Percurso da lagoa - Nova orla da Lagoa da Confusão | Nicole Moreira Amorim | UniEvangélica

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TC 91 cadernos de

Orla

Percurso da lagoa

Nova orla da Lagoa da Confusão


issuu.com/cadernostc

Cadernos de TC 2021-1 Expediente

Direção do Curso de Arquitetura e Urbanismo Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Corpo Editorial Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiati, M. arq. Coordenação de TCC Rodrigo Santana Alves, M. arq. Orientadores de TCC Manoel Balbino Carvalho Neto, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Detalhamento de Maquete Rodrigo Santana Alves, M. arq. Seminário de Tecnologia Jorge Villavisencio Ordóñez, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Seminário de Teoria e Crítica Ana Amelia de Paula Moura, M. arq. Expressão Gráfica Anderson Ferreira da Silva, Dr. arq. Simone Buiate Brandão, M. arq. Secretária do Curso Simone da Silva Costa Alves (62)3310-6001


Apresentação Este volume faz parte da coleção da revista Cadernos de TC. Uma experiência recente que traz, neste semestre 2021/1, uma versão mais amadurecida dos experimentos nos Ateliês de Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo (I, II e III) e demais disciplinas, que acontecem nos últimos três semestres do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA). Neste volume, como uma síntese que é, encontram-se experiências pedagógicas que ocorrem, no mínimo, em duas instâncias, sendo a primeira, aquela que faz parte da própria estrutura dos Ateliês, objetivando estabelecer uma metodologia clara de projetação, tanto nas mais variadas escalas do urbano, quanto do edifício; e a segunda, que visa estabelecer uma interdisciplinaridade clara com disciplinas que ocorrem ao longo dos três semestres. Os procedimentos metodológicos procuraram evidenciar, por meio do processo, sete elementos vinculados às respostas dadas às demandas da cidade contemporânea: LUGAR, FORMA, PROGRAMA, CIRCULAÇÃO, ESTRUTURA, MATÉRIA e ESPAÇO. No processo, rico em discussões teóricas e projetuais, trabalhou-se tais elementos como layers, o que possibilitou, para cada projeto, um aprimoramento e compreensão do ato de projetar. Para atingir tal objetivo, dois recursos contemporâneos de projeto foram exaustivamente trabalhados. O diagrama gráfico como síntese da proposta projetual e proposição dos elementos acima citados, e a maquete diagramática, cuja ênfase permitiu a averiguação das intenções de projeto, a fim de atribuir sentido, tanto ao processo, quanto ao produto final. A preocupação com a cidade ou rede de cidades, em primeiro plano, reorientou

as estratégias projetuais. Tal postura parte de uma compreensão de que a apreensão das escalas e sua problematização constante estabelece o projeto de arquitetura e urbanismo como uma manifestação concreta da crítica às realidades encontradas. Já a segunda instância, diz respeito à interdisciplinaridade do Ateliê Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo com as disciplinas que contribuíram para que estes resultados fossem alcançados. Como este Ateliê faz parte do tronco estruturante do curso de projeto, a equipe do Ateliê orientou toda a articulação e relações com outras quatro disciplinas que deram suporte às discussões: Seminários de Teoria e Crítica, Seminários de Tecnologia, Expressão Gráfica e Detalhamento de Maquete. Por fim e além do mais, como síntese, este volume representa um trabalho conjunto de todos os professores do curso de Arquitetura e Urbanismo, que contribuíram ao longo da formação destes alunos, aqui apresentados em seus projetos de TC. Esta revista, que também é uma maneira de representação e apresentação contemporânea de projetos, intitulada Cadernos de TC, visa, por meio da exposição de partes importantes do processo, pô-lo em discussão para aprimoramento e enriquecimento do método proposto e dos alunos que serão por vocês avaliados.

Manoel Balbino Carvalho Neto, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq.



A cidade tocantinense, Lagoa da Confusão, chama a atenção por sua beleza natural marcante, porém, encontra-se sem espaços de lazer para a população. Assim, a proposta do percurso da lagoa vem com o intuito de atender as necessidades dos lagoenses com espaços para a diversão e o bem-estar, proporcionando vida urbana, aumento da qualidade de vida dos moradores e reavivando um local com enorme potencialidade turística. O percurso integrará a praça da avenida central da cidade à orla existente e gruta, com caminhos entre a natureza, fornecendo aos usuários um passeio intuitivo que os remeta a usufruírem de todo o ambiente.

Nicole Moreira Amorim

Orientador: Rodrigo Santana Alves @nicoleamorimm


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Nome do Aluno


LEGENDAS: [f.1] Para figuras, que incluem gráficos, fotografias, imagens, mapas, diagramas e etc. [f.2] Para tabelas.

Nome do Trabalho

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PERCURSO DA LAGOA Nova orla da Lagoa da Confusão O lazer é a atividade não obrigatória, ou seja, um tempo livre para a autorrealização e bem-estar do ser. Ele vem acompanhado da diversão, descanso e/ou realização pessoal, como, turismo, recreação, desenvolvimento de projetos pessoais, socialização, meditação, entre outros. Ou seja, a prática do ‘’hobby’’ do indivíduo. Acarretando a melhoria da saúde, humor e renovação das energias, o que ‘’diz respeito à própria produção da vida’’. (SAITO, 2010.) E, segundo Vargas (1996 apud. Araujo, 2016), o apelo pós-modernidade da realização de práticas de atividades de lazer, as buscas pelo novo, pelo desejo de contatos sociais, tornam o turismo um grande insumo para tornar-se indústria motriz. Logo, quando encontrado pontos de lazer dentro da cidade, ocorre a “Urbanidade”: locais de convivência, onde todas as etnias podem desfrutar de um mesmo local, compartilhar experiências, conhecer pessoas ou tradições, ou seja, locais abertos, públicos ou semipúblicos com características peculiares de cada cidade. São espaços que proporcionam vida ao caráter urbano, um local com utilidade e funcional, como praças e parques. E esses, aliados a belezas naturais, podem criar incríveis pontos de fuga para as pessoas, junto com a conscientização de preservar o meio ambiente.

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Assim, a escolha do tema, primeiramente, se deu a partir do questionamento da falta de espaços de lazer na cidade que vivi – Lagoa da Confusão – e a falta de infraestrutura, abandono da orla e o quanto a beleza natural dalí chamava a atenção de todos que a conheciam. Depois, ao realizar os levantamentos e estudos da cidade, com diagnósticos abordando questões do meio ambiente, espaços públicos e infraestrutura, usos predominantes, atividades econômicas e mobilidade, o tema continuou chamando a atenção. Um local com grande potencialidade para o lazer da população e para alavancar o turismo da região: a orla da Lagoa da Confusão - a qual deu origem ao nome da cidade. O projeto integrará a orla existente á gruta – localizada na zona rural, próxima as margens da lagoa. E, devido a sua extensa área, o local foi dividido em 5 áreas estabelecidas de acordo com seus diferenciais, trago pelo estudo do lugar. Assim, foi estabelecido suas diretrizes e programa a fim de trazer a diversidade de uso para todas idades e horários ao decorrer da orla, com caminhos intuitivos que remetam ao pedestre usufruir de todo o ambiente, e preservar a natureza. A disposição do programa foi estabelecida de acordo com o fluxo que cada atividade trará, suas necessidades e afinidades com o entorno próximo existente, propondo espaços de lazer de qualidade, contato com a natureza, esportes – como o vôlei, caminhada -, locais voltados para crianças, eventos, esportes aquáticos e comércio, reavivando um ponto turístico do estado e aumentando a renda da cidade.

