Revista Bem Bolada - Maio | 2024

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EDIÇÃO 7

Ano 1 - 2024

a revista que está com a bola toda

A MULHER NO FUTEBOL

Entrevista com NADINE BASTTOS

INAUGURAÇÃO DA ARENA DO CORINTHIANS

HOMENAGEM A ANTERO GRECO, SILVIO LUIZ E WASHINGTON RODRIGUES

PRIMEIRO CLÁSSICO CORINTHIANS X PALMEIRAS

MAIOR PÚBLICO DO PACAEMBU

PAULISTÃO FEMININO SICREDI

ENTREVISTA COM WANDERLEY NOGUEIRA

O MAIS PREMIADO REPÓRTER DO NOSSO RADIOESPORTIVO

RIAL

Estamos mais uma vez nas “bancas” virtuais deste e de outros Países cumprindo a nossa proposta de trazer bons assuntos, bons entrevistados, bons temas, boas fotos, pois somos, acima de tudo, modestos.

Sim, mas, falando sério, é essa a proposta de todo mês da revista Bem Bolada.

A Bela que trazemos é muito especial. Nasceu em Santa Catarina, nasceu amando o futebol, mas foi cursar Odontologia.

A Bela e o Fera

correta acima de tudo.

O que o levou ao patamar que ocupa hoje. É brilhante no jornalismo impresso, nada de braçada no rádio, brinca na televisão.

E não à toa Wanderley Nogueira é o repórter de rádio mais premiado pela nossa Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo), onde os premiados são escolhidos pelos próprios cronistas –melhor corpo de jurados não há.

Depois, como o mundo não é nem poderia ser uma bola reta, ela fez uma curva e foi estudar futebol. As polêmicas regras do futebol.

Tornou-se árbitra.

Percorreu o caminho normal: começou apitando nas categorias de base até ser levada a tornar-se auxiliar e chegar aos quadros da Fifa.

Nadine Basttos chegou onde queria e tornou-se comentarista de arbitragem. A primeira mulher a enfrentar essa barra.

É uma comentarista segura, firme em suas opiniões, técnica, comunicativa, rigorosa, pero sin perder nunca la ternura.

O Fera já percorreu vário mundos em nossos campos de futebol.

Brilhante repórter, Wanderley Nogueira sempre colocou a informação

Mas, esta Bem Bolada traz mais: homenagem a três profissionais que nos deixaram: Antero Greco, Silvio Luiz e Washington Rodrigues.

O Campeonato das Belas, agora patrocinado pela Sicredi, ganha força no patrocínio e nos veículos que transmitirão o evento.

E não para por aí: o primeiro clássico entre Corinthians e Palmeiras (então Palestra Itália), a inauguração da Arena do Corinthians, o maior público do Pacaembu, o primeiro título da Seleção Brasileira, em 1919, e o Bicampeonato da Libertadores pelo São Paulo.

Como não poderia deixar de ser, o esperado Quiz se faz presente.

Tudo preparado com extremo carinho por mim e pelo Silvio Natacci. Divirta-se.

04 - Entrevista com Wanderley Nogueira

10 - A Mulher no Futebol: Nadine Basttos

14 - Camarote

16 - Brasil: Campeão Sul-Americano

17 - Primeiro Clássico Corinthians x Palmeiras

18 - 2014: Inauguração da Arena do Corinthians

20 - 1993: São Paulo, Bicampeão da Libertadores

22 - 1942: Maior Público do Pacaembu

24 - Paulistão Feminino Sicredi

26 - Homenagem

29 - Quiz

EDIT
Mário Marinho
FONE: +55 11 99695-6793 revistabembolada@gmail.com COMUNICAÇÃO INTEGRADA MÁRIO LÚCIO MARINHO mariomarinho@uol.com.br SILVIO NATACCI silvionatacci@terra.com.br DIRETORES
PROJETO GRÁFICO NETO OLIVEIRA neto.oliveira@gmail.com
E JORNALISTAS RESPONSÁVEIS
24 ÍNDICE 10 04 ÍNDICE 26 @revistabembolada 2

NOGUEIRA WANDERLEY

O mais premiado repórter do nosso radioesportivo, que está há 47 anos na Jovem Pan, conta todos os detalhes de sua brilhante carreira.

Como você começou sua carreira profissional antes de ser jornalista esportivo?

Desde cedo eu gostei de rádio. Meu pai ouvia muito os jornais falados das emissoras de rádio. Tinha um muito famoso que era o Jornal Falado Tupi. Eu sou filho único e ficava ouvindo com meu pai. Nesse tempo eu jogava bola na rua e também narrava. E uma coisa me chamava a atenção: Como é esse negócio de trabalhar e ganhar dinheiro? Eu tinha uns 7 anos. Então, improvisei uma caixinha de engraxate para ganhar uma graninha e enchi a caixinha de gibis. Fui para uma esquina perto de casa, na Rua Piratininga, no Brás, para minha mãe não me ver. Mas minha estreia não aconteceu porque, 20 minutos depois, meu tio virou a esquina e me viu. Resultado: minha carreira de engraxate acabou ali. Passou um ano e houve uma escassez de açúcar em São Paulo. Aí, eu fui a um supermercado da Rua Piratininga procurar trabalho em troca de açúcar. E eu comeei a ficar umas três horas

por dia lá ajudando os clientes. Mas, logo uma fofoqueira contou para a minha mãe e eu perdi o meu emprego de novo! Passou um tempinho e eu pedi emprego para um tio meu que era diretor da antiga Casas Pirani. Eu tinha 14 anos. Comecei a trabalhar no depósito, tirava notas fiscais. Seis meses depois, me transferiram para o Depto. de Propaganda. Aprendi tudo lá na área de propaganda. E comecei a receber o pessoal de Rádio, TV e Jornais. Um deles é o famoso Armando Ferrentini. E aí apareceu um representante da Rádio Comercial de Presidente Prudente e ele me convidou para fazer boletins diários sobre futebol para essa rádio. Então, eu comecei a fazer dentro mesmo do Depto. de Propaganda da Pirani. Foi meu primeiro registro em carteira falando sobre futebol.

Como começou sua carreira no futebol?

Depois desses boletins para a rádio de

Presidente Prudente, eu trabalhei para a Rádio Piratininga. Depois, na Rádio Jornal e, posteriormente, na Rádio Marconi, onde a estrela era o Gil Gomes. E das Casas Pirani eu fui convidado para trabalhar na área de marketing do Grupo Silvio Santos. Foi quando consegui comprar meu primeiro Fusquinha. Comecei na Rua Jaceguai e depois fui trabalhar na Anhanguera, onde hoje é o SBT. Lá era o enorme depósito das lojas Tamakavy. Fiquei sete anos no Grupo Silvio Santos.

Faça um resumo de sua brilhante carreira.

