Cinturao Negro Revista Portugues 323 Novembro parte 1 2016

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Sifu Alfred Johannes Neudorfer e Sifu Rosa Ferrante Bannera, fundadores do Wing Tsun Universe, WTU, um movimento caracterizado não pelo uso de técnicas, msd dim de qualidades, intercâmbios, princípios e conceitos de movimento, dedicam o seu primeiro DVD ao Siu Nim Tao (SNT) o “9 caminhos”. O SNT é a base do Wing Tsun, Wing Chun e da WTU. A compreensão da mesma é a condição básica para tudo aquilo que vem a seguir, posto que se observarmos como a pessoa realiza as sequências deste movimento, podemos concluir o que será capaz de fazer. Sé alguma coisa está errada no movimento, tudo quanto o praticante irá desenvolver depois, estará errado. Os movimentos do WTU (formas) compreendem funções inerentes, das quais se podem derivar aplicações. O significado dos movimentos primários, faz com que derivem em outros e gerarem aplicações baseadas nos princípios e nas interacções que ajudam sua compreensão. O WTU incorpora também, um “set” extra, que seus fundadores consideraram necessário, devido às circunstâncias actuais. O DVD inclui o Movimento (forma) Siu Nim Tao, suas 9 sequências e aplicações, as sequências 1 a 3 do primeiro movimento com parceiro (Chi Sao), assim como uma reveladora entrevista com os fundadores do WTU.

REF.: • DVD/WTU1 Todos os DVD's produzidos porBudoInternational são realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares) e aimpressão das capas segueas maisrestritas exigências de qualidade(tipo depapel e impressão). Também,nenhum dosnossos produtos écomercializado atravésde webs de leilõesonline. Se este DVD não cumpre estasexigências e/o a capa ea serigrafia nãocoincidem com a que aquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.



“A soberba é a sala de espera da queda” Shinyuke Sensei “Às vezes é importante que o tolo se julgue sábio, porque na sua pequena sabedoria, algum dia poderá descobrir que é tolo” Shinyuke Sensei ivemos em um mundo de incompetentes. A Mestria é uma flor rara que brilha por sua ausência. As pessoas consomem coisas sem as questionar, engole em vez de comer e come o menu. Engenheiros que se atrevem a chamar “abre fácil” a sistemas impossíveis de usar, “serviços ao cliente” de companhias dos telefones que só nos atendem quando dizermos que vamos para outra, médicos que se limitam a aplicar protocolos, sem considerar o estado geral de um doente e erram… O mundo está cheio de “técnicos”, de “especialistas” que só enxergam o céu que adivinham desde o seu pequeno buraco, maquinas falantes, autómatas, que põem no mercado inventos absurdos, sistemas de iluminação presenciais que se acendem numa retrete e se não agitarmos os braços, nos deixam às escuras a meio do “serviço”, kits de auto-montagem que não trazem todas as partes, computadores que têm “fantasmas”… O mundo moderno é uma luta contínua com os resultados da incompetência. Numa próxima vida quero ser Amish! O mundo das Artes Marciais não é alheio a esta praga. A sociedade moderna criou maneiras de inter-agir maravilhosos, como a Internet, mas escondidos atrás do segredo do anónimo, milhões de incompetentes perdem seu tempo nos foros, promovendo campanhas para destruir a reputação de alguém, simplesmente por que lhes não são simpáticos. Todos dão a sua opinião e afirmam, quando lhes chamam a tenção: “Estou no meu direito”. O pior é que muitos também incapacitados para julgar outrem, lhes riem as graças. O assunto não é novo. A mal chamada “democratização” dos meios, começou quando qualquer pessoa dava a sua opinião de qualquer coisa em um meio público. Sempre me lembro do meu querido avô, que viveu o nascimento da televisão, quando em certa ocasião assistiu a como um sagaz repórter, de microfone em riste, ia perguntando na rua a opinião das pessoas acerca de um assunto complicado e que não vem ao caso. O meu avô, que como professor que era, tinha um natural sentido da “autoritas”, após escutar o tipo em questão, afirmou pausada e laconicamente: “E a mim, o que me interessa a opinião desse senhor, cuja única virtude para falar deste assunto é que passava por alí!”. A causa desta confusão é a universalização da incompetência. A coisa não era ser mas sim parecer que se era. Assim começou a “titulitis” e se impôs porque alguém compreendeu que vender um título era rentável, quando todos sabemos que o papel suporta tudo. Pendurar-se medalhas nunca foi tão fácil como nos nossos dias, “qualquer é um senhor, qualquer é um ladrão” - como diz o tango Cambalache…- ”e num mesmo lodo todos amassados”.

V

“A televisão promoveu o tolo do lugar perante o qual o espectador se sentia superior, mas o drama da Internet é ter promovido o tolo para lugar de porta-voz da verdade” Umberto Eco

Por outro lado “os consumidores” fazem isso, consumir, porque ninguém os preparou para pensar e sem pensar não existe critério. De repente, aparecem os criadores de opinião, hoje chamados blogueiros, e os lobbies gastam neles os seus dinheiros. A opinião e o critério surgem de pensar e pensar se modula com aprender e por sua vez, aprender vive da leitura, um hábito completamente desaparecido! A leitura não como um objecto de acumulação de informações, de consumo, ela é um meio para pensar. Porque se alguma coisa esta escrita ou publicada, não quer dizer que seja verdadeira. Tierno Galbán, o saudoso Presidente da Câmara Municipal de Madrid, a quem com carinho o povo chamava o “Velho Professor”, dizia que se tinha de ler exactamente como comem as galinhas, ou seja, primeiro descem a cabeça para picar e depois a levantam para engolir. Para engolir o que lemos, devemos levantar a cabeça do livro e pensar no que lemos…, antes de continuar engolindo... A incompetência é uma praga sem retrocesso, porque tudo o que a alimenta, está numa fase de avance e crescimento. Nos nossos dias, a destruição da autoridade está na base da insignificância deste injuriado princípio. A autoridade morreu confundida com o autoritarismo e foi substituída pela fama. Os heróis dos nossos dias, o são simplesmente por serem conhecidos; eles, como icebergs da abundância das águas da informação, são simplesmente uma imagem repetida e recorrente, nesse mar de tanta informação; é o único critério que resta aos consumidores sem critério, engasgados com tanta coisa. Que paradoxo! Nos tempos da sociedade da informação, são os critérios da era das tribos os que se impõem, ou seja: Inimigo é o desconhecido, o diferente, ergo… amigo é o conhecido… A incompetência individual faz grandes aos incompetentes, por isso, a coisa tem mau remédio. No nosso mundo marcial não é diferente. São poucos aqueles que brilham com luz verdadeira nessa confusão e eles têm de suportar legiões de incompetentes que querem situar-se à sua mesma altura. Qualquer garoto recentemente chegado a este mundo e com uns poucos de meses ou de anos de prática, se atreve a dar a sua opinião acerca do que alguém que leva toda a vida nisto, está ensinando. O arribismo, a usurpação, mostram sempre ignorância e soberba e esta, sempre antecede à queda. Mal negócio para estes atrevidos, porque antes cedo que tarde, a vida os vai pôr no seu ligar, porque a fama, por muito grande que seja, nunca substituirá o conhecimento, quando alguém põe mãos à obra. Afinal, “entre as panelas, também anda Deus”, como dizia Santa Teresa de Jesus. Por favor! Senhores da companhia dos telefones! Já levo três dias sem Internet! Que alguém faça bem o seu trabalho! Amigos…, estamos perdidos!


“Nos nossos dias, a destruição da autoridade, está na base da insignificância deste injuriado princípio, hoy em dia. A autoridade morreu confundida com o autoritarismo e foi substituída pela fama. Os heróis dos nossos dias, são heróis simplesmente por serem conhecidos”





Este DVD é o resultado promovido pela filial espanhola da Zen Nihon Toyama-Ryu Iaido Renmei (ZNTIR – Spain Branch), para dar a conhecer o conteúdo técnico do estilo Toyama-Ryu, tal como se pratica no Honbu Dojo da ZNTIR, em Machida, Tóquio, sem modificações nem alterações. Tal é a fidelidade do programa que é seu Presidente e máximo responsável técnico Yoshitoki Hataya Sensei, quem acompanhado por alguns membros, executa todo o compêndio do programa actual do estilo. É por isso que nele se pode encontrar a estrutura básica da metodologia que se aplica, desde os exercícios codificados de aquecimento e preparação, passando pelos exercícios de corte; as guardas; os Kata da escola, incluindo os relativos à Academia Toyama do Exército, o Gunto Soho e a sua explicação; o trabalho com parceito, tanto de Kumitachi como de Gekken Kumitachi, da piedra angular em que se baseia o Toyama-Ryu, ou seja, o Tameshigiri ou exercícios de corte en um alvo realista. Este é um minucioso DVD em diferentes idiomas, que resulta ser uma valiosa fonte para a investigação e a prática da espada japonesa, assim como para os artistas marciais em geral e os interessados na história do Japão e do seu último conflito bélico mundial. É uma autêntica sorte, podermos observar as técnicas que contém e ao menos para os estudiosos sérios, vale a pena tê-la na sua videoteca. Os praticantes do estilo desejamos compartilhar lealmente o conhecimento da nossa escola de esgrima japonesa, na esperança que ao mesmo tempo, os valores internos próprios daqueles homens de armas impregnem as novas gerações e permitam vislumbrarmos um revulsivo, de uma maneira tradicional, muito diferente da actual focalização das disciplinas de combate com origem no Japão.

REF.: • DVD/TOYAMA-2 Todos os DVD's produzidos porBudoInternational são realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares) e aimpressão das capas segueas maisrestritas exigências de qualidade(tipo depapel e impressão). Também,nenhum dosnossos produtos écomercializado atravésde webs de leilõesonline. Se este DVD não cumpre estasexigências e/o a capa ea serigrafia nãocoincidem com a que aquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.


Choy Li Fut


Grandes Mestres

Partiu o Mestre Pedro Rico. Partiu o nosso amigo, colaborador de tantos anos nesta revista. A nossa homenagem é simples, honrar o seu conhecimento relendo as suas ensinanças nestas páginas. A última vez que nos vimos, Sifu compartilhou comigo muitos dos seus pensamentos e experiências menos conhecidas. Me pediu ser discreto e sempre o tenho sido. Só direi que ele era muito maior do que as pessoas podiam imaginar. Sem atraiçoar nada desse segredo, vou compartilhar com os leitores alguns factos curiosos. Sem ele saber dos meus estudos da tradição Shizen, naquele momento, ele fez um comentário muito, mas mesmo muito pertinente: “Tu és um dragão branco. Somos diferentes porque na minha tradição. eu sou um dragão dourado, mas ambos participamos de uma energia comum. Há muita luz no teu caminho”. O Dragão é o símbolo da minha energia central na minha tradição e ele não tinha maneira de isso saber! Amigo, que saibas encontrar a luz em paz! Alfredo Tucci

O TERCEIRO PAI DO CHOY LI FUT Chan Yuen Woo. O estilo Fut-Gar Chan Yuen Woo era um famoso lutador de Shaolin do Sul, nascido na aldeia de King Mui, distrito de San-Woi, província de Jiangmen. Tinha sido aluno de um dos legendários monges de Shaolin do Sul, o monge budista a quem chamavam Duk-Jeung “O monge da Palma de Buda”, residente no mosteiro budista Ding-Woo, uma das montanhas de Cantão. Chan Yuen Woo era famoso como conhecedor do estilo da Palma de Buda, que é o estilo FutGar. O nosso relacionamento com o estilo Fut-Gar no Choy Li Fut, se origina devido a que Chan Yuen Woo era um tio avô afastado de Chan Heungo, fundador do Choy Li Fut (fundado em 1836). Chan Yuen Woo tinha uma escola de Kung Fu em San-Woi e levou com ele Chan Heung, quando tinha sete años, para lhe ensinar o Kung Fu do estilo Fut-Gar. Quando começou a ensinar-lhe o Kung Fu, seu tio percebeu que Chan Heung tinha uma habilidade especial para a prática do Kung Fu, por isso, como seu tio-avô, ele seguia com especial atenção e dedicação o seu treino, um treino personalizado. Assim pois, Chan Heung dominou em só seis anos, o que a Chan Yuen

Woo custou de conseguir uma vida inteira, aperfeiçoar o seu estilo o Fut-Gar. Actualmente mantemos muitas técnicas deste sistema de Shaolín Fut-Gar, das quais podemos falar das seguintes: Fut-Sam “Palma que sobe”, que consta de um golpe com o canto da palma, à altura do plexo solar, dirigindo-o ao esterno. Tsang-Jeung, “Palma que penetra e esmaga”, em direcção ao estômago, plexo solar ou às costelas, partindo-as. Dot-Jeung. Como anteriormente, se dirige o golpe ao estômago ou às costelas, mas aqui se utiliza o dorso da mão. Kwa-Jeung. Se utiliza o dorso da mão com um movimento circular, extendido para diante e passando por cima da cabeça, para interceptar ou bater na cabeça do contrário. Pak-Jeung “Palma que afunda”. Neste caso se utiliza a palma da mão, por cima da cabeça para bater na testa ou na parte central da cabeça (fontanela). Também podemos incluir dentro das técnicas do estilo Fut-Gar, as chamadas Kiu - pontes. As pontes no Choy Li Fut são muito importantes na luta na curta e média distância. Se utilizam para dobrar as articulações, esmagar músculos, tendões e nervos, quebrar articulações, criar técnicas de deixar sem movimento braços e pernas, etc.


Choy Li Fut “O fundador do Choy Li Fut, Chan Heung, honrou seus mestres recordando seus nomes para a posteridade. A minha particular homenagem aos tres grandes pais do Choy Li Fut, tem sido escrever acerca deles, para que nunca esqueçamos a nossa herança dos antigos monges de Shaolín”


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Falaremos das seguintes: Yeung-Kiu “Bloqueio de ponte alta”. Por vezes também chamado “Bloqueio de mão, de espelho”. Nesta técnica, o mais importante é saber utilizar muito bem as ancas, unindo-as à ponte, para desviar o golpe. Chan-Kiu é um bloqueio com ponte, para baixo. Se utiliza o bloqueio desde o plexo solar para interceptar tanto pernas como punhos. Se deve bloquear com precisão e utilizando o canto da mão, à altura do tornozelo. No caso do braço, se tem que bater com o canto da mão, na zona mais frágil do pulso. Dan-Kiu “Ponte que sobre para cima”. À diferença das outras pontes, nesta técnica se utiliza todo o antebraço, em vez do canto da mão. Assim sendo, esta técnica aplicada com o Nanp-Sao é formidável para o partir das articulações como o cotovelo ou o ombro. Actualmente também permanecem formas originais do nosso mestre-pai Chan Yuen Woo, como a famosa Palma de Buda, uma forma externa e interna, com uma excelente técnica que se mantém tão limpa e pura como era na sua origem. O fundador do Choy Li Fut, Chan Heung, honrou seus mestres recordando seus nomes para a posteridade. A minha particular homenagem aos tres grandes pais do Choy Li Fut, tem sido escrever acerca deles, para que nunca esqueçamos a nossa herança dos antigos monges de Shaolín. O Kung Fu Choy Li Fut não cria escravos, antes sim faz as pessoas livres, pessoas com valores e com um grande coração. Este é o meu desejo! O sistema Choy Li Fut, fundado em 1836 por Chan Heung, tendo as suas raízes tanto no Sul como no Norte da China, possui um grande arsenal pugilístico. Neste artigo tratamos de descrever os cinco diferentes tipos de punhos que caracterizam este sistema. A proveniência destes cinco tipos de punhos, depende tanto dos antigos monges de Shaolin do Sul e do Norte, como dos três pais do Choy Li Fut: o

monge Choy Fok, o Grão Mestre de Shaolin do Sul, Li Yau San e o famoso guerreiro de Shaolin do Sul, Chan Yuen Woo. Cada grupo de punho começa com movimentos denominados Hoi Jong (mãos abertas). Os Hoi Jong foram criados como sinais secretos de identificação, entre os revolucionários de Choy Li Fut, durante o período de rebelião da dinastia Chinesa. Os movimentos Hoi Jong são de muitos tipos, mas cada um tem seu próprio significado e de todos eles, há três que são os mais conhecidos: Hoi Jong vertical, horizontal e fixo. O Hoi Jong vertical se caracteriza pelo movimento dos pés, adiantado e traseiro. O Hoi Jong horizontal move não só a parte de atrás, como também a lateral, em forma do L. O fixo permanece numa posição e usa só movimentos de mão. O padrão Hoi Jong de posição “cinco rodas” e de “punho cinco rodas” são a forma estacionária. O primeiro punho pertence ao monge Choy Fok, é o chamado Punho de Leopardo (por vezes mal chamado Punho do Dragão). Neste tipo de punho, os dedos dos praticantes estão estendidos, nivelados com sua mão até o primeiro nó e depois dobrados em um punho. O polegar se apoia ao longo do dedo indicador, para aumentar sujeição. O segundo tipo vem de Li Yau San. É um punho fechado na maneira habitual, com o dedo polegar situado sobre o dedo indicador, com a falange dobrada em ângulo de 90º. O terceiro vem do 3º pai do Choy Li Fut, Chan Yuen Woo. Este punho é o clássico de Shaolin do Sul. Se forma um punho normal, se apoia o polegar em ângulo recto sobre os dedos que están fechados. O quarto punho é o mais especial, pois é o criado pelo Mestre Fundador. É similar ao punho de leopardo do Choy Fok, mas o de Chan Heung mantém o dedo polegar debaixo das pontas dos dedos dobrados, o que lhe proporciona mais suporte.


Choy Li Fut O quinto tipo de punho é o que se conhece como Punho Olho de Fenix. Se caracteriza porque em um punho fechado normal, o dedo indicador é suportado e abre caminho pelo polegar do praticante, o qual forma um ângulo recto com respeito aos outros dedos. Cada tipo de punho define a personalidade do mestre que o cria e as origens de onde estudaram os pais fundadores do Choy Li fut. Estes punhos também têm variantes, dependendo das cinco diferentes trajectórias e da zona a bater. O punho tem a força e a alma possui a sabedoria!

OS QUATRO PODERES DOS PUNHOS DO CHOY LI FUT Em seguimento ao artigo anterior de “As cinco raízes dos punhos do Choy Li Fut”, continuamos neste com os cinco diferentes poderes denominados Ging no Choy Li Fut. Ging, é a força interna e é necessária em qualquer fase da luta. Conforme o que se diz no escrito original de Chan Heung: “Quando atacares ou te sintas estonteado deves usar o Ging, se o não usas não estás estável e flexível e não poderás controlar o contrário”. O Ging é definido algumas vezes como “a sabedoria da força”. Leva tempo desenvolve-la e o estudante deve trabalhar arduamente e aprender a usar todos os seus músculos em bloco e dirigir o seu poder para um novo caminho no treino do Choy Li Fut.


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Antes de estudar o Ging, o poder muscular do estudante principiante, do intermédio ou inclusivamente por vezes do avançado, é tenso e brutal. Pode parecer forte, mas a sua força é limitada e queima energia sem esforço. Quando se aprende a dirigir directamente o Ging parece como se não usasse nenhuma força muscular, mas na realidade o poder o Ging flui do seu corpo como a luz. No sistema Choy Li Fut há quatro tipos principais de Ging:

Nim Chui Ging (Ging pegajoso ou enroscado) O Ging pegajoso é o que dá voltas e indica que o estudante está entrelaçado com o seu adversário, sem darlhe oportunidade de fugir. Nim Chuin Ging é a forma mais importante de poder. Quando o estudante tenta desenvolver este Ging, tem que relaxar todo o corpo e concentrar-se em no sentimento e na sensibilidade. Quando já realizou isto, não existe o problema de para onde se dirige o oponente, podendo seguilo e controlá-lo. Segue-se a reacção do oponente com o sentimento. Inclusivamente ainda que não inicie o ataque, mantém o controlo se o seu oponente não se mover; o praticante de Choy Li Fut também se não move. Se pelo contrário o oponente se mover, ainda que seja ligeiramente, então o praticante é o primeiro em mover-se com decisão.

Gok Ging (Ging ilustrado) É o segundo tipo de poder mais importante emitido pelo praticante de Choy Li Fut. A palavra “ilustrado” refere-se ao facto de que primeiro o estudante tem de aprender a conhecer o seu corpo e depois o o do oponente. O estudante deve ter aprendido Nim Chui Ging antes de dominar Gok Ging. É praticado estando quieto e calmo, usando delicadeza contra dureza. Este Ging pode ser comparado com o estilo de luta de uma serpente, que espera silenciosamente a sua vítima e bate com rapidez e dureza quando ela aparece. O Gok Ging se produz por uma calma inter na que permite ao estudante bater com um poder solto

e relaxado, em vez de o fazer com o poder tenso e duro, resultante do medo e a apreensão.

Woi Shun Ging (Vem e vai, mas permanece no mesmo lugar) É um poder espiritual rotativo que permite ao estudante seguir o seu adversário como se fosse um boomerang. Não há problema em saber por onde vai ir o oponente porque o círculo redondo do Woi Shun Ging o segue, consegue dissolver o ataque e deixa um espaço para um contra-ataque. O praticante usa o seu Woi Shun Ging para voltar a dirigir a direcção do ataque do seu oponente. Quando atinge o controlo, libera mais Ging. A parte do corpo que controla por inteiro este poder é a cintura.

Gum Gong Ging (O punho em estado puro, como um diamante em bruto) Este quarto tipo de Ging se traduz como “dureza” porque é parecido a um diamante. Gum Gong Ging combina dureza e delicadeza, para libertar uma força poderosa e dura, mas não é uma força tensa. Os chineses dizem: “A dureza lava a suavidade e a suavidade lava a dureza para produzir um poder completamente equilibrado”. Antes de compreender este Ging, o estudante tem de conhecer Nim Chuin, Gok e Woi Shun, posto que Gum Gong Ging é um compêndio dos outros três Gings prévios, para produzir o timing próprio, o controlo e a direcção. Combinando os três Gings prévios, o praticante parece solto e relaxado, mas consegue um golpe duro e rápido de grande impacto.

O PAU, ARMA DO IDOSO MESTRE O Choy Li Fut possui um grande arsenal de armas e de todas elas, talvez a mais importante, por vir das nossas próprias origens de Shaolin, é o pau, também chamado bengala ou bastão. Chan Heung, o mestre fundador do Choy Li Fut, graças a seus mestres,


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“Cada tipo de punho define a personalidade do mestre que o cria e as origens de onde estudaram os pais fundadores do Choy Li fut�


“A humildade leva à sabedoria! Lembra-te disto todos os dias da tua vida”

teve acesso ao estudo das técnicas do Templo de Shaolin do Sul e assim como às do Templo do Norte, posto que Chan Yuen Woo e Li Yau San eram mestres do Sul e o monge Choy Fok, do Norte. O pau é uma das armas mais importantes do sistema do Choy Li Fut e dos estilos de Shaolin, tanto do Norte como do Sul. Os conhecimentos que temos agora, das formas e técnicas do bastão, têm uma longa história que vem da dinastia Song do Norte (960-1126). Neste período existiu uma família de militares famosos por usarem a lança de maneira virtuosa, a família Yang. Devido à fama que alcançou a sua técnica, se chegou a falar da lança da família Yang (Yang Jia Qiang). O quinto filho da família Yang, Yang Wu Lang, com o tempo e por destino da vida, chegou ao templo de Shaolin do Norte, para se fazer em monge budista. Como um dos preceitos budistas era não matar, Yang Wu Lang seccionou a ponta da lança, tornando-a uma bengala e assim poder praticar as técnicas da lança que o fizeram famoso e criar as técnicas de bengala. Os preceitos budistas optam pela misericórdia, mas os monges budistas necessitavam defender-se dos bandidos rebeldes da China, que aproveitavam a indefensão dos monges para bater-lhes e roubá-los, pelo que Yang Wu Lang treinou a os monges do templo para que soubessem defender-se y defender o templo da Montanha de Wudang e também para melhorar a sua saúde.

TÉCNICAS DO PAU NO ESTILO CHOY LI FUT Como podemos conhecer se um estudante executa as técnicas de Shaolín do Sul ou as do Norte? Os estudantes do Sul utilizam sempre a mão direita por diante e a esquerda por detrás, mas as técnicas também


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são diferentes às do Norte. O pau do Sul utiliza o chamado Ging Pegajoso ou enroscado como a cauda de um dragão (levar a energia fazendo vibrar até o final do pau), enquanto que os estudantes do Norte situam a mão esquerda por diante da direita. As técnicas são amplas e circulares, batimentos verticais rectos e dirigindo estes para o chão, fazendo que o bastão ou pau se estenda muito mais. Também utilizam as técnicas de pau como si fossem um tipo lança: golpes a direito, com amplos círculos, chamados golpes de chicote. As técnicas fundamentais do pau, que todo estudante do Choy Li Fut deve conhecer e treinar a cada dia, se começa, a ensinar a partir do 2º ou 3º ano, quando o estudante conhece bem os movimentos de pernas e punhos. A partir do 3º ano, o instrutor, sifu, etc., deve fazer que os estudantes comecem a conhecer as técnicas de pau simples e de duplo extremo. No estilo Choy Li Fut temos uma grande e variada quantidade de formas ou “Kuens de pau”. Como exemplo podemos falar do pau de simples extremo, o pau de duplo e simples extremo, o pau de lança, o pau de bandeira, o pau do pescador, o pau de dupla cabeça de dragão, etc. Podemos classificar as técnicas básicas da seguinte maneira: • Jeh-lan (bloqueio de pau de bandeira). Se segura o pau em posição vertical, em um ângulo com respeito ao corpo de uns 80º, para bloquear um ataque horizontal, que va dirigido a um lado do corpo, por cima das costelas flutuantes. • Lau. É um golpe dirigido com a ponta do extremo, desde a cintura até o queixo, parecido ao punho jong. • Sot (o golpe do chicote ou de puxar para dora). É um golpe lateral e vertical, dirigido à cabeça. • Gort (cortando e puxando para trás). É uma técnica para desarmar o oponente, batendo-lhe no pulso e desarmando-o. • Tiu (segurar a cana do pescador). É um golpe de ataque para cima, com a ponta do pau. Pode ser usado para bater nas virilhas ou nos pulsos. • Peet (o traço do pincel). Bloqueio descendente, cobrindo a parte lateral do corpo, incluindo pernas e corpo. • Tao-ding-fa (flor por cima da cabeça). Pode ir desde a cintura, hazendo girar o pau em redor do nosso corpo, criando um golpe devastador. Poderíamos identificá-lo como as aspas de um ventilador. • Dik-soy (gotejando água). É um bloqueio que protege a zona da cabeça em um ângulo de 45º. • Dah-siu-kei (golpe de giro de bandeira). Golpe com o pau que gira por cima da cabeça e bate horizontalmente de lado, em direcção ao plexo solar.


Choy Li Fut • Boi-gim (levando a espada cruzada). A mão direita gira, situando o pau por detrás do corpo, para proteger as costas, e o extremo do pau agarrado com a mão esquerda, acaba cobrindo a cabeça. Estas técnicas de base, são um pequeno exemplo de todas aqueles que devem ser praticadas, até se chegar a alcançar as 19 técnicas originais. Entre os artistas marciais chineses, existia um velho ditado que vinha a dizer assim: “Quando lutares com os punhos, só te deves de preocupar de correr, se o teu oponente é jovem e forte; quando lutares com o pau comprido contra outro pau comprido, preocupa-te si te encontrares perante um oponente velho e sábio”. A humildade leva à sabedoria! Lembra-te disto todos os dias da tua vida.

