Docel Confecções

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Câmara de Dirigentes Lojistas de Carandaí

PRATA DA CASA

Março 2017

Quando perguntada sobre sua história no comércio, a empresária Dorinha Alves é precisa: “O comércio eu carrego no sangue, é o meu dom!”. A formação no magistério e um curso técnico em enfermagem, que ela não chegou a concluir, não a afastaram da vocação. A primeira experiência na área se deu no final da década de 80. Então com 18 anos, Dorinha foi contratada para trabalhar em uma loja de utilidades domésticas, de propriedade da senhora Patrícia Biazutti. A experiência foi essencial para que ela se identificasse com o ramo. “A cada dia que eu passava no comércio, mais eu amava!”, confessa. O envolvimento de Dorinha com as atividades comerciais também se dava fora da loja. Ela vendia brinquedos e produtos de beleza que a mãe, dona Carminha Oliveira, comprava no Paraguai. Foi ainda de atividades desenvolvidas em paralelo à seu emprego que surgiu a oportunidade de abrir seu próprio negócio: no início dos anos 90, o marido Celso Alves (com quem ainda namorava, na época), começou a vender roupas, e a empresária o auxiliava. Como os dois tinham

Foto: Helena Amaral

Vocação e amor pelo comércio são alguns dos ingredientes do sucesso da Docel Confecções

Fundada no início da década de 90, a Docel Confecções tornou-se um dos principais comércios do setor em Carandaí

trabalhos fixos, faziam as vendas em seus tempos livres, indo até os clientes ou recebendo-os em casa. Com o crescimento das vendas, Celso decidiu abrir uma loja física e convidou Dorinha para ser sua sócia. Mesmo com medo, a paixão pelo ramo falou mais alto e ela aceitou o convite. Em fevereiro de 1992 eles abriram a Docel Confecções. “Nós não tínhamos nem prateleira! Tínhamos um balcão e compra-

mos uma vitrine, que já estava na loja que funcionava lá anteriormente. É ela que temos até hoje!”, conta Dorinha. No início os empresários trabalhavam com poucas peças, mas com variedade e mercadorias voltadas a todos os públicos. Ao longo dos anos, novas marcas e produtos foram incorporados. Dorinha conta que se estabelecer não foi uma tarefa fácil, já que Carandaí contava com excelentes lojas no setor. Mas com 1


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muita fé e vontade de trabalhar eles transformaram a Docel em uma das principais lojas de confecções do município. Negócio consolidado Nesses 25 anos à frente da Docel, Dorinha Alves já passou por muitas momentos difíceis da economia. Para superar os desafios, afirma ser necessário muito trabalho e planejamento. “Eu costumo dizer que na crise devemos tirar o ‘s’ da palavra, e assim nos sobra ‘crie’! É necessário criar, buscar coisas novas, ouvir mais os clientes”, defende. E é justamente a qualidade da relação com os consumidores um dos segredos da longevidade dos negócios. Dorinha conta que uma das coisas que mais gosta em sua profissão é o contato com as pessoas e destaca que as possibilidades trazidas pelo comércio em cidade pequena favorecem esse relacionamento. “O fato de conhecermos as pessoas, a amizade, eu acho que é fundamental para os negócios. Temos clientes amigos e isso é muito bom!”, afirma a empresária. Essa proximidade possibilita ainda a oferta de melhores condições de compra e pagamento, trazendo resultados positivos para o comércio. Dorinha destaca que a partir do crediário consegue manter mais contato com seus clientes, conhecer melhor suas necessidades e mantê-los a par das novidades. A comerciante investe ainda no sistema de consignação, per2

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Foto: Helena Amaral

Com o crescimento dos negócios, os empresários Dorinha e Celso Alves investiram em novas marcas e produtos

mitindo que os fregueses levem as peças para experimentar em casa. A estratégia ajuda a incrementar as vendas e garante a satisfação dos consumidores. A preocupação com a qualidade da assistência aos clientes é repassada por Dorinha às colaboradoras da loja. A empresária as instrui a colocar o atendimento sempre em primeiro lugar e a estarem atentas às demandas dos consumidores. “O bom funcionamento dos negócios depende de todos”, defende Dorinha, que também demonstra cuidado em manter uma boa relação com as funcionárias e um ambiente de trabalho agradável. Em família Atualmente, Dorinha e Celso Alves contam a ajuda dos filhos na condução dos negócios. Igor e Izabela auxiliam os pais nas atividades contábeis da loja e no atendimento aos fregueses. “Se não fossem eles, eu não sei

o que seria de mim!”, diz Dorinha. A comerciante conta ainda que os filhos se utilizam de aplicativos de mensagens para manter contato com os clientes e informar sobre a chegada de novas mercadorias. Igor e Izabela também utilizam a ferramenta para divulgar os produtos da Docel entre os amigos de faculdade, ampliando as vendas e fortalecendo os negócios. A utilização dessas novas tecnologias pelos filhos reflete uma característica que a empresária considera importante para quem pretende ingressar no comércio: investir em conhecimento. Para Dorinha, é importante estar sempre se atualizando, além de conhecer bem o segmento em que se deseja ingressar. E ela ainda complementa: “é preciso ter muita perseverança e os pés no chão. O retorno é demorado, pois é preciso estar sempre investindo”.


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