Meu primeiro jornal foi o Diário da Noite/ Diário de São Paulo, na Rua Sete de Abril. Depois, fui para o Diário Popular/Popular da Tarde. Todos os dias eu saía da Rua Jaceguai e ia para o Diário Popular. Depois, ia para a Federação Paulista de Futebol, na Av. Brig. Luiz Antônio, onde encontrava todos os dirigentes dos clubes. Posteriormente, fiz

Foto: Divulgação/Reprodução
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Para quem gosta

de exclusividade. Jardim
R. General
Barreto,
Whatsapp: (11) 95840-4422 donatellihouse.com.br Vila
Paulista
Mena
766 (11) 3884-1022
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algumas matérias para o Estadão e fui para a Gazeta Esportiva, onde trabalhei por 12 anos. Aí, a Jovem Pan estava precisando de um repórter. E o Cândido Garcia me deu um toque. Além disso, nessa época, o Dr. Paulo Machado de Carvalho era vice-presidente da Federação Paulista de Futebol. Isso facilitou a minha apresentação lá na Jovem Pan. Aí, veio a proposta. Tive uma disenteria. Era o sonho dourado, mas a proposta era para ganhar muito menos do que eu ganhava. Eu fiquei sem saber o que fazer. Como sempre, todas as decisões importantes da minha vida eu tomo com a Nilde, minha esposa. Todas. Cheguei em casa e contei para ela. Eu tinha um bom salário no Grupo Silvio Santos e, depois, eu ia para o jornal. Eu teria que abandonar tudo. A Nilde falou: “Eu acho que você tem que aceitar!”. Ela estava grávida da Patrícia. No fim, fizemos as contas e acabei aceitando. Meu primeiro registro na Pan tem a data de 07/07/77. São as coincidências do “7” para o “Seu” Tuta e para mim também. No início, deu para conciliar a Jovem Pan com a Gazeta Esportiva. Depois, não deu mais. O Grupo Silvio Santos me ajudou muito quando pedi demissão e me pagou como se ele tivesse me mandado embora. Cheguei na Jovem Pan como quarto repórter. O Osmar Santos tinha ido para a Rádio Globo. Fiz a Copa de 78, foi a minha primeira Copa. Na época, escrevia também para o Popular da Tarde. Depois do Diário Popular/Popular da Tarde, eu fui para a Gazeta Esportiva, onde fiquei 12 anos, até 1992.

E o ano em que a Pan não quis cobrir a Copa ao vivo?

Foi em 2002. Houve um desacordo comercial. A Pan preferiu convocar um “time” de exjogadores e técnicos para comentar a Copa do estúdio, até por causa do fuso horário. Foi criada a seguinte chamada: “Assista pela Globo e ouça a Jovem Pan”. E eu, mesmo sem credencial, fui sozinho para a Coreia do Sul/ Japão. Não tinha nem técnico de som. Foi uma aventura. Imaginem os contratempos. Tive muita ajuda de colegas, como Tino Marcos e Mauro Naves. Fiquei mais de dois meses lá. E com a ajuda de Deus, consegui fazer um belo trabalho. Como não podia ir até a Seleção, os jogadores iam até o meu quarto no hotel para dar entrevistas exclusivas.

E atualmente, onde você está atuando?

Hoje, só na Jovem Pan. E nas redes sociais todas da Pan.

Como você vê a imprensa esportiva hoje?

Vejo muito blindada. Não podemos mais assistir aos treinamentos, não há mais a chamada zona-mista pós-treino, para fazer uma entrevista com jogadores temos que passar por inúmeros assessores... A prioridade é sempre para “os amigos do rei”...

Como você vê o radioesportivo hoje?

Eu não separo mais o rádio das outras plataformas. Vocé pode ouvir o rádio no celular, todas as emissoras têm aplicativo... O rádio vai se adaptando... Temos o youtube, o podcast... E vai haver uma seleção natural.

Falando de Seleção... O que você achou daquela ideia inicial da CBF de convocar um técnico “tampão” à espera do Ancelotti e esse técnico ser o Diniz?

No caso do Diniz, todos sabem que ele precisa

de tempo para fazer um time. Eu gosto dele, mas na Seleção ele não ia ter tempo para treinar. Aí, não deu certo mesmo.

O que você acha do Dorival na Seleção?

O Dorival tem outro perfil. Mais conciliador. E tomara que ele tenha feito um bom contrato, válido até o último dia da Copa de 2026, com multa contratual, porque o dirigente é volúvel. Acho que o Dorival tem um bom perfil para a Seleção e gostei dessa última convocação dele. Só acho que a CBF tinha que criar um vínculo maior dos jogadores com os torcedores.

Alguns gostariam de ver o Abel Ferreira na Seleção...

Acho que na Seleção Brasileira ele não dá certo. Ele está acostumado a colocar a mão na massa todos os dias. E acho que nem ele aceitaria. Eu acho que ele pode ser um bom técnico da Seleção Portuguesa, depois que ele sair do Palmeiras.

O Brasil tem chances para a Copa de 2026?

O Brasil é sempre um dos favoritos. Não há dúvida. Mesmo não estando num bom momento.

Quais os comentaristas esportivos que você aprecia?

Só trabalhei com craque: Orlando Duarte, Claudio Carsughi, Flávio Prado, Fábio Piperno... Além de Mauro Pinheiro, Loureiro Jr., Carlos Aymard e tantos outros.

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Quais os melhores narradores de rádio de todos os tempos?

Osmar Santos, José Silvério, Nilson César, Joseval Peixoto, Fiori Gigliotti, Éder Luiz...

Dos jogos que você trabalhou, quais os mais marcantes?

Impossível dizer... Foram muitos jogos... Um dos primeiros, por exemplo, foi a quebra do tabu do Corinthians, em 1977, contra a Ponte Preta... Sem contar que, desde 1978, eu participei de todas as Copas do Mundo... Foram 12 até agora!

E com relação à narração feminina

em jogos masculinos, o que você acha?

Acho ótimo! As mulheres estão ocupando espaço... Lembro da Regiane Ritter, como repórter, uma pioneira... Agora as emissoras tradicionais estão colocando as narradoras... Tem gosto pra tudo. Eu acho legal!

Quanto ao Brasileirão, você gosta dos “pontos corridos”?

Acho bom, mas acho que deveria ter uma grande final. Teríamos que achar uma fórmula para ter uma grande final!

Com relação aos Campeonatos Estaduais, devem ser mantidos?

Acho que tem que ajustar. Talvez diminuição de datas, de clubes, mudar a fórmula... Mas a tradição é fundamental e têm que continuar!

Quais são seus planos para 2024?

Quero continuar dando muita informação e quero ser cada vez mais feliz com a minha esposa, Nilde, que é fundamental na minha vida, meus dois filhos e meus netos.

JOGORÁPIDO

Seu hobby: Gosto muito de filmes.

Tipo de música preferido: Música instrumental.

Programa de TV preferido: Telejornal.

Melhores narradores de TV: Luciano do Valle, Walter Abrahão, Galvão Buieno, Milton Leite e Silvio Luiz.

Prato preferido: Lasanha.

Cantor brasileiro preferido: Ney Matogrosso.

Cantora brasileira preferida: Simone Bittencourt.

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A MULHER NO FUTEBOL

NADINE BASTTOS

Ela começou jogando futebol com seus irmãos, lá em ItajaíSC. Depois, além de estudar Odontologia, ganhou muitos prêmios como árbitra-assistente. Para, finalmente, tornar-se a primeira comentarista mulher de arbitragem.

Como e quando começou sua paixão pelo futebol?

Começou na infância. Eu sempre fui apaixonada por esporte e por futebol. Eu tenho dois irmãos mais velhos e o futebol era uma maneira de brincar com eles. Depois, eu comecei a assistir jogos com eles. Eu morava perto de um estádio, lá em Itajaí, Santa Catarina, o estádio Hercílio Luz, que é a casa do Clube Marcílio Dias. Então, a minha paixão pelo futebol começou na infância. E eu joguei tênis também durante uns 10 anos porque a minha mãe gostava muito.

