Novos desafios e decisões estratégicas são abordados na 7ª
Assembleia Geral
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Diretoria do CBH
Araguari discute planejamento e novas diretrizes para 2025
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CTPLAN debate cenários para o futuro da água da bacia
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Novos desafios e decisões estratégicas são abordados na 7ª
Assembleia Geral
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Diretoria do CBH
Araguari discute planejamento e novas diretrizes para 2025
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CTPLAN debate cenários para o futuro da água da bacia
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Caros leitores,
Convidamos vocês a explorar um tema essencial para o futuro do nosso planeta: a gestão dos recursos hídricos.
O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araguari (CBH Araguari) desempenha um papel fundamental nesse contexto, e é com grande entusiasmo que apresentamos as principais deliberações da 7ª Assembleia Geral. Neste encontro histórico, foram definidos novos caminhos e estabelecidas diretrizes estratégicas que irão direcionar a gestão da água na bacia nos próximos anos.
A diretoria do CBH Araguari também se reuniu para debater as novas diretrizes para 2025, um ano que se configura como um marco na consolidação das ações e projetos voltados à sustentabilidade hídrica.
Além disso, o Conselho Técnico de Planejamento (CTPLAN) promoveu uma discussão detalhada sobre o futuro da água na bacia, abordando os desafios e oportunidades que surgem nesse cenário.
Nesta edição, você encontrará análises, entrevistas com especialistas e artigos que revelam, de forma transparente, os bastidores dessas importantes discussões sobre a água, um bem precioso e finito que exige de todos nós um olhar atento e ações concretas.
Boa leitura!
Nova regulamentação estabelece critérios para custeio de participações externas, alinhando objetivos estratégicos e transparência.
Em reunião realizada no dia 6 de novembro de 2024, a Câmara Técnica de Assuntos Institucionais e Legais (CTIL) do CBH Araguari debateu importantes atualizações no regramento sobre a participação dos membros do CBH Araguari em eventos externos . A videoconferência reuniu representantes de instituições acadêmicas, públicas e privadas.
O novo regulamento proposto pela CTIL detalha os critérios para o processamento, análise e concessão de benefícios, como diárias, passagens e outras formas de fomento. Entre os principais pontos debatidos, destacam-se:
• Justificativa e relevância: Os pedidos devem demonstrar contribuição direta ao CBH Araguari, detalhar produtos esperados, como artigos e relatórios, e indicar o impacto potencial para a política de recursos hídricos.
• Antecedência e urgência: Propostas devem ser protocoladas com pelo menos 30 dias de antecedência. Casos urgentes serão analisados individualmente, mediante justificativa.
• Prioridade estratégica: Participações que
resultem em produtos relevantes ou com impacto significativo para a gestão hídrica terão prioridade na classificação.
O regulamento valoriza a participação ativa em eventos, como palestras e exposições técnicas, oferecendo maior pontuação para esse tipo de atuação. Participações passivas, embora contempladas, terão análise mais restritiva e dependerão da relevância estratégica do evento.
A normatização busca assegurar que os recursos do comitê sejam utilizados de forma transparente e eficiente . Segundo o coordenador Alexandre Walmott Borges, a medida fortalece a representatividade do CBH Araguari em eventos nacionais e internacionais, garantindo alinhamento com seus objetivos institucionais e gerando resultados concretos para a gestão hídrica da bacia.
Com as novas diretrizes, o CBH Araguari espera ampliar sua atuação em eventos técnicos e científicos, promovendo a troca de conhecimentos e o fortalecimento de políticas públicas relacionadas à água .
ASSEMBLEIA GERAL
No dia 13 de novembro de 2024, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araguari realizou sua 7ª Assembleia Geral Extraordinária, em formato virtual. Com pautas importantes, o encontro trouxe deliberações sobre outorgas, educação ambiental, estudos para o reservatório de Nova Ponte e outros assuntos relevantes para a gestão da bacia .
Entre os destaques, foi debatido o processo de outorga da CSN Cimentos Brasil S.A. para a readequação de equipamentos e ampliação da geração de energia em uma hidrelétrica na bacia do Rio Araguari. A aprovação veio acompanhada de condicionantes para monitoramento da vazão mínima, seguindo normas estabelecidas.
Durante o debate, surgiram preocupações sobre impactos na fauna aquática, o que levou à decisão de emitir uma recomendação ao órgão licenciador para atenção especial à piscicultura no trecho afetado .
