Boletim Informativo 157 - Abril de 2025

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GT Estudos Climáticos finaliza etapa técnica e avança para construção dos termos de referência

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Araguari recebe R$ 4,6 milhões para modernização do saneamento com apoio do CBH Araguari

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Especial: O impacto nas comunidades do CBH Araguari

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EDI TO RIAL

Caros leitores,

A edição nº 157 do nosso Informativo reúne as principais notícias e atualizações do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Araguari (CBH Araguari), reafirmando nosso compromisso com a gestão eficiente e sustentável dos recursos hídricos da nossa região.

No mês de abril, o CBH Araguari acompanhou o cadastramento multifinalitário no município de Araguari. O investimento de R$ 4,6 milhões, viabilizado pelo Comitê por meio da cobrança pelo uso da água e repassado à Superintendência de Água e Esgoto (SAE) de Araguari, visa garantir uma gestão eficiente do sistema de saneamento da cidade. Destacam-se também o avanço do Grupo de Trabalho (GT) de Estudos Climáticos, que, após reuniões realizadas neste mês, está em fase de desenvolvimento dos termos de referência para a execução dos produtos previstos em seu plano de trabalho; e a atuação da Câmara Técnica de Outorga e Cobrança (CTOC), que analisou o pedido de outorga para a implantação de um sistema de remediação de água contaminada, requerido pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM).

Além disso, realizamos a 2ª Assembleia Geral Extraordinária (AGE), que possibilitou a apresentação de relatórios e a deliberação sobre pedidos de outorga, como o da CBMM, além da discussão de temas relevantes para a gestão da bacia.

Essas e outras ações realizadas em abril reforçam nosso comprometimento com uma gestão dos recursos hídricos responsável, sustentável e transparente. Você pode conferir mais detalhes no nosso site, redes sociais e aqui, em nosso informativo.

Boa leitura!

e

Reuniões Extraordinárias do GT Estudos Climáticos

Na manhã do dia 07 de abril, o Grupo de Trabalho (GT) Estudos Climáticos realizou, em formato online, sua 4ª Reunião Extraordinária de 2025.

A reunião teve início com a discussão sobre a percepção da população a respeito das mudanças climáticas e suas consequências, como o impacto da arborização urbana na temperatura e no conforto térmico. Destacou-se a importância de que a população afetada compreenda os efeitos dessas mudanças e como mitigá-los, para que possa colaborar ativamente nas soluções.

Como primeiro produto, foi proposta a definição de ambientes com base na compartimentação do solo da bacia, uso econômico da agropecuária, ocupação do solo, vegetação, tipologia e hipsometria — considerando que as altitudes na bacia variam de aproximadamente 1.300 a 400 metros, incluindo áreas de planalto.

Também foi discutida a necessidade de definir os sistemas atmosféricos que atuam sobre a bacia, ressaltando que todos os elementos devem ser tratados de forma integrada. A partir de uma análise estatística, pretende-se classificar diferentes geradores de estresse climático. Isso porque, mesmo quando há abastecimento de água suficiente para gotejamento e irrigação localizada (evitando o estresse hídrico), as plantações ainda podem sofrer com o estresse térmico.

Nesse contexto de mudanças, não é apenas um fator isolado — como ondas de calor — que provoca alterações, mas o conjunto de elementos como umidade relativa do ar, estiagem e temperatura. Uma vez identificados os sistemas atuantes, o próximo passo é analisar as respostas locais a esses cenários.

Com base no método desenvolvido, o passo seguinte será o desenvolvimento dos produtos diante das mudanças climáticas e das necessidades específicas de cada região da bacia. O quarto produto proposto será identificar como cada região poderá responder por meio de medidas mitigadoras, com base em uma análise técnica e científica, utilizando uma base de dados qualitativa que permita aplicar adequadamente os métodos sugeridos.

