antes que seja tarde, N.º4, Agosto de 2023

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an t es que seja tarde

Fazer pela vida

Ainda frescos de tinta (ou de tonner , como se queira), cinco livros (saídos com DL de Julho): Pingue-Pongue no Terraço , poesia de Luís Serra; É Preciso Romper o Amanhã , documento sobre a vida e a obra de Madalena Ferin, pela mão de Vasco Medeiros Rosa; Entrevista , ensaio, em forma de auto-entrevista, pelo escritor e filósofo António Vieira; Meteorologia. Contos para adultos que não quiseram ser grandes e O Porta-Estandarte , narrativas ficcionais de Mário T Cabral. Alguns destes títulos já se mostram em livrarias, outros vão a caminho – para as pouquíssimas livrarias que não se rendem ao livro-espectáculo, ao que “deu-na-televisão” e “é-o-que-tá-a-dar”: modas, modinhas, e outras formas rasteiras de se fingir que “livros-é-nas-livrarias”...

No fim de Agosto: Fim de Boca e mais Poemas (1981-2023) , de Jorge Fazenda Lourenço – este livro e o Entrevista vão estar em destaque na Mostra de Edições Independentes deste ano em Vila do Conde (5 a 8 de Outubro).

Até ao final do ano – mas é uma programação sujeita a alterações por motivos de força maior, como guerras, pandemias, fascismos e outros flagelos sociais ( ou simplesmente por estarmos cansados, e porque não temos de prestar contas a ninguém): de Urbano Bettencourt, a reunião de poemas Antes que o Mar se Retire ; de novo com Mário T Cabral, os romances filosóficos A Ceia Grande e Eudemim ; e o volume Seis Histórias Paralelas que assinala o regresso de Nuno Dempster à ficção narrativa.

À espera de vez (finanças, energia...), estão: Desencontro (1976-1998) , de Helder Moura Pereira; Aromas , de Jorge Pereirinha Pires; Penas Pesadas da Neve , de José Manuel Teixeira da Silva; O Homem de Flor na Boca / Sonho (mas talvez não) , de Luigi Pirandello (parceria com o Teatro da Rainha); Corsário das Ilhas / O Retrato do Semeador , de Vitorino Nemésio (parceria com a Imprensa Nacional).

Os desenhos e pinturas neste Boletim são da autoria de Mário T Cabral.

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Boletim bibliográfico da Companhia das Ilhas Carlos Alberto Machado, editor

COMPANHIA DAS ILHAS | EDITORES

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Telemóveis 912 553 059 || 917 391 275 || Rede fixa 292 672 748 www.companhiadasilhas.pt | companhiadasilhas.lda@gmail.com

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Telemóveis 912 553 059 || 917 391 275 || Rede fixa 292 672 692

ISBN 978-989-9154-10-0

13x18cm

38 páginas

Julho de 2023

Poesia

Edição 293

azulcobalto 119

PVP 12 €

PINGUE-PONGUE NO TERRAÇO

Luís Serra

Neste novo livro, Luís Serra arrisca:

«não é um caminho é uma cicatriz.».

A poesia, por exemplo. Deste poeta avesso a luzes de ribalta (e a outras patifarias), disse António Guerreiro, em 4 de Julho de 2009, no jornal Expresso, a propósito de Brinquedos de Latão e Sarampo:

UM LIVRO QUE ALARGA HORIZONTES NA POESIA PORTUGUESA ACTUAL

«É bom saber que há vias fecundas e interessantes na poesia publicada por cá que escapam às cartografias que, mais ou menos informalmente, vão sendo traçadas. Este livrinho de um autor – Luís Serra – que, tanto quanto é possível saber, faz aqui a sua primeira aparição, nesta colecção chamada “Literatralhas Nobelizáveis”, de uma editora chamada Apenas Livros, oferece-se a uma leitura que apreenda a sua relativa novidade (ou, melhor dizendo, o uso de certos recursos que não estão hoje na ordem do dia), a sua atitude pouco respeitosa relativamente aos protocolos mais comuns da poesia actual. Antes de mais, importa dizer que estamos perante uma poesia que recusa a lógica discursiva. Todo o seu trabalho insiste noutro lado: nos jogos de sentido, nas ligações inusitadas, nos sentidos imagéticos que explodem por concentração vocabular e através da exploração de absurdos semânticos.