Outro tema importante foi a prorrogação do prazo para o Grupo de Trabalho de Educação Ambiental. O grupo, responsável por elaborar um seminário previsto para março de 2025, terá mais tempo para concretizar suas propostas.
A cota de uso múltiplo do reservatório de Nova Ponte foi outro ponto central da reunião. A conselheira Cordélia Rios apresentou os esforços para definir uma cota que equilibre as necessidades socioambientais, em resposta a problemas de seca que impactaram a região em anos recentes.
O professor José Galizia Tundisi, contratado pelo Ministério Público, trouxe uma visão técnica sobre o tema, destacando a complexidade das dinâmicas das represas e suas múltiplas funções.
No dia 19 de novembro de 2024, foi realizada a 5ª Reunião Ordinária da Diretoria do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Araguari (CBH Araguari), na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com a presença de representantes da Abha Gestão de Águas, do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e dos membros da Diretoria do Comitê . A reunião abordou temas estratégicos para o encerramento do ano e o planejamento das atividades de 2025.
Um destaque foi a proposta de realizar uma Plenária em março de 2025 para discutir relatórios de execução do Programa Plurianual de Aplicação (PPA) e do Programa Operativo Anual (POA) , além do Plano de Trabalho para o ano seguinte.
A questão das mudanças climáticas foi outro ponto relevante. O Presidente Sylvio Luiz Andreozzi destacou a necessidade de um estudo aprofundado
sobre os impactos locais, como variações de pluviosidade. O objetivo é gerar um prognóstico detalhado para orientar ações futuras na gestão da bacia .
Foi iniciado o planejamento das atividades de 2025, com a confirmação de novos projetos de pesquisa em parceria com a UFU e a discussão de ajustes no edital para facilitar a participação de pesquisadores . Além disso, foi proposta uma rotação das Plenárias entre os municípios da bacia, buscando maior integração com as comunidades locais.
Encaminhamentos importantes foram definidos, como o envio de correspondências aos novos prefeitos dos municípios da bacia para confirmar representantes no Comitê e o reforço da necessidade de participação em questionários e materiais institucionais.
REUNIÃO ORDINÁRIA
Reunião discute desafios hídricos, prioridades locais e soluções sustentáveis para a gestão da água no território.
A Câmara Técnica de Planejamento e Controle (CTPLAN) , instância do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araguari (CBH Araguari), realizou sua 3ª Reunião Ordinária no dia 19 de novembro de 2024, por videoconferência. O encontro aconteceu simultaneamente à consulta pública para a etapa de prognóstico do Plano Integrado de Recursos Hídricos (PIRH Paranaíba) , reunindo membros do comitê, gestores públicos e representantes da sociedade civil.
Durante a reunião, foi ressaltada a importância de considerar as especificidades da Bacia do Rio Araguari na construção dos cenários futuros. Representantes locais enfatizaram a necessidade de observar as realidades vividas nos municípios para identificar usos prioritários da água
Entre os desafios discutidos, destacaram-se:
• Pressão do agronegócio: A bacia abriga grandes polos de produção agrícola e pecuária, além de indústrias de alimentos e mineração, que demandam alta disponibilidade hídrica.
• Qualidade e quantidade de água: Especial atenção foi dada às áreas de conflito e à escassez hídrica em períodos de seca.
• Impactos ambientais: O uso e ocupação do solo, somados ao assoreamento de rios e riachos, foram apontados como fatores críticos.
Como medidas para o enfrentamento desses desafios, os participantes propuseram:
• Implantação de programas de conservação: A criação de iniciativas como o “Produtores de Água” foi vista como uma oportunidade para proteger as cabeceiras e nascentes do Rio Araguari.
• Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA): Incentivar práticas sustentáveis em propriedades
rurais, garantindo benefícios ambientais e sociais.
• Gestão integrada de múltiplos usos: Estudos em andamento buscam alinhar interesses econômicos e ambientais, com destaque para a represa de Nova Ponte, usada para geração de energia, turismo e irrigação.
O Rio que queremos
Com o tema central “ O rio que queremos ”, a reunião reforçou a necessidade de construir um futuro sustentável para a bacia, alinhando as demandas locais às diretrizes regionais do PIRH Paranaíba. A consulta pública, aberta até o dia 25 de novembro, foi apontada como uma oportunidade para que todos os interessados pudessem contribuir com sugestões e percepções
As contribuições coletadas serão analisadas e integradas ao prognóstico da bacia, cuja versão inicial será consolidada em etapas futuras.
