Fashionable ed 2

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edição

ANO 1 / 2011

REVISTA INSTITUCIONAL DALILA TÊXTIL / Distribuição Gratuíta


EdiTOrial conexão fashion

D

amos mais um passo à frente com o lançamento de nossa primeira revista impressa e fortalecemos ainda mais o envolvimento com a moda, as pesquisas de tendências e a troca de informações com nossos clientes. É isso que queremos com essa revista: nos conectarmos com nossos clientes e com as pessoas que amam roupa com informação e todo o desenvolvimento da cadeia têxtil. Somos apaixonados por todas as etapas que um fio passa até ser transformado em roupa. Mas muito além disso, sabemos que para desenvolvermos nossas malhas, precisamos entender o que acontece no mundo, as necessidades e os desejos das pessoas nas ruas. É impossível nos dias de hoje, olhar o tecido como um simples produto, porque cada um precisa trazer consigo informações, história e serviço. Precisa atender as nossas vontades. Foi então que resolvemos ampliar o conhecimento aqui na Dalila e abraçamos as pesquisas e as trocas de informações. Nossa equipe testa cada produto que desenvolvemos e conhece como cada um deles responde às modelagens, costura e acabamento, sabe para quem ele

pode servir e que segmento se adaptará melhor a ele. Entra aí, mais uma ação da Dalila. Pesquisamos a fundo diversos segmentos do mercado para podermos indicar nossos produtos da melhor maneira possível. A variedade de malhas é grande e pensada para atender a cada um de vocês que acre-

nossa coleção Verão 2012, alguns dos segmentos de moda do mercado e um editorial especialmente desenvolvido com as nossas malhas. Tenha uma ótima leitura. Até a próxima. André Luís Klein da Silva Diretor Executivo

É impossível, nos dias de hoje, olhar o tecido como um simples produto, porque cada um precisa trazer consigo informações, história e serviço.

dita no design nacional e no talento dos estilistas brasileiros. Nas páginas a seguir, você irá conhecer um pouco do atual universo da Dalila, as tendências pesquisadas pela equipe para

POR QUE FASHIONABLE? O termo ‘fashionable’ significa elegante, moderno. Isso reflete o atual momento da Dalila Têxtil e o nosso investimento em conceitos, criatividade, vanguarda e tendências.

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SuMáriO 7

SOBRE NÓS A malharia dos seus sonhos

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TRENDS A volta do índigo A febre das listras Romance no vestuário Desconstruído, mas chique

lookbook Coleção primavera / verão 2011

CAMPANHA Calendário Dalila traz campanha verão 2011

ONLINE Plataforma Online

MERCADO

O segmento surfwear no Brasil

CENÁRIO Um panorama da moda brasileira


COMPORTAMENTO

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ExpediEnte

Adultinhos

LUXO

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Luxo brasileiro

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FAST FASHION A moda rápida

MERCADO

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Feira + Moda: Negócios em alta

STREET STYLE

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Paris

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Diretor: André Klein Editora: Patrícia Lima Equipe de redaçăo: Juliana Cesar / Camila Beaumord/ Ulysses Dutra Diretora de arte: Vivian Goldfeder Lobenwein Designer: Bernardo Presser Estilistas: Maria Tereza Munhos / Felipe Caprestano Produção: Giu Brandão Marketing: Sabrina Barbosa Revisăo: Ulysses Dutra Este é um produto desenvolvido pela Editora Catarina. A revista Fashionable é uma publicação mensal, que intercala versão online e impressa. A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. Este é um produto da Dalila Têxtil Endereço Matriz: Rua João Januário Ayroso, 3850 - Bairo São Luiz - CEP 89253-101 - Jaraguá do Sul - SC Fone.: (47) 3372.9600 www.dalilatextil.com.br Editora Catarina: Rua Sérgio Gil, 477 - Balneário - CEP 88075-340 - Florianópolis - SC - Fone.: (48) 3024.3432 / (48) 3024.3437www.catarinacoletivocriativo.com.br Créditos Lookbook Foto: Frank Silveira Beleza: Juh Meira Modelos: Natalia Heinzen

entrevista Jõao Pimenta

playlist Em algumas matérias desta edição você vai encontrar uma playlist sugerida. Para incrementar a leitura, selecionamos músicas que dialogam com a pauta a tornam mais agradável.

Crédito de capa: CAMPANHA VERÃO 2011 DALILA TÊXTIL

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SOBre NÓs

DALILA TÊXTIL

Presente nas melhores criações

O

envolvimento da Dalila no setor têxtil tem 18 anos de história. No início, eram apenas dois teares. Hoje, com duas sedes em Santa Catarina, nas cidades de Jaraguá do Sul e Presidente Getúlio, a empresa fabrica, em média, 650 toneladas de malha por mês. O fundador José Antônio da Silva foi representante comercial de uma malharia catarinense durante muitos anos e adquiriu know how sobre a indústria têxtil. Decidido a ter o próprio negócio, ele investiu em uma confecção de camisas em Jaraguá do Sul e logo a seguir adquiriu uma confecção infantil chamada Dalila. Mais tarde, percebendo o potencial da confecção infantil, abriu mão do negócio de camisas e junto com sua mulher, Dona Everli Klein da Silva, ficou à frente dos negócios na fábrica de peças para crianças. Nessa mesma época, o empresário construiu dois galpões para abrigar a fábrica de peças infantis e também o primeiro tear. Percebendo o potencial lucrativo das malhas, não chegou a ocupar as duas novas construções com as máquinas de costura da confecção infantil. Ao invés disso investiu em mais teares e ocupou cada galpão com um ofício. A produção tornou-se lucrativa e o casal abandonou a sua confecção e passou a atender outras de diversas regiões. A partir daí, nasceu a Dalila Têxtil. A empresa passou por uma evolução na medida em que iniciou produzindo malha crua e hoje entrega o produto que passou pelo ciclo completo de beneficiamento têxtil. A oferta é grande e há diversas opções de cores em sua cartela. Na busca pela diferenciação no mercado, a Dalila investe na produção de listrados de fio tinto e na confecção de malhas com tramas mais largas. A empresa está entre as melhores malharias para a moda no Brasil, sempre focada em qualidade, inovação e informação. Uma das suas maiores qualidades está na equipe criativa, que vive conectada com as informações de ponta e as principais feiras têxteis do mundo. Os profissionais da Dalila viajam para rastrear as tendências das ruas e das passarelas internacionais para trazer aos clientes as últimas novidades em fios, padronagens e cores. Muito mais que produtos, a empresa oferece ao mercado a ferramenta para as melhores criações. Inspiração, pesquisa e referência andam juntas com as malhas que chegam até os clientes. A troca de informação entre estilistas da Dalila com as equipes de produtos dos clientes, proporciona um produto com maior grau de assertividade. No cotidiano, a preocupação é uma só: levar o melhor produto para cada coleção. O segredo do sucesso está na união entre capacidade fabril e inovação com a criatividade, é isso que permite o fortalecimento diário entre empresa e clientes. 7