É bem visível aquilo que a poesia de Luís Serra deve à imagem surrealista, mais do que ao surrealismo em geral. Eis um poema que se chama ‘Inverno’: “Improviso uma época balnear;/ línguas/ estrangeiras marcam encontros lúbricos.” E outro, baseado num processo de enumeração: “Uma mosca no resto doce do prato de veneno/ um rumo porno e cor de corrida/ um motor imóvel a dar um baile/ uma vontade de foder.” Veja-se como esta poesia, mesmo na enumeração, não tem nada de descritivo (e, por conseguinte, também nada de confessional: ela desvia-se, aliás, da asserção subjectiva, não há uma única ocorrência do Eu). Toda a sua força está na instauração de sentido, na abertura de horizontes insuspeitados: “Formigas de asas em revoada: concerto para enforcados.”

LUÍS SERRA

Évora (1970)

Livros publicados:

Aeroplano de Asas Partidas (Companhia das Ilhas, 2016)

Saltar pela Janela Cair como um Pato (Apenas Livros, 2015)

Suspeita de Inverno (Apenas Livros, 2013)

Poema-Cartaz Saloon (O Homem do Saco, 2013)

Tudo Voltaire ao Cabaré (Apenas Livros, 2011)

Brinquedos de Latão e Sarampo (Apenas Livros, 2009)

antes que seja tarde | boletim bibliográfico da companhia das ilhas | # 4, agosto de 2023 | 3

ISBN 978-989-9154-13-1

13x18cm

204 páginas

Julho de 2023

Biografia / História

literária

Edição 295

transeatlântico 048

PVP 16,50 €

É PRECISO ROMPER O AMANHÃ. MADALENA FERIN REVISITADA

Vasco Medeiros Rosa

«Este livro não é senão uma tentativa, amplamente justificada, de resgatar Madalena Férin (1929-2010) do esquecimento, trazendo quanto possível ao conhecimento dos marienses, dos açorianos em geral e dos portugueses continentais a poeta e a romancista que ela foi mas que há muito não tem novas edições disponíveis.»

Vasco Medeiros Rosa, da “Explicação”.

O Arquivo Literário sobre Madalena Férin inclui textos de: Álamo Oliveira | Amândio César | Ana Cristina Correia Gil | António Ferreira Monteiro | Armando Côrtes-Rodrigues | Eduíno de Jesus | Fernando Mendonça | Félix Rodrigues | Irene Amaral | Jaime Brasil | João Afonso | João Rui Mendonça | José Enes | José de Almeida Pavão | José Henrique Borges Martins | Maria Estela Guedes | Rebelo de Bettencourt | Ruy Galvão de Carvalho | Urbano Bettencourt | Victor Rui Dores.

VASCO MEDEIROS ROSA

Vasco Medeiros Rosa, editor, jornalista e investigador literário nascido em Lisboa em 1958, publicou cinco livros sobre Raul Brandão e organizou mais de uma dezena de colectâneas de escritos de autores portugueses, das quais a mais recente é Só o Esquecido É Passado de Pedro da Silveira (2 tomos, 2022-23). Em 2021 compilou toda a obra açórica de Pierluigi Bragaglia: Tosão de Ouro. Açores, séculos XV-XXI. Tem em preparação outros trabalhos sobre figuras e temas açorianos, e colabora com regularidade na imprensa regional. Em 2012-15 organizou o espólio e três exposições biográficas sobre Rosa Lobato de Faria, além dos volumes A Noite Inteira Já Não Chega: Poesia 1983-2010 e Pedra Rara: dispersos e inéditos. O seu primeiro livro foi uma fotobiografia da actriz Beatriz Costa: Avenida da Liberdade, de 2003.

4 | antes que seja tarde | boletim bibliográfico da companhia das ilhas | # 4, agosto de 2023

ISBN 978-989-9154-11-7

13x18cm

186 páginas

Julho de 2023

Ensaio

Edição 295

terceira margem 009

PVP 16,75 €

ENTREVISTA António Vieira

Esta auto-entrevista, gizada através de dois entrevistadores ficcionais, leva o autor a sair de si para olhar de fora pontos obscuros da sua escrita e a regressar a si em busca de respostas, alternando sístoles e diástoles do olhar crítico.

