PontoAll Noivas Magazine - Janeiro/2011 - 2ªedição

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O foco principal é a quantidade. Os franceses ingerem uma comida altamente calórica, mas são o povo mais esbelto que se conhece, porque comem pouco. (Os glutões não gostam de restaurantes franceses porque as porções são pequenas...) O segundo foco é a regularidade. Deve-se tomar, entre as refeições, um alimento com níveis adequados de carboidratos, a cada 3 ou 4 horas (conforme indicação do médico ou nutricionista), para evitar picos de hipo ou hiperglicemia (falta ou excesso de açúcar no sangue). Podem ser frutas, barras de cereais diet ou light, biscoitos salgados. Já quanto aos exercícios físicos, fica claro que se torna difícil iniciar e manter uma rotina quando eles não são parte da cultura familiar. É mais fácil educar ou reeducar a alimentação do que a cultura física. Por isso, a alimentação se torna o ponto de partida. Diabético ou não, o indivíduo mais bem alimentado (alerta: nunca o que come mais!) sente-se melhor para começar por uma boa caminhada. E por aÍ vai. Aqui, cabe considerar o diabetes tipo 1, aquele que fazia as crianças sofrerem. Não são só as crianças e jovens portadores da doença que merecem umas boas “aulas” da clínica-escola. Todas as crianças têm de ser educadas para a alimentação saudável, porque o diabetes não aparece do nada no indivíduo; ele

A Pirâmide (Imagem 1) A medicina estabeleceu uma pirâmide com 4 níveis em que se encontram 8 grupos de alimentos (ver desenho). Os alimentos da base dessa pirâmide são os que devem ter maior participação na alimentação, e os do topo, menos. Na base estão cereais, raízes e tubérculos e também os pães. No topo, óleos, gorduras, açúcares e doces.

Os tais carboidratos A única definição possível para carboidratos, sem ter à mão uma encilopédia médica, é que eles são as biomoléculas mais abundantes na natureza; e são produzidos, como a insulina, pelo pâncreas. A quantidade e a qualidade do carboidrato consumidas pelo organismo têm de ser bem controladas. Quando ele “sobe” ou “desce”, aumenta ou reduz o nível de açúcar no sangue e aparecem os problemas do diabetes. Os carboidratos podem ser simples ou compostos. Os simples, absorvidos rapidamente, são os açúcares (branco, cristal, mascavo...) e o mel. Eles também estão nas frutas, razão pela qual elas devem ter sua ingestão controlada pelos diabéticos. Os compostos apresentam uma absorção mais lenta e causam menos problemas de “picos de aumento do açúcar depois de ingeridos”. São arroz, milho, macarrão, pães, batata, mandioca e outros. Esses carboidratos são mais nutritivos se esses produtos forem consumidos na sua forma integral. 48

é genético e se desencadeia dependendo na maior parte das vezes dos maus usos de nosso corpo, da má alimentação e do sedentarismo. Um exemplo típico dado pela Dra. Walkiria são as barulhentas festas de aniversário. Ela aconselha as mães a alimentarem os filhos antes de os mandarem para o salão, onde se entreterão brincando muito e, provavelmente, não comendo cajuzinhos, bolinhas de creme e queijo, brigadeiros... Uma festa alegre e saudável! Essa lição vale para todas as famílias que tenham ou não caso de diabetes tipo 1 em casa. Trata-se da prevenção do diabetes desde a infância – uma doença que nos obesos, é preciso entender, pode causar enfarte e acidente vascular-cerebral (AVC). Há hoje, no Rio e no Paraná, escolas que implantaram a educação alimentar saudável em suas cantinas. Não só para a prevenção do diabetes, mas como “estilo de vida saudável” para seus alunos. É muito importante, diz a Dra. Walkyria, trabalhar junto com a escola, além da família, já que a escola é também um ponto de alimentação das crianças e jovens. E, na maioria delas, predominam alimentos pesados e guloseimas.

ÓLEOS E GORDURAS CARNES E OVOS

AÇÚCARES E DOCES

LEGUMINOSAS

LEITE E PRODUTOS LÁCTEOS FRUTAS HORTALIÇAS CEREAIS, PÃES, TUBÉRCULOS, RAÍZES Imagem 1

Contagem A contagem de carboidratos é importante porque oferece ao diabético a abertura para uma imensa gama de produtos à sua disposição, sem restringir-se a esse ou àquele tipo de alimento. E é preciso saber que os carboidratos são as biomoléculas de maior efeito na glicemia. Quando se sabe contar carboidratos, tem-se escolha de maior variedade de alimentos no plano alimentar e possibilidade de controlar a glicemia com mais precisão. Basta ingerir os alimentos que se contenham na dosagem permitida. Para saber quanto cada alimento contém de carboidratos, deve-se ler a informação do rótulo. Observe-se o quanto se consome de cada alimento e ache o resultado. Exemplo:

A quantidade correta de carboidratos para cada diabético é pessoal e só o médico especialista e nutricionista pode estabelecer com segurança.


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