CHOY LI FUT: DIM-MAK (BATIMENTO MORTAL) Neste artigo damos a conhecer um treino avançado praticado no estilo Choy Li Fut, que deve as suas origens à confluência dos estilos do Sul e do Norte, que deram forma à personalidade do Choy Li Fut. O Choy Li Fut tem um grande arsenal dos batimentos denominados Dim-Mak. Este género de treino era habitualmente ensinado a pouquíssimos alunos, devido à sua eficácia e o seu poder devastador. Era um sistema que devia ser praticado durante três anos continuados. Nesta técnica, o estudante avançado deve aprender quatro pontos muito importantes: • Um treino físico a um nível de grande exigência física. • Deve conhecer os diferentes tipos de batimentos dim-mak. • Deve aprender a elaborar o tratamento médico para este treino, o chamado dit ta jow (o unguento de palma de ferro). • Deve conhecer os 12 meridianos onde se alojam os pontos vitais, assim como o horário em que se concentra o máximo nível de energia dos órgãos vitais. É muito importante destacar que este treino deve ser guiado por um mestre especialista e conhecedor do Dim-Mak, quer dizer, que o tenha praticado. Caso contrário, esta técnica pode magoar o praticante de artes marciais tanto externa como internamente. Da mesma maneira, o mestre que ensine o treino Dim-Mak deve ter conhecimentos de medicina dit ta jow, com a qual poder curar e manter-se saudável. O dit ta jow em unguento, só se aplicará externamente, para curar músculos, tendões, inflamação das articulações, batimentos, etc.


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Choy Li Fut “Quando praticar Choy li Fut não mostre a outros as suas habilidades sem considerar a quem o faz, posto que pode causar problemas tanto a si próprio como a outros. Se julgar que uma pessoa é boa por natureza, então poderá transmitir o seu conhecimento”


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Se o mal provocado na prática do Dim-Mak for interno, a sensação que se sentirá será como de enjoo, inclusivamente poderia chegar-se a vomitar; isto significa que se quebrou o chi e o treino deve parar. Neste caso, o dit ta jow se aplica internamente tomado em cápsulas ou também o remédio dissolvido em chá No Choy Li Fut, à simples vista se pode ver este tipo de técnica. Existem umas formas específicas para estes batimentos. Podemos enumerar várias formas em que se utilizam de maneira continuada os batimentos Dim-Mak, por exemplo: O Punho do Bêbado, também conhecido como o Punho do Fénix Dourado. A forma do Grou. A forma da Serpente A Palma de Buda, etc. Os batimentos dim-mak mais conhecidos do Choy Li Fut, podem ser divididos em dois grupos, batimentos de palma ou mão aberta e batimentos de punho fechado. Dos batimentos de palma podemos destacar: jing-ji, tweijeung, dan-lan, dat-jeung, kup-jeung, pak-jeung, gongjeung, chan-jeung. Dos batimentos de punho fechado temos: pek-choe, chinan-choe, yum-tsop, chor-choe, pinchoe, hok-ji, etc. Os batimentos de palma ou mão aberta têm de ser treinados na assim chamada “mesa da palma de ferro”, que pode ser feita com uma base de madeira de carvalho ou de uma prancha de pedra. Sobre a base se põem uns sacos cheios de bagos duros e secos (também se pode utilizar grão de bico, por exemplo). Quando se vai avançando no treino vai mudando o recheio do saco; antigamente se punham limalhas de ferro, mas actualmente não se utilizam porque o pó que o ferro larga com os batimentos, é tóxico. Por isto, os antigos mestres usavam um lenço para tapar o nariz e a boca. De facto, muitos destes mestres marciais sofriam do pulmão. No meu treino pessoal eu opto por rechear o saco com seixos rodados ou também com as pedras que se vendem para os aquários (em qualquer caso têm que de ser bem lavadas, para que não largarem pó). No caso dos batimentos de punho, que é um treino mais avançado e preciso, se utilizam os chingjong ou bonecos de madeira. Existem no Choy Li Fut uns ching-jong específicos para este tipo de treino. Uma vez superados estes dois treinos, o mestre deve ensinar os pontos vitais onde bater. Dependendo de onde se bate, se podem conseguir diferentes reacções. Batendo

em determinados pontos vitais se podem paralisar diferentes partes do corpo: braços, pernas, articulações… Com outros pontos pelo contrário a pessoa que recebe o batimento “fica muda”, de respiração cortada e chega a perder os sentidos. O terceiro tipo de batimento seria o que afecta directamente um órgão vital, causando graves lesões e hemorragias internas (possivelmente até mesmo a morte). Por este motivo só se ensinavam a pouquíssimos alunos e nos nossos dias o que se ensina é onde não se pode bater para não causar um mal maior, mas não se ensina o treino. O ensino é uma das maiores virtudes; devemos de o treinar, trabalhar, cuidar e finalmente oferece-lo. Jie-Gao

O ESTILO DO “BÊBADO” NO CHOY LI FUT O Salgueiro que o Vento assopra Fung Bai Lau O estilo do bêbado é único, não é uma parte do Choy Li Fut e tem as suas origens em duas tradições, a Budista e a Taoista. Posteriormente, os diferentes estilos de Kung Fu a foram desenvolvendo e estabelecendo diferenças, por exemplo, o estilo do bêbado dos sistemas do sul, além de requerer uma grande técnica, devem acompanhar esta forma com a expressão do rosto. As duas tradições, Budista e Taoísta permanecem no tempo com duas formas, a forma do Buda Bêbado e a forma dos Oito Imortais Bêbados. A Forma do Buda Bêbado ou Jiu Lohan Kuen, é a principal e uma das mais secretamente guardadas pelos antigos Mestres, por causa do alto poder mortífero que proporcionava aos seus executores. Também se denomina Forma do Olho do Fénix do Bêbado ou Forma do Punho Bêbado. O nome vem-lhe dado pelo golpe que mais se utiliza, o “punho de olho do fénix”. Este punho se forma a partir da mão em posição de segurar uma taça de vinho. No momento preciso de bater, ela se fecha em um apertado punho, deixando sobressair o nó do dedo indicador, que é precisamente o ponto de choque. O objectivo são 36 pontos vitais (ou de pressão) no corpo do inimigo, que se dividem em quatro grupos consoante a incidência. O primeiro grupo são pontos nos que se bate para matar. Com os do segundo grupo se paralisa o oponente. Os do terceiro grupo se causa desmaio e nos restantes nove pontos vitais, se consegue que o inimigo perca temporalmente, a capacidade falar. Na forma se aprecia um bêbado aos tombos, que numa mão segura numa taça imaginária, enquanto na outra mão faz como que leva uma botija ou uma cabaça cheia de vinho.


Choy Li Fut Na sua aplicação marcial, o movimento da mão que leva a botija é, na realidade, um agarre que deixa sem movilidade, para assim poder estar muito perto do adversário, com certa segurança, enquanto com a outra mão, em punho de olho do fénix, lhe bate com precisão em um ponto vital. A forma do Bêbado do Choy Li Fut, inclui as seguintes tácticas: movimentos de bebida, que são técnicas de punho e bloqueios; acção da cintura, desenhada para fazer pensar aos oponentes, que os lutadores bêbados perderam o equilíbrio e são vulneráveis, enquanto que à hora da verdade, lhe servem para mudar constantemente a guarda e imprimir maior potência no golpe. Um trabalho

de pés que dá a entender um contínuo estado instável, mas que pelo contrário, proporcione um método solto e fluido de mover-se; e quedas ao chão, que na realidade são técnicas de esquivar ou de atacar. Esta é uma forma dura (externa) e suave (interna), ao mesmo tempo. Se deve estar muito relaxado e fluido, e a potência interna do golpe se imprime justamente no momento de fazer contacto com o objectivo imaginário. A cintura gira constantemente, sem nenhum género de tensão e os pés se movem como o sobreiro que o vento assopra (Fung Bai Lau), de uma m a n e i a r v i v a z e re l a x a d a . A f a c e t a e x t e r n a s e concentra acima de tudo, no treino do punho de olho


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“O estilo do bêbado é único, não é uma parte do Choy Li Fut e tem as suas origens em duas tradições, a Budista e a Taoista. Posteriormente, os diferentes estilos de Kung Fu a foram desenvolvendo e estabelecendo diferenças”


Choy Li Fut de Fénix, que exige várias e duras disciplinas de fortalecimento. As posições do Bêbado devem ser executadas com a maior naturalidade possível e o praticante deve manter relaxado todo o corpo. As posições nunca devem ser exageradas, demasiadamente destacadas ou resultarem excessivamente artificiais, pois poderiam parecer forçadas e mesmo sem jeito. O conjunto de movimentos não deve executar-se a uma velocidade uniforme. Há momentos em que se reduz o ritmo, outros em que se faz uma pausa e ainda em outros, se acelera. A mais alta execução do estilo do Bêbado no Choy Li Fut, se consegue quando o artista marcial realiza todos os movimentos de uma maneira livre

e natural, interiorizando o papel que representa e sem estar limitado por forma alguma ou por esquemas fixos do movimento corporal. O que nunca serão diferentes são a aplicação marcial das técnicas e o poder interno que se chega a aplicar, escondidos subtilmente sob as formas, e que são fruto de muitos treinos. O que se conclui com claridade, de todos eles, é que a forma não será nunca uma representação teatral, mais ou menos cómica, das aventuras de um bêbado. O artista marcial já pratica dura e longamente para conseguir que as aplicações de luta pareçam incontroladas e espontâneas. Mas a eficácia deste jogo de enganos, consta precisamente em fazer o adversário confiar e em lhe ocultar a possibilidade de um golpe mortal a um ponto de pressão, a proximidade de um agarre que o desequilibre ou o deixe sem movimento, ou ainda, a possibilidade de uma


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Choy Li Fut pressão com os dedos índice e polegar sobre alguns nervos especialmente sensíveis. O estilo do Bêbado pertence a esse grupo de formas conhecidas como formas perdidas, quer dizer, técnicas que por seus possíveis efeitos mortais, deviam ser transmitidas apenas a uns poucos alunos os que se tiver depositada muita confiança. E não só os ensinavam a bater como também eram instruídos nas técnicas tradicionais chinesas de cura interna e externa, para cada um dos pontos vitais. Por este motivo,

em muitas escolas de Kung Fu não se ensinaram e chegaram a desaparecer. No entanto, no estilo Choy Li Fut se continuam transmitindo a uns pouquíssimos estudantes e são consideradas formas avançadas. “Quando praticar Choy li Fut não mostre a outros as suas habilidades sem considerar a quem o faz, posto que pode causar problemas tanto a si próprio como a outros. Se julgar que uma pessoa é boa por natureza, então poderá transmitir o seu conhecimento”. Chan Heung Mestre Fundador do Choy Li Fut

Jie-GaoPedro Rico Escuela Shaolin Choy Li Fut c/ Bélgica nº 11 local 976533296 Zaragoza http://shaolinchoylifut.blogspot.com.es


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Pontos Vitais

Autêntico Kyusho Conexão Uechi, Goju Conexão Têm sido mais de duas décadas de pesquisa, investigação e desenvolvimento do Kyusho, com o Pangainon (mais conhecido como Naha, estilo Uechi Ryu). O nome se traduz como “meio duro, meio suave”. O trabalho neste projecto em marcha e a paixão ou a admitida adição, não só tem favor ecido um habilidade muito mais evoluída e uma maior capacidade didáctica do Kyusho, como também poder encontrar as relativas relações importantes entre o antigo Bubishi e uma das raízes do próprio Kyusho. O antigo Bubishi (acerca do qual venho publicando muito nos últimos dois ou três anos), me levaram à conclusão de que existe uma raiz principal no Pangainoon / Uechi (Sistema de 3 animais, o Grou, o Tigre e o Dragão do Templo chinês de Shaolin do Sul) quando estudo profundamente a essência dos seus quatro Katas principais (sequências de luta). Os Katas principais que estudamos inicialmente, foram: Sanchin, Seisan, Sanseiru e Suparempi. O Suparempi é muito discutido neste estilo, por muitos não aceitarem plenamente, que é o quarto Kata. No entanto, o núcleo comum revelado pelo Sanchin, Seisan e Sanseiru, apontam ao Supar empi como um peça ainda mais avançada e interdependente do sistema Pangainoon.



Evan Pantazi

Sanchin não só é o método "Camisa de Ferro" - a força e o treino relativo ao controlo da respiração, o treino das mãos (os 6 Ji Mãos do antiga Bubishi), são constituintes integrais e uma plataforma de base, da qual a Arte avança e se completa o sistema circular de treino. Vamos concentrar-nos nestas mãos, que à diferença de todos os outros constituintes do treino, permitem ao profissional ter acesso ao Kyusho como princípio do ataque primário. Desta maneira, no início do treino Marcial neste sistema, o novato trabalha principalmente com as posições de mãos "Osso de ferro", "Garra de ferro" e "Espada de ferro". Quando já se domina o treino de base do Sanchin, cada Kata que se segue, adiciona novas posições das mãos, assim como os usos adicionais das mãos, que se praticam no Sanchin. Como exemplo, o seguinte Kata, Seisan, que desenvolve a força e usos das mãos já aprendidos, posto que proporciona mais profundidade e capacidade no Sanchin, assim como também no Sanseiru e Suparempi. Conforme se avança no treino do Seisan, o praticante trabalha mais intensamente com o golpe Mão do Osso de Ferro, posto que soma os constituintes de agarrar e desgarrar. A adição e a aplicação do "Filamento de erva" (que se transformou em Shoken) para bater, se treina no acondicionamento, assim como a aplicação. Outro avance durante as primeiras etapas de aprendizagem do Seisan, é a incorporação da "Escudela de sangue" para bater, agarrar e desgarrar. Um vez que a mão Escudela de sangue se desenvolve com as três capacidades, então pode integrar-se de novo no Sanchin, por um dos métodos posicionais mais importantes. As outras ferramentas que podem reintegrar-se no Sanchin, é o novo desenvolvimento da mão “Filamento de Erva”, desta vez não como Shoken, antes sim como a posição original da mão. O seguinte Kata que se treina é o Sanseiru. Este Kata parte das habilidades surpreendentes y mais avançadas do Shoken, mas agora se treina com os aspectos de agarre do novo desenvolvimento do Shoken e o ulterior desenvolvimento do resto das mãos, como o "Osso de Ferro", “Espada de Ferro" e "Mão tigela de sangue", se usam para agarrar, bater e desgarrar nos métodos mais fluidos e dinâmicos. O Sanseiru também treina as aplicações da dupla mão, para alcançar uma habilidade superior e um processo de aplicação que o faz o mais básico Sanchin e Seisan. O Suparempi promove a adaptabilidade e a força com o agarre do Shoken e o desenvolvimento mais específico da "Garra de Ferro" e outras mãos, mas o avance mais

O

“A maioria da gente, quando começa no Kyusho, tem dificuldade para conseguir os mesmos resultados que vemos quando praticam os profissionais mais experientes. O motivo está na execução do golpe e a transferência de choque nos níveis e nas estruturas vitais mais profundas”


Pontos Vitais “O Sanchin não é só o método "Camisa de Ferro". A força e o treino em relação com o controlo da respiração, o treino das mãos (os 6 Ji Mãos da antiga Bubishi), são constituintes integrais e uma plataforma de base, da qual o Arte avança e se completa o sistema circular de treino”


Evan Pantazi

notável é o uso da "Palma de Ferro". Esta é a última, a mais avançada e a arma mais difícil de treinar correctamente. Conforme se vão desenvolvendo estas duas últimas mãos, de novo, também se podem adicionar no Sanchin, Seisan e Sanseiru. Esta é a cúspide das formas dos sistemas, que com o desenvolver da "Palma de Ferro", modifica para sempre a utilização de todas as mãos anteriores, em todas as suas formas e aplicações. Isto é só um breve resumo do processo de treino do Kyusho, utilizando o Bubishi, que são 6 Ji As mãos e as posições ou Kata, do sistema Pangainoon / Uechi.

Introdução do Goju A primeira similitude com o Pangainoon / Uechi, está no nome dos estilos Goju (que se traduz como Duro-Suave), posto ser a essência da qual fala o antigo Bubishi. Também compartilham a mesma base do Kata Sanchin, Seisan, Sanseiru e Suparempi. No entanto, também há mais do que um único Kata de Goju. Este estilo (Naha) de Karate, também insiste em destacar as posições das mãos do Bubishi, mas estas têm sido alteradas e/ou silenciadas com o tempo. Para compreendermos isto, vejamos um Kata único do estilo Goju, chamado "Tensho" (Palmas giratórias - que poderia implicar Mãos rotatórias). O Kata Tensho deriva da forma chinesa do Grou Branco Fujian de "Rokkishu" (ou seja, das 6 mãos), criado por Chogun Miyagi, o fundador do Goju. À diferença do Sanchin, que é quase que idêntico a seu homólogo chinês, o Tensho é exclusivo do Karate de Okinawa. Rokkishu se traduz literalmente como “Das 6 mãos” e as mãos são as mais exigentes que encontramos no antigo "Bubishi". Actualmente, muitas versões ensinam estas mãos ligeiramente modificadas, o que é bom para os exercícios de treino do bunkai tradicional. Não obstante, com uma ligeira modificação das posições da mão, sim podemos ver que as mãos marciais mais potentes, se podem restaurar facilmente. Agora bem, se o praticante desenvolver seu "Kakie" - que é similar ao empurrão de mãos chinês ou Wing Chun Chi Sao nas suas habilidades de combate na curta distância, aumentará muito a sua sensibilidade à força de oposição e seu controlo. Também serve como um maneira treinar os braços, o equilíbrio e a força corporal. O Tensho foi desenhado para começar onde terminou o Sanchin... ou como o Yin do Yang (ainda que algumas formas de Sanchin contêm ambos conceitos e as 6 mãos Ji). Esta fórmula foi desenhada como uma visão mais suave, em comparação com a prática tradicional de Sanchin duro. No Goju, os padrões da respiração também são diferentes e mais naturais, em vez de desenhados ou controlados. Por tanto, o Tensho pode ser treinado como o método interno e o Sanchin como o constituinte externo.

“Se o praticante desenvolver seu "Kakie" que é similar ao empurrão de mãos chinês ou Wing Chun Chi Sao - nas suas habilidades de combate na curta distância, aumentará muito a sua sensibilidade à força de oposição e seu controlo. Também serve como um maneira treinar os braços, o equilíbrio e a força corporal”


Pontos Vitais “O Kata Tensho se deriva da forma chinesa do Grou Branca Fujian de "Rokkishu" (quer dizer, das 6 mãos), criado pelo Fundador do Goju, Chogun Miyagi. À diferença do Sanchin, que é quase idêntico ao seu homólogo chinês, o Tensho é exclusivo do Karate de Okinawa”


Evan Pantazi

Ambos, Kata Sanchin e Tensho, mas principalmente o Tensho, se denominam "Heishu" (fechado). O termo "Heishu" se traduz como "fechado" e serve para um maior domínio interno as contracções musculares, uma dura e uma mais suave. Estas práticas desenvolvem a restrição e a direcção das energias (força da transferência), utilizando o corpo, tanto superficialmente como no padrão cerebral profundo, consciente e inconsciente e na função fisiológica. O Kata Goju é conhecido como "Kaishu" (aberto), por ser executado com uma contracção muscular constante e uma respiração menos controlada (que é mais natural ou normal).

Conexão com o Kyusho O benefício que o Kyusho tem com esta forma, é profundo, posto que utiliza as mãos exigentes do antigo Bubishi, que foram desenhadas para atacar os objectivos vitais mais profundos no corpo humano. As mãos executam de um maneira solta, com rotações do pulso bruscas e repentinas, o girando. A maioria das pessoas, quando começam no Kyusho, tem dificuldades para conseguir os mesmos resultados que vemos quando praticam os profissionais mais experientes. O motivo está na execução do golpe e na transferência de choque nos níveis e as estruturas vitais mais profundos. Também utilizam uma rotação ou torção que não só retorce a capas supra jacente e últimas de protecção, como também se estendem os objectivos vitais, para serem vulneráveis. Como exemplo: um nervo esticado é mais sensível que um relaxado, pelo que o choque resultante será maior no sistema nervoso. O mesmo sucede com as estruturas vasculares dos vasos capilares, veias e artérias, que quando esticadas se tornam se tornam muito mais frágeis e diminui a capacidade da corrente sanguínea. Conforme continuamos a investigação profunda sobre o Kyusho, invariavelmente entramos em contacto com a todos os estilos e Artes de combate mais antigos, como o Judo, Tai Chi, estilos de Jujitsu, todos os do Karate, Aikido e outras Artes. O aspecto mais difícil do Kyusho é convencer as pessoas que vai com seu próprio estilo e poderia surgir de novo.

“Conforme continuamos a investigação profunda acerca do Kyusho, invariavelmente entramos em contacto com todos os estilos e Artes de combate mais antigas”


Pontos Vitais






















Os Shizen surgiram como cultura própria, durante os Séculos de XII a XIV, na lha de Hokkaido, no Japão. Em 4 aldeias y seus arredores e fruto da confluência de povos rebeldes à invasão dos Yamato, desenvolveram uma cultura rica, única e peculiar, que sobreviveu até os nossos dias e que encerra muitos dos conhecimentos que depois passariam à cultura japonesa, como os seus conhecimentos acerca das energias conhecidas como Tengu. Guardaram até os nossos dias o seu próprio idioma e os seus conhecimentos, passando-os de Mestre a aluno e constituem em culturas tão antigas, um caso único de resistência à aculturação. Estudar as sua raízes é entrar em contacto com um Universo de conhecimentos de raiz pura, inseridos na cultura do Japão, que abrirá aos amantes da autenticidade, uma maior via de compreensão das suas tradições.


Cursos por vídeo-conferência, acerca da sabedoria de um dos povos mais antigos do Japão profundo. 1) Introdução à cultura Shizen. 2) Filosofia, Psicologia e Cosmogonia de Tengu. 3) As Artes do conhecimento das energias. 4) Introdução ao e-bunto (“A grande força”). 5) As Artes curativas dos Shizen. 6) Os caminhos da “força” 7) Sociologia: A organização social e jerárquica dos Shizen. 8) Um idioma, um povo. O Shizengo. 9) Xamanismo japonês.








“Para as actividades típicas Yamabushi, como os ritos Goma, nos quais em honra de Fudo Myoo se acende fogo, para caminhar descalço sobre brasas, e alem disto, se escalam altos rochedos sem precauções de segurança”


O Caminho do Guerreiro das Montanhas Yamabushi O ascetismo da montanha Shuguendo, era um dos segredos melhor guardados do Japão, principalmente devido a que ter pr oibido pelos ideólogos de Meiji, em 1872 e não ser legalizado de novo até 1942. Essa sobrevivência testemunha bem a sua robustez e como o Culto à Montanha está profundamente arraigado na maneira de ser japonesa. Quando visitamos a povoação japonesa de Dorogawa, perto da montanha santa "Omine", para explorar o Shugendo, conhecemos o monge austríaco Yamabushi Christian Grübl, que nestes lugares é muito famoso por suas conquistas. Tivemos ocasião de entrevistar o Sensei Christian Gruebl, que é fora do Japão, um dos pioneiros desta antiga tradição.



Shugendo

Cinturão Negro: Como chegou a praticar uma actividade tão japonesa, num país como a Áustria? Christian Grübl: Quando era criança comecei a treinar Artes Marciais e a estudar Ninjutsu Karate, que se tornou uma parte do meu dia-a-dia. Quando se observa a Arte do Shinobi, habitualmente conhecido como Ninjutsu, se descobre o Shuguendo. Os Ninjas usam a roupas dos monges como camuflagem, quando se trata de se infiltrarem no que se chama o Hensojutsu. As práticas de Kuji-in e Kuji-kiri frequentemente aparecem em filmes de Hollywood, onde Ninjas realizam feitiços mágicos e depois se desvanecem. Isto é completamente

errado. Estas são práticas típicas do Shuguendo. Faz uns 12 anos intensifiquei os meus estudos e me tornei estudante do monge francês Mikkyo. Casualmente encontrei no norte do Japão, um mestre de Shuguendo, que dirigia um pequeno grupo de Yamabushis e me tornei seu aluno. A partir de então, todos os anos viajei ao Japão, para explorar e aprender diferentes ritos, como as "Cerimónias Goma do fogo", "Meditação debaixo da Cascada, Takigyo" e vários mais. C.N.: Qual é o significado de Shuguendo e como é a vida do diaa-dia de um "Yamabushi"? C.G.: O Shuguendo é uma religião sincrética - o que significa que é uma

mistura do culto antigo japonês, o shintoismo, que venera à natureza com todos os seus deuses e demónios, e o Budismo. O nosso caminho se refere a Vajrayana, onde adoramos uma das nossas principais Deidades, Fudo Myoo. É possível vê-lo como um avatar que nos leva ao nosso alto rendimento físico. Por exemplo, tratamos de encontrar a Iluminação através do Kaihogyo e purificar o nosso pensamento. Kaihogya deve entender-se como longas mas rápidas caminhadas na montanha, onde se recitam diferentes mantras e sutras e isto pode levar até 14 horas. Frequentemente se sobem mais de 40 quilómetros. O Okugake



Shugendo pilgramage se realiza com privações de sono e de alimentos e com distâncias de 210 quilómetros através das montanhas de Yoshino de Kumano. O objectivo de muitas práticas ascéticas é limpar e fortalecer os sentidos e aperfeiçoar a união entre cada um de nós e a natureza. Muitas práticas constam de orações antigas e o seu conteúdo mágico é mantido em segredo, para ser transmitido só de Mestre para aluno. O Yamabushi criou uma confederação menos exigente mas muito bem organizada, de monges e irmãos laicos, que também vivem vidas em família normais. Os ascetas da montanha são reconhecidos pela sua maneira de vestir de monges díscolos, que se caracteriza pelo chapéu inclinado sobre a testa. Muitos também usam uma estola com pompons e um chifre de concha, o que os fazem diferentes. C.N.: Nos falou dos ritos mágicos. Isso tem alguma cosa a ver com o ninja japonês? C.G.: A maioria dos ritos têm um aspecto físico e atlético. É para superar o medo, as does e o esgotamento físico acima de tudo para explorar seus limites físicos. Em Nishi Nozoki, por exemplo, se tem uma corda em volta do corpo, segura por dois homens, e se está pendurado de boca para baixo, flutuando sobre um precipício de 300 metros de altura, para exercer arrependimento. Assim como a meditação na cascada, este também é um exercício esgotante. Para as actividades típicas Yamabushi, como os ritos Goma, em honra de Fudo Myoo se acende fogo para poder passar descalços sobre as brasas e também se escalam rochas muito altas, sem precauções de segurança. Por tudo isto, não é de estranhar que em tempos históricos, se considera-se que o Yamabushi era similar em suas formas, ao Yogui da Índia, dos quais se dizia estavam em posse de habilidades paranormais, como por exemplo, voar. Os demónios míticos Tengu, que estão presentes na maneira de vestir do

“O objectivo de muitas práticas ascéticas é limpar e fortalecer os sentidos e aperfeiçoar a união entre nós e a natureza”



Shugendo

Yamabushi, também contribuiu para alimentar esta crença. A atitude ambivalente dos Tengu, que no conjunto das lendas têm sido vistos não só como seres sinistros, mas também como espadachins valentes, mostra a atitude tradicional de tratar um Yamabushi. Por um lado têm sido temidos por suas habilidades mágicas, mas também têm sido úteis como guias de montanha e guerreiros de elite, em tempos de guerra. Não existem na actualidade muitos estilos de Artes Marciais com influencia do Shuguendo.

O Ninja e o Samurái utilizam o Kuji para alcançar mais rapidamente certos objectivos. A meditação debaixo a cascada se tem utilizado no Karate e no Aikido, para treinar a fortaleza física. C.N.: O que significa exactamente a meditação debaixo da cascada e por que motivo se faz? C.G.: A meditação debaixo da cascada fria é uma prática típica japonesa, para focalizar e controlar o pensamento e a vontade. Takigyo significa estar debaixo da cascada.

Só através da prática continuada, longa e dura, somos capazes de nos adaptarmos às condições e consegui o domínio desta prática sagrada de meditar debaixo da cascada. O maior desafio é resistir a pressão e o frio da água. Só um bom professor poderá fazer uma demonstração passo por passo, antes de podermos realizar o exercício. Caso contrário, podemos sofrer uma apoplexia pela contracção dos vasos sanguíneos. Se necessitam anos e uma prática extensa para aprender toda a amplidão do Takigyo, onde nos


vemos a nós mesmos como a deidade Fudo Myo debaixo da cascada. Em certo modo, se tomam principalmente as habilidades de Fudo Myo, para criar a sua própria matriz. Cada cascada tem seu próprio carácter e o Takigyo é uma comunhão com a natureza. Cada escola Shuguendo no Japão, tem diferentes técnicas e tradições em suas orações e práticas. Muitas escolas estão mais orientadas para o Shinto, outras para o Shingon ou o Tendai, mas a base é a mesma em todas e cada uma delas.

C.N.: Quais as Artes Marciais tem treinado e quais ensina na Áustria? C.G.: Quando era criança, desejei aprender a defender-me, por ter sido importunado na escola. Comecei com Judo e Karate, mas estas escolas estavam mais orientadas à competição que não ao ensino de habilidades. Comecei com o Ninjutsu japonês com de 16 anos de idade, e com o Ninjutsu fiquei e consegui o meu primeiro cinturão negro. Depois estive viajando e unos depois, resolvi abrir meu próprio dojo.


Shugendo

Comecei a ensinar com 24 anos e durante 16 anos mantive um florescente dojo perto da cidade de Viena, Áustria. Cedo comecei a treinar Karate, Kyokushinkai full contact, Byakurenkai e estive em muitos dojos no Japão, onde conheci muita gente agradável. Através da minha formação em Ninjutsu, também practiquei Owari Yagyu Ryu Shinkage, até Shodun, mas durante os últimos anos mudei para Katori Shinto Ryu, sob a tutela de Risuke Otake. Através do Ninjutsu conheci o Shuguendo e me tor nei um estudante de Sylvain Guintard, que mora na França e é

Yamabushi de Shogoin. Me ensinou os fundamentos do Shuguendo e da Arte do Masaki Ryu, que ensina o uso da corrente curta, chamada Manriki Kusari. Guintard tem sido um aluno directo de Nawa Yumio, o último mestre desta tradição. Finalizei minha ensinança faz dois anos. Agora treino a sós, com excepção de dar alguns seminários na Europa. Para aqueles interessados em aprender mais acerca do Shuguendo, podem encontrar fotografias e material de vídeo em: www.shugendo-austria.org



Shugendo “Cada escola Shuguendo no Japão, tem diferentes técnicas e tradições em suas orações e práticas”








RAÚL GUTIÉRREZ LÓPEZ, 9º DAN Kosho-Ryu Kenpo y 10º DanFu-Shih Kenpo www.raulgutierrezfushihkenpo.com www.feamsuska.com rgutkenpo@hotmail.com Teléfono: (0034) 670818199 Sensei Luis Vidaechea Benito Cinturón Negro 3º Dan Fu Shih Kenpo Delegado FEAM en Castilla y León Templo Segoviano de Fu-Shih Kenpo Pabellón Pedro Delgado - Segovia Tel.: 622 263 860 mailto: sensei.luis@cylam.es http://www.cylam.es/ Maestro Peter Grusdat, 8º Dan Wing Tsun Director General Departamento de Wing Tsun FEAM wtacademycanarias.com/es/sifu-grusdat Facebook: Sifu Peter Grusdat Email: inf@wtacademycanarias.com Las Palmas de Gran Canaria - ESPAÑA Teléfono: (00 34) 618 455 858 - 637 344 082 Informate de nuestros Cursos de Formación de Monitores Para ejercer a nivel nacional e internacional Avalados por FEAM CLUBE ESCOLA DE DEFENSA PERSOAL José Rodríguez López Fundador Hand Krav Fu System Instructor Nacional Defensa Personal Policial IPSA Escuela Defensa Personal y Policial de As Pontes Lg Petouto - Ribadeume 15320 As Pontes, A Coruña Tel: 670 770 004 escuela@handkravfu.es - www.handkravfu.es Francisco Javier Martin Rubio, C.N. 4º DAN de Karate Shotokan CD A.M. c/ Poligono de la Estacion, Parcela 15, Nave 21 Olmedo - Valladolid Teléfono: 665810990 Email: gimnasiolmedo@hotmail.com Sifu Jeroni Oliva Plans, Director Nacional del Departamento de TAI CHI CHUAN y CHI KUNG SIFU 3º Grado de Tai Chi Chuan y Chi Kung Terapeuta Manual Tel.: +34 659 804 820 E-mail: jopsanestudi@gmail.com C/València, 345, Barcelona C/Indústria, 110, Malgrat de Mar Maestro Martín Luna Director internacional Krav Maga Kapap FEAM Instructor policial/militar IPSA Seguridad y escoltas /vip protección Representante IPSA y FEAM Canarias Maestro Cinturón Negro 5º dan Fu-Shih Kenpo Instructor kick Boxing / K-1/Full Contact Tel: 671 51 27 46.martin75kenpo@hotmail.com


Martín García Muñoz Maestro Internacional 8º Dan Instructor Internacional, IPSA Instructor Internacional Tae-Kwon-Do ITF Vice-Presidente Federación Andaluza Tae-Kwon-Do ITF Director de Operaciones y Coordinador de IPSA para España Gimnasio Triunfo (Granada) Teléfono 607 832 851 opencleanmotril@hotmail.com Maestro Antonio Guerrero Torres C.N. 5º Dan Fu-Shih Kenpo Representante “Asociación Fu-Shih Kenpo”, AFK para Andalucía Teléfono: 678 449 585 Email: afkenpo@gmail.com Luis Díaz Estay, Maestro Internacional de Kick-Boxing y Full-Contact 6º Dan, Creador del Stay Fitness System, SFS, Instructor Policial, Defensa Personal y Muay Thai. Villanueva de la Cañada – Madrid Teléfono: 639 505 217 – luisdiazestay@hotmail.com Sensei Mario P. del Fresno C.N. 3er Dan Fu-Shih Kenpo Representante F.E.A.M. Madrid Centro Entrenamiento Profesional Box Everlast www.boxeverlast.es Club de artes marciales 78 www.artesmarciales78.com Gimnasio In Time MMA. www.intimemmamadrid.es Teléfono: 658 016 688 mario.fushihkenpo@gmail.com Maestro Luis Pedro Rojas Torres, 7º Dan Fu-Shih Kenpo, Instructor Internacional de Defensa Personal Policial, IPSA – Centro de Osteopatía y Terapias Naturales. Calle Industria 110, 08.380 Malgrat de Mar, Barcelona Tel: 937 654 598.kitorojas8@hotmail.com Instructor Krzysztof Adamczyk Instructor Nacional para Polonia y Noruega. Grinnisvegen 611 ,7236 Hovin i Gauldal ,Noruega fushihkenponorge@gmail.com 0047 92520150 fushihkenpopolska@gmail.com 0048 783474760


Especialistas Como aumentar a efectividade nas Técnicas As diferentes manifestações de violência que dia a dia se sucedem ao longo do Planeta, constituem uma realidade actual inegável. Por diversos motivos e sob as mais variadas circunstâncias, os seres humanos enfrentam uma crescente e alarmante frequência da violência, nas suas múltiplas expressões. Já não se trata de uma realidade que se circunscreva quase com carácter exclusivo a um profissional da lei. Nos dias de hoje constitui uma possibilidade com ampla margem de manifestação na vida de qualquer ser humano. No exer cício do nosso trabalho q u ot i d i a n o, p od e m os ob s e r v a r e confirmar uma posição privilegiada, o que funciona e o que não funciona frente a um/uns indivíduo/s decidido/s (na sua maioria) a chegar até as últimas consequências nas suas funestas acções. Frente a isto, não há lugar para brincadeiras, nem para técnicas pensadas para o Marketing. É preciso saber diferenciar a origem da metodologia que propõe e apresenta uma Arte ou Sistema. Infelizmente, acontece com excessiva frequência o caso do jovem ou do polícia assassinado com punhaladas ou morto com disparos, fruto da sua resistência perante uma conflituosa situação. Resistência esta que teve a sua origem nos "infalíveis conselhos" e "técnicas reais" do respectivo Mestre ou Instrutor. Por favor, sejamos sérios, muitas vidas podem depender disso.


Kempo


Especialistas Metodologia: A chave da eficácia Ponto Básico e de Referência para observar a real eficácia através do Corpo Técnico de um sistema de combate, a metodologia resulta da soma das Teorias e Princípios regentes de uma Arte ou Sistema, representando a "alma" do mesmo. É o que determina não só o "como", o "quando", e o "onde" das nossas acções, como também o "porquê" das mesmas. Chegado a este ponto, devemos parar para considerar o seguinte postulado: Nenhuma técnica específica no Kokkar Special Combat System (K.S.C.S.), "técnica standard", pode permanecer inalterável na

sua execução e preservar ao mesmo tempo níveis óptimos de eficácia real. Vejamos um exemplo: o golpe de punho cruzado (o Cross de Boxe ou o Gyaku Tsuki do Karaté Japonês). É repetido milhares de vezes nos treinos, é executado contra o ar


Kempo (trabalho técnico de sombra), contra sacos de diversos pesos e tamanhos (trabalho de potência e/ou velocidade), contra makiwara (trabalho de acondicionamento), etc. São realçados e têm prioridade os atributos físicos inerentes à sua execução: • Velocidade, • Potência (em estreita relação com o ponto anterior), • Alinhamento ósseo/muscular óptimo e específico para fixar a linha ou trajectória de impacto,

• Base de absorção referida à onda de retroacção; etc. Quer dizer, o objectivo do treino clássico é polir todos os factores físicos que permitam obter o máximo potencial de execução técnica. E isto é correcto, não é verdade? Mas nem sempre. Se observarmos com atenção este processo, veremos que desta forma "treinamos" apenas a técnica, não conseguimos "conhecer" a sua essência intrínseca, razão de ser ou fundamento. E sem este conhecimento, a tão necessária fusão entre a técnica e o indivíduo (que de facto é quem opera) resulta impossível, impedindo, portanto, a expressão total.



Kempo

Para alcançar a máxima eficácia na execução de qualquer técnica determinada, é imprescindível analisar as seguintes questões: • Em que casos se pode aplicar esta técnica? • Foi concebida para o treino contra um adversário ou pelo contrário, contra múltiplos atacantes? • Trata-se de uma técnica resoluta? De abertura? De evasão? De distracção? • Resulta eficaz contra um adversário de 60kg? E contra um de 110kg? • Resulta aplicável frente a um adversário agressivo e decidido? • Mantém a eficácia na dinâmica real (avançando, retrocedendo, girando)? • Qual é a sua linha original ou trajectória de percurso? Para a frente? Para trás? Para os lados? • Pode ser alterada a dita trajectória preservando a eficácia original? Em que medida?


Especialistas Uma vez realizada esta análise poderás conhecer a essência do movimento que executas e então expressar-te, eventualmente, através dele com naturalidade e à vontade.

Fases de aplicação Kokkar Em K.S.C.S., realizamos a análise anteriormente referida, através de três fases ou "filtros" que procedemos a aplicar a qualquer técnica do nosso sistema. Estas fases são: 1) Fase Standard ou Ideal: aqui estuda-se a técnica original, sem variação. Procede-se a analisar a teoria pura e exclusiva que dá origem à técnica; definindo a situação específica de aplicação para a qual foi pensada. 2) Fase de Avaliação: destinada a determinar a viabilidade das conclusões e conhecimentos adquiridos na fase anterior. Aqui submetemos a duros exames o/os postulados que sustentam a técnica original. Resulta revelador observar que basta apenas um simples "o que acontece se…?", para dar origem a toda uma série de variações na aplicação ideal da técnica original. É muito importante pesquisar e experimentar através destas duas fases, para dar aos nossos conhecimentos amplitude, profundidade e aplicabilidade. Em resumo: Máxima Eficácia. 3) Fase de Formulação: constitui a etapa avançada da aprendizagem em K.S.C.S. Está destinada a desenvolver a habilidade individual de cada praticante, para criar uma manifestação técnica espontânea, efectiva e pessoal. Portanto, se levarem a termo as sugestões contidas neste artigo, certamente irão decobrir o potencial oculto que possuem as vossas técnicas, elevando as mesmas a um limiar de eficácia anteriormente não contemplado.

Na Primeira Linha de Combate contra o Crime “Directamente sob as ordens do governo Federal dos Estados Unidos, Omar é um dos especialistas de primeira linha. Ele forma os indivíduos que, como ele, devem enfrentar as situações mais duras no seu treino, para saber resolver situações extremas, como são as dos negociadores. Ele ensina o sistema de Kenpo Kokkar”





Kajukenbo KAJUKENBO LEIS E NORMAS DA ARTE Actualmente, como também acontece com outras artes marciais, o Kajukenbo está perdendo suas tradições, bem por desconhecimento ou bem por formar novos métodos dentro da arte, deixando para trás leis, normas o princípios. Recordemos que a Oração do Kajukenbo - proporcionada por seu Co-Fundador Frank Ordoñez, o último que actualmente continua vivo - se realizava nas escolas de Kajukenbo como norma. Nos nossos dias, em muitas escolas não se realiza, por alguns motivos como crenças religiosas, etc., mas deveria pelo menos ser reconhecido.


“Muitas pessoas pensam que o Kajukenbo é um Sistema focado na Defesa Pessoal, no tudo vale, mas temos umas tradições, leis e normas que devemos de proporcionar nas nossas Escolas e que os alunos devem conhecer, para no futuro serem eles que continuam sus preservação”


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emos como lei a saudação à entrada e à saída do Dojo ou sala de treino, assim como o parar a aula e saudar, quando entra no dojo um Mestre (Sifu, Sigung, Grão Mestre ou SGM). São costumes que não deveriam perder-se, como assim também o significado da saudação no Dojo. Graças a SGM José Ortega, meu Sifu, todas estas tradições e normas continuam no Kajukenbo Kosho Ryu / Advanced Method, onde se trabalha o Método tradicional ou “Emperado Method”. Conforme se avança no treino, continua avançando o Método e a partir de uma categoria mais alta, se continua com o Kajukenbo Kosho Ryu. Tradição e evolução sem perder a nossa identidade! É muito comum ver alunos e Mestres em escolas que não têm em consideração a vestimenta do Quimono/Gi nas diferentes categorias, usando camisetas de cores diversas, assim como o quimono, sem saberem que dependendo do nosso Grau, podemos utilizar umas colores específicas, como o preto, o vermelho e o branco, como se combinou fazer na origem do Kajukenbo. No que respeita aos cintos, também há quem está fazendo mudanças em um aspecto que está muito bem documentado na História do Kajukenbo, em algo típico como é a colocação do cinto e o nó, que tem uma posição específica na arte e que o não sabemos ou não damos importância a estas normas e Leis, alegando que tudo é válido.



Kajukenbo

Voltando ao assunto da camiseta, como devia de ser: vermelha, branca ou preta? Pois temos de dizer que para os alunos até faixa castanha, deve ser vermelha e a de cor preta, para os Cintos Pretos. Com o quimono acontece uma coisa similar. Recordemos que nos começos do Kajukenbo, só o Instrutor/Professor usava o Quimono preto e os estudantes os Quimonos brancos. Depois, isto mudou e ambos portavam a cor preta, o que é característico dos Sistemas de Kenpo. A partir de uma categoria alta, como o 6ºDan Sigung, se podem combinar estas três cores no Quimono . No entanto, cada vez vemos mais gente que não respeita esta Lei! As leis devem ser cumpridas, seja na Nacionalidade que seja. As normas dependem do país e dos costumes, pois não acontece o mesmo nos Estados Unidos que nos países Árabes ou inclusivamente dentro do mesmo continente. As escolas têm que respeitar estas normas e mas sempre que as normas mudarem, deve este facto ter um sentido e explicação, que justifique as ditas mudanças.



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Muitas pessoas sabem que o Kajukenbo é um Sistema que visa a defesa Pessoal, o tudo vale, mas temos unas tradições, leis e normas que devemos de ensinar nas nossas Escolas e que os alunos devem conhecer, para que no futuro sejam eles que continuem sua preservação. Recordemos que um Estilo ou uma Arte, em Okinawa para considerar-se tradicional, deve de ter pelo menos 50 anos de vida e manter seus princípios, katas e treinos, como o Fundador os realizou. Isto não quer dizer que não devamos evoluir, mas sim tudo pelo contrário, pois os tempos mudam, assim como muda a preparação do agressor. Faz de 20 a 50 anos, que o número de pessoas a praticarem uma Arte Marcial ou um Desporto de Combate, era minoritário, mas hoje, tudo mudou e podemos ver milhões de praticantes por todo o mundo. Isto faz que devamos prepararnos para enfrentarmos diferentes tipos de agressão, mas isso não supõe que devamos abandonar as bases do sistema, mas sim que a partir delas, evoluir, como era o desejo de Sijo Adriano Emperado. Se não se mantiverem essas bases comuns, princípios, normas e leis, porque não modifica o nome da nossa arte? Agradeço ao meu Sifu SGM José Ortega (Cherry) por me deixar fazer parte da sua Família Ohana, por me transmitir esses valores e Princípios, assim como por manter as bases e a evolução dentro da arte do Kajukenbo, tendo várias Linhas da “Family Tree”, que respeita e honra em todo momento, dando a cada uma a importância que tem tido na sua evolução. Isto não é uma crítica a ninguém, antes sim que não devemos perder a nossa própria identidade, dentro do mundo das Artes Marciais. Mantenhamos tradição e evolução! Tudo vai de mão dada... Kajukenbo Forever. Aloha & Mahalo.



Kajukenbo


“Se não se mantiverem essas bases comuns, princípios, normas e leis, porque não modificar o nome da arte?”










Êxitos na Malásia O International Martial Arts Research Institute (I.M.A.R.I.), na Malásia, realiza todos os anos, em um determinado fim de semana, vários eventos de diversas categorias, para juntar e honrar as personalidades mais importantes do mundo das artes marciais e da medicina tradicional. Como em anos precedentes, foi também convidado a participar neste evento, o Grão Mestre Martin Sewer. Realmente, para os organizadores era tão importante que ele assistisse que de uma hora para outra, se modificou a data de todos os eventos, para que isso fosse possível e precisamente, não era a primeira vez. Isto deixa ver a importância do Grão Mestre Martin Sewer e da sua escola, no mundo das artes marciais. Os acontecimentos mais importantes, como é natural, estiveram no lugar dos eventos.



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ste ano, a delegação estava constituída, pelo próprio Grão Mestre Martin Sewer, assim como por dois dos seus instrutores, Peter Gasser (director da escola Winterthur) e Alexander Klug (director da escola Zürich). Após um longo voo desde Zürich, chegamos à cidade onde tudo começou para Martin Sewer: Hong Kong! Como sucessor do estilo da lenda do Kung Fu, o Dr. Chiu Chi Ling, Martin Sewer conhece muito bem a cidade. Não é de estranhar que para receber as ensinanças do seu Mestre, tenha viajado até agora a Hong Kong, mais de 40 vezes. Isto faz-se notar também na reacção das pessoas de lá. Martin Sewer foi reconhecido por numerosos admiradores e habitantes da cidade, quando passeava na rua ou dava aulas no parque. Muitas pessoas lhe pediam tirar uma fotografia com ele. O alfaiate que desde faz 20 anos é um seguidor da carreira de sucessos de Martin Sewer, lhe ofereceu por surpresa, uma camisa feita à sua medida. Após uma curta visita á cidade e uma primeira lição para os seus Instrutores, no conhecido Kowloon Park, foi buscar as suas coisas e seguios viagem para Kuching, através de Kuala Lumpur, para o lugar de encontro do evento do I.M.A.R.I. Os responsáveis do evento nos deram as boasvindas, quando nos foram buscar ao aeroporto. Logo que chegamos e ainda vestindo a roupa da noite anterior, se aproveitou a ocasião para cumprimentar caras conhecidas e conhecer outras novas. Como era de esperar, o evento abriu com uma importante alocução do Professor Dr.Song Swee


Hee, Presidente do I.M.A.R.I., que nos anunciou o que nos esperava. Junto com a apresentação da nova edição de um livro, havia coisas importantes na ordem dos dois dias seguintes: Primeiro: A afamada World Top Martial Arts Celebrities Demonstration Match&quot, um torneio de Mestres do melhor que há. Segundo: o “Word Martial Arts Black Belt Hall of Fame”, um pavilhão onde honrar todas as personalidades que assistiriam e seus projectos de vida.

No dia seguinte No dia seguinte à festa de abertura, dava início o Torneio propriamente dito. Para começar, houve uma cerimónia solene de boas-vindas aos representantes e deputados do governo local, cuja presença indica o apoio do governo aos eventos de I.M.A.R.I. Antes de começar o Torneio, a organização dirigiu uma petição ao Grão Mestre Martin Sewer. Ele e os seus instrutores, foram requeridos para mostrar aos assistentes e alunos convidados. Uma aula que mostrou as suas capacidades de ensino. Naturalmente, respondemos com


Hung Gar Kung Fu prazer a esta petição e os numerosos participantes gozaram de uma extensa lição da delegação Suíça. Os participantes se entusiasmaram com as técnicas aprendidas e despediram a nossa da delegação com alegria e aplausos. Depois se passou para o seguinte ponto do programa, ou seja, o Torneio! Junto com as numerosas categorias infantis, depois foi a vez das categorias de Mestres e Grandes Mestres, que constituiram o ponto culminante do dia.

O Grão Mestre Martin Sewer brilhou com a demonstração de técnicas avançadas de Hung Gar Mu e mostrou as capacidades que se esperam nos níveis altos do ensino, na KUNG FU SCHULE MARTIN SEWER. Também os Instrutores tiveram a honra de participar no Torneio e precisamente na categoria de Mestres. Apesar de ambos não terem ainda a categoria de Mestre (Sifu), muitos organizadores de artes marciais vêem os alunos do Grão Mestre Martin Sewer, como tal. Assim, também no I.M.A.R.I.


mostraram formas avançadas, sem armas e com bengala e sabre, recebendo assim como o seu Mestre, muitos aplausos. Os organizadores mantiveram o interesse muito alto e deixaram o anúncio das categorias para o dia seguinte, quando também se realizaria o Hall of Fame. No dia seguinte, numa das salas de grande tamanho e ainda com mais espectadores, entramos em cheio no evento. De novo se encontravam entre os muitos espectadores, Mestres e Grandes Mestres e também representantes do

Governo local para apoiar o evento. Por exemplo, o Senhor Fazzrudin HJ. Abdul Rahman, deputado pelo Estado de Tupong e em representação do Ministro do Trabalho. Também o Senhor Tan Kai, em representação do Senador Prof. Datruk Sim Kui Hian, Ministro do Governo local. Em diversos eloquentes discursos, estes representantes destacaram, acima de tudo, a sua admiração e respeito às artes mostradas. Foi um dos inúmeros momentos em que um praticante de artes marciais, de origem ocidental, se apercebe de que as artes marciais na Ásia, ainda estão


Hung Gar Kung Fu

muito ligadas à cultura e à maneira de pensar da sua povoação. Finalizados os discursos, deu início a proclamação das categorias do Torneio. Os delegados, o presidente do Instituto o Prof. Dr.Song Swee Hee e naturalmente, o Grão Mestre Martin Sewer, como conselheiro de honra, se mantiveram na tribuna, pois como convidados de honra, seriam eles que entregariam as condecorações. Curiosamente, o primeiro candidato a ser chamado, e se encontrava entre eles, pois era precisamente o Grandmaster Troph que ocuparia o primeiro lugar na categoria de Grão Mestre . Tal como tinha chegado ao meu conhecimento, a delegação suíça era a favorita do Torneio, o que seguidamente constataram os Instrutores de Martin Sewer, vencendo nas categorias de Mestre, com armas e sem armas, cada um no primeiro lugar, recebendo assim o troféu Master Troph, de mãos dos convidados de honra e personalidades importantes. O almoço e pequenos eventos para as crianças presentes, nos levaram até o seguinte ponto do programa. A delegação da Suíça nem chegou a almoçar, porque de novo, lhe pediram para mostrar um pouco mais dos grandes conhecimentos que dominam e novamente, o Grão Mestre Martin Sewer e seus no uso outras formas avançadas. Tudo isto acontecia antes de chegar ao Hall of Fame propriamente dito! De novo foi o Grão Mestre Martin Sewer chamado em primeieo lugar, para rceber de mãos dos representantes do Gover no, o “Continued Excellence in Martial Arts Teaching Award 2016”, honrando seu projecto de vida com a KUNG FU SCHULE MARTIN SEWER. Naturalmente, os seus Instrutores também foram condecorados, recebendo e o “Prémio Mestre do ano 2016. Também foram condecorados outros muitos Mestres e Grandes Mestres, também em categorias como por exemplo, a Medicina Tradicional. Assim foi o caso de um bom amigo do Grão Mestre Martin Sewer, o Prof. Dr.Shamsudee B.Yosoof Caadir (também conhecido simplemente por “Dr. Deen”) que sempre está disposto para brincar e a ensinar seus conhecimentos de Medicina, através da Acupunctura, directamente “in situ”. A delegação suíça, sem dúvida polarizou as atenções e foi a que mais se no último dia e cada espectador quis tirar fotografias com os Mestres do ultramar.



Hung Gar Kung Fu

Na Suíça, até agora, muita gente não tinham que os verdadeiros conhecimentos já não estão na Ásia! Não estão na Ásia mas sim no Grão Mestre Martin Sewer e sua linha, que se encontra directamente ao lado das nossas casas… Na Ásia isto é sabido desde faz muito tempo, e também como se fazem este género de eventos. Desta vez foram os representantes de Shaolin os que isto constataram. Deram um passo na direcção do Grão Mestre Martin Sewer e quiseram conhecer mais acerca das artes marciais, que se originaram em suas fileiras. Como hoje é sabido, os claustros de Shaolin e a arte com elos relacionada no passado, têm sido manipulados desmesuradamente pelo governo. Se tentou entrelaçar na criação do ”Modern Wushu”, versados na forma de Chiu Kow, um herói da árvore genealógica de Martin Sewer mas foi apagado todo aspecto tradicional e no seu lugar, se adiciou muita acrobacia. Isto também é sabido pelos actuais alunos de Shaolin e por isso, procuram cada vez mais, o contacto com o Grão Mestre Martin Sewer e seus Instrutores. Quando o último admirador partiu feliz com a sua fotografia junto do “Grão Mestre ” da Suóça, finalizou o evento. Mas à delegação ainda tinha de passar por um pequeno desafio, tal como já acontecera em 2015. Tratava-se de transportar as condecorações!… Carregados com mais condecorações e diplomas dos que realmente podíamos carregar, quando chegamos ao hotel, os outros hospedes, com cara de assombro nos viram entrar: -“Looks like you love won somethin, didn’t you?” - Foi o comentário irónico de um hóspede no elevador e os três suíços só pudemos abanar a cabeça dizendo sim e sorrindo... Mas a pausa no foi larga no hotel. Tivemos de mudar de roupa rapidamente, para assistirmos a um último jantar com os organizadores do evento. A estadia na Malásia estava no fim, mas os Instrutores de Martin Sewer se regocijaram especialmente com o que ainda estava por vir. Depois de um último jantar com o Dr.Song Swee Hee, com o Dr.Deem e outros participantes e Mestres, o viagem nos levou aos três, da Malásia a Hong Kong, onde a Alexander Klug e a Peter Gasser os esperava uma semana inteira de lições sob a direcção do seu Mestre.

Regresso a Hong Kong De regresso a Hong Kong, seguiram os três um disciplinado planeamento diário. De manhã, cada um treinava por si mesmo, no ginásio do hotel e nos encontrávamos para um pequeno almoço bem merecido. Naturalmente, os assunto de conversa eram os eventos da Malásia. Os instrutores divulgavam depois, as muitas novidades nos diversos canais de comunicação da escola (Whatsapp, Blog, Facebook, etc.). Por volta do meio-dia, geralmente depois de um café, durante o qual também se discutia muito acerca do futuro da escola, o Grão Mestre Martin Sewer e os seus instrutores se dirigiam ao conhecido Kowloon Park, onde recebiam a sua lição. Como de costume, o que se aprendia levava a meditar e a exercitarse. Mas devia ter um limite, pois Martin Sewer queria continuar com o programa e mostrar-lhes os muitos lugares de interesse da cidade. Assim passou “voando” também a última semana e quando Alexander e Peter se convenceram de que estavam em Hong Kong com o seu Mestre, a viagem chegava ao fim. Se prepararam para voltarem com muitas histórias, novos conhecimentos e novas condecorações na bagagem e se despediram do seu Mestre. O Grão Mestre Martin Sewer ficava em Hong Kong, onde o esperava o próximo evento, sobre o qual, em um futuro próximo, também escreveremos um artigo: “O longo tempo esperado acampamento de Outono da KUNG FU SCHULE MARTIN SEWER.





A Mente nas Artes Marciais

A mente nas Artes Marciais Zanshin O mestre de todas as acções Quem ou o que é o "mestre de todas as acções"? A r esposta a esta questão foi descober ta na antiguidade pelos sábios da antiga Grécia e China. O filósofo grego Hesíodo, escreveu no século VIII a.C. a "Teogonia". É um registo do universo e dos deuses. Torna-se claro pelos seus escritos que os gregos não acreditavam que o pensamento ocorresse na cabeça. Acreditava-se que a consciência e o pensamento tomavam lugar na área abdominal do torso. Afinal de contas, o abdómen era onde se sentiam as mais fortes emoções.


Budo Classics


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ensa em alguém que odeias e o teu estômago agita-se; pensa em alguém que ames e a mesma área relaxa. Para os doutos filósofos da antiguidade clássica, o abdómen era a fonte de todos os pensamentos e emoções. E os nossos pensamentos e emoções são os mestres dos nossos comportamentos. De modo semelhante, na China o abdómen era considerado como o sítio onde se encontrava o chi, ou a força da vida. Dois pontos muito importantes de acupunctura encontram-se no Vaso de Concepção, um meridiano de energia que atravessa a parte frontal do corpo. Estes dois pontos estão no centro do baixo abdómen, por debaixo do umbigo. Cerca de 7,6cm abaixo do umbigo está o Vaso de Concepção 4, o ponto conhecido como kuanyan em chinês, traduzido como "primeira porta" ou "porta da origem". É a primeira e original passagem através da qual o chi (energia interna) flui. Cerca de 3,81cm acima, encontra-se o Vaso de Concepção 6. Este ponto é o chihai, o "oceano do chi". É onde o chi é acumulado, formando um mar de força vital interna. É significativo que estes pontos estejam tão próximos do centro do corpo como o umbigo. O feto, no seu desenvolvimento, cresce do centro para o exterior. O cordão-umbilical liga o bebé à sua mãe, formando uma linha vital de alimentação e nutrição. O remanescente desta linha vital é o umbigo, o lugar pelo qual outrora nos alimentámos e desenvolvemos. A força vital começou por entrar nos nossos pequeninos corpos pelo nosso umbigo. É aí onde, quando somos adultos, focamos e cultivamos a nossa força vital. Os Vasos de Concepção 4 e 6 estão localizados na área conhecida, em chinês, como dan-tian. Os artistas marciais japoneses referem-se à mesma área como sendo o hara. No ocidente podemos chamar-lhe o baixo abdómen ou até "barriga". É a área da qual flui todo o nosso poder. É também a área onde a energia pode ser armazenada e cultivada. O meu sifu (mestre) de tai chi chuan, que conta já com 85 anos de idade, compara o dan-tian a uma conta de poupança. Tai chi, qi gong e a meditação, todos servem para depositar o dinheiro (chi) na conta de poupança (dantian), para um futuro uso. Se não depositares o dinheiro, não poderás passar um cheque mais tarde. Se não depositares o chi, não o poderás aplicar mais tarde. Todas as artes marciais internas acreditam que a energia armazenada nesta área pode tanto ser usada para lutar, bem como para curar. A energia pode ser



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transferida para outro de uma maneira enérgica e explosiva, para danificar e despedaçar um atacante. Ou então, poderá ser suavemente transferida para ajudar na regulação e cura do desequilíbrio enérgico da outra pessoa.

Respira profundamente, respira em baixo A respiração pode ser dirigida para o dan-tian. A expansão e contracção dos músculos do baixo abdómen servem como um tipo de fole, atiçando as chamas da força vital. É claro que o oxigénio inalado só poderá encher os pulmões. O ar não pode alcançar o dan-tian. Mas, ao concentrar a energia nessa área, o corpo irá automaticamente respirar muito mais profundamente, obtendo mais oxigénio para os pulmões. Este tipo de respirar também fortalece os músculos do abdómen enquanto, simultaneamente, massaja os órgãos internos. O dan-tian representa o centro físico do corpo. Será aqui que se poderá encontrar o centro da gravidade e de equilíbrio do corpo. Se, por exemplo, um adversário te tentar derrubar, tu responderás dobrando os joelhos. Com efeito, terás baixado o teu dan-tian, tornando o teu centro de gravidade ainda mais baixo. No entanto, se desejares derrubar um adversário, terás de ficar mais baixo que ele, colocando o teu dan-tian abaixo do dele. Assim, no momento em que te levantares, poderás cortar o seu equilíbrio.

Força Existe um adágio popular: "uma pessoa com um centro forte, é uma pessoa forte". O centro representa a fonte do poder e da força física e emocional. É uma ligação entre a metade superior e inferior do corpo. Um centro forte une estas duas partes do corpo e permite-lhes trabalhar juntamente em harmonia. Um centro muscular também apoia e protege órgãos internos vitais. Torna-se um tipo de escudo para proteger estes órgãos de pancadas que não são bloqueadas ou desviadas. Ao mesmo tempo, um centro sólido também oferece apoio à coluna. Este apoio ajuda a estabilizar o corpo inteiro. Exercícios abdominais, flexões de pernas, todos são recomendados para fortalecer o centro ao mesmo tempo que são exercícios para a coluna.

Clássicos do Tai Chi A sabedoria do classicismo do Tai Chi lembra-nos para "manter a cintura relaxada", uma vez que "a cintura é a mestra de todas as acções". No Tai Chi, a "cintura" inclui todo o centro: o lado frontal, lateral e traseiro. É esta a área que deve ser relaxada de modo a poder rodar, levantar e abaixar o centro, além de comandar a acção da parte superior e inferior do corpo. Os melhores artistas marciais, são aqueles que seguem a regra do Tai Chi: movem-se a partir do seu centro, do seu hara (artes japonesas) ou dan-tian (artes chinesas). Os boxeurs ocidentais executam os seus murros com uma rotação da cintura. Atletas campeões de outros desportos também aprendem a empregar o centro, embora possam atribuir o movimento às ancas. Consegues executar um movimento com as tuas ancas sem envolver a cintura? Claro que não. É simplesmente uma outra forma de expressar o mesmo conceito. Períodos de tempo diferentes, culturas diferentes, artes diferentes, mas todos com a mesma conclusão. Para os gregos, a localização do pensamento e da emoção; para os chineses, a fonte da energia e do poder interno. A cintura é, de facto, a mestra de todo e qualquer movimento. Domina a tua cintura, e dominarás a tua arte.

DR. THOMAS J. NARDI: O Dr. Thomas J. Nardi, psicólogo e professor da Universidade, possui uma experiência em Artes Marciais e Artes da Saúde de mais de trinta anos. É cinto preto de Wei Kuen Do, Goju Ryu, Escrima moderna e Jalmaani Kuntao Silat. Vive em Nova York, EE.UU.








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Sistema para Grupos Operacionais Quando dois anos atrás me encontrei pela primeira vez com Olivier, fiquei encantado com ele. Naquele momento ensinava a altos executivos na Argentina, a defenderemse por si mesmos. Eram pessoas que não sabiam Artes Marciais nem nunca teriam tempo, nem vontade de as praticar, no entanto, a difícil situação do país e o aumento da delinquência criou a angustiosa necessidade de estar pronto para o pior, na selva urbana. Olivier ensinava-lhes umas poucas de técnicas para responder numa situação extrema. Pedi-lhe que me ensinasse uma delas para compreender do que estávamos a falar. –"Imagina que vais à rua levando numa mão a pasta com o dinheiro para depositar no banco. Um homem ameaça-te com uma navalha…" –E então? perguntei. –"Eu não ensino a matar mas sim a sobreviver, a sair da situação… Cospes na cara dele e aproveitas a sua surpresa. Quando ele leva as mãos à cara, aproveitas para dar-lhe um pontapé nos testículos. Isto obriga-o a dobrar-se e tu bates-lhe com a pasta na cabeça para abrir o caminho da tua fuga e… deitas a correr! A técnica era contundente, simples e prática, era como ele prometia e não era preciso saber artes marciais para executá-la! Claro está que não houve nos presentes nenhum voluntário para fazer a prova, mas é certo que entra muito facilmente pelos olhos…


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O essencial no trabalho de Olivier, é uma síntese exaustiva, baseada na experiência real de um homem de acção, e as suas reflexões são, sem dúvida, uma considerável contribuição para todos aqueles interessados em afinar os seus métodos e conceitos do combate real. Por isso preparámos um vídeo com este especialista e acredito sinceramente que irão gostar dele devido à sua claridade, à sua efectividade como método de auto-defesa, e que as suas ideias vos proporcionarão uma dose considerável disso que falta em muitos instrutores, experiência directa e enormes doses de um maravilhoso, agudo e pratiquíssimo bom senso ou "sentido comum"… que como dizem os antigos "é o menos comum dos sentidos". Por favor, não leiam isto como mais uma coisa… Aqui há material e do bom! Alfredo Tucci



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O

meu nome é Olivier Pierfedericci Soler e vou falar-lhes do Sistema S.O.G. (Sistema para Grupos Operacionais). Talvez possam pensar… "Outro estilo novo? Mas não, nada de estilo e sim um sistema muito prático e ideal para o combate na rua. Sou originário da França, fui pára-quedista do Exército desse país e dediquei sete anos a desenvolver o meu sistema na República Oriental do Uruguai (no treino das Forças Especiais do Exército e da Armada), na República Argentina (treino a destacados empresários) e no Brasil (treino para profissionais da Segurança). A tudo isto é preciso somar uma sólida formação como segurança de VIPS.

O que é o S.O.G.? • O S.O.G. não é uma arte marcial convencional, as suas técnicas têm como finalidade conseguir sobreviver perante uma situação de alto risco ou perigo extremo. • O S.O.G. prepara o indivíduo física e mentalmente, situao num contexto realista (urbano) e capacita-o para o uso do seu potencial. "Não buscamos a perfeição mas sim a efectividade". • Inclui tácticas de defesa contra vários "inimigos" e a sua eficácia não depende tanto do treino físico como do grau de concentração e do domínio das situações. • É um sistema de combate com uma orientação claramente bélica, quer dizer, oferece uma capacitação que permite enfrentar um inimigo para o vencer.


Sistema Grupos Operacionais • A sua extracção provém do C.A.C. (Sistema Corpo a Corpo das F.F.A.A. Francesas) e do Penchak Silat ou Bersilat Malaio (estilo Silat Jeni Gayung Malásia), do qual tenho a representação europeia. Sintetiza o lado guerreiro e disciplinado do C.A.C. e a fluidez, rapidez e picardia do Penchak Silat.

Para que foi criado o S.O.G.? O Sistema nasceu nos começos dos anos 90 quando, aborrecido das diferentes artes marciais tradicionais, resolvi pensar em algo totalmente novo, aparentado com as técnicas do Major W. E. Fairbair n –fundador do Close-Combat moderno– e com as técnicas de Rex Appelgate. Efectivamente, após vários anos dedicados à Defesa Pessoal, pareciame muito mal ter que passar dez anos a praticar para poder ser meio eficaz numa briga de rua…, posto que a preocupação de qualquer mestre, professor ou outros, deve ser a fácil e perfeita assimilação por parte dos alunos, e não uma simples autosatisfação pessoal… Por outras palavras, devemos pensar nos alunos antes de em nós próprios.

Diferenças do S.O.G. com as Artes Marciais tradicionais O S.O.G. é praticado com roupa de rua ou jogging, e não em karategi (quimono). Com calçado, visto que nos nossos tempos não andamos na rua sem sapatos. Não existe o cumprimento ritual pois pensamos que o facto de cumprimentar e "respeitar" um indivíduo com quem desataremos à pancada uns instantes depois, não faz muito sentido. O respeito não passa por esse formalismo. Devemos lembrar


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Sistema Grupos Operacionais que o S.O.G. consiste numa disciplina para sobreviver na urbe e não numa simples disciplina de vida. O lado psicológico é fundamental e logo de começo trata-se de inculcar ao aluno o que nós chamamos o "clique mental", isto é, poder passar de cordeiro para lobo, transitando pela etapa de lobinho. Por isso, o agressor é chamado inimigo e não oponente ou adversário, visto ser como se estivéssemos em guerra aberta contra a criminalidade e a delinquência. A minha experiência em vários países da América do Sul, demonstrou-me que não andava muito errado. Outra questão que diferencia o Sistema S.O.G. das artes marciais tradicionais é o facto de que sempre se deve finalizar uma acção, quando o inimigo se encontrar no solo. Este é um fenómeno que os norteamericanos chamam a "Teoria do Porco Ferido"… Os caçadores p e rc e b e r- m e - ã o muito bem, a f e r a

ferida é muito mais perigosa que em estado normal, portanto, é preciso acossá-la, para que de caçador não passemos a ser "caçados". Tor no a repetir, a parte psicológica é 60 % da vitória. Como dizia Sun Tzu na Arte da Guerra: "Ataca primeiro a mente do teu inimigo".

Os cinco conceitos tácticos: 1) Contra um inimigo não convencional (oculto atrás da aparência de um cidadão comum) temos de utilizar métodos e tácticas não convencionais.


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Defesa Pessoal 2) Só metendo-nos na pele do nosso agressor conseguiremos conhecê-lo e vencê-lo. 3) Quando respondemos a um ataque, devemos ser como o fogo devorador que não perdoa. 4) Devemos ser inquebrantáveis quando nos defendemos, com um espírito indomável, para além de todo o limite. 5) Toda a arte de combate tem por base a derrota do inimigo. As oito regras do S.O.G. 1) Ser muito agressivo/a. 2) Nunca perder de vista o inimigo. 3) Distrair sempre o inimigo. 4) Estragar ou deixar-se estragar. 5) Adaptar-se sempre. 6) Usar sempre uma arma, sempre que possível. 7) Sentir-se sempre superior ao inimigo, qualquer que seja o seu tamanho. 8) Finalizar sempre uma acção.

O que oferece este sistema a nível técnico? À diferença da grande maioria dos métodos de combate, o Sistema S.O.G. não pratica as formas (kata) que Bruce Lee chamava a "desesperação organizada", nem os movimentos (golpes) no vazio… pois, tudo é uma questão de tempo e consideramos que é preferível que o próprio aluno aprenda a bater durante a prática das técnicas.

Vejamos como é constituída uma aula típica: I) A triangulação e o uso horário: Durante a primeira aula, ensina-se ao aluno o conceito da triangulação e do uso horário, da mesma maneira que se ensina aos pilotos, por uma questão de simplicidade. Suponhamos que o inimigo se encontra às 12:00 horas e nós às 16:00 horas, deveremos sair às 11:00 horas ou às 13:00 horas, procurando sempre as costas do inimigo. A ideia é que nunca devemos retroceder e sim avançar e colar-nos ao inimigo, para derribá-lo ou bater-lhe melhor. Se traçarmos linhas imaginárias entre os pontos 11:00 horas, 12:00 horas, 13:00 horas e 6:00 horas, temos um triângulo invertido chamado "zona letal" ou "perímetro vital", visto ser a pior zona para o combate corpo a corpo; é a meia distância, a do boxador, a que devemos evitar a todo custo. Lembrem-se sempre, a ideia é sair da trajectória dos golpes e situar-se nas costas do inimigo. II) O Círculo de Perigo Iminente (C.P.I.): Devido à mudança do "modus operandi" dos


Sistema Grupos Operacionais delinquentes –apenas alguns anos atrás existia ainda o combate um a um…, mas lamentavelmente já não, e é muito possível que o inimigo não se encontre sozinho e sim acompanhado. Isto leva-nos a que devamos ser muito precavidos e respeitemos o círculo de perigo iminente, quer dizer, que num raio de distância de 5m, qualquer pessoa –homem, adolescente ou mulher– pode transformar-se em "perigo". III) O conceito do "L": Entendemos por "L" que qualquer que seja a situação de combate, o combatente S.O.G. deve acabar a luta em pé e a olhar para o inimigo no chão; a situação contrária seria desastrosa para o praticante. IV) A Guarda: Tendo em consideração que durante uma briga na rua a maioria dos golpes vão dirigidos à cara, é fundamental que o aluno saiba proteger-se levantando as mãos à altura da testa, preferentemente abertas para poder agarrar; os pés quase paralelos para não oferecer um alvo –por exemplo, como no Karaté ou no Taekwondo– e obrigar o inimigo a avançar e a entrar na nossa zona letal. Além disto, esta posição que também chamamos a "do tenista que recebe o saque", permite-nos mover em qualquer direcção, sem perda de tempo. V) Entrada e Saída: Ensina-se ao aluno a evadir ou bloquear os três golpes principais que são os seguintes: a) directo à cara –de direita e de esquerda, b) gancho ou golpe circular à cara –de direita e de esquerda, c) pontapés aos testículos –de direita e de esquerda. Aqui temos a aplicação da triangulação. VI) Aplicação técnica: Seguidamente, entramos já na parte prática do S.O.G., ou seja, o programa técnico, prático e muito didáctico do "nível azul" (mãos livres). Este programa contém umas trinta técnicas através das quais o aluno aprende a sair de diferentes situações de incidentes na rua: dando pontapés, sempre a nível baixo; estrangulando; metendo os dedos nos olhos do inimigo; escapando de qualquer agarre; enganando muito e usando o cérebro, que é a arma mais potente do ser humano. O trabalho e respeito das distâncias é fundamental. A minha experiência nas artes de combate mostrou-me que muitos praticantes não têm respostas quando estão a uma determinada distância do inimigo; por exemplo, na parte final do nosso vídeo, podem observar uma situação denominada "o choque", na qual, após uma colisão entre veículos, o inimigo se atira directamente contra "o bom" (para o denominar de alguma maneira) e este último não espera que o inimigo se aproxime demasiado e com um pontapé a nível baixo, manda o que denominamos para usar um termo militar, "a artilharia". O importante é antecipar-se sempre. Ser activo e não passivo. Também se estuda a defesa contra vários inimigos e a parte denominada "truques" tais como cuspir, usar a vestimenta e muitos mais. O "nível branco" trata das defesas e manejo de armas tais como: a faca, o pau curto ou o guardachuva em situação de combate, a corda ou o cinto, e o trabalho com arma curta, desmitificando diversas técnicas tradicionais impossíveis de ser aplicadas. Também passam

por uma iniciação na tonfa e à sua aplicação "real". O "nível vermelho" seria a parte "militar" do S.O.G. e é um compêndio dos dois primeiros níveis, aplicando técnicas especificamente castrenses. Devemos esclarecer que para determinados grupos de pessoas, como por exemplo: forças de segurança, empresários ameaçados ou simplesmente pessoas que estão a viver uma situação especial, existe o denominado "Combo", que é uma síntese do nível "azul" e do "branco", para que o aluno tenha uma visão quase global do que poderia chegar a ser um confronto na rua. Também é muito importante destacar que entre cada nível, o aluno deve fazer uma prova chamada "prova sob estresse", na qual o indivíduo deve superar situações tais como o tempo cronometrado, os golpes, os gritos e mais algumas situações que os convido a descobrir no nosso vídeo… Como resumo de tudo anteriormente exposto, podemos dizer que o S.O.G. é fácil de aprender, fácil de aplicar e sumamente eficaz e prático em caso de risco ou perigo extremo. Está comprovado que com três meses de prática do S.O.G. com uma aula semanal, os alunos mostram já uma certa adaptação frente a diferentes situações. A grande força do S.O.G. consiste em que as mesmas técnicas que se utilizam sem arma também se aplicam com ou contra arma. O S.O.G. não é perfeito, mas podem ter a certeza que tem um grande mérito, é um s i s t e m a dinâmico, perante uma nova ameaça gera uma nova resposta, a busca de soluções é o seu lema, o seu objectivo não é vender mitos, disfarçar a realidade e o que é possível, não pretende criar pessoas imbatíveis, visto que não as há, mas sim pessoas que possam responder hoje a uma agressão e que fiquem em bom estado de saúde para poder contar o facto amanhã. Não se pode andar no mundo armado, à espera de ter que responder mortalmente a uma ameaça, no suposto de já presumirmos que é fácil matar alguém. Eu lhes digo, com certeza, que é uma experiência que devemos desejar não ter. Mas podemos defender-nos de situações violentas intermédias, onde a solução passa pela decisão, determinação e precisão; isso é o que queremos demonstrar. Gostaria de finalizar citando um dos maiores Libertadores da América do Sul, o General José de San Martín. Ele dizia: "Numa guerra, a única coisa que se não pode fazer é perder a guerra."


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"O Movimento é Vida” "A necessidade cria os órgãos" Repetidas vezes, escutamos perguntar: "Qual é o melhor estilo?" ou "Qual é a Arte Mar cial mais eficaz?", etc. Cada pessoa procura categorias que respondam às suas próprias condições, para poder "comparar". Um velho lema diz: Quando estiverem prontos, o Mestre aparece! Também se poderia dizer: Se fizeres a pergunta correcta, estás preparado para a resposta. Por desgraça, nem tudo é tão fácil a través da rede de acondicionamentos e identificação, em todos os níveis da existência humana. Nos movemos automaticamente e assim criamos uma estrutura corporal que só seja possível para uma única maneira de mover-se.



A vida surge só mediante estímulos externos de um movimento. Tirado um, de todos estes estímulos, por regra geral não ficam em nada. Nos deslizamos para baixo, condenados à passividade e a dependência do sistema ou da gente pelo poder dos encantos, e finge! Pensamos nos padrões de pensamento pr eviamente condicionado e depois começamos a fixar os estímulos externos para responder. É o alimento com o qual desenvolvemos o nosso pensamento: as revistas, a televisão, etc. – o que nos vem de fora, da informação preparada.


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Adaptamos o nosso pensamento com precisão, aos padrões de opinião desejados e convencionais, e mantemos esta máquina de estímulo e reacção para pensar. A maioria do pensamento próprio, já não está presente Agora bem. O que acontece com os sentimentos, com as emoções? Este é o combustível para as nossas acções! Mais uma vez, também isto está condicionado. Estamos abandonados às nossas próprias respostas emocionais condicionadas. Atracção e r epulsa sur gem geralmente uma atrás da outra, para ter uma sensação de profundidade. Também se poderia dizer que o centro do sentimento se interrompe. Não há compreensão da sexualidade, do conhecimento, da amizade, da relação, etc. Modelos e modelos explicativos da vida, previamente fabricados, que depois não são a realidade emocional. No entanto, existimos nas mesmas condições. O corpo humano e a mente humana e os sentimentos humanos, sob as condições da Terra.



WT Universe Temos um comportamento de movimento que não tem a mais mínima compreensão da importância da gravitação. Não se tem na teoria e certamente, não na prática. Somos como peixes que não sentam a água, ou pior, se ar rastam como vermes no fundo do mar, porque esquecemos como podemos ser admitidos pela água e nadar. E o que ainda é pior, arrastar-se sobre o terreno, tem causado uma estrutura do corpo que faz com que seja impossível nadar. Temos uma linguagem que descreve a fluência no chão e nos identifica como repteis… e há muitos "especialistas" que manipulam esta condição. Dependemos das autoridades externas, esquecendo que as pessoas únicas são necessárias e esquecemos que a interfaz real para a vida e o conhecimento, só pode estar em nós mesmos.



WT Universe As autoridades que dizem pretender sempre o que é bom para nós e para o mundo, nos levam na direcção errada: nos levam longe de nós. Por alguma razão, consciente ou inconscientemente, temos de tratar de respondernos a nós mesmos. Mas ao que faz de mim a minha vida, devo responder eu. É a minha vida! Quando as pessoas, seja ela "importante" ou "normal", faz perguntas à vida, não têm respostas, para si mesmos nem para os outro. Só há conversas mortas e visões condicionadas do mundo. Perdemos os sábios que têm sua própria compreensão da vida. Nós só somos conhecedores da gestão colectiva e das estruturas manipuladas ou interpretações do mundo daqueles que querem seguidamente, fazer que os nossos pontos de vista sejam válidos para todos os dogmas. Então, o que tem isto a ver com os estilos de artes marciais? Na minha opinião, não há estilos. Todos nos ocupamos do mesmo e só há diferentes imagens, padrões de pensamento das nossas próprias maneiras de ver, para voltar a descrever a nossa própria compreensão. Não se trata de técnicas, não se trata de velocidade, não se trata de potência, mas é uma manipulação segura das interacções complexas que encontramos no nosso caminho, e é importante que o nosso ser (corpo - pensamento - sentimento) tenha um abastecimento de alimentos, para termos uma estrutura que desenvolva e não obstrua os potenciais da natureza humana. Não há segredos, não há interior e exterior nas Artes Marciais, só há compreensão. O conhecimento não é receber informação, o conhecimento é digerir o alimento. Existem as seguintes coordenadas ou pontos de interesse que descrevem isto e tratam de o fazer tangível para a nossa imagem no WTU: Acondicionado, atenção, identificação. Atenção, elasticidade, equilíbrio, sensibilidade, agilidade, coordenação. Intenção, visão e mais visão - ¡A compreensão é a base de tudo!


7 + 2 qualidades para a harmonização do homem Permitir Contacto - Acompanhar movimento - Evitar a distância. A interacção gravitacional, a interacção débil, a interacção forte, a interacção magnética. Onda, espiral. - Três princípios de acção em todos os níveis. - 4 interacções. - 2 níveis de efeito que se abr em à função. ¡SALVE!



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Un practicante de Kali mira a un ataque como un puñetazo, no tanto como un ataque, sino como un objetivo ofrecido para ser atacado sistemáticamente, mediante la inmovilización del golpeo. Esto no está demasiado lejos de la forma de pensar del Kyusho, excepto en que las estructuras que se atacan son las internas, en lugar de las externas. Así que mediante la adición de la técnica externa del Kali y el agarre, estamos afectando en una mayor medida, la capacidad del oponente. El Kyusho es un estudio de la anatomía humana, no un Arte Marcial, sin embargo su uso con o en un Arte Marcial es natural, y añade una mayor dimensión. Así que se puede integrar con facilidad y eficacia en cualquier estilo de Arte Marcial. El practicante de Kali armado con el conocimiento de Kyusho puede llevar la práctica del Kali a una perspectiva completamente profunda. En este segundo Volumen os mostraremos los resultados de la combinación de los inherentes o posibles objetivos Kyusho en cabeza con los mismos agarres de brazo que se estudiaron en el primer DVD. Un trabajo de colaboración del Maestro de Kali Raffi Derderian y el Maestro Evan Pantazi.

REF.: • DVD/KYUSHO 25

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