Nicole Moreira Amorim


A RELAÇÃO DAS CIDADES COM A ÁGUA A humanidade sempre buscou a proximidade com a água por ser um componente vital, o que acarretou as cidades sempre estarem configuradas de acordo com suas relações particulares com corpos hídricos, determinantes para suas paisagens urbanas (cidades-portos, cidades com canais, cidades nas bordas e/ou atravessadas por rios, cidades no entorno de baías com lagos, lagoas, praias oceânicas e etc.). (Kleiman) Ao passar do tempo as cidades foram crescendo, gerando impactos ambientais e hidrológicos e esquecendo os corpos de água como elemento urbano e paisagístico. Segundo Friedrich (2007, Parques Lineares), entre o século XIX e XX o urbanismo buscava atender apenas a “filosofia higienista e positivista”. Após, de acordo com Baptista (2013), o combustível para a conscientização das questões ambientais deu-se como marco a

Percurso da lagoa

Conferência das Nações Unidas de 1992, no Rio de Janeiro, e, a partir de então, potencializou a tendência de abordagens que relacionam sua água com a cidade com o intuito de agregar oportunidades “ambientais, sociais, recreativas, culturais e econômicas” ao local. Apesar dos desafios ligados ao planejamento urbano-ambiental e político-financeiro, os espaços ligados a natureza estão sendo mais valorizados. A restauração e requalificação de orlas são cada vez mais utilizadas para proporcionar lazer para a população, um modo de aumentar a qualidade de vida e saúde das pessoas com contato com a natureza e entrelaçar o corpo d’água com a cidade como elemento paisagístico. Além de poder tornar-se um atrativo turístico regional, nacional ou internacional, alterando a renda, geração de empregos e o mercado imobiliário da cidade.

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Fotos utilizadas na cronologia fonte Google Fotos.

REFERÊNCIAIS HISTÓRICOS O recorte cronológico a seguir foi realizado levando alguns critérios em consideração, como: escala do projeto; grande impacto à evolução da região; projetos importantes na história do urbanismo; momentos, e projetos que influenciaram na evolução da perspectiva ecológica à abordagem dos espaços ribeirinhos urbanos. Desse modo, a linha do tempo começará com o projeto de referência mundial - o qual marcou a introdução de espaços naturais na vida urbana – e mostrará a evolução até os ambientes atuais.

1878

Ocorreu a Comissão de Espaços Abertos Americanos, nos Estados Unidos: que arbitrou a implantação de redes de espaços abertos nas proximidades de áreas residenciais e que ligaria as áreas urbanas às áreas rurais com um grande sistema de circulação, preferencialmente sem a circulação de automóveis;

Inauguração do Parque Ecológico do Tietê, São Paulo;

1987

1982

Revitalização urbana de Barcelona; 1992

Concurso Lago Paranoá, Brasília. 2018 05

Emerald Necklace, Boston;

Bilbao Ría 2000; 1992

Orla de Antalya Konyaalti, Turquia; 2018 Nicole Moreira Amorim


1886

Novas tecnologias: surgiram novas maneiras de visualizar a paisagem, como as fotos aéreas; 1930

Reconstrução do Inner Harbor, Baltimore, Estados Unidos;

Aterro do flamengo, Rio de Janeiro;

1963

1961

1960

Redesenho da Navy Pier, Chicago;

Parque do Forte, Macapá, Amapá;

Porto Maravilha, Rio de Janeiro;

1995

2004

2011

Revitalização Orla do Guaíba, Porto Alegre;

Orla de Thessaloniki, Grécia;

2015

2014

Riverside Park, Nova York;

Harbour Loop, Hong Kong; 2017 Percurso da lagoa

Carl Troll desenvolveu o termo “ecologia da paisagem”; 1939

Inauguração de Brasília;

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O LUGAR SUGERE O TEMA O POTENCIAL DO LOCAL LEGENDAS: [f.1] Praia Lagoa da Confusão. Fonte: acervo pessoal, 2019.

Um local que proporciona uma beleza natural marcante, na margem da cidade, com grande potencialidade para o lazer da população e turismo, que poderia ser uma importante fonte de renda da cidade, está se tornando um local de abandono pelos lagoenses por sua falta de infraestrutura. Sem dúvidas o turismo estampa uma grande força na economia mundial, o qual, segundo World Travel and Tourism Council (WTTC), em 2018 foi responsável por um a cada cinco novos empregos criados no mundo, contribuindo com 10,4% no PIB mundial. No mesmo ano o estudo também revela o Brasil como o quinto país do mundo com maior impacto no PIB nacional com gastos de viagem e turismo, sendo 94% do volume de voos domésticos.

Índice de crescimento elevado

E, em 2020, devido a pandemia, a WTTC relata que destinos nacionais e regionais ao ar livre são ainda mais procurados. Além disso, a partir desse ano atípico percebemos cada vez mais a importância do lazer e o quanto um local agradável, ao ar livre, conectado com a natureza faz falta. Assim, o projeto de requalificação para a orla da Lagoa da Confusão vem para atender a população da cidade onde cresci, destacar sua beleza de água clara, areia branca e rica vegetação ofuscada pelo espaço construído degradado, tornando-a atrativa, também, para a atividade turística, e, consequentemente, aumentando a qualidade de vida dos moradores da região.

Sem espaço de lazer adequado

LOCAL COM POTENCIALIDADES

Qualidade de vida dos moradores

SEM ESTRUTURA ADEQUADA

O projeto trará:

Lazer e Turismo

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Fonte de renda

Qualidade de vida dos moradores

Nicole Moreira Amorim


[f.1]

Percurso da lagoa

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[f.2]

[f.3]

Nome do Aluno


LOCALIZAÇÃO CIDADE LAGOA DA CONFUSÃO Lagoa da Confusão é um município do Estado do Tocantins, não planejado, a 220 km da capital Palmas e 150 km de Gurupi, aproximadamente. É conhecida como “Portal da Ilha do Bananal”- a maior ilha fluvial do mundo – e entrada para o Parque Nacional do Araguaia, primeiro parque ambiental a ser criado no Brasil. O local é caracterizado pelo seu clima tropical de temperaturas entre 20°C a 40°C, aproximadamente, durante todo o ano; água em abundância, devido a rios próximos [FIG. 4]; terreno, em todo o município, relativamente plano; e a união dos principais ecos-sistemas brasileiros (cerrado, pantanal e floresta amazônica), com predominância da vegetação do cerrado.

[f.4] Legenda: Tocantins

[f.2] Relação lagoa e cidade. Fonte: g1.globo.com [f.3] A cidade vista por cima. Fonte: surgiu.com.br [f.4] Localização da cidade. Fonte: acervo pessoal, Intervenções nos mapas do Plano Diretor da cidade.

PALMAS

LAGOA DA CONFUSÃO GURUPI

Legenda: Ilha do Bananal Limite municipal da Lagoa da Confusão

Limite municipal de Palmas Limite municipal de Gurupi

Pium

TO262

LAGOA DA CONFUSÃO

MATO GROSSO Dueré

-> Dueré

-> Formoso do Araguaia

Formoso do Araguaia

Legenda: Terra Ind. Parque do Araguaia Parque Nacional do Araguaia Zona rural

Percurso da lagoa

Limite estadual Limite municipal Rios Rodovias Lagoa da Confusão

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[f.5] Proporção da lagoa em relação a cidade. Fonte: conexaoto.com.br [f.6] Interior da gruta. Fonte: fornecida por Gilberto Gleid. [f.7] Gruta. Fonte: fornecida por Gilberto Gleid. [f.8] Pedra calcária. Fonte: t1noticiias.com.br [f.9] Mapa com setorizações predominantes Fonte: acervo pessoal.

A história da Lagoa da Confusão se inicia em 1933, com viajantes que passavam pelas serras das redondezas da lagoa e enxergavam um espelho d’àgua. Devido a várias dificuldades no percurso não o encotravam, proporcionando o nome do local. Com a busca de terras férteis para plantio e, consequentemente, o encontro de calcário próximo à lagoa, começaram a formar uma vila, e, oficialmente, em 20 de fevereiro de 1991, tornou-se município, criada pela lei estadual nº 251 e instalada em 1º de janeiro de 1993, e batizada com o mesmo nome da lagoa - Lagoa da Confusão. Desde então, a cidade cresce rapidamente e sem planejamento, alcançando 13.676 habitantes, segundo a população estimada do IBGE (2020), com as principais atividades econômicas atuais sendo a agricultura, o agronegócio e a exploração de calcário. O turismo, anteriormente, fazia parte dessa lista, mas com a construção de Palmas, seu lago artificial e outros locais praianos no Tocantins que cresceram com maior infraestrutura, acarretou o esquecimento da lagoa pelos turistas.

[f.5]

[f.6]

[f.3]

[f.7]

A LAGOA E O ENTORNO Localizada na extremidade leste da cidade, a lagoa é rodeada por zona rural em grande parte, onde encontra-se as serras, na qual em uma há a gruta com igreja de pedra e sala de ossos em seu interior. Totalmente natural, a lagoa possui, aproximadamente, 7 km (quilômetros) de perímetro e área de 3,60 km² (quilômetros quadrados), ou seja, área equivalente a mais de 500 campos de futebol. Sua profundidade chega a até 6,50 metros em alguns pontos, e há uma pedra de calcário [FIG. 8], ponto turístico para fotos e escalada para pulo na água. Apesar de extensa, a lagoa tem acesso estruturado por dois pontos: pela orla pública existente e pela praia criada pelo Park Hotel, atualmente acessada apenas pelos clientes, somando 0,60 km (quilômetros), aproximadamente.

Descoberta da Lagoa; 1933

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Criação do Estado do Tocantins; 1988

[f.8]

Criação de Palmas; 1989

Tornou município de Lagoa da Confusão; 1993

Nicole Moreira Amorim


[f.9]

Palmas

4

TO-37

200

80 80

Legenda: Lagoa da Confusão

Institucional Zona de Interesse Paisagístico (ZIP) da prefeitura Pedra

TO

-3

74

Predominante comercial Predominante residencial

Gurupi

Percurso da lagoa

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[f.10]

[f.10 e 11] Maquete com topografia. [f.12] Orla da lagoa. Fonte: surgiu.com.br [f.13] Lagoa. Fonte: acervo pessoal, 2021. [f.14] Passarela. Fonte: acervo pessoal, 2019.

[f.11]

Curvas de nìveis de 1 em 1 metro;

Cidade, relativamente, plana; Com lotes vazios próximos a orla;

Gruta com igreja de pedra e sala de ossos.

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Nicole Moreira Amorim


[f.12] LEGENDAS: [f.1] Para figuras, que incluem gráficos, fotografias, imagens, mapas, diagramas e etc. [f.2] Para tabelas.

[f.13]

Nome do Trabalho

[f.14]


[f.15]

80

200 80

Legenda: Residencial Comercial Serviço Espaço Público Institucional Sub utilizado Bar e Restautante

Hotel / Pousada Park APA Acesso barco Praia Peregrinação Pedra

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Nicole Moreira Amorim


P

R. M

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[f.16]

Legenda: Bar e Restautante

Banheiros Públicos

Hotel / Pousada

Academia ao ar livre

Park

Área de banhistas

APA

Centro Cultural

Acesso barco Praia

Percurso da lagoa

P

[f.15] Mapa com setorizações. Fonte: acervo pessoal. [f.16] Maquete 3d evidenciando as alturas das coonstruções e evidenciando pontos importantes. Fonte: acervo pessoal.

Delegacia de polícia Ginásio de esportes

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P

Av

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A APA (Área de Proteção Ambiental)[FIG. 18], é uma zona de vegetação densa que atualmente encontra-se cercada. Já, entre ela e a lagoa há construções de comércios, diversas árvores e rua sem asfalto a qual termina no cercado do parque [FIG. 17]. Na orla existente, há vegetação má distribuída, local para desembarque de barcos na lagoa, com uma avenida limítrofe facilitando o acesso á orla, praia, quiosques abandonados, mirante sem acesso e mobiliários degradados, limitante á mata ciliar [FIG. 30].

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[f.17]

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[f.21]

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[f.20]

Nicole Moreira Amorim


[f.22]

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[f.23]

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[f.27]

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[f.24]

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[f.28]

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8 [f.29]

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[f.17] Praia cercada utilizada apenas por clientes do Park Hotel. Fonte: acervo pessoal, 2019. [f.18] APA cercada. Fonte: acervo pessoal, 2019. [f.19] Vegetações próximas a lagoa. Fonte: acervo pessoal, 2019. [f.20] Comércio próximo a lagoa. Fonte: acervo pessoal, 2019. [f.21] Comércio em frente a orla. Fonte: acervo pessoal, 2019. [f.22] Vegetações da orla. Fonte: acervo pessoal, 2019. [f.23] Desnvível na orla. Fonte: acervo pessoal, 2019. [f.24] Local para desembarque de barcos. Fonte: acervo pessoal, 2019. [f.25] Rua limítrofe da orla. Fonte: acervo pessoal, 2019. [f.26] Quiosque sem uso atual. Fonte: acervo pessoal, 2019. [f.27] Praia. Fonte: acervo pessoal, 2019. [f.28] Mirante sem acesso atual. Fonte: acervo pessoal, 2019. [f.29] Academia. Fonte: acervo pessoal, 2019. [f.30] Vegetação da mata. Fonte: acervo pessoal, 2019.

[f.26]

9 [f.30]

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Percurso da lagoa

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L E VA N TA M E N TO [f.31] Tabela de potencialidades, problemas e diretrizes levantadas. Fonte: acervo pessoal. [f.34] Esquema usuários. Fonte: acervo pessoal.

No local, foram realizados diagnósticos abordando questões do meio ambiente, espaços públicos e infraestrutura, usos predominantes, atividades econômicas e mobilidade com a finalidade de definir diretrizes gerais para cada tema.

[f.31]

PROBLEMÁTICAS

POTENCIALIDADES

ACESSOS

DIRETRIZES

Avenida principal da cidade (Av. Vitórino Panta), próxima à área de intervenção, a qual oferece um fluxo intenso de moradores da cidade e pessoas de passagem (rota que interliga as BR’s);

Encontro fora de ângulo da Av. Vitórino Panta e R. Martins Paz da Silva;

Modificar a ligação da Av. Vitórino Panta com a R. Martins Paz da Silva;

Ruas que dão acesso direto a orla são agenciados por um ou dois sentidos, o que possibilita o fácil acesso a área;

Estrutura precária de uma rua sem asfalto e sem saída [FIG.X];

Pavimentação e ligação da rua sem asfalto com a criação de outra rua;

Rua limítrofe da orla (R. Martins Paz da Silva), possibilita o maior acesso a área;

Ruas com faixas de pedestres apagadas;

Implantação de faixas de pedestres;

Área com predominância de ventos;

Cidade com temperaturas diurnas altas durante todo o ano;

Trabalhar o conforto ambiental;

CONDIÇÕES CLIMÁTICAS

CONSTRUÇÕES E MOBILIÁRIOS

HIDROGRAFIA

Quiosques fechados e deteriorados; Bares, restaurantes e hotéis próximos a orla;

Auxilia no microclima;

Mobiliário escasso, de má qualidade, locados em lugares indevidos e deteriorados; Desvalorizada pela população atualmente;

Melhorar a integração da lagoa com a cidade;

Vegetação da orla má distribuída;

Trabalhar o conforto ambiental e a integração da natureza com a cidade;

VEGETAÇÃO Vegetação natural abundante região não construída;

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na

Implantar quiosques e mobiliários que se integrem ao local;

Nicole Moreira Amorim


PARA QUEM? RELACIONANDO O PROJETO COM O USUÁRIO Cidade, definida como uma aglomeração humana, ou seja, várias pessoas convivendo em constante evolução, que se encontram em uma das 4 fases da vida: infância, adolescência, vida adulta ou idosa. E, alguns locais são beneficiados pela indústria turística, os quais voltam-se para receber, em maior quantidade, pessoas de outras regiões. As cidades turísticas tendem a elevar o valor da sua imagem, tratando-a como fator de extrema importância para a ascensão do setor. Sejam cenários naturais ou construídos, carregam consigo a finalidade de despertar a curiosidade e/ou necessidade de serem conhecidos e usufruídos. E, segundo Gray (1970 apud. Araujo et al., 2016) existem dois motivos para irmos em busca do turismo: o ‘sunlust’, ou ‘o prazer do sol’, que consiste na busca de lugares naturais para o descanso; e o ‘wanderlust’ ou

‘prazer da peregrinação’ em que o viajante está em busca de novos ambientes, pessoas e conhecimento, favorecendo locais urbanos. Já como pontos positivos de investirem no setor, de acordo com Araujo et al. (2016), os ambientes turísticos vinculam-se com a especulação do mercado imobiliário, impactam na renda da cidade, proporcionam espaços de lazer para os moradores com maior infraestrutura e impulsionam a urbanização, além de ser um insumo para conservarem os recursos naturais devido a reprodução do ramo. Assim, o projeto, aliado com a beleza natural já proporcionada pela lagoa e seu entorno, tem como objetivo fornecer ao município um espaço mais acolhedor e convidativo para os lagoenses e que desperte a curiosidade de turistas irem conhecer-la.

[f.32]

COTIDIANO

CIDADE

FA M Í L I A

CRIANÇA ADOLESCENTE ADULTO IDOSO

MORADOR

TURISTA SUNLUST x WANDERLUST

Percurso da lagoa

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L E VA N TA M E N TO [f.33] Tabela com pesquisa de estudo de definição de público e como utilizar no projeto. Fonte: acervo pessoal. [f.34] Uma das áreas de lazer e interação propostas. Fonte: acervo pessoal.

Com isso, para poder atender a todos, comecei a perguntar “como definir as diferentes fases da vida? ” a algumas pessoas. Levantei palavras chaves identificadas em tais respostas, a fim de caracterizar todas as fases, e assim, as utilizo como partido para caracterizar os usuários e refletir as ideias no projeto.

[f.33]

DEFINIÇÃO •Alegria; •Variação de cores; •Tátil; •Brincadeiras; •Jogos de sombra e luz, de formas geométricas; •Sonham; •Ilusionismo; •Tecnologia – Jogos; •Descoberta/aprendizagem/novidades; •Ouvem histórias e se baseiam; •Base do aprendizado; •Dependente dos responsáveis; •Ligação com a natureza/árvore/água/ animais;

•Combinação de cores; •Materialidade com texturas; •Jogos de sombra e luz com a iluminação artificial e incidência do sol em superfícies, •Formas geométricas; •Inovações tecnológicas para diversão e aprendizagem; •Proximidade a áreas naturais; •Espaço para a interação de várias idades;

ADOLESCENCIA

•Agito; •Luzes; •Tecnologia - Relações sociais; •Música; •Novas experiências;

•Atividades diurnas e noturnas; •Atividade físicas; •Inovações tecnológicas;

ADULTO/ IDOSO

•Calmaria; •Conversa; •Iluminação neutra; •Cores neutras; •Estabilidade; •Compras; •Família; •Ensinam/contam histórias; •Maior preocupação com a saúde; •Mais ligados a religião; •Ligação com natureza/plantas;

•Locais para contemplação; •Iluminação e cores neutras; •Comércios; •Feira; •Locais para família; •Proximidade a natureza.

INFÂNCIA

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UTILIZAR

Nome do Aluno


A Q U E S T Ã O D O T I P O D E C I DA D E Q U E Q U E R E M O S, N Ã O P O D E S E R S E PA R A DA DA Q U E S T Ã O D O T I P O DE PESSOAS QUE QUEREMOS SER, QUE TIPO DE R E L A Ç Õ E S S O C I A I S B U S C A M O S, Q U E R E L A Ç Õ E S C O M A N AT U R E Z A N O S S AT I S FA Z E M M A I S, Q U E E S T I LO D E V I DA D E S E JA M O S L E VA R , QUA I S N O S S O S VA LO R E S E S T É T I C O S. O D I R E I TO À CIDADE [...] É UM DIREITO DE MUDAR E REINVENTAR A CIDADE MAIS DE ACORDO COM NOSSOS MAIS PROFUNDOS DESEJOS. (ARAUJO et al., 2016)

LEGENDAS: [f.1] Para figuras, que incluem gráficos, fotografias, imagens, mapas, diagramas e etc. [f.2] Para tabelas.

[f.34]

Nome do Trabalho

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PROPOSTA DIRETRIZES [f.35] Mapa com manchas de acordo com seus diferenciais projetuais. Fonte: acervo pessoal. [f.36] Esquema de acordo com o Project for Public Spaces. Fonte: acervo pessoal.

As potencialidades e problemáticas do local acarretaram nas diretrizes traçadas: - revitalizar a orla existente; - proporcionar maior acesso á lagoa; - interligar a orla e a gruta; - preservar a vegetação próxima á lagoa; - proporcionar o desenvolvimento da cidade.

[f.35]

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Nicole Moreira Amorim


O Q U E FA Z E R PA R A T E R U M E S PA Ç O D E S U C E S S O ? O espaço público proporciona lazer e gera a vida pública, definindo as cidades e retratando uma comunidade, mas o que faz com que alguns lugares tenham sucesso enquanto outros falham? Para responder a essa questão, o Project for Public Spaces (apud. Archdaily, 2019) avaliou diversos espaços públicos pelo mundo e relatou aspectos semelhantes na maioria dos locais vigorosos: são acessíveis, ativos, atraentes e promovem a sensação de conforto e interação social. A partir disso, desenvolveram a ferramenta “The Place Diagram” com o intuito de avaliar a qualidade dos espaços públicos, consistindo em colocar os critérios de avaliação, os qualita-

tivos que julgamos intuitivamente um espaço de sucesso e os aspectos quantitativos provados por estatísticas, utilizada também como ponto de partido para o projeto do Passeio da Lagoa [FIG. 36]. Assim, o projeto da orla trará um espaço ativo, atraente, sustentável, saudável e que proporcione a ideia de segurança e pertencimento à população através de promoções de atividades diurnas e noturnas, materialidade e mobiliários interativos e acolhedores, caminhos que conectem o meio à natureza, promovendo a preservação dos recursos naturais, espaços de lazer contemplativo, esporte e iluminação adequada em toda a extensão projetual.

[f.36]

ATIVIDADES DIURNAS E NOTURNAS ILUMINAÇÃO MOVIMENTO ATIVO MATERIALIDADE

MOBILIÁRIO

ACOLHEDOR

ATRAENTE

INTERATIVO

POSTO POLICIAL SEGURANÇA

ESPAÇO PÚBLICO SAUDÁVEL

ESPORTE

SUSTENTÁVEL NATUREZA

CAMINHOS

LAZER APRENDIZADO

INFORMATIVOS

Percurso da lagoa

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PROCESSO PROJETUAL [f.37] Diagrama para programa. Fonte: acervo pessoal. [f.38, 39, 40 e 41] Processo de criação. Fonte: acervo pessoal.

Após os estudos realizados, a cidade evidenciou as atividades que serão contidas no projeto [FIG.37]. Ao decorrer dos espaços serão locados ambientes para crianças, esporte, comércio, exposições temporárias como feira, foodtrucks, festivais musicais e culinários, zona na lagoa para banho e utilização de barcos e jet-skis, contemplação e ecoturismo.

P L A Y G R O U N D

25

E S P O R T E

C O M É R C I O

E X P O S I Ç Õ E S

T E M P O R Á R I A S

B A N H O

O PR

C O N T E M P L A Ç Ã O

G

M RA

[f.37]

E C O T U R I S M O

A

Nicole Moreira Amorim


[f.38]

Assim, para iniciar o desenho e zoneamento projetual, foi locado o programa existente junto com os acessos de maior fluxo atual, de acordo com a imagem ao lado.

80

200 80

Quiosques Mobiliário Área de contemplação

[f.39]

Após, acrescentada as vias projetadas, e então traçada a ideia primária do caminho principal do projeto – a passarela.

80

200 80

Acesso Passarela inicial

Percurso da lagoa

26


[f.40] 80

A ideia da passarela desde o início traz consigo o propósito de conectar a cidade à gruta com caminho que envolva o usuário e interligue com o programa do local, hora próximo a água, com iluminação natural direta e vistas da orla; hora entrelaçada à vegetação, um caminho sombreado e mais fresco, ideal para sentar no meio da tarde, contemplar e ler um livro.

200 80

Quiosques Mobiliário Área de contemplação Passarela

80

200 80

[f.41]

Assim, o desenho formado pela passarela entrelaça o construído e gera a divisão de espaços, cada um com potenciais que caracterizam diferentes públicos, sendo que cada atividade foi locada de acordo com seu foco principal de usuários, mesmo que todo o programa seja livre e possa ser utilizado por todos.

Banho Deck Infantil Esporte Quiosques Área de contemplação Passarela Desembarque de barcos

27

Nicole Moreira Amorim


IMPLANTAÇÃO GERAL Para melhor visualização o projeto será dividido em 5 áreas, de acordo com seus diferenciais.

[f.42] Mapa de implantacão geral com divisões das àreas. Fonte: acervo pessoal.

Área 1

[f.42]

Área 2

80

200 80

Área 3

Área 5

Área 4

Legenda: Passarela Calçada Praia Quiosque Banheiro / Chuveiros Esporte e brinquedos Vegetação

Percurso da lagoa

28


[f.43] [f.1] Para figuras, que incluem gráficos, fotografias, imagens, mapas, diagramas e etc. [f.2] Para tabelas.

[f.1]

[f.44]

120

Nome do Aluno


ÁREA 1 L A Z E R N A AV E N I I DA Localizada no encontro da Avenida principal (Av. Vitórino Panta) com a Rua limítrofe à orla (R. Martins Paz da Silva), em frente ao Centro Cultural da cidade, a praça Lêda Bernadon será o ponto de partida do projeto. Após os estudos da lagoa, esse local foi aderido pelo espaço projetual devido ao seu potencial de extensão do lazer da orla para dentro da cidade, tornando-se um atrator de fluxo para o caminho a ser percorrido. Um local visível para quem passa pela cidade, devido a avenida principal ser a conexão das TO’s, e fazer parte do setor central, na avenida comercial, onde já existe um fluxo constante da população, servindo como ponto para utilizarem na passagem do dia-a-dia, de encontro, descanso e união dos comerciantes e moradores, além de tornar-se espaço de apoio para quando houver eventos no centro cultural e “chamar” os usuários a percorrerem o restante das áreas propostas. O projeto da praça traz consigo áreas verdes para a melhoria do conforto térmico, devido as altas temperaturas comuns da região, com a escolha dos ipês amarelos em razão das entradas da cidade e ilhas centrais serem com essa vegetação. A implantação da fonte interativa seca, no local da fonte desativada existente, e mobi-

[f.45]

Nome do Trabalho

liários e materialidade motivados pelo traçado de todo o projeto. Além disso, há a adequação do encontro das vias. Materiais: Placas de concreto pré moldadas 1,00 x 1,00 metros

[f.43 e 44] Praça projetada. Fonte: acervo pessoal. [f.45] O Centro Cultural. Fonte: acervo pessoal, 2021. [f.46] A praça em frente ao Centro Cultural. Fonte: acervo pessoal, 2021. [f.47] Planta área 1. Fonte: acervo pessoal. [f.48] Corte área 1. Fonte: acervo pessoal. [f.49] Praça projetada. Fonte: acervo pessoal.

Réguas de madeira de ipê roxo com tratamento de stain cor branca Réguas de madeira de ipê roxo com tratamento de stain cor natural Grama são carlos

[f.46]

120


[f.47]

Cor te A a

nt

o

rin

[f.1] Para figuras, quev. A incluem gráficos, fotografias, imagens, mapas, diagramas e etc.

tó Vi

Pa

[f.2] Para tabelas.

Cor

rtin

sP

az

da

Silv

a

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[f.1]

R.

Ma

6

20 6

[f.48]

CORTE A

1

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Av

ino

r itó

Pavimentação Av. Vitórino Panta

31

1

a

t an

P

4

Fonte seca interativa Grama são carlos

Ipê com stein branco

Placas pré moldadas de concreto

Vegetação existente

Pavimentação Rua M.P. da Silva

Nicole Moreira Amorim


[f.49]


POIS SE A ALMA DEVE SER ATRAÍDA PELOS OBJETOS QUE A CIRCUNDAM, ELA ORA DESEJA ABRANG E R D E U M A S Ó V E Z O T O D O, O R A S E P E R D E R N O VA M E N T E E M S I N U O S I DA D E S S U AV E S, N O Q U E S E M O S T R E A P E NA S F U RT I VA M E N T E À V I S TA AQU I LO QUE DEVE VIR, NÃO SE MOSTRANDO EM TODA A SUA ABRANGÊNCIA ANTES DE SER PLENAMENTE P E RC O R R I D O. ( M O R I T Z , a p u d A ra u j o e t a l . , 2 0 1 6 )

[f.50]

120

Nome do Aluno


ÁREA 2 PA S S E I O E N T R E A N AT U R E Z A Para unir o fluxo de passagem da praça à orla foi criada um caminho e ambientes entre a mata existente, fornecendo novas experiências que conectam os usuários à natureza. O local é entrelaçado pela vegetação existente por uma passarela de madeira a qual eleva-se do solo suavemente, criando o primeiro deck a 1,20 metros do solo com balanços, redários e bancos entre as árvores. Já o segundo, com 0,60 metros a menos, traz a lagoa como elemento de contemplação e conexão entre a água, os usuários e a vegetação existente.

Materiais: Placas de concreto pré moldadas 1,00 x 1,00 metros

[f.50] Entrada para área 2. Fonte: acervo pessoal. [f.51] Foto da mata vista da R. M.P. da Silva. Fonte: acervo pessoal.

Réguas de madeira de ipê roxo com tratamento de stain cor branca Réguas de madeira de ipê roxo com tratamento de stain cor natural

[f.51]

Percurso da lagoa

34


[f.52]

a

nt

Av

o

rin

i .V

Pa

Corte B Deck 1

Corte C a

[f.1] Para figuras, que incluem gráficos, fotografias, imagens, mapas, diagramas e etc.

az

da

Silv

[f.2] Para tabelas.

R.

Ma

rtin

sP

[f.1]

6

Deck 2

40 6

DECK 2

DECK 1

[f.53]

[f.54]

Corte B

120

9

2 2

Nome do Aluno

9

2 2


[f.55]

CORTE B

LEGENDAS: [f.1] Para figuras, que incluem gráficos, 1 fotografias, imagens, mapas, diagramas e 1 etc.

4

[f.2] Para tabelas.

Redário Ipê com stein branco

Balanço Ipê com stein natural

Vegetação natural da mata

Placas pré moldadas de concreto

Pavimentação Rua M.P. da Silva [f.52] Planta área 2. Fonte: acervo pessoal. [f.53 e 54] Zoom nos decks da área 2. Fonte: acervo pessoal. [f.55 e 56] Corte B e C. Fonte: acervo pessoal.

[f.56]

CORTE C

1

4 1

Ipê com stein branco Ipê com stein natural

Percurso da lagoa

Placas pré moldadas de concreto

Pavimentação Rua M.P. da Silva

36


[f.57] [f.1] Para figuras, que incluem gráficos, fotografias, imagens, mapas, diagramas e etc. [f.2] Para tabelas.

[f.1]

[f.58]

39

Nicole Moreira Amorim


[f.59] LEGENDAS: [f.1] Para figuras, que incluem gráficos, fotografias, imagens, mapas, diagramas e etc. [f.2] Para tabelas.

[f.57 e 58] Deck 1. Fonte: acervo pessoal. [f.59 e 60] Deck 2. Fonte: acervo pessoal. [f.60]

Percurso da lagoa

40


[f.61] [f.1] Para figuras, que incluem gráficos, fotografias, imagens, mapas, diagramas e etc. [f.2] Para tabelas.

[f.1]

[f.62]

120

Nome do Aluno


ÁREA 3 REQUALIFICAÇÃO DA ORLA Com o intuito de proporcionar um local qualificado com entretenimento e lazer, a requalificação é proposta nesta área trazendo quiosques, quadra de areia para jogos como o vôlei, futevôlei e beach tennis, praia, playground, espaços de permanência e mobiliários influenciados pelo entrelaço da passarela e locação da vegetação existente, realocando o mínimo possível da vegetação. E, ao longo do caminho da passarela formam-se “piscinas”, protegendo os banhistas dos veículos aquáticos e proporcionando um caminho sobre a água com vistas que enaltecem a natureza. Além disso, foi criado um espaço livre, sem mobiliários fixos, para a realização dos eventos temporários. Todas as árvores usadas nesta área já existem no local, algumas apenas remanejadas para outro ponto.

[f.63]

Corte

D

Espaço A

Corte Corte

E

F

Espaço B

40

14 14

Espaço C [f.61 e 62] Área 3. Fonte: acervo pessoal. [f.63] Planta área 3. Fonte: acervo pessoal.

Percurso da lagoa

40


D

9

2

R.

Corte

Ma rtin sP

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aS

ilva

[f.64]

2

Espaço A

[f.65]

E

da Paz

F

art ins

Corte

R. M

[f.1]

Silv

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Corte

9

2 2

Espaço B

R. M

art ins

Pa

zd aS

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[f.66]

Espaço C 9

2

41

2

Nicole Moreira Amorim


[f.67]

CORTE D O Espaço A tem como ponto principal o entretenimento através de mobiliários criados para jogos e brincadeiras, além da formação de uma piscina natural com menor profundidade [FIG. 70, 71 e 72]. Já o Espaço B fornece a área de exposções temporárias e mobiliários de apoio próximos para servirem de bancos e mesas. E, uma área de banho protegida maior, além do espaço sem a proteção da passarela para a facilidade de praticar esportes aquáticos, como o stand up paddle (Corte E) . O Espaço C tem como maior foco os quiosques com vistas do horizonte no 2 andar. Além de espaço com vários balanços e bancos para a interação entre os usuários [FIG. 74].

Materiais: Placas de concreto pré moldadas 1,00 x 1,00 metros Réguas de madeira de ipê roxo com tratamento de stain cor branca Réguas de madeira de ipê roxo com tratamento de stain cor natural Grama são carlos

4

12 4

[f.64, 65 e 66] Zooms na área 3. Fonte: acervo pessoal. [f.67, 68, 69] Cortes D, E e F. Fonte: acervo pessoal.

Iluminação baixa da passarela na orla

Areia

Escada e = 0,16 metros p = 0,70 metros

Grama são Placas pré carlos moldadas de concreto

Pavimentação Rua M.P. da Silva

[f.68]

CORTE E

4

12 4

Grama são carlos

Ipê com stein branco

Ipê com stein natural

Pavimentação Rua M.P. da Silva

CORTE F

[f.69] 4

12 4

Ipê com stein natural

Escada e = 0,16 metros p = 0,70 metros

Placas pré moldadas de concreto

Grama são carlos

Pavimentação Rua M.P. da Silva


[f.70]

[f.71]

[f.72]

[f.73] [f.70] Espaço próximoa piscina natural com menor profundidade, no recorte do Espaço A. Fonte: acervo pessoal. [f.71] Espaço de entretenimento, no recorte do Espaço A. Fonte: acervo pessoal. [f.72] Espaço voltado para diversão das crianças, no recorte do Espaço A. Fonte: acervo pessoal. [f.73] Espaço para exposições temporárias, no recorte do Espaço B. Fonte: acervo pessoal. [f.74] Espaço de interação, no recorte do Espaço C. Fonte: acervo pessoal. [f.75] Espaço de lazer com evidência ao mobiliário luminoso. Fonte: acervo pessoal.

[f.74]

[f.75]


ÁREA 4

[f.76] Passarela entre a vegetação natural. Fonte: acervo pessoal. [f.77] Passarela sobre a lagoa. Fonte: acervo pessoal. [f.78] Crescimento da cidade. Fonte: acervo pessoal.

ROTA DA GRUTA Conectando a cidade à gruta, o projeto traz o prolongamento da passarela, ora entre a vegetação, ora sobre a lagoa. Na área, encontra-se a praia do Park Hotel, anteriormente utilizada apenas pelos clientes, agora pública, fornecendo a extensão da orla e atraindo usuários, também, para o parque. O desembarque de barcos foi realocado para a área, do outro lado do Park Hotel, para se distanciar da área de banhistas [FIG. 78].

ÁREA 5 C O N S E RVA Ç Ã O Com propósito de preservação à natureza, a área será reservada para a proteção ambiental, tornando-se APA, onde, de acordo com a Lei 9.985/00 atualmente regulada pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), é permitido a ocupação, porém, com direcionamento e adequação realizado pelo órgão governamental de qualquer atividade a ser realizada no local.

[f.76]

IMPACTO NA VIZINHANÇA B E N E F Í C I O S PA R A C I DA D E Além de proporcionar um espaço de lazer para os moradores e reativar o poder econômico turístico, a extensão do passeio e “pelo vínculo explícito do turismo ao mercado imobiliário” por cada vez mais impulsionar a urbanização (Araujo et al., 2016), na cidade poderá haver a valorização imobiliária próxima a lagoa, excluindo os vazios urbanos centrais e crescendo para

o sudoeste, principalmente devido ao prolongamento da avenida ao encontro da nova rua [FIG. 79]. Outro aspecto a ser considerado refere-se à valorização estética da paisagem urbana, que segundo Araujo et al. (2016), poderá ser visto a melhoria da conservação dos recursos naturais por ser um fator para reprodução da economia.

[f.77] [f.79] [f.78]

Legenda: Prolongamento da avenida e nova rua Local para desembarque de barcos


EQUIPAMENTOS QUIOSQUES Localizados no decorrer da Área 3, os 6 quiosques serão espaços para o comércio próximos a praia. De materialidade influenciada por seu entorno e escolha de produtos da região, o telhado de palha piaçava proporcionou a criação de um segundo nível, devido a sua inclinação indicada de 60%, para permanência dos clientes, promovendo a vista da orla e proteção do sol do lado oposto. A

estrutura será de madeira ipê, com tijolinhos à vista vazados que servirá de guarda corpo no nível superior e escada e pintura branca nas paredes internas. Neles são encontrados espaços com duchas exteriores, banheiros PCD, e área flexível interna para a criação de divisões, podendo conter mais de um comércio por quiosque.

[f.79]

47

Nicole Moreira Amorim


[f.80]

[f.81]

[f.79, 80 e 81] Módulo quiosque. Fonte: acervo pessoal. [f.82] Esquema estrutura do quiosque. Fonte: acervo pessoal. [f.82]

Palha piaçava i = 60%

Terça madeira

Detalhe madeira r = 0,08 metros Linha madeira r = 0,08 metros Pilar madeira ipê

Guarda corpo tijolinho aparente vazado h = 1,10 metros

10,

00

me

tro s

Escada para nível de 4,00 metros e = 0,16 metros p = 0,28 metros patamar = 1,20 Espaço de duchas Banheiro PCD 2,00 x 1,50 metros 7,60 metros 11,40 metros Percurso da lagoa

46


PA S S A R E L A Encontrada em todo o percurso do projeto, a passarela é o elemento principal de conexão das áreas do projeto. De 5,00 metros de largura, de madeira de ipê roxo, escolhida devido a sua resistência e durabilidade, terá camada de stain cor branca desenhando faixas laterais de 1,20 metros e inclinação de 8%, aderidos para alertar o usuário, devido a não utilização de

guarda corpo; e stein cor natural no restante, protegendo o material do sol e intempéries. A passarela terá altura máxima de 1,20 metros, com a finalidade do crescimento da vegetação sob ela na mata, não perdendo o contato próximo com o natural, trazendo postes de iluminação e bancos espalhados pelo percurso.

[f.83]

[f.1]

47

Nicole Moreira Amorim


[f.84]

8%

8%

[f.85]

[f.83] Passarela. Fonte: acervo pessoal. [f.84] Detalhe passarela. Fonte: acervo pessoal. [f.85] Esquema estrutura da passarela. Fonte: acervo pessoal.