Como você começou sua carreira?

Sempre quis na verdade ser jogadora de futebol. Mas, naquela época, o futebol feminino não era desenvolvido. Na adolescência, eu fui estudar e me formei em Odontologia. Aí, eu encontrei uma amiga de infância que ia fazer um curso de arbitragem e ela me incentivou a fazer.

Só tinha ela de mulher inscrita no curso. Então, aceitei porque era uma forma de ter contato novamente com esporte. Na época, eu não era muito ligada à arbitragem. Porém, fazendo o curso, eu comecei a gostar. Esse curso eu fiz em Florianópolis. Eu queria, a princípio, ser árbitra. Mas, naquela época, para a mulher, os incentivos eram mais para ser árbitra-assistente, embora fosse uma função bem difícil, porque as decisões precisam ser tomadas de forma instantânea. Naquela época não havia árbitro de vídeo.

No início, você sentiu alguma pressão machista?

Não só no início, mas na carreira inteira. Sofri e ainda sofro como comentarista de arbitragem. Está melhorando, mas ainda falta muito para a pressão diminuir. Porém, sempre tive muita segurança naquilo que eu faço. Por isso, nunca desisti.

Foto: Divulgação
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Faça uma sinopse da sua carreira.

Quando olho para trás, tenho orgulho do que fiz. Passei por muitas dificuldades, mas valeu a pena. A adrenalina que a gente sente dentro do campo é indescritível. Fico muito feliz pela carreira que tive e por ter dado continuidade como comentarista. Para começar a trabalhar no Campeonato Catarinense, tive que passar por testes teóricos e testes físicos. Comecei na categoria de base. Aí, fui subindo de categoria. Depois, fui indicada para o quadro nacional e, posteriormente, para o quadro da FIFA, conforme fui me destacando. Não foi fácil, mas fico feliz por essas conquistas. Fui eleita a melhor árbitra-assistente do Campeonato Catarinense por cinco anos consecutivos. A partir daí, fui evoluindo. E a responsabilidade ficou cada vez maior.

Quando você decidiu passar para o jornalismo?

Foi a decisão mais difícil da minha vida. Aconteceu há sete anos. Eu tinha também um consultório dentário particular porque o árbitro não consegue viver só da arbitragem. E trabalhava numa universidade também, em Itajaí. E tive que largar tudo. Eu não pensava em ser comentarista de arbitragem e recebi um convite. Só havia homens nessa função. Eu pensei que poderia abrir novas portas para outras mulheres. Eu estava no auge da minha carreira como árbitra-assistente. Tinha acabado de fazer a final da Copa do Brasil, em 2016, Atlético-MG x Grêmio. No início de 2017, havia renovado o meu teste para continuar com meu escudo da FIFA. Foi quando recebi o convite da Fox Sports, através do Márcio Moron. Eles queriam uma mulher nessa função. Já tinham o Carlos Eugênio Simon. Então, decidi arriscar e aceitei. Eu já estava satisfeita com o que havia realizado como árbitra-assistente. Eu parei no campo dia 09/04/2017 e comecei na TV dia 12/04/2017.

E quanto à profissionalização dos árbitros?

Sou totalmente a favor. Se um prossional

está focado só numa função, a chance de ele ter erro é muito menor. O futebol é um trabalho muito sério, envolve muita coisa, muitas pessoas, muito dinheiro. A única parte amadora do futebol até hoje é a arbitragem. Não pode ser tratada dessa maneira. Se um árbitro sofre uma lesão, ele não trabalha e não recebe. Ele ganha por jogo. Como ele paga as suas contas? Os árbitros precisam ter uma segurança. Na Inglaterra, na Espanha, na Alemanha, eles são profissionais: eles ganham uma quantia por mês e um valor adicional por jogo.

Cite alguns jogos marcantes dos quais você participou como árbitraassistente.

Pela questão emocional, o jogo entre Chapecoense e Palmeiras, o primeiro após o trágico acidente aéreo. Eu tinha vários conhecidos que faleceram naquele acidente. Foi muito impactante. Esse jogo ficou marcado na minha vida. Teve também o último jogo do velho Maracanã, o Jogo das Estrelas, em 2009, promovido pelo Zico e que fez com que ele fizesse as pazes com o Romário. Trabalhei também no jogo da reabertura do Maracanã, entre os amigos do Bebeto e os amigos do Ronaldo Fenômeno. E aquele jogo que eu já citei das finais da Copa do Brasil, em 2016.

E o VAR no Brasil? Você acha que está sendo um bem ou um mal?

Sou a favor da tecnologia, mas acho que precisa melhorar muito com relação à arbitragem. Não acho que o árbitro de vídeo tenha que apitar o jogo. Parece que a responsabilidade toda hoje é do árbitro de vídeo e não mais do árbitro em campo. Precisa haver um equilíbrio entre as funções.

Houve algum momento constrangedor com algum jogador que não aceitou a sua marcação?

Há alguns momentos em que o jogador não aceita a marcação. Mas nunca houve nada marcante ou grave.

Vamos falar da Seleção... O que você achou da ideia inicial da CBF de a Seleção ter um técnico “tampão” e esse técnico ser o Diniz?

Eu vejo que a Seleção está passando por um momento de transição e os torcedores não têm tanta confiança como tinham tempos atrás. Os jogadores, na minha visão, não têm tanta empatia com aquela camisa como tinham antigamente. Antes, o jogador tinha

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prazer quando vestia a camisa da Seleção. Hoje, dá a impressão que é mais uma camisa. Com relação ao técnico, acho que foi um erro ter esperado tanto pelo Ancelotti. Acho o Diniz um bom técnico, mas ele não foi bem. Às vezes os jogadores não se adaptam ao esquema dele em pouco tempo.

Finalmente veio o Dorival. O que você acha dele?

Considero ele uma boa opção. Acho ele o melhor técnico brasileiro e torço para que ele faça um bom trabalho. O Dorival dá liberdade para os jogadores exercerem o que eles têm de melhor. E eu gostei da última convocação dele.

Alguns gostariam de ver o Abel Ferreira como técnico da Seleção. O que você acha da ideia?

Gostaria de ver o Abel na Seleção pela vibração dele. Não sei se ele daria certo na Seleção porque ele tem um perfil muito de grupo: não sei se ele teria tempo de desenvolver esse trabalho na Seleção. Porém, gosto da intensidade dele.

Você acha que em 2026 o Brasil tem chance?

Eu não acho que ele seja o favorito. Vou torcer, é óbvio, para o Brasil, mas não digo que ele seja o favorito.

Com relação à narração feminina em jogos masculinos, o que você acha?

Fico muito feliz que elas estão ganhando mais espaço. É uma questão de tempo, de adaptação, do público acostumar com a voz feminina. Temos cada vez mais mulheres narrando. Elas, com o tempo, vão criar um estilo próprio. O público também precisa dar um pouco mais de tempo com relação a isso. Mas elas são competentes e vão conquistar

seu espaço. Torço para que muitas mulheres possam narrar um jogo de futebol.

Você gosta do Brasileirão com “pontos corridos”?

Eu gosto. Mas há o problema que alguns clubes poupam jogadores por causa das outras competições: Libertadores, Copa do Brasil etc. Parece que o Brasileirão fica como última opção. Mas o nosso calendário não dá alternativa. Enfim, é o que temos e vai continuar assim

E dos Estaduais, você gosta?

