Parque da Chegada - Int. urbana no terminal rodoviário de Anápolis | Kárita Constante| UniEvangélica

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TC 91 cadernos de

PARQUE

Parque da Chegada-

Intervenção urbana no Terminal Rodoviário de Anápolis.


issuu.com/cadernostc

Cadernos de TC 2021-1 Expediente

Direção do Curso de Arquitetura e Urbanismo Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Corpo Editorial Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiati, M. arq. Coordenação de TCC Rodrigo Santana Alves, M. arq. Orientadores de TCC Manoel Balbino Carvalho Neto, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Detalhamento de Maquete Rodrigo Santana Alves, M. arq. Seminário de Tecnologia Jorge Villavisencio Ordóñez, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Seminário de Teoria e Crítica Ana Amelia de Paula Moura, M. arq. Expressão Gráfica Anderson Ferreira da Silva, Dr. arq. Simone Buiate Brandão, M. arq. Secretária do Curso Simone da Silva Costa Alves (62)3310-6001


Apresentação Este volume faz parte da coleção da revista Cadernos de TC. Uma experiência recente que traz, neste semestre 2021/1, uma versão mais amadurecida dos experimentos nos Ateliês de Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo (I, II e III) e demais disciplinas, que acontecem nos últimos três semestres do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA). Neste volume, como uma síntese que é, encontram-se experiências pedagógicas que ocorrem, no mínimo, em duas instâncias, sendo a primeira, aquela que faz parte da própria estrutura dos Ateliês, objetivando estabelecer uma metodologia clara de projetação, tanto nas mais variadas escalas do urbano, quanto do edifício; e a segunda, que visa estabelecer uma interdisciplinaridade clara com disciplinas que ocorrem ao longo dos três semestres. Os procedimentos metodológicos procuraram evidenciar, por meio do processo, sete elementos vinculados às respostas dadas às demandas da cidade contemporânea: LUGAR, FORMA, PROGRAMA, CIRCULAÇÃO, ESTRUTURA, MATÉRIA e ESPAÇO. No processo, rico em discussões teóricas e projetuais, trabalhou-se tais elementos como layers, o que possibilitou, para cada projeto, um aprimoramento e compreensão do ato de projetar. Para atingir tal objetivo, dois recursos contemporâneos de projeto foram exaustivamente trabalhados. O diagrama gráfico como síntese da proposta projetual e proposição dos elementos acima citados, e a maquete diagramática, cuja ênfase permitiu a averiguação das intenções de projeto, a fim de atribuir sentido, tanto ao processo, quanto ao produto final.

A preocupação com a cidade ou rede de cidades, em primeiro plano, reorientou as estratégias projetuais. Tal postura parte de uma compreensão de que a apreensão das escalas e sua problematização constante estabelece o projeto de arquitetura e urbanismo como uma manifestação concreta da crítica às realidades encontradas. Já a segunda instância, diz respeito à interdisciplinaridade do Ateliê Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo com as disciplinas que contribuíram para que estes resultados fossem alcançados. Como este Ateliê faz parte do tronco estruturante do curso de projeto, a equipe do Ateliê orientou toda a articulação e relações com outras quatro disciplinas que deram suporte às discussões: Seminários de Teoria e Crítica, Seminários de Tecnologia, Expressão Gráfica e Detalhamento de Maquete. Por fim e além do mais, como síntese, este volume representa um trabalho conjunto de todos os professores do curso de Arquitetura e Urbanismo, que contribuíram ao longo da formação destes alunos, aqui apresentados em seus projetos de TC. Esta revista, que também é uma maneira de representação e apresentação contemporânea de projetos, intitulada Cadernos de TC, visa, por meio da exposição de partes importantes do processo, pô-lo em discussão para aprimoramento e enriquecimento do método proposto e dos alunos que serão por vocês avaliados.

Manoel Balbino Carvalho Neto, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq.



Ao analisar o atual cenário urbanístico brasileiro, nota-se a ausência de investimentos para os espaços públicos. Isso ocorre como consequência da priorização do capital privado ao invés do interesse coletivo, resultando em grandes impactos ambientais e sociais. Os parques urbanos exercem papel relevante no bem-estar físico e psicológico do ser humano. Dessa forma, o Parque da Chegada surge como resposta à necessidade de intervenções que o Terminal Rodoviário de Anápolis possui, juntamente ao seu grande potencial paisagístico. Com isso, a proposta busca atribuir novos usos ao local, reconectando o ser humano à natureza e trazendo novamente vitalidade e segurança aos usuários.

Kárita Constante Dias Batista Orientador: Rodrigo Santana Alves karitaconstante@outlook.com


O TEMA

[F.1]


[F.2]

Muito se sabe sobre a necessidade da criação de espaços ao ar livre para espairecer, recreação e uso comunitário. Essa necessidade se intensificou em plena Revolução Industrial, em que grande parte da população era marcada por um baixo nível de qualidade de vida, insalubridade e acesso restrito à áreas arborizadas.

Av. Brasil Curso d’água [M.1] s. escala

Desde então, essa visão positiva sobre o espaço público vem se intensificando e já existem diversos estudos que comprovem a relação entre áreas verdes e o bem-estar físico e psicológico do ser humano. Em vista disso, a proposta consiste numa intervenção urbana no terreno que atualmente abriga o Terminal Rodoviário Josias Moreira Braga, em Anápolis-GO. A escolha do tema e do terreno partiu do potencial paisagístico do local, tendo em vista a solução dos impactos ambientais e sociais que são gerados pela negligência com o curso d’água e a ausência de um olhar mais atencioso para as pessoas.

Parque da Chegada - Intervenção urbana no Terminal Rodoviário de Anápolis.

[M.1] Mapa de Anápolis Fonte: Prefeitura de Anápolis. [F.1] Terminal Rodoviário de Anápolis. Fonte: Autora. [F.2] Imagem Satélite do Terminal Rodoviário de Anápolis. Fonte: Earth Google.

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o rio e a cidade

[F.3]


A ORIGEM Os mares, rios e lagos estão diretamente relacionados com a história da civilização. As primeiras cidades se desenvolveram às margens de cursos d’água, tanto por necessidades básicas, quanto por razões estéticas e culturais. Além dessas, o curso d’água desempenhava também funções de proteção e defesa das vilas, e, juntamente com as aglomerações urbanas, favoreciam o comércio e comunicações. As primeiras civilizações urbanas que se tem registros se instalaram às margens do Rio Tigre e Eufrates, na região conhecida atualmente como Mesopotâmia. Essas pequenas vilas se transformaram gradualmente em cidades, juntamente aos rios que ja eram explorados por complexos sistemas de irrigação (para regularizar e sistematizar de forma estrita o acesso à água).