Também foi discutido o Termo de Referência para a contratação de agentes, via técnica e preço, a fim de dar continuidade ao processo. Essa abordagem difere das anteriores, exigindo integração entre conhecimento científico, experiência prática na área climatológica e revisão técnica — para garantir correções de rumo, prestação de contas e aplicação adequada da metodologia dentro de um cronograma a ser definido.

GT Estudos Climáticos finaliza etapa técnica e avança para construção dos termos de referência

Na manhã do dia 14 de abril, o Grupo de Trabalho (GT) Estudos Climáticos realizou, em formato online, sua 5ª Reunião Extraordinária de 2025.

O encontro teve como principal pauta a revisão do plano de trabalho construído pelo GT até o momento. Após a leitura da síntese geral e da análise detalhada das etapas dos quatro produtos previstos, os membros concluíram a parte técnicocientífica do material.

O próximo passo será a elaboração dos termos de referência para o desenvolvimento de cada um dos produtos propostos. Essa fase exige uma abordagem integrada, combinando conhecimento científico, experiência prática na área climatológica

e revisão técnica. O objetivo é garantir ajustes metodológicos, transparência nos processos e aplicação eficiente dentro de um cronograma que ainda será definido.

Para dar continuidade ao processo, o coordenador do GT, Antônio Giacomini , propôs a realização de uma reunião presencial. A intenção é reunir todos os membros do grupo, aproveitando suas competências técnicas e o apoio da equipe da Abha Gestão de Águas, para construir conjuntamente os documentos que serão apresentados ao Comitê.

Com os termos de referência em mãos, o CBH Araguari poderá avaliar a viabilidade de iniciar a execução das propostas elaboradas, com foco na mitigação dos impactos das mudanças climáticas e no fortalecimento de um sistema sustentável de gestão dos recursos hídricos na Bacia do Rio Araguari.

CTOC define novo Coordenador e dá continuidade à discussão sobre processo de outorga solicitado pela CBMM

Na manhã do dia 11 de abril, a Câmara Técnica de Outorga e Cobrança (CTOC) do CBH Araguari realizou, em formato online, sua 4ª Reunião Extraordinária de 2025.

No início da reunião, foi indicado o novo coordenador da CTOC. A atual coordenadora, Dayane Aparecida (representante do Instituto Estadual de FlorestasIEF), se afastará por licença-maternidade. Leandro Lima, representante do Conselho Regional de Biologia da 4ª Região (CRBio-04), foi o nome indicado para assumir a coordenação.

Durante a reunião houve a continuidade do questionamento do representante da prefeitura de Araxá, Vinícius Martins, sobre a diferença da área de influência apresentada no estudo pelo empreendedor, CBMM, no processo de outorga. Foi esclarecido que existe a diferença e por isso foi incluída uma condicionante para que esse ajuste seja executado no prazo máximo de 1 ano.

Na sequência, o analista técnico da Abha Gestão de Águas, Gustavo Marco Silva, apresentou o parecer técnico da entidade sobre o processo

de outorga. Ele sugeriu a redução do prazo para a apresentação de propostas relacionadas à ampliação da área de influência, considerando o potencial de contaminação da Barragem 5 e a estrutura já existente por parte do empreendedor. Também propôs a inclusão de uma nova condicionante: a apresentação de relatório fotográfico do sistema de restituição hidrométrica vinculado ao Córrego Feio.

Apesar da sugestão de reduzir o prazo de um ano, após debate, os membros da CTOC decidiram manter o prazo estabelecido anteriormente para a entrega das propostas.

Diante disso, a CTOC orientou que a CBMM apresentasse uma série histórica com os dados primários de vazão dos pontos mencionados. A medida visava garantir uma estimativa realista do balanço hídrico, com base em dados empíricos, antes da reunião plenária do CBH Araguari.

