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NO FINANCIAMENTO E GESTÃO DE ESTRADAS

GOVERNO PROMETE CONTINUAR A PROMOVER A

PARTICIPAÇÃO DO SECTOR PRIVADO NO FINANCIAMENTO E OPERAÇÃO DAS ESTRADAS EM TODO O PAÍS

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Para fazer face às mudanças climáticas, temos estado a realizar estudos e a implementar novas tecnologias, pois o novo fenómeno, requere adaptação...

Moçambique possui cerca de 30 Mil Quilómetros de rede de estradas classificadas, dos quais apenas cerca de 27% são revestidas e os restantes, cerca de 70%, não revestidos, entretanto, para a sua reabilitação e asfaltagem, estima-se que o Governo deve investir anualmente cerca de cerca de 24 mil milhões de meticais, um valor que não tem sido canalisado na totalidade. A informação foi partilhada a 09 de Março, pelo Ministro das Obras Públicas Habitação e Recursos Hídricos, na Sessão de Informação do Governo ao Parlamento onde entre varias matérias ia responder a questões sobre o impacto das chuvas na rede viária, acções para a reposição da transitabilidade das estradas e pontes destruídas, as perspectivas de médio e longo prazos para a construção de estradas de me-lhor qualidade bem como o processo de colocação de portagens em várias rodovias do país. Mesquita destacou as intervenções havidas em vários troços ao longo de todo o país, ao exemplo da conclusão das obras de asfaltagem das estradas Caniçado-Mapai, em Gaza, Homoine-Panda em Inhambane, Alto Benfica-Milange na Zambezia, Cuamba-Muita em Nias- sa, Montepuez-Ruaça em Cabo Delgado, assim como as obras em curso de reabilitação das Estradas Tica-Búzi, Milange-Mulumbo-Magige, Naguema-Chocas Mar, Malema-Cuamba, Roma-Negomano bem como a reabilitação de 1420 km de estradas rurais nas províncias de Nampula e Zambézia.

Relativamente às perspectivas para a construção de estradas de melhor qualidade, bem como para a manutenção das existentes, Carlos Mesquita explicou que ‘’para fazer face às mudanças climáticas, temos estado a realizar estudos e a implementar novas tecnologias e os resultados mostram que os projectos de estrada requerem adaptação necessária’’. Diante dos Parlamentares das três bancadas, o Ministro anunciou que perto de duzentas estradas serão abrangidas nos próximos tempos de acções de fiscalização de pontes a nível nacional, com vista a identificação das anomalias que podem comprometer o bom desempenho dos diversos componentes destas, quer na durabilidade e quer de segurança.

Entretanto no que diz respeito as portagens, o Ministro primeiro esclareceu que ‘’não existe nenhum cerco das populações de Maputo, Matola, Marracuene e KaTembe e nos cerca de 72 Km de extensão da Estrada Circular de Maputo, sucede que esta estrada é constituída por várias secções que não estão dispostas em forma de um raio. Por isso, ‘’a concessão de estradas visa, essencialmente, e nos termos da legislação em vigor no país, captar investimento privado para a reabilitação, desenvolvimento e manu-tenção de estradas. As concessões rodoviárias partem do pressuposto de que nas es-tradas concessionadas serão instaladas praças de portagens em que os utentes das mesmas pagam taxas’’.

Os residentes de Caia e Marínguè deixarão de percorrer longas distâncias na busca de água para o seu consumo, o que representa mais rendimento para as famílias e mais dedicação a outras actividades...

Actualmente, um dos grandes desafios com que a população moçambicana tem se debatido, são os efeitos das mudanças climáticas, tais como inundações, secas e ciclones, que destroem as infraestruturas de Água, Saneamento e Higiene e afectam a sua sustentabilidade.

Sofala, devido à sua localização geográfica, tem sido uma das províncias que mais sofrem, por isso, continua a experimentar ciclos de desastres naturais, um factor que condiciona a prestação de serviços de água. Ciente das dificuldades que as comunidades rurais enfrentam na busca do precioso líquido, na última Sexta-feira, 20 de Maio, o Governo procedeu à entrega dos sistemas de abastecimento de água de Nhamapaza e de Sena, no Posto Administrativo de Subué no Distrito de Marínguè e no Posto Administrativo de Sena, no Distrito de Marínguè, respectivamente, na província de Sofala, com vista a providenciar o bem-estar social.

As duas infra-estruturas fazem parte do programa “Água para a Vida-PRAVIDA”, uma acção de Iniciativa Presidencial e totalmente financiado pelo Orçamento do Estado concebido com o objectivo de acelerar as acções do abastecimento de Água, Saneamento e Recursos Hídricos e vai beneficiar a cerca de 18.000 pessoas, sendo 12.000 em Sena e 6.000 em Nhamapaza, o que equivale a cerca de 70 por cento da população residente naquelas zonas.

Com a entrada em funcionamento deste sistema, cujo investimento foi de pouco mais de 19 milhões de meticais, os residentes de Caia e Marínguè deixarão de percorrer longas distâncias na busca de água para o seu consumo, o que representa mais rendimento para as famílias e mais dedicação a outras actividades como por exemplo à escola.

Na ocasião, o Ministro das Obras Públicas, habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, disse que tem consciência dos grandes desafios ainda existentes, por forma a garantir que as futuras ger- ações possam ter um crescimento saudável, sendo que a falta de água contribui para muitas doenças hídricas e desnutrição crónica.“A fase I do PRAVIDA trouxe uma mudança substancial no modo de vida das pessoas. Isto nos encorajou e o Presidente da República tomou a decisão de avançarmos para a fase II do PRAVIDA, que é este que estamos a executar. Concluída esta fase, ainda vão continuar desafios, por isso é que estamos a preparar a fase III, porque temos um compromisso com o Objectivo de Desenvolvimento Sustentável, que é para que, até 2030, termos uma cobertura total no abastecimento de água no país”, avançou.De realçar que, ainda no âmbito da iniciativa Presidencial denominada PRAVIDA, em Sofala, serão construídos nos próximos meses, 245 furos de água e reabilitados outros 85, todos equipados com bombas manuais.

Gua Chega A Mais 35 Mil Pessoas Na Beira E Dondo

Circulação rodoviária sobre o rio Revúbuè, na província de Tete, será retomada em cinco meses, anunciou, sexta-feira, Cecília Chamutota, Vice-Ministra das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, durante visita a esta parcela do país. Está também a construção de uma ponte pedonal, paralelamente às obras de reabilitação da infra-estrutura derrubada em Janeiro aquando da ocorrência da depressão tropical Ana.

Disse ainda que a infra-estrutura terá cerca de 120 metros de comprimento, estando a ser investidos três milhões de dólares, significando o fim do martírio que os moradores de uma e de outra margem do rio têm estado a viver ao recorrer à ponte Kassuende, a única via de ligação entre as cidades de Tete e Moatize. Do ponto de vista arquitectónico, Cecília Chamutota garantiu que as pontes metálicas que têm sido adoptadas usam tecnologia robusta e já vêm com especificações que indicam de que forma devem ser implantadas.

Mas também vamos ter de rever a capacidade dos pilares que ficaram, se terão capacidade para suportar a estrutura a ser colocada por cima”, disse Chamutota, prometendo medidas para garantir a durabilidade da infra-estrutura. “Vamos ter de colocar o limite de carga a transitar por cima da ponte para se poderem observar as questões de segurança, mas acredito que não haverá grandes problemas em termos de volume de carga que poderá passar pelo local”, sossegou, louvando a iniciativa do sector privado, que vai montar uma ponte pedonal sobre o rio Revúbuè. Trata-se de uma solução híbrida, tendo uma extensão de aterro e depois a própria ponte pedonal, num trabalho que está a ser coordenado pela ANE, delegação de Tete.

Mais de 35 mil pessoas passam a consumir água potável nas cidades da Beira e Dondo, em Sofala, mercê da inauguração, Quinta-feira, 30 de Junho, pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, de um sistema de abastecimento de água e uma estação de bombagem, na localidade de Mutua, distrito de Nhamatanda, em Sofala.

O projecto, financiado pelo Governo de Moçambique e o Banco Mundial, no valor de 7.5 milhões de dólares norte-americanos, incluiu ainda a expansão da rede em 97.6 quilómetros, captando diariamente 90 mil metros cúbicos.

O Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água, FIPAG, aumenta assim, o número de beneficiários, de 471 mil para 506 mil consumidores e incrementa de 65 mil ligações domiciliares para 72 mil, fixando-se a taxa de cobertura da rede em 58 por cento nas duas cidades.

Entre os novos consumidores, constam moradores dos bairros periféricos de Inhamízua, Matadouro, Manga-Mungassa e Ndunda, na cidade da Beira, e Kanhandula, Nhamayábwè e Samora Machel, no Dondo. O Chefe do Estado considerou que este feito resulta do esforço do Governo na busca de soluções para a melhoria da qualidade de vida e bem-estar da população, assumindo-se a provisão de água segura e per- manente como condição essencial para alavancar as actividades sócio-económicas e o consequente desenvolvimento do país.

“O acesso à água potável significa melhoria de saúde da população, bom rendimento escolar para as crianças e desenvolvimento de uma forma geral”, disse Nyusi.

Lembrou que a Estação de Bombagem de Mutua é das infra-estruturas vitais seriamente danificadas pelo ciclone tropical

A entrada em funcionamento do sistema de abastecimento de água vai contribuir substancialmente para o alcance do Programa Quin-quenal e dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável...

Idai, que fustigou em Março as cidades da Beira e Dondo, em Março de 2019. Por isso, manifestou-se satisfeito com a entrada em funcionamento do sistema de abastecimento de água, pois vai contribuir substancialmente para o alcance do Programa Quinquenal e dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, concretamente no que diz respeito à expansão e acesso à água potável.

O ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, avaliou preliminarmente, em cerca de oito mil milhões de meticais a reabilitação e reconstrução de aproximadamente 8.800 quilómetros de estradas, 23 pontes, 14 passagens hidráulicas e três drifts danificados na presente época chuvosa, no país.

Mesquita fez este pronunciamento durante a abertura do Primeiro Conselho de Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, ocorrido a 30 de Maio, em Maputo, com o objectivo de discutir e obter subsídios de entidades e individualidades especializadas em matérias de projecto, construção, fiscalização e manutenção de estradas e pontes.

Carlos Mesquita referiu que Moçambique é propenso à ocorrência de desastres naturais, com maior destaque para as cheias que ocorrem com maior frequência nas bacias de Maputo, Umbelúzi, Incomáti, Limpopo, Save, Búzi, Púngoè, Zambeze, Licungo e Messalo, causando um impacto negativo no desenvolvimento socioeconómico do país, devido à perda de vidas humanas e destruição de infra-es- truturas. “Esta situação leva-nos à necessidade de reflectir sobre os pressupostos para a concepção, dimensionamento, construção e manutenção das infra-estruturas rodoviárias e outras, tomando em consideração as últimas variáveis climáticas, incluindo as projecções para os próximos tempos” explicou o ministro.

Num outro desenvolvimento, foi exortado o conselho do MOPHRH para a necessidade de se garantir que as novas estradas sejam mais resilientes aos efeitos das mudanças climáticas, incluindo a mobilização de recursos com vista à manutenção de estradas e o incremento do seu período de vida útil. “Nesta área, o Governo perspectiva a efectivação de projecto de são necessários cerca de oito mil milhões de meticais a reabilitação e reconstrução de (…) 8.800 quilómetros de estradas, 23 pontes, 14 passagens hidráulicas e três drifts danificados na presente época chuvosa... construção das barragens de Megaruma, em Cabo Delgado, Mugeba, na Zambézia, Mapai, em Gaza e Moamba Major, em Maputo, que de forma combinada irão resultar numa capacidade de armazenamento de mais de 9 mil milhões de metros cúbicos, concluiu o ministro.

Importa referir que estiveram presentes neste primeiro conselho, a vice-ministra do sector, Cecília Chamutota, antigos ministros do MOPHRH, quadros seniores do sector das Obras Públicas, parceiros de desenvolvimento, instituições académicas, antigos dirigentes, organizações da sociedade civil e especialistas em mudanças climáticas e concepção de projectos de estradas e pontes.

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