A RUPTURA Após esse primeiro momento da história em que o ser humano se sedentarizou às margens dos cursos d’água e, com isso, viabilizou as cidades e civilizações, os cursos passaram a sofrer impactos hidrológicos e ambientais e perderam seu papel como elemento da paisagem ainda na Idade Antiga e Média. Os rios passaram a receber elevadas cargas sanitárias, resíduos das atividades, poluição urbana, dentre outros.

No século XX, visando o abastecimento, proteção contra cheias, desvio de leitos e problemas de drenagem, os projetos de intervenção levaram a artificialização dos sistemas fluviais, alterando e destruindo comunidades biológicas e gerando problemas mais graves como enchentes, alagamentos, contaminação de aquíferos, aumento de temperaturas e perda da qualidade da água. Ou seja, o processo de industrialização e urbanização resultou numa ruptura com os cursos d’água.

Ao se verificar as situações de ruptura nas relações entre as cidades e os cursos d´água, ou mais amplamente entre sociedade e natureza, percebe-se nitidamente que o desligamento físico do rio das funções urbanas acarreta num desligamento afetivo dos sistemas fluviais e fundos de vale, e a eles se atribuem características de entrave e de elemento de depreciação do ambiente urbano. (GORSKI, 2008, p.56)

A estratificação social já implicava condições distintas de apropriação do espaço urbano: as áreas baixas das cidades, sujeitas aos efeitos das frequentes inundações e receptoras de resíduos diversos eram ocupadas pelas classes menos favorecidas que consideravam, de modo geral, que os benefícios decorrentes do acesso mais direto à água eram superiores aos danos e transtornos das cheias periódicas e das precárias condições sanitárias (BAPTISTA; NASCIMENTO, 2002).

[F.4]

As condições de salubridade das cidades e de seus rios – já precárias – deterioram-se ainda mais ao final do século XVIII, com o advento da Revolução Industrial, sendo os grandes rios convertidos em fontes privilegiadas de abastecimento para as indústrias e, ao mesmo tempo, receptores de águas residuais altamente contaminadas (REYNOSO et al., 2010)

[F.3] Lateral do Terminal Rodoviário de Anápolis. Fonte: Autora. [F.4] Rio Citarum, Indonésia. Fonte:Https://topbiologia.com. [F.5] Ribeirão Arrudas, Belo Horizonte, Brasil. Foto: Flávio Tavares/ O TEMPO.

[F.5] Parque da Chegada - Intervenção urbana no Terminal Rodoviário de Anápolis.

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A RECONCILIAÇÃO O excessivo controle dos cursos d’água acabaram excedendo a capacidade de regeneração dos ecossistemas e, a partir desse cenário de esgotamento ambiental, começaram a ser repensadas as intervenções urbanas.

Na Ásia, as intervenções em frentes d’água se intensificaram a partir da década de 1990, incorporando programas de habitação popular e criação de novos territórios, com a construção de plataformas e ilhas artificiais.

Segundo Tucci, os projetos urbanos que intervém nas frentes d’água são responsáveis por promover transformações e atualmente esses projetos devem buscar a redução das desigualdades socioterritoriais, o desenvolvimento local sustentável e a qualidade do ambiente urbano. Porém, os projetos de intervenções em frentes d’água que estão sendo executados tem como intenção principal alimentar a economia urbana da cidade, melhorando a sua imagem.

Já na América Latina não se encontram projetos de intervenções tão representativos em cursos d’água de grande escala. Isso ocorre pois as cidades priorizam o capital privado ao invés do interesse coletivo, não sendo comum o investimento em intervenções para o melhoramento da imagem da cidade e bem estar.(COSTA, 2014, p.30).

Tendo início nos Estados Unidos da América, projetos em frente de água foram implementados promovendo áreas relacionadas a turismo, cultura e lazer a fim de alimentar a economia urbana da cidade. Como, por exemplo, o projeto pioneiro para orla marítima de Inner Harbor, Baltimore, EUA. Em 1980 os projetos de intervenções urbanas emergem na Europa, criando novas centralidades que apresentam alto poder de atração de fluxos econômicos e sociais.

[F.6]

[F.7]

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Kárita Constante Dias Batista


A BUSCA POR SOLUÇÕES Uma das propostas para estabelecer essa reconciliação entre o rio e a cidade foi a criação de parques lineares. A ideia inicial dos parques lineares costuma ser atribuída ao arquiteto, paisagista e agricultor norte-americano Frederick Law Olmsted, que em 1866 e 1867, juntamente com o arquiteto inglês Calvert Vaux projetou o Brooklyn’s Prospect Park, um dos primeiros parques lineares e que atualmente integra o Brooklyn-Queens Greenway. Parques lineares, ou greenways, são intervenções urbanísticas construídas ao longo de cursos d’água. Normalmente maiores em seu comprimento do que na sua largura – por acompanhar o trajeto de rios e córregos e estarem sempre associados à rede hídrica – tais espaços são capazes de conectar áreas verdes, proteger e recuperar o ecossistema, controlar enchentes, abrigar práticas de lazer, esporte e cultura, além de contribuir com alternativas não motorizadas de mobilidade urbana. (MARTINS et al., 2017).

Por sua linearidade, essas áreas verdes potencializam os fluxos de pessoas, ciclistas, avifauna e de vida na cidade. Com sua implantação, a cidade ganha espaços verdes que favorecem o exercício da esfera pública, do encontro, da sociabilidade, da contemplação e da qualidade de vida urbana. (SOARES, Mariana, 2014.) Dessa forma, a criação de parques lineares é uma solução sustentável que busca resgatar a relação dos cursos d’água com a cidade, que no processo de industrialização e urbanização foram em sua maioria canalizados e escondidos por vias, ocasionando uma ruptura.

[F.6] Inner Harbor, Baltimore (EUA)1948. Foto: Robert F. Kniesche [F.7] Inner Harbor, Baltimore (EUA)2011. Foto: James Karmrodt [F.8]The Boathouse no Brooklyn’s Prospect Park em 2017. Foto: Susan De Vries adaptada pela autora. [F.9] Croqui Brooklyn’s Prospect Park. Fonte: Autora.

[F.8]

[F.9] Parque da Chegada - Intervenção urbana no Terminal Rodoviário de Anápolis.