No dia 21 de novembro, o Grupo de Trabalho
Educação Ambiental (GT Educação Ambiental) do CBH Araguari realizou sua 6ª Reunião Extraordinária por videoconferência. Conduzida pelo Coordenador, Celismar Costa Melo, a reunião foi marcada pela aprovação de atas , ajustes no plano de trabalho e pelo avanço significativo no planejamento do simpósio previsto para 2025
Entre os principais pontos discutidos, foi aprovada a continuidade das atividades do GT por mais 180 dias, sujeita à aprovação do Comitê em assembleia. As reuniões mensais continuarão no formato remoto, com datas já definidas até abril de 2025.
Simpósio com foco em soluções e impacto socioambiental
Um dos destaques da reunião foi a definição de detalhes do simpósio, cujo objetivo será o de promover a troca de experiências e a disseminação de ações exitosas na gestão ambiental e dos recursos hídricos . Após debate, ficou definido que o público-alvo incluirá membros dos comitês,
educadores, gestores ambientais e usuários de recursos hídricos. Para o workshop que ocorrerá no primeiro dia do evento, serão priorizadas apresentações que envolvam soluções práticas e impactos positivos.
A avaliação das propostas de trabalho seguirá critérios rigorosos, como relevância, impacto socioambiental, replicabilidade e viabilidade econômica . A comissão avaliadora será composta por membros do GT Educação Ambiental, garantindo a pluralidade e a qualidade das apresentações.
Próximos passos
Na próxima reunião, marcada para dezembro, serão finalizados os critérios de inscrição para os trabalhos do workshop, e a versão consolidada do seminário será apresentada aos membros do GT. Segundo o coordenador, Celismar Costa Melo, o simpósio reflete o compromisso do GT com uma gestão participativa e eficiente, promovendo ações que respondam aos desafios da bacia do Rio Araguari
PLANEJAMENTO
Em um ano marcado por discussões importantes sobre a gestão dos recursos hídricos, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araguari (CBH Araguari) encerrou suas atividades de 2024 com uma série de decisões estratégicas e encaminhamentos voltados para o futuro da bacia .
Em dezembro, os membros do Comitê se reuniram na Universidade Federal de Uberlândia para a 3ª Assembleia Geral Ordinária, onde foram aprovados o Plano Orçamentário Anual (POA) para 2025 e o calendário de reuniões . A proposta de calendário aprovada definiu que todas as reuniões ordinárias serão presenciais e realizadas em diferentes municípios da bacia, promovendo maior integração com as comunidades locais.
Os conselheiros também debateram o regramento dos Grupos de Trabalho (GTs) e deliberaram sobre os resultados finais de importantes editais de chamamento público. Projetos voltados à modernização de viveiros de mudas nativas e ao estudo da sustentabilidade erosiva de solos foram aprovados, reforçando o compromisso do Comitê com a pesquisa e o desenvolvimento sustentável
Avanços e desafios para 2025
Com as diretrizes estabelecidas para o próximo ano, o CBH Araguari demonstrou sua preocupação em acompanhar os impactos das mudanças climáticas, rever planos municipais de saneamento e intensificar o diálogo com os municípios da bacia Também foram planejados eventos e capacitações voltadas para a educação ambiental, com destaque para o Seminário de Educação Ambiental.
Além disso, o Comitê deu início à formação de um grupo técnico para tratar exclusivamente dos desafios climáticos , destacando a relevância desse tema no contexto regional.
Ações com foco em resultados concretos
Com um histórico de trabalho técnico e debates produtivos ao longo de 2024, o CBH Araguari reforçou sua determinação em alinhar suas próximas ações aos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) . Esse alinhamento será um dos pilares do planejamento estratégico do Comitê, buscando garantir que suas iniciativas contribuam para metas globais , como a gestão sustentável dos recursos hídricos, a preservação ambiental e o desenvolvimento regional.
