Programa da peça "Eu Não Sou Só Isso" - Cia. Arthur-Arnaldo (2023)

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NÃO SABEMOS NADA SOBRE ESSA NOITE.

Uma peça em que corremos o risco de ter a plateia junto com o elenco no palco. Essa foi uma das premissas para nos aventurarmos na criação de EU NÃO SOU SÓ ISSO.

O ponto de partida foram as Peças Faladas (Autoacusação, Predição, Insulto ao público e Gritos de Socorro) que o autor austríaco – e prêmio Nobel de literatura – Peter Handke escreveu quando era jovem, aos 23 anos.

A esses elementos, uniram-se:

• um grupo de atores jovens (entre 20 e 24 anos);

• um grupo de criadores jovens - que atendendo a um chamamento público, com mais de 60 candidatos, criaram a cenografia, trilha original e figurinos dessa peça que você irá assistir agora;

• dois membros do núcleo artístico da Cia. Arthur-Arnaldo já não tão jovens;

• uma iluminadora que faz sua estreia em criações para a Cia.

Meses de ensaio, encontros formativos com o professor doutor Samir Signeu, tradutor e autor do livro com as Peças Faladas de Handke e com a diretora artística do nosso núcleo artístico, Soledad Yunge..

Dessa mistura única e improvável, nasceu EU NÃO SOU SÓ ISSO, uma peça jogo, uma peça curativa, uma peça para aproveitarmos o fato de estarmos vivos, compartilhando o tempo, pois como diz o texto da peça: só temos o aqui e o agora.

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“PENSAMOS EM CADA UM DE VOCÊS PARA FAZER ESSA PEÇA, MAS NÃO SABEMOS QUEM SÃO.

VOCÊS PENSARAM EM NÓS QUANDO VIERAM AQUI?

VOCÊS NOS CONHECEM?

SABEM QUEM SOMOS?

ESTAMOS AQUI PORQUE ACREDITAMOS EM VOCÊS.”

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Esse foi um ano de muitas coisas que nunca tinha feito, mas fiz. Decisões a tomar, confiar, estar presente em lugares distintos, refletir, partilhar. Aprendi que podemos sempre pensar diferente e, mesmo assim, seguirmos juntos, caminhamando . Basta que haja diálogo. Será? Codirigir? Eu nunca fiz isso. Nunca desejei? Mas eu estou aqui. "Você está aqui", como diria a obra do Tadeu Jungle e que nos faz olhar para onde estamos. Num ponto de um mapa? Num ponto de um mapa.

A beleza do ponto de partida é o não saber o caminho, mas imaginar as possibilidades de direções. Vislumbrar um mapa e as múltiplas rotas, rumos, bifurcações. Somos múltiplos pontos de partida e as intersecções destes caminhos podem nos falar sobre quem nós somos. Podem nos fazer existir e reexistir (Viva, Zé Celso!).

Este foi um espetáculo feito a muitas mãos. As mãos visíveis e as invisíveis, que são aquelas que mais me chamam atenção e as quais sou muito grata.

A ideia de montagem deste espetáculo e o formato que desejamos para esta criação foi muito como companhia. Um desafio. Um repensar constante. Uma reflexão que já acontece e que virá assim que o espetáculo começar a decantar.

Houve chegada de jovens parceiros em todos os campos de criação e isso nos deslocou dos erias nos oferecem.

Um elenco de jovens parceiros e a necessidade de encontrar uma nova forma de estar em coletivo. Uma equipe criativa jovem para cenografia e figurinos. Um codireção também única e nova para companhia. E, ao mesmo tempo, os parceiros antigos, Sol, Tuna, Julia e Ana. A

nasce de pontos de partida, mas sem dúvida de um processo dramatúrgico ão com os mecanismos propostos por Peter Handke e

ão compartilhada e o olhar generoso de um parceiro mais experiente e que tantas vezes recuou para que eu pudesse ter mais espaço, mesmo que de uma maneira mais invisível.

ão do que poderia ser uma peça-jogo e uma confirmação de que o teatro só acontece neste encontro entre plateia e atores-jogadores. Você está aqui e isso é o mais importante para nós, neste momento. O teatro só existe porque você está aqui. Agora. Espero que sim. Porque, como inspira Krenak, se pudermos contar mais uma história, estaremos adiando

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"EU PERCEBI QUE OS CAMINHOS MUDAM E OS AFETOS CAMINHAM TAMBÉM. EU NÃO SOU SÓ ISSO."
Carú Lima

“VIVEMOS TEMPOS POLARIZADOS. O PRÉDIO EM QUE ESTAMOS É UM EDIFÍCIO POLARIZADO.