SOBre NÓs Equipe criativa Incentivamos dentro da própria sede, uma equipe criativa de designers, estilistas e especialistas no mercado, que explora novas possibilidades com foco em criatividade, sempre com troca de informações e conhecimento. São pessoas com diversas experiências unidas pela vontade de criar um diferencial único que possa ser explorado por nossos clientes. Para nós é importante ser ferramenta de informação para o mercado, além dos produtos que criamos.

Gestão de pessoas Todos sabem que pessoas são capazes de conduzir a empresa a seus objetivos estratégicos, gerando mudanças, riqueza e valor. Muito se fala que elas são a chave do sucesso ou do fracasso das estratégias inovadoras de uma organização, ou então que são o principal patrimônio da empresa. Assim como o ser humano, a gestão das pessoas de uma empresa para a outra é diferente, dependendo muito da cultura, da ideologia e dos valores que cada organização pratica. A Dalila vem fortemente alinhando as pessoas aos resultados que a empresa deseja atingir, através de valores e princípios bem determinados e de um planejamento estratégico concreto. Este planejamento é transmitido para todas as pessoas em forma de metas globais e setoriais, atreladas a um plano de remuneração variável. De acordo com o cumprimento destas metas cada indivíduo recebe um percentual sobre o salário contratual. Desta forma todas as pessoas se envolvem para atingirmos nosso objetivo que é ser uma das cinco melhores malharias para moda no Brasil. Mas só isso não basta, temos que ajudar as pessoas a amadurecer e a entender nossa ideologia, valores e nosso planejamento estratégico. Fazemos isso através da educação, da capacitação e da troca de feedback, através de um sistema de avaliação de desempenho realizado periodicamente entre lideres e liderados; e principalmente investindo e apoiando o desenvolvimento de nossas Lideranças. Nada disso é possível sem uma equipe de lideres bem afinada, capacitada e ajustada aos valores em que a empresa acredita. Os lideres são os pilares da excelência da gestão com pessoas e dos processos da nossa organização. Para mantermos esta chama acesa, temos para 2011 uma série de ações com o objetivo de atrair, manter e desenvolver nossos colaboradores, pois temos verdadeiramente “Paixão por Talentos”.

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Parque fabril

São mais de 20 mil metros quadrados de área construída nas duas sedes para abrigar os 600 colaboradores que fazem parte da Dalila. A produção de malhas concentra-se na fábrica de Jaraguá do Sul, enquanto que em Presidente Getúlio está localizado o parque fabril responsável pela tinturaria e acabamento das malhas. A Dalila preza para que o produto mantenha alto padrão de qualidade. As máquinas possuem tecnologia de ponta e sistemas de automação atualizados para atender os mais de 2 mil clientes da empresa.

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SOBre NÓs

Algodão orgânico utilizado na linha sustentável

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Tratamento de água

Sustentabilidade Investir em processos industriais com mínimo impacto ambiental e atitudes sustentáveis é um comportamento que beneficia clientes e as comunidades onde as sedes da Dalila atuam. A empresa produz uma linha sustentável com malhas fabricadas com algodão orgânico, que dispensa agrotóxicos em seu cultivo; com algodão colorido, sem tingimento e malhas elaboradas com fios de fibras de garrafas PET. São todos tecidos tecnológicos e de acordo com as regras de proteção ambiental. Além desta linha, a Dalila realiza ações sustentáveis com caráter social. Em Presidente Getúlio, a Dalila criou e mantém o “Viveiro de Mudas Nativas”, no Centro de Recuperação e Reabilitação de Dependentes Químicos (CEREDE), com o objetivo de preservar espécies nativas em parceria com a comunidade. A partir do viveiro é realizado também outro projeto social da Dalila, o “Produzir e Preservar”, que trabalha os conceitos de sustentabilidade com os alunos das redes municipal e estadual de ensino da região de Presidente Getúlio. Há também cuidado com os recursos hídricos com estações de tratamento de água e efluentes, reciclagem de plástico e papel e envio de óleo utilizado na indústria para uma empresa especializada em seu tratamento. Todas estas medidas confirmam o compromisso e a responsabilidade com o meio ambiente e sua preservação. A sustentabilidade é uma necessidade vital para reduzir os danos que o ser humano provoca no meio em que vive e garantir um futuro melhor.

Mudas nativas no viveiro em Presidente Getúlio (SC)

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TrENdS

A

Dalila Têxtil compreende o dinamismo do mercado de moda e busca sempre traduzir o que há de mais atual no segmento em suas propostas. Para 2012, a empresa apresenta uma família de novos produtos, baseados em quatro fortes tendências cuidadosamente escolhidas. Leia a seguir sobre um pouco de cada uma delas e veja porque a Dalila investe nessas novidades.