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anápolis

[F.10]


Anápolis é um município brasileiro localizado no interior do Estado de Goiás. Está situada a 53km de Goiânia e 140km do Destrito Federal, sendo conhecida por ser um grande pólo industrial. Segundo dados do IBGE, a povoação de Anápolis se deu, no século XVIII, graças a movimentação de tropeiros que demandavam em direção às lavras de ouro. Os principais cursos de água que cortam a região de Anápolis - João Cezário, Góis e Antas tinham dupla importância no translado desses garimpeiros, sendo lugares de descanso e orientação na viagem. Devido a exaustão decorrente da busca pelo precioso metal nas lavras antes promissoras, muitos viajantes se estabeleceram às margens do Antas, constituindo família e explorando a terra. Com isso, em 25 de abril de 1870 foi redigido o documento oficial de doação de terras onde teve início o povoado de Santada das Antas.

Brasília Anápolis Goiânia

[M.2] s.escala

A expansão das atividades comerciais juntamente com a construção de Brasília, desencadearam uma fase de explosão imobiliária, com loteamentos esparramados por largas extensões sem o mínimo de infraestrutura de urbanização (com exceção do centro da cidade). Devido sua condição de pólo de desenvolvimento, Anápolis passou a receber fortes contingentes de migrandes de todo Estado e de vários Estados da Federação. Atualmente (2021) a cidade possui população estimada em 391.772 habitantes, sendo assim o terceiro maior município do estado em população e sua segunda maior força econômica.

[M.3] s.escala Avenida Brasil Rio das Antas

[M.2] Mapa de Goiás Fonte: Autora [M.3] Mapa de Anápolis Fonte: Prefeitura de Anápolis [F.10] Anápolis Fonte: Portal 6 [F.11] Distrito Agroindustrial de Anápolis Fonte: Jornal “O Estado” 1986.

[F.11] Parque da Chegada - Intervenção urbana no Terminal Rodoviário de Anápolis.

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anápolis E O RIO DAS ANTAS

[F.12]


O Rio das Antas atravessa o interior de Anápolis, cortando toda a cidade no sentido sul-norte. Segundo Garcia (2006), num primeiro momento o rio foi decisivo para a fundação da cidade. De 1947 a 1976 a cidade de Anápolis foi abastecida pelo Ribeirão das Antas, que é a bacia hidrográfica com maior área no município, tendo extensão de 27.680 metros. (FERREIRA, 2009, p.21). Com o rápido processo de urbanização da cidade começaram a surgir os primeiros impactos hidrológicos e ambientais, sendo alguns deles a degradação dos recursos hídricos, uso e cobertura do solo inadequados, contaminação dos recursos naturais, ausência de um seguimento a legislação e a preservação, dentre outros. Já era possível notar essa influência da ação humana no curso d’água na década de 1970. A partir de 1976, o abastecimento da cidade foi substituido pela captação de água do Ribeirão do Piancó e o Rio das Antas passou a ser utilizado no sistema de tratamento de esgoto da cidade e do Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA). Com isso, houve uma ruptura emocional entre os cidadãos anapolinos e o Rio das Antas, passando assim a enxergar o curso d’água como um gerador de problemas e, dessa forma, o excluindo da paisagem urbana.

Córrego dos Cezários

Terreno

Rio das Antas

Córrego Água Fria

[M.4]

Áreas de inundações Áreas de inundações, erosões e assoreamentos

O Plano Diretor de Anápolis (2005/2006) declara que a Macrozona do Rio das Antas é a região de maior incidência dos problemas e danos ambientais, tornando-se o alvo principal para a necessária recuperação de áreas degradadas, e a preservação de áreas verdes com fiscalização e monitoramento de atividades consideradas lesivas ao meio ambiente.

[M.4] Diagrama de áreas problemáticas do Rio das Antas. Fonte: Autora [F.12] Terminal Rodoviário de Anápolis Fonte: Autora [F.13] Rio das Antas, Terminal Rodoviário, 2013 Fonte: Diário Anápolis

[F.13] Parque da Chegada - Intervenção urbana no Terminal Rodoviário de Anápolis.

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O TERRENO e seu entorno

[F.14]


O terreno escolhido para o desenvolvimento do projeto está localizado entre o bairro Cidade Jardim e o bairro Santa Maria de Nazareth, possui uma área de 106.528,76m² e abriga, atualmente, o Terminal Rodoviário Josias Moreira Braga. Está situado entre duas avenidas de fluxo intenso, sendo elas a Av. Brasil e Av. Fayad Hanna e seu entorno imediato conta com a presença de relevantes equipamentos para a cidade, como, por exemplo, o Brasil Park Shopping e o Ginásio internacional Newton de Faria.

[F.15]

Após a implantação do Shopping (2008) o bairro passou a sofrer intensa ocupação, acarretando na impermeabilidade do solo do entorno e sobrecarregando a capacidade do leito do Rio das Antas que passa pelo Terminal. Essa impermeabilidade somada a ocupação irregular da área de preservação do rio, acarretam problemas como alagamento, erosões e assoreamentos em períodos de chuva.

[M.5] Terreno + Entorno Fonte: Autora [F.14] Terminal Rodoviário de Anápolis visto bairro Santa Maria de Nazareth. Fonte: Autora [F.15] Entorno do Terminal Rodoviário de Anápolis, 2003. Fonte: Earth Google. [F.16] Entorno do Terminal Rodoviário de Anápolis, 2014. Fonte: Earth Google. [F.17] Entorno do Terminal Rodoviário de Anápolis, 2019. Fonte: Earth Google. [F.18] Centro Islâmico de Anápolis. Fonte: Autora [F.19] Brasil Park Shopping Fonte: Autora [F.20] Ginásio Internacional Newton de Faria Fonte: Autora [F.21] Mc Donalds Fonte: Autora [F.22] Andracel Center Fonte: Autora

[F.16]

Atualmente o terreno é utilizado apenas para o fim rodoviário e, como resultado dessa ausência de diversidade de usos, se encontra em situação de abandono. Com isso, além de problemas com o curso d’água, surgem também problemas como insegurança.

[F.17]

[F.18]

[F.19]

[F.22] [F.20]

[M.5] s.escala

[F.21]

Parque da Chegada - Intervenção urbana no Terminal Rodoviário de Anápolis.