O TEATRO. ELE PROPÕE UMA DINÂMICA CLARA. NÓS, NO PALCO. OS OUTROS NA PLATEIA.

OU NÓS NA PLATEIA E OS OUTROS NO PALCO.”

SINOPSE

Existe saída para a polarização da sociedade? Como reverter o processo que reduziu nossas identidades múltiplas a uma coisa só? Eu Não Sou Só Isso , propõe à plateia um jogo que inspira a pensar que as coisas que nos separam podem ser menos importantes do que aquilo que temos em comum.

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A primeira aproximação para Eu Não Sou Só Isso aconteceu com as Peças Faladas (Autoacusação , Predição , Insulto ao público e Gritos de Socorro) que o austríaco vencedor do prêmio Nobel de literatura escreveu quando tinha 23 anos. Nos interessava descobrir os mecanismos que ele pensou para suas peças e confrontá-los com as histórias do nosso jovem elenco. O que o jovem Peter Handke tem em comum com os jovens de hoje?

Faz sentido insultar o público hoje? Pós pandemia quem vem ao teatro deveria ser elogiado e não insultado. Vivemos numa cultura do insulto, do estupro da violência. Queríamos fazer uma peça que fosse o oposto disso. Uma peça que aproximasse, que acariciasse, que mostrasse que temos mais em comum do que o que nos separa. Que não somos só uma coisa. Que somos múltiplos. E que o legal é ser muitos em um só. O palco é múltiplo.

Handke se opunha ao teatro de Bertolt Brecht pelo uso que este fazia das fábulas nas peças didáticas para nos fazer enxergar os mecanismos da sociedade. E se reconciliássemos os dois, acrescentando o julgamento da peça do Horácio de Brecht na nossa peça. Eu não sou só isso, também se refere ao teatro. O teatro não é uma coisa só. É palco de múltiplas experiências.

“O edifício que estamos é um prédio polarizado: o teatro. Ele propõe uma dinâmica clara, nós no palco e os outros na plateia . Ou nós na plateia e os outros no palco.”

Ao trazer uma parte do público para o palco, quisemos quebrar essa polarização e nos colocarmos junto de uma parte dos espectadores, ao mesmo tempo em que nos misturamos as pessoas do público, dividimos o protagonismo com elas e eles.

“Não sabemos nada sobre essa noite” não por acaso é a fala que inicia a peça. Cada sessão é única, cada noite um novo risco, um mergulho no desconhecido rumo a um sonho de final feliz construído a cada sessão com cada espectador/a.

“Fizemos teatro para mudar quem somos, fizemos teatro para mudar quem vocês são. Fizemos teatro para mudar o mundo.

“Essa pe

PETER HANDKE E O BRASIL DE 2023

Este processo ousado e intenso, trouxe para o convívio uma ampla diversidade de pessoas, lugares, culturas e histórias. Nos desafiou e atravessou como indivíduos e núcleo artístico. Nos ensinou muito. Me ensinou tanto sobre quem sou e quem quero ser.

Sobre meu lugar neste mundo de diferenças, desigualdade e intolerâncias. Da escrita do projeto contemplado até estarmos aqui hoje foi uma jornada intensa.

A preciosidade e riqueza do processo partilhado possivelmente não estará visível a olho nu, mas penso que algo estará no campo da energia do espetáculo.

E, finalmente, meu monólogo exercício ofereço a todes que por esta construção passaram, deixando um pouco do todo que são.

Eu vim ao mundo sem estar no plano.

Eu comecei filha de duas pessoas jovens lutadoras e aventureiras.

Eu movimentei minhas pernas de bebê aprisionadas por ferros e botas. Eu fui marcada pelas mudanças do país onde nasci.

Eu vi minha mãe morrer.

Eu pensei muitas vezes não ser capaz de enfrentar as mudanças impostas. Eu aprendi a sobreviver nas viagens tempestuosas.

o de receber uma carta com remetente.

ões com intensa dedicação.

Eu me fiz notar na minha exigência com o mundo e as pessoas.

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ARTHUR-ARNALDO

Fundada em 1996, a Cia. Arthur-Arnaldo sempre se debruçou sobre temas contemporâneos influenciados por transformações sociais e políticas. Em 2007, os diretores artísticos Soledad Yunge e Tuna Serzedello iniciaram um projeto para o público jovem, um trabalho com e para adolescentes e jovens adultos.

O objetivo era trazer temas e linguagens que interessassem e dessem voz a esses jovens. A companhia vem criando e produzindo peças de teatro e projetos educacionais sem parar desde então.