O Grupo de Trabalho Educação Ambiental (GT Educação Ambiental) do CBH Araguari realizou, no dia 12 de dezembro, sua 8ª Reunião Extraordinária por videoconferência. Coordenada por Celismar Costa Melo, a reunião teve como foco principal a continuidade do plano de trabalho , além da definição de critérios para o workshop do simpósio previsto para 2025
Educação ambiental: foco em capacitação e boas práticas
O plano de trabalho do GT foi discutido e ajustado com contribuições significativas. O coordenador apresentou exemplos práticos de projetos como o “ Plantando o Futuro ”, desenvolvido pelo Departamento Municipal de Água e Esgoto de Uberlândia (DMAE Uberlândia) , que capacitou professores e alunos em educação ambiental com foco na produção de mudas. Durante o debate, os membros ressaltaram a importância de um material educativo acessível e voltado para os diferentes segmentos de usuários, como agricultores e indústrias.
O simpósio, evento que está sendo planejado pelo GT, ganhou novos contornos. O workshop,
que ocorrerá no primeiro dia do evento, contará com apresentações de quatro trabalhos exitosos realizados na Bacia do Rio Araguari.
Os critérios de avaliação dos trabalhos incluem a relevância, impacto socioeconômico e ambiental, replicabilidade, viabilidade econômica e facilidade de engajamento . Além disso, haverá estandes na área externa do evento para divulgação de outras iniciativas de destaque.
Intercâmbio internacional e inovação na gestão ambiental
Durante a reunião, a secretária Adairlei da Silva Borges compartilhou sua experiência com o grupo Zero Wast Itália, após visitas técnicas na Toscana. Ela propôs incorporar aprendizados sobre gestão de resíduos sólidos ao trabalho do GT e sugeriu a participação de especialistas italianos no simpósio. A proposta foi bem recebida e reforça o compromisso do CBH Araguari com soluções inovadoras e sustentáveis.
Com o encerramento da reunião, os membros se preparam para as próximas etapas, incluindo encontros com parceiros estratégicos como a Prefeitura de Uberlândia
AÇÕES 2025
A Diretoria do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araguari (CBH Araguari) realizou a 1ª Reunião Ordinária de 2025 nesta terça-feira (14/01). Sob a liderança do Presidente Sylvio Luiz Andreozzi, o encontro aconteceu de forma presencial na Sala de Reunião da Secretaria do Meio Ambiente de Uberlândia-MG e, além dos membros da Diretoria, contou com a presença do Secretário Municipal de Meio Ambiente de Uberlândia, Dilson Dalpiaz, e da equipe da Abha Gestão de Águas.
A reunião abordou diversos temas estratégicos, refletindo o compromisso do CBH Araguari com a gestão sustentável dos recursos hídricos . Dentre os principais tópicos esteve o planejamento para a entrega do Cadastro de Redes de Patrocínio-MG, ação realizada utilizando os recursos da cobrança pelo uso de água.
Outro ponto importante que esteve em pauta foi a Capacitação de Equipes Técnicas Municipais, mostrando a necessidade de preparar as equipes técnicas dos municípios para a elaboração de projetos, destacando o papel fundamental da formação para a captação de recursos e execução de ações.
Planejamento 2025 em pauta
O encontro também trouxe oportunidade de discussões em torno do planejamento estratégico do comitê para o ano de 2025, com foco na execução de iniciativas alinhadas aos objetivos de desenvolvimento sustentável da bacia
Por fim, a reunião foi concluída com um sentimento de compromisso renovado. O presidente do CBH Araguari destacou que trabalho conjunto e a visão estratégica são fundamentais para garantir uma gestão eficiente e integrada dos recursos.
Para dar andamento ao processo de outorga está prevista uma nova reunião para a próxima segundafeira, dia 20 de janeiro. Já a apreciação e votação da Plenária do CBH Araguari deve ocorrer em reunião a ser realizada no dia 29 de janeiro.
DEBATE SHANKYA
CTOC debate processo outorga para construção de nova sede da Sankhya no Polo Tecnológico de Uberlândia
Em reunião online realizada nesta segunda-feira (13/01) a Câmara Técnica de Outorga e Cobrança (CTOC) do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Araguari (CBH Araguari) discutiu o processo de outorga requerido pela Sankhya Jiva Investimentos e Participações S.A. A empresa uberlandense, de softwares de gestão, planeja a construção de uma nova sede no Polo Tecnológico de Uberlândia, às margens do Rio Uberabinha , na zona sul da cidade, para a qual o projeto determina o rebaixamento do lençol freático.
