Capa da Revista Charlie Hebdo Característica da repetição Modelo de análise: Leitor-Modelo de Umberto Eco 03.05.2016 Bruna Costa Fernandes Disciplina: Semiótica Professora: Mariceia Benetti
Umberto Eco iniciou seus estudos na Semiótica a partir dos conceitos de Charles Sanders Peirce. Eco considera sem valor tudo que se repete. A estética moderna nos habituou a reconhecer aquilo que são únicos, originais. Assim, o italiano filósofo ensina duas formas de repetição e como reconhecer as características: 1.
Repetir o objeto - estandardização: repetição mecânica, grande profusão de coisas para o consumo.
2. Repetição de conteúdo e forma: produzidos pelos Meios de Comunicação de Massa. Apresentam coisas como originais e diferentes, mas no fundo repetem o que já é conhecido. As formas de repetição podem ser como retomadas, que é a continuação de um tema de sucesso. O decalque que reformula uma história de sucesso. O decalque explícito é o Remake. A série tem uma situação e um número de personagens fixos e secundários que mudam. As séries podem ser com estrutura flash-back (retorna ao passado); espiral (o personagem fica mais profundo); motivada pela natureza do ator (o público reconhece a mesma história mesmo o autor criando coisas diferentes). A saga é uma história de envelhecimento. No estudo feito por Umberto Eco também há o dialogismo intertextual, onde existe o diálogo entre textos. Este exige um leitor/expectador-modelo, que conhece as repetições e citações. Também tem conhecimento dos textos e do mundo. O dialogismo pode ser paródia, homenagem, ironia ou plágio. O escritor explica em seus livros “Lector in fabula” (1979) e “Os limites da interpretação” (1990), que as criações literárias necessitam imprescindivelmente da colaboração dos que as leem para serem compreendidas¹.