saúde APRENDIZADO QUE SALVA VIDAS SABER PRESTAR OS PRIMEIROS SOCORROS PODE FAZER TODA A DIFERENÇA Por Karina Fusco
mento também no Brasil”, afirma. A enfermeira Juliane Custódio de Andrade, também instrutora do curso da FRRB, ressalta que o primeiro passo ao prestar ajuda a uma vítima é garantir a segurança do local e, caso a pessoa não responda ao bater com as mãos nos ombros dela e chamá-la em voz alta, é preciso solicitar que alguém acione o socorro por telefone. “O 192 do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e o 193 dos Bombeiros, são os números que todos precisam ter em mente”, alerta. Em seguida, segundo ela, é a vez de solicitar um desfibrilador, que é o aparelho de choque, e enquanto aguarda a ajuda chegar, deve-se iniciar imediatamente as compressões cardíacas no centro do peito da vítima. “Ofereça 30 compressões cardíacas intercalando com duas ventilações boca a boca e, se houver um desfibrilador no local use-o imediatamente. Se a vítima acordar, as manobras poderão ser interrompidas, mas, caso isso não aconteça, elas devem ser mantidas até a chegada do socorro”, orienta. “Se não se sentir seguro para fazer boca a boca, faça apenas compressões cardíacas”, completa.
CURSOS DE CAPACITAÇÃO A Fundação Roberto Rocha Brito (FRRB), mantida pelo Hospital Vera Cruz, oferece a cada dois meses o curso de Primeiros Socorros com Ressuscitação Cardiopulmonar. Com sete horas de duração, o treinamento ensina noções básicas de primeiros socorros, atuação em emergências médicas, por ferimentos, por picadas de animais peçonhentos, por paradas cardiorrespiratórias e o uso correto do desfibrilador. O aluno recebe uma carteirinha internacional da American Heart Association (AHA), que tem validade de dois anos. Saiba mais: www.frrb.com.br
ABRIL 2018 45
Foto: Divulgação.
uem já viveu a experiência de estar próximo a alguém que sofre um ataque cardíaco e fica inconsciente, sabe bem como é fundamental ter conhecimento sobre quais providências tomar. Diariamente, em casa, na rua, no trabalho, no trânsito ou em um local de lazer, pessoas de todas as idades passam mal. E mesmo se elas estiverem a uma pequena distância do hospital ou em local onde há socorristas, o atendimento inicial que ela recebe corretamente faz toda a diferença para ajudar a preservar sua vida. De acordo com Lourdes Josefina Ramirez Cogo, pediatra do Pronto-Socorro do Hospital Vera Cruz e instrutora do curso de Primeiros Socorros Salva Corações, oferecido pela Fundação Roberto Rocha Brito (FRRB), a cada minuto que o paciente deixa de receber os primeiros socorros antes da chegada da ambulância, diminui em 10% sua chance de sobreviver. “Nos Estados Unidos, grande parte da população é treinada para prestar os primeiros socorros, inclusive crianças. Precisamos difundir mais esse conheci-