«(...) Temos então neste livro de A. Vieira uma colheita pensante de ideias que atravessaram e alimentaram uma vida, para voltar a olhá-las da distância, de um ponto de vista questionador, como o “desprendimento” da filosofia mística de Mestre Eckhart em relação a Deus, transformado num Vazio a preencher. Este é um tratado essencialista não sistemático: ocupa-se do que é essencial, perscruta os enigmas do Ser, questiona “verdades” e lugares-comuns, põe em acção todo o instrumentário crítico de que dispõe (e que é imenso).

E o resultado não é a dúvida metódica como processo ou modo analítico, mas a descrença como ponto de vista – a elogiar, não o esqueçamos! Por aí, talvez cheguemos mais perto da «Coisa-mundo» e do Ser que busca o saber (como Phylakopi no livro anterior). Tudo isto recorrendo à forma do fragmento que favorece a aproximação do essencial pela imagem pregnante (e há muitas, por ex.: «Somos ampulhetas bípedes» – extraordinária imagem – a caminho da morte, p. 90).

O elogio da descrença é então, como o próprio fragmento: sem pretender ser verídico, não deixa de ser eficaz.»

João Barrento – Excerto de texto da apresentação do livro ELOGIO DA DESCRENÇA (Companhia das Ilhas, 2022) na livraria Linha de Sombra, Lisboa,14 de Maio de 2022.

ANTÓNIO VIEIRA

António Vieira nasceu em Lisboa, em 1941. Trabalhou entre a antropologia biológica, a antropologia fenomenológica e a literatura, raízes que fundamentam a escrita deste ensaio. Formulou um modelo evolucionista da origem da linguagem. Publicou romances (Doutor Fausto, 2014), contos metafísicos (Dissonâncias, 1999, Olhares de Orfeu, 2013) e ensaios (Ensaio sobre o Termo da História, 1994, Improvisações sobre a Ideia de Deus, 2005). No livro O Perceber do Mundo, o Ser e o Saber (2020), traçou as bases de uma teoria do conhecimento, em diálogo com textos de Merleau-Ponty.

Em 2021, a Companhia das Ilhas publicou Viagem pelo Brasil [1999-2000]. Diário de um Escritor Português, e em 2022 o livro de ensaios Elogio da Descrença.

antes que seja tarde | boletim bibliográfico da companhia das ilhas | # 4, agosto de 2023 | 5
Lisboa (1941)

ISBN 978-989-9154-06-3

14x22cm

218 páginas

Julho de 2023

Ficção narrativa

Edição 297

Obras de Mário T Cabral

005

PVP 16,50 €

METEOROLOGIA CONTOS PARA ADULTOS QUE NÃO QUISERAM SER GRANDES

Mário T Cabral

De que «meteorologia» se fala aqui? A questão ganha pertinência se pensarmos num contexto insular em que, durante certo tempo, os factores atmosféricos, climáticos, adquiriram no interior da reflexão literária e cultural algum papel de relevo.

Neste particular, os contos de Mário T Cabral oscilam entre a referência explícita e a alusão tangencial que, no seu nível de conhecimento, um leitor de proximidade será capaz, ainda assim, de descodificar. Trata-se, por norma, de uma indicação pontual, sem grandes expansões descritivas, deixando ao leitor a possibilidade de lançar mão da informação empírica à disposição no seu “arquivo” pessoal – ou ainda, num outro plano, constituem os lugares de um território ficcional em que as personagens se movimentam e interagem, por vezes em situação conflituosa. Mais do que ater-se demoradamente aos traços físicos de um determinado espaço, sem a cedência à “tentação” paisagística e etnográfica, o escritor opta pela apresentação de personagens e de situações que no seu desenvolvimento configuram um jogo de experiências colectivas ou individuais e um quadro de relações interpessoais que remetem em último lugar para diferentes facetas de uma condição social. Ora, é preferencialmente sobre espaço açoriano que se recortam as personagens de Cabral. Enquadradas por situações comuns, elas movimentam-se em histórias de um quotidiano comezinho, embora complexo e diversificado, sem heroísmos nem sobressaltos, pautado pela mediania que as vidas miúdas arrastam com elas, e em que diversos caminhos desembocam na religiosidade e nos seus rituais e expressões.

