apenas catástrofes ecológicas, mas também mentais.

A coação de desempenho é destrutiva, fazendo com que autoafirmação e autodestruição sejam uma coisa só.

As pessoas se otimizam para morrer. Autoesgotamento indiscriminado leva a um colapso mental. A luta brutal de concorrência atua de modo destrutivo.

Ela produz uma frieza de sentimentos e uma indiferença diante dos outros que traz consigo uma frieza e indiferença perante a si próprio. Nas sociedades capitalistas os mortos e os moribundos são cada vez menos visíveis.” Capitalismoeimpulsodemorte(pag.20) - Byung-Chul Han

O capitalismo é obcecado pela morte.

Cia.arthur-arnaldo

Fundada em 1996, a Cia. Arthur-Arnaldo sempre se debruçou sobre temas contemporâneos influenciados por transformações sociais e políticas. Em 2007, os diretores artísticos Soledad Yunge e Tuna Serzedello iniciaram um projeto para o público jovem, um trabalho com e para adolescentes e jovens adultos. O objetivo era trazer temas e linguagens que interessassem e dessem voz a esses jovens. A companhia vem criando e produzindo peças de teatro e projetos educacionais sem parar desde então. A companhia é formada pelos 2 diretores, 2 atrizes mais jovens e também trabalha em parceria com diferentes artistas por projeto. Durante os últimos 16 anos de atividade interruptiva, produziram peças de dramaturgos relevantes como Enda Walsh, Mark Ravenhhill, Tiago Rodrigues, Dennis Kelly, Patricia Portella e Marius von Mayenburg, para citar alguns. Além de trabalhar com dramaturgia contemporânea, a companhia também trabalha com a concepção de teatro. Recentemente, a companhia teve a experiência de uma colaboração internacional com uma companhia de teatro alemã nos dois países, resultando em muitos intercâmbios artísticos e culturais.

Cia.arthur-arnaldo

A penúltima produção da companhia, ganhadora do APCA, foi para o público mais jovem e famílias e é uma peça concebida a partir do conto clássico Jõao e Maria (A Travessia de Maria e seu irmão Jõao). Foi adaptado para um projeto audiovisual em 2020 e realizou em 2022 a participação em festivais e uma temporada selecionada pelo edital Sesc Pulsar no Rio de Janeiro. A Cia. Arthur-Arnaldo recebeu os mais importantes financiamentos públicos da cidade e do estado de São Paulo nos últimos 16 anos, além de reconhecimento por meio de prêmios de teatro para jovens. Em 2022, a 39a edição do Programa Municipal de Fomento ao teatro para a cidade de São Paulo contemplou o projeto "Cia. em Obras - Jovens Inspirando" que inclui a pesquisa e a montagem de dois espetáculos inéditos para 2023. A montagem de "Agamemnonvolteidosupermercadoedei uma surra no meu filho" de Rodrigo García e direção de Soledad Yunge, estreou dia 6 de abril de 2023 na Oficina Cultural Oswald de Andrade em São Paulo (SP).

cenografia

PROJETO CENOGRAFIA AGAMEMNON estúdio lava

Em uma metrópole como São Paulo não se tem muitas vezes a dimensão da quantidade de lixo produzido por nós mesmos e muito menos a consciência sobre seu destino. O desperdício, como expressão da tragédia do capitalismo, manifesta as relações do consumo excessivo e das dinâmicas do capital na sociedade moderna ocidental. A reciclagem, como alternativa e chave para outro modelo de sociedade, expressa a esperança, representando para muitos a luta por uma vida digna através da coleta seletiva e do reaproveitamento dos resíduos sólidos. O projeto de cenografia do Estúdio Lava, procura evidenciar o trabalho social e cívico dos inúmeros catadores que atuam todos os dias nas ruas da cidade de São Paulo e das cooperativas de reciclagem, como é o caso da Cooperativa de Catadores do Glicério - CooperGlicério - e do Serviço Franciscano de Apoio à Reciclagem - Recifran.