A companhia é formada pelos 2 diretores, 2 atrizes mais jovens e também trabalha em parceria com diferentes artistas por projeto. Durante os últimos 16 anos de atividade interruptiva, produziram peças de dramaturgos relevantes como Enda Walsh, Mark Ravenhhill, Tiago Rodrigues, Dennis Kelly, Patricia Portella e Marius von Mayenburg, para citar alguns.

Além de trabalhar com dramaturgia contemporânea, a companhia também trabalha com a concepção de teatro. Recentemente, a companhia teve a experiência de uma colaboração internacional com uma companhia de teatro alemã nos dois países, resultando em muitos intercâmbios artísticos e culturais.

A penúltima produção da companhia, ganhadora do APCA, foi para o público mais jovem e famílias e é uma peça concebida a partir do conto clássico João e Maria (A Travessia de Maria e seu irmão João). Foi adaptado para um projeto audiovisual em 2020 e realizou em 2022 a participa ção em festivais e uma temporada selecionada pelo edital Sesc Pulsar no Rio de Janeiro. A Cia. Arthur-Arnaldo recebeu os mais importantes financiamentos públicos da cidade e do estado de São Paulo nos últimos 16 anos, além de reconhecimento por meio de prêmios de teatro para jovens.

Em 2022, a 39a edição do Programa Municipal de Fomento ao teatro para a cidade de São Paulo contemplou o projeto "Cia. em Obras - Jovens Inspirando" que inclui a pesquisa e a montagem de dois espetáculos inéditos para 2023. A montagem de "Agamemnon voltei do supermercado e dei uma surra no meu filho" de Rodrigo García e direção de Soledad Yunge, estreou dia 6 de abril de 2023 na Oficina Cultural Oswald de Andrade em São Paulo (SP).

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SER EU.
CIA.
EU ME AUTO ACUSO DE

AS MONTAGENS DA CIA. ARTHUR-ARNALDO

• 1996 – A estória do Formiguinho ou deus ajuda os bão , de Arnaldo Jabor – direção Marcelo Lazzaratto

• 1998 – Revolução na América do Sul , de Augusto Boal – direção Tuna Serzedello

• 2000 – Pequena História do Brasil – 500 anos em 50 minutos – texto e direção Tuna Serzedello

• 2004 – O Homem que era uma fábrica , de Augusto Boal - direção Tuna Serzedello

• 2007 – Bate Papo (Chatroom), de Enda Walsh - direção Tuna Serzedello

• 2008 – Cidadania (Citizenship), de Mark Ravenhil - direção Tuna Serzedello

• 2009 – DNA , de Dennis Kelly - direção Tuna Serzedello

• 2011 – Feizbuk , de José Maria Muscari - direção Tuna Serzedello

• 2013 – Coro dos Maus Alunos , de Tiago Rodrigues - direção Tuna Serzedello

• 2014 – Os Pés Murchos x Os Cabeças de Bagre , de Tuna Serzedello - direção Soledad Yunge

• 2015

• 2017

• 2018

Rolê , texto e direção Tuna Serzedello

Mártir , de Marius von Mayenburg - direção Soledad Yunge

Escudos Humanos , de Patricia Portela - direção Harald Otto e Dietlind Bulde – colaboração internacional com o AlarmTheater da Alemanha

• 2019 – A Travessia de Maria e seu Irmão João , dramaturgia livremente inspirada no conto João & Maria de Neil Gaiman - direção Soledad Yunge

• 2020 - Audiovisual da peça A Travessia de Maria e seu Irmão João , dramaturgia livremente inspirada no conto João & Maria de Neil Gaiman, roteiro Luisa Taborda e Soledad Yunge - direção Soledad Yunge

• 2021 - Experimentos audiovisuais Ato Parental , dramaturgia Tuna serzedello

• 2023 – Agamemnon voltei do supermercado e dei uma surra no meu filho , de Rodrigo Garciadireção Soledad Yunge

• 2023

Eu não sou só isso , de Tuna Serzedello - direção Carú Lima e Tuna Serzedello

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FICHA TÉCNICA

Dramaturgia: Tuna Serzedello – em colaboração com Carú

Lima, Carla Dionisia, Dom Capelari, Aruan Alvarenga, Leticia Ray e Marcos Paulo

Elenco: Aruan Alvarenga, Carla Dionísia, Carú Lima, Dom Capelari, Marcos Paulo, Leticia Ray e Tuna Serzedello

Ator stand in : Jonathan Araújo

Direção: Carú Lima e Tuna Serzedello

Cenografia: e grafismos do cartaz: Frank Kitzinger

Iluminação: Ana Matiê

Figurinos: Thalea Tiza

Trilha sonora original: Gabriel Eleutério

Direção de Produção: Soledad Yunge

Assistente produção: Jonathan Araújo

Encontros pedagógicos: Samir Signeu e Soledad Yunge

Fotos: Ana Helena Lima

Realização: Cia. Arthur- Arnaldo de Teatro

Projeto Cia. em obras: jovens inspirando contemplado p ela 39ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo

Secretaria Municipal de Cultura – SMC

ESTAMOS TODOS NO PALCO. ESTARMOS JUNTOS NO PALCO FAZ DE TODOS NÓS ATORES E ATRIZES?