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http://www.facehunter.blogspot.com

a volta do

DEREK LAM

ÍNDIGO (que nunca foi embora)

N

ão se pode falar em tendência sem abordar o jeanswear. Atemporal e democrático, o denim nunca sai de moda, o que muda a cada estação são as formas, cores, gramaturas e, principalmente, as lavagens. Por isso a família de produtos da Dalila traduz o jeans focando desde o azul índigo - aquele escuro, quase puro - até os mais claros. Essa lavagem voltou a aparecer recentemente em blogs e sites especializados de streetstyle, nada chocante até aí. Por ser um tecido popular e consumido por todos os públicos, os elementos do jeans são reciclados a cada temporada. Ou seja, um corte ou tom que estava em pauta há alguns anos pode muito bem retornar ao mercado. Mas o surpreendente foi que a tendência surgiu primeiro na moda masculina e só depois foi incorporada no universo feminino; raras são as vezes que o menswear levanta uma bandeira que é abraçada pela moda feminina e usada como inspiração em looks futuros. O índigo também ganha força ao complementar outras tendências, como o jeans + jeans. Fenômeno nos anos 1990, a moda de combinar peças denim está de volta e o segredo é mesclar os tons das roupas (uma jaqueta escura com uma calça mais clara, por exemplo) para diversificar o look. Com tantas opções de jeans no mercado, a Dalila oferece a sua versão em malha, apostando em novas construções e efeitos.

PRADA

ISSEY MIYAKE

OSKLEN

LANVIN 13


TrENdS a febre das

LISTRAS

A

s listras estão sempre em pauta. Às vezes elas aparecem de forma tímida, em apenas algumas coleções isoladas. Porém nas últimas estações, presenciamos uma verdadeira explosão delas: coloridas, em preto e branco, verticais, horizontais, diagonais, em camisas, calças, vestidos, calçados e assessórios. Nós sempre acreditamos na sede que o mundo fashion tem por listras e explica aqui o porquê dessa febre. Tudo começou quando Coco Chanel, no início do século passado, decidiu revolucionar o guarda-roupa feminino. Dentre suas inovações, as roupas de banho inspiradas em trajes de marinheiro viraram febre e até hoje sentimos seu impacto. Afinal, os trajes listrados que vimos nos desfiles, vitrines, no corpo de celebridades e no interior de nossos armários, nada mais são que uma mutação dos “maiôs” de Chanel. Em 2008, a moda “navy” chegou com força e as ruas foram invadidas por camisas listradas em tons de azul escuro, branco e vermelho. Hoje, estilistas variam na colocação, direção, tamanho e cores das listras, de forma que uma variedade de estilos é atingida. Veja por exemplo como Marc Jacobs aproveita a tendência. Os vestidinhos leves e coloridos para a primavera de 2011 ilustram a alegria da estação, muito diferente dos tons sóbrios da era Navy. Já a coleção exibida por Miuccia Prada na última semana de moda de Milão, conta com cores fortes, elétricas, quebradas por linhas pretas em todas as direções. Prada também misturou suas listras com estampas (a 14

de banana foi a mais comentada). Por fim, a coleção resort de Diane von Furstenberg, exibida em Nova York no ano passado, mostrou o lado mais sério das listras. Elas apareceram em vestidos soltos, tops, shorts, saias e camisas, sempre em tons escuros (cinza, preto, marrom) e branco. Vez ou outra, a estilista jogava algum detalhe colorido ou neon para um toque jovial. O interessante das listras e o efeito gráfico de blocos de cor é sua versatilidade. Pode-se misturar uma peça listrada com roupas lisas para um visual mais sóbrio e básico, ou mesclar as linhas com estampas para um look mais animado. Os acessórios também estão em alta. Bolsas, sapatos e pulseiras englobam a moda dos listrados. Equipes criativas ainda temem usar linhas devido ao antigo mito de que “listras engordam”. A Dalila, que aposta na tendência e é reconhecida no mercado por sua força nesse segmento, esclarece: o que cria a ilusão óptica de maior ou menor é o tamanho da linha. As mais finas e em tamanhos iguais relaxam os olhos e não aumentam o volume, mesmo estando na horizontal. Já as verticais realmente dão a sensação de alongamento, ou seja, é mais simples emagrecer do que engordar com as linhas. Por isso, peças listradas estão sempre em pauta. Elas podem até “se esconder” em algumas temporadas, mas quando reaparecem, as listras explodem com a mesma euforia de uma criança encontrada no meio de uma brincadeira de esconde-esconde. E acredite, o jogo está longe de terminar.


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FENDI

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LACOSTE

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TrENdS romance no

vestuário

O

romantismo e toda a aura da década de 50 reacenderam nas consumidoras um desejo por objetos refinados e um comportamento mais feminino. Como musa desse tempo, é impossível não se lembrar da atriz Grace Kelly, inspiradora não só pela beleza, mas também pelo casamento de conto de fadas. Em uma cerimônia exuberante transmitida mundo afora, Grace trocou alianças com o príncipe Rainier, do Principado de Mônaco, usando um vestido feito de seda, tafetá e renda. A imagem luxuosa dos jovens noivos serve de referência na moda até hoje e com isso em mente, A Dalila traduz esse romantismo na coleção verão 2012 em malhas rendadas e com trabalhos de crochê e tricô. Devido a tramas e texturas as malhas trabalhadas criam formas no corpo a partir do jogo entre transparência e desenhos variados, o que garante sua sensualidade e delicadeza. Hoje, estilistas exploram essas características para aproveitar o tecido em uma ampla variedade de aplicações e em cores vibrantes para o look mais jovem. Saias, blusas, calças, meia calças, lingerie, acessórios, casacos e até sapatos tiveram suas versões em rendas ou apenas com detalhes. Nas passarelas, a transparência do tecido foi bastante utilizada. No entanto é complicado traduzi-la em looks do dia a dia sem vulgaridade. O ideal é optar por poucas concentrações de renda na mesma peça ou então utilizar a transparência em locais estratégicos, como nos braços, perto do pescoço ou nas costas. Dessa maneira, o romantismo do 16

tecido não cede espaço para a sensualidade exagerada. Falando em romance o crochê e tricot exploram não só o universo feminino mas inovam o mercado masculino, como é possível conferir no trabalho do estilista João Pimenta, patrocinado pela Dalila. As peças, produzidas artesanalmente com tingimento manual e pigmentos naturais, ilustram claramente o conceito do produto ecologicamente correto, que é uma forte inspiração de estilistas ao redor do mundo. Quem tirou a agulha de crochê da mão da vovó e a trouxe para looks completos para a passarela foi Karl Lagerfeld, diretor criativo da Chanel, na coleção de primavera/verão 2010. Desde então, renomadas maisons como Louis Vuitton, Prada e Dior incorporaram a antiga técnica de bordado em seus desfiles. O interessante do trabalhos artesanais em teares industriais é a alta possibilidade de misturas de fios e construções que permitam sobreposições diferenciadas. Ou seja, uma peça com pontos mais soltos e feitas com um fio mais leve é perfeita para o verão, enquanto uma roupa mais fechada, de lã por exemplo, aquece no inverno. A versatilidade da técnica é o que faz dela uma tendência por mais de uma estação. Esse movimento com influência retrô e perfume vintage mistura-se com acessórios e complementos em jeans, couro, camurça, moletons e combinados a estamparia. É a Princesa de Mônaco com um toque moderno, condizente com as vontades das mulheres de hoje.