O cenário recria a paisagem da reciclagem, através do uso dos resíduos em suas diferentes formas e texturas. Fardos de garrafas PET comprimidas empilhados ao fundo do espaço, contrapõem-se ao mar de lixo, constantemente alimentado por nós, através do descarte nos rios e mares e aqui representado pelo manejo da rede de pesca, como alusão às transformações do ecossistema marinho e ao emaranhado próprio da vida humana.

cenografia

O cenário procura convidar o público à reflexão crítica e estética sobre o consumismo dentro de nossas sociedades e os processos de acumulação do capital, bem como sobre as brechas, pausas e outros caminhos alternativos que podemos traçar como sociedade. As garrafas plásticas de água, ora vazias em montanhas de descarte, ora aprisionando a água como um produto, representam a privatização do recurso natural mais fundamental à reprodução da vida e seu domínio político pelas grandes potências globais, que o disputam ao redor de uma mesa de reunião.

Influenciado pelo trabalho do grupo espanhol Basurama, que vê no lixo matéria-prima para seus trabalhos, o Estúdio Lava buscou tornar a realidade da reciclagem e dos carroceiros visível e trazer à superfície a reflexão acerca de nossas escolhas como sociedade hoje.

O impacto do homem no Planeta Terra, caracteriza o período geológico denominado Antropoceno e é fruto de um modelo de desenvolvimento econômico produtivista e extrativista. A maneira como nos relacionamos com nossas matérias-primas e nossos dejetos tem implicações diretas nas crises ambiental (Emergência Climática) e civilizatória que enfrentamos hoje pode ser chave para a manutenção da vida na Terra e deve mais do que nunca ser colocado no centro da mesa e trazido para dentro da cena teatral.

jornada

A primeira leitura do texto de Rodrigo Garcia foi feita numa reunião de zoom durante a pandemia. Foi uma das tantas tentativas desesperadas de estarmos junt@s e viv@s para seguir dando sentido aos nossos corpos separados, ao nosso encontro interrompido.

O escolhemos para ser o texto que queremos dizer como grupo, na nossa jornada de 15 anos junt@s.

Ele nos provocou em muitos aspectos da nossa existência, como indivíduos e coletivo. Nos confrontou com as palavras consumo e abundância numa ampliação de significados e questionamentos.

De toda a tragédia e lixo que criamos como humanidade e que o texto traz com força política / poética me move a definição de esperança

“ A esperança não é um sonho. É um projeto. A esperança começa com uma mudança de vontades, de atitudes e se materializa em projetos”.

Que possamos pensar o presente para imaginar e mudar o futuro.

Aqui começa a jornada deste espetáculo feito com tantas pessoas “não estupidas” e que se importam. Obrigada a esta equipe sensível e talentosa que criou o espaço/tempo da encenação e a Carú, Júlia e Tuna pela delicadeza e força em construir nossa teia.

Soledad Yunge

O primeiro novo espetáculo pós 2020.

estreia

Um novo ciclo. Um novo estudo. Um novo tema. Um novo mundo? O reencontro com um público para o qual dedicamos nosso trabalho há tantos anos, os jovens. E quem somos e quem são em um mundo póspandêmico que necessita de idéias para adiar o seu fim? O prazer pela investigação, pela companhia. O medo do desafio. As incertezas, as dúvidas, as perguntas. As poucas respostas. As novas perguntas. Agamemnon tem sido uma pesquisa cênica e percebo que seguirá sendo durante todos os dias de espetáculo. Ao fazê-lo, descubro ainda mais perguntas do que respostas e encontro na dramaturgia aliada as escolhas da encenação e do grupo, o prazer e as ideias que tanto quero compartilhar em companhia.

Foram essas escolhas que me fizeram terrivelmente vislumbrar a tragédia anunciada. Uma tragédia que eu acreditava compreender de algum modo, mas que de fato pouco sei. Daqui sigo tentando pensar o que podemos fazer para transformar os contextos, visto que é impossível nos dissociarmos dele. A resposta deve vir pela obra e sua polissêmia, coletivamente. Uma resposta complexa exige inúmeros pontos de vistas. E o teatro seguirá sendo o espaço de convocação publica e politica do humano, a expressão dos diálogos silenciosas que acontecem entre todos nós viventes deste mundo.

E portanto, se não conseguirmos adiar o seu fim que construamos novos começos. Vamos a mais uma estreia!

luz

Agamemnon - o rei, assim era chamado na mitologia. Sem dúvida é um nome forte e trágico. Na sequência temos o nosso subtítulo: “voltei do supermercado e dei uma surra no meu filho”, as palavras “surra” e “filho” na mesma sentença, são impactantes, e isso me provocaram desde do início do projeto.

