Cinturao Negro Revista Portugues 323 Novembro parte 2 2016

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Após o grande sucesso do primeiro DVD, o Grão Mestre Marco Morabito apresenta um novo trabalho, dedicado às armas. Os conhecimentos de Morabito no âmbito civil e no militar, se entrelaçam numa mistura explosiva de técnica e inovação. Nada se deixa ao acaso e não há segredos: com "cognitio experimentalis" se examinam com grande cuidado e pormenor, as agressões com mão armada mais comuns. Se analisam diversas técnicas com as armas mais comuns, mas tendo em consideração que não há um "modelo universal de agressão", os tipos de ataque são ilimitados e também o são as maneiras de defesa. A técnica é só a base do estudo, para adquirir fluidez e consciência do movimento, mas o propósito é fazer instintiva a nossa defesa, encurtando o tempo de reacção. Morabito, com seu Krav Maga Israeli Survival System, quer acabar com os esquemas e mostrar ao público algo totalmente novo, longe das técnicas habituais e vetustas, imitadas durante décadas. Neste DVD, a técnica se mistura com a experiência e tudo adquire âmbitos claros e definidos. Nada se deixa à sorte e os erros mais comuns são desmascarados e analisados. Encontrarão no Krav Maga Israeli Survival System, um novo método de defesa excepcional e autântico.

REF.: • DVD/KMISS 2 Todos os DVD's produzidos porBudoInternational são realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares) e aimpressão das capas segueas maisrestritas exigências de qualidade(tipo depapel e impressão). Também,nenhum dosnossos produtos écomercializado atravésde webs de leilõesonline. Se este DVD não cumpre estasexigências e/o a capa ea serigrafia nãocoincidem com a que aquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.



“Tenho uma pergunta que por vezes me tortura: Eu sou louco, ou loucos são os outros?” Albert Einstein

nde acaba o dia e começa a noite? Tudo não Universo responde à lei de graus. A percepção dos sentidos é sempre limitada, mas variável de uma espécie para outra, de um indivíduo para outro. Os sete “buracos” da cabeça são conhecidos em algumas culturas como os sete “enganos”. Mas se ainda fosso pouco termos ferramentas sensoriais limitadas, possuímos também a capacidade de estruturar essas impressões dentro de parâmetros preconcebidos, variáveis estes em cada espécie, em cada cultura, em cada indivíduo. Para os humanos, que crescemos tão lentamente e dependendo dos nossos progenitores durante tantos anos, esta etapa é uma ocasião para mobilizar a nossa enorme capacidade cerebral, através de uma aprendizagem, onde a cultura adquire um valor sobreposto ao instinto. A dita característica, tende a separar-nos do inato, para construir uma nova categoria que codifica a realidade dentro dos padrões próprios do nosso meio e cultura. Entretanto, em todas elas se gera um confronto entre ambos princípios: Natureza e Cultura são quase sempre antitéticos. Cultura possui a mesma raiz que cultivar. É o resultado da mudança de formas de vidas caçadoras para semeadoras, de nómadas para os assentar a lugares fixos de culturas lunares. Toda cultura está baseada no tabu e esse binómio, bom versus mau, pertinente versus proibido, como redução prática para a sobrevivência do grupo, tem resultado muito útil. Não entanto, não que respeita a explorar o verdadeiro conhecimento e a lucidez pessoal dizem respeito, pode ser não só extremamente insuficiente, como também fútil e certamente frustrante. A formação dos valores trespassados, é o resultado de muitas variáveis, afeito, conhecimento dos pais, alimentação, estímulos, orientação, personalidade, nível evolutivo, tecnológico…, etc… No entanto, todos temos de encaixar nos padrões consensuados pelo grupo, no qual crescemos. Ninguém, por activa ou por passiva, escapa a essa influência, que predetermina a maneira em que em adiante analisaremos os sinais e informações que alimentarão o nosso cérebro e a maneira de as interligar para lhes darmos um sentido. Aqueles que incapazes de realizar esta tarefa dentro da própria coerência do seu grupo, ou que se debruçarem nos limites do que é aceite e aceitável pelo consenso da sua cultura, serão tratados de loucos. A moder na psiquiatria, sem dúvida influída pela evolução do pensamento moderno e pelas contribuições da antropologia, começou, muitas vezes pela comparação com outras culturas, a questionar seriamente estes preceitos. De quem podemos dizer sem duvidar, que está louco? E muito mais importante, o que significa estar louco? A arrogância que esconde pensar que a nossa percepção do mundo é a única e correcta, está na base

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“O que a lagarta chama o final, o resto do mundo chama borboleta” Lao Tse

deste disparate. Afinal, as sociedades ordenam-se em base a normas e estas dependem dos tabus. A lucidez se esfuma rapidamente, quando tratamos de encaixar o Universo no pequeno saco dos valores estruturados da nossa cultura. Não podemos meter a lua numa piscina, por muito grande que seja, só podemos ver o seu reflexo. Um dos pontos mas interessantes das iniciações em outras culturas, é o rachar os rígidos muros da nossa percepção. A imersão, quando profunda em tradições o culturas, quanto mas afastadas no tempo, melhor; dão-nos ocasião de olharmos para nós mesmos e para o mundo, com outros olhos. Essa renovação não é banal, nem desde já, simples. A frase Zen o diz de maneira soberba: “Antes do Zen, a montanha é montanha e o lago, lago. Durante o Zen, a montanha não é montanha, nem o lago é lago. Depois do Zen, a montanha torna a ser montanha e o lago, lago”. O primeiro ponto após a ruptura de esquemas, é a necessidade de mover-se, o nos tira do nosso estancamento. Toda verdadeira iniciação questionará a nossa zona de conforto. Muita gente é incapaz de superar esta etapa e como um caracol, volta a meter-se na sua concha ao primeiro sinal de perigo. Numa segunda fase, o iniciado trata apressadamente de encaixar os dois mundos, mas sob critérios e valores pretéritos e reconhecíveis. Também se pode perder nessa etapa. Finalmente, chega o momento de sentir-se realmente perdido e aceitar a sua ignorância. Na última etapa se integra plenamente nos espaços conscienciais novos e aprende a reconhecer os verdadeiros valores da sua própria natureza, a través de tudo o que de positivo sobreviveu à experiência. Nesse momento e após várias mortes “místicas”, se produz um renascimento… “A montanha torna a ser montanha e o lago, lago”. Toda iniciação em culturas espirituais profundas, gera disrupções na nossa continuidade consciencial. Em muitas culturas antigas se utilizavam “plantas de poder” para quebrar a rocha da nossa percepção e aprender a conceber o inconcebível. Não é este o caso da cultura Shizen, na qual me tenho empenhado nestes anos, mas os objectivos procurados por estas manobras, são importantes em todo processo iniciático e são alcançados por outros meios também eficazes. Compreender que o mundo é uma descrição encriptada por os sentidos e por seu analisador, abre a vida e a consciência a considerações que as culturas natais facilmente enquadrariam como loucura. E no entanto, como têm mudado as coisas!… A própria informação já não é o divisor suficiente… Não vivemos em um Universo linear nem plano, ainda que isto seja o que nos dizem os sentidos. Quando alguém disse que o mundo era redondo, quiseram queimá-lo! Quando a ciência descobriu o comportamento anómalo das partículas a nível quântico, simplesmente não temos sabido como integrar esse conhecimento no nosso quotidiano. O mundo quotidiano permanece ancorado na consciência do linear e plano.


Os verdadeiros caminhos espirituais, e não falo aqui de religiões mas sim de estudos do invisível, têm descodificado informações sobre a natureza do oculto, que chocam frontalmente com a nossa percepção. É normal, esta tem sido fechada e estruturada para cumprir outras funções e para perpetuar conhecimentos virados à perpetuação dos ditos sistemas, e não para o despertar da consciência individual, frente ao abismo do inconcebível. Nos colégios não há uma matéria que seja “tu mesmo”, nem práticas que ensinem a questionar a percepção, e sim ancorá-la nos paradigmas do grupo. O renascimento nos nossos dias de culturas antigas, como a Shizen, possui o vigor que lhe proporciona a necessidade da consciência colectiva de ir além desses limites, para olhar para o infinito com sobriedade e galhardia, com a força e o poder total que existe nos humanos, muito más que carne e ossos, muito mais que uma lista de possessões. Um novo homem surge das cinzas deste tempo confuso, misturado e marralheiro, fruto de inxertar aquelas velhas culturas em novos vinhedos. Quem se atreverá? Àqueles que o fizerem…, eu os saúdo!






Hawai “O sistema começou no princípio dos anos 30 com o Professor William "Thunderbolt" Chow”


A herança do Professor Chow W illiam Kwai Sun Chow foi um ver dadeir o pioneiro, um revolucionário das artes marciais modernas. A sua herança sente-se como uma clave da melodia de muitíssimas artes: o Kajukenbo, Ed Parker e tantos outros destilam o perfume inequívoco desse homem genial. Mas, entretanto, o que resta da sua própria linha? É uma pergunta que muitas vezes nos temos feito. Pois bem, aqui está o Grão Mestre Sam Kuoha, o directo sucessor do génio e a sua bela filha Ka’imi, para falar connosco e mostrar -nos isso. Eles


Hawai “Através do seu trabalho vamos compreender, com claridade, onde reside o âmago, a base de estilos sincréticos modernos como os anteriormente ditos”


Grandes Mestres visitaram-nos e gravaram para nós um vídeo de instrução que vai surpreender muita gente. Através do seu trabalho vamos compreender, com claridade, onde reside o âmago, a base de estilos sincréticos modernos como os anteriormente ditos. Chow possuía esse toque, essa aproximação ao combate real, onde a verificação, as técnicas de agarre e de pontapear em curto, falam-nos de uma luta onde as situações se resolvem na distância curta, com técnicas contundentes, fortemente desenvolvidas e encadeadas em séries velozes, ordenadas numa sincronicidade de pura lógica bio-mecânica, onde os batimentos secos acompanham os contínuos desequilíbrios, onde os remates não entram em contradição com os controles. Um estilo, pois, de corte ofensivo, onde essa especial maneira de fazer do havaiano, em rajadas fogosas como a sua própria ter ra vulcânica, arrebatam e desarmam o atacante de um modo inesperado e decisivo.


Grandes Mestres Sam Kuoha é um homem amável, simpático, uma pessoa acessível e simples. O seu olhar esconde o brilho próprio de uma pessoa inteligente, e ele é-o, aberta e entusiasta do seu trabalho. A sua muito jovem filha, actualmente muito ligada ao mundo do Cinema, possui uma peculiar mistura de inocência e maturidade pouco frequentes. A sua técnica é impecável e como poderão apreciar, com tanta fereza como espectacular nas suas acções. A sua cara é muito expressiva e possui um corpo belíssimo e flexível, do qual desponta uma mulher interessante, que sabe expressar as suas técnicas com grande harmonia. O seu pai deitou-lhe às costas o peso da herança do sistema e ela acompanha tal decisão com um orgulho não isento de um certo desassossego pela enorme r esponsabilidade que isso supõe. "Sinto-me feliz porque o Professor Chow teve ocasião de a conhecer quando era um bebé e disse-me: –Olha Sam, aí está o futuro do nosso estilo". O Kara Ho Kempo possui o necessário para que todos os amantes dos estilos de contacto real lhe prestem a devida atenção. Os seus "ir mãos" do Kajukenbo, ou do Ed Parker Kenpo, não devem deixar passar a ocasião de olhar para a herança de Chow, um homem cujo génio e inspiração permanecem vivos e presentes através desta linha que hoje dirige Sam Kuoha e que Sensei Ka’imi vai herdar. Duas pessoas muito afectuosas, dois Mestres a não perder de vista, um estilo bravio e de grandíssimo interesse. Alfredo Tucci


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Hawai “Segundo disse Kuoha, o treino era rigoroso e doloroso, mas depois, a alegria de poder aprender mais e mais foi plenamente emocionante�


Grandes Mestres Kempo KaratéHistória do Kara-Ho Sistema de Karaté Chinês Enquanto o jovem William Kwai Sun Chow crescia nas ruas sem lei do Havai…, as artes Marciais constituíam a sua mais alta ambição. Era muito baixinho e portanto, era muitas vezes incomodado por outros jovens. Foi então que o seu pai, um emigrante Chinês de Shanghai e sacerdote budista, começou a ensinar-lhe o sistema de Gung Fu da família. O desenvolvimento do Sistema Kara-Ho Kempo Karaté Chinês chamado Kara-Ho, é um sistema internacionalmente patenteado com todos os seus símbolos, sendo uma marca registada. A sua

evolução iniciou-se muitos anos atrás, mas como o Professor Chow não tinha estudantes dedicados, nem sequer no Havai, que estudassem de forma contínua, ele manteve todas as inovações para si próprio. Contudo, em 1978 resolveu ensinar e treinar o Grande Mestre Kuoha em todas as facetas deste grande sistema. Segundo disse Kuoha, o treino era rigoroso e doloroso, mas depois, a alegria de poder aprender mais e mais foi plenamente emocionante. Para Kuoha, a dor não era nada de novo, visto ter sido criado pelo seu pai que era um artista marcial e, sendo Havaiano, era campeão em "Lua", uma arte que é considerada como um "quebra-ossos". Kuoha fora fisicamente requerido toda a sua vida e o treino no ambiente do templo era muito exigente, tanto fisica como


Hawai


Grandes Mestres mentalmente, de maneira que isto era como mais uma coisa na sua vida. Quanto mais o Professor via Kuoha a treinar… mais queria ensinar-lhe o que ele sabia. O Grande Mestre Kuoha treinou com o Professor Chow de modo contínuo até à sua morte em 1987 e depois foi aconselhado pela Senhora Patsy Chow (a viúva do Professor Chow) no sentido de que ele continuasse o trabalho do Professor Chow, como era o seu desejo. Kuoha não queria… Repetiram-lhe muitas vezes o que devia fazer e depois recebeu um telefonema do Havai, de um íntimo amigo e conselheiro do Professor Chow, o Dr. Ronald Perry, comunicando-lhe que o Professor Chow lhe tinha expressado esse mesmo desejo. Finalmente Kuoha aceitou e apareceu na primeira capa de "Inside Karate" como "Kenpo s New Grandmaster - The Reluctant Grandmaster". Outras fotografias mostravam o diploma assinado perante um notário pelo Professor Chow, dando ao Grande Mestre Kuoha o 9ºDan, em 1984; com o Dr. Ronald Perry assinando o 10º Dan para o Grande Mestre Kuoha, em 1987 na Kwai Sun Company. Também havia uma gravação em áudio do Professor Chow, onde falava de todos os que tinham aprendido coisas com ele, mas que apenas um se mantinha fiel…, o Grande Mestre Kuoha. Após o falecimento do Professor Chow, muitos instrutores de vários estilos de Kenpo telefonaram para a sede, de modo a pedir para passar a formar parte do sistema. Ao princípio,



Grandes Mestres o Grão-Mestre Kuoha negou isso a todos aqueles que não eram da linha de Kara-Ho, mas em 1988 resolveu ajudar outros a terem a pureza do único sistema fundado pelo Professor Chow. Muitas escolas surgiram e prosperaram nos Estados Unidos, mas como o sistema de Kara-Ho não cruza categorias e para obter um cinto preto é preciso trabalhar para o ganhar…, muitos não ficaram. Para começar, para que um estudante possa obter o cinto preto nas Artes Marciais precisa de um mínimo de 6 a 8 anos de treino e depois, para cada categoria de "Dan" outro ano de prova. Um cinturão negro recentemente chegado, depois de ter tido como mínimo 10 anos nas Artes, poderia obtê-lo no primeiro ano. Muita gente não gostou deste conceito aplicado para aqueles que queriam passar para Kara-Ho e a Kwai Sun Company teve que descartar muitos mais instrutores dos poucos que ficavam.