ESTAR NO PALCO TE FAZ SENTIR ESTRANHO? TE FAZ SENTIR CONFORTÁVEL?

É GOSTOSO ESTAR NO PALCO?

Somos conexões, estamos em transições, em opostos, estamos sempre em algum propósito, mesmo sem nenhum propósito ainda é um, e partindo desse lugar, o mundo que crio para que o espetáculo possa se contar para você, traz parte das ruas, das calçadas, por onde passamos, do acimentado, do cinza, uma cidade de prédios, formas e casas, cores que nos singularizam ao paço de sermos iguais, ainda sim, únicos dessa forma, 7 histórias, 7 conexões, 7 lugares, 7 camadas, 7 cores, 7 tempos.

É como um grande mapa sendo costurado por essas histórias que demarcam algum espaço de Tempo vivido que vem acontecendo diante dos nossos olhos.

FIGURINOS

“Eu Não Sou Só Isso” essa afirmação orientou o princípio criativo dos figurinos, percebidos em uma trama coletiva singularizada no “sertão urbano” de cada personagem.

O clima árido acompanhou a composição cromática de cores vibrantes entre amarelos, azuis, vermelhos e verdes que foram acinzentados para chegar em solo urbano. As silhuetas brincam com referências clínicas, santificadas e de guerra, em tecidos leves para que o movimento em cena acompanhe a jornada de cada personagem.

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FRANK KITZINGER THALEA TIZA

Ao imergir nas palavras do texto e nos diálogos profundos e intensos com a equipe criativa, fui despertada para a jornada de sondar meu mundo interno, as profundezas que habitam em mim. Convidei minhas sombras para dançar, num balé de reconciliação e propus indagações que desbravam os pontos de convergência em meio às nossas infinitas diferenças.

Este projeto, audaz desde suas origens, floresceu distante das margens da confortável zona conhecida. Tudo nele é novo, uma renovação contínua! Atores, equipe, idades e realidades, todas as prioridades entrelaçadas – agora mais do que nunca, compreendemos que a essência está no próprio caminho, no que nos impulsiona, na chama que nos motiva, na dança de ideias que compartilhamos, na sabedoria que absorvemos, na metamorfose que experimentamos. Quem sou eu, senão uma nota na sinfonia? Quem somos nós, senão fragmentos da mesma constelação?

A concepção de luz atravessou e permeou esses questionamentos e divagações. Parti do ponto onde a iluminação, braços dados com a dramaturgia e as narrativas singulares que cada indivíduo traz consigo, ganhou um propósito de tecer um fio condutor que entrelaçasse múltiplos universos – algo que transcende, atravessa, mistura e une. Uma luz que habita no mais profundo de nós mesmos e delineia o todo.

Celebremos então a ampla dicotomia que nos molda, os traços que nos tornam tão singulares, tão ímpares, tão diversos, quando inseridos na tapeçaria da sociedade. Sem jamais nos reduzirmos a uma única faceta. Afinal, todos os paradoxos podem ser reconciliados.

E nunca sendo SÓ isso.

Não sou SÓ... isso.

E nem somos SÓS... ainda bem!

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ANA MATIE

TRILHA SONORA ORIGINAL

"Queremos que vocês sintam alguma coisa!"

Frase retirada do primeiro roteiro que recebi, a primeira inspira ideia, surge a primeira trilha.

Aos poucos fui me relacionando com o que a pe nela gostariam de dizer.

Tendo os textos de Peter Handke como base, fui levado a pensar anseios musicais mais próximos da música contemporânea europeia, mas logo percebi que "Eu não sou só isso" seguia por um caminho quase oposto.

Quando assisti os monólogos dos atores, a sensação é que eu precisava criar as trilhas da peça e criar as trilhas individuais para cada ator. Este foi um dos desafios, conceber as trilhas tendo as minhas referências e vivências como base e misturá-las as referências e vivências destas pessoas.

Por fim, fico ansioso e animado para, assim como vocês, assistir esta pe

ELENCO

Atuou em:

Paixão de Cristo , 2012 e 2015 - Direção de Roberto Bueno.

Extra extra o Natal Existe , 2012, de Maria Vera Siqueira, Direção de Roberto Bueno.