Av. Brasil Av. Fayad Hanna Terreno

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DIAGNÓSTICO

[F.23]


[M.6] Cheios e Vazios. Fonte: Autora. [M.7] Fluxos. Fonte: Autora. [M.8]Áreas Verdes. Fonte: Autora. [M.9]Uso do Solo. Fonte: Autora. [F.23] Terminal Rodoviário de Anápolis. Fonte: Autora.

CHEIOS E VAZIOS Desde a inauguração do Brasil Park Shopping, seu entorno tem passado por um intenso processo de ocupação. Porém, juntamente com essa ocupação, observa-se também uma quantidade considerável de lotes em desuso, a espera de valorização imobiliária.

[M.6] s. escala

FLUXOS

Cheios Vazios Área de Intervenção Curso d’água

O terreno está localizado entre duas avenidas de tráfego intenso, a Av. Brasil e Av. Fayad Hanna. Na parte inferior do terreno, predomina o fluxo baixo devido a presença dos Cul-de-sac, e médio devido as rotas alternativas que as pessoas utilizam para não ter que passar pelo viaduto Nelson Mandela.

ÁREAS VERDES E MEIO AMBIENTE A área de intervenção possui grande potencial paisagístico e isso ocorre por conta da presença de um trecho do rio das Antas passando no terreno. Além do curso d’água, o terreno possui uma área de 106.528,76m², estando em sua maioria em desuso. Dessa forma, a proposta consiste em implantar um parque, atribuindo usos e trazendo com isso vitalidade para o local novamente.

[M.7] s. escala

[M.8] s. escala

Tráfego muito intenso Tráfego intenso Tráfego médio Tráfego baixo

Vegetação Densa Vegetação Baixa Praças Área de Intervenção Curso d’água

USO DO SOLO A área de intervenção possui uma localização privilegiada, por estar centralizada na cidade de Anápolis e possuir em seu entorno equipamentos geradores de fluxo relevantes para cidade. Ao lado das avenidas se encontram edificações com predominância comercial e de serviços. Ja na parte inferior do terreno, os bairros são predominantemente habitacionais. Essa análise permite uma setorização mais precisa, visando o público alvo e os usos adequados para cada região do parque.

Parque da Chegada - Intervenção urbana no Terminal Rodoviário de Anápolis.

[M.9] s. escala

Serviço (igreja, clínica, hotel, escola.) Comércio Habitação Uso misto Shopping/Galeria Galpão Área de intervenção Curso d’água

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DIRETRIZES

[F.24]


QUADRO DE DIAGNÓSTICOS E DIRETRIZES

PÚBLICO

MEIO AMBIENTE

MOBILIDADE

DIAGNÓSTICO

DIRETRIZES

Circulação que prioriza o tráfego de veículos particulares e públicos;

Priorizar o pedestre, reduzindo a área de circulação destinada para ônibus e carros;

Ausência de ciclovia, ciclofaixa e ciclorrota;

Criação de ciclovia de lazer;

Insegurança nas proximidades e interior do Terminal Rodoviário

Melhoramento da iluminação pública e aumento da diversidade de usos no local, a fim de recuperar sua vitalidade e trazer maior segurança;

Calçadas danificadas e inapropriadas.

Implantação de calçamento na rua lateral ao Andracel Center, permitindo uma visibilidade do curso d’água e adequação da nova circulação do parque.

Erosões, enchentes e alagamentos ocasionados pela negligência com o curso d’água;

Implantação do MacSoil (sistema de contenção flexível) no trecho do Rio das Antas que passa pelo Terminal Rodoviário;

Impermeabilidade do solo nas proximidades;

Implantaçao de Jardins de Chuva no bairro Cidade Jardim e Santa Maria de Nazareth e substituição do pavimento do condomínio Andracel Center pelo Ecopavimento;

Topografia acentuada;

Recuperação da vegetação ripária;

Ausência de bocas de lobo eficientes e suficientes para drenar a água;

Aumento de áreas permeáveis no parque, afim de conter momentaneamente a água da chuva e não sobrecarregar o leito do rio;

Ocupação da área de preservação ambiental pelo condomínio Andracel Center e algumas moradias do bairro Santa Maria de Nazareth.

Desapropriação de poucas residências que estão dentro da área de preservação e correm risco de desabamento (Devido o Condomínio Andracel Center já estar consolidado no local, se torna inviável sua desapropriação);

Ausência de diversidade de usos dentro do terreno e do edifício do Terminal Rodoviário;

Redução da área destinada ao uso rodoviário, levando uso esportivo ao edifício (arte circense, artes marciais, artes plásticas, dentre outros);

Ausência de áreas de lazer ao ar livre para os moradores;

Criação de espaços de contemplação, estar e lazer;

Ausência de mobiliário adequados e atrativos;

Criação de mobiliários urbanos interativos;

urbanos

Ausência de postes de iluminação voltados para o pedestre.

Implantação de postes de iluminação voltados para o pedestre.

Parque da Chegada - Intervenção urbana no Terminal Rodoviário de Anápolis.

[F.24] Terminal Rodoviário, Anápolis. Fonte: Autora.

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IMAGENS

[F.25]


[F.25] Rio das Antas visto da Av. Brasil Fonte: Autora. [F.26] Ponte entre Andracel Center e Santa Maria de Nazareth. Fonte: Autora. [F.27] Ponte que liga o Terminal Rodoviário ao bairro Santa Maria de Nazareth. Fonte: Autora. [F.28] Rio das Antas visto da Rodovária Fonte: Autora

[F.26]

[F.27]

[F.28]

Parque da Chegada - Intervenção urbana no Terminal Rodoviário de Anápolis.

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IMAGENS

[F.29]


[F.29] Rua entre o Rio das Antas e o condomínio Andracel Center. Fonte: Autora [F.30] Rua entre o Rio das Antas e o condomínio Andracel Center. Fonte: Autora [F.31] Treliça Fonte: Autora [F.32] Ponte Fonte: Autora [F.33] Pássaro Fonte: Google

[F.26] [F.30]

[F.27]

[F.31]

[F.32]

[F.33] Parque da Chegada - Intervenção urbana no Terminal Rodoviário de Anápolis.

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o terminal

[F.34]


JOSIAS MOREIRA BRAGA Josias Moreira Braga foi bandeirante do século XX e pioneiro da integração da Amazônia e da Rodovia Belém-Brasília, influenciando o desenvolvimento da região Norte do País. Josias foi comerciante e caminhoneiro em Minas Gerais, mudando para Hidrolina em 1953 e iniciando o serviço de transporte de passageiros entre essa cidade e Ceres. Mais tarde, estendeu a linha para outros municípios como Anápolis, Uruaçu e Porangatu. Construiu sua vida empresarial em Anápolis, através da implantação do Expresso de Luxo Braga e, posteriormente, Expresso Braga (local atual do terminal rodoviário). Em 1963 inaugurou a linha Belém-Brasilia e anos mais tarde fundou a empresa Transbrasiliana Transporte e Turismo, em sociedade com Odilson Santos, da Viação Araguarina, com atividades em dez Estados da Federação. Josias Moreira Braga faleceu em 1987, aos 65 anos e, no mesmo ano, foi inaugurado o Terminal Rodoviário em sua homenagem. A inauguração aconteceu em novembro de 1987 e foi considerada uma obra de grande valor social, por se tratar de um monumento de obra que serviria não somente a Anápolis, mas também todo estado de Goiás. Além dessa questão, a rodoviária se tratava também de uma construção eminantemente popular.

[F.35]

[F.36]

[F.34]Terminal Rodoviário de Anápolis. Fonte: Autora. [F.35] Josias Moreira Braga. Fonte: Josias Braga Pioneiro da Belém-Brasília, Manoel Vanderic. [F.36] Dia da compra da TCA pela Transbrasiliana, 1973. Fonte: Josias Braga Pioneiro da Belém-Brasília, Manoel Vanderic. [F.37] Terminal Rodoviário de Anápolis, 1987. Fonte: Jornal Gazeta Popular, 1987.

[F.37] Parque da Chegada - Intervenção urbana no Terminal Rodoviário de Anápolis.

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COMO É A RODOVIÁRIA Segundo o Jornal Gazeta Popular de 1987, o Terminal Rodoviário de Passageiros Josias Moreira Braga possui uma área construída de 19.850m², área coberta de 14.800m² e 31 plataformas de embarque e desembarque. São cinco baterias de sanitários masculinos e cinco femininos, 23 bilheterias, área de espera contendo 660 cadeiras e pistas exclusivas para ônibus, táxis e veículos particulares. Seus estacionamentos são destinados a ônibus e carros particulares. A rodoviária tinha, em sua data de inauguração, órgãos de apoio como a SUTEG, DNER, Polícia Militar, Polícia Judiciária, Juizado de Menores, Secretaria Municipal de Serviços Sociais, EBCT e Telegoiás.

SERVIÇOS Os serviços de apoio da rodoviária são pronto-socorro, berçário, achados e perdidos, guarda-volumes e informações. No setor comercial tem 14 lanchonetes, 16 lojas e um restaurante. A administração do TRP estava a cargo do grupo executivo de implantação do programa ferroviário de Goiânia e Anápolis cujo coordenador executivo era Paulo Roberto Ribeiro.

[F.38]

[F.39]

[F.40]

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Kárita Constante Dias Batista


[F.41]

[F.42]

[F.38]Ministro Prisco Viana enfatizando a importância da obra inaugurada. Fonte: Jornal Gazeta Popular, 1987. [F.39] Recorte do Jornal Gazeta Popular (1987) a respeito do Terminal Rodoviário. Fonte: Jornal Gazeta Popular, 1987. [F.40] Inauguração do Terminal Rodoviário. Fonte: Jornal Gazeta Popular, 1987. [F.41] Adhemar Santillo, Prisco Viana e Onofre Quinan descerrando a fita simbólica de inauguração. Fonte: Jornal Gazeta Popular, 1987. [F.42] Vista panorâmica do Terminal Rodoviário, 1993. Fonte: Jornal Revista Imagem Atual, 1993. [F.43] Primeira dama Sônia Santillo descerrando uma das duas placas na inauguração. Fonte:Jornal Gazeta Popular, 1987.

[F.43] Parque da Chegada - Intervenção urbana no Terminal Rodoviário de Anápolis.

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o terminal ATUALMENTE

[F.44]


[F.44] Terminal Rodoviário. Fonte: Autora [F.45] Terminal Rodoviário. Fonte: Autora [F.46] Terminal Rodoviário. Fonte: Autora [F.47] Terminal Rodoviário. Fonte: Autora

[F.45]

[F.46]

[F.47]

Parque da Chegada - Intervenção urbana no Terminal Rodoviário de Anápolis.

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[F.48]

[F.49]

[F.50]

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Kárita Constante Dias Batista


[M.10] Topografia do terreno e entorno com curvas de nível. Fonte: Autora [F.48] Terminal Rodoviário de Anápolis. Fonte: Autora [F.49] Primeiro pavimento do Terminal Rodoviário. Fonte: Autora [F.50] Terminal Rodoviário de Anápolis. Fonte: Autora [F.51] Rio das Antas visto pelo Terminal Rodoviário. Fonte: Autora [F.52] Pássaro. Fonte: Google

[F.51]

[F.52]

[M.10] s. escala

Parque da Chegada - Intervenção urbana no Terminal Rodoviário de Anápolis.

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o projeto Usuário

[F.53]


Por abrigar o Terminal Rodoviário o parque se torna, além de um espaço contemplativo, um local de chegada e partida para as pessoas. Ou seja, é a primeira impressão que os turistas tem da cidade.

Atualmente no estacionamento do Terminal Rodoviário ocorrem feiras semanalmente. Em vista disso, a intervenção busca fomentar o comércio local, tendo como potencializadores os turistas, a visibilidade que a Av. Brasil porporciona e a predomiância comercial e de serviços a oeste do terreno.

[M.11] Diagrama parque. Fonte: Autora. [F.53] Maquete física do parque. Fonte: Autora. [F.54] Diagrama de perfil dos usuários. Fonte: Autora.

MORADORES

IDOSOS

ADULTOS

O parque possui boa localização na cidade, tendo equipamentos geradores de fluxo em suas proximidades e predominância habitacional no bairro Santa Maria de Nazareth e Andracel Center. Devido a isso, além de embelezamento da cidade, o parque proporcionará também lazer e bem-estar para os moradores.

JOVENS

CRIANÇAS TURISTAS

Os parques urbanos promovem lazer e possibilitam diversas formas de interações. Em vista disso, a proposta busca intervir pelos turistas, moradores e comerciantes. Contribuindo também com a preservação da biodiversidade local.

COMERCIANTES

PARA QUEM INTERVIR?

[F.54]

CAMADAS O projeto foi desenvolvido em camadas, buscando solucionar os déficits existentes no local ao mesmo tempo que atender as necessidades dos usuários.

PERCURSOS: Criação de novos caminhos para pedestres, ciclovia de lazer, passarelas, deck’s e mirante. CURSO D’ÁGUA: Transformar o curso d’água em um espaço de lazer contemplativo e reestabelecer a conexão do homem com a natureza. ATIVIDADES: Programa de atividades destribuídos ao longo do parque, setorizados em área comercial, área contemplativa, área esportiva e área recreativa. PAISAGISMO: Implantação de arborização

visando o conforto térmico dos usuários e o aspecto visual do parque.

Parque da Chegada - Intervenção urbana no Terminal Rodoviário de Anápolis.

[M.11] s. escala.

33


o projeto PERCURSOS ARTICULAÇÃO DO ENTORNO Ao analisar o lugar, nota-se a predominância de vias destinadas a veículos motorizados. O resultado dessa predominância é a carência de espaços destinados aos pedestres que, juntamente com outros elementos, ocasionam problemas de segurança e vitalidade no local. Visando dar prioridade às pessoas, a proposta para circulação do projeto se iniciou com a remoção das vias atuais, proporcionando assim mais possibilidades para os caminhos de pedestres e veículos não motorizados. Após a demolição das vias, foram analisados os equipamentos geradores de fluxos do entorno imediato e os percursos que as pessoas já estavam habituadas a fazer e, a partir disso, o novo traçado do parque foi estabelecido. A

v.

Fa

ya

d

Ha

O Andracel Center, por se tratar de um condomínio fechado, torna inviável a criação de uma ligação direta com o espaço público. Devido a isso, foi criado um calçamento, juntamente com mirantes que acompanham o leito do rio e proporcionam maior conforto térmico aos usuários e permite a eles uma conexão com o curso d’água.

sil

nn

ra .B Av

Os acessos principais se dão pela Avenida Brasil (que atualmente possui maior fluxo de pessoas), passando por dentro do edifício e saindo na Avenida Fayad Hanna. Entre eles, há uma ligação pelo rio que aparece através de duas passarelas-pontes destinadas a pedestres, ciclistas, skatistas e patinadores. Essas passarelas permitem maior contemplação do curso d’água, permeabilidade visual e acesso à continuação do parque que está localizado no bairro Santa Maria de Nazareth.

a

Rodoviária

[M.12] s. escala

A

v.

Circulação veículo Circulação pedestre

Fa

ya

d

Ha

a

Rodoviária

Av

.B

ra

sil

nn

[M.13] s. escala Circulação veículo Circulação pedestre

34

Kárita Constante Dias Batista


o projeto CURSO D’ÁGUA INTERVENÇÃO NO RIO O projeto tem como intenção a integração entre o rio e a cidade e a recuperação do sentimento afetivo entre o homem e a natureza. Dessa forma, a proposta consiste em transformar o rio em um espaço de lazer contemplativo. Atualmente o trecho do Rio das Antas que passa pelo terreno ocasiona uma série de problemas para os moradores locais (alagamentos, enchentes e assoreamentos) e isso ocorre devido a impermeabilidade do solo de seu entorno juntamente com a ocupação irregular de seu leito, desrespeitando a APP. Com isso, foram traçadas diretrizes para o entorno do terreno a fim de solucionar parcialmente os problemas, apresentadas anteriormente no quadro de diagnóstico e diretrizes (PAG.25). Porém, após uma análise do local, se viu necessária uma intervenção pontual no curso d’água (devido a sua inserção no tecido urbano) para solucioná-los totalmente.

Atualmente muito se discute sobre as maneiras de intervir em frentes d’água, e buscando uma solução ambientalmente sustentável, foi escolhido o sistema de contenção Macsoil, que é um sistema flexível. O MacSoil é um elemento prismático constituído por redes metálicas de aço em malha hexagonal de dupla torção. A face do parâmetro frontal do elemento recebe um geossintético, processo que permite e favorece o crescimento da vegetação, fazendo com que a estrutura de contenção ou revestimento tenha aspecto de um talude natural. Para resistir aos empuxos do desnível a ser contido, o MacSoil é preenchido com solo, resíduos de construção/demolição (RCD), ou qualquer outro material que apresente elevado peso específico.

Bordas Diafragma paralelo a face Paramento reforçado com varetas [F.55]

Topografia natural

Solo vegetal MacSoil Aterro

0

5m

[M.12] Diagrama de circulação atual. Fonte: Autora. [M.13] Diagrama de circulação proposta. Fonte: Autora. [F.55] Estrutura Macsoil Fonte: Autora. [F.56] Corte com intervenção em curso d’água. Fonte: Autora.

[F.56]

Parque da Chegada - Intervenção urbana no Terminal Rodoviário de Anápolis.

35


o projeto programa PROGRAMA DE NECESSIDADES

A área recreativa está localizada no bairro Santa Maria de Nazareth. O local foi escolhido por possuir predominância habitacional em seu entorno, visando o melhoramento do aspecto visual do terreno e o bem-estar dos moradores locais.

36

DECKS

CONTEMPLAÇÃO

PASSARELAS BICICLETÁRIO PRAÇA ALIMENTAÇÃO

ESPAÇO DESTINADO AS FEIRAS

ESPIRIBOL

A área esportiva está locaizada próxima a Avenida Fayad Hanna, por se tratar de um local mais contemplativo, de forma que as pessoas possam se exercitar em um ambiente confortavel termicamente e ao mesmo tempo apreciar a vista.

CURSO D’ÁGUA

[F.57]

COMÉRCIO

A área comercial está localizada próxima a Avenida Brasil, por ser um local com maior fluxo de pedestres e por estar próxima a uma região predominantemente comercial e de serviços (como por exemplo o Brasil Park Shopping).

ESPORTES

A área contemplativa está localizada no curso d’água e em seu entorno imediato, contendo calçamento, mirantes, bicicletário e passarelas-ponte que permitem ao pedestre maior contato com a natureza e trazem assim um sentimento afetivo em relação a ela.

Além dessas áreas, também foi criado um espaço de permanência, composto por decks de madeira com bancos e vegetação adequada a fim de garantir maior conforto ao usuário do local.

RECREAÇÃO

Compreendendo a importância dos espaços públicos como elementos geradores de vitalidade no ambiente urbano, a proposta irá viabilizar o encontro, a sociabilidade, a contemplação e a qualidade de vida urbana. Com isso, o programa de necessidades do parque dispõe de área contemplativa, área comercial, área esportiva e área recreativa.

[F.58]

PISTA DE SKATE ACADEMIA PISTA DE CAMINHADA

[F.59]

PLAYGROUND PISTA DE CORRIDA

QUADRA ESPORTIVA [F.60]

Kárita Constante Dias Batista


[M.14] Diagrama de setorização. Fonte: Autora [F.57] Programa da área contemplativa. Fonte: Autora. [F.58] Programa da área comercial. Fonte: Autora. [F.59] Programa da área esportiva. Fonte: Autora. [F.60] Programa da área recreativa. Fonte: Autora. [M.14] s. escala.

Parque da Chegada - Intervenção urbana no Terminal Rodoviário de Anápolis.

37


o projeto

A

A

A

A

cortes gerais [M.15] [M.15] [M.15]

A B

A

[M.15]

0

A

100m

0

A

0

100m 0 [M.15] 0 [M.15]

A

A

0

m001 100mm001 ]51.M[

[F.62]

[M.15] ]51.M[

100m [M.15]

B

[M.15]

100m

100m

0 A

B

A

38

100m

A região demarcada (que atualmente prioriza o veículo motorizado) será adequada ao pedestre, proporcionando assim conexão entre os lados do parque e a integração do edifício a ele.

0 10m

B

A

B

0

[M.15]

[F.61]

10m

A

100m

B

0

100m 0

100m

[M.15]

C

20m

B

0

[M.15]

[M.15]

0

B

0

100m 0

100m

0

A

0

0

[M.15]

0

A

A

C

[M.15]

A

A B

A

0

B

A

C

100m 100m 100m

A

A AA B

B BB

00 0

C CC

AA

0

0 A [F.63] Kárita Constante Dias Batista

A


B

B

C

C

PERSPECTIVAS B

100m

B

00m

C

[M.15]

B

A

implantação

C

[M.15]

C

C C C B

B

C

[M.15] Planta de implantação. Fonte: Autora [F.61] Corte AA. Fonte: Autora. [F.62] Corte BB. Fonte: Autora. [F.63] Corte CC. Fonte: Autora.

C

0 C

Parque da Chegada - Intervenção urbana no Terminal Rodoviário de Anápolis.

B

A

100m [M.15]


trecho 01 ÁREA Contemplativa CONTEMPLATIVA

[M.16] s. escala

Com o objetivo de conectar o ser humano à natureza, utilizando a análise de fluxos e usos, foi criada uma área contemplativa através da implantação de calçadas, decks-mirantes e arborização adequada acompanhando o leito do rio na região em que ele está mais inserido no contexto urbano, ou seja, mais próxima a Avenida Brasil e o Andracel Center.

[F.64]

Essa nova experiência do caminhar é enriquecida mais a frente, no bairro Santa Maria de Nazareth, com a criação de duas passarelas-pontes que conectam o parque ao bairro e proporcionam maior permeabilidade, melhoramento do aspecto visual e bem-estar e lazer dos usuários. [F.65]

26,00 m

18,00 m

3,00 m

2,00

7,30 m

3,60 m

[F.66]

41

Kárita Constante Dias Batista


0

5m

0

[M.17]

PAVIMENTAÇÃO

5m [M.18]

PAISAGISMO

Madeira ipê

Piso intertravado permevável

Concreto branco

As áreas contemplativas (que consistem no curso d’água e seu entorno imediado) serão reflorestadas com diversidade de espécies, nativas e exóticas, a fim de recuperar a vegetação ripária, levando identidade ao local.

Grama st. Agostinho

Parque da Chegada - Intervenção urbana no Terminal Rodoviário de Anápolis.

[M.16] Planta-Chave. Fonte: Autora. [M.17] Zoom da área contemplativa, pontes. Fonte: Autora. [M.18] Zoom da área contemplativa, deck. Fonte: Autora. [F.64] Perspectiva deck Fonte: Autora [F.65] Perspectiva ponte Fonte: Autora [F.66] Corte área contemplativa. Fonte: Autora.

42


trecho 02 ÁREA Comercial

[M.19] s. escala

[F.67]

Com objetivo de fomentar o comércio local e aproveitando os potencializadores como turistas, visibilidade e predominância comercial no entorno, foi criada a área comercial. A área comercial, além de conter um espaço destinado aos acontecimentos semanais das feiras, conta também com espaços que foram pensados para que as pessoas pudessem aguardar os amigos, familiares, ou o horário do próprio embarque. Com mobiliários e arborização adequados, o espaço de estar viabiliza a circulação e permanência do pedestre.

14,00 m

11,00 m

26,00 m

[F.68]

26,50 m

[F.69]

43

Kárita Constante Dias Batista


0

10 [M.20]

PAVIMENTAÇÃO Concreto

Madeira ipê

Piso intertravado permevável

Concreto branco

PAISAGISMO Palmeira Veitchia

Pata-de-vaca

Oiti

Grama st. Agostinho

Parque da Chegada - Intervenção urbana no Terminal Rodoviário de Anápolis.

[M.19] Planta-Chave. Fonte: Autora. [M.20] Zoom da área comercial. Fonte: Autora. [F.67] Perspectiva área comercial. Fonte: Autora. [F.68] Perspectiva área comércial. Fonte: Autora. [F.69] Corte área comercial. Fonte: Autora.

44


trecho 03 ÁREA esportiva

[M.21] s. escala

[F.70]

Com o objetivo de incentivar o exercício físico ao ar livre, a área esportiva segue a mesma linha que as diretrizes traçadas para o edifício. Ou seja, um esporte alternativo. Dessa forma, o espaço contará com pista de corrida, pista de skate, spiribol e academia ao ar livre.

1

Esse programa atenderá jovens, adultos e idosos, praticantes de esportes ou que buscam apenas o lazer, por se tratar também de uma área contemplativa com mobiliários urbanos que possibilitam a permanência e apreciação da vista.

[F.71] 2

[F.72]

27,00 m

40,00 m

37,00 m

[F.73]

45

Kárita Constante Dias Batista


2

1

3 0

10

10

0

[M.22]

PAVIMENTAÇÃO Pintura dinâmica

Piso emborrachado

PAISAGISMO Palmeira Veitchia

Grama st. Agostinho

Jabuticabeira

Concreto

3

Piso intertravado permevável

Concreto branco

[M.21] Planta-Chave. Fonte: Autora. [M.22] Zoom da área esportiva. Fonte: Autora. [F.70] Perspectiva área esportiva. Fonte: Autora. [F.71] Perspectiva academia. Fonte: Autora. [F.72] Perspectiva pista de skate. Fonte: Autora. [F.73] Corte área esportiva. Fonte: Autora. [F.74] Perspectiva espiribol. Fonte: Autora.