Gosto e acho importante. Não concordo que acabem com eles. É onde os clubes menores podem revelar jogadores. Talvez diminuiria a duração deles, mas jamais terminaria com eles.

Quais são seus planos para 2024?

JOGO

Seu hobby: Jogar Beach Tennis.

Tipo de música preferido: Sertanejo.

Programa de TV preferido: Ver jogos de futebol.

Melhores narradores esportivos de Rádio: Nilson César é o que mais escuto.

Melhores narradores de TV: Galvão Bueno, Téo José e Cléber Machado.

Prato preferido: Pizza.

Cantor brasileiro preferido: Djavan

Cantora brasileira preferida: Marília Mendonça.

O Brasil é presidido pelo ditador Getúlio Vargas, que assumiu em 03/11/1930 • A população brasileira é de 42,9 milhões de habitantes • Nascem: Ademir da Guia, Arlete Salles, Caetano Veloso, Cassius Clay, Celly Campello, Gilberto Gil, Jimmy Hendrix, Milton Nascimento, Nara Leão, Paulinho da Viola, Paul McCartney, Susana Vieira e Tim Maia • O Brasil muda de moeda: o cruzeiro substitui o mil réis • A Coca-Cola abre sua primeira fábrica no Brasil • Em razão da guerra, o Palestra Itália de São Paulo passa a se chamar Palmeiras e, o de Minas, muda para Cruzeiro • Getúlio Vargas cria o território de Fernando de Noronha.

Tenho muitos sonhos. Quero evoluir cada vez mais como comentarista de arbitragem. Meu foco ainda é nessa função. Quero poder fazer grandes competições e continuar trabalhando no SBT, onde estou desde 2021. E quero estudar outras áreas também. Já fiz até um curso de treinadores na CBF, para entender um pouco mais o futebol.

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CAMAR TE

Lançamento do livro: Mercado do Futebol e a Lei da SAF de Rodrigo Monteiro de Castro

Em 09 de maio aconteceu, no Shopping Iguatemi, em São Paulo, o lançamento do livro “Mercado do Futebol e a Lei da SAF”, de autoria do advogado Rodrigo R. Monteiro de Castro, pela editora Migalhas, contendo prefácios de Carlos Portinho, Modesto Carvalhosa, Paulo Vinícius Coelho (PVC) e João Pedro Nascimento.

O evento contou com presenças ilustres como: Roberto Podval, Arystóbulo Freitas, Flávia Moura (diretora da B3), Rui Celso Reali Fragoso, Eduardo Ramirez, Rodrigo Gama (vice-presidente do Athletico Paranaense), Konrad Dantas (KondZilla), Caio Mariano, Paula Lima (diretora da AASP), Flávia Furtado (diretora da Ópera de Manaus), Paulo André (ex-jogador de futebol), Fábio Tofic, Braz Martins Neto, Firmin António e Mônica Moya, Lucinéia Possar (Diretora Jurídica do Banco do Brasil), fotógrafo Bob Wolfenson, Bruno Amaral (diretor do BTG), Silvia Bugelli (diretora da B3), Fábio Ulhoa, Alexandre Martins Fontes e Márcia Pastore, Luiz Felipe Santoro, Roberto Duque Estrada, Saverio Orlandi, entre outros.

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Rodrigo Monteiro de Carvalho com o fotógrafo Bob Wolfenson.

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O autor com Bruno Amaral, diretor do BTG.

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O autor com Flávia Furtado, diretora da Ópera de Manaus.

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O autor com Flávia Moura, diretora da B3.

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O autor com Lucinéia Possar, diretora jurídica do Banco do Brasil.

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O autor com Paula Lima, diretora da AASP.

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Rodrigo Gama, vicepresidente do Athletico Paranaense, com o autor.

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O autor com Silvia Bugelli, diretora da B3. 1 2 3 5 6 7 8 4

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Primeiro título internacional do Brasil

Era a terceira vez que o futebol sulamericano se reunia para apontar um grande campeão da região.

Nas duas primeiras, 1916 e 1917, o Uruguai sagrou-se campeão.

O Brasil foi escolhido como sede da competição de 1918, que acabou sendo postergada por causa da Gripe Espanhola.

A Gripe Espanhola foi uma pandemia que assolou o mundo, como a recente e também letal Covid-19.

Calcula-se que tenha matado cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo.

Aqui no Brasil, a doença foi mais forte no Rio de Janeiro e em São Paulo, centros de maior população.

E a doença não tinha remédios específicos, mas uma das fortes recomendações era que se evitassem aglomerações de pessoas.

Daí, os quatro países envolvidos na competição – Brasil, Argentina, Chile e Uruguai –, seguiram a orientação da Confederação Sul-Americana de Futebol e optaram pelo adiamento da competição que foi disputada no mês de maio de 1919.

O Brasil foi bem na estreia, no dia 11 de maio, massacrando a Seleção do Chile, 6 a 0.

Em pé, da esquerda para a direita: Píndaro, Sérgio, Marcos Mendonça, Fortes, Bianco e Amílcar. Agachados: Millon, Neco, Friedenreich, Heitor e Arnaldo.

Uma semana depois, venceu a Argentina: 3 a 1.

O terceiro jogo foi dia 26 de maio, contra o Uruguai, e deu empate: 2 a 2.

A decisão, contra o próprio Uruguai, aconteceu numa tarde de quinta-feira, 29 de maio.

O jogo foi marcado para ter seu início às 14 horas, mas, às 9 da manhã, já havia torcedores esperando a abertura do moderno Estádio das Laranjeiras.

O jogo começou no horário marcado. E terminou uma hora e meia depois, com o placar em branco: 0 a 0.

Os capitães dos dois times se reuniram com os juízes e o representante da Confederação Sul-Americana de Futebol e concordaram com uma prorrogação de dois tempos, 30 minutos cada.

Ou seja, depois do tempo regulamentar, mais uma hora de jogo. Quase três horas seguidas de um mesmo jogo!

O gol brasileiro, da vitória e do título, foi marcado pelo maior artilheiro da época, uma espécie de Pelé de então: Arthur Friedenreich, centroavante do Paulistano, no segundo tempo da prorrogação.

BRASIL

Data: 29 de maio de 1919.

URUGUAI

Local: Estádio das Laranjeiras, Rio de Janeiro-RJ.

Árbitro: Juan Barbera (ARG).

Público: 35.000 espectadores.

Brasil: Marcos de Mendonça (Fluminense); Píndaro (Flamengo) eBianco (Palestra Itália, atual Palmeiras); Sérgio Pires (Paulistano),Amílcar (Corinthians) e Fortes (Fluminense); Millon (Santos), Neco (Corinthians), Friedenreich (Paulistano); Heitor (Palestra Itália, atual Palmeiras) e Arnaldo (Santos).

Técnico: Haroldo Domingues.

Uruguai: Cayetano Saporiti, Manuel Varela e Alfredo Foglino; Rogelio Naguil, Alfredo Zibechi e José Vanzzino; José Pérez, Héctor Scarone, Ángel Romano, Isabellino Gradín e Rodolfo Marán.

Técnico: Severino Castillo.

Gols: Friedenreich, aos 122.

ACONTECEU EM 1919...