D&G

elly e Grace Kmosos seu fa o de vestid a noiv o rendad

ANNA SUI

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ANNA SUI

LOUIS VUITTON

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TrENdS desconstruído, mas

CHIQUE

T

odos têm aquela camisa furada ou calça rasgada que está esquecida no guarda-roupa. Antes esquecidas, essas peças agora ganham novo valor para consumidores ao redor do mundo. Reusar está na moda e o mundo fashion recebe as malhas podrinhas como tendência cool. Essa corrente começou com o homeless chic, uma tendência inspirada nos trajes esfarrapados dos mendigos. Quem iniciou o movimento foi a japonesa Rei Kawakubo, na década de 80, quando chocou a capital francesa com uma coleção destruida e cheia de sobreposições. Suas peças levantaram uma discussão social sobre a insensibilidade da moda diante do sofrimento alheio, embora essa não fosse a intenção da estilista. Percebe-se hoje que o movimento nada mais é que uma forma artística de ilustrar opostos, isto é, a repulsão e a atração. É o jogo de imagens que se cria a partir do contraste entre uma camisa amassada e uma calça elegante, de grife. Mas não pense que as grandes grifes estão desprezando a tendência. Desde 2000, ano em que John Galliano colocou pedaços de jornal entre as roupas e garrafas nas mãos das modelos no desfile da Dior em Paris, a moda dos “podrinhos” aparece nas passarelas. Em 2007, foi a vez de Marc Jacobs mostrar seu lado neogrunge com peças largas, desfiadas, cortadas, em tons de bege, preto e cinza. E como esquecer a rainha fashion do punk, Vivienne Westwood, e sua recente coleção masculina? Ou da francesa Balmain, 18

que vende hoje uma camiseta básica toda furada por “apenas” U$ 1624? Sim, os opostos também aparecem no preço das roupas. Uma peça deliberadamente “podrinha” de uma marca de luxo tem o mesmo preço de uma com cara de nova. Moda é moda afinal e hoje o descolado é ter um guarda-roupa descontraído e confortável, cheio de peças aos farrapos. Mas quem compra a ideia de “podrinho chic”? Um exemplo claro são as gêmeas Olsen, jovens veteranas do cenário hollywoodiano. Conhecidas como as adoráveis loirinhas da TV desde seus três anos de idade, Mary-Kate e Ashley, agora com 24 anos, rompem com a imagem mais comportada ao investir em looks mais rock‘n’roll com cabelo desarrumado, maquiagem carregada, sobreposições, roupas escuras e calças desgastadas. Porém, não são apenas as ex-estrelas mirins rebeldes que capricham nos trapinhos. Até a socialite Kim Kardashian já foi fotografada com uma camisa rasgada nas ruas de Los Angeles, assim como a brasileira Alice Dellal, adepta das meias e shorts furados. Todos esses entusiastas têm uma coisa bem clara em mente: há hora certa para usar essas roupas. Escritórios, bancos, repartições e outros ambientes formais ainda não estão preparados para esse despojamento. No entanto, o estilo está liberado em toda e qualquer situação casual. O importante é a combinação das peças detonadas com outras mais elegantes, além das sobreposições.


http://stardustandsequins.wordpress.com

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CaMpANHa

CALENDÁRIO DALILA TRAZ CAMPANHA

verão 2012

N

este ano a Dalila Têxtil lança através de um calendário com incríveis imagens de moda, sua campanha primavera/verão 2012. O resultado do trabalho é forte e mostra algumas possibilidades dos produtos da empresa. Tanto na conceituação das fotos quanto na transformação em peças prontas para o consumo, a Dalila mostra sua variedade e entendimento do mercado em que atua. Não é apenas produto. A moda vai muito além e é por esta razão que a empresa investe cada vez mais em informação especializada. Para a campanha verão 2012, a opção foi mostrar uma campanha dinâmica, moderna e cheia de movimento. A cartela de cores e as listras, uma das grandes apostas da empresa para a estação, compõem looks lúdicos e criativos que destacam as malhas da marca. Cada mês do calendário traz uma imagem com diferentes produtos da coleção. Profissionais com nome consolidado no mercado de moda foram escalados para traduzir em imagem toda a vanguarda do produto Dalila nesta campanha. Os modelos internacionais Renata Klem, Rafaela Pereira (ambas da Ten Models Management) e Roberto Michels (Way), que já fez trabalhos para a Vogue Itália e Chanel, posaram para as lentes do fotógrafo Du Borsatto. A escolha do stylist Rodolfo Ruben foi fundamental já que ele é conhecido por suas incríveis amarrações na construção de looks com malhas. A conceituação da campanha é da Catarina Coletivo Criativo, que 24

presta consultoria criativa para a Dalila. A empresa teve o cuidado de buscar profissionais que conseguem traduzir na imagem o conceito que se quer passar sem ficar distante do mercado e sem bater de frente com as campanhas de seus clientes. Para o diretor da Dalila, André Luis Klein, esse trabalho é um grande diferencial. “Investimos na imagem que traduz o momento que a empresa vive. Somos a primeira malharia a ter uma campanha tão forte e que estará presente no dia a dia dos nossos clientes já que o material vai virar um calendário que traz as semanas de moda, feiras e showrooms do mundo todo. Para nós é importante ser ferramenta de informação para o mercado, além dos produtos que criamos”, destaca ele.

Créditos: Foto: Du Borsatto/Icon Mgt Conceituação: Patrícia Lima / Catarina Coletivo Criativo Marketing: Sabrina Barbosa / Dalila Têxtil Estilista: Felipe Caprestano / Dalila Têxtil Styling: Rodolfo Ruben/ Capa Mgt Beleza: Krisna Carvalho/Icon Mgt Assistente de Foto: Diego Ciarlariello Modelos: Renata Klem (Ten), Rafaela Pereira (Ten) e Roberto Michels (Way)


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OnLinE Plataforma Online

A

Dalila Têxtil é a primeira malharia no mercado nacional a implantar uma plataforma online própria. Este formato de comunicação digital é um avanço, na medida em que a conexão rápida entre a empresa, seus clientes e consumidores é cada vez mais necessária. Desta maneira, com o uso de ferramentas online como as redes sociais e blogs, é possível uma aproximação maior com seu público e junto com isso, a evolução da empresa em se conectar com a moda, as pesquisas de tendências e conhecimento de todo o mercado. Um dos estilistas da equipe, Felipe Capestrano, mostra-se otimista com esse novo formato de comunicação. “Queremos melhorar ainda mais a proximidade com os nossos clientes, informando o resultado das nossas pesquisas de mercado, novos produtos e inspirá-los nos seus trabalhos diariamente”, afirma ele. No site, é possível acessar o Twitter, o Tumblr, o canal próprio de vídeos e a revista Fashionable, que traz as tendências, o que o mundo respira e as possibilidades de uso do produto, tudo mostrado de forma simples e rápida. “A intenção do projeto gráfico é navegar pelas páginas de forma rápida e simples, com linguagem gráfica de moda”, explica Vivian Lobenwein, diretora de arte da revista. A revista impressa que você tem em mãos agora também pode ser encontrada no site: www.dalilatextil.com.br

playlist Mark Ronson & The Business Intl – Bang Bang Bang Queens Of The Stone Age – Medication Ramones – She’s The One The Black Keys – Next Girl Weezer – Only In Dreams

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MerCAdo o segmento Surfwear

no Brasil

A cultura nascida das ondas gerou um negócio que movimenta bilhões

O

surf chegou ao Brasil na década de 30. Mas foi na década de 60 e 70, junto com a contracultura, que ele cresceu e se popularizou. Muito devido ao aumento do número de praticantes que tinham necessidade de roupas mais adequadas para surfar e ir à praia, assim como queriam também se diferenciar de outras tribos. Os pioneiros a investir neste mercado eram entusiastas do surf que inventaram um jeito de transformar essa paixão em modo de ganhar a vida. Eles criaram as primeiras confecções artesanais de surfwear do Brasil, sem muito know-how mas com muita criatividade e conhecimento do público que atendiam. Não é por acaso que atualmente a maior parte das confecções de surfwear ainda é dirigida por surfistas. Entretanto este segmento nascido para atender os praticantes, cresceu e mudou pra valer nos anos 80, vendendo para uma parcela muito maior dos consumidores, os admiradores do surf, muitos dos quais nunca pisaram os pés no mar e tampouco sabem nadar. São eles, com 85% de participação no mercado consumidor, que acabam definindo a atuação das marcas. Esses não-praticantes conseguem através da roupa participar do mundo do surf que admiram e turbinar as vendas. O surf se tornou um estilo de vida e essa verdadeira cultura nascida das ondas gerou uma indústria que movimenta mais de R$ 3 bilhões de reais por ano no Brasil, metade desta cifra apenas na cidade de São Paulo. Esses números transformam o Brasil em um mercado dos mais promissores para o segmento surfwear.

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O surfwear A Dalila possui grande know how atendendo o segmento de surfwear. A demanda deste segmento é tão grande e ele se tornou tão popular, que lojas de surfwear são encontradas em todos os cantos do país. O estilo se espalhou da praia para o campo e a cidade e chegou também às passarelas das semanas de moda com sua pegada jovem, casual e despojada. A moda surf adaptou-se e cresceu facilmente no Brasil, um país jovem, tropical e com um enorme litoral. As peças de surfwear em geral têm cores e formas confortáveis, que se afinam com o gosto de se vestir dos brasileiros. É um segmento bastante rentável pois a moda surfwear atende hoje os públicos masculino e feminino de várias faixas etárias. O surfwear pode ser dividido em três segmentos: um focado nos praticantes do esporte, com as roupas de borracha, bermudas e apetrechos; um segundo que é o surf-lifestyle com calças, saias, moletons, biquínis e vestidos e um terceiro que é o lado mais fashionista da surfwear. Esse estilo mais sofisticado do segmento explora também os tecidos tecnológicos e novas modelagens despojadas e confortáveis. São peças criadas em sintonia com a mais recentes tendências de padronagem, estampas e tecidos, dando origem à roupas ideais para ocasiões menos formais mantendo a classe e elegância.


playlist Ben Harper – Both Sides of The Gun Beach Boys – Surfin’ USA Jack Johnson – Banana Pancakes Dick Dale - Misirlou Lulu Santos – Como Uma Onda

w look Neaz o Order tar ra a Sur f p de cida

!

O litoral brasileiro e o surf Do Cabo Orange, no Amapá, até o Arroio do Chuí, no Rio Grande do Sul, o Brasil possui cerca de 8000km de litoral banhado pelo Oceano Atlântico. São baías, dunas, mangues, recifes, falésias, restingas e, principalmente, praias. Com uma costa tão extensa e tanta variação de latitude, o litoral brasileiro apresenta uma diversidade de climas que propicia o aparecimento de boas ondas para o surf em alguns pontos, pois em geral o país conta com pouca intensidade de ventos, essenciais para a formação de boas ondas. As melhores condições para a prática do surf se encontram normalmente nas praias da Joaquina, da Vila e do Rosa, em Santa Catarina; Maresias, Camburi, Paúba, Enseada, Itaguaré e Baleia, em São Paulo; a Praia da Pipa, no Rio Grande do Norte; Itacoatiara e Macaé, no Espírito Santo; Itaúna e em outras diversas praias do Rio de Janeiro e da costa brasileira. Estas praias têm as maiores e melhores ondas e normalmente sediam competições nacionais e internacionais do surf, como o Circuito Brasileiro de Surf Profissional, um dos principais torneios que acontece no país e reune profissionais de todo o território e até atletas internacionais.

NEW ORDER REDLEY

Foram precisos 23 anos desde que surgiu a primeira entidade de surfe do país em 1965 - a Federação Carioca, fundada em 15 de julho daquele ano - para que em 1988 o surfe fosse reconhecido como esporte pelo Conselho Nacional de Desportos. Hoje quem é responsável pela organização do surf no Brasil é a ABRASP (Associação Brasileira dos Surfistas Profissionais).

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CeNáriO um panorama da MODA BRASILEIRA

O

Brasil possui uma vigorosa indústria têxtil que movimenta cerca de US$ 33 bilhões por ano, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABIT), o que corresponde a 4,9% do PIB brasileiro. Mesmo assim a moda brasileira sempre ficou à margem do mercado internacional, com exceção da moda praia que é o nosso grande diferencial perante o mercado mundial. A cultura de moda ainda engatinha por aqui, apesar de dominarmos todas as etapas do processo de produção. Muitos brasileiros ainda não pensam na moda como o reflexo da cultura, o espírito estético do tempo. A roupa acompanha e se adapta ao comportamento e desenvolvimento das civilizações. Consumidores também desconhecem que por trás da badalação e do glamour, há um mundo de anônimos que movimenta milhões de reais e que só aparece na mídia como número das estatísticas públicas e privadas do setor. Junto com estilistas, modelos, fotógrafos e jornalistas; a rendeira da Lagoa da Conceição, as sacoleiras que compram no Bom Retiro e no Brás, comerciantes, trabalhadores da indústria têxtil, agricultores e operários que produzem fios e tecidos também são todos membros de um mercado que cresce em alta velocidade. Esse crescimento esbarra em alguns desafios como a educação e a informação de moda de qualidade. O Brasil é um país continental, composto por 30

diversas etnias e com uma cultura riquíssima e diversificada. Era de se esperar que produzisse e consumisse uma moda tão criativa quanto sua música, por exemplo. Mas ainda impera a adequação aos padrões estrangeiros. Existe um medo de arriscar, por isso buscamos referências dos grandes centros de moda, como Milão e Paris. Felizmente, essa situação está mudando com semanas de moda regionais evoluindo a cada edição, a criação de cursos superiores de moda e estilismo, as carreiras internacionais bem sucedidas de top models como Gisele Bündchen e Adriana Lima e a indústria têxtil que empreende uma aproximação cada vez maior com a moda, trazendo-a para dentro de si com autenticidade. Bom momento da economia Nos últimos anos, o Brasil atravessa um período de prosperidade econômica e grande ascensão social, com o surgimento de uma nova classe média que se tornou um segmento representativo de mais da metade da população. Para essas consumidoras da classe C, as informações sobre moda chegam mais pelo boca a boca e pelas novelas do que por jornais e revistas. Ao contrário das classes A e B, elas não valorizam tanto grifes e nem seguem tendências das passarelas. Essa consumidora olha para o que a atriz da novela das oito usa, preferindo roupas que valorizam o corpo.


playlist O Brasil é rico e variado também em sua música, uma das mais reconhecidas no mundo. Montamos uma playlist com alguns dos mais instigantes sons da atualidade, do samba-eletro ao rock indie cantado em inglês, um panorama variado do que há de melhor na produção nacional

Luiza Maíta – Lero-Lero Marcelo Jeneci – Copo D’água Cidadão Instigado – Escolher Pra Que? Céu – Cangote Stop Play Moon – Misterious Way

Moda brasileira e as novelas No Brasil, o principal pólo produtor e irradiador da moda contemporânea brasileira é São Paulo, considerada uma das dez cidades mais influentes do mercado mundial. Porém foi no Rio de Janeiro que surgiram as novelas da Globo. Elas alcançaram um poder de influência na cultura popular e na moda. O Rio sabe falar do Brasil para o Brasil. Essas elaboradas produções geraram um fenômeno tipicamente brasileiro. A cultura de moda e educação estética, não só da classe C, mas também das classes A e B, são moldadas pela televisão. No caso das classes média e baixa, elas copiam o que “está na moda” na novela. O processo que uma tendência percorre na indústria da moda brasileira passa inevitavelmente por essas produções audiovisuais. São as novelas que realmente dizem o que é moda no Brasil. Como o estilista Alexandre Herchcovitch já afirmou, elas funcionam como uma grande revista de moda e atingem um público enorme, que inclui todas as classes sociais e têm o poder de difundir e democratizar tendências. Funciona assim: o estilista apresenta um conceito para um desfile. A figurinista da novela traz a coleção, ou roupa, para vestir um ator ou atriz de medidas próximas das pessoas comuns e de uma maneira mais fácil de ser assimi-

lada pelo grande público, adaptadas à vida real. O ciclo se fecha quando as pessoas que assistem à novela procuram se vestir do mesmo jeito que determinado personagem. Moda e auto-estima do brasileiro Podemos notar que o Brasil conta com todos os elementos para crescer a participação no mercado mundial, que procura por produtos não massificados, matérias-primas naturais, tecidos com interferências manuais e de produção sustentável. A Osklen e os estilistas Ronaldo Fraga e Lino Villaventura são algumas marcas que investem em peças diferenciadas e valorizam uma possível identidade nacional para a moda. Aqui, como em qualquer outro país do mundo, a moda avançou e saiu dos limites da indústria têxtil para influenciar e ser influenciada pelo design, comportamento, música, artes e toda a indústria de entretenimento. Mesmo com todos os avanços dos últimos anos, ainda há muito a fazer. Estilistas brasileiros estão trabalhando para imprimir uma personalidade local à nossa moda e torná-la admirada pelo mercado consumidor internacional e democratizá-la no mercado interno.

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ComPortAmenTO

MINI ADULTOS Moda para os pequenos inclui sapatos de salto, calças jeans e cópias das roupas de adulto

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moda está generosa com as crianças. As marcas para adultos perceberam o potencial de decisão escondido nesse público e muitas delas lançam, junto com a coleção adulta, peças personalizadas e outras idênticas às da coleção para os pais. As crianças estão com voz ativa para decidir o que vestir, o que comprar e agora já recebem informação de moda desde a infância. Hoje já fazem parte das coleções infantis, cores como preto, marrom, azul marinho, cinza e tons de nude. O que antes era impensável, agora conversa bem com os rosas, verdes, azuis e roxos, característicos das roupas infantis. Nesse novo caminho que as roupas infantis estão seguindo não são apenas as cores que surpreendem, as modelagens também estão cada vez mais parecidas com as de roupas para adultos. São calças jeans, saruel, trench-coat, leggings e até sapatos de salto. Uma imensidão de peças e modelos para todos os tipos de crianças e pais. Nos tecidos a inovação fica por conta das malhas mais finas, que são confortáveis e tendência para o vestuário adulto. Nas estampas, os habituais ursinhos e lacinhos foram substituídos por animal prints,

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estampas florais com fundo preto e xadrezes com inspiração grunge. O mercado está vendo nos desejos das crianças, um grande potencial de consumo. Nas lojas infantis elas decidem não só seus brinquedos, mas também as marcas das roupas, a música que querem ouvir e os modelos que desejam vestir. Diversas marcas já detectaram esse movimento e perceberam que o gosto dos filhos tem peso extremamente relevante no momento das compras. Porém o estímulo ao consumismo e à vaidade na fase inicial da vida é visto como perigoso por psicólogos. Segundo eles, com essa aceleração da autonomia e do poder de decisão, diversas fases da vida acabam sendo queimadas e com isso a criança chegará à fase adulta sem a percepção psicológica que se espera dela. O fato é que hoje temos uma leva de mini adultos que terão gênios e opiniões fortes quando estiverem amadurecidos. Basta ter cuidado para que não se tornem pessoas intransigentes que não aceitam a opinião alheia.


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playlist

para crian

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Foto: Esperanza Moya / Naif Magazine

Foto: Karel Balas / Milk Magazine

Lua ol e a o–OS ã d a Anos no Cid – Oito Peque impim rt a P a opa Adrian da – S peta Canta u Chu ra v la - Tcha Pa o ã d a iclar no Cid o Rec Peque Rap d – d in isk Hélio Z

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LuXO

LUXO brasileiro

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Brasil é uma nação próspera em cultura, alegria e música. Essa prosperidade cada vez mais vem aliada à riqueza. Mesmo em meio a uma crise mundial, a economia do país seguiu firme e forte, ultrapassando a Austrália e a Espanha em número de milionários e se tornando a décima nação em contas bancárias com mais de seis zeros. O Brasil, portanto, vive um cenário fértil para investimentos. Quem se aproveita disso é o mercado de luxo. Em 2009, o segmento faturou em torno de US$ 6,45 bilhões no país, 8% a mais do que no ano anterior, segundo um estudo das empresas GfK Brasil e MCF Consultoria. Desde então, diversas marcas estrangeiras como a Hermès, Missoni, Christian Louboutin, Bentley, Lamborghini e Bugatti chegaram para ficar. Apesar da disputa entre carros, jóias e cosméticos, a liderança absoluta no mercado de luxo brasileiro é a moda. Das empresas voltadas ao público AAA (segmento exclusivo formado pelos brasileiros mais ricos do país), 27% atuam em moda, seguidas por calçados (17%) e automóveis (10%). Não é muito difícil entender a preferência pelo fashion. Embora os homens hoje em dia estejam mais antenados na moda, as mulheres ainda comandam o consumo de peças de grife, principalmente as brasileiras, conhecidas por sua

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vaidade. O fato de o público feminino representar mais da metade do mercado de luxo só aumenta a velocidade com que marcas como Chanel, Louis Vuitton e Cartier abrem boutiques no Brasil. Mas, independente do sexo, o que essas pessoas procuram quando entram em uma loja? A exclusividade é um ponto forte. Os brasileiros gostam de lançar moda. Visto que os consumidores do mercado de luxo possuem uma renda elevada, esse público quer justamente o que ninguém mais tem. Porém, a força da marca e a qualidade dos produtos são fatores decisivos para fechar a compra, o que explica porque tantas grifes investem nisso. Um brasileiro que aproveita a onda luxo do país é o estilista Alexandre Herchcovitch. Suas linhas vão do casual ao Premium. Em sua coleção feminina Primavera/Verão 2010/11, Herchcovitch utilizou as malhas da linha FilodiScozia da Dalila, que combinam fios finos e retorcidos para formar uma malha de brilho intenso. O estilo pode variar, mas uma coisa é certa, a qualidade está sempre presente nos trabalhos do designer. É nisso que todas as equipes criativas podem apostar. Afinal, não há nada mais luxuoso que uma peça bonita, bem feita e elaborada a partir de materiais Premium, de qualidade. E acredite, o luxo não é mais para tão poucos.


playlist Thievery Corporation – Lebanese Blonde

JILL SANDER

Roxy Music – Love Is The Drug Cee-lo Green – Please Hey Champ – Cold Dust Girl Frank Sinatra – I Get a Kick Out Of You (Apple Juice Kid Remix)

JEAN PAUL GAULTIER

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FasT FAshiON fast fashion

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egmento forte no mercado, o fast fashion marcou o início deste século e mudou a maneira e a dinâmica de como consumir e confeccionar a moda. A Zara espalhou a febre do consumo rápido pelo mundo todo e tornou-se referência para diversos outros empresários que resolveram investir neste modelo de negócios. Hoje, diversos outros seguem a mesma fórmula e novas adaptações e propostas são aplicadas. Para o escritor e consultor de moda, Enrico Cietta, autor do livro A Revolução do Fast-Fashion, “o que o fast-fashion nos ensina é o fato de que num mercado no qual aumentam os custos e os riscos, o modelo tradicional de criação/ produção com tempos longos é extremamente arriscado para quem não tem uma marca forte e não pode impor suas escolhas no mercado”. Por isso, apostar em novidades constantes para os consumidores é imprescindível. Tudo é muito rápido nos dias de hoje, a rotina, a alimentação, a informação. A moda não pode fugir disso. O fast-fashion é uma evolução da moda pronta entrega. A partir da experiência de pequenas empresas que fazem produções rápidas, imitando os produtos mais vendidos da estação, nasceram companhias que reinventaram o prêt-å-porter. A evolução disso é que as empresas são então capazes de competir tanto com grifes de alto poder aquisitivo quanto com aquelas que oferecem produtos com preços baixos. Esse modelo criativo, produtivo e de distribuição, pode ser tomado como exemplo por muitas empresas brasileiras. No Brasil, Renner, C&A e Riachuelo, comercializam versões das tendências das passarelas com preço mais acessível. A Zara, que já tem algumas lojas no país, também vende o que as consumidoras querem, mas algumas peças acabam saindo ainda um pouco caras por conta das taxas de impor-

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tação. E mesmo com grandes magazines produzindo moda rápida, marcas menores também conseguem se firmar no mercado usando a fórmula fast fashion, como a Farm e a Espaço Fashion. Outra característica que desperta ainda mais o desejo e a necessidade de consumo, é a parceria entre grandes estilistas e marcas com esses magazines, tornando o luxo, ou a ideia dele, acessível. A sueca H&M já lançou coleções assinadas por Madonna, Karl Lagerfeld, Sonia Rykiel e recentemente com a Lanvin by Alber Elbaz. A Topshop teve seu love affair por três anos com a modelo Kate Moss. Nas araras nacionais, Espaço Fashion, Alexandre Herchcovitch. Amir Slama e Isabel Capeto já colaboraram com a C&A. A Riachuelo entrou na onda e lançou no final do ano passado, a coleção Copacabana assinada por Oskar Metsavaht, da Osklen. Para este ano, já está confirmada a abertura de duas lojas da Topshop em São Paulo, uma em cada semestre do ano. Sobre a H&M, que causa comoção a cada lançamento de coleção em parceria com estilista renomado, ainda não há previsão de abertura de uma filial da loja na América Latina.

playlist Chromeo - Call Me Up A-Ha – Take On Me ( The Twelves Remix) Gnarls Barkley – Gone Daddy Gone Aloe Blacc – Loving You Is Killing Me Bomba Estereo – Fuego


COLEÇÃO FAST FASHION DA H&M 37


MerCAdo

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Feira + Moda:

negÓcios em alta P

onto obrigatório para pesquisas de tendências do mercado e rodadas de negócios, as feiras de moda no Brasil reúnem cada vez mais pessoas do ramo têxtil e de confecções. A explicação é simples. Nestes locais é que são conhecidas, em primeira mão, os produtos e qualquer matéria-prima usada pelas confecções. Se por um período, as feiras no Brasil ficaram um pouco esquecidas, atualmente, a necessidade de direcionamento, conhecimento da enorme variedade de produtos e a alta qualidade destes eventos no país acabaram despertando o interesse de designers, estilistas e empresários do setor.

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StrEEtSTyLe

As peles estão presentes em casacos, chaveiros, chapéus e bolsas

PARIS A semana de moda francesa é o que há de mais tradicional na moda mundial. As passarelas regem os grandes lançamentos e a moda das ruas traz a modernidade de quem circula nos desfiles.

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s Os bicheom aparec as e em rouóprios acess

!


s Os óculoar têm umge, vinta o nos d inspira50 e 80 anos

playlist PARIS Daft Punk – Around The World Yelle – La Musique Ben L’Oncle Soul – Soul Man France Gall - Laisse Tomber Les Filles Brigitte Bardot - Contact (Booka Shade Edit)

O vermelho, uma das principais cores da estação, dá cara especial para qualquer look

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ENtreVisTa

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JOÃO PIMENTA

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omos instigados por designers e estilistas talentosos. Apostamos em quem procura trilhar caminhos novos e arrojados. Por isso, desde o ano passado, fechamos uma parceria com o estilista João Pimenta, quando ele estreou na semana de moda mais importante do país, a São Paulo Fashion Week. O resultado não poderia ter sido melhor. João encontrou na Dalila diversos produtos para suas criações, marcou presença na convenção da coleção de inverno 2011 com todos os representantes da empresa e participou de uma mesa-redonda com eles. Para nós, que sempre investimos na nossa própria equipe criativa, o acesso a um estilista como ele é imprescindível. Por isso que ele não poderia ficar de fora desta primeira edição da Fashionable. Confira a seguir um bate-bola com o estilista:

Fashionable: A criatividade é uma característica forte no seu trabalho. Para você, ela é uma inspiração ou um processo? João Pimenta: É uma inspiração contida em um processo. F: No ano passado, iniciou a parceria entre a marca João Pimenta e a Dalila Têxtil. Quais os pontos fortes e positivos que podem ser destacados? JP: Ter conhecido a empresa e ver o clima familiar que existe, me instigou ainda mais a trabalhar com a Dalila. Sem falar na qualidade dos produtos. F: Você tem um trabalho inovador usando a malha como matéria-prima. Recentemente, lançou peças em que a malha foi utilizada com a renda para o público masculino. Como foi a recepção dessas roupas? JP: Foi incrível. Usar as malhas para fazer alfaiataria real-

mente é um bom caminho. Quando trabalhei com renda para o masculino não esperava a aceitação do publico mas me arrependi de ter feito uma produção tão limitada (risos). F: Você tem produzido roupas para noivos, como tem sido essa experiência? JP: Acho que os homens estão cada vez mais com vontade de sair do convencional e creio que no Brasil ainda faltam inovações para esse público, o que ocasiona uma procura pelo meu trabalho porque eu tento fugir dos padrões. F: De que forma você trabalha a introdução de elementos masculinos no universo feminino e vice-versa? JP: As roupas masculinas, principalmente, perderam a anatomia com a Revolução Industrial. Hoje são quadradas e fáceis de produzir. A idéia do trabalho é transportar para o masculino, modelagens que favoreçam o corpo, o que atualmente só é usado para o guarda-roupa feminino. No masculino, tento colocar novas opções de cortes, como trapézio, viés, godês, pences e quadris. F: Vários olhares estão voltados para o Brasil. Entramos em um novo governo, vamos sediar a Copa do Mundo e Jogos Olímpicos. Celebridades e artistas de diversos lugares do mundo têm nos visitado. Isso acaba se refletindo na moda de alguma maneira. Como você enxerga esse cenário? JP: Que todos esses movimentos serão inúteis, se não houver uma revolução na indústria e na cabeça dos criadores de moda, que hoje só focam no comercial, esquecendo da linguagem de moda, a única forma que temos para evoluir. F: Quais os cuidados que uma marca deve ter para manter uma imagem sempre atual no mercado? JP: Não ter medo de apostar ou experimentar o novo.

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www.dalilatextil.com.br

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