Urbano Bettencourt, do “Prefácio”

ISBN 978-989-9154-07-0

14x22cm

190 páginas

Julho de 2023

Ficção narrativa

Edição 298

Obras de Mário T Cabral

006

PVP 16 €

O PORTA-ESTANDARTE

Mário T Cabral

Em O Porta-Estandarte (obra escrita e reescrita desde 1986, a última das quais em 2017, ano da morte prematura do autor), revelam-se diversas camadas onde encontramos gravada alguma da história do seu pensamento. Mas o que importa reter nesta obra, é que a harmonia entre Espírito e Natureza parece ser uma ideia retida e aprofundada na maturidade do autor. Mas essa mesma harmonia encontrada pelo filho do Rei e Rainha (personagens da narrativa) não será sentida pelo seu próprio filho (neto, portanto, do Rei e Rainha), que sente a necessidade de regressar ao povo da Ilha das Flores. Nesta fase final da obra, levanta-se, pois, a questão do que será o verdadeiro porta-estandarte. Aquele que finalmente encontra a harmonia fora do seu povo, num modo de contemplação prática que elimina a tensão entre Espírito e Natureza? Ou aquele que pretende regressar e liderar o seu povo? Deve-se procurar a felicidade individual na contemplação ou, como Platão indica n’A República, voltar à caverna e trazer os concidadãos consigo?

Mário T Cabral via o regresso à caverna como uma obrigação moral e política. No seu papel de professor, regressava diariamente à caverna, vindo na camioneta que liga São Mateus a Angra. Chegado ao Liceu, abria todas as janelas da sala de aula pedindo luz. É a luz que aponta a saída da caverna. Paralelamente, ia escrevendo a presente obra, entre tantas outras, seguindo um dos seus horários rigorosos. O Porta-Estandarte é obra de uma vida, escrita por quem foi, nas suas aulas, um porta-estandarte da filosofia nascida na Grécia, tal como preservada pela cultura cristã, e trabalhada por Mário T Cabral numa ilha portuguesa. Cada livro publicado é um reabrir da janela fechada prematuramente em 2017. O autor merece e, se aceitarmos a sua visão da Criação, todos nós também.

Nuno Martins, do “Prefácio”

MÁRIO T CABRAL

São Mateus, Angra do Heroísmo (1963-2017)

Nasceu na Ilha Terceira em 1963, viveu em Lisboa e no Faial e regressou à freguesia natal, São Mateus da Calheta, para morar e trabalhar até ao fim da vida na casa de família, que transformou, diversas vezes, em cenário para a sua literatura: a Casa das Tramóias. Aluno e professor brilhante, leccionou filosofia e psicologia no ensino secundário e, mais tarde, filosofia para crianças. Doutorou-se pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa com uma tese em Agostinho da Silva, Teixeira de Pascoaes e Delfim Santos, onde faz a síntese do seu pensamento em teologia, filosofia e literatura: Via Sapientiae – Da Filosofia à Santidade, publicada pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda.

Publicou também O Meu Livro das Receitas (Pedra Formosa), O Livro das Configurações (Campo das Letras), O Acidente (Campo das Letras, Prémio John dos Passos 2007), Tratados (Companhia das Ilhas) e O Mistério da Casa Indeterminada (Companhia das Ilhas).

As boas maneiras podiam contar tanto para a nota de um seu aluno como o resultado de um teste escrito, dessintonizou um canal de televisão no dia em que estreou o primeiro dos reality shows e foi o primeiro director do Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo. Pintou, cuidou do seu jardim, colaborou regularmente com a imprensa e deixou vasta obra inédita que a Companhia das Ilhas está a publicar desde 2021.

antes que seja tarde | boletim bibliográfico da companhia das ilhas | # 4, agosto de 2023 | 7
Alexandre Borges

ISBN

14x22cm

306 páginas

Agosto de 2023

Poesia

Edição 296

azulcobalto 120

PVP 18,75 €

FIM DE BOCA E MAIS POEMAS (1981-2023)

Jorge Fazenda Lourenço

Este volume reúne a maior parte dos poemas escritos por Jorge Fazenda Lourenço desde 1981: as séries ou colectâneas publicadas entre 1983 e 2009, a que se juntam quatro conjuntos de poemas inéditos ou dispersos em revistas, antologias e livros de ensaio. Veredas, Península e Gávea integravam Uma surda cegueira. Alguns poemas, muito poucos, foram deslocalizados. Alguns inéditos, também em pequeno número, foram integrados em séries anteriormente publicadas.