O Brasil é presidido por Delfim Moreira, que assumiu em 15/11/1918 e fica até 28/07/1919, sendo sucedido por Epitácio Pessoa • A população estimada do Brasil é de 29,39 milhões de habitantes • O Brasil conquista seu primeiro título no futebol: o Campeonato Sul-Americano, vencendo por 1 a 0 o Uruguai, gol de Friedenreich • Rodrigues Alves é uma das vítimas fatais da gripe espanhola. Reeleito presidente no ano anterior, não assumiu o cargo por causa da doença • Nos Estados Unidos, o Congresso aprova a Lei Seca • Nascem: Eva Perón, Eva Todor, Dom Hélder Câmara, Nat King Cole e Nélson Gonçalves.

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1919 - Campeonato Sul-Americano 16

1917 - PALESTRA ITÁLIA 3 X 0 CORINTHIANS

O primeiro jogo

No domingo, 06 de maio de 1917, o jornal O Estado de São Paulo ocupou quase toda a sua primeira página com notícias da guerra que se desenrolava na Europa. Sob o título de “Conflagração”, o Estadão informava sobre a retomada do povoado de Craonne por forças “Anglo-francezas”.

O futebol do domingo só era notícia na página 6, num pequeno espaço de uma coluna, que apresentava os dois jogos daquele domingo. No Floresta, jogariam AC Paulistano e SC Internacional.

Um pouco mais abaixo, o noticiário destacava Palestra x Corinthians. Eis o texto:

“Quem conhece as equipes não deixará, sem dúvida alguma, de assistir à partida de hoje que, pode-se dizer de antemão, será uma das mais belas da presente temporada”.

Na cobertura do jogo, na edição de segundafeira, o Estadão fala da expectativa do jogo e da massiva presença do público.

“Realisou-se hontem no vasto campo da Antarctica o esperado encontro entre o Corinthians e o Palestra.

O Corinthians foi o campeão da extincta Liga Paulista, possue um conjunto de primeira ordem, bem treinado, e o que é mais, tido como “team” invencível. O Palestra actualmente é um dos melhores “teams” da Associação, possuindo uma “eleven” de valor.” Razão de sobra para o grande público presente.

Segue a descrição do jogo mostrando muito equilíbrio entre os dois times, mas que acabou com a vitória do Palestra por 3 a 0. O primeiro tempo terminou sem gols. Mas, no segundo, “o Palestra organisa ataque cerrado e consegue vencer a defesa

adversária, cabendo a Caetano vasar o goal do Corinthians aos 18 minutos.

Daí por diante, o Corinthians fica completamente desorientado. O team italiano aproveita-se da indecisão das linhas inimigas. Caetano dá uma escapada e envia mais uma vez a esfera à rede do Corinthians.

Ainda o mesmo jogador consegue, um minuto antes de terminar o jogo, conquistar mais um goal para sua equipe.

Terminou assim o match com a victoria do Palestra por 3 goals a nihil”.

Só para esclarecer, “nihil” é um termo em latim que significa nada (ou nulo).

O campeonato de 1917 foi o primeiro sob o comando da Associação Paulista de Sports Athleticos, após sua fusão com a Liga Paulista de Foot-ball.

O Paulistano foi o campeão, com Palestra em 2º e Corinthians em 3º.

O artilheiro da competição foi Friedenreich, que defendia o Ypiranga e marcou 20 gols. Essa fase do futebol ainda amador, teve o Paulistano como o grande campeão, inclusive conquistando os títulos paulistas de 1916-1917-1918-1919 – um tetracampeão de raiz, façanha jamais realizada por outro time em São Paulo.

Com o advento do profissionalismo, em 1933, o Paulistano fechou seu departamento de futebol.

Até hoje, Palmeiras e Corinthians já se enfrentaram 379 vezes, com 134 vitórias do Verdão, 129 do Timão, além de 116 empates.

O Herói: Autor dos três gols da vitória do Palestra sobre o Corinthians, Caetano Izzo.

PALESTRA

CAMPEONATO PAULISTA

Data: 06 de maio de 1917

Local: Parque Antarctica.

Árbitro: Alfredo Gullo.

Palestra Itália: Fiosi; Grimaldi e Bianco; Bertolini, Picagli e Fabbi; Ministro, Caetano, Heitor, Orlando e Martinelli.

Capitão: Bianco Spartaco.

Corinthians: Russo; Adelino e Casemiro González; Ciasca, Plínio, e César Nunes; Américo, Marconi, Amílcar, Apparício e Neco.

Capitão: Amílcar Barbuy.

Gols: Caetano 18, Caetano 25 e Caetano 39 do 2º.

ACONTECEU EM 1917...

O Brasil é presidido por Wenceslau Braz, que assumiu em 15/11/1914 • A população brasileira é de 27,76 milhões de habitantes • O censo informa que há 1.757 automóveis na cidade de São Paulo • No Brasil, é gravado o primeiro samba: “Pelo Telefone”, de Donga e Mauro de Almeida • Acontece o Primeiro Clássico entre Corinthians e Palmeiras (então Palestra Itália) • O Brasil entra na Guerra • Zequinha de Abreu lança o chorinho “Tico-Tico no Fubá” • Nascem: Chacrinha, Dalva de Oliveira, David Nasser, Dean Martin, Indira Gandhi, Jânio Quadros e John Kennedy • Morrem: Oswaldo Cruz e Madre Cabrini.

ITÁLIA CORINTHIANS 3 0
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Casa Corinthiana

10 ANOS

Até 1968, o Corinthians mandava seus jogos contra times pequenos na acanhada Fazendinha, no Parque São Jorge, Zona Leste paulistana. A Fazendinha tinha capacidade para cerca de 18 mil torcedores e se chamava Estádio Alfredo Schürig, empresário paulistano e presidente do Corinthians de 1930 a 1933. A inauguração do estádio se deu em 1928.

O presidente do Corinthians, em 1968, era o deputado estadual Wadih Helu, cargo que exerceu de 1967 até 2003, sendo eleito e reeleito consecutivamente, com forte apoio da torcida corinthiana.

Em seu primeiro mandato naquele ano de 1968, apareceu com a mirabolante ideia de construir um estádio no Parque São Jorge.

Com pompa e circunstância, Wadih Helu apresentou a maquete do novo estádio que teve inspiração no Estádio Azteca, com capacidade para 131 mil torcedores.

Além da imensa capacidade, seria o maior de São Paulo e segundo maior do Brasil, atrás somente do Maracanã, e o estádio corinthiano apresentaria camarotes como sua grande novidade.

Claro, o estádio nunca saiu do papel.

Mas, voltaria a ser falado em muitas outras oportunidades, mantendo o corinthiano aflito e na expectativa de ter a casa própria. Em uma delas, o então presidente Vicente Matheus prometeu um estádio com capacidade para 213 mil espectadores.

Finalmente, a Arena do Corinthians começou sua construção em 2011 e ficou pronta para a abertura da Copa do Mundo de 2014, quando sediou o jogo Brasil e Croácia, vitória brasileira por 3 a 1. Porém, o jogo inaugural foi no dia 18 de maio de 2014: o Corinthians perdeu por 1 a 0 para o Figueirense, pelo Brasileirão, gol de Giovanni Augusto.

A capacidade total da Neo Química Arena é de 49.205 lugares. Na Copa do Mundo de 2014 esse número foi aumentado em 19 mil lugares pela colocação de arquibancadas móveis que, ao final da competição, foram retiradas.

O custo total da obra é estimado hoje em cerca de um bilhão e seiscentos milhões de reais, que o Timão, a duras penas, vai pagando.