Ao fim da reunião, também foram discutidas condicionantes propostas pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) para compor o relatório técnico da CTOC, que foi encaminhado à apreciação em plenária. Esse parecer servirá de subsídio para a deliberação do CBH Araguari quanto ao pedido de outorga referente ao sistema de remediação de água contaminada da CBMM.

Araguari recebe R$ 4,6 milhões para modernização do saneamento com apoio do CBH Araguari

A cidade de Araguari está passando por um importante processo de modernização dos sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário e drenagem pluvial. Com um investimento de R$ 4,6 milhões, viabilizado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araguari (CBH Araguari) por meio da cobrança pelo uso da água, junto ao município de Araguari por meio da Superintendência de Água e Esgoto (SAE), para que seja realizado o Cadastro Técnico Multifinalitário, uma ferramenta estratégica para gestão eficiente dos sistemas de saneamento.

Na segunda-feira, 07 de abril de 2025, foi realizada uma fiscalização in loco para acompanhar as atividades do projeto. A visita contou com a presença de representantes da SAE Araguari, da Abha Gestão de Águas, membros da Câmara Municipal, imprensa, membros do CBH Araguari e o vice-prefeito Wesley Lucas.

A ação compreende o mapeamento detalhado das redes de água, esgoto e drenagem pluvial, com a utilização de georadar – equipamento que permite o levantamento das estruturas subterrâneas sem a necessidade de escavações. A tecnologia funciona por meio de ondas eletromagnéticas, cujo retorno, em forma de parábolas, indica com precisão a localização, profundidade e extensão das redes.

Serão mais de 670 km de redes mapeadas, gerando relatórios técnicos, mapas e arquivos digitais (GWV) que permitirão à Prefeitura e à SAE realizar um diagnóstico completo da infraestrutura atual para propor medidas de melhoria. “É um marco ambiental para o nosso município, por meio do Comitê de Bacia do Rio Araguari, da Abha e da Prefeitura, todos unidos por um bem-estar do nosso saneamento, bem planejado e estruturado devido às tecnologias que vêm sendo implementadas aqui no nosso município”, destacou o vereador Guilherme Santana, que acompanhou a fiscalização.

Segundo o vice-prefeito Wesley Lucas, o levantamento representa um avanço na capacidade de planejamento e gestão do município. “Essa ferramenta é essencial para diagnosticar e assim podermos montar um plano de ação para atender com qualidade às gerações futuras.”, afirmou.

Além de identificar problemas como excesso de poços e ligações irregulares e mitigar impactos, como o lançamento indevido de esgoto nos corpos d’água da região, o cadastro possibilita a criação de uma base de dados atualizada e confiável, superando desafios históricos relacionados à ausência de informações técnicas e à escassez de recursos financeiros e tecnológicos.

O projeto está sendo executado pela Abha Gestão de Águas em parceria com a SAE, e representa um importante passo para garantir um planejamento sustentável e eficaz dos serviços de saneamento básico em Araguari. “O objetivo é tornar a cidade mais preparada para os desafios ambientais e de infraestrutura, promovendo mais qualidade de vida à população e preservando os recursos hídricos da região”, destacou Bruno Gonçalves, representante da prefeitura de Araguari no CBH Paranaíba.

Com a execução bem-sucedida em municípios menores, Araguari foi a próxima beneficiada pelo projeto. A expectativa é que a cidade de Araxá seja contemplada em seguida.

EDUCAÇÃO

CBH Araguari realiza 12ª Reunião Extraordinária do GT Educação Ambiental

Na manhã do dia 10 de abril de 2025, o CBH Araguari realizou, em formato online, a 12ª Reunião Extraordinária do Grupo de Trabalho (GT) de Educação Ambiental.

Durante o encontro, foi discutido o Plano de Trabalho do Grupo de Estudos em Educação Ambiental do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araguari.

O documento foi elaborado com o objetivo de fortalecer a conscientização e a capacitação ambiental na região, promovendo uma gestão sustentável dos recursos hídricos.