Após muitos diálogos regados de referências, a dramaturgia, cenografia e encenação, conduziram nossos olhares para o lixo. Sim, o lixo, aquilo que descartamos, e surgiu a questão: o que fazemos com todas essas coisas que produzimos!? Jogamos fora, eis a resposta. Mas, espera! Jogar fora… fora, seria onde? Onde fica “fora”?

A minha inspiração nasce dessa fricção, desse não saber o que fazer com essa surra emocional que damos no nosso planeta diariamente.

Por isso penso que a iluminação do espetáculo deve revelar sem rodeios toda essa tragédia do nosso Agamemnon, que nessa história não é um rei. É surreal de tão real essa narrativa que trouxe para a luz a insanidade humana contemporânea.

Essa história escancara todas as nossas tragédias humanas, nossos relacionamentos rasos, nosso impulso em consumir, nosso tratamento violento com familiares, amigos e outros, nossa violência brutal em assumir quem somos.

Por isso a minha escolha em luz é ver para ouvir. Ver para impulsionar a narrativa. As cores e os ambientes recortados hora aparecem para conduzir a poesia esperançosa que no fundo ainda existe em todos nós ou quase todos.

Júnior Docini

“A etimologia do dinheiro aponta para a relação entre sacrifício e ritual. O dinheiro originalmente é um meio de troca com o qual se adquire animais para o sacrifício. Quem possui muito dinheiro passa a possuir um poder-violência divino de matar: "dinheiro é, desde sua raiz no sacrifício ritual, por assim dizer um sacrifício congelado.

Lançar dinheiro, deixá-lo fluir e vê-lo fluir, produz um efeito semelhante ao do sangue que flui na batalha ou no altar sacrificial. O dinheiro acumulado confere ao seu proprietário um status de predador.

Ele fica imunizado contra a morte. No plano psicológico mais profundo, persiste a crença de que a riqueza acumulada para matar, a riqueza crescente de capital, previne a morte.”

Capitalismoeimpulsodemorte(pag.17)- Byung-Chul Han

MUSICAS ORIGINAIS

Clique no link e ouça as músicas originais de MUEPETMO para o espetáculo da Cia. Arthur-Arnaldo.

https://wuepetmo.bandcamp.com/album/musicas-originais-hgamemnon

Rodrigo garcia

Rodrigo García (1964) passou a infância e adolescência no bairro Yparraguirre de Grand Bourg, na periferia de Buenos Aires, Argentina. Foi verdureiro, talhante, moço de recados e criativo de publicidade, trabalhos que abandona para se dedicar ao teatro. Estabelecido em Madrid, em 1989 criou a companhia La Carnicería Teatro, para a qual escreve, dirige e concebe o espaço cénico, tendo realizado inúmeras produções, na procura de uma linguagem pessoal, longe do teatro tradicional.

García foi influenciado por autores como Samuel Beckett, Harold Pinter, Eduardo Pavolvsky, Heiner Müller, Thomas Bernhard, Louis Ferdinand Céline, Peter Handke, Tadeusz Kantor e o período negro de Goya. Privilegiando um teatro experimental e de forte discurso político, os seus trabalhos ficaram conhecidos por não fazerem concessões e explorarem uma linguagem crua e violenta do corpo do ator em cena. Em 2009, a UNESCO atribui-lhe o Prémio Europa de Teatro Novas Realidades Teatrais.

Tendo vivido numa aldeia nas Astúrias até 2013, mudou-se para Montpellier em 2014, para assumir a direção do Centro Dramático Nacional de Montpellier. After Sun (2001), Comprei uma pá no Ikea para cavar a minha tumba (2003), Aproximação à ideia de desconfiança (2006), e ali estreou Ronald, o palhaço do McDonalds (2001), espetáculo que lhe proporcionou reconhecimento internacional.

Frequentemente, afirma que os seus textos, quando publicados, são restos dos seus espetáculos.

Soledad yunge

Cursou Arquitetura na Universidade Mackenzie (sem conclusão) e é graduada pela ECA-USP em Artes Cênicas e pela Desmond Jones School of Mime and Physical Theatre e École Philippe Gaulier (Londres). Diretora e produtora teatral, atua também como arte-educadora.