De acordo o Art. 2°, inciso VII, alínea “b” da Deliberação Normativa CERH - MG nº 07/2002, o empreendimento é de grande porte e potencial poluidor, por isso, faz-se necessário à apreciação do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Araguari – CBH PN2. O projeto prevê a construção de estrutura com área de estacionamento no subsolo, e pelo fato da região possuir níveis de água presentes na profundidade em que serão feitas as obras , será necessário o rebaixamento do lençol freático, de modo a possibilitar a instalação da infraestrutura. O engenheiro civil responsável, Cláudio Santos salientou ainda que o ponto mais próximo das margens do Rio Uberabinha estará a cerca de 58 metros.
Com a presença de membros da Câmara Técnica, da Abha Gestão de Águas, do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), além de representantes da empresa requerente da outorga SEI n° 2090.010015236/2024-70, foi apresentado ao final
da explanação sobre o projeto, recomendações como:
- Comprovar a instalação do sistema de medição e horímetro;
-Realizar leituras diárias da vazão captada e do tempo de captação;
- Realizar monitoramento do nível estático semestralmente, armazenando os dados;
- Realizar o monitoramento da estabilidade das encostas e das estruturas adjacentes;
- Monitorar a qualidade da água extraída, identificando possíveis contaminações;
- Notificar o órgão ambiental quanto ao início e fim da operação de captação do sistema de rebaixamento por ponteiras filtrantes;
- Apresentar relatórios anuais de consolidação das atividades relacionadas ao sistema de rebaixamento; Por fim, foi recomendado ainda que a empresa deverá comunicar oficialmente ao órgão responsável qualquer interferência nos recursos hídricos identificada e não prevista , porventura causada pela execução do rebaixamento.
Para dar andamento ao processo de outorga está prevista uma nova reunião para a próxima segundafeira, dia 20 de janeiro. Já a apreciação e votação da Plenária do CBH Araguari deve ocorrer em reunião a ser realizada no dia 29 de janeiro.
DEBATE SHANKYA
A reunião da Câmara Técnica de Outorga e Cobrança (CTOC) do Comitê da Bacia Hidrográfica (CBH) do Rio Araguari, realizada em 20 de janeiro de 2025, teve como foco a análise do pedido de outorga para uso de recursos hídricos solicitado pela empresa Sankhya Jiva Investimentos e Participações S.A.
O protocolo, registrado no Instituto Mineiro de Gestão da Água (IGAM) sob o nº 29197/2024, trata da captação de água subterrânea para fins de rebaixamento do nível de água em obras civis no município de Uberlândia.
O empreendimento, localizado no bairro Gávea, às margens do Rio Uberabinha, é destinado ao uso comercial e está em fase de construção. Classificado como de grande porte e com potencial poluidor, o projeto requer avaliação criteriosa e aprovação pelo CBH Rio Araguari, conforme determina a legislação vigente.
Segundo o relatório técnico apresentado na reunião, a estimativa é de uma captação diária de 326 m de água durante a etapa construtiva. Seguindo as diretrizes do artigo 3º da Deliberação Normativa CERH nº 31, de 26 de agosto de 2009, os pareceres técnicos serão analisados pela Agência da Bacia ou entidade responsável antes da decisão final.
Na reunião, foram estabelecidos parâmetros rigorosos para a qualidade da água a ser mantida pela empresa Sankhya, em conformidade com as diretrizes do Departamento Municipal de Água e Esgoto de Uberlândia (DMAE) . Esses parâmetros visam garantir que a água retirada do aquífero seja devolvida com as mesmas características, minimizando os impactos ambientais. Os limites estabelecidos para os principais indicadores de qualidade da água são os seguintes:
pH: A variação do pH, que indica a acidez ou alcalinidade da água, deverá ser limitada a 0,1 unidade. Essa restrição é crucial para preservar a vida aquática e evitar a corrosão de tubulações;
Condutividade elétrica: A condutividade elétrica,
que reflete a quantidade de sais dissolvidos na água, poderá variar em até 3%. Esse parâmetro influencia a qualidade da água para consumo humano e industrial;
Potencial de oxidação-redução (Eh): O Eh, que indica a capacidade da água de oxidar ou reduzir substâncias, terá uma variação permitida de 10 milivolts. Essa medida é importante para avaliar a presença de substâncias contaminantes e a estabilidade do sistema aquático;
Turbidez: A turbidez, é uma medida da clareza da água e indica a quantidade de partículas em suspensão (como sedimentos, algas, matéria orgânica e poluentes) que podem bloquear a passagem da luz. É normalmente medida em Unidades de Turbidez Nefelométrica (UTN), e pode variar conforme características da água, sendo que valores mais altos indicam águas mais turvas.. Essa limitação é essencial para garantir a qualidade estética da água e evitar problemas de filtração; Oxigênio dissolvido: A concentração de oxigênio dissolvido na água não poderá variar mais do que 0,3 mg/L. Esse parâmetro é fundamental para a vida aquática e para a decomposição da matéria orgânica.