O GT propõe uma abordagem colaborativa entre diversos setores — poder público, iniciativa privada, escolas e sociedade civil. Como o Plano já havia sido debatido em reuniões anteriores, nesta ocasião ele foi aprovado para ser encaminhado à Plenária.

Outro ponto de pauta foi a finalização do primeiro produto do GT: o planejamento do Seminário de Educação Ambiental do CBH Araguari, que terá como tema “Educação ambiental para a gestão das águas e as mudanças climáticas”. O documento será agora enviado à Diretoria para ajustes finais antes da apreciação e votação em Plenária.

O evento tem como proposta fomentar o diálogo, o aprendizado e a mobilização em torno da preservação dos recursos hídricos e das estratégias de adaptação às mudanças climáticas. A expectativa é que o encontro contribua para o aprofundamento das discussões e a construção coletiva de ideias e ações voltadas à segurança hídrica e à gestão eficiente da água.

A proposta é que o seminário tenha duração de dois dias e reúna especialistas, gestores públicos, membros do comitê, educadores e representantes da sociedade civil. O planejamento foi encaminhado à Diretoria do CBH para os ajustes finais, como a definição do local e da quantidade de vagas antes de ser votado em Plenária. A intenção é que o evento conte com emissão de certificados e seja realizado ainda no primeiro semestre de 2025.

Embora o plano de trabalho e o planejamento do seminário estejam concluídos, o GT continuará ativo até a realização do evento e o acompanhamento de seus desdobramentos. A próxima reunião do grupo ainda será agendada para tratar da estruturação e execução das próximas etapas.

CBH Araguari realiza 2ª Assembleia Geral

Extraordinária de

2025

Na manhã do dia 23 de abril, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araguari (CBH Araguari) realizou, em formato online, sua 2ª Assembleia Geral Extraordinária (AGE) de 2025.

A reunião foi iniciada com espaço para comunicados e informes dos membros, das Câmaras Técnicas e dos Grupos de Trabalho. Na ocasião, foi informado pelo coordenador do GT Estudos Climáticos, Antonio Giacomini, que o grupo se encontra na fase de elaboração dos termos de referência dos produtos propostos, em parceria com a Abha Gestão de Águas.

Na sequência, foi discutido e deliberado o processo de outorga requerido pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), referente ao processo SEI nº 1370.01.0046500/2022-44. O pedido trata da implantação de um sistema de remediação para bombeamento e tratamento das águas da Barragem 5, localizada na área da CBMM em Araxá, que foi avaliada como contaminada. A proposta visa conter o avanço da pluma de contaminação, evitando que atinja outras áreas e barragens da região.

O relatório técnico da Câmara Técnica de Outorga e Cobrança (CTOC) foi apresentado, com destaque para as condicionantes estabelecidas pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), pela Abha Gestão de Águas e pela própria CTOC. Após discussões e sugestões de ajustes nas condicionantes, a proposta foi colocada em votação, sendo aprovada com parecer favorável.

Outro ponto de pauta foi a votação para a revogação da Deliberação CBH Araguari nº 177, de 19 de dezembro de 2023, que havia instituído o Grupo de Trabalho de Inadimplência. A proposta visa concentrar o debate sobre o tema na Câmara Técnica de Planejamento e Controle (CTPLAN), que agora passa a ser responsável pela condução das discussões sobre a inadimplência na Bacia do Rio Araguari. A deliberação foi aprovada por unanimidade pelos membros presentes.

Por fim, os demais assuntos previstos na pauta da AGE — como a apresentação da planilha de arrecadação de recursos hídricos e o relatório do Fórum Mineiro de Comitês de Bacias Hidrográficas (FMCBH) — foram prorrogados para a próxima Assembleia.

O impacto nas comunidades do CBH Araguari

A água como eixo central da vida

Que a água é um elemento essencial para a sobrevivência humana e para a preservação dos ecossistemas todo mundo já sabe, mas seu uso na agricultura, na indústria e na geração de energia também é indispensável para o bem-estar das pessoas e o desenvolvimento das comunidades.

O ciclo da água tem uma função crucial na regulação do clima, no abastecimento de corpos hídricos e na preservação da biodiversidade. É fundamental lembrar que a água é um recurso limitado e por isso, sua gestão de forma sustentável é imprescindível para assegurar sua disponibilidade às próximas gerações.

No contexto da Bacia Hidrográfica do Rio Araguari , a água desempenha um papel de ainda maior destaque. Essa região, caracterizada pela riqueza de seus recursos hídricos, abastece comunidades locais, impulsiona a agricultura familiar e sustenta atividades de pesca artesanal, além de alimentar o potencial turístico regional.

A atuação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araguari (CBH Araguari) é fundamental para promover o uso racional da água, assim podemos garantir a conservação das nascentes e implementar políticas que beneficiem as comunidades locais. Por meio de iniciativas que incentivam a participação social e o uso de técnicas sustentáveis, o Comitê busca equilibrar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental, assegurando que a água continue sendo uma fonte de vida para as gerações presentes e futuras.

O CBH Araguari: um olhar para as comunidades locais

O Comitê de Bacia Hidrográfica Araguari (CBH Araguari) desempenha um papel vital na gestão e preservação dos recursos hídricos da região. Localizado no estado de Minas Gerais, o CBH Araguari abrange uma área rica em recursos naturais, com rios, nascentes e reservatórios que atendem

às necessidades de milhares de pessoas.

As comunidades que compõem essa bacia apresentam alguns nichos importantes para o desenvolvimento econômico da região, como agricultores familiares, pescadores artesanais e empreendedores do setor turístico. Cada grupo tem uma relação única com a água, evidenciando a importância de políticas integradas para atender às demandas locais.

O CBH Araguari conscientiza as comunidades sobre o uso racional da água e a conservação das nascentes, ao passo que incentiva práticas sustentáveis na agricultura e na pesca, garantindo a manutenção dos recursos hídricos e a preservação dos ecossistemas locais.

Com um papel de articulação entre governo, sociedade civil e setor privado, o CBH Araguari busca criar soluções equilibradas que beneficiem tanto o meio ambiente quanto o desenvolvimento econômico. Ao promover o monitoramento da qualidade da água, implementar políticas públicas eficazes e apoiar programas de acesso igualitário à água, o CBH Araguari desempenha um papel crucial na preservação dos recursos hídricos da região e na promoção do desenvolvimento sustentável.

A agricultura familiar e a dependência da água

A agricultura familiar é a principal atividade econômica em muitas comunidades da bacia do CBH Araguari, desempenhando um papel crucial no sustento de diversas famílias e no abastecimento alimentar da região. A água é essencial nesse processo, desde a irrigação das lavouras até a dessedentação animal, além de ser utilizada na limpeza e no processamento dos produtos agrícolas. No entanto, os agricultores enfrentam desafios crescentes relacionados à escassez de água e à sua qualidade. Fatores como o desmatamento, a degradação do solo e a poluição dos corpos hídricos contribuem para a redução da disponibilidade de água, impactando diretamente a produtividade agrícola. Práticas inadequadas de manejo, como

o uso excessivo de fertilizantes e defensivos químicos, também podem comprometer a saúde dos ecossistemas locais.

Para enfrentar esses desafios, é fundamental a adoção de técnicas sustentáveis, como o uso eficiente da água na irrigação, a proteção de nascentes e a implementação de sistemas agroflorestais. Essas práticas ajudam a preservar os recursos hídricos, promovem a conservação do solo e garantem a sustentabilidade das atividades agrícolas.

O CBH Araguari promove a participação das comunidades locais na gestão dos recursos hídricos, assegurando que as necessidades dos agricultores familiares sejam consideradas no planejamento e na execução de políticas públicas.

Com o apoio de iniciativas integradas, é possível equilibrar a produção agrícola com a preservação ambiental, garantindo a segurança hídrica e a qualidade de vida para as futuras gerações.

O turismo e a valorização dos recursos hídricos

A região do CBH Araguari também possui grande potencial turístico, com atrativos naturais que incluem cachoeiras, rios e paisagens de tirar o fôlego. O turismo pode ser uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento econômico local, quando for realizado de forma sustentável e respeitando os limites ambientais da bacia.

Turistas são atraídos pelas águas cristalinas, trilhas ecológicas e pela possibilidade de vivência em harmonia com a natureza. Além disso, a rica biodiversidade e as comunidades locais contribuem para uma experiência autêntica e culturalmente enriquecedora. No entanto, é fundamental haver um equilíbrio entre a exploração turística e a proteção ambiental, evitando impactos negativos como a degradação de áreas naturais, o desperdício de recursos hídricos e o aumento da poluição local.

Investimentos em infraestrutura adequada, como a construção de trilhas sustentáveis, instalações sanitárias ecológicas e sistemas de gestão de resíduos, são essenciais para mitigar os impactos negativos do turismo. Além disso, é imprescindível promover a educação ambiental entre os visitantes,

incentivando boas práticas, como o respeito às regras locais, a preservação da fauna e flora e o consumo consciente dos recursos naturais.

Desafios e Perspectivas

A gestão dos recursos hídricos no CBH Araguari, embora enfrente desafios complexos, apresenta um cenário promissor. A crescente demanda por água, a degradação ambiental e as mudanças climáticas impõem desafios significativos à bacia hidrográfica. No entanto, a participação ativa da sociedade civil, aliada à implementação de políticas públicas eficazes e ao uso de tecnologias inovadoras, pode garantir a sustentabilidade hídrica da região.

A criação de consórcios intermunicipais fortalece a gestão compartilhada dos recursos hídricos, permitindo uma atuação mais coordenada e eficiente. A adoção de práticas de economia circular, como a reutilização e a reciclagem da água, reduz a pressão sobre os mananciais e promove o desenvolvimento sustentável. Além disso, a educação ambiental é fundamental para conscientizar a população sobre a importância da água e estimular a adoção de hábitos mais sustentáveis.

A implementação de projetos de recuperação de áreas degradadas, a promoção da agricultura sustentável e o monitoramento constante da qualidade da água são medidas essenciais para garantir a preservação dos recursos hídricos. Também temos a opção de utilizar tecnologias como sensoriamento remoto e sistemas de informações geográficas, que permite um acompanhamento mais preciso das condições hídricas da bacia, facilitando a tomada de decisões e a avaliação dos resultados das ações implementadas.

A participação dos diversos atores sociais, como agricultores, industriais, comunidades tradicionais e poder público, é fundamental para garantir a legitimidade e a efetividade das políticas públicas e também construção de um respeito pela água, que envolva todos os segmentos da sociedade é essencial para superar os desafios e construir um futuro mais justo e sustentável para as próximas gerações.

Diretoria CHB Araguari

Presidente: Sylvio Luiz Andreozzi

Vice-presidente: Celismar da Costa Melo

Secretário: Adairlei Aparecida da Silva Borges

Secretário Adjunto: Hideraldo Buch

Coordenação-geral: Luiz Otávio Petri

Jornalista responsável: Gabriel Magalhães

Secretaria CHB Araguari

Rua Marechal Deodoro, 80 - Centro

CEP 38440-070 - Araguari/MG (34) 3246-4269 comite.araguari@agenciaabha.com.br

Produzido pela Assessoria de Comunicação do CBH Araguari 2025 © Todos os direitos reservados.

Permitida a reprodução das informações desde que citada a fonte.

Projeto gráfico e diagramação: Pedro Prado @cbharaguari cbharaguari .org.br

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