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Curiosidades da Arena

Jogos de grandes competições

A Arena do Corinthians recebeu jogos da Copa do Mundo 2014, incluindo a partida de abertura entre Brasil e Croácia, jogos das Olimpíadas de 2016 e da Copa América de 2019.

Novela dos naming rights

Desde a inauguração oficial do estádio, em 18 de maio de 2014, o Corinthians demorou seis anos para fechar o naming rights da arena. Em 2020, a farmacêutica Hypera Pharma fechou acordo para pagar R$ 300 milhões pelo nome Neo Química Arena, com validade até 2040.

Salto de valor do custo inicial

Orçado inicialmente em R$ 930 milhões pela Odebrecht, o custo total atualizado do estádio, contabilizando os juros, foi de cerca de R$ 1,64 bilhão.

Quase 200 vitórias do Corinthians

Desde o último jogo contra o Argentinos Juniors, em 14/05/2024, pela Copa Sul-Americana, o Corinthians soma 338 jogos na Arena, com 196 vitórias, 94 empates e 48 derrotas, com 532 gols a favor e 253 contra.

Jogador que mais atuou

O jogador que mais atuou na Neo Química Arena foi o goleiro Cássio, com o total de 289 jogos disputados.

O maior artilheiro

O maior artilheiro da Arena está no elenco atual, é o paraguaio Angel Romero, com 32 gols.

Maior público da história

A última partida da Copa do Mundo 2014 na Arena do Corinthians marcou o recorde de público do estádio: foram 63.267 pagantes para assistir Argentina x Holanda, na semifinal do torneio.

Títulos corinthianos

Em 2015, na goleada sobre o São Paulo por 6 a 1, o Corinthians conquistou o seu primeiro título no estádio, o Campeonato Brasileiro. Ainda houve outras duas taças erguidas na Neo Química Arena, os Paulistões de 2017 e 2019.

Grandes conquistas no futebol feminino

Em 2023, houve a conquista da quádrupla coroa, com os troféus da Supercopa, Brasileirão, Libertadores e Paulista. Dentro da Neo Química Arena, as Bravas corintianas conquistaram quatro Campeonatos Brasileiros (2020, 2021, 2022 e 2023), três Supercopas do Brasil (2022, 2023 e 2024) e três Campeonatos Paulistas (2019, 2021 e 2023).

Maior público do futebol feminino entre clubes na América do Sul

Na final do Campeonato Brasileiro 2023 contra a Ferroviária, o Corinthians levou 42.556 torcedores ao estádio e estabeleceu recorde sul-americano de público no futebol feminino. A vitória por 2 a 1 garantiu o quinto título brasileiro feminino ao clube.

ACONTECEU EM 2014...

Dilma Rousseff está no último ano de seu primeiro mandato como presidente da República • A população brasileira é de 202,76 milhões de habitantes • A XX Copa do Mundo ocorre no Brasil de 12 de junho a 13 de julho. O Brasil caiu nas semifinais, perdendo para a Alemanha por 7 a 1, no Mineirão. A campeã foi a Alemanha, derrotando a Argentina, na final, por 1 a 0 • Em 22 de julho, a CBF anuncia Dunga como novo técnico da Seleção • O Corinthians inaugura sua Arena, em Itaquera • Morrem: Ariano Suassuna, Armando Marques, Bellini, Jair Rodrigues, José Wilker, Luciano do Valle, Max Nunes e Paulo Goulart.

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SÃO PAULO Bicampeão da Libertadores

Há exatos 31 anos, o São Paulo, em estado de graça, conquistava mais uma vez a tão cobiçada Copa Libertadores. E mais uma vez sob a batuta do Mestre Telê Santana.

A primeira Libertadores havia sido conquistada um ano antes, no mês de junho, e a final foi contra o Newell’s Old Boys, da Argentina. Foram dois jogos. No primeiro, em Buenos Aires, vitória do time argentino: 1 a 0. No segundo, no Morumbi, vitória do Tricolor, também por 1 a 0, gol de Raí. Nos pênaltis, vitória do São Paulo. Foi a maior conquista do clube até então.

Em 1992, o Tricolor jogou a partida final com este time: Zetti; Cafu, Antônio Carlos, Ronaldo e Ivan; Adílson, Pintado e Raí; Palhinha, Müller (Macedo) e Elivélton.

Na Libertadores de 1993, 21 times participaram, sendo três brasileiros: o São Paulo, por ter sido campeão no ano anterior; o Flamengo, por ter conquistado o Brasileirão de 1992; e o

Internacional, porque foi campeão da Copa do Brasil em 1992. O São Paulo entrou nas oitavas de final e o primeiro adversário foi justamente o Newell’s Old Boys, em 07 de abril. No primeiro jogo, de novo, na Argentina, o Newell’s venceu: 2 a 0. Porém, a alegria deles durou pouco. No Morumbi, em 14 de abril, o Tricolor deu uma chacoalhada: 4 a 0, com gols de Raí (2), Dinho e Cafu.

Nas quartas de final, o São Paulo pegou o Flamengo. No primeiro jogo, no Maracanã, em 21 de abril, deu empate: 1 a 1, com gol são-paulino de Palhinha. No segundo, em 28 de abril, no Morumbi, vitória tricolor: 2 a 0, com gols de Müller e Cafu.

Nas semifinais, o adversário foi o Cerro Porteño, do Paraguai. O primeiro jogo foi no Morumbi, em 05 de maio. Vitória tricolor: 1 a 0, gol de Raí. O segundo foi em Assunção, em 12 de maio, e deu empate: 0 a 0. E lá foi o São Paulo para mais uma final.

Em pé: Gilmar, Zetti, Vitor, Pintado, Dinho e Ronaldo Luís. Agachados: Müller, Palhinha, Válber, Raí e Cafu.
1993 20

O adversário da grande final foi o Universidad Católica, do Chile, que, na fase de grupos, ficou em primeiro lugar, na frente do Bolívar, Cobreloa e San José.

Nas oitavas de final, o time chileno havia eliminado o Atlético Nacional, da Colômbia; nas quartas, o Barcelona, do Equador; e nas semifinais, o América de Cali.

O primeiro jogo das finais foi em 19 de maio, no Morumbi.

Quase 100.000 pessoas foram ao estádio. E não saíram decepcionados: o Tricolor aplicou uma goleada de 5 a 1 no Universidad, praticamente liquidando a fatura.

No segundo jogo, em Santiago, o São Paulo só administrou o resultado: perdeu de 2 a 0 e sagrou-se Bicampeão da Libertadores!

No total da campanha tricolor, foram oito jogos. O São Paulo marcou 13 gols e sofreu 6. Os artilheiros do time foram os seguintes:

Raí: 4 gols; Cafu e Müller, 2 gols; Dinho, Gilmar, Palhinha, Vítor e Lopez (Universidad, contra), 1 gol.

O ano de 1993 foi cheio de compromissos para o São Paulo.

O Tricolor realizou, no total, 97 partidas. Obteve 47 vitórias e apenas 22 derrotas. Telê Santana utilizou 44 jogadores. E não faltaram grandes conquistas:

Bicampeão da Libertadores, Supercopa dos Campeões da Libertadores e o Bicampeonato Mundial Interclubes, com a vitória inesquecível sobre o Milan.

A única nota triste foi a venda de Raí, em junho, para o PSG, da França. Mas ele retornou de forma triunfal em maio de 1998, conquistando mais um título: o Campeonato Paulista em cima do Corinthians.