O Grão-Mestre Kuoha conta tudo! O sistema começou no princípio dos anos 30 com o Professor William "Thunderbolt" Chow. Com técnicas rápidas, como fogo que visa a zona vital do corpo e golpes potentes que incapacitam qualquer pessoa e todos os adversários num abrir e fechar de olhos… Ele desenhou o sistema Chinês de Kempo de Kara-Ha Karaté, o qual, na década de 70, mudou o nome para Sistema Chinês de Kara-Ho Kempo Kara. Houve bastantes mudanças no sistema mas finalmente tudo foi para bem. Trata-se de várias mudanças para melhor e que favorecem todos. É considerada por vários editores de revistas e gente das Artes Marciais em todo o mundo, como "uma das Artes mais letais das existentes". Baseada na humildade por cima do poder, centrada na energia inter na. Não há sistema de "no-holdsbarred" que faça com que a pessoa dependa mais dos instintos e não do


Grandes Mestres pensamento. As técnicas são controladas e os estudantes aprendem a construir as suas mentes e corpos para ser uma máquina refinada, prontos para a confrontação. Mas não se baseia só na reacção física, baseia-se ainda mais e principalmente no lado espiritual e mental. O seu sistema consiste em aprender várias técnicas, armas e formas durante a vida toda. Hoje em dia o sistema floresce num marco cambiante, quando mais gente anda em busca de uma "arte completa" e o Kara-Ho é o primeiro da lista como um dos sistema mais completos em eficácia na rua.

O Sistema de Kara-Ho Karaté Chinês: O Capítulo Europeu Começou na Inglaterra no início dos 90, mas só durou uns poucos anos, sendo depois descartado por se verificar que os praticantes só estavam interessados nas categorias dos cintos. Foi só em 1999 quando Sensei Stephan Fabel, um estudante que tinha treinado sob a tutela de Sensei Shane Thompson (director


"Sinto-me feliz porque o Professor Chow teve ocasião de a conhecer quando era um bebé e disse-me: –Olha Sam, aí está o futuro do nosso estilo"


“Sam Kuoha é um homem amável, simpático, uma pessoa acessível e simples. O seu olhar esconde o brilho próprio de uma pessoa inteligente, e ele é-o, aberta e entusiasta do seu trabalho”


Grandes Mestres regional do Kara-Ho em Montana) tendo regressado para o seu país, a Alemanha, resolveu ensiná-lo a alguns alunos. Sensei Stephan treinou e abriu uma escola pequena, como devia ser pelo seu grau, (nesse momento era cinto azul) e só ensinou a uns poucos amigos. Mas mesmo com o nível de treino desse momento, as pessoas começaram a perceber que se tratava de um sistema poderoso. O seu treino e a sua aprendizagem foram aumentando com a motivação assegurada de formação com o seu antigo instrutor ou viajando à Califórnia todos os anos, para treinar com pessoas de destaque. Até houve um ano em que conseguiu que o Grão-Mestre Kuoha e a sua família viajassem de avião até à A l e m a n h a , combinando assim o seu próprio treino e dando aos seus estudantes uma oportunidade de treinar com os melhores, através de um seminário e aulas. A sua destreza aumentou rapidamente e depressa cresceu o número de estudantes de Sensei Stephan Fabel. Nesse mesmo ano, dois instrutores viajaram da Espanha à Califórnia para se unirem ao sistema. Ambos tomaram parte nos treinos, mas parece que não havia uma continuidade nos seus treinos. Aperceberam-se de que o interesse tinha diminuído e um ano


mais tarde, Carlos, o instrutor principal foi destituído do sistema por inactividade. Em Outubro de 2001, Sensei Bruno Rebelo, de Portugal, um veterano com 15 anos de experiência nas Artes, entrou em contacto na busca de uma organização forte e válida e quis o sistema do Professor Chow. Então, ele e os seus estudantes fizeram-se membros da organização e a seguir trouxe o Grão-Mestre Kuoha a Portugal, para realizar uns seminários e este dedicou muito tempo a treinar com Sensei Bruno e alguns dos instrutores. Sensei Stephan também veio da Alemanha para o ajudar. O treino era bastante intenso, com muitas horas a rever como fazer as coisas correctamente. De novo, em Maio de 2002, o Grão-Mestre, Sensei Kaími (a próxima líder de Kara-Ho e filha do Grão-Mestre Kuoha) e Sensei John De Witt vieram até Portugal para ministrar uns seminários e treinos para Sensei Bruno e o seu grupo de instrutores e com o tempo dedicado e a energia investida…, avançaram com rapidez. É importante dizer que durante este ano, Sensei Stephan veio várias vezes da Alemanha, para ensinar e ajudar Sensei Bruno com as suas técnicas e formas.

“É considerada por vários editores de revistas e gente das Artes Marciais em todo o mundo, como "uma das Artes mais letais das existentes". Baseada na humildade por cima do poder, centrada na energia interna”


Grandes Mestres

“Após o falecimento do Professor Chow, muitos instrutores de vários estilos de Kenpo telefonaram para a sede, de modo a pedir para passar a formar parte do sistema”



Grandes Mestres Por sua vez, Sensei Santiago Gutiérrez entrou em contacto com a organização. Sensei Santiago era um dos treinadores originais e assistente na Espanha de Carlos, que tinha ido à Califórnia para formar parte do sistema e queria unir-se de novo. Não se davam muito bem ele e o seu antigo instrutor e cada um tinha seguido o seu caminho, fazia mais de um ano, por isso desconhecia que Carlos já não estivesse com a organização. Sensei Santiago Gutiérrez foi aceite de novo pela organização e agora é o director regional de toda a Espanha. A dedicação e a vontade mostradas por parte de Sensei Santiago são impressionantes e ele vai crescer com força dentro do sistema, especialmente com a ajuda de outros instrutores, tais como Sensei Bruno de Portugal e Sensei Stephan da Alemanha. Estabelecer uma base sólida com estudantes entregues era prioritário para construir na Europa e isso já está a acontecer. Só resta continuar em frente e com os representantes nacionais nos seus lugares, o Sistema Chinês de Kara-Ho Kempo florescerá na Europa num futuro muito próximo. Para obter os dois livros escritos pelo Grão-Mestre Kuoha, ver a página web.


Sifu Alfred Johannes Neudorfer e Sifu Rosa Ferrante Bannera, fundadores do Wing Tsun Universe, WTU, um movimento caracterizado não pelo uso de técnicas, msd dim de qualidades, intercâmbios, princípios e conceitos de movimento, dedicam o seu primeiro DVD ao Siu Nim Tao (SNT) o “9 caminhos”. O SNT é a base do Wing Tsun, Wing Chun e da WTU. A compreensão da mesma é a condição básica para tudo aquilo que vem a seguir, posto que se observarmos como a pessoa realiza as sequências deste movimento, podemos concluir o que será capaz de fazer. Sé alguma coisa está errada no movimento, tudo quanto o praticante irá desenvolver depois, estará errado. Os movimentos do WTU (formas) compreendem funções inerentes, das quais se podem derivar aplicações. O significado dos movimentos primários, faz com que derivem em outros e gerarem aplicações baseadas nos princípios e nas interacções que ajudam sua compreensão. O WTU incorpora também, um “set” extra, que seus fundadores consideraram necessário, devido às circunstâncias actuais. O DVD inclui o Movimento (forma) Siu Nim Tao, suas 9 sequências e aplicações, as sequências 1 a 3 do primeiro movimento com parceiro (Chi Sao), assim como uma reveladora entrevista com os fundadores do WTU.

REF.: • DVD/WTU1 Todos os DVD's produzidos porBudoInternational são realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares) e aimpressão das capas segueas maisrestritas exigências de qualidade(tipo depapel e impressão). Também,nenhum dosnossos produtos écomercializado atravésde webs de leilõesonline. Se este DVD não cumpre estasexigências e/o a capa ea serigrafia nãocoincidem com a que aquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.






Kapap

KAPAP: Jiu Jitsu Israelita Excelência-Do no Bushi-do. O caminho à Excelência Por: Avi Nardia and Ken Akiyama

A gente fracassada pensa saber tudo. As pessoas com êxito, continuadamente questionam as noções previamente concebidas e aprendem coisas novas. Após vários anos de treino, um estudante de Artes Marciais suportou uma prova física longa e exigente, para o Cinto Preto. Finalizada a prova, o estudante se ajoelhou diante do velho Mestre, esperando promoção.



Kapap O mestre perguntou ao estudante: "Qual é o verdadeiro significado do Cinto Preto?" O estudante respondeu rapidamente: "O final da minha viagem e a recompensa pelo meu duro trabalho. O mestre respondeu: "Não estás pronto para passar para p Cinto Preto” Passado um ano, o Mestre realizou a mesma prova e de novo perguntou o verdadeiro significado de Cinto Preto. "É um símbolo da conquista mais alta no nosso estilo superior das Artes Marciais" – respondeu o estudante. Sem emoção alguma, o mestre disse: "Ainda não estás pronto". Passou mais um ano e faz a mesma prova esgotante, seguida da mesma pergunta: "Qual é o significado do Cinto Preto?" Desta vez, o estudante fez uma pausa deliberada, respirou e respondeu: "O Cinto Preto é uma graduação para o começo de outra viagem mental, física e espiritual. É o começo de um esforço sem fim, de disciplina e árduo trabalho. O cinto simboliza o desejo de melhorar sempre em todos os aspectos, como guerreiro e como ser humano". Um Mestre de Artes Marciais deve distinguir-se como um líder. Nos nossos dias, vemos muitos gerentes de Artes Marciais que dirigem escolas e rentáveis organizações, apesar de não estarem levando seus estudantes numa boa direcção. Por desgraça, também vemos muitos grandes líderes que não podem ter mais seguidores por carecerem das habilidades de gestão. A nível mundial, as Artes Marciais se estão polarizando. Podemos ver gente chegando aos extremos em uma



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direcção ou na outra. Muitos estão perdendo os valores da compaixão e da compreensão, conforme o mundo se vai tornando mais "virtual". Os meios de comunicação também jogam um papel cada vez más influente nas nossas perspectivas. Uma das chaves para ser um líder bem sucedido é juntar e manter os membros adequados das equipas. A fim de fazer que o KAPAP seja o sistema israelita mais importante do mundo, estou em constante recrutamento de novos membros motivados a se unirem à minha equipe. Também trabalho com meus estudantes para se apaixonarem da minha visão para o futuro do KAPAP. Por isto, todos os novos instrutores são submetidos a um processo de petição detalhado e todos os meus instrutores registados, estão obrigados a participar em campos de treino e formação. Assim é como nos asseguramos de que o espírito do KAPAP é coerente em todo o mundo. O KAPAP é um sistema de combate corpo a corpo, que originalmente se desenvolveu para a maior unidade anti-terrorista de elite do mundo.


O KAPAP é um sistema CQB que se pode adaptar a qualquer missão: militar, policial ou civil. Como um sistema conceitual, ensino a minha equipe a dar aos estudantes a experiência, as habilidades e qualidades de um guerreiro. Prefiro manter o KAPAP como um sistema aberto, porque uma vez que qualquer Arte Marcial define um plano de estudos conjunto, o plano de estudos se torna uma limitação. Também podemos ver nas Artes Marciais que se têm dirigido a desenvolver-se como desporto, como se perdem algumas coisas do seu espírito original. Por exemplo, o Judo é uma Arte Marcial tremendamente poderosa, mas a evolução do Judo como desporto, requer da omissão de atemi waza (golpes). Isto não é uma crítica ao Judo, porque a evolução ao Judo do Jujutsu, também deu lugar a um grande desenvolvimento e a fazer populares as Artes Marciais. Entretanto, enquanto que o KAPAP é um sistema destinado às aplicações de combate, não podemos dar-nos ao luxo de omitirmos qualquer ferramenta da nossa caixa. Portanto, realizamos periodicamente sessões de treino baseado em regras


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“O KAPAP é um sistema de combate corpo a corpo. que originalmente se desenvolveu para a maior unidade anti-terrorista de elite, do mundo”



Kapap “No KAPAP, pensamos que é melhor trabalhar nem que seja por umas moedas e por vezes temos que despedir professores que não respeitam as nossas normas” “Para algumas pessoas, o KAPAP é um sistema de estudo muito simples e para outros, é impossível. A diferença está determinada pelo coração e a mentalidade de quem aprende”

de Judo. A definição de KAPAP significa que a longo prazo, não vamos deixar de ter em vista o nosso propósito original de defesa pessoal sem regras. Para algumas pessoas, o KAPAP é um sistema muito simples de estudar e para outras é impossível. A diferença vem determinada pelo coração e a mentalidade de quem aprende. Um indivíduo que não percebe a moral, o trabalho em equipa e o respeito, achará o KAPAP o sistema mais impossível e doloroso. Por outro lado, quem tiver uma boa energia e levar estudo do KAPAP correctamente, gozará sendo membro de uma família com classe mundial, estar bem informado e ser artista marcial profissional. No KAPAP pensamos que é melhor trabalhar por umas moedas e por vezes temos de despedir professores que não respeitam as nossas normas. Mas podemos ser pacientes com os nossos estudantes e espero que a minha equipe para educar a outros, se mostre profissional, excelente e com o espírito de nunca se dar por vencido. Reconhecemos os nossos membros da equipa KAPAP que fazem progressos satisfatórios, a través dos 4 níveis como instrutores de Kapap, mediante a concessão dos Cintos Pretos. Desde a perspectiva do estudante que começa, o KAPAP é o sistema mais rápido, mais intuitivo e fácil. Pode não haver cintos, devido a que o estudante só pode treinar durante um fim de semana ou um mês. No entanto, os membros da equipa que se dedicam durante meses e anos de prática, a aperfeiçoarem as suas habilidades e se evoluem em todas as facetas do KAPAP, os honramos com os cintos. Quando promovemos um estudante de cinto preto em KAPAP, o esse cinto preto também representa o Jiu Jitsu israelita. Como Fundador, lidero o KAPAP israelita Krav Maga, o que é simbolizado pelo cinto azul e branco. Além de ser um líder em Artes Marciais israelitas, também tenho cinto preto em Judo, Jujutsu japonês, Jiu Jitsu e mais alguns. Pedi a Ken Akiyama que use o cinto azul y branco, por ele estar no segundo lugar, logo a seguir de mim, na direcção do KAPAP. Como o KAPAP continua crescendo em todo o mundo, gosto de ver que as técnicas do Kapap continuam aparecendo em outros sistemas de Artes Marciais israelitas. O nosso objectivo é educar pessoas para estarem mais seguras. Seria maravilhoso ver todos os instrutores alcançarem a mesma categoria que os da minha academia. Me satisfaz compartilhar os meus conhecimentos, para corrigir erros mortais de instrutores de qualquer filiação. Em 2017, a minha equipe realizará um percurso pelas escolas de Krav Maga de todo o mundo e será intitulado "Erros fatais no Krav Maga". Através deste projecto e alguns outros, esperamos salvar vidas, melhorando o estado geral do Krav Maga e das Artes Marciais modernas, em geral. Podem contactar com a minha academia para obter mais pormenores em www.avinardia.com.


RAÚL GUTIÉRREZ LÓPEZ, 9º DAN Kosho-Ryu Kenpo y 10º DanFu-Shih Kenpo www.raulgutierrezfushihkenpo.com www.feamsuska.com rgutkenpo@hotmail.com Teléfono: (0034) 670818199 Sensei Luis Vidaechea Benito Cinturón Negro 3º Dan Fu Shih Kenpo Delegado FEAM en Castilla y León Templo Segoviano de Fu-Shih Kenpo Pabellón Pedro Delgado - Segovia Tel.: 622 263 860 mailto: sensei.luis@cylam.es http://www.cylam.es/ Maestro Peter Grusdat, 8º Dan Wing Tsun Director General Departamento de Wing Tsun FEAM wtacademycanarias.com/es/sifu-grusdat Facebook: Sifu Peter Grusdat Email: inf@wtacademycanarias.com Las Palmas de Gran Canaria - ESPAÑA Teléfono: (00 34) 618 455 858 - 637 344 082 Informate de nuestros Cursos de Formación de Monitores Para ejercer a nivel nacional e internacional Avalados por FEAM CLUBE ESCOLA DE DEFENSA PERSOAL José Rodríguez López Fundador Hand Krav Fu System Instructor Nacional Defensa Personal Policial IPSA Escuela Defensa Personal y Policial de As Pontes Lg Petouto - Ribadeume 15320 As Pontes, A Coruña Tel: 670 770 004 escuela@handkravfu.es - www.handkravfu.es Francisco Javier Martin Rubio, C.N. 4º DAN de Karate Shotokan CD A.M. c/ Poligono de la Estacion, Parcela 15, Nave 21 Olmedo - Valladolid Teléfono: 665810990 Email: gimnasiolmedo@hotmail.com Sifu Jeroni Oliva Plans, Director Nacional del Departamento de TAI CHI CHUAN y CHI KUNG SIFU 3º Grado de Tai Chi Chuan y Chi Kung Terapeuta Manual Tel.: +34 659 804 820 E-mail: jopsanestudi@gmail.com C/València, 345, Barcelona C/Indústria, 110, Malgrat de Mar Maestro Martín Luna Director internacional Krav Maga Kapap FEAM Instructor policial/militar IPSA Seguridad y escoltas /vip protección Representante IPSA y FEAM Canarias Maestro Cinturón Negro 5º dan Fu-Shih Kenpo Instructor kick Boxing / K-1/Full Contact Tel: 671 51 27 46.martin75kenpo@hotmail.com


Martín García Muñoz Maestro Internacional 8º Dan Instructor Internacional, IPSA Instructor Internacional Tae-Kwon-Do ITF Vice-Presidente Federación Andaluza Tae-Kwon-Do ITF Director de Operaciones y Coordinador de IPSA para España Gimnasio Triunfo (Granada) Teléfono 607 832 851 opencleanmotril@hotmail.com Maestro Antonio Guerrero Torres C.N. 5º Dan Fu-Shih Kenpo Representante “Asociación Fu-Shih Kenpo”, AFK para Andalucía Teléfono: 678 449 585 Email: afkenpo@gmail.com Luis Díaz Estay, Maestro Internacional de Kick-Boxing y Full-Contact 6º Dan, Creador del Stay Fitness System, SFS, Instructor Policial, Defensa Personal y Muay Thai. Villanueva de la Cañada – Madrid Teléfono: 639 505 217 – luisdiazestay@hotmail.com Sensei Mario P. del Fresno C.N. 3er Dan Fu-Shih Kenpo Representante F.E.A.M. Madrid Centro Entrenamiento Profesional Box Everlast www.boxeverlast.es Club de artes marciales 78 www.artesmarciales78.com Gimnasio In Time MMA. www.intimemmamadrid.es Teléfono: 658 016 688 mario.fushihkenpo@gmail.com Maestro Luis Pedro Rojas Torres, 7º Dan Fu-Shih Kenpo, Instructor Internacional de Defensa Personal Policial, IPSA – Centro de Osteopatía y Terapias Naturales. Calle Industria 110, 08.380 Malgrat de Mar, Barcelona Tel: 937 654 598.kitorojas8@hotmail.com Instructor Krzysztof Adamczyk Instructor Nacional para Polonia y Noruega. Grinnisvegen 611 ,7236 Hovin i Gauldal ,Noruega fushihkenponorge@gmail.com 0047 92520150 fushihkenpopolska@gmail.com 0048 783474760




Katas marciais ou despotivas A minha experiência profissional como docente e competidor durante muitos anos no capítulo das Katas, levou-me a realizar alguns apontamentos acerca da sua história e evolução, que data aproximadamente uns três séculos de existência. Será uma narração, uma lenda ou, pelo contrário, um facto demonstrado? Esta versão par ece ser a mais difundida e estendida durante o Século XIX, por todo o Japão. Nesses tempos, um Mestre de nome Kushanku, que vinha da China e que viajava como embaixador cultural a Okinawa, tinha criado uns exer cícios que r epr esentavam formas destinadas à defesa pessoal. Este Mestre legou-nos uma Kata conhecida como KANKU, no Shotokan; KOOSOKUN no Shitoryu e noutras escolas, como homenagem ao seu nome. As Katas são "um livro" de ensino de transmissão oral, nelas podemos encontrar os princípios básicos, a tradição, o espírito. Ta m b é m m a n t ê m a s d i f e r e n ç a s e n t r e a s diferentes escolas, próprias de cada estilo. Observando um aluno na realização de uma Kata, podemos dizer, sem nenhum género de dúvida, a que estilo de Karaté ou a que escola pertence.


Karate-do


“Todas as Katas têm um nome e, portanto, um significado que esclarece a referência ao seu criador ou ao seu conteúdo, mas dependendo se são de SHURI, TOMARI ou NAHA, variam a forma de serem feitas ou o seu significado”


Karate-do “As Katas, foram estruturadas em Okinawa no período que vai do ano 1600 a 1950. Nos começos eram aprendidas por uma só pessoa que as treinava”

“Seu significado, mas não o nome, ainda que talvez varie enquanto a sua procedência for na origem chinesa ou não, ou a interpretação dos ideogramas do Kanji ou Harakana”

O

riginariamente, as Katas vêm da China, mas não se sabe a ciência certa, se foram estes que as levaram para Okinawa, ou foram os Okinawenses que as estudaram na China e posteriormente as trouxeram para Okinawa. Especificamente no estilo Shito Ryu da linha da escola do Mestre Hayashi, há Katas de origem directa do estilo de Kung Fu, do grou branco, tal como a Kata HAKKAKO. Têm sido estudados inúmeros documentos e escritos da época e, em especial, um documento proporcionado pelo Mestre OGURA, lá por 1940, onde aparecem umas fotografias do Mestre Ryusho Sakagami, que foi aluno do Mestre Kenwa Mabuni (Fundador do Estilo Shitoryu) e discípulo, como Gishin Funakoshi, do Mestre Itosu. As Katas, foram estruturadas em Okinawa no período que vai do ano 1600 a 1950. Nos começos eram aprendidas por uma só pessoa que as treinava, aperfeiçoava e depois as transmitia a um familiar directo, ou também a trasmitia ao seu primeiro discípulo. Também se dava o caso que um Mestre soubesse apenas uma Kata e a desenvolvesse durante toda a vida, daí o dito "Uma Kata, uma vida". Aqui podemos ver a clara diferença com a actual lista de Katas de Competição, das diferentes Escolas. A partir do ano 1700, os Mestres de Okinawa SAKUGAWA e MASTURBARU, começaram a estruturar as Katas conhecidas e a criar outras novas. O Mestre Gishin Funakoshi foi aluno do Mestre Itosu, mas também treinava com o Mestre Azato; naquela época as escolas eram muito menos fechadas que hoje em dia. Tendo realizado ele uma síntese do estilo, começou a dar a conhecer o seu ensino no seio da Shotokan, que originalmente era o nome do seu próprio Dojo, denominando o seu estilo Shotokai. Por deformação deste nome, atribuiu-se posteriormente o nome de Shotokan ao seu estilo. Durante este período de balbuceios do Karaté, o Mestre Funakoshi ensinou umas quinze Katas, entre elas estavam as cinco Heian. Podemos dizer, com certeza, que as Katas Pinan, que o Mestre Funakoshi ensinava aos seus alunos, eram as mesmas que o Mestre Itosu criou e ensinou desta maneira. A


Karate-do origem das Katas actuais em Shotokan, quer sejam Pinan ou Heian, começam com o Mestre Itosu, que é o verdadeiro pai do Karaté moderno, sendo o Mestre Funakoshi seu aluno e propagador do seu estilo. Estas Pinan originalmente foram construídas a partir de uma Kata chamada KUSANKU, que serviu como ponto de partida para um trabalho fraccionário. A Japan Karate Asociation (JKA), não tem o monopólio do Shotokan, como querem fazer-nos acreditar. Numerosos especialistas do estilo de Funakoshi, ensinam o seu método sem pertencer à JKA, por ser esta demasiado sectária. Citaremos entre eles os Mestres Egami, já falecido, Oshima, Kanazawa, Ubota, Murakami, Harada. O que difere bastante é o número actual de Katas, proporcionadas pelas diferentes tendências ou linhas dentro da escola de Shotokan, aproximadamente, umas 45 Katas Superiores. Estas Katas sofreram uma série de variações, influenciadas pela sistematização do treino, assim como a militarização do ensino. Todas as Katas têm um nome e, portanto, um significado que esclarece a referência ao seu criador ou ao seu conteúdo, mas dependendo se são de SHURI, TOMARI ou NAHA, variam a forma de serem feitas ou o seu significado, mas não o nome, ainda que talvez varie enquanto a sua procedência for na origem chinesa ou não, ou a interpretação dos ideogramas do Kanji ou Harakana.

Assim como havia dois tipos de Kung Fu, o dos Mandarins e o do povo, quer dizer, o do Norte e o do Sul, isto mesmo aconteceu em Okinawa, onde existia uma classe dominante, a do Rei e a nobreza, que residia na Cidade de SHURI; uma outra, a dos comerciantes e estudantes, situada em NAHA, e por último, a dos pescadores e granjeiros, que residiam em TOMARI. Tratarei de realizar umas apreciações dos nomes de algumas delas: • BASSAI DAI. O seu nome vem da China, de criador desconhecido e o seu significado, assim como o de Bassai Sho, é "penetrar a fortaleza". Ensina-nos a mudar de uma posição desvantajosa a outra mais operativa. Foi introduzida em Okinawa pelo Mestre OYADOMARI . • ANANKO. Luz do Sul ou Paz que vem do Sul. Foi trazida da Ilha de Taiwan para Okinawa em 1890, pelo Mestre Chyutoku Kyan. • CHINTEI. Significa mãos invencíveis, Misterioso. É uma Kata que passou das mãos de Matsumura Bushi para o Mestre ITOSU. Esta Kata era treinada para defender-se dos ataques das lanças. Outra das técnicas características é o ataque aos olhos, com os dedos. • CHINTO. O seu significado é Combatendo na direcção do Leste, ou Garça sobre uma Rocha. Foi criada pelo Mestre MATSUMURA Bushi, a partir do que lhe ensinou um


“Estas Pinan originalmente foram construídas a partir de uma Kata chamada KUSANKU, que serviu como ponto de partida para um trabalho fraccionário”


marinheiro chinês de nome Chinto, náufrago na Ilha Ryu Kyu. • GOJUSIHO (Sho e Dai) (Useishi). Significa 54 passos. Estes passos ou movimentos representam um homem ébrio. • JION. Representa o som do templo ou o nome desse Templo budista de nome JION Ji, ou o monge chamado Jion; o que quer dizer que foi introduzido por um monge que tinha a ver com o templo. Relaciona-se com o estilo Shurite, ainda sendo criações de TOMARITE, junto com JIIN e JUTTE • JIIN. Significa terreno do Templo e o nome de um Santo. É uma Kata de Tomari, cujas técnicas mais destacadas são os bloqueios com a palma da mão. • JUTTE. Significa mãos do Templo ou 10 mãos. Diz-nos que aquele que a dominar tem a eficácia de 10 homens. Trabalha a defesa contra armas, especialmente nos ataques frontais. • JUROKU. Significa 16 passos. • KUSHANKU; KANKU; KOSOKUN SHO ou SIHO KOOSOKUN. Significa olhando para o céu ou o nome de um agregado da embaixada chinesa. De origem chinesa, trazida por um Mestre chamado Ku SHANKU, por volta de 1760. Posteriormente foi modificada em duas versões, DAI e SHO, e o Mestre FUNAKOSHI criou uma a partir desta, a chamada KANKU.

• MEIKYO (ROHAI), SHO, NI, SAN. Significa Espelho da alma, Espelho limpo, visão de uma garça branca. É de Tomari, de origem chinesa, foi levada para Okinawa pelo Mestre SAKAGURA. A sua técnica mais destacada é a postura do grou, usada para desviar um pontapé e mudar o peso do corpo para realizar outros ataques. • NAIHANCHI (TEKKI). Significa combatendo no próprio terreno, ou cavalo de ferro. Acredita-se que são mais antigas que as Pinan ou Heian. Eram usadas para fortalecer as pernas e aprender a concentrar a força do Hara. • NISEISHI. Significa 24 passos. Desconhece-se o seu criador assim como a sua origem; devido à sua notável parecência com Kata UNSYU, podemos dizer que pertence à escola de ARAGAKI. • PAPUREN. Significa 8 passos no templo. • SAIFA. Significa visão de uma Garça branca.

• SANSEIRYU Significa 36 passos. • SEISAN(HANGETSU). Significa 13 mãos ou Lua crescente. É uma das Katas em uso mais antigas. Existem duas versões muito diferentes. A versão de Naha, com técnicas influenciadas pelo estilo chinês, e a versão de Shurite, que teve a sua própria evolução. Apareceu em Okinawa, lá por 1700. A sua principal característica é, que as técnicas vão em grupos de três. Foi introduzida uma defesa contra ataque de Kin Greri aos testículos. • SEIENCHIN. Significa a calma na tormenta, ou a tormenta na calma. • SEIPAI. significa 18 chávenas. • SEIRYU. Salgueiro verde. • SOCHIN. O grande prémio e o idoso combatendo, segundo a GOJU RYU e a Shitoryu. Segundo a Shotokan, significa Preservar a paz. • SHIMPA, Significa nova ruptura. • TAYKYOKU. Forma básica. • TEN NAO KATA. Kata do céu. • TENSYO: Mudança de mãos.


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USYU (UNSHU). Significa mãos nas nuvens, Separando as nuvens. É uma Kata muito antiga e de origem incerta. O Mestre Funakoshi fala dela no livro "RyuKyu Kempo Karate". • WANKA (MATSUKAZE). Significa coroa do Rei, Vento no pinheiro. É uma Kata de Tomari. Caracteriza-se por uma sucessão de técnicas encadeadas de ataques e defesas, com um olhar muito penetrante, poderoso. Em Goju Ryu, há 13 Katas diferentes, 18 no Estilo Shorin Ryu, 17 na Escola Ashihara, mais de uma centena na Escola Shitoryu, dependendo da linha de cada Mestre, posto que, como qualquer bom praticante de Karaté sabe, a Escola de Karaté Shitoryu está influenciada pelos três estilos mais característicos de OKINAWA, a saber: SHURITE, também chamado SHORIN, este estilo desenvolveu-se

na cidade de Shuri, estilo baseado no trabalho próprio da zona, chamado "TE" e da escola do sabre "Jigen Ryu". O estilo SHURITE tem a personalidade dos seus Mestres, o seu estudo e estrutura centram-se no Mestre SOKUGAWA (1733-1815), o qual viajou muito pela China para aprender as diferentes técnicas dos estilos de luta. Criou o Okinawa Te, estilo próprio de Okinawa, misturando com o KENPO chinês as formas próprias da Ilha. Criou também os "DOJO KUN", os preceitos fundamentais do DOJO. O seu aluno directo, MATSUMURA Bushi criou a Kata KUSANKU e adicionou ao seu ensino as Katas NAIHANCHI, PASSAI, SISAN, CHINTO, GOJUSIHO e HAKUSURA. Desenvolveu-se na Shorin Ryu, que por sua vez deu lugar à Shotakan Ryu, à Kobayashi Ryu e à Shito Ryu. A outra linha é a de TOMARITE, bastante parecida ao estilo de SHURITE, mas a sua raíz encontra-se no estilo interno Chinês, concedendo grande importância às técnicas de pernas, aos saltos acrobáticos, à velocidade e à agilidade. Influenciado também pelos outros estilos, ainda À esquerda, o Mestre Yamashita executa San Chin, uma das katas essenciais do estilo Goju Ryu. Toda a energia se concentra no Tandem e a atenção numa profunda respiração.


O Mestre deve corrigir as posturas ao detalhe. As formas sĂŁo a essĂŞncia para dar cabida a um correcto conteĂşdo. Usando a vestimenta da escola Isshin Ryu, o Mestre Cantore, actual Soke do Shinshinkan, corrige o seu aluno Yasuhara, principal instrutor da escola.


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“O que difere bastante é o número actual de Katas, proporcionadas pelas diferentes tendências ou linhas dentro da escola de Shotokan”

que tendo as suas Katas próprias, tais como WANSYU, ROHAI, WANKAN, ANANKO. Mais tarde, desenvolveram-se as outras versões de ROHAI (Shodan, Nidan, Sandan), e a Kata CHINTO da China. Por último, o estilo NAHA, chamado também SHOREI, cujo trabalho se baseava fundamentalmente nos exercícios de respiração, que eram benéficos para a saúde, como as Katas, Sanchin, Sanchin Tensyo, Seienchin e muitas outras. A influência chinesa no estilo NAHA TE é muito forte, como se aprecia nas Katas SEISAN: SA CHIEN, que pertence ao estilo do Dragão. SEISAN, JITTE, SEIPAI, USEISHI (GOJUSHIHO), que pertencem ao estilo do Tigre ou do Cão, e SUPARIMPEI. que pertence ao estilo do Punho do Monge. Junto a esta panóplia de Katas, é preciso destacar as proporcionadas pelo Mestre KENWA MABUNI, tais como AOYAGI, MYOJO, JYUROKU, MATSUKAZE, SHINSEI – esta Kata é baseada numa muito mais antiga chamada WAKAN e SHINSEI – além de algumas outras Katas de origem chinesa. Assim pois, no Estilo SHITORYU confluem as Katas das diferentes cidades e estilos mencionados, • De SHURI vêm as cinco PINAN , NAIHANCHIN: Shodan, Nidan, Sandan, KUSANKU KANKU ou KOOSOKUN Dai, Sho, e Nihon KOOSOKUN. • CHINTO, chamada GANKAKKU em Shotokan. WANSYU, chamada ENPI em Shotokan. PASSAI ou BASSAI, Sho e Dai. GOYUSIHO Sho e Dai ou USHESI, ANANKO, WAKAN ou SIOFU.


Karate-do • De TOMARI temos três Katas originárias da linha do Mestre ARAGAKI, ou NIGAKI (linha de YARA, TOGUCHI; e CHOTOKU KYAN). Estas Katas chamam-se SOOCHIN, NISHEISHI ou NIJUSIHOSHO, e UNSYU; assim como JION, JITTE, JIN, TOMARI NO BASSAI, além de outras originárias da China, como são: NIPAIPO; HAFFUA; PAPOOREN. • De NAHA, legaram-nos do Mestre MIYAGI do GOJU RYU, as seguintes: SANCHIN, TENSYO, SAIFA, SEIENCHIN GAKKI SAI DAI, ICHI NI, SEISHAN, SHISOOCHIN, KURURUNFA, SEIPAI, SANSERU, SUPARIMPEI, também chamada IBARIMPA e PECHURIN. Na primeira etapa é importante destacar que as posições de Shotokan eram muito altas, como no estilo Goju Ryu, as técnicas incluídas nas mesmas não eram tão numerosas, antes sim tratava-se de uma forma de defesa que compreendia uns trinta movimentos encadeados. Podemos assinalar como Kata base a SANCHIN, Kata de respiração e de fortes posições (SANCHIN DACHI) e como a Kata mais Superior deste estilo, podemos dizer, sem nenhum género de dúvidas, que é a SUPARIMPEI ou PECHURIN, pronunciação dos caracteres chineses em OKINAWA; estes caracteres chineses representam o número 108. Existem duas diferentes teorias, uma delas ligada ao Budismo, onde se preconizam as 108 paixões e desejos terrenais. A outra alude a que eram 108 os Mestres que criaram a dita Kata, mas apenas foi transmitido o seu nome.

“Kata de respiração e de fortes posições (SANCHIN DACHI) e como a Kata mais Superior deste estilo, podemos dizer, sem nenhum género de dúvidas, que é a SUPARIMPEI ou PECHURIN, pronunciação dos caracteres chineses em OKINAWA”



Kata Esta Kata chegou da China a Okinawa há mais de um século. Parece mais que uma mera coincidência o facto de que um determinado número de estilos lutas chinesas eram consoantes com os ensinamentos dos mais idosos do Sul da Índia, que diziam que havia 108 pontos vitais no corpo humano, especialmente vitais para atacar. Entretanto, os Mestres do estilo Goju Ryu, como Sifu HUNG de Taiwan (Mestre da Arte suave Chinesa), consideram que há mais de 108 pontos vitais, afirmando que existem, aproximadamente, uns 350 e que esses pontos variam ao longo do dia, da estação e da atitude mental do indivíduo. As diferentes Katas são ensinadas sob uns padrões fixos, a modo de coreografia, com diferentes posturas, movimentos, golpes e a combinação múltipla de ataques e defesas, dentro de um tempo aproximado de um minuto ou mais. Cada detalhe dos diversos movimentos é ensinado aos estudantes principiantes, até conseguir a perfeição técnica de todos eles nas diversas sequências e direcções: em frente, para trás, direita, esquerda, diagonal direita, diagonal esquerda, até voltar ao ponto de partida. Todos estes movimentos desenvolvem-se numa direcção e depois repetem-se pelo lado oposto, guardando uma simetria, dentro do que chamamos o "ENBUSEN", ou seja, a linha de execução das Katas. Também é importante assinalar o Timing, a

focalização, o equilíbrio, a respiração, como pontos importantes a desenvolver na "performance" técnica das Katas. Hoje em dia, nos confrontos, nos campeonatos de Katas, não há um oponente contra quem lutar, o executante está a sós, se bem que, na análise das mesmas (Bunkai) ela se desenvolve com um ou vários adversários. Precisamente e referente ao BUNKAI, a actual Federação Mundial de Karaté (FMK) incluiu-o no novo regulamento das Competições de Katas; mas isto há já vários anos que se realiza na World Karate Confederation (W.K.C.) presidida pelo alemão Dr. FRIZT WENDLAND. Todos os movimentos e gestos são realizados voluntariamente, numa forma codificada e estabelecida com anterioridade, quer dizer, não existe interacção entre os diferentes competidores que competem, pode ser considerado um Desporto psicomotriz. Somam-se pontos, ganha-se pelo aspecto técnico da tarefa, pela limpeza, pela arte, pela personalidade. Pelo seu lado, a modalidade de Katas por equipes, pode ser catalogada como um Desporto sociomotriz de cooperação. A principal característica é a interacção com os colegas que formam a equipe. As acções para pontuar também estão estabelecidas de antemão e são de cumprimento obrigatório. Assim pois, a Kata como desporto é uma expressão artística de coordenação, de gestos estabelecidos num terreno codificado.


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Na actualidade existem competidores de Katas mais técnicos, mais potentes se possível, mas também mais teatrais, dando mais prioridade à encenação que ao espírito intrínseco das Katas. Assim sendo, realizam-se diferentes tipos de treinos, em busca dos melhores resultados numa competição, tais como: • Treino lento e intenso para melhorar e compreender muito melhor a técnica.

• Treino baseado nas posições das Katas. • Treino de Katas, realizando só técnicas de braço. • Treino de Katas em grupos de três pessoas, de tal maneira que enquanto uma delas realiza a Kata, a outra se prepara à espera da sua vez e uma terceira vai realizando mentalmente a Kata. • Treino dos princípios das Katas e dos ritos da saudação.


Grand Master Miguel Angel Estables um dos pilares de Goju Ryu em Espanha


Mestre José María Martín "Mabuni", coach da equipe espanhola de Karaté, executa movimentos de uma kata superior da sua escola Shito Ryu.


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• Treino mental e de concentração dos gestos, podendo estes ser negativos quando são demasiado expressivos não transmitindo nada. • Treinos de Katas que não sejam necessariamente competitivos, que suponham um trabalho mais árduo e completo. Por exemplo, no caso de querer trabalhar a respiração e a maneira de a controlar, deveríamos trabalhar SANCHIN, com os seus dois tipos de respiração, a nasal e a abdominal. Se queremos trabalhar ao mesmo tempo a respiração e as técnicas de mão aberta, deveríamos trabalhar a Kata TENSYO. Se queremos trabalhar velocidade e potência, trabalharíamos com a Kata JION, por exemplo. Nos diversos Campeonatos Mundiais é possível ver uma clara diferença entre as Katas desenvolvidas pelos membros das equipes europeias e os do Japão. Existe uma grande disparidade de critérios no que diz respeito ao seu significado profundo. Os japoneses centram-se principalmente na concentração, nas mudanças de ritmo e nos encadeamentos, enquanto que os europeus insistem na potência, na velocidade, nos gestos da cara, não transmitindo o espírito profundo da Kata. Conforme o critério de alguns Mestres Japoneses, não percebem como se dá tanto ênfase à busca constante da potência, visto que com esta se acelera o ritmo cardíaco e isto não é nada bom. E é que no Budo, no Japão, treinam desde criança até idades muito avançadas, sendo impossível para uma pessoa de idade avançada, extralimitar-se fisicamente dessa maneira. De um ponto de vista mais cientificamente médico, é inegável que semelhantes



Karate-do acelerações cardíacas podem ser perigosas. A hipertrofia cardíaca está à vista no caso de repetições intensivas, especialmente para os jovens. Mas existe um ponto de encontro entre os dois conceitos: • Concentração da força no momento preciso. • Fluidez dos movimentos. • Boa técnica de base. • Movimento fluido dos pés (UNSOKU), a maneira de deslocar os pés. • Realização dentro das linhas de execução da Kata (EMBUSEM) • O olhar (CHAKUGAN), ( METZUKE). • O espírito de luta (KIHAKU). • A terminação perfeita em estado de alerta (ZANSHIN). Como conclusão, indicaremos algumas directrizes que surgem após numerosas comparações que temos podido realizar; o trabalho excessivamente baixo não é necessário, é melhor uma atitude sólida, estável, com uma boa tomada de consciência no "HARA". É muito importante trabalhar a rapidez e a fluidez dos movimentos, assim como o encadeamento dos mesmos e marcar correctamente as pausas respiratórias que se correspondem com a concentração. Não se devem esquecer as mudanças de ritmo, que permitem nas fases lentas uma certa recuperação. Além de tudo isto, melhora a estética e a atitude mental do praticante. Voltando às suas origens, no que se refere às Katas como Arte marcial, houve algumas inovações técnicas proporcionadas por alguns Mestres; foi o filho de Gishin Funakoshi, Yoshitaka, quem introduziu o pontapé lateral (Yoko Geri) e as posições mais baixas, e trabalhou muito intensamente o Kenjitsu, a versão mais guerreira do Kendo actual. Neste momento, é onde se situa a evolução fundamental. Efectivamente, no Kenjitsu as posições são mais baixas, potentes e estáveis; isto é porque nesta Arte Marcial pratica-se com sabres autênticos (Katana), ou com sabres de madeira (Bokken), sendo ambos extremamente perigosos. Yoshitaka Funakoshi quis introduzir determinadas técnicas de sabre, porque pensou que elas permitiriam reforçar o estilo, para dar-lhe uma estabilidade e uma imagem de potência. Esta imagem de potência, esta tendência das posições baixas, acentuou-se muito mais quando o Karaté foi exportado aos Estados Unidos e à Europa. Os

ocidentais, muito amantes do exotismo, aumentaram muito estas atitudes até chegar ao exagero, o que hoje constatam todos aqueles conhecedores da boa Arte. As técnicas de pernas são, normalmente, em forma de "KEAGE" (chicote), mais que KEKOMI (penetrantes). A crispação da cara e outras de carácter respiratório exteriorizadas de maneira exagerada, deviam ser sancionadas, excepção feita daquelas Katas respiratórias, como SANCHIN, SANCHIN TENSYO. O rosto deve reflectir uma certa serenidade, garantia da plenitude de espírito do indivíduo. A Kata deve representar muito mais uma força interior que uma demonstração ostentosa de uma potência física. O grande número de versões e interpretações das Katas, desconcerta o espírito cartesiano dos europeus. Os nossos alunos desejariam uma versão mais cerrada e definitiva das Katas, mas cada Mestre japonês ensina-as de uma forma diferente. Esta é a primeira dificuldade, a segunda é a sua própria evolução ao longo do tempo, que vai modificando determinados gestos de um ano para o outro. Em terceiro lugar, no Japão, um determinado professor apresenta uma Kata em diferentes versões, em função do grau e da atitude mental do aluno. Por isso nós chegamos a ver no fim deste caminho, tantas versões e interpretações totalmente opostas. No Oriente, isto não tem muita importância porque a tolerância existe na forma, enquanto que no Ocidente, em qualquer país, os juizes das várias regiões estabeleceram critérios completamente diferentes. Eles só estavam de acordo num ponto, a severidade no aspecto técnico, procurando um pequeno erro na execução da Kata e não atendendo à execução geral. É tremendamente lamentável que no Ocidente se persiga apenas a parte negativa, ou seja, perseguir o erro mais que estar influenciado pela força interior que se desprende de uma Kata, através da concentração, o controle da respiração, o olhar, a vivência, a velocidade, o ritmo, a estabilidade, a potência e o encadeamento dos movimentos, além de uma boa técnica de base; pontos todos eles importantes na execução de uma Kata. Para finalizar este artigo, a modo de conclusão devemos dizer que o Karaté de cada um, de uma maneira plena e completa, é um caminho, uma via de superação e não apenas uma técnica. Falamos do Karaté como o "DO".

“O Karaté de cada um, de uma maneira plena e completa, é um caminho, uma via de superação e não apenas’uma técnica. Falamos do Karaté como o ‘DO’”



Un practicante de Kali mira a un ataque como un puñetazo, no tanto como un ataque, sino como un objetivo ofrecido para ser atacado sistemáticamente, mediante la inmovilización del golpeo. Esto no está demasiado lejos de la forma de pensar del Kyusho, excepto en que las estructuras que se atacan son las internas, en lugar de las externas. Así que mediante la adición de la técnica externa del Kali y el agarre, estamos afectando en una mayor medida, la capacidad del oponente. El Kyusho es un estudio de la anatomía humana, no un Arte Marcial, sin embargo su uso con o en un Arte Marcial es natural, y añade una mayor dimensión. Así que se puede integrar con facilidad y eficacia en cualquier estilo de Arte Marcial. El practicante de Kali armado con el conocimiento de Kyusho puede llevar la práctica del Kali a una perspectiva completamente profunda. En este segundo Volumen os mostraremos los resultados de la combinación de los inherentes o posibles objetivos Kyusho en cabeza con los mismos agarres de brazo que se estudiaron en el primer DVD. Un trabajo de colaboración del Maestro de Kali Raffi Derderian y el Maestro Evan Pantazi.

REF.: • DVD/KYUSHO 25

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Grandes Mestres DEIXANDO UM LEGADO pelo Grão Mestre John Pellegrini

Não faz muito tempo, li um livr o muito interessante que tratava de como as acções, os inventos e as decisões de certos indivíduos, têm afectado as nossas vidas e também têm mudado o rumo da história. Uma das teses apresentadas é que, ao longo dos séculos, um número relativamente pequeno de pessoas, mudaram a vida de milhares de milhões de seres humanos. Outra tese foi a controversa afirmação de que a maioria das pessoas que têm vivido neste planeta, não deixaram uma marca apreciável da sua existência, não no sentido de que não tenham feito esforços (ainda que se possa argumentar que muitos realmente o não fizeram), mas no sentido de que tenham deixado um "legado" tangível ou significativo de qualquer género. primeira afirmação é absolutamente certa e se pode demonstrar facilmente. Bata pensar no que seriam as nossas vidas sem a electricidade ou a penicilina o os aviões. Como seria o mundo se Hitler tivesse ganho a guerra? E se Bill Gates tivesse escolhido estudar culinária? Se Colombo tivesse ficado em casa? Tenho a certeza de que podemos pensar em vários centos de exemplos de casos em que uma decisão, (boa ou má) mudou a história, ou o que uma descoberta ou o invento de alguma coisa, de repente melhorou a qualidade de vida de milhões de pessoas. No entanto, a segunda afirmação não é tão simples e precisa de um profundo análise filosófico. Na superfície parece certo que a maioria das pessoas comuns não deixa legados excepcionais ou notáveis atrás de si. Em todos as áreas da actividade humana, podemos pensar rapidamente, em certos indivíduos que nos

A


Combat Hapkido


Grandes Mestres tenham deixado legados indeléveis, tenham feito imensas contribuições ou tenham revolucionado uma área em especial. Artes, ciências, religião, política, tecnologia, entretenimentos, desportos e quase todas as áreas da actividade humana, têm visto a aparição de uns poucos indivíduos muito especiais, cujos legados os tor naram imortais. Por exemplo, se pensarmos na música de Beethoven, Mozart, Os Beatles, Michael Jackson, Elvis Presley, Luciano Pavarotti, ou Stevie Wonder, podem vir ao pensamento (dependendo do gosto de cada um) e poderíamos dar o nome de alguns centos mais. Mas pensemos em quantos milhões de pessoas em todo o mundo, tocaram um instrumento ou trataram de ser em cantores nos últimos séculos... Hay um motivo para que, quando pensamos em qualquer das esferas, certos nomes nos vêm à memória: Júlio César, Platão, Leonardo da Vinci, Winston Churchill, Miguel Angelo, Shakespeare, Abraham Lincoln, Albert Einstein. É devido ao seu inegável legado, que a sua memória ainda está connosco e provavelmente sempre estará. Mas há muito mais para além destas observações óbvias acerca do conceito de "legado". Se pode argumentar que há diferentes tipos de herança e que, em certa medida, quase todas as pessoas deixam pelo menos um traçado que se pode ver como seu legado pessoal, mesmo não se estendendo para além da sua família ou da pequena comunidade. Mas aqueles que defendem essa opinião, podem confundirse ou deixar uma "memória" (ainda que


Combat Hapkido “E o que acontece com as Artes Marciais? Não temos legados realistas e legítimos, que possamos assinalar? A resposta, ainda que talvez neste caso um pouco parcial, é um absoluto SIM!” “A essência das Artes Marciais tem suas raízes nos legados deixados a nós pelos diversos Fundadores. E mais tarde, através dos séculos, as contribuições (algumas tangíveis, outras mais ocultas, mais esotéricas) feitas por atrevidos pioneiros, inovadores criativos, autores, campeões sem medo e Mestres de renome, que se têm baseado nos legados dos Fundadores e que por sua vez, se tornam novos legados por sua própria conta”


Grandes Mestres excepcionalmente boa), com a criação de um legado. Também se pode propor que ter filhos constitui um legado e em certo sentido, é certo. Afinal, os nossos filhos são o traço mais tangível da nossa existência, que qualquer um de nós, pode deixar atrás e a maioria dos líderes das Artes Marciais, que têm dedicado seriamente a sua vida a elas, desejam que os seus filhos lhes sigam os passos e continuem o seu legado. Mas isso, mesmo sendo bastante comum nas culturas asiáticas, rara vez acontece nas sociedades ocidentais. Posso oferecer a minha própria história pessoal, como um exemplo perfeito. Meu único filho, Frank, está na Universidade de Wisconsin, estudando para ser médico. Quando contava 5 anos de idade, eu o inscrevi num programa de Taekwondo, numa das nossas escolas filiais. Depois de umas interrupções na sua formação, devido às nossas mudanças, passou para o Combat Hapkido, o estilo que eu fundei. Nunca foi um "apaixonado" das Artes Marciais, mas ele me prometeu que se comprometia a conseguir o seu Cinturão Negro e assim fez. Mas realmente, o meu filho nunca esteve interessado em continuar mais além disso, ou de se interessar no aspecto comercial da nossa Organização Internacional de Artes Marciais. E por isso, eu lhe estou realmente agradecido, porque afinal, não é fácil ter sucesso numa carreira a tempo completo, no nosso campo! Apesar de meu filho não ir continuar meu legado, sinto muito orgulho dele, pelo caminho que escolheu. Mas voltemos ao nosso análise do que constitui um legado... Neste contexto, trataremos apenas de um legado "profissional" e acredito seja o que deixamos atrás para benefício, conhecimento, uso o gozo de gerações futuras. Pode ser imaterial, como uma filosofia, uma acção heróica que inspira milhões, ou um ideal político. E pode ser tangível, como um quadro, um livro o um negócio. Pode ser uma inovação tecnológica excitante, uma grande canção ou um novo medicamento. Todas essas coisas representam o legado de alguém para a humanidade.


Combat Hapkido

“Quem pode ignorar ou negar os legados deixados por centenas de legendários Artistas Marciais, que nos enriquecem, nos inspiram, nos motivam e nos afectam de muitas maneiras?”


Grandes Mestres Mas, o que acontece com as Artes Marciais? Não temos legados realistas e legítimos que possamos assinalar? A resposta, ainda que talvez neste caso seja um pouco parcial, é um absoluto SIM! A essência das Artes Marciais tem as suas raízes nos legados deixados a nós pelos diversos Fundadores. E mais tarde, através dos séculos, as contribuições (de novo, algumas tangíveis, outras mais ocultas, mais esotéricas) feitas por atrevidos pioneiros, inovadores criativos, autores, campeões sem medo e Mestres de renome, que se basearam nos legados dos Fundadores e por sua vez, se tornaram ele novos legados por sua própria conta. De facto, mesmo aqueles de nós que criamos os nossos próprios estilos "eclécticos", temos uma imensa dívida de gratidão com os nossos Mestres originais e seus legados. Fomos realmente levados a ombros de gigantes! Quem pode ignorar ou negar os legados deixados por centenas de legendários Artistas Marciais que nos enriquecem, nos inspiram, nos motivam e nos afectam de muitas maneiras? Pensamos em Bruce Lee e a maneira em que tem tocado as vidas de milhões de pessoas em todo o mundo; o Prof. Jigoro Kano, fundador do Judo, uma Arte Marcial que se tornou Desporto Olímpico; o Grão Mestre Jhoon Rhee que em 1956 introduziu o Taekwondo nos Estados Unidos da América; o General Choi Hong Hi, Fundador do Taekwondo, a Arte Marcial mais popular do mundo, com cerca de 120 milhões de praticantes, em mais de 170 países; o Grão Mestre Ed Parker que fez o Kenpo extremamente popular, e seu aluno, o Grão Mestre Jeff Speakman, uma estrela do cinema de acção, que está usufruindo do seu legado, enquanto constrói o seu próprio; o legendário lutador campeão Joe Lewis; o Grão Mestre George Dillman que foi pioneiro no uso dos pontos de pressão na defesa própria; Funakoshi, o "pai" do Karate moderno; Morihei Ueshiba, fundador do Aikido, que continuou ensinando e impressionando o público com demonstrações de habilidades surpreendentes aos


As habilidades, carácter e lealdade dos estudantes são uma verdadeira medida da qualidade e da ética do Mestre e afinal, o legado mais valioso e perdurável”


Grandes Mestres seus 80 anos... Estes são só alguns poucos exemplos do grande tesoiro dos legados das Artes Marciais que tivemos o privilégio de receber. Mas isto é só um artigo, não estou escrevendo um livro, mas isto não estaria completo se não incluísse outra categoria que, se bem é considerada por muitos como "apenas entretenimento" se constitui de um grupo de Artistas Marciais com um talento excepcional, que deixaram ou deixarão inegáveis e importantes legados. Nesta categoria encontraremos estrelas do cinema de Artes Marciais como Chuck Norris, Steven Seagal, Jean-Claude Van Damme, Jackie Chan, Cynthia Rothrock, Jet Li, Wesley Snipes e os já ditos Bruce Lee e Jeff Speakman. A sua imensa contribuição à popularização e a imagem positiva das Artes Marciais, é o seu legado inegável e perdurável. Posso mesmo pensar em um caso muito singular, onde um Artista não Marcial, criou um dos personagens de Artes Marciais mais sábios, mais divertidos e mais humanos de todos os tempos... É claro que faço referência a Pat Morita, que interpretou ao querido Sr.Miyagi, em "Karate Kid". Me sinto privilegiado de ter tido a ocasião de conhecer pessoalmente este grande actor, em 1995, em um evento de Artes Marciais, e posso dizer que é muito divertido, mesmo "fora de cena" e também muito honesto por admitir, na nossa conversa, que nunca na sua vida tinha recebido uma aula de artes marciais. Na minha opinião, a interpretação do "Sr. Miyagi" por Pat Morita, nos deixou um legado realmente belo. Então, agora chegou a nossa vez... Actualmente, os Mestres, os Mestres Fundadores e os Instrutores de Artes Marciais... vamos deixar um legado para as gerações futuras? E se assim é, de que género? Vimos como na nossa vida pessoal, os nossos filhos são o legado mais importante e tangível que deixamos neste planeta. na nossa vida profissional como Artistas Marciais, os livros que escrevemos, os DVDs que mostram as nossas habilidades, os nossos graus e títulos, o Salão dos Prémios Fama que recebemos, as capas das revistas onde temos aparecido, em alguns filmes em que tivermos trabalhado, são parte do nosso legado. Mas vou apresentar-lhes o legado mais importante de um verdadeiro Mestre de Artes Marciais e é a parte de nós que fica nos nossos estudantes. As habilidades, carácter, a maneira de ser e a lealdade dos estudantes são uma autêntica medida da qualidade e da ética do Mestre. É, afinal, o legado mais valioso e perdurável.


Combat Hapkido

“Assim pois, agora é a nossa vez... Actualmente, os Mestres, Mestres Fundadores, e os Instrutores de Artes Marciais... vamos deixar um legado às gerações futuras? E se assim é, de que género?”








“Alguns Mestres serão o detonante da nossa motivação para o progresso, mesmo que a sua permanência connosco seja por breve tempo”


Rendendo homenagem aos nossos Mestres Durante a nossa trajectória marcial, cada um de nós tem conhecido muitos Mestres, que uns mais e outros menos, têm influído na nossa prática e o nosso progresso. Entretanto, me parece absurdo ver que cada vez mais profissionais escondem algumas partes da sua trajectória, deliberadamente ou não.


Jeet Kune Do “De facto, frequentemente esquecemos que o Mestre é um guia que nos ajudará a nos conhecermos melhor a nós mesmos, com o fim de alcançarmos os objectivos pensados no começo da nossa prática”


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o entanto, mesmo se algumas experiências tenham sido dolorosas, não podemos ignorar todo o nosso caminho. De facto, cada etapa tem a sua importância e isto é o que nos levou a ser o que hoje somos. Os desafios bons e maus, que encontramos durante a nossa trajectória, formam a nossa personalidade, a nossa capacidade para superar os problemas e portanto, nos fazem mais fortes física e mentalmente. A prática Marcial requer nos encontrarmos com vários Mestres, que nos ajudarão a progredir e a encontrar o Mestre que será capaz de guiar e que responderá às nossas expectativas.


“Os nossos Mestres devem sentir o nosso respeito, com só vendo a gratidão no nosso olhar”


Jeet Kune Do

De facto, frequentemente esquecemos que o Mestre é um guia que nos ajudará a nos conhecermos totalmente a nós mesmos, a fim de alcançarmos os objectivos marcado no começo da nossa prática. Portanto, os Mestres surgirão pouco a pouco no nosso caminho e na nossa vida, consoante as nossas necessidades e a nossa pesquisa, em ocasiões muito específicas. Alguns Mestres serão o detonante da nossa motivação para o progresso, mesmo quando sua permanência connosco seja muito breve. Estos Mestres são frequentemente esquecidos pelos estudantes, e por vezes até deliberadamente, porque precisam acreditar que formaram a sua personalidade por si sós, durante a sua trajectória. Mas, como podemos criar uma obra mestra sem matéria? Estes profissionais, demasiadamente orgulhosos e cheios de ego, que querem que a gente acredite que são génios saídos de nada, na realidade são praticantes que perdem os autênticos valores Marciais: o respeito, a gratidão, abnegação, humildade, o facto de aceitar os outros, a compaixão, a assistência mútua... O Arte Marcial se utiliza para nos formarmos e podermos chegar permitirá chegar a conhecer-nos a nós mesmos e se temos de superar a uma só pessoa, essa somos nós mesmos.


“Render homenagem aos nossos Mestres é uma parte integral do nosso caminho, definido pelos ensaios, enganos, revaluações e renovações perpetuas”


Jeet Kune Do De facto, conhecer-se a si mesmo permite chegar a ser um melhor ser humano, o que nos fará ser melhor companheiro, a só usar a violência como último recurso e a sabermos que nem sempre vamos conseguir o que queremos. O dor durante o treino, nos faz pensar nela com respeito e a saber que sem ela, é impossível superarmos os nossos limites. Em maneira alguma, a dor pode ser utilizada para ser glorificado ou pretender ser melhores que outros. O nosso pior inimigo somos nós mesmos, sempre que fazemos retroceder os nossos limites, sabendo que podemos ir ainda mais longe. Mas, sem a ajuda de um Mestre, é impossível superar os limites de maneira eficiente, devido ao nosso instinto de conservação e até por vezes à preguiça, que nos permite nos comprazermos com o nosso pouco rendimento e portanto, pretendermos ser muito mais eficientes do que realmente somos. O Mestre que trabalha ao nosso lado, nos conhece e sempre sabe se superamos os nossos limites ou se só damos espectáculo na frente dos outros, para nos glorificarmos a nós mesmos e diante deles. Isto é cada vez mais comum e absolutamente repugnante, o facto ver que os participantes negam seu Mestre, por ter mostrado a falta de motivação e os poucos avances do seu aluno. Isto vem do facto de que um grande número de praticantes não são apaixonados das Artes Marciais e os Desportos de Combate e o que querem é ganhar dinheiro e serem idolatrados por seus companheiros, ou chegarem a ser campeões, sem o trabalho e a privação necessários para obter títulos. As nossas disciplinas se tornaram lugares de trabalho, omitindo a verdadeira paixão e o sacrifício para chegar ao cimo. Mostrar-se diante de todos não é absolutamente o objectivo de um verdadeiro praticante. Muito pelo contrário, um Artista Marcial só deseja superar-se a si mesmo, sem testemunhas. Seu único objectivo é ser melhor que ontem, sem necessidade de o demonstrar aos outros; só progredir com o seu suor e esquecer a for, a fim de se manter sempre em movimento e honrar a confiança do mestre. Os Mestres podem ser numerosos na nossa prática, mas isso não significa que respeitemos uns mais que a outros. Cada um deles é um momento do nosso caminho e da

nossa evolução e constantemente devemos estar agradecidos por isso. Por desgraça, um grande número de praticantes, realmente são só um produto da sociedade de consumo, que não compreendem os valores Marciais e tomam os mestres por objectos, que deitamos fora quando os já não necessitamos mais. Seja qual seja o nível destes profissionais, nunca obterão o que afirmam ter, ou seja, o nível de Mestre, ou o nível de campeão. De facto, estes títulos só se podem conseguir após um trabalho persistente, durante longos anos, sem termos de esperar ou exigir um resultado. ¡Não! O verdadeiro praticante treina, se avalia a si mesmo e respeita acima de tudo, aqueles que o ajudaram a estar em forma e ser melhores do que anteriormente eram. Não devemos esquecer aqueles no nos ajudaram e guiaram. Sem eles, teríamos ficado no nosso ponto de partida. Render homenagem aos nossos Mestres é uma parte integrada no nosso caminho, definida pelos ensaios, enganos, avaliações e renovações perpetuas. No nosso caminho, contamos com o apoio dos nossos Mestres, que nos motivam ainda quando pensamos que somos maus ou incapazes. Eles sempre estão ali, para motivar-nos e também para assumir a parte difícil e indicar-nos quando nos deixamos levar, quando nos tornamos preguiçosos e quando pretendemos ser melhores do que realmente somos. Render homenagem não só se deve fazer com a palavra escrita, mas sim todos os dias com a nossa presença a seu lado, com o nosso apoio permanente, com o respeito por suas decisões e suas palavras, e em cada acção da nossa vida. Os nossos Mestres devem sentir o nosso respeito vendo a gratidão no nosso olhar. Quero finalizar com estas palavras destinadas aos meus Mestres, os do passado e os do presente: Sem todos vos, eu nunca teria chegado onde agora estou! Não sou melhor que ninguém e não sou um Mestre, mas graças a todos vos, me tornei um homem que todas as manhãs se pode ver no espelho. Obrigado do fundo do meu coração, por tudo o fizeram. Nunca esquecerei! Conto com que me façam ir sempre mais longe e nunca deixem que me torne um egocêntrico. Sempre os respeitarei, nunca os esquecerei e amo a todos como amo a minha família.


“Render homenagem não só se deve de fazer com as palavras escritas, mas sim todos os dias, com a nossa presença a seu lado e o nosso apoio permanente, com o respeito por suas decisões e suas palavras e em cada momento da nossa vida”












Keysi

“Em Keysi jamais deixamos de aprender e muito menos de imaginar” Justo Diéguez Cinturão Negro: Porquê o Keysi? Justo Diéguez: Em um artigo eu disse que para perceber o método Keysi, primeiro devemos perceber quem somos, de uma maneira física, mental, emotiva e espiritual. É uma pergunta que se repete muito frequentemente, uma mesma pergunta e uma mesma resposta, talvez diferente em palavras, mas sempre sem perder o objectivo do porquê. O Keysi é uma aventura única, talvz a maior aventura da nossa vida, o desafio mais importante ao que nos vamos enfrentar. Na realidade, a pergunta é quem sou e onde vou? Disto trata o Keysi, de viajar a esse mundo desconhecido que é o nosso eu interior, chegar até as raizes e descobrir esse desconhecido que somos cada um de nós.


“Não!!! O Keysi não é um sistema, o Keysi não pertence ao mundo da limitação, onde a técnica é imune à passagem do tempo. O Keysi é um Método de crescimento pessoal, que evoluía em cada pessoa, sendo nós os que nos adaptamos à situação e não a situação a nós”


Keysi

CN: As raízes e as consequências? J.D.: Nada disto seria possível sem as raízes do Keysi e estas se baseiam em seu código ético, um código inflexível e disciplinado para com nós mesmos, um código sem fisuras. Só assim podemos gozar do que fazemos e para gozar tem de ser divertido e quando nos divertimos, estamos relaxados. Essa energia é a que nos contagia a todos no Keysi. C.N.: E porquê é importante estar relaxado? J.D.: Simplesmente porque se acreditamos que a rapidez é importante em um combate, estar relaxado é a chave dessa rapidez, mas mesmo estando relaxados e sendo velozes, tem de se ser Astutos e saber manipular a situação, e para que seja funcional, tem de se ser paciente e saber esperar sem pressa, para chegarmos a sentir o momento de nos pormos em acção.


“Uma das cosas mais importantes que se transmitem no Keysi, é que a técnica é só um meio para perceber as nossas habilidades e as nossas debilidades. Um meio para nos reconhecermos e fazer com que as nossas habilidades continuem crescendo e que transformemos as debilidades em habilidades”


Keysi

C.N.: O Keysi é um sistema? J.D.: Não!!! O Keysi não é um sistema. O Keysi não pertence ao mundo da limitação, onde a técnica é imune ao passar do tempo. O Keysi é um Método de crescimento pessoal, que evolui em cada pessoa, sendo nós os que nos adaptamos à situação e não a situação a nós. O Keysi nos ensina a reconhecer quais são as nossas ferramentas naturais e ensina a usá-las para que sejamos auto-suficientes e não para ir buscar aquí ou lá. No Keysi aprendemos a reconhecer o nosso eu físico, mental e emotivo; o Keysi nos ensina o muito valiosos que somos cada um de nós e é quando descobrimos que é a pessoa a que impõe as limitações e não o método. A mente por si mesma é técnica pura, uma pessoa mental analiza cada um dos seus movimentos, procura uma técnica perfeita o aproximarse o mais possível a essa técnica, uma técnica que tem ido passando de geração em geração, de mestres a estudantes e assim sucessivamente e de uma manera superficial,



Keysi

porque a mente é apenas uma pasagem através da qual podemos sentir o nosso corpo. O Keysi se desenvolve na “não mente”. Não é um pensamento, é realização. Para isso, procura a espontaneidade a través da mente, faça o que fizer, lser-lhe-à impossível. Na busca do instinto não se pode chegar a parte alguma, sendo a mente a antesala. Por tanto, será um movimento baseado em um pensamento e seguido de uma acção. C.N.: Tu não és a Técnica? J.D.: Uma das coisas mais importantes que se transmitem no Keysi, é que a técnica é só um meio para compreendermos as nossas habilidades e as nossas debilidades, um meio para nos reconhecermos e fazer com que as nossas habilidades continuem crescendo e que transformemos as debilidades em habilidades. Para compreender a diferença, tem de se começar por derribar mitos e lendas, que são muros que não se podem passar, nos quais se exige uma força física, elasticidade e flexibilidade inacreditáveis e sem dúvida, ser jovem. Isto está bem para uma pessoa que deseja ser um competidor, onde as regras marcam a diferença entre desporto e rua.


C.N.: E o Keysi e a acção? J.D.: Só se pode chegar à acção sem criar barreiras mentais e só chegando cada um de nós a reconhecer as nossas verdadeiras ferramentas, só assim se pode chegar à expressão física, mental e emocional sem adaptações nem cópias, e só sem barreiras se chega a descobrir a Alma do guerreiro interior de cada pessoa, onde as emoções são reconhecidas… ¡Sim!, Reconhecidas, não controladas… E estas emoções agem e trabalham para nos proteger e não para nos destruir. Vejamos como exemplo, o “medo”. Si ele se apodera de nós, nos governará de maneira tirânica, controlando cada parte do nosso ser. Quando o medo nos


Keysi


arrasta, afecta a tudo o que fazemos e também ao que nos impede fazer. O medo temos de o ver que ver como um aliado e não como um inimigo. Ter medo não está em contra da acção, ter medo é ser parte da acção. Quando somos conscientes, temos uma grande surpresa... Deixamos de ser arrastados pela corrente do medo e começamos a fazer “surfing” sobre esse estado emocional… Não estou contando uma história. Todos levamos esse guerreiro dentro de nós, só precisamos chegar até ele. Todos somos um diamante em bruto, só temos de o polir e deixá-lo sair… Mas isso sim, eu lhe digo que será um longo e árduo trabalho de introspecção.


Keysi

“Ter medo não está em contra da acção; ter medo é ser parte da acção. Quando somos conscientes, nos surpreendemos muito; deixamos de ser arrastados pela corrente do medo e começamos a “fazer surfing” sobre esse estado emocional”








WingTsun


Taos Academy Consciente ou Inconsciente II Parte

Continuando com o artigo do mês passado… Considerando como muito importante a parte do treino consciente (entendida esta como a capacidade de treinar as técnicas e tácticas do sistema, em um cenário de controlo ou domínio) para a melhora das habilidades e atributos do praticante. Por outro lado, a parte inconsciente… ou como trabalhar elementos frequentemente esquecidos na prática, tais como o funcionamento das “respostas automáticas”, produzidas pelo sistema neuro-muscular e os próprios movimentos “reflexos” do ser humano. Tentávamos na edição do mês passado explicar aos nossos queridos leitores e seguidores, acerca da importância de conseguirmos sistemas que aproximem e equilibrem estas duas partes fundamentais em qualquer sistema de Artes Marciais.


WingTsun

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stamos numa dicotomia complicada, porque não saberíamos dizer qual das duas partes é mais importante. Por um lado, parece lógico pensar, que a técnica e as estratégias são as bases de qualquer sistema sério de luta (e na realidade é assim), mas por outro lado, temos a certeza de que a entrada do elemento “tensão”, provocado pela resposta em estresse, é um factor determinante em todo tipo de combate (Desportivo ou de Defesa Pessoal). A extrema tensão provocada pela acção da ADRENALINA, provoca uma situação completamente diferente às que possamos imitar no nosso treino em um ginásio. Acredito que todo aquele que tenha sentido alguma vez na sua vida uma coisa assim, sabe exactamente o que tento explicar neste artigo. Podemos imitar muitas situações diferentes de estressamento, intensidade e força, mas não podemos, em modo algum, introduzir na mesma esta situação, onda a adrenalina tudo muda. Até nos desportos de contacto e talvez pelo “medo cénico”, alguns competidores se tenham vindo abaixo e não foram capazes de mostrar a sua qualidade ficando literalmente “paralisados” por esta situação, com o pior companheiro de viagem, o INCONSCIENTE, que começa a falar com o nosso pensamento… Poderíamos então afirmar, sem medo a enganar-nos, que se bem o treino técnico nos fará crescer como praticantes, se o que afinal queremos é ter a capacidade de lutar, vamos ter que realizar treinos



WingTsun “Na luta de verdade…, não podemos escolher o que fazer. Só podemos nos adaptarmos e lutar nas posições que o inimigo propõe, ou onde a própria luta nos leva…”


visando desenvolver e controlar estes elementos do treino inconsciente. Desde já, não é empresa fácil, pois como digo, não é possível recriar esta situação na sala de treino, se bem podemos começar a realizar exercícios que possam em um momento dado, trazer um pouco de ajuda, se em algum momento nos vemos em situações como as indicadas anteriormente. No 1º artigo acerca deste “consciente ou inconsciente”, lançamos paralelamente, um vídeo no nosso canal Youtube, no qual mostrávamos exercícios muito simples (primeiro nível de estudantes), onde começávamos a trabalhar de maneira conjunta, alguns acontecimentos em relação com o treino da estrutura e o punho recto do Wing Tsun, mas à vez, eliminávamos o ritmo controlado e submetíamos o estudante a um desconhecimento do “quando”, para provocar essa sensação de que não podemos controlar o QUANDO me atacará o adversário. Neste artigo vamos continuar incidindo neste conceito e para isso vamos tentar fazer ver aos nossos estimados leitores e seguidores, a importância de compreender uma máxima da luta: NÃO podemos ESCOLHER a cena ou a posição! Esta categórica afirmação se baseia na experiência na luta. Faz alguns dias, rolando com um


excelente praticante de Brazilian Jiu Jitsu (desporto do qual reconheço estar completamente “apaixonado”) me lançou uma reflexão que admito que me fez pensar muito em profundidade, acerca de como se deve treinar qualquer arte de luta. A frase em questão era: “Na luta de verdade…, não se pode escolher o que se faz. Só nos podemos adaptar e lutar nas

posições que o inimigo propõe, ou onda a própria luta nos leva…” Este conceito, que nos mostra com claridade a maneira de ver a prática e a vida de qualquer “taoísta” e que nem sempre vai ser fácil de assimilar, me parece fundamental e sem dúvida alguma, um bom ponto de partida para focalizar qualquer situação de treino.



WingTsun “O que costuma abalar um praticante numa situação real, não são as técnicas mas sim a resposta do corpo sob pressão ou perda da estabilidade e/ou controlo”


Taos Academy À pergunta que me realizam muitos dos meus estudantes avançados: “¿Mas então…, devemos de deixar de treinar Drills ou Secções? A resposta é simples: NÃO! O que acostuma a abalar a um praticante numa situação realista, não são as técnicas mas sim a resposta do corpo sob pressão ou perda da estabilidade e/ou do controlo. Portanto, se nos restringirmos única e exclusivamente ao trabalho técnico no Wing Tsun, praticando secções de Chi Sao, Lat Sao ou deslocamentos, estaremos só praticando a parte consciente. Na minha opinião, esta parte devia constituir a primeira das fases da aprendizagem do estilo. Nos primeiros graus, é importante crescer em CONFIANÇA e domínio das técnicas, em cenas onde não houver estresse ou intensidade demais. É precisamente nos níveis médio e avançado, onde devemos começar a considerar o treino da resposta INCONSCIENTE. Para pergunta; o que deveríamos fazer se queremos incentivar o treino combinado de ambos elementos? De certeza que muitos têm opiniões e ideias excelentes para melhorar, mas se pensamos um pouco, veremos que definitivamente, não é nada fácil! O principal problema radica na impossibilidade de treinar com adrenalina no sangue… Ou seja que todo treino imitado, independentemente da intensidade e dureza que possamos preparar, não se aproxima o mais mínimo, da sensação de “descontrolo” que provoca a adrenalina no nosso corpo, quando a sensação de perigo real nos situa numa cena de combate de “verdade”. É uma sensação que tem abalado até a alguns dos melhores desportistas da história. Uma coisa é lutar em um ringue entre amigos e outra estar diante de milhares de pessoas e das câmaras da televisão, com muitas expectativas e auto-exigência sobre si mesmo. Estas são algumas das propostas para começar a trabalhar na direcção indicada, para poder melhorar esta situação: - Nos exercícios em que não existe um ritmo ou o próprio ritmo é cambiante, dos quais falávamos no vídeo da primeira parte do artigo, tem que introduzir o elemento “surpresa”, como um elemento que forma parte do próprio combate. Quer dizer: podemos estar fazendo qualquer Drill e de repente, ser surpreendidos por um movimento forte e rápido, que estimule a nossa resposta inconsciente e portanto, a necessidade de responder a essa “emergência”. Por outro lado, o treino em franca inferioridade deve tornar-se matéria obrigatória de treino. Neste segundo


WingTsun “O treino em franca inferioridade, deve tornar-se matéria obrigatória do treino”


Taos Academy capítulo falaremos precisamente disto. (Ver Vídeo). Procurando, por exemplo, lugares com muito pouco espaço, ou onde a nossa capacidade de movimento não seja grande. Neste caso, o corpo deve aprender a responder utilizando rotações e pequenos movimentos, para não ser mos atingidos pelos golpes…, ou depois de ter recebido os golpes, não perder a própria estrutura. Para isso, provocamos situações onde não possamos controlar praticamente nada mais que a nossa própria estrutura e nos vejamos obrigados a reagir de maneira praticamente inconsciente, perante o incessante ataque do parceiro da prática. - O segundo dos elementos que devemos considerar é o treino de ESTRUTURAS simples. Este ponto pode ser surpreendente para muitos, mas tentarei explicar da melhor maneira que me seja possível, o motivo desta minha afirmação. A minha experiência em combate real, me levou a lugares e situações onde a profunda grande tensão reduzia a mi capacidade de coordenação neuro-muscular ao mínimo. Quero dizer que ainda sendo capaz de ter uma boa coordenação e de realizar exercícios mais ou menos complexos, devido aos meus anos de treino nas Artes Marciais (e muito especialmente no Wing Tsun), nas situações reais, a grande tensão provocada pela injecção de


WingTsun adrenalina (mecanismo natural de protecção dos seres humanos, para evitar a dor e produzir força e velocidade em um instante) NÃO PERMITE a realização de movimentos demasiadamente complexos. Existem numerosos estudos em diferentes áreas do desporto e a segurança, mas consultando alguns especialistas no uso das armas de fogo (área onde há estudos muito profissionais acerca da acção da adrenalina e o estresse) todos concluem da mesma maneira: SÓ posições muito estáveis e movimentos muito simples, serão realizados em situações de grande estresse.

Treino em espaços reduzidos É muito surpreendente a capacidade de adaptação a toda situação, do corpo e do cérebro humano. No nossa “LAB by TAOWS Academy”, realizamos diferentes tipos de provas e experimentamos sobre o sistema Wing Tsun e a nossa tentativa de nos aproximar-nos a um modo realista da prática. Além disto, o sistema Wing Chun se adapta perfeitamente a este tipo de circunstâncias, mas não é treinado nesse cenário em muitas ocasiões e gostamos de realizar alguns drills com ausência total de espaço. Este tipo de treino nos serve para praticar dois dos pontos que indico nos dois casos anteriores: - Treino do elemento “surpresa”. - Treino de movimentos “simples”. Mas também nos serve para constatar como após uns primeiros exercícios, o corpo (mandado pelo cérebro) se sente muito pressionado. Falto de espaço para o movimento, tem tendência a se bloquear e a não realizar os movimentos assinalados. Mas após um pouco de treino, estes mesmos exercícios começam a ser realizados com toda a naturalidade, mesmo fechando o espaço ao máximo. É mais uma prova da capacidade de adaptação do nosso corpo a muitos elementos, com o treino correcto. (Ver vídeo com alguns exemplos). Estes são alguns conselhos para começar aos poucos, a procurar esse equilíbrio entre o treino consciente e o treino inconsciente. Tenho a certeza que muitos dos nossos leitores têm muitas e boas ideias para melhorar. A questão é procurar esse treino EQUILIBRADO entre Técnica, Tácticas, Estruturas e Reacções Inconscientes. Se o conseguirmos, teremos dado um grande passo na melhora dos métodos de treino E o leitor, como treina? Gostaremos de receber o seu feedback e comentários, no nosso correio electrónico: info@taowsuniversity.com Salvador Sánchez TAOWS Academy


Taos Academy








Koppojutsu… O princípio que rege a causa! Se alguém me perguntasse que tipos de torções ou chaves eu acredito serem mais perigosas, sem dúvida eu r esponderia: a par te avançada do Koppo. O perfeito estudo anatómico nos possibilita mensurar o resultado provocado por determinadas torções.

O

primeiro estágio dos estudos do Koppo, corresponde às torções iniciais e se relacionam aos métodos direccionados a fracturas em ângulos considerados simples ou primários. Certamente correspondem ao pensamento ensinado na graduação de Shoden. A partir disso, pode-se verificar que os ângulos sofrem ligeiras alterações, no que se refere ao distanciamento do corpo do Tori em relação ao Uke. Esse suposto afastamento proporciona uma maior extensão na torção aplicada, o que interage com tendões e micro-articulações. Alguns mestres de hoje em dia, direccionaram tais aprendizados para a graduação de Okuden devido ao risco exercido durante as práticas. Para muitos estudiosos, embora não saibamos até onde são falácias, o Koppo se relaciona com escolas e famílias que possuíam um espírito impuro, direccionados apenas à destruição. Tal discussão já provocou desavenças entre importantes escolas do meio, que enxergam o Koppo apenas como uma arte a mais, no quadro de aprendizado do Bugei. Discussões à parte, a verdade é que tal prática deve ser realizada com cuidado e sob total orientação de um mestre experiente. Sem dúvida alguma, tais lesões levariam um grande tempo para se regenerarem e em outros casos, segundo um amigo ortopedista, levaria anos e anos com a ajuda de cirurgias, para que retornasse à forma original. Em decorrência desta periculosidade, muitos mestres resolveram abolir esta parte do currículo do treino, deixando a prática do Koppo restrita somente ao que se refere ao Shoden.