Além disso, foi estabelecido que as análises da água serão realizadas em intervalos semanais e semestrais, dependendo do parâmetro e seus resultados submetidos ao DMAE Uberlândia
Apresentação à nova gestão municipal o Estudo de Concepção com alternativas para o Tratamento de Esgoto em Nova Ponte
Na última quarta-feira (22), a Diretoria do CBH Araguari, composto pelo Presidente, Sylvio Luiz Andreozzi e a secretária, Adairlei da Silva Borges, juntamente com a equipe técnica da Abha Gestão de Águas Hygor Siqueira e Patrícia Antunes, e das empresas SHS Engenharia e Novaes Engenharia responsáveis pela elaboração e fiscalização respectivamente, visitaram a cidade de Nova Ponte para apresentar o Estudo de Concepção com as alternativas propostas para o Tratamento de Esgoto do município de Nova Ponte e do Distrito de Almeida Campos. A equipe foi recebida pelo novo Prefeito de Nova Ponte, Zé Divino e sua equipe.
O projeto, financiado a partir de recursos da cobrança pelo uso da água, é uma iniciativa do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araguari, e visa reduzir os riscos ambientais e sanitários na região, fortalecendo o compromisso com a sustentabilidade e a saúde pública , conforme ressaltado pelo Presidente do CBH Araguari, Sylvio Luiz Andreozzi, durante o encontro. Assim, a reunião marcou um importante momento no qual o prefeito de Nova Ponte, Zé Divino, pôde entender mais sobre a execução e andamento das ações a partir da apresentação da equipe envolvida.
Durante o encontro, o prefeito deixou claro que a perspectiva é de avançar significativamente na qualidade do tratamento de esgoto, água e abastecimento, além de promover melhorias na gestão de resíduos.
Para este 2025, a missão do CBH Araguari é impulsionar o projeto, que foi iniciado no ano passado e busca garantir que 100% dos municípios
da Bacia do Rio Araguari tenham o esgoto tratado Dessa forma, para aumentar a eficácia das ações, um novo estudo populacional foi realizado pela SHS, assegurando maior precisão no planejamento e na execução. Atualmente, a sede municipal de Nova Ponte conta com uma rede coletora de 91 km de extensão e sistemas de tratamento de esgoto que incluem tecnologias como tratamento preliminar, caixa de areia convencional, calha Parshall, lagoas anaeróbias e facultativas, fossas sépticas e sumidouros.
Conforme a equipe técnica, o projeto visa seguir rigorosamente os padrões estabelecidos pela legislação ambiental brasileira, como a Resolução CONAMA nº 430/2011 e a Deliberação Normativa Conjunta COPAM-CERH/MG nº 8/2022.
O enquadramento do corpo hídrico da região é de classe 2, conforme a Resolução CONAMA nº 357/2005, que determina limites para a qualidade da água visando preservar os ecossistemas e assegurar seu uso múltiplo.
Para o tratamento de esgoto em Nova Ponte, foi desenvolvida uma projeção de crescimento populacional para os próximos 30 anos, contemplando o período até 2054. O estudo realizado no âmbito do projeto de tratamento de esgoto em Nova Ponte analisa de forma abrangente os riscos operacionais, os impactos sobre a flora, a fauna e os cursos d’água, além de possíveis conflitos de vizinhança. Também são avaliadas a complexidade na operação e manutenção do sistema, sua eficiência e o tempo necessário para a execução das obras civis e a implantação completa.
Diretoria CHB Araguari
Presidente: Sylvio Luiz Andreozzi
Vice-presidente: Celismar da Costa Melo
Secretário: Adairlei Aparecida da Silva Borges
Secretário Adjunto: Hideraldo Buch
Coordenação-geral: Luiz Otávio Petri
Jornalista responsável: Chrís Vieira
Secretaria CHB Araguari
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