SÃO PAULO

UNIVERSIDAD CATÓLICA (CHI) 5 1

Data: 19 de maio de 1993.

Local: Morumbi, São Paulo.

Árbitro: José Torres.

Público: 94.629 pessoas.

São Paulo: Zetti; Vítor (Catê), Gilmar, Válber e Ronaldo Luís (André Luiz); Dinho, Pintado, Raí e Cafu; Müller e Palhinha.

Técnico: Telê Santana

Universidad: Wirth; Contreras, Lopez (Barrera), Vasquez e Romero; Tupper, Lunari, Parraguez e Lepe; Almada e Perez (Reinoso).

Técnico: Ignácio Prieto.

Gols: Lopez (contra) 30 e Vítor 40 do 1º; Gilmar 9, Raí 15, Müller 20 e Almada 40 do 2º.

UNIVERSIDAD CATÓLICA (CHI) 2 0

Data: 26 de maio de 1993.

Local: Nacional de Santiago, Chile.

SÃO PAULO

Árbitro: Juan Francisco Escobar (Paraguai).

Público: 45.000 pessoas.

Universidad: Wirth; Contreras (Cardoso), Barrera, Vasquez e Romero; Tupper (Reinoso), Lunari, Parraguez e Lepe; Almada e Perez.

Técnico: Ignácio Prieto.

São Paulo: Zetti; Vítor (Toninho Cerezzo), Gilmar, Válber e Marcos Adriano; Dinho, Pintado, Raí e Cafu; Müller e Palhinha.

Técnico: Telê Santana.

Gols: Lunari 9 e Almada 14 do 1º.

ACONTECEU EM 1993...

O Brasil é presidido por Itamar Franco, que assumiu em 02/10/1992 • A população brasileira é de 151,57 milhões de habitantes • O STJ confirma a cassação de Fernando Collor • O ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso institui o Cruzeiro Real, substituindo o Cruzeiro, cortando três zeros • A inflação anual brasileira foi de 2.447% • Morrem: Albert Sabin, Armando Bógus, Austregésilo de Athayde, Ayrton Rodrigues, Euryclides de Jesus Zerbini, Federico Fellini, Frank Zappa, Grande Otelo, Isaurinha Garcia, Joel de Almeida, Lúcio Alves, Mário Moreno (o “Cantinflas”) e Milton Moraes.

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FICHAPRIMEIRO JOGO FICHA
SEGUNDOO JOGO

1942 O Maior Público do Pacaembu

Os dois primeiros jogos do Pacaembu foram realizados em 28 de abril de 1940. Foi uma rodada dupla, válida pela Taça Cidade de São Paulo.

No primeiro jogo, o Palmeiras, então Palestra Itália, venceu o Coritiba por 6 a 2. O primeiro gol do novo estádio foi de Zequinha, ponta-direita do time paranaense, logo no primeiro minuto de jogo.

O segundo jogo foi entre Corinthians e Atlético-MG. O Alvinegro do Parque São Jorge venceu por 4 a 2 e o Pacaembu recebeu cerca de 50.000 torcedores.

Pouco mais de dois anos depois, em 24 de maio de 1942, o carismático estádio recebia o maior público da sua história:

70.281 espectadores foram assistir ao clássico Corinthians e São Paulo, válido pelo Campeonato Paulista.

Tamanho interesse tinha um motivo especial: a estreia do

craque Leônidas da Silva, o “Diamante Negro”, no time tricolor. Leônidas estava com 28 anos, veio do Flamengo e, em 1938, havia tido uma grande atuação na terceira Copa do Mundo, realizada na França: o Brasil foi o terceiro colocado, mas ele foi o artilheiro da competição com oito gols.

O novo astro tricolor foi contratado pela maior quantia, na época, do futebol sul-americano: 200 contos de réis (como curiosidade, a moeda brasileira iria mudar, cinco meses depois, para “cruzeiro”).

Mas o Corinthians também tinha uma estreia: o pontaesquerda Hércules, que tinha o apelido de “O Dinamitador”, em razão de seu potente chute de perna esquerda. Hércules também foi titular na Copa de 1938. Ele começou a carreira no Juventus, passou pelo São Paulo, veio do Fluminense e encerrou a carreira no Timão.

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Leônidas chegou a São Paulo, vindo do Rio de Janeiro, em uma tarde de sexta-feira, dia 10 de abril de 1942, na Estação do Norte, no bairro do Brás, onde foi recebido por uma multidão de 10.000 pessoas, que carregou o novo ídolo nos ombros até a sede do São Paulo, na Rua Dom José de Barros.

Em razão do estado físico de Leônidas, a diretoria do São Paulo resolveu adiar sua estreia para 24 de maio de 1942, justamente dia do clássico contra o Corinthians.

O clima do jogo era tenso e parecia uma final de campeonato.

Ocorreram ainda duas preliminares antes da partida principal. Até que, 10 minutos antes das 16 horas, Leônidas deu o pontapé inicial.

A partida não decepcionou: terminou empatada em 3 a 3, com muitas emoções, mas nem Leônidas, nem Hércules marcaram. O São Paulo terminou o jogo com um a menos, pois Waldemar de Brito se contundiu e, naquela época, não eram permitidas substituições.

O jornal A Hora estampou esta manchete no dia seguinte: “São Paulo compra bonde de 200 contos”, como se o clube tivesse comprado um jogador velho e ultrapassado.

Leônidas nunca engoliu essa provocação e, dois jogos depois, marcou contra o Palmeiras (Palestra Itália) o seu primeiro gol de “bicicleta” em São Paulo. Além disso, conquistou cinco

Campeonatos Paulistas: 1943, 1945, 1946, 1948 e 1949.

No dia seguinte, o saudoso jornalista ítalo-brasileiro Thomaz

Mazzoni criou a seguinte manchete para o jornal A Gazeta

Esportiva: “São Paulo x Corinthians no choque Majestoso”. Foi a primeira vez que a expressão “Majestoso” foi utilizada para esse tradicional clássico paulista.

Leônidas no São Paulo

CORINTHIANS

3 3

SÃO PAULO

Data: 24 de maio de 1942.

Local: Pacaembu.

Árbitro: Jorge de Lima.

Público: 70.281.torcedores.

Renda: Cr$ 244.414,00 (cruzeiros).

Corinthians: Joel; Agostinho e Chico Preto; Jango, Brandão e Dino; Jerônimo, Milani, Servílio, Eduardinho e Hércules.

Técnico: Rato.

São Paulo: Doutor; Fiorotti e Virgílio; Zaclis, Lola e Silva; Luizinho, Waldemar de Brito, Leônidas, Teixeirinha e Pardal.

Técnico: Conrado Ross.

Técnico: Antoninho.

Gols: Jerônimo 10 e Lola 30 do 1º; Servílio 3, Luizinho 15, Teixeirinha 36 e Servílio 43 do 2º.

ACONTECEU EM 1942...

O Brasil é presidido pelo ditador Getúlio Vargas, que assumiu em 03/11/1930 • A população brasileira é de 42,9 milhões de habitantes • Nascem: Ademir da Guia, Arlete Salles, Caetano Veloso, Cassius Clay, Celly Campello, Gilberto Gil, Jimmy Hendrix, Milton Nascimento, Nara Leão, Paulinho da Viola, Paul McCartney, Susana Vieira e Tim Maia • O Brasil muda de moeda: o cruzeiro substitui o mil réis • A Coca-Cola abre sua primeira fábrica no Brasil • Em razão da guerra, o Palestra Itália de São Paulo passa a se chamar Palmeiras e, o de Minas, muda para Cruzeiro • Estádio do Pacaembu recebe o maior público da sua história.