Kaze no Ryu Bugei

“Método dos ossos” (Ko = osso; Ho = método) Quando juntos, o “Ho” vira “Pó” e lê-se Koppo”


Após dez anos de aprendizagem, Tenno atingiu o título de Mestre Zen. Um dia de chuva, ele foi visitar o famoso mestre Nan-in. Quando entrou no mosteiro, o mestre recebeu-o com uma questão: "Você deixou seus tamancos e seu guarda-chuva no alpendre?" "Sim" - respondeu Tenno. O mestre continuou: "Diga-me então, você colocou seu guarda-chuva à esquerda do seu calçado, ou à direita?" Tenno não soube como responder ao Koan, percebendo afinal, que ele ainda não tinha alcançado a plena atenção. Então, ele tornou-se aprendiz de Nan-in e estudou sob sua orientação por mais dez anos. Há muito que este método de ataque aos ossos, traduzido como “método dos ossos” (Ko – osso; Ho – método - quando juntos, o “Ho” vira “Pó” e lê-se Koppo) se fez irreverente e notável. Assim, cuidaremos de ressaltar algumas características desta forma de expressão. Diferente das outras artes que utilizam o Kansetsu no Gikk como artefacto, o Koppo enfatiza sempre mais de uma torção no mesmo local, sendo em sua maioria ao contrário da primeira. Suas formas enfatizam técnicas em Kudaki, Shihi, Jime e para isso, recebem um estudo especial, sendo em sua maioria traduzido como SaYu no Kudaki, JoGe no Kudaki e no caso de Yubi (dedos), Take no Kudaki. Alguns mestres apresentaram versões em gatami ou garami, mas a nomenclatura moderna não é característica do Koppo, sendo talvez, uma adaptação às formas antigas aplicadas. Assim, esta nomenclatura moder na pode representar um RYUHA, ou seja, uma facção do RYU original.


Kaze no Ryu Bugei Explicarei tal característica de quebramento, ao contrário. No caso das técnicas aplicadas nas mãos e dedos, a fileira proximal de ossos do carpo consiste, em posição anatómica e de lateral para medial, nos ossos escafoide, semilunar, piramidal e pisiforme. Já a fileira distal consiste no trapézio, trapezóide, captato e hamato. Os ossos do carpo, em conjunto, possuem uma concavidade anterior conhecida como sulco do carpo. Este é convertido em túnel do carpo ósteofribroso, pelo retináculo dos flexores, que está fixado ao escafóide e ao trapézio, lateralmente, e ao pisiforme e hâmulo do osso hamato, medialmente. A importância do túnel do carpo advém da passagem do nervo mediano em seu interior. Em seguida, aos ossos do carpo seguem-se os metacarpos, 5 longos ossos em miniatura, numerados a partir da face lateral. A cabeça dos metacárpicos são suas extremidades distais, onde se articulam com as falanges. O polegar possui 2 falanges, proximal e distal. Já os outros dedos da mão possuem 3 falanges, proximal, média e distal. As falanges do primeiro dedo (polegar) são mais curtas e largas que as dos outros dedos. As falanges proximais são as mais longas, e as distais, as mais curtas. Em suma: tais técnicas foram desenvolvidas em uma época remota, visando o objectivo final de que as fracturas não tivessem conserto. Ou seja, era uma forma de aposentar mais cedo tal guerreiro. “SaYu no Kudaki”, como citei acima, é uma forma que consiste em quebrar o osso no mesmo local, para a direita e para a esquerda. As formas de posicionamentos das mãos e técnicas empregadas são tipicamente características do Koppo, que segue em sua maioria uma sequência de torções, não se restringindo a um só ataque. Tais propriedades implicaram em uma adequação das formas anteriormente praticadas no Jujutsu e Aikijujutsu, para que por conseguinte, estas também se utilizassem de seus recursos. Já as formas em “JoGe no Kudaki” são mais utilizadas em articulações


mais fortes e resistentes, visando uma fractura no mesmo local, em cima e em baixo. Por exemplo, estudaremos os encaixes e as terminações ósseas para que facilite minha explicação: A clavícula, associada à escápula, compõe a cintura escapular, que conecta o membro superior ao esqueleto axial. A cintura escapular articula-se com o esterno e com o membro superior. Possui grande mobilidade, para atender às necessidades de movimento do braço. Existem 2 clavículas no corpo humano, e elas se assemelham a um "S" itálico, quando vistas por cima. Localizam-se na raiz do pescoço, mais especificamente na junção tóraco-cervical. Suas três principais funções são actuar como suporte na manutenção do membro superior livre do tronco, de forma que haja máxima liberdade de acção; fornecer fixações para os músculos e transmitir forças do membro superior para o esqueleto axial.

Escápula Existem 2 escápulas no corpo humano, situadas na face posterolateral do tórax, recobrindo partes da segunda até a sétima costelas. São ossos triangulares e achatados, que conectam a clavícula ao úmero. São amplamente móveis, possuem cabeça, colo e corpo. A face anterior (ou costal) da escápula é côncava (fossa subescapular) e sua face posterior é convexa, de onde emerge a espinha da escápula. A porção menor, acima da espinha, é denominada fossa supra-espinhal, e sua porção maior, abaixo da espinha, é a fossa infra-espinhal. A espinha se continua lateralmente num processo achatado

“Em suma, tais técnicas foram desenvolvidas em uma época remota, visando o objectivo final de que as fracturas não tivessem conserto. Ou seja, era uma forma de aposentar mais cedo tal guerreiro”


Kaze no Ryu Bugei


chamado acrômio, que se projecta para a frente e se articula com a clavícula, promovendo fixação para músculos do braço e tórax. A articulação com a cabeça do úmero, é feita através da cavidade glenóide, uma cavidade rasa localizada superolateralmente. O processo coracóide assemelha-se a um bico de pássaro, origina-se na borda superior da cabeça da escápula, projectando-se para cima e para frente, passando abaixo da clavícula.

Úmero

É o maior osso do membro superior. Sua cabeça lisa e esférica articula-se com a cavidade glenóide da escápula. Próximo da cabeça estão os tubérculos maior e menor, para inserção dos músculos do manguito rotatório. Sua diáfise é longa e fina, possuindo um sulco para o nervo radial, oblíquo e raso. A extremidade distal do úmero é expandida lateral e medialmente, e ela participa da articulação do cotovelo. A tróclea (superfície articular medial) ajusta-se à incisura troclear da ulna, que gira sobre essa roldana quando o cotovelo é fletido. Imediatamente próximas à tróclea, estão a fossa coronóide e a fossa do olécrano, que acomodam partes correspondentes da ulna. A superfície articular lateral é o capítulo, levemente convexo.

Ulna O ulna é o osso mais longo do antebraço, articulando-se com o úmero no cotovelo, com o rádio e com os ossos do carpo no punho. Com o braço em

“Esmagar, como é a tradução aplicada ao termo Kudaki, significa em suma, destruir internamente aquele osso. Neste caso, os mestres primeiro estudavam todos os encaixes possíveis dos ossos e suas ligações”


Kaze no Ryu Bugei posição anatómica, o ulna localiza-se medialmente. O olécrano e o processo coronóide encaixa-se na tróclea do úmero, semelhante à maneira como a chave inglesa envolve um tubo. A extremidade proximal do ulna é maior que a extremidade distal, pequena e arredondada, denominada cabeça. A face lateral do processo coronóide, possue uma incisura radial, pequena e superficial, para a cabeça do rádio, em forma de disco. O corpo do ulna é espesso em nível proximal. Sua borda lateral proeminente, borda interóssea, é onde a membrana interóssea fica fixada.

Rádio É o mais curto dos ossos do antebraço, localizando-se lateralmente com o braço em posição anatómica. Seu nome advém da semelhança com o raio de uma roda (do latim: radius). A extremidade proximal do rádio, possui uma cabeça em forma de disco, cólo cilíndrico e liso. O corpo do rádio aumenta em tamanho da sua extremidade proximal para distal. A face medial do corpo possui uma nítida borda interóssea, para a fixação da membrana interóssea. Sua borda lateral é arredondada. A extremidade distal do rádio possui uma incisura ulna mediana, na qual, a cabeça da ulna se encaixa, formando a articulação rádio-ulnar distal. A face inferior da extremidade distal do rádio, é lisa e côncava onde se articula com o punho ou ossos do carpo. Esmagar, como é a tradução aplicada ao termo Kudaki, significa em suma, destruir internamente aquele osso. Neste caso, primeiro os mestres estudavam todos os encaixes possíveis dos ossos e suas ligações. Desta forma ficaria mais fácil direccionar os ataques. Para quebrar um osso em direcções opostas, era necessário que se desenvolvesse, diferentemente das formas praticadas no Jujutsu, uma força localizada e não expansiva, como nos casos das chaves em alavanca. A força direccionada objectiva visava destruir unicamente o local atacado, até que este repercuta em todo o resto do corpo. Algumas escolas mais características ensinavam ainda fracturar o osso em forma de lasca, para que depois pudessem puxá-los para fora da pele, provocando um abalo psicológico ainda maior. Estas formas ainda são praticadas em forma de Seiteigata.

Explicarei esta diferença No Jujutsu a força expansiva é muito utilizada através de métodos de projecções e chaves em alavancas, como citado anteriormente. Vejamos aqui algumas teorias:


Dê-me um lugar para me firmar e um ponto de apoio para minha alavanca que eu deslocarei a Terra. (Arquimedes, cientista grego) A força em alavanca, mesmo as aplicadas nos conhecimentos marciais, podem ser de três tipos: - Alavanca: É uma barra que pode girar em torno de um ponto de apoio. Quando você usa um pedaço de pau para deslocar uma pedra, um quebra-nozes para abrir castanhas ou uma pinça de confeitaria para pegar um doce, você está usando uma alavanca. As alavancas podem ser divididas em três classes. Nas alavancas da primeira classe (alavancas interfixas), o ponto de apoio está entre o ponto de aplicação da força de acção e o da força de resistência. Estas técnicas poderiam ser exemplificadas como Hiza KataGuruma, Movimentos de quadril, como Koshi Nage, e técnicas e pernas em que se utiliza um ponto como apoio da força – Osoto AshiOtoshi. Nas da segunda classe, o ponto de aplicação da força de resistência (alavancas inter-resistentes) está entre o da força de acção e o ponto de apoio. Estrangulamentos no pescoço e chaves que estrangulem o cotovelo (de acordo com a tradução Udehiji Shime). Nas da terceira classe (alavancas interpotentes), a força de acção está aplicada entre a de resistência e o ponto de apoio, como as seguradas e técnicas de puxões. No caso do Koppo, a força aplicada repercute localmente com o objectivo imediato de lesão,

“As alavancas podem ser divididas em tres classes. Nas alavancas da primeira classe (alavancas interfixas), o ponto de apoio está entre o ponto de aplicação da força de acção e o da força de resistência. Estas técnicas poderiam ser exemplificadas como Hiza KataGuruma, Movimentos de quadril como Koshi Nage, e técnicas de pernas em que se utiliza um ponto como apoio da força – Osoto AshiOtoshi”


Kaze no Ryu Bugei sempre aproveitando o fluxo contrário da força natural do oponente. Exemplo de torções no polegar e em seguida, depois de fracturado, girar em forma de parafuso o osso lesionado. Vale ressaltar que muitas formas aplicadas no Koppo, também são executadas na parte inferior do corpo humano. Este é um importante ponto dentro do raciocínio do Koppo. Os ossos do corpo humano variam de formato e tamanho, sendo o maior deles o fêmur, que fica na coxa, e o menor, o estribo, que fica dentro do ouvido médio. É nos ossos que se prendem os músculos, por intermédio dos tendões. A função do Koppo é desestruturar toda a acção do sistema esquelético. Se olharmos bem, além de dar sustentação ao corpo, o esqueleto protege os órgãos internos e fornece pontos de apoio para a fixação dos músculos. Ele constitui-se de peças ósseas e cartilaginosas articuladas, que formam um sistema de alavancas movimentadas pelos músculos. Assim, podemos dizer que a aplicação de suas técnicas necessitam de dois factores importantes: - Conhecimento acerca dos ossos. - Conhecimento acerca da energia corporal. Neste primeiro, o esqueleto humano pode ser dividido em duas partes: 1-Esqueleto axial: formado pela caixa craniana, coluna vertebral caixa torácica. 2-Esqueleto apendicular: compreende a cintura escapular, formada pelas escápulas e clavículas; cintura pélvica, formada pelos ossos ilíacos (da bacia) e o esqueleto dos membros (superiores ou anteriores e inferiores ou posteriores). No caso do segundo ponto, é a acção energética que dará a sustentação ao corpo do Uke, para resistir às técnicas aplicadas. O conhecimento do Tori será o divisor de águas para que as formas aplicadas encontrem o ponto exacto da fragilidade corporal do oponente, e por conseguinte, os ângulos de maior intensidade e resultados. Cada membro superior é composto de braço, antebraço, pulso e mão. O osso do braço – úmero – articula-se no cotovelo com os ossos do antebraço: rádio e ulna. O pulso constitui-se de ossos pequenos e maciços, os carpos. A palma da mão é formada pelos metacarpos, e os dedos, pelas falanges. Cada membro inferior compõe-se de coxa, perna, tornozelo e pé. O osso da coxa é o fémur, o mais longo do corpo. No joelho, ele se articula com os dois ossos da perna: a tíbia e a fíbula. A região frontal do joelho está protegida por um pequeno osso circular: a rótula. Ossos pequenos


e maciços, chamados tarsos, formam o tornozelo. A planta do pé é constituída pelos metatarsos e os dedos dos pés (artelhos) pelas falanges. Os membros estão unidos ao corpo mediante um sistema ósseo que toma o nome de cintura ou de cinta. A cintura superior se chama cintura torácica ou escapular (formada pela clavícula e pela escápula ou omoplata). A inferior se chama cintura pélvica, popularmente conhecida como bacia, constituída pelo sacro (osso volumoso resultante da fusão de cinco vértebras), por um par de ossos ilíacos e pelo cóccix, formado por de quatro a seis vértebras rudimentares, fundidas. A primeira sustenta o úmero e com ele todo o braço; a segunda dá apoio ao fémur e a toda a perna. Junta é o local de junção entre dois ou mais ossos. Algumas juntas, como as do crânio, são fixas; nelas, os ossos estão firmemente unidos entre si. Em outras juntas, denominadas articulações, os ossos são móveis e permitem ao esqueleto realizar movimentos.

Ligamentos Os ossos de uma articulação mantêm-se no lugar por meio dos ligamentos, cordões resistentes constituídos por tecido conjuntivo fibroso. Os ligamentos estão firmemente unidos às membranas que revestem os ossos.

Classificação dos ossos Os ossos são classificados de acordo com a sua forma em: A - Longos: têm duas extremidades ou epífises; o corpo do osso é a diáfise; entre a diáfise e cada epífise fica a metáfise. A diáfise é formada por tecido ósseo compacto, enquanto a epífise e a metáfise, por tecido ósseo esponjoso. Exemplos: fémur, úmero. B - Curtos: têm as três extremidades praticamente equivalentes e são encontrados nas mãos e nos pés. São constituídos por tecido ósseo esponjoso. Exemplos: calcáneo, tarsos, carpos. C - Planos ou Chatos: são formados por duas camadas de tecido ósseo compacto, tendo entre elas uma camada de tecido ósseo esponjoso e de medula óssea. Exemplos: esterno, ossos do crânio, ossos da bacia, escápula. Como disse acima, o estudo da energia corporal do Uke possibilitará a acção em partes que sustentam e tornam possíveis a acção do esqueleto. Vejamos: Revestindo o osso compacto na diáfise, existe uma delicada membrana - o periósteo - responsável pelo crescimento em espessura do osso e também pela consolidação dos ossos após fracturas (calo


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ósseo). As superfícies articulares são revestidas por cartilagem. Entre as epífises e a diáfise, encontra-se um disco ou placa de cartilagem nos ossos em crescimento, tal disco é chamado disco metafisário (ou epifisário) e é responsável pelo crescimento longitudinal do osso. O interior dos ossos é preenchido pela medula óssea, que em parte é amarela, funcionando como depósito de lipídeos, e no restante é vermelha e gelatinosa, constituindo o local de formação das células do sangue, ou seja, da hematopoiese. O tecido hemopoiético é popularmente conhecido por "tutano". As maiores quantidades de tecido hematopoético estão nos ossos da bacia e no esterno. Nos ossos longos, a medula óssea vermelha é encontrada principalmente nas epífises. Podemos concluir que o estudo específico do Koppo é o único caminho para uma explicação lógica e centrada acerca das suas formas. Em nada adianta repetir movimentos sem um conhecimento específico detalhado e aprofundado. Muitos que me perguntam se devido à distância, podem aprender Koppo por vídeos ou livros, respondo de maneira radical: não! Você precisa de um professor. Nomes, características, ângulos, posicionamento adequado para o corpo, reflexo do ki em cada movimentação e etc., são pequenos factores que correspondem à uma boa técnica.

“A função do Koppo é desestruturar toda a acção do sistema esquelético. Se olharmos bem, além de dar sustentação ao corpo, o esqueleto protege os órgãos internos e fornece pontos de apoio para a fixação dos músculos. Ele constitui-se de peças ósseas e cartilaginosas articuladas, que formam um sistema de alavancas movimentadas pelos músculos”


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“Podemos concluir que o estudo específico do Koppo é o único caminho para uma explicação lógica e centrada, acerca de suas formas. Em nada adianta repetir movimentos, sem um conhecimento específico, detalhado e aprofundado”








Fu-Shih Kenpo ALGUNS DOS DIVERSOS DESPORTOS DE COMBATE Sambo: Este desporto surge na Rússia e significa defesa própria sem armas. Tem a sua origem no Judo e os combates duram aproximadamente uns 6 minutos. Destaca pelas projecções violentas, as chaves de pernas e suas imobilizações. Foi reconhecido como desporto nacional na antiga União Soviética, em 1938. O Sambo vem de outros estilos tradicionais de luta livre, como pode ser o Judo, o Koch (proveniente da Arménia), o Chidaoba da Georgia o o Khapsagay da Mongólia, e está considerado como uma das quatro formas principais de luta livre competitiva, junto com a Luta Greco-Romana, a de Estilo Livre e o Judo. Mas o Sambo foi um arte marcial pensada e procurada. Lenin encarregou a uma equipa de especialistas, que procurassem um sistema de combate que destacasse o seu Exército Vermelho. Assim foi como esses especialistas (A. Jarlámpiev, V. Spiridónov e V.S. Ochschépkov) viajaram por todo o mundo, assimilando técnicas e compilando as disciplinas de combate mais conhecidas naquela época: Judo, Jiu Jitsu, Kárate e Kung Fu. Estas artes marciais, por um lado se misturaram com lutas de diferentes lugares e por outro se misturaram com disciplinas olímpicas, como o Boxe, a Luta Livre ou a Luta Greco-Romana, após serem estudadas minuciosamente pela equipo de especialistas, para poder integrá-las no combate sem armas, procurado por Lenin. Pouco a pouco, todo esse compêndio de movimentos, rotações e técnicas, foi sendo refinado, dando lugar ao Sambo e ao su objectivo: parar o ataque de um agressor armado, no menor tempo possível. Mais adiante, começado o século XXI, se integraram no Sambo t écni cas como o Muay Thai.


Kyoshi Raúl Gutiérrez


Fu-Shih Kenpo Grapling (agarre): É muito parecido ao Sambo e utiliza as suas mesmas técnicas, mas também incorpora técnicas de controlo e submissão, como poderiam ser as estrangulações. Este desporto se pode praticar não chão ou em pé. O Grappling, traduzido como "Agarres", se refere a todos aqueles sistemas de luta corpo a corpo, que não incluem golpes para vencer o rival, mas que utilizam técnicas de derribar, de posição ou submissão, para conseguir pontos o forçar a rendição. Este tipo de sistemas são muito utilizados em todas as partes do mundo. Muitos destes sistemas de Grappling ou Agarres, são lutas tradicionais de uma raça ou região. Todos estes sistemas têm um amplo uso nas MMA, na defesa pessoal e em diferentes desportos, até tal ponto que o Judo e a Luta, sela ela GrecoRomana ou Livre, são o primeiro e o segundo desporto de contacto mais praticados em todo o mundo. O agarre pode ser realizado tanto numa situação de luta em pé como no chão. As técnicas de agarre em pé, incluem luxações e projecções. Estas técnicas podem considerar-se precursoras da luta no chão, forçando o adversário a cair numa posição desfavorável. Diversos sistemas de luta empregam o agarre como elemento fundamental de habilidade. O grappling não tem origens como tal, posto que naquelas zonas onde tem havido homens, se têm desenvolvido diferentes sistemas de luta de agarres ou "grappling", das selvas do Amazonas, aos Gregos ou a Índia, em cada um destes lugares se têm desenvolvido diferentes sistemas de "grappling", desde a antiguidade. Krav Maga: É uma técnica de auto-defesa desenvolvida pelo exército de Israel, que se baseia nos reflexos e a rapidez da acção. Bloqueia ao adversário com o menor risco possível. A meta é a protecção. O Krav Maga é um sistema de combate que se desenvolveu em Israel na década dos anos 40. Está desenhado, preparado e polido para defender-se de agressões realistas do dia a dia, coisas que nos podem acontecer na rua e em qualquer lugar. Não é uma arte marcial, é um sistema de combate que não seue os modelos das artes marciais. Foi desenhado para ser útil, prático e simples". Jeet Kune Do: Inspirado na técnica de Bruce Lee e por ele desenvolvido,consta de interceptar os movimentos do contrário antes que nos toque e bater ao mesmo tempo. É uma mistura de auto-defesa e combate. Bruce Lee veio pôr um antes e um depois nas artes marciais. A lenda do Pequeno Dragão continua presente nos nossos días y em todo o mundo. A sua inspiração continua guiando uma multidão de pessoas, para obterem o “não caminho como caminho” e a “não limitação como limitação”, através da sua filosofia e do Jeet Kune Do. O Jeet Kune Do é um conceito dinâmico, que está em constante evolução desde as suas bases. Não é só uma arte marcial, como habitualmente é conhecida, também é uma filosofia e uma forma de vida. No campo marcial, o objectivo, a parte da efectividade e a simplicidade no combate, é o meio de se expressar artisticamente tal e como se é, através do movimento humano. Para isso se emprega uma fusão das mais diversas técnicas de artes, como Kung-fu, Taichi, Wing Chun, Muay-Thai, Boxe Clássico, etc., à que se aplicam uns pilares e bases dinâmicas, para obter autonomia e êxito em combate. Rompe com os tradicionalismos que habitualmente acostumam estar presentes em outras artes marciais. “No Jeet Kune Do, não és tu quem se adapta a ele, mas sim ao contrário, é o Jeet Kune Do que se adapta a ti”. Graças à sua adaptabilidade, pode ser um sistema marcial ideal, que pode realizar qualquer pessoa, independentemente da sua condição física, idade e sexo. MMA (Mixed Art Marcial): Mistura de todo tipo de combates. Acostuma a praticar-se numa jaula e não se detém até um dos dois jogadores o pedir e ser vencido. É um desporto muito perigoso, que está proibido em vários países. Se denomina Artes Marciais Mixtas (conhecidas frecuentemente por suas iniciais em Inglês, MMA ou Mixed Martial Arts), à combinação de várias artes marciais, com fins de ser empregada como método de defesa pessoal e/ou para a competição no desporto de combate. O actual desporto de combate, que permite o uso de artes marciais mixtas, é o de maior contacto que existe, porque permite o uso de


Kyoshi Raúl Gutiérrez batimentos, pontapés, chaves (luxações articulares), estrangulamentos e técnicas provenientes de uma grande variedade de outras disciplinas de combate, como Kickboxing, Sambo, Karate, Boxe, Taekwondo, Muay Thai, Judo, Luta Livre, Luta Greco-Romana, Jiu jitsu, Jiu jitsu Brasileiro, Kenpo, San Da, entre outras. As raizes das modernas artes marciais mixtas, chegam até os antigos Jogos Olímpicos, onde uno dos sistemas de combate documentado, mais antigo, era o Pankration. Sua origem é difusa, partindo de várias competições que se realizavam na Europa, no Japão e nos Estados Unidos, durante os inícios do século XX. O conceito das artes marciais mixtas é frequentemente considerado erroneamente, como sinónimo de campeonatos de ValeTudo, originais do Brasil, assim como de desportos de combate, como o Full Contact e o Kickboxing, ou de práticas onde se misturem só artes marciais e que mostrem efectividade em torneios desportivos. KARATE: ou Karate-do, “o caminho da mão vazia” kara ("vacío"), te ("mão vazia") e Do ("caminho", "filosofia de vida"). É uma arte marcial tradicional das Ilhas Ryūkyū, hoje pertencentes ao Japão e actualmente conhecidas como Prefeitura de Okinawa. Normalmente, as regras de torneios de Karate, não autorizam o contacto total e também limitam o uso das técnicas tradicionais, com o qual se tornam um desporto de “contacto controlado” e de uns recursos técnicos muito reduzidos. Tudo indica que o Karate pode ser já definitivamente Desporto Olímpico, nos próximos Jogos de Tóquio 2020. KICK-BOXING: O Kick Boxing é um desporto japonês de combate, no qual se misturam as técnicas do Boxe com as de algumas artes marciais, como o Karate e o



Fu-Shih Kenpo Muay Thai. Está relacionado com a antiga arte do Muay Thai, mas sem cotoveladas nem joelhadas, que geralmente não são permitidas, sendo assim similar ao Boxe Tailandês moderno ou Thai Boxing. Não é considerada uma arte marcial formativa tradicional ou Gendai Budō por excelência, mas sim um desporto de combate. Se considera que um lutador de Kick Boxing é uma competência forte para o resto de lutadores de luta em pé, que prefiram outro tipo de desportos de contacto ou artes marciais, pela resistência física, a contundencia e a resistência aos golpes dos seus praticantes. Actualmente, é um dos

sistemas preferidos e de maior divulgação das lutas em pé, sendo o preferido nas artes marciais mixtas combinadas o MMA / AMM. FU-SHIH KENPO: As raízes do Fu-Shih Kenpo nos transportam à realidade das circunstâncias na rua, vividas desde a infância por seu próprio criador. O mesmo, teve também relação com diversos desportos e artes marciais desde tenra idade. Entre eles Boxe, Judo, Karate, Tae-Kwon-Do, Kenpo Americano e Kick-Boxing. Seu criador esteve bastante desorientado durante longos anos, durante os quais não via o efeito directo dos diferentes estilos moder nos de artes marciais, em



Fu-Shih Kenpo


Fu-Shih Kenpo situações realistas das ruas, nem inclusivamente em condições policiais e militares. É por isso que o Fu-Shih Kenpo é um sistema ou arte abertos, que está em constante evolução e é actualizada em seus diversos caminhos como Defesa Pessoal e Combate. Um dos seus caminhos é a preservação da arte tradicional e a sua defesa pessoal de escola e exibição. Outra é a do caminho mais rápido, directo e simples, para se obterem resultados imediatos em situações realistas. A terceira via é a da Defesa Pessoal Policial, que se deve de ajustar aos parâmetros dos diferentes sectores policiais, segurança ou escoltas. No sector do Combate Desportivo, o Fu-Shih Kenpo se ajusta a uma norma muito similar às do Kick-Boxing e a do Combate Tradicional Vale Todo. Por último, o Fu-Shih Kenpo pretende preservar uma grande dose de Filosofia e uma forma de vida, em busca de preservar a própria saúde a a saúde dos outros e o respeito a toda a criação divina. Quando falamos de diferenças entre Artes Marciais e Desportos de Combate, devemos ter bem esclarecidos uma série de conceitos, tanto de umas como dos outros, para não cair numa confusão relativa aos termos e lembrando-se sempre de que as coisas podem ser similares, ainda que sejam diferentes as doutrinas que sustentam as Artes Marciais, daquelas que o mesmo fazem com os Desportos de Combate. A Arte Marcial abrange tudo, enquanto que o simples aspecto desportivo “limita extremamente”. Assim, as Artes Marciais têm a sua origem no Oriente e mesmo há quem afirme um lugar ou outro. A verdade é que não se sabe a ciência certa, onde realmente nascem estas artes de combate. Para muitos, foi na India, enquanto que outros afirmam ter sido na China e um terceiro grupo fala de Okinawa. O certo é que o motivo pelo que surgem foi o da defesa frente à opressão dos soldados, que tinham então a missão

defender os governantes. Provavelmente e como temos podido constatar, em cada cultura, povo e continente, surgem diversos sistemas, técnicas, tácticas e armas criadas pelo ser humano, como formas de defesa pessoal, para a protecção de si mesmos e suas famílias. Isto tem sido assim desde que os homens das cavernas descobriram que com um simples osso animal, se poderia ter uma arma de defesa ou uma lança para caçar. Nessa época é quando já aparece um conceito de “defesa” que logicamente, tinha como motivo a reacção perante um “ataque”. Estes recursos foram levados à prática por camponeses que utilizavam sua mãos, pés, pernas, cotovelos etc., além de algumas armas criadas a partir das ferramentas nesses tempos usadas no campo. No entanto, nunca se pensou na utilização ou a utilização destas técnicas para confrontos entre pares. Só realizavam práticas de treino entre eles, como uma maneira de depurar suas próprias técnicas e aperfeiçoá-las ao máximo. Assim, progressivamente foram surgindo e desenvolvendo-se as Artes Marciais, cujas principais características eram as de uma disciplina física, mental e espiritual, onde este último aspecto era tanto ou mais importante que as técnicas propriamente ditas. Por outra parte, o conceito de “ofensivo” era raramente manifestado, sendo a defesa o verdadeiro pilar das Artes Marciais, além de que desde as épocas mais remotas da humanidade, sempre existiram actividades em relação com o combate, que na maioria dos casos chegavam a definir-se com a morte de um dos combatentes. Isto se fez popular como um espectáculo que chegou a não ter limites ou regras que pudessem atenuar os recursos de cada lutador, para vencer até o aniquilamento seu oponente. Recordemos aqui, os Gladiadores do Circo Romano.

“O Fu-Shih Kenpo pretende preservar uma grande dose de Filosofia e uma forma de vida, em busca de preservar a própria saúde e a saúde de outros, além do respeito a toda a criação divina”


Kyoshi Raúl Gutiérrez
















Este DVD é o resultado promovido pela filial espanhola da Zen Nihon Toyama-Ryu Iaido Renmei (ZNTIR – Spain Branch), para dar a conhecer o conteúdo técnico do estilo Toyama-Ryu, tal como se pratica no Honbu Dojo da ZNTIR, em Machida, Tóquio, sem modificações nem alterações. Tal é a fidelidade do programa que é seu Presidente e máximo responsável técnico Yoshitoki Hataya Sensei, quem acompanhado por alguns membros, executa todo o compêndio do programa actual do estilo. É por isso que nele se pode encontrar a estrutura básica da metodologia que se aplica, desde os exercícios codificados de aquecimento e preparação, passando pelos exercícios de corte; as guardas; os Kata da escola, incluindo os relativos à Academia Toyama do Exército, o Gunto Soho e a sua explicação; o trabalho com parceito, tanto de Kumitachi como de Gekken Kumitachi, da piedra angular em que se baseia o Toyama-Ryu, ou seja, o Tameshigiri ou exercícios de corte en um alvo realista. Este é um minucioso DVD em diferentes idiomas, que resulta ser uma valiosa fonte para a investigação e a prática da espada japonesa, assim como para os artistas marciais em geral e os interessados na história do Japão e do seu último conflito bélico mundial. É uma autêntica sorte, podermos observar as técnicas que contém e ao menos para os estudiosos sérios, vale a pena tê-la na sua videoteca. Os praticantes do estilo desejamos compartilhar lealmente o conhecimento da nossa escola de esgrima japonesa, na esperança que ao mesmo tempo, os valores internos próprios daqueles homens de armas impregnem as novas gerações e permitam vislumbrarmos um revulsivo, de uma maneira tradicional, muito diferente da actual focalização das disciplinas de combate com origem no Japão.

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