Aninhou-se nele nela

Na ternura lenta do pescoço

Os lábios sabendo de ambos

Penugens nucas arrepiadas

Dela dele carnudos sexos

E limos de olhos

doentes de névoa

Dolências desnudas húmidas umas

Réstias de gumes sargaços

Na proa do tempo

Náufragos de lumes

Os corpos sonhados

[ 20130518 — Equerícias ]

JORGE FAZENDA LOURENÇO

É poeta e professor de literatura. Pedra de afiar (1983) foi o seu primeiro livro de poesia, seguido de Treze caprichos para Jorge de Sena (1984), Uma surda cegueira (1990), e. e. cummings: xix poemas (1991; 2.ª ed. 1998), Derivas (2002), Harmónio, de Wallace Stevens (2006), O spleen de Paris, de Charles Baudelaire (2007; 2ª ed., revista, 2022), e Cutucando a musa com verso longo e curto e outras coisas leves e pesadas (2009). Em 2006, editou A Invenção da modernidade (sobre arte, literatura e música), uma antologia de Charles Baudelaire.

Covilhã (1955)

Entre 1972 e 1988, frequentou medicina e o PREC, cursou jornalismo, foi professor-cooperante na República Democrática de São Tomé e Príncipe, crítico literário, e técnico administrativo na Siderurgia Nacional. Entre 1988 e 1993, estuda e ensina na Universidade da Califórnia, em Santa Barbara, doutorando-se com A poesia de Jorge de Sena: testemunho, metamorfose, peregrinação (1998; 2.ª ed., 2010; 3.ª ed., 2021). Entre 2009 e 2016, foi coordenador-editor das Obras Completas de Jorge de Sena na Guimarães Editores.

Publicou ainda, entre outras obras, Poemas escolhidos, de Fernando Pessoa (1985; 2.ª ed., 1988), O essencial sobre Jorge de Sena (1987; 2ª ed., revista e aumentada, 2019), O brilho dos sinais. Estudos sobre Jorge de Sena (2002), Matéria cúmplice. Para Jorge de Sena (2012), Azares da poesia (2018), Jorge de Sena, 939 Randolph Road: exílio, erotismo, escatologia (2021), e O essencial sobre Charles Baudelaire (2022).

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978-989-9154-14-8

ANDRÉ ALMEIDA E SOUSA

JOSÉ RICARDO NUNES

SARAH ADAMOPOULOS

JOANA BRANDÃO

M. PARISSY

JEAN-PIERRE SARRAZAC

C. COSTA, J. PALINHOS, M. MIRA

A. VITORINO, C. COSTA, G. RODRÍGUEZ

JOSÉ VIALE MOUTINHO

JOÃO BARRENTO

RAUL BRANDÃO

JAIME ROCHA (coord.)

VIRGÍLIO MARTINHO

INVENTÁRIO DE FRASCOS / SOMBRAS CALHAS

ALFABETO ADIADO

AGOSTO

CAMINHOS / CORAGEM HOJE, ABRAÇOS AMANHÃ

INCÊNDIOS DE RUA

AJAX, REGRESSO(S)

O GRANDE MUSEU DA CONSCIÊNCIA DE ELON MUSK

TANG PING, UM WESTERN MODERNO SOBRE NÃO SER

NINGUÉM

À SOMBRA DAS VOZES

APARAS DO DIA – A ESCRITA NA PONTA DO LÁPIS

AS ILHAS DESCONHECIDAS. NOTAS E PAISAGENS

POESIA, UM DIA (2012-2022)

RELÓGIO DE CUCO / A CAÇA

2023
[Janeiro - Junho]

MÁRIO T CABRAL

MÁRIO T CABRAL

LUÍSA FREIRE

LEONARDO

CLÁUDIA LUCAS CHÉU

HENRIQUE MANUEL BENTO FIALHO

JORGE PALINHOS

RUI ALMEIDA

NUNO DEMPSTER

LUIZ FAGUNDES DUARTE

MANUEL JORGE MARMELO

ANTÓNIO VIEIRA

HELDER BETTENCOURT

URBANO BETTENCOURT

JORGE AGUIAR OLIVEIRA

SIMÃO DOS REIS

DIMAS SIMAS LOPES

MAQUIAVEL

CLÁUDIA LUCAS CHÉU

YVETTE K. CENTENO

ANABELA BELO et alii (coord.)