Alguns espetáculo de sua direção: A Travessia de Maria e seu irmão João” (vencedor do Prêmio APCA 2019), "Mártir, de Marius von Mayenburg, "Vovó Rock and Roll", "Os Pés Murchos x Os Cabeça de Bagre", de Tuna Serzedello, “Autobahn", de Neil Labute, "Aos Ossos que tanto doem no inverno” de Sergio Mello, “Zé Mané, Primazé e outro Zé” de Tuna Serzedello (4 indicações ao Prêmio FEMSA 2008 entre elas a de melhor espetáculo infantil), “Vernissage" e a “A Audiência”, ambos de Václav Havel, “A Dança do Universo”, de Oswaldo Mendes, “Família Dragão”, de Pedro Guilherme (indicado ao Prêmio FEMSA 2009 - melhor ator coadjuvante Carlos Morelli) e “Num dia Comum”, de John Kolvenbach (indicado ao Prêmio Shell 2000 – melhor ator Milhem Cortaz), “Ele não é meu Filho”, de Philippe Gaulier, entre outros.

Idealizadora e produtora da Cia. Arthur-Arnaldo desde 2000, produziu e colaborou na criação de cenários e figurinos para os espetáculos da Cia. dirigidos por Tuna Serzedello: “Rolê”, "Coro dos Maus Alunos", “Feizbuk”, “DNA”, “Bate Papo” e “Cidadania”. Todos os espetáculos foram indicados ao Prêmio FEMSA de Teatro Jovem em diversas categorias.

Ministra cursos e oficinas de teatro em São Paulo desde 2000. Participou do Programa Teatro Vocacional da Prefeitura de SP e como uma das diretoras do projeto “Fábricas de Cultura” do Governo do Estado de SP e diretora colaboradora do Projeto Ademar Guerra do Governo do Estado de SP.

Caru lima

Licenciada em Artes Cênicas pela Universidade de São Paulo (USP).

Formada em Teatro pelo Centro de Pesquisa Teatral (CPT) e pelo Teatro-Escola Célia Helena. É professora de teatro do Colégio São Luís desde 2013.

Faz parte do núcleo artístico da cia como atriz e educadora, desenvolvendo espetáculos que verticalizam a pesquisa a partir do jovem. Atuou em diversos espetáculos jovens: Rolê (2015), O Coro dos Maus Alunos (2013), Cidadania (2008), Bate-Papo (2007), todos com direção de Tuna Serzedello, e os espetáculos infantis A Travessia de Maria e seu irmão João (2019) e Os Pés Murchos X Os Cabeças de Bagre, direção de Soledad Yunge.

Em julho de 2018 participa com a cia de uma coprodução com o Alarm Theater, na Alemanha, trabalhando a partir do texto ‘Escudos Humanos”, da autora portuguesa Patricia Portella. Em 2019 confecciona bonecos para o novo espetáculo da cia “A travessia de Maria e seu irmão João”. Também estreia o espetáculo “Dom Quixote”, com a Cia Um, que recebe o Prêmio APCA na categoria de Espetáculo de valorização de um clássico e com texto adaptado. Em 2020 passa a integrar o elenco da “A Travessia de Maria e seu irmão João”, realizando sua versão audiovisual através do 11 Edição do Prêmio Zé Renato. Em 2021, também com a Cia Arthur Arnaldo, realiza o experimento audiovisual “Ato Parental”, via Lei Aldir Blanc.

Julia novaes

Atriz formada pelo Teatro Escola Célia Helena (2005) e Bacharel em História pela USP, faz parte do núcleo artístico Cia Arthur-Arnaldo, com quem já fez diversos espetáculos jovens:

Mártir (2017), Rolê (2015), O Coro dos Maus Alunos (2013), DNA (2009), Cidadania (2008), Bate-Papo (2007), todos com direção de Tuna Serzedello, e os espetáculos infantis A Travessia de Maria e seu irmão João (2019) e Os Pés Murchos X Os Cabeças de Bagre (2014), direção de Soledad Yunge.

Foi assistente de direção do espetáculo jovem “A Comédia do Erros”, espetáculo jovem que ganhou Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil 2018. Como atriz também fez parte do elenco da peça O Mistério no Expresso do Oriente, de Maristela Chelala (2017 - 2019), Sem Pensar, direção de Luiz Villaça (2011-2012), Roxo, direção de Fernanda D´Umbra (2007), As Mulheres da Minha Vida, direção de Daniel Filho (2005-2006). Além de ter feito parte da Cia Temporária de Investigação Cênica, com quem fez diversos espetáculos como atriz e produtora, inclusive o espetáculo-performance Radix, criação feita especialmente para a mostra internacional do Imacelli, espaço cultural de Florença, na Itália.

Fez participações em séries de TV e atuou em filmes premiados.

É educadora e atualmente dá aulas de teatro e de cinema para o Ensino Médio.

Tuna serzedello

Ator, diretor, dramaturgo e professor. Fundador da Cia Arthur-Arnaldo (1996).

Foi um dos coordenadores do Projeto Conexões de teatro jovem desde seu início em 2006 até o encerramento em 2019.

Dirigiu os espetáculos: Rolêde Tuna Serzedello, CorodosMausAlunos (2013) de Tiago Rodrigues, Feizbuk(2011) de José Maria Muscari, DNAde Dennis Kelly, Cidadania de Mark Ravenhill, BatePapo de Enda Walsh, OHomemque era Uma Fábrica de Augusto Boal” (2004), Pequena História do Brasil – 500 anos em 50 minutos de Tuna Serzedello (2000), RevoluçãonaAméricadoSul de Augusto Boal. Participou junto com o núcleo da Cia. ArthurArnaldo da colaboração internacional com o AlarmTheater da Alemanha para montagem da peça EscudosHumanos da autora portuguesa Patrícia Portela, que foi apresentada na Alemanha (2018) e em São Paulo (2019) numa programação que continha debates, workshops e mesas redondas.

Diretor convidado pelo Teatro Litta de Milão (2010) e pelo Det Norske Teatret de Oslo (2009 e 2017), para representar o Brasil e o Projeto Conexões, e pelo National Theatre de Londres e British Council Brasil para acompanhar o Festival NTConnections (2007, 2015 e 2022) e do Retreat , com autores e diretores britânicos no StephenJosephTheatre em Scarborough.

Participou junto da diretora Soledad Yunge da residência artística UND IHRE KINDER em Berlim (2023), é autor do livro “Oteatroquemudaomundo.Experiênciascomteatrojovem” (2023 / Editora Peirópolis)

Como dramaturgo escreveu AtoParental(2018) publicado pela editora Chiado Books; LanceLivre, Rolê , publicado pela editora Giostri em 2016, OspésmurchosXOscabeçasdebagre, Sinatra, José , ZéMané,PrimazéeoutroZé , O Décimo Terceiro, Pequena História do Brasil – 500 anos em 50 minutos, Videotape, O Fantástico Apetite Monstruoso , entre outros.

As montagens da Cia. Arthur-Arnaldo

• 1996 – A estória do Formiguinho ou deus ajuda os bão , de Arnaldo Jabor – direção Marcelo Lazzaratto

• 1998 – RevoluçãonaAméricadoSul , de Augusto Boal – direção Tuna Serzedello

• 2000 – PequenaHistóriadoBrasil – 500 anosem 50 minutos– texto e direção Tuna Serzedello

• 2004 – OHomemqueeraumafábrica , de Augusto Boal - direção Tuna Serzedello

• 2007 – BatePapo(Chatroom), de Enda Walsh - direção Tuna Serzedello

• 2008 – Cidadania(Citizenship), de Mark Ravenhil - direção Tuna Serzedello

• 2009 – DNA , de Dennis Kelly - direção Tuna Serzedello

• 2011 – Feizbuk , de José Maria Muscari - direção Tuna Serzedello

• 2013 – CorodosMausAlunos , de Tiago Rodrigues - direção Tuna Serzedello

• 2014 – OsPésMurchosxOsCabeçasdeBagre , de Tuna Serzedello - direção Soledad Yunge

• 2015 – Rolê , texto e direção Tuna Serzedello

• 2017 – Mártir , de Marius von Mayenburg - direção Soledad Yunge

• 2018 – EscudosHumanos , de Patricia Portela - direção Harald Otto e Dietlind Bulde – colaboração internacional com o AlarmTheaterda Alemanha

• 2019 – A Travessia de Maria e seu Irmão João , dramaturgia livremente inspirada no conto João & Mariade Neil Gaiman - direção Soledad Yunge

• 2020 - Audiovisual da peça ATravessiadeMariaeseuIrmãoJoão , dramaturgia livremente inspirada no conto João & Maria de Neil Gaiman, roteiro Luisa Taborda e Soledad Yunge - direção Soledad Yunge

• 2021 - Experimentos audiovisuais AtoParental , dramaturgia Tuna serzedello

• 2023 – Agamemnon voltei do supermercado e dei uma surra no meu filho , de Rodrigo Garciadireção Soledad Yunge

“A acumulação de capital tem o mesmo efeito da mana. O capital crescente significa um poder crescente. Ter mais capital significa morrer menos. O capital é acumulado para escapar da morte. O capital pode ser entendido também como tempo coagulado. O capital infinito cria a ilusão de um tempo infinito. Tempo é dinheiro. Face ao limitado tempo de

Capitalismoeimpulsodemorte(pag.20) - Byung-Chul Han

vida, o que se acumula tempo de capital.”

agamenonAgamemnon, Agamenon, Agamenão ou Agamémnon ("muito resoluto") foi um dos mais distintos heróis gregos, filho (ou neto) do rei Atreu de Micenas e da rainha Aerope, e irmão de Menelau.

Não há registos que provem que tenha de facto existido, mas é provável que tenha sido o rei de Micenas a comandar o épico cerco dos Aqueus à cidade de Troia.

Atreu, o pai de Agamemnon, foi assassinado por Egisto, que se apoderou do trono de Argos e governou juntamente com o seu pai Tiestes. Durante este período, Agamenon e Menelau procuraram refúgio em Esparta. Casaram-se com as princesas espartanas Clitemnestra e Helena, respectivamente. Agamenon e Clitemnestra tiveram quatro filhos: três filhas, Ifigênia, Electra, Crisotêmis e um filho, Orestes.

Menelau herdou o trono de Esparta, enquanto Agamemnon, com a ajuda do irmão, expulsou Egisto e Tiestes para recuperar o reino do seu pai. Alargou os seus domínios pela conquista, e tornou-se o rei mais poderoso da Grécia.

Quando Tróia finalmente foi derrotada, Agamenon recebeu a jovem Cassandra, filha de Príamo, como parte do que lhe cabia no saque. Porém, esta era amada por Apolo, de quem recebera o dom da profecia. Ao se recusar a cumprir os desejos de Apolo, ele a maldiçoou e fez com que ninguém acreditasse em suas predições. Sendo assim, quando Agamenon a levou consigo, ela lhe avisou de que ele morreria caso voltasse à sua pátria, mas não foi ouvida.

Após uma viagem violenta, Agamemnon, sua esposa Climnestra e Cassandra se perderarm e acabam na Argólida, país de Egisto. Egisto, seduziu Clitemnestra e convidou Agamemnon para um banquete, onde este foi traiçoeiramente morto. Segundo Píndaro e os tragediógrafos, Agamemnon foi assassinado pela esposa sozinho no banho. Clitemnestra também matou Cassandra. A sua cólera face ao sacrifício de Ifigénia, e os seus ciúmes de Cassandra são apontados como os motivos do seu crime. Egisto e Clitemnestra então governaram o reino de Agamemnon durante um tempo, mas o assassinato de Agamémnon acabou por ser vingado pelo seu filho Orestes (possivelmente com a ajuda de Electra).

agradecimentos

Equipe do programa municipal de Fomento ao teatro para a cidade de São Paulo – Secretaria

Municipal de Cultura.

Equipe da Oficina Cultural Oswald de Andrade

Valdir Rivaben

Marcus Moreno

Karina Gallo

Adriana D'Almeida

Aline Gonçalves

Amigos do Portal dos Bandeirantes

Ana Judith Lima

Caio Bars

José Américo de Lima

Hercules Morais

Pedro Moura

Rosilda Fraga

Taynã Marquezone

Marília Oliveira e Telles

Ana Matiê

Tereza Domingues

Rubens (Recifran)

pessoas e projetos

Projetos e pessoas que nos inspiraram e colaboraram no processo de criação:

Recifran: https://www.sefras.org.br/

Cooper Glicério: https://www.facebook.com/profile.php?id=10 0066508087961

Pimp my carroça

https://pimpmycarroca.com/ https://youtu.be/clXucypacf4

Links https://www.youtube.com/c/CiaArthurArnaldodeTeatro https://www.facebook.com/cia.arthurarnaldo/ https://www.instagram.com/ciaarthurarnaldo/ http://www.arthurarnaldo.com.br/

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