Réguas de madeira ipê roxo de 0,10 metros com espaçamento de 3 mm Barroteamento de madeira ipê

Travas de madeira ipê

Pilar madeira ipê 0,22 x 0,22 metros. Cravado a 1,00 metro abaixo do solo, aproximadamente

5,0

0m

et

ro s

Viga estrutural madeira ipê

Percurso da lagoa

48


MOBILIÁRIOS NECESSIDADE, BEM-ESTAR E ESTÉTICA Com a busca de atender a necessidade, fornecer ambientes atraentes e agradáveis aliados ao bem-estar, todos os mobiliários foram criados conectados com o traçado do projeto, desde sua forma á locação e materialidade.

BANCOS

Banco de concreto com formas variadas em todo o espaço pavimentado com placas de concreto. [f.86]

[f.1]

0,45 m 0,4

0m

[f.87]

0

0,85

0 2,

Banco de madeira ipê roxo duplo e único, com cachepot para plantação de lavandas, vegetação escolhida para repelir insetos e pragas no local. Mobiliário locado nos decks do projeto.

m

m

0,70 m

49

Nicole Moreira Amorim


Banco de madeira com tratamento de stain cor branca, encontrado ao decorrer da passarela projetada na faixa também de madeira tratada branca.

0,45 m

0,50

m

0,10

m

[f.88]

[f.86] Banco tipo 1. Fonte: acervo pessoal. [f.87] Banco tipo 2. Fonte: acervo pessoal. [f.88] Banco tipo 3. Fonte: acervo pessoal. [f.89] Banco tipo 3. Fonte: acervo pessoal. [f.90] Mobiliário versátil. Fonte: acervo pessoal.

[f.89]

Bancos de resina de polietileno natural com variação de cores e iluminação interna, locados em todas as áreas do projeto.

0,45 m

0,60 m

Mobiliário interativo com regulagem de alturas de até 0,80 metros, podendo ser usada de bancos e ou mesas e “guardado” quando não utilizado, assim não ocupando espaço e transformando o ambiente. De tamanhos variados e locadas na área 1 e 3.

Percurso da lagoa

[f.90]

50


BALANÇOS [f.91]

Balanço pendurado em estrutura metálica com iluminação de led baixa e, em alguns locais, com iluminação a 3,50 metros do piso. Locados nos espaços de decks projetados.

1,35 m

2,15 m

[f.1]

REDÁRIOS [f.92]

Redários entre as árvores localizados na área 2, no primeiro deck.

51

Nicole Moreira Amorim


ENTRETENIMENTO Gangorra com pé de concreto e corpo de resina de polietileno com iluminação led interna para atrair usuários de todas as idades.

Mobiliário criado para o entretenimento dos usuários, com espaço para crianças e musculação junto da área verde, perpassando o desenho no contorno da quadra, formando espaços de estar, proteção e alerta do espaço de jogos, tornando-se um marco visual com a sua diferença de elevações.

[f.93]

[f.91] Balanço. Fonte: acervo pessoal. [f.92] Redário. Fonte: acervo pessoal. [f.93] Gangorra. Fonte: acervo pessoal. [f.94 e 95] Mobiliário de entretenimento. Fonte: acervo pessoal.

[f.94]

[f.95]

Percurso da lagoa

52


COLETA DE RESÍDUOS Lixeiras para coleta seletiva espalhadas pelas áreas 1 e 3.

[f.96]

1,00 m

0,40

[f.1]

m

Lixeiras maiores localizadas nas escadas de acesso à praia, com lado mais alto virado para a praça e o lado mais baixo para a praia, para promover uma orla mais limpa e um espaço adequado para colocar os resíduos maiores que poderão ser gerados.

[f.97]

1,54 m

53

0,94 m

Nicole Moreira Amorim


[f.98]

Lixeira de resíduos comuns localizadas nos decks e passarela, devido serem mais simples para coletarem, por serem locais distantes das vias.

1,00 m

[f.96] Lixeira tipo 1. Fonte: acervo pessoal. [f.97] Lixeira tipo 2. Fonte: acervo pessoal. [f.98] Lixeira tipo 3. Fonte: acervo pessoal. [f.99] Floreiras com crisântemos. Fonte: acervo pessoal. [f.100] Postes de iluminação. Fonte: acervo pessoal.

0,40 m

FLOREIRAS [f.99]

Localizadas nos decks da área 2, com formas variadas, as floreiras com crisântemos, conhecidas por repelir pragas e insetos, abraçam rasgos feitos no piso para serem mantidas as árvores locais alí e retirar o mínimo de vegetação possível do local. Algumas floreiras formam bancos em seu formato.

Banco Crisântemos

1,20 m

ILUMINAÇÃO

Percurso da lagoa

4,00 m

8,00 m 3,30 m

5,00 m

0,50 m

12,00 m

[f.100]

4 alturas de iluminações para diferentes áreas. A primeira, mais baixa, localizada na passarela quando entre a água, para não criar barreiras nas vistas que os usuários terão na orla. A segunda encontrada em todo o restante do percurso da passarela e em ambientes com arborizações para fornecer um espaço iluminado e haver menos interferência dos postes com os galhos das arvores, o que prejudicaria a iluminação do ambiente. A terceira locada em espaços sem vegetação próxima e na faixa de serviço das calçadas. Já a última posta nas ilhas da avenida principal.

54


[f.1] Para figuras, que incluem gráficos, fotografias, imagens, mapas, diagramas e etc.

COLETA DE RESÍDUOS

[f.2] Para tabelas.

[f.1]

55

Nome do Aluno


ARAUJO, Cristina P. et.al. Turismo, arquitetura e cidade. 1 edição. São Paulo: Manole Ltda, 2016. BAPTISTA, Márcio e Adriana Cardoso, RIOS E CIDADES: UMA LONGA E SINUOSA HISTORIA, Ver. UFMG, Belo Horizonte, V.20, 2013. KLEIMAN, Mauro, Reflexões sobre a relação entre água e cidade. Chaogoiano. Disponível em: http://chaourbano.com.br/visualizarArtigo.php?id=81>. Acesso em: 28 de ago. de 2019. MELLO, Sandra Soares, Na beira do rio tem uma cidade: urbanidade e valorização dos corpos d’água. Docplayer. Disponível em: https://docplayer.com.br/41303726-Na-beira-do-rio-tem-uma-cidade-urbanidade-evalorizacao-dos-corpos-d-agua.html>. Acesso em: 30 de ago. de 2019. PORTAS, Nuno, Cidades e frentes de água. Porto, Portugal: Centro de Estudos da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, 1998. SANTOS, Vanessa Barboza, Parques lineares. Monografias, Disponível em: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/biologia/parques-lineares.htm>. Acesso em: 22 de abr. de 2021.

Nome do Trabalho

56


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