[F.74]

Parque da Chegada - Intervenção urbana no Terminal Rodoviário de Anápolis.

46


trecho 04 ÁREA recreativa

[M.23] s. escala

[F.75]

A área recreativa está localizada do outro lado do parque, tendo acesso através das passarelas-pontes, do bairro Andracel Center ou pelo bairro Santa Maria de Nazareth. Conforme dito anteriormente, a área foi escolhida baseada na predominância habitacional de seu entorno e ausência de usos do terreno atualmente.

1

O programa da área recreativa conta com playground, mobiliários interativos, pista de corrida e arborização adequada, se tornando um atrativo e estimulando crianças às atividades físicas e lazer. Também conterá área destinada aos responsáveis, de forma que possam permanecer de maneira confortável.

[F.76] 2

[F.77]

2,80 m

7,80 m

26,00 m

4,20 m

7,60 m

9,00 m

[F.78]

47

Kárita Constante Dias Batista


1

2

3

0

10 [M.24]

PAVIMENTAÇÃO Concreto

Piso intertravado permevável

PAISAGISMO Palmeira Veitchia

Grama st. Agostinho

Pitangueira

Concreto branco

3

Concreto pigmentado

Pintura dinâmica [F.79]

Parque da Chegada - Intervenção urbana no Terminal Rodoviário de Anápolis.

[M.23] Planta-Chave. Fonte: Autora. [M.24] Zoom da área recreativa. Fonte: Autora. [F.75] Perspectiva área recreativa. Fonte: Autora. [F.76] Perspectiva playground. Fonte: Autora. [F.77] Perspectiva playground. Fonte: Autora. [F.78] Corte área recreativa. Fonte: Autora. [F.79] Perspectiva playground. Fonte: Autora.

48


o projeto MOBILIÁRIO URBANO Os mobiliários urbanos possuem papel importante nos espaços públicos, uma vez que sua presença pode qualificar ou desqualificar o lugar, dependendo do seu planejamento e dos materiais utilizados.

0,6 m

6m 1m

4m

Poste de iluminação

Lixeira em madeira ipê e estrutura de metalon cor preta.

0,4 m

Banco em madeira ipê com canteiro.

3,5 m 1,6 m

Espiribol em estrutura de aço

2m

Os mobiliários desenvolvidos para o Parque da Chegada visam agregar estética e funcionalidade ao local ao mesmo tempo que proporcionam conforto e segurança aos usuários. Seguindo com a intenção de proporcionar segurança aos usuários, a iluminação pública será feita através de postes com fiação subterrânea, com alturas variadas e lâmpadas de LED, distribuidos de 30 em 30 metros nas vias de circulação. As lixeiras serão distribuidas de 25 em 25 metros, a fim de atender as necessidades do usuário sem que ele precise percorrer longas distâncias. A intenção é que o mobiliário se integre ao parque, seguindo seu desenho e proporcionando interação entre as pessoas, natureza e mobiliários.

1,5 m 0,6m

Mob. interativo em aço

0,6m 2m

2m

2,5 m

Concreto com acabamento em pintura colorida 49

Balanço em estrutura de aço

Kárita Constante Dias Batista


o projeto estruturas Borda arredondada Concreto Malha metálica Concreto magro

“O layout da pista de skate do tipo Bowl traz vantagens construtivas, uma vez que sua estrutura se apoia diretamente sob o solo, eliminando a necessidade de formas de fundo e diminuindo os efeitos das variações térmicas ambientais, as quais podem provocar fissuras no concreto.”

Recorte na terra

Pista de skate tipo Bowl em concreto armado

Ripado alternado em madeira ipê Grelha de apoio em madeira ipê Viga estrutural em madeira ipê Deck em madeira ipê

Estacas circulares concreto armado

40cm

em

Guarda corpo h: 0,9m em concreto aparente Laje protentida montada in loco Chapas de reforço Vigas pré moldadas em concreto armado Pilares

Ponte em concreto armado Parque da Chegada - Intervenção urbana no Terminal Rodoviário de Anápolis.

50


Referências


ÁGUA NO MEIO URBANO Disponível em: <http://www.mpf.mp.br/atuacao-tematica/ccr4/importacao/instic ucional/grupos-de-trabalho/encerrados/resid uos/documentos-diversos/outros_documento s_tecnicos/curso-gestao-do-terrimorio-e-man ejo-integrado-das-aguas-urbanas/aguanomei o%20urbano.pdf> Acesso em: 09 mar. 2020. BARBOSA, Leonardo Cassimiro. Potenciali dades dos parques lineares na recuperação deáreas de fundo de vale. Dissertação de mestra do, UEM, Maringá, PR, Brasil, 2010. CALDERARI, Elaine Saraiva, A reinserção dos cursos de água em áreas urbanas. 2012. 200f.Dissertação de mestrado - Universidade Feder al de Uberlândia, Minas Gerais, 2012. CARDOSO, Filipa Alfaro, Waterfronts: Cidades de água. 2009. Dissertação de mestrado Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia, Lisboa, 2009. FRIEDRICH, Daniela. O parque linear como instrumento de planejamento e gestão das áreas de fundo de vale urbanas. Dissertação de mestrado, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil, 2007. GORSKI, Maria Cecília, Rios e cidades: Ruptura econciliação. 2008. 243f. Dissertação de mestra do - Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2008. PARQUES LINEARES: NOVO MODELO INTEGRA LAZER E MEIO AMBIENTE NA CIDADE DE SÃO PAULO. Disponível em: <https://paineira.usp.br/aun/index.php/2017/05/11/parques-lin eares-novo-modelo-integra-lazer-e-meio-amb iente-na-cidade-de-sao-paulo/> Acesso: 17 jun. 2020 PROJETOS URBANOS EM FRENTES D’ÁGUAS Dísponivel em: <https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitex tos/19.222/7170> Acesso em: 09 mar. 2020 RIOS E CIDADES: Uma longa e sinuosa história Disponível em: <https://www.ufmg.br/revistaufmg/downloads/20-2/05-rios-e-ci dades-marcio-baptista-adriana-cardoso.pdf.> Acesso em: 07 maio de 2020 TUCCI, Carlos E. M.; GENZ, F. “Controle do impacto da urbanização”. Drenagem Urbana. ABRH, Editora da Universidade UFRGS, Porto Alegre, 1995

Parque da Chegada - Intervenção urbana no Terminal Rodoviário de Anápolis.

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