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AS BELAS PAULISTAS EM CAMPO

A bola forte do Paulistão feminino, o campeonato das Belas, já está rolando.

São 11 clubes se enfrentando na primeira fase em turno único. Os quatro melhores colocados avançam para as semifinais, que serão decididas em jogos de ida e volta. As finais também serão disputadas em ida e volta. Em caso de igualdade no mata-mata, a vaga será decidida nos pênaltis para garantir mais emoção.

São três as equipes femininas que mais conquistaram o Paulistão até agora: Santos, com 4 títulos (2007, 2010, 2011 e 2018); Corinthians, também 4 (2019, 2020, 2021 e 2023); Juventus, 4 (1984, 1985, 1986 e 1987).

A Ferroviária é também outro time forte, com três conquistas: 2004, 2005 e 2013.

Estão na disputa: Corinthians, Ferroviária, Marília, Palmeiras, Pinda (de Pindamonhangaba), Realidade Jovem (de São José do Rio Preto), Red Bull Bragantino, Santos, São José (de São José dos Campos), São Paulo e Taubaté.

O Paulistão vai até 24 de novembro.

“Pela primeira vez na história, o futebol feminino de São Paulo recebe naming rights, e o Paulistão Feminino Sicredi se consolida como uma competição altamente atraente e rentável", diz Bernardo Itri, Vice-Presidente de Comunicação e Marketing da FPF.

A instituição financeira Sicredi, uma cooperativa com mais de 7,5 milhões de associados em todo o Brasil, tem desempenhado um papel fundamental no apoio ao futebol feminino. Para o

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gerente de Marketing da Central Sicredi PR/SP/RJ, Rogério Leal, isso é reflexo do compromisso da instituição em fortalecer a inclusão de mulheres. "Encaramos este tema tão contemporâneo e necessário, reforçando que o lugar da mulher é onde ela decide estar, inclusive no futebol", afirma.

"A parceria do Sicredi com o futebol feminino vai além do apoio ao talento das mulheres no esporte, reafirmando o compromisso da instituição com a equidade de gênero e a valorização da diversidade em todas as esferas da vida. Por isso, nada mais natural que nossa marca apoie e faça parte do nome do campeonato disputado pelas mulheres mais talentosas desse esporte tão amado por todo nosso país”, complementa Rogério Leal.

Numa prova da força da competição das Belas, os jogos terão transmissão nos seguintes canais: Paulistão Feminino Sicredi YouTube, TV Cultura, SporTV, Centauro, Max, TNT, e TV Globo nas finais.

Tamires, do Corinthians e da Seleção Brasileira, é uma das atrações. Victória Albuquerque, do Corinthians, foi a artilheira do Paulistão no ano passado, com 10 gols em 13 jogos.
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Ketlen chegou ao Santos com 15 anos e, 18 anos depois, já ultrapassou a marca dos 100 gols.

HOMENAGEM

A Imprensa Esportiva brasileira de luto

MÁRIO MARINHO

Esse foi um dia triste para a comunidade da Imprensa Esportiva e também para os apreciadores do futebol de um modo geral.

Perdemos três personagens: Antero Greco, Silvio Luiz e Washington Rodrigues, o Apolinho.

Antero Greco foi meu companheiro de prédio lá na Marginal, onde estavam o Estadão de um lado e o Jornal da Tarde de outro.

Compartilhamos as duas redações: Antero, no Estadão, e eu, no JT.

Participamos de cobertura e eventos esportivos muitas vezes.

No começo dos anos 1980 eu era presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo) e fui procurado pelo Roberto Avallone, que estava na TV Gazeta e era meu companheiro de trabalho no Jornal da Tarde.

Em pouco espaço de tempo, perdemos três grandes nomes: Antero Greco, Silvio Luiz e Washington Rodrigues.

A ideia, naquele momento, era fazer um programa esportivo nos moldes do “Novanta Minuti”, programa de muito sucesso na Itália. Convidamos o Antero para participar, não só por sua competência, mas também pelo fato de ele falar, e muito bem, o italiano.

Fizemos e refizemos o projeto em muitas e agradáveis reuniões – o Antero era muito bem-humorado.

Ao final, o programa não saiu do papel por falta de patrocínio.

Mas foram muitas e muitas agradáveis reuniões.

Antero, 69 anos, nos deixa com suas lições de competência e bom humor que ele mantinha dentro e fora do trabalho. Partiu na madrugada de quinta-feira, dia 16 de maio de 2024.

Certamente, os dois palestrinos apaixonados estão dando boas risadas na terra do Senhor.

Outro que nos deixou: Silvio Luiz. Narrador criativo e muito competente.

Aposto que você, em algum momento da vida, ouviu a voz rouca e competente do Silvio a bradar: “Pelo amor dos meus filhinhos” ou “Pelas barbas do profeta”.

Silvio estava internado há dias, lutando pela vida. Morreu aos 89 anos na mesma madrugada de 16 de maio.

Washington Rodrigues, também conhecido como Apolinho, foi narrador de voz e estilos marcantes no Rio de Janeiro.

Deixou-nos, aos 87 anos, na madrugada de 15 de maio.

Apolinho, torcedor fanático do Flamengo, tinha um sonho: dirigir o Mengão. E ele o realizou em 1995, quando foi técnico do Flamengo e conseguiu o vice-campeonato da Libertadores.

Mais do que excelentes profissionais, são três pessoas queridas que vão deixar saudades.

Que Deus ilumine os seus caminhos e dê força e conforto para os familiares.

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Três grandes profissionais, criativos, que sabiam manter o bom humor no trabalho e no dia a dia.

Antero com suas tiragens meio italianas, meio brasileiras.

Silvio Luiz e seus bordões marcantes: “Pelo amor de meus filhinhos!” ou “Pelasbarbasdoprofeta!”

Washington Rodrigues, o Apolinho, flamenguista doente e até chegou a ser técnico do time.

Assim ele expressava a felicidade: “Táfelizquenempintonum monte de lixo!”

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QUIZ

Quem é o maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro, com 190 gols?

Você é mesmo bom de bola?

Teste seus conhecimentos

Respostas no pé da página

Quais são os 4 jogadores que foram mais vezes artilheiros do Campeonato Brasileiro (3 vezes)?

A partir de 1971, quantas vezes o Palmeiras teve o artilheiro do Campeonato Brasileiro? 1 5 9 2 6 10 11 3 7 4 8

A partir de 1971, quantas vezes o São Paulo teve o artilheiro do Campeonato Brasileiro?

Edmundo 4

Dadá, Túlio, Romário e Fred

5

Fred 6

Dadá, Túlio, Romário e Roberto Dinamite

Roberto Dinamite 7

Dadá, Túlio, Roberto Dinamite e Fred

Quem marcou mais gols (34) em uma única edição do Campeonato Brasileiro?

Roberto Dinamite

Washington Coração Valente

Dimba

Fred

Quem foi o primeiro artilheiro do Campeonato Brasileiro, em 1971, com 15 gols?

Dadá, Roberto Dinamite, Romário e Fred

A partir de 1971, qual clube teve mais vezes (9) o artilheiro do Campeonato Brasileiro?

Qual foