Boletim Informativo CDL Carandaí

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CDL CARANDAÍ Fevereiro/Março/Abril 2015 | n° 02 | ano 01

Prata da Casa: conheça a história da Marcenaria e Carpintaria Silva

Foto: Helena Amaral

Informativo da Câmara de Dirigentes Lojistas de Carandaí

A reportagem é a primeira de uma série que vai contar as histórias de sucesso de nossos associados

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CDL EM AÇÃO

Troca de Mercadorias Empresários precisam estar atentos a seus direitos e deveres

Foto: Nilce Lacerda

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Comerciantes recorrem ao poder público em busca de soluções para os alagamentos no Calçadão Página 07

Auxílio-doença

Mudanças na lei aumentam o período de afastamento a ser pago pelo empregador Página 08


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PALAVRA DO PRESIDENTE

Rogério de Sousa Bertolin 2

CURTINHAS

CDL Carandaí é premiada pelo BDMG O prêmio faz parte das ações do Plano de Incentivos e Metas, desenvolvido pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, com o intuito de reforçar a parceria com as Câmaras de Dirigentes Lojistas que atuam como correspondentes bancárias do órgão. A CDL Carandaí ficou em segundo lugar em seu grupo, formado por 14 CDLs. A funcionária Eliana Nascimento, responsável pela contratação dos empréstimos, foi premiada com um vale-compras de comércio eletrônico, no valor de R$1200,00. “A parceria com o BDMG é uma oportunidade de levarmos aos associados mais uma

Foto: Arquivo CDL

Dirijo-me a todos os associados da CDL Carandaí, neste momento em que a economia do país passa por um momento difícil. Inflação e juros em alta, vendas e perspectivas futuras em baixa. Mas, como brasileiros, não desistimos nunca! É hora de fazermos o dever de casa. Reavaliar a administração de nossas empresas, cortar custos e ver novas oportunidades no mercado. Como empresários, temos que levantar a bandeira do otimismo! Somos parte da mola propulsora do país, geradores de empregos, renda e impostos. Está na hora de mostrar a nossa força! Essa crise passará, novas oportunidades chegarão e temos de estar preparados para abraçálas e tirar proveito. O ajuste fiscal será necessário e o Governo Federal não pode furtar-se desta responsabilidade. Seremos todos atingidos, mas cortes serão necessários para que a economia volte a crescer e os investidores internacionais voltem a injetar dinheiro em nosso país. Nós, enquanto entidade, temos que estar em sintonia com nossos associados no sentido de capacitálos e a seus colaboradores. Este momento é de aproveitar o melhor que há em nós, sair da zona de conforto e ir em busca de oportunidades. Estamos abertos a demandas de cursos e palestras que atendam às nossas necessidades e nos auxiliem à superar esta crise. Esperamos que o Brasil seja maior do que o momento pelo qual estamos passando e que, em breve, possamos voltar a crescer! Acredito que dias melhores virão. Abraços,

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A funcionária da CDL Carandaí, Eliana Nascimento, ganhou um vale-compras

forma de financiamento para suas empresas, além de conseguirmos novos membros com esse serviço. Com isso, estamos nos tornando mais fortes como uma entidade que trabalha em prol do comércio”, afirma Eliana.

NOTA DE PESAR A Câmara de Dirigentes Lojistas de Carandaí manifesta profundo pesar pelo falecimento do Sr. Natanael Vicente da Silva, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Carandaí, em abril. Manifestamos

EXPEDIENTE Endereço: Praça Barão de Santa Cecília, n° 59, Centro Telefones: (32) 3361-1227/(32) 3361-2010 E-mail: cdlcarandai@veloxmail.com.br cdl@carandainet.com.br

DIRETORIA Diretor Presidente Rogério de Sousa Bertolin Diretor Vice-Presidente Marco Aurélio Amaral Lourenço Primeiro Diretor Administrativo Wagner Luciani Pinto Lourenço Segundo Diretor Administrativo Marlon Sivory Baêta Fonseca Primeira Diretora Financeira Norma Suely Rocha da Costa Moreno

nossa solidariedade aos familiares e amigos do Sr. Natanael, que esteve à frente da entidade por 18 anos e, neste período, foi nosso parceiro em várias ações que ajudaram a fortalecer as atividades empresariais na cidade.

Segunda Diretora Financeira Léia Domingos dos Santos Dir. Comercial de Produtos e Expansão Felipe Gustavo Baêta Dir. Social de Comunicação e Eventos Ângela Maria Batista da Trindade Barbosa Dir. de Assuntos Públicos e Municipais Geraldo Raimundo da Silva CONSELHO FISCAL Luciana Kauri Miki de Souza Frederico de Sousa Blazutti Bertolin Lúcio Ângelo de Melo Mário José Lisboa Paulo César Avelar de Almeida Textos,edição e diagramação: Helena Amaral E-mail: helena-amaral@hotmail.com


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Foto: Helena Amaral

PRATA DA CASA

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MARCENARIA E CARPINTARIA SILVA Se alguém perguntar à um carandaiense onde fica a carpintaria do senhor Geraldo Campos pode ficar sem resposta. Mas quem perguntar pela loja do Geraldo Cigano, certamente vai ser logo direcionado. O apelido vem dos tempos em que o empresário trabalhava no setor de transportes e se tornou uma marca registrada. Foi dado por alguns peões que trabalhavam na construção da estrada Santos Dumont – Cabangu, que ao verem o caminhoneiro de cabelo grande, coberto por uma flanela, usada para protegê-lo da poeira, logo associaram sua figura à de um cigano. No final da década de 70, após muitos anos trabalhando como caminhoneiro e já descontente com a profissão, Geraldo resolveu investir em uma paixão que nasceu na adolescência, após ter trabalhado com um tio que era carpinteiro. Fundou, então, a Marcenaria e Carpintaria Silva. O negócio, que completa 36 anos em 2015, iniciou suas atividades na rua Raul Soares e cerca de dois anos depois foi transferido para a sede atual, na rua Ranulfo de Melo. Noinício, GeraldoCigano sededicou à fabricação de móveis, presentes em muitos dos lares carandaienses. Os armários embutidos eram o carrochefe da empresa e chegaram a ser vendidos para clientes de outros

estados. Anos depois o empresário passou a investir também na revenda de madeira, reduzindo a produção de móveis. Hoje, as atividades industriais da marcenaria se limitam à fabricação de portas e janelas. Em 1998 os negócios cresceram: Geraldo comprou o Depósito Alameda, então de propriedade do Sr. Dércio de Oliveira. A loja de materiais de construção veio complementar as atividades desenvolvidas na Carpintaria. “Muitas vezes as pessoas me cobravam a parte de materiais de construção”, conta Geraldo quando perguntado sobre o que o motivou a investir na nova loja. Mas como toda empreitada de sucesso, os negócios também passaram por períodos difíceis. Além da recessão econômica enfrentada durante o governo Collor, o empresário relembra, com tristeza, o sufoco passado em setembro de 2008, quando uma forte chuva de pedra atingiu Carandaí. Em seus estabelecimentos o prejuízo foi grande: máquinas, mercadorias e os telhados das lojas ficaram destruídos. Para se manter firme nos negócios, o experiente empresário dá a receita: “trabalhar com honestidade e seriedade. E acreditar sempre no que a gente faz, gostar do que faz. Eu acho que isso é muito importante”.

Foto: Helena Amaral

A fabricação de janelas e portas é uma das principais atividades da marcenaria

A fidelização dos clientes também é uma marca dos negócios de sucesso. “Eu acho que o segredo do comércio é a obrigação nossa de atender bem às pessoas. Não é mérito, é dever nosso atender bem. Se você é bem atendido, sai satisfeito e volta”, afirma. Quando perguntado que dicas daria para as pessoas que estão começando seus negócios, Geraldo Cigano destaca a necessidade de um bom planejamento. “Hoje eu creio que está muito mais difícil de começar um atividade do que nos tempos que eu comecei. Mas a pessoa tem que começar com seriedade e, como diz o ditado, sempre com os pés no chão”, acrescenta. 3


Parceiros da CDL Carandaí

SEBRAE Criado na década de 70, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que atua na capacitação e promoção do desenvolvimento dos pequenos negócios no Brasil. Com sede em Brasília e presente nas 27 unidades da Federação, o órgão orienta quem deseja abrir, diversificar ou ampliar um empreendimento. Parceiro da Câmara de Dirigentes Lojistas de Carandaí, o Sebrae contribui na promoção de diversas atividades que visam estimular o desenvolvimento e aprimoramento dos negócios em nosso município. O responsável pelas ações do Sebrae na microrregião de Barbacena, Tarcísio Fagundes, conta como se dá essa parceria e quais são os planos para a atuação da entidade em Carandaí e região. Bacharel em Administração e Ciências Contábeis, Tarcísio ingressou na entidade em 2007, tendo atuado como consultor técnico até 2013, quando então assumiu o atual cargo. Como se dá a parceria do Sebrae com a CDL Carandaí? Temos uma parceria muito produtiva com a CDL de Carandaí, há muitos anos. Nessa parceria a CDL procura identificar as necessidades de seus associados e demais empresários da cidade e, juntos, buscamos formas de atendê-los. Todos os anos realizamos cursos, oficinas, palestras e consultorias na cidade. Vejo a CDL de Carandaí como uma entidade que realmente busca cumprir seus objetivos e faz um excelente trabalho para o fortalecimento e 4

profissionalização das empresas locais. A diretoria e a equipe da CDL, além de competentes, trabalham com muita boa vontade e isso faz a diferença. Com base nas ações do Sebrae no município, como o senhor avalia a cultura empreendedora em Carandaí? Quais acredita serem os maiores desafios para os empresários carandaienses? Nós, juntamente com a CDL, temos procurado capacitar os empresários para serem mais competitivos, mas, mesmo assim, sinto que muitos deles ainda não valorizam sua capacitação como forma de alavancar seus negócios. Estamos em uma época de muita competitividade e não há mais espaço para o amadorismo. Precisamos fazer mais com menos recursos e, para isso, a inovação é fundamental. Participar de capacitações e trocar ideias com consultores e pessoas com visão de mercado pode contribuir muito para a saúde financeira da empresa. Levando em consideração ser Carandaí uma cidade de pequeno porte, que orientações daria aos empresários locais para o desenvolvimento e manutenção de seus negócios? As cidades pequenas sofrem uma concorrência muito forte das cidades maiores que ficam próximas, sem falar do crescimento das lojas virtuais. Mas isso não pode ser um motivo de desânimo para os empresários locais. Tem muitos clientes que gostariam de comprar na sua cidade, mas às vezes faltam variedades e principalmente um atendimento que o estimule. Eu vejo o profissionalismo (empresários e colaboradores) como o fator principal

Fevereiro/Março/Abril 2015 Foto: Arquivo Pessoal

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Tarcísio Fagundes, coordenador do Sebrae na microregião de Barbacena

para que as vendas aconteçam. Na cidade pequena as empresas têm um fator muito positivo a favor delas, que é o conhecimento da maioria de seus clientes. Então, é saber aproveitar melhor isso para fazer a diferença. Quais são os planos da entidade para Carandaí e região? Na nossa microrregião estamos com alguns projetos coletivos, nos quais reunimos um grupo de empresários para uma séria de ações de desenvolvimento. Em Alfredo Vasconcelos temos um projeto com a COOPRAV para a melhoria da produção e comercialização dos morangos. Em Barbacena iniciamos, no final do ano passado, um Programa de Gestão da Qualidade com um grupo de empresas na área da saúde. Em Carandaí estamos montando, juntamente com a CDL, uma programação de curso na área de Marketing/Atendimento, bem como oficinas, consultorias e palestras para a semana do empreendedor. Estamos ainda, definindo uma data para uma ação específica para os Micro Empreendedores Individuais (MEI) e uma agenda de atendimentos do SEBRAE na cidade.


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Gestão em tempos de crise

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Com o objetivo de auxiliar seus associados no gerenciamento de suas empresas nesse período difícil enfrentado pela economia nacional, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Carandaí realizou, no dia 23 de abril, a palestra “Como aproveitar o ano de 2015 no cenário econômico atual”. Realizado na sede da entidade, o evento reuniu mais de 40 empresários. O responsável pela exposição do tema foi o assessor técnico do Conselho de Comércio Eletrônico da Federação do Comércio, Bens e Serviços do Estado de São Paulo (Fecomércio – SP), Alecsandro de Souza. Utilizandose do exemplo da administração de uma casa, Alecsandro buscou mostrar a importância de uma boa gestão financeira nas empresas. “Economia significa “administração da casa”. Logo, ao sabermos quanto custa para manter uma casa mensalmente, com todo o conforto, com as atividades de lazer e de educação previstas, temos o primeiro passo para pensar em estratégias empresariais”, afirma. A proprietária da loja Cristal Modas, Flávia Vieira, esteve presente na palestra e ressalta que o evento foi uma oportunidade de adquirir conhecimento para investir na

Foto: Arquivo CDL

Palestra organizada pela CDL Carandaí orienta empresários a enfrentar os desafios do cenário econômico atual

Palestra orientou empresários a como enfrentar os desafios do cenário econômico atual

melhoria de seu negócio. “Nos deu uma direção, nos ensinou aquilo que não sabíamos e de que precisamos para poder melhorar a administração de nossas empresas”, afirma. Além de fornecer aos presentes uma visão do cenário econômico atual e ajudá-los a compreender seus impactos na economia local, a palestra teve como objetivo apresentar uma proposta de trabalho que prevê a formação empresarial e a prestação de consultorias individuais aos empresários carandaienses. O Diretor Comercial de Produtos e Expansão da CDL Carandaí, Felipe Baêta, é um dos idealizadores do projeto e destaca que “o objetivo

é melhorar a economia da cidade, melhorar a gestão e o gerenciamento dos nossos negócios, conseguindo reduzir custos e traçar um norte para cada empresa”. Felipe ressalta ainda a importância das atividades para o fortalecimento do comércio local, reduzindo a evasão de consumidores para cidades vizinhas. Uma reunião foi realizada no dia 29 de abril para uma apresentação mais detalhada do plano de trabalho a ser desenvolvido. As expectativas são de que as ações se iniciem no mês de maio e se estendam até o final do ano, capacitando os empresários a enfrentar as mudanças econômicas dos próximos anos.

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Troca de Mercadorias

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Com a chegada de datas comemorativas, os comerciantes precisam ficar atentos e se preparar para o pós-venda, já que é comum o movimento crescer devido à demanda por troca de mercadorias. Tamanhos incorretos, cores indesejadas, opções que não agradaram à pessoa presenteada são alguns dos motivos que levam os consumidores a procurar por outro produto. Apesar de ser prática frequente no comércio, a troca por motivos como os citados anteriormente não é obrigatória. De acordo com o artigo 18 do Código de Defesa do Consumidor, a loja só é obrigada a efetuá-la em caso de defeito ou vício (defeito oculto) do produto. O prazo para reclamação é de 30 dias para mercadorias não duráveis e de 90 dias para bens duráveis, contados a partir da data da compra. A partir da solicitação dos clientes, os comerciantes tem até 30 dias para solucionar o problema. O direito à arrependimento independente da apresentação de defeito ou não - só é garantido ao consumidor nas situações em que a compra de uma mercadoria ou a contratação de um serviço forem feitos fora do estabelecimento comercial (via internet, telemarketing, catálogos, etc.). Nesses casos, o consumidor pode solicitar a devolução de seu dinheiro e tem até sete dias, a partir da assinatura do contrato ou do recebimento do produto ou serviço, para se manifestar. Assim, a opção dos empresários por autorizar a troca em função de critérios subjetivos representa uma forma de demonstrar respeito aos consumidores, além de constituir uma 6

Foto: Helena Amaral

Adoção da política de troca não obrigatória demonstra respeito ao consumidor e traz bons resultados às empresas

As condições para a troca devem estar bem sinalizadas e podem ser colocadas nas etiquetas, em cartazes ou no corpo da nota fiscal

importante estratégia de fidelização e conquista dos mesmos. Mas para evitar prejuízos futuros a ambas as partes envolvidas, as empresas devem estar atentas aos direitos e deveres de empresários e clientes. A advogada da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais (FCDL-MG), Sara Sato, ressalta que as condições para troca devem estar bem sinalizadas no momento da venda. As informações podem estar contidas nas etiquetas dos produtos, em cartazes nas lojas ou até mesmo nas notas fiscais. Essas medidas garantem não somente o direito dos consumidores, mas também dos empresários. A etiqueta, por exemplo, “é uma garantia que o comerciante também tem que ter para que possa efetuar aquela troca, porque se o produto estiver usado, com lacre vedado, já foi utilizado, e não tem como fazer uma revenda de segunda mão”, afirma Sara. A política de bom relacionamento também é comumente adotada nos casos em que a solução do problema não cabe diretamente aos empresários, mas são responsabilidade dos fabricantes.

Segundo a advogada, o consumidor “só deve procurar o estabelecimento no qual adquiriu o produto se o comerciante não tiver disponibilizado o manual da assistência técnica”. No entanto, Sara ressalta que “muitas vezes o comerciante vai além: ele recolhe o produto e se dispõe a mandar para a assistência técnica. Faz uma intermediação.”. É importante salientar ainda que o empresário só é obrigado a devolver o valor do produto ou serviço caso tenha havido a reclamação e o problema não tenha sido solucionado dentro do prazo previsto pela lei. Nesses casos, o consumidor tem três possibilidades: solicitar a substituição da mercadoria por uma nova, requerer seu dinheiro de volta ou ficar com o produto defeituoso mediante abatimento no valor do mesmo. Para garantir o cumprimento dos direitos de ambas as partes é essencial que o comerciante esteja bem preparado e informado, afim de que possa esclarecer bem os clientes. “O mais importante é o dever de informar o consumidor sobre seus direitos e deveres”, afirma a advogada.


CDL EM AÇÃO

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Foto: Nilce Lacerda

Foto: Nilce Lacerda

maior para escoamento das águas que passam pelo Calçadão”, afirma o Alagamentos Calçadão prefeito. Antes do encontro, o supervisor do Há alguns anos as chuvas se tornaram uma preocupação constante Departamento Municipal de Obras, para os comerciantes que possuem Hugo Deleon, já havia visitado o lojas no Calçadão em Carandaí. Nos Calçadão a pedido dos comerciantes. meses de janeiro e fevereiro deste ano Na ocasião, após analisar a situação a situação se tornou ainda mais crítica. e ouvir as queixas e sugestões dos As fortes chuvas do verão resultaram empresários, Hugo se comprometeu a em um acúmulo muito grande de fazer algumas obras para minimizar os água no local, invadindo as lojas e danos da chuva, assim que terminasse causando transtornos e prejuízos aos o carnaval. O empresário Lúcio de Melo, empresários. Para discutir a situação e proprietário da 104 Tecidos, esteve buscar medidas para amenizar os presente nas duas ocasiões. Sua loja, estragos causados pelos alagamentos, estabelecida no Calçadão desde 1991, o proprietário de um dos imóveis do foi uma das muitas afetadas pelas lugar solicitou uma reunião junto ao últimas chuvas. Em um alagamento, prefeito, Sr. Antônio Sebastião de no dia 8 de fevereiro, a água chegou Andrade. Estando a par do encontro até a parte de trás do estabelecimento e visando os interesses de seus e atingiu mercadorias que estavam associados, a direção da Câmara nas partes de cima das prateleiras. de Dirigentes Lojistas de Carandaí “Perdemos roupões, cortinas, tapetes”, convocou seus filiados e outros conta o empresário, que afirma ter comerciantes que possuem lojas no tido um prejuízo em torno de R$ 12 mil. Para conter a entrada da água, Calçadão a participar do encontro. Onze empresários Lúcio investiu cerca de R$ 1500 na compareceram à reunião, realizada colocação de comportas de alumínio e no dia 10 de fevereiro. Decidiu-se borrachas nas laterais das portas. Na lanchonete da empresária Diene “que a prefeitura faria uma abertura Vicentina nem as comportas de metal colocadas anos atrás contiveram a água. “Não tivemos perda, pois estávamos na enchente tirando a água”, conta Diene a respeito do alagamento que atingiu a loja no início de fevereiro. Depois do susto e para evitar problemas no futuro, os freezers da lanchonete foram suspensos e colocados sobre estruturas de madeira. As medidas acordadas na reunião junto ao prefeito já foram executadas. Mas as soluções tomadas são paliativas e visam facilitar o escoamento da água em uma situação de alagamento. De acordo com o supervisor do Na loja 104 Tecidos várias mercadorias foram Departamento Municipal de Obras, danificadas a prefeitura, em parceria com

Foto: Mônica Feres

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Chuva do dia 8 de fevereiro causou transtornos e prejuízos aos comerciantes do Calçadão

uma empresa de engenharia, vem trabalhando na elaboração de um projeto que vai permitir a realização de intervenções mais eficientes no local. “A expectativa é que a gente já inicie as obras na época seca do ano, assim que terminar o período chuvoso”, afirma Hugo Deleon. De acordo com Hugo, um dos agravantes do problema é o sistema de canalização da área. O diâmetro das manilhas vem diminuindo a medida em que chegam no Calçadão e uma delas, localizada abaixo do imóvel interditado pelo Corpo de Bombeiros, na parte alta do lugar, encontra-se amassada, constituindo uma barragem para a passagem da água, que aflora e passa por cima dos bueiros. Atentando para a defesa dos interesses e direitos de nossos associados, a CDL Carandaí se propõe a acompanhar as ações do poder público, mantendo os empresários carandaienses informados à respeito das intervenções que visam solucionar o problema dos alagamentos no Calçadão.

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Medida Provisória altera concessão de auxíliodoença As novas regras passaram a valer em 1º de março e aumentam o período do auxíliodoença a ser pago pelo empregador Com as mudanças, o tempo de benefício pago pelas empresas ao trabalhador, em caso de afastamento médico, passou de 15 para 30 dias. Pela legislação anterior o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) assumia as despesas a partir do 16º dia. As alterações foram propostas na Medida Provisória 664, anunciada pelo governo federal no final do ano passado, e fazem parte de uma série de medidas que visam a redução de gastos pelo executivo. Estima-se uma economia de R$18 bilhões em 2015. Mas se por um lado as mudanças

aliviam as contas da previdência, por outro afetam o caixa das empresas. Para a contadora Maria de Lourdes Amaral, a “admissão de novos empregados para cobrir a ausência de empregados afastados e o aumento de preço de produtos são alguns dos prováveis impactos trazidos por esta alteração”. Além da concessão, a MP 664 altera também o cálculo do benefício. Antes o valor era definido com base na média dos 80% melhores salários recebidos pelo trabalhador, a contar de julho de 1994. Agora é equivalente

à média dos 12 últimos salários do requerente. Vale lembrar que, apesar de começar a vigorar imediatamente após sua edição, uma medida provisória precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para se tornar lei. Antes de ir à votação na Câmara e no Senado, deve ser examinada por uma comissão mista formada por representantes das duas casas, aos quais cabe emitir parecer sobre a matéria. Até o fechamento desta edição, a MP 664 ainda encontrava-se em análise por sua comissão mista.

Exigência do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros gera atrasos na liberação do alvará municipal Apesar de previsto na Lei Complementar nº92 de 2011, o documento passou a ser cobrado de forma mais efetiva a partir de 2013 A lei municipal segue a legislação estadual, que desde 2008 determina que todas as edificações de uso coletivo devem possuir o documento. O Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) comprova que os imóveis possuem condições seguras para abandono em caso de pânico e os equipamentos necessários no combate à incêndios. De acordo com a Secretária de Fazenda do município, Cleizer Silva, aos estabelecimentos que ainda não possuem o AVCB é fornecido o alvará provisório, válido por três meses e prorrogável por mais três. Mas Cleizer ressalta que, para a prorrogação, “a pessoa deve apresentar pelo menos o protocolo do Corpo de Bombeiros, comprovando que está em andamento 8

o processo para regularização da situação do AVCB definitivo”. A engenheira eletricista Aurora Vitoretti explica que para as edificações com mais de 200m2 a liberação da licença é feita mediante apresentação de um projeto técnico, desenvolvido com base no projeto arquitetônico do imóvel. Para os estabelecimentos com mais de 750m2 o projeto é mais complexo e deve ser analisado pelo Corpo de Bombeiros antes da execução das obras. Em ambos os casos há cobrança de taxas, que variam de acordo com o tamanho das edificações. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Conselheiro Lafaiete, responsável pela fiscalização em Carandaí, as vistorias são feitas

em um prazo de até 10 dias úteis e as análises em até 30 dias corridos. Mas Aurora ressalta que esses prazos podem se estender, tendo em vista a alta demanda. Além dos prazos, as despesas do processo também dificultam a regularização da situação das empresas. A elaboração do projeto pode chegar a cerca R$ 1500 e os empresários arcam ainda com as taxas a serem pagas e com as intervenções e materiais exigidos. Apesar disso, Aurora ressalta que as ações garantem a segurança daqueles que frequentam os estabelecimentos. Dúvidas sobre os prazos e procedimentos podem ser esclarecidas junto à Secretaria de Fazenda e/ou no site do Corpo de Bombeiros.


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