LEONOR SAMPAIO DA SILVA

VIRGÍLIO MARTINHO

MANUEL JOÃO GOMES

LEONOR SAMPAIO DA SILVA et alii (org.)

NARCISO PINTO

JUDITE CANHA FERNANDES

MARIA BRANDÃO

AUGUST STRINDBERG

MÁRIO T CABRAL

CARLOS J. PESSOA

2022 AS QUATRO ESTAÇÕES

PARA ONDE VAMOS, IRMÃS?

IMAGENS (Selecção e Prefácio de Ricardo Marques)

CONTAS DE CABEÇA

ODE TRIUMPHAL À CONA

NA CAMA COM OFÉLIA

A ACÇÃO E O PODER NO DRAMA CONTEMPORÂNEO

CINCO CAVALOS ABATIDOS E OUTROS POEMAS

LIMBO, INFERNO E PARAÍSO, TRÊS ESTADOS APÓCRIFOS

AS FOGUEIRAS DO MAR

O QUE ACONTECE QUANDO NÃO SE PASSA NADA NO

TEATRO ART’IMAGEM

ELOGIO DA DESCRENÇA

O MEU CAMINHO

SALA DE ESPELHOS (2.ª ed. revista e aumentada)

ATERRO

O PASSADO É UMA ESPÉCIE DE FUTURO

UM HOMEM DE CONTRADIÇÕES

MANDRÁGORA

CONFISSÃO (2.ª edição)

O PENSAMENTO ESOTÉRICO DE FERNANDO PESSOA

ÁRVORES AO PÉ DA PORTA / TREES AT YOUR DOOR

QUASE UM CARIMBO

OBRAS II: O GRANDE CIDADÃO

OBRAS II: ALMANAQUE FANTÁSTICO, CÓMICO E CIENTÍFICO

MUITO MAIS QUE PAISAGEM 100 ANOS DE PEDRO DA SILVEIRA

PALPITES PARA MÁ-LÍNGUA E SEVÍCIAS

O TERRAMOTO

O QUARTO DO PAI

A DANÇA DA MORTE

É PRECISO QUE TE LEMBRES DOS PASSEIOS COM O TEU CÃO

TEATRO (IN)COMPLETO. VOLUME II

A COMPANHIA DAS ILHAS

A Companhia das Ilhas foi fundada em Maio de 2011, na ilha do Pico, onde tem a sua sede. Começou a publicar um ano depois.

A Companhia das Ilhas faz livros: deixa ao cuidado de outros a manufactura de sucedâneos.

A Companhia das Ilhas é uma editora livreira independente e de pequena dimensão. Se um dia, por infelicidade, vier a crescer até se tornar “média” ou “grande”, “entrega a pasta”.

Opções maiores da Companhia das Ilhas: língua portuguesa, contemporaneidade, diversidade formal.

A coerência da Companhia das Ilhas é o seu Catálogo.

A Companhia das Ilhas pratica preços justos: uma opção política, não um estratagema comercial (o que implicaria a subalternização de textos e de autores). Esta política agiliza a edição e passa ao lado das máquinas (demasiado) bem oleadas do mainstream.

A Companhia das Ilhas não serve de trampolim para autores que aspirem a “voos maiores”: não batam a esta porta, por favor.

A Companhia das Ilhas não tem editores geniais e iluminados, donos da verdade da coisa literária e poética. Já basta quem.

A Companhia das Ilhas não quer ser a melhor e a mais revolucionária editora portuguesa. Já basta quem.

A Companhia das Ilhas é um território movente que deita âncora aqui e ali: livrarias (reais e virtuais), formas várias de distribuição. Atenta às perversidades do sistema.

E sempre pronta a zarpar para outras geografias.

12 | antes que seja tarde | boletim bibliográfico da companhia das ilhas | # 4, agosto de 2023

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