Vida Sublime , 2018, Cia Os Satyros, Direção de Tiago Leal.

Se liga , 2019, Cia os Satyros, Direção de Rodolfo Garcia Vasquez.

Escudos Humanos , Cia

Arthur Arnaldo, 2019, Direção de Dietlind Budde e Harald Otto Schmid.

Latente , 2019, SESI, direção de Carla Marco

Experimento audiovisual Ato Parental , 2021 de Tuna

Serzedello, Cia Arthur Arnaldo.

MARCOS

ARUAN ALVARENGA

Ator e dançarino de danças brasileiras e dos orixás.

Atuou em:

Vida Sublime , 2018, Cia Os Satyros, Direção de Tiago Leal.

Se liga , 2019, Cia os Satyros, Direção de Rodolfo Garcia Vasquez.

Experimento audiovisual Ato Parental , 2021 de Tuna

Serzedello, Cia Arthur Arnaldo.

Como dançarino atua no Projeto Núcleo LuzPOIESIS, é aluno da ETEC De Artes cursando técnico em dança. Formado Produtor Aprendiz pelo Instituto Criar de TV, Cinemas e Novas Mídias.

CARLA DIONISIA

Dançarina, atriz e produtora, Atuou em:

Vida Sublime , 2018, e Que Bicho Sou Eu? , 2019 Cia Os Satyros. Escudos Humanos , Cia Arthur Arnaldo, 2019, Direção de Dietlind Budde e Harald Otto Schmid.

Experimento audiovisual Ato Parental , 2021 de Tuna Serzedello, Cia Arthur Arnaldo.

Formada em produção pelo instituto Criar de Tv, Cinema e Novas Mídias, realizou os trabalhos ‘’Retalho de Registro’’ e ‘’Imani’’, como produtora audiovisual fez trabalhos de publicidade na empresa “POLISHOP”. Trabalhou de cenotécnica e assistente de produção no espetáculo AGAMEMNON voltei do supermercado e dei uma surra no meu filho da Cia Arthur Arnaldo. Foi jovem monitora cultural no Centro de Culturas Negras do Jabaquara Mãe Sylvia de Oxalá - CCN Jabaquara.

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Formado nos cursos técnicos de teatro Globe-SP, Oficina de Atores Nilton Travesso e no no bacharelado em teatro pela Escola Superior de Artes Célia Helena. Em 2019, ocupou o Teatro de Arena com o projeto Cia Plin de Repertório.

Atuou em: Dois Perdidos Numa Noite Suja , de Plinio Marcos, direção de Marco Antônio Braz. Música Para Cortar Os Pulsos , direção de Rafael Gomes.

Noel, Um Musical , com direção de Marco Antônio Rodrigues, Ficções com direção de Rodrigo Portella. Realizou trabalhos no audiovisual e em publicidade.

JONATHAN ARAÚJO

Ator e assistente de produção. Assistente de produção da Zózima Trupe desde 2017 e atualmente também na Cia. Arthur-Arnaldo. Formado nos técnicos de Comunicação Visual (Senac São Miguel Paulista - 2023), Marketing (ETEC Martin Luther King - 2021) e Teatro (Senac São Miguel Paulista - 2019). Seus estudos começaram na Fábrica de Cultura Vila Curuçá (2016). Participou do curso de “Estratégias para Captação de Recursos para Projetos Culturais” no Senac Aclimação (2023). Realizou assistência de Realizou o espetáculo “Faltou Você” (2016) e “TriboÇá: Guerreirxs da Noite” (2017).

Em 2020 participou do Curso Livre de Marketing Digital realizado pelo Senac EAD.

Em 2019 entrou para o Pelotão de Apoio da República Ativa de Teatro, contemplados pela 32° Edição do Fomento ao Teatro, integrando o elenco do espetáculo infantil “A Sombra do Vale – A História que já foi contada muitas vezes.

Em 2018, participou como assistente de produção da Pixel Show SP e da primeira edição do Festival Coquetel Molotov em São Paulo. Em 2017 foi contemplado pelo Programa de Valorização de Iniciativas Culturais, na sua 14ª edição com o projeto “Contorcenando”.

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DOM CAPELARI

LETICIA RAY

Musicista formada em Canto na Etec de Artes Iniciou seus trabalhos de Atriz, Cantora e Compositora na Cia. de Teatro Os Satyros, onde trabalhou em espetáculos durante 3 anos e se apresentou na Virada Cultural, Satyrianas e Arte na Praça, e suas composições fizeram parte dos espetáculos. Integrou o projeto “Entre Jovens” da Cia. Arthur Arnaldo, onde realizou a leitura dramática da peça Ato Parental de Tuna Serzedello. Cursou também teatro musical no CPA - Centro de Pesquisa em Artes, onde atuou na montagem do musical Chicago No audiovisual, atuou na websérie Produzido Por , disponível no YouTube

A CIA ARTHUR-ARNALDO E O PÚBLICO EM CENA

A nossa relação com o público em cena não é nova. Antes de Eu não sou só isso , já vinhamos pesquisando uma relação diferente com nossas plateias. Em Feizbuk (2011) a plateia participava virtualmente, via rede social; Coro dos maus alunos (2013) em sua adaptação para palco italiano, já contava com cadeiras para o publico no palco; Os Pés Murchos x Os Cabeças de Bagre “convocava” crianças para o banco de reserva e elas subiam ao palco para chutar um pênalti –de verdade – em cena e bater uma bola com o elenco ao final da peça; A Travessia de Maria e seu irmão João também terminava com crianças no palco, plantando mudas com as atrizes.

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SOLEDAD YUNGE

direção de produção Cursou Arquitetura na Universidade Mackenzie (sem conclusão) e é graduada pela ECA-USP em Artes Cênicas e pela Desmond Jones School of Mime and Physical Theatre e École Philippe Gaulier ( ambas em Londres). É integrante do núcleo artístico da Cia. Arthur-Arnaldo desde 1999 participando dos seus espetáculos e ações artístico pedagógicas em diversas funções alternadamente como diretora artística, produtora, cenógrafa e figurinista.

Alguns espetáculo de sua direção: Agamemnon voltei do supermercado e dei uma surra no meu filho (prêmio Deus Ateu melhor diretora / 2023); A Travessia de Maria e seu irmão João” (vencedor do Prêmio APCA 2019), "Mártir, de Marius von Mayenburg, "Vovó Rock and Roll", "Os Pés Murchos x Os Cabeça de Bagre", de Tuna Serzedello, “Autobahn", de Neil Labute, "Aos Ossos que tanto doem no inverno” de Sergio Mello, “Zé Mané, Primazé e outro Zé” de Tuna Serzedello (4 indicações ao Prêmio FEMSA 2008 entre elas a de melhor espetáculo infantil), “Vernissage" e a “A Audiência”, ambos de Václav Havel, “A Dança do Universo”, de Oswaldo Mendes, “Família Dragão”, de Pedro Guilherme (indicado ao Prêmio FEMSA 2009 - melhor ator coadjuvante Carlos Morelli) e “Num dia Comum”, de John Kolvenbach (indicado ao Prêmio Shell 2000 –melhor ator Milhem Cortaz), “Ele não é meu Filho”, de Philippe Gaulier, entre outros.

Idealizadora do projeto para/com jovens desde 2007, produziu todos os espetáculos e colaborou na criação de cenários e figurinos para os espetáculos da Cia. dirigidos por Tuna Serzedello: “Rolê”, "Coro dos Maus Alunos", “Feizbuk”, “DNA”, “Bate Papo” e “Cidadania”. Todos os espetáculos foram indicados ao Prêmio FEMSA de Teatro Jovem em diversas categorias.

Atuou como artista orientadora, diretora colaboradora e condutora de processos em diversos projetos públicos da prefeitura e estado de são Paulo desde 2000. Entre eles o Teatro Vocacional (foi artista orientadora na primeira edição e em outras), Fábricas de Cultura, Ademar Guerra, além de projetos artístico pedagógicos internacionais. Está em processo de finalização do mestrado em Arteterapia pelo Instituto Grefart/ Universidade de Girona-Barcelona.

CARÚ LIMA

Codireção artística e elenco

Licenciada em Artes Cênicas pela Universidade de São Paulo (USP).

Formada em Teatro pelo Centro de Pesquisa Teatral (CPT) e pelo Teatro-Escola Célia Helena. É professora de teatro do Colégio São Luís desde 2013.

Faz parte do núcleo artístico da cia como atriz e educadora, desenvolvendo espetáculos que verticalizam a pesquisa a partir do jovem. Atuou em diversos espetáculos jovens: Rolê (2015), O Coro dos Maus Alunos (2013), Cidadania (2008), Bate-Papo (2007), todos com direção de Tuna Serzedello, e os espetáculos infantis A Travessia de Maria e seu irmão João (2019) e Os Pés Murchos X Os Cabeças de Bagre, direção de Soledad Yunge.

Em julho de 2018 participa com a cia de uma coprodução com o Alarm Theater, na Alemanha, trabalhando a partir do texto ‘Escudos Humanos”, da autora portuguesa Patricia Portella. Em 2019 confecciona bonecos para o novo espetáculo da cia “A travessia de Maria e seu irmão João”. Também estreia o espetáculo “Dom Quixote”, com a Cia Um, que recebe o Prêmio APCA na categoria de Espetáculo de valorização de um clássico e com texto adaptado. Em 2020 passa a integrar o elenco da “A Travessia de Maria e seu irmão João”, realizando sua versão audiovisual através do 11 Edição do Prêmio Zé Renato. Em 2021, também com a Cia Arthur Arnaldo, realiza o experimento audiovisual “Ato Parental”, via Lei Aldir Blanc.

Em 2023 atuou em Agamemnon voltei do supermercado e dei uma surra no meu filho (2023), direção de Soledad Yunge. Faz sua estreia na dire ção.

TUNA SERZEDELLO

Codireção artística, dramaturgia e elenco

Ator, diretor, dramaturgo e professor. Fundador da Cia Arthur-Arnaldo (1996).

Foi um dos coordenadores do Projeto Conexões de teatro jovem desde seu início em 2006 até o encerramento em 2019.

Dirigiu os espetáculos: Rolê de Tuna Serzedello, Coro dos Maus Alunos (2013) de Tiago Rodrigues, Feizbuk (2011) de José Maria Muscari, DNA de Dennis Kelly, Cidadania de Mark Ravenhill, Bate Papo de Enda Walsh, O Homem que era Uma Fábrica de Augusto Boal” (2004), Pequena História do Brasil – 500 anos em 50 minutos de Tuna Serzedello (2000), Revolução na América do Sul de Augusto Boal. Participou junto com o núcleo da Cia. Arthur-Arnaldo da colaboração internacional com o AlarmTheater da Alemanha para montagem da peça Escudos Humanos da autora portuguesa Patrícia Portela, que foi apresentada na Alemanha (2018) e em São Paulo (2019) numa programação que continha debates, workshops e mesas redondas.

Diretor convidado pelo Teatro Litta de Milão (2010) e pelo Det Norske Teatret de Oslo (2009 e 2017), para representar o Brasil e o Projeto Conexões, e pelo National Theatre de Londres e British Council Brasil para acompanhar o Festival NTConnections (2007, 2015 e 2022) e do Retreat , com autores e diretores britânicos no Stephen Joseph Theatre em Scarborough.

Participou junto da diretora Soledad Yunge da residência artística UND IHRE KINDER em Berlim (2023), é autor do livro “O teatro que muda o mundo. Experiências com teatro jovem” (2023 / Editora Peirópolis)

Como dramaturgo escreveu Ato Parental (2018) publicado pela editora Chiado Books; Lance Livre , Rolê , publicado pela editora Giostri em 2016, Os pés murchos X Os cabeças de bagre , Sinatra , José , Zé Mané, Primazé e outro Zé , O Décimo Terceiro, Pequena História do Brasil – 500 anos em 50 minutos, Videotape , O Fantástico Apetite Monstruoso, entre outros.

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PETER HANDKE

inspiração

Peter Handke; (nascido em 6 de dezembro de 1942) é um romancista, dramaturgo, tradutor, poeta, diretor de cinema e roteirista austríaco. Ele recebeu o Prêmio Nobel de Literatura de 2019 "por um trabalho influente que, com engenhosidade linguística, explorou a periferia e a especificidade da experiência humana". Handke é considerado um dos escritores de língua alemã mais influentes e originais do mundo. segunda metade do século 20.

No final da década de 1960, ganhou reputação como membro da vanguarda com peças como Insulto ao Público (1966), em que atores analisam a natureza do teatro e alternadamente insultam o público e elogiam sua "performance", e Kaspar (1967). Seus romances, em sua maioria relatos ultra objetivos e inexpressivos de personagens em estados mentais extremos, incluem O medo do goleiro no pênalti (1970) e A mulher canhota (1976). Estimulado pelo suicídio de sua mãe em 1971, ele refletiu a vida dela na novela A Sorrow Beyond Dreams (1972). Um tema dominante de suas obras são os efeitos amortecedores e a irracionalidade subjacente da linguagem comum, da realidade cotidiana e da ordem racional. Handke foi membro do Grazer Gruppe (uma associação de autores) e da Grazer Autorenversammlung, e co-fundou a editora Verlag der Autoren em Frankfurt. Ele colaborou com o diretor Wim Wenders, liderando roteiros como Asas do Desejo .

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Recebeu o prêmio Nobel de Literatura em 2019.

BERTOLT BRECHT

inspiração

Bertolt Brecht nasceu em Augsburg, na Alemanha, em 1898. Em 1917, muda-se para Munique, onde se matricula no curso de Medicina, mas já no ano seguinte estreia como autor teatral com a pe ça Baal. Em 1922 sua peça Tambores na noite ganha o Prêmio Kleist. Nessa época conhece a atriz Helene Weigel, que se tornaria sua companheira de toda a vida. Em 1924 transfere-se para Berlim, onde trabalha no Deutsches Theater até 1926. Nesse ano publica seu primeiro livro de poemas, o Manual de devoção de Bertolt Brecht . Em 1928 sua Ópera dos três vinténs alcança grande sucesso de público e crítica. O incêndio do Parlamento alemão em 28 de fevereiro de 1933 assinala a tomada do poder pelo nazismo; Brecht foge de Berlim no dia seguinte e dá início a um périplo por vários países na condição de exilado: Tchecoslováquia, Áustria, Suíça, França, Dinamarca, Suécia, Finlândia, União Soviética e Estados Unidos. Entre 1932 e 1937, viaja e acompanha encenações de suas peças em Moscou, Paris e Nova York. Em 1941, estabelece-se com a família em Santa Mônica, Califórnia, onde colabora em roteiros para Hollywood e escreve, entre outras, a peça O círculo de giz caucasiano . Em 1947, após depor para o Comitê de Atividades Antiamericanas, embrião do macartismo, Brecht decide voltar à Europa. Estabelece-se em Berlim Oriental em 1949, após ter sua permanência vetada na Alemanha Ocidental. Funda, com Helene Weigel, o Berliner Ensemble, grupo cujas montagens percorreriam o mundo e consagrariam Brecht como autor fundamental no teatro do século XX. Falece em 1956.

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Escreveu Os Horácios x Os Curiácios em 1933.

AGRADECIMENTOS

Samir Signeu, Julia Novaes e Miro, Oficina Cultural Oswald de Andrade (Valdir Rivaben, Marcus Moreno, Karina Gallo e toda a equipe), Rogerio Romualdo, Paloma Freitas e equipe do Programa Municipal de Fomento ao teatro para a cidade de São Paulo, Cintia Alves e Roger (Vozes Diversas), Ana Clara (SP Escola de teatro), Júlio Cesar Dória (SMC), Marília Oliveira Campos e Telles, Olivia Yunge de Paula, Juliana Yunge de Paula, Miltinho Azevedo, Bernardo Capelari, Zanza Capelari, Adão Pereira de Souza e Kauane de Sá, Vó Rejane Paes, Alceu Xavier, Andresa Paz da Silva, Gabriel Jhonatan Rosa, Anderson Maurício, Alexandre Santos, Brenda Rebeka, Cris Rangel, Diego Silveira, Elaine Cristina, Giovanna de Paula, Ivone Silveira, José Firmino, Karen Helen, Kel Santos, Kethellin Alcântara, Leidi Araújo, Luan Andrade, Maria Grazyelly, Pâmela Heloísa, Rebeca Ribeiro,Tatiane Lustoza, Wallace Stravinskas, Aline Gonçalves, Amanda Del Corso, Amanda Tavares Dias, Ana Judith C. P. P. Lima, Ana Helena Lima, Angela Ribeiro, José Américo de Lima, Rodrigo Audi, Anna Maria de S. C. do Prado, Lidiane Fileto, Marcela Arce, Natasha Paganelli do Vale, Tabata Saporito, Osún e a Esú, Irany Santos, Lucca Santos, Helena Santos, Leonardo Santos, Maria Rosa, Amador Leão, Maíra Cristina, Larissa Crepaldi, Mariana Barbosa, Gabriel Marques, Maria Dias, Kailane Silva, Helena Silva, Ruth Tahirih, Thalita Fiais, Duda Chris, Estela, Lilith Keith, Lye, Thiago Assumpção, Jean Sense, Sabrina Liz, Nicoli Angel, Kairo Cortes, Gustavo Lilla, Gabriel Lilla, Luiz Zenko, Luiz Hirakawa, Marli Corrêa Leite Hirakawa, Junior Docini, Beatriz Faina, Rosana Eleutério, Pelé pelo o apoio e incentivo na cenografia e a criação na central técnica do Theatro Municipal de São Paulo, Tati Furlaneto, Arumã, Marcello Evans e Michelly (equipe cenotécnica Franz Kitzinger), Gleidstone Melo, Lu Maya e Pricilla Conseva (Grupo Garagem), Dona Deo, Cézar e Heitor, Cicinho, Casquinha e Wanderley, Leo Maino. Um agradecimento especial a todas as pessoas jovens que atenderam ao nosso chamamento para o processo de criação e com as quais esperamos nos cruzar no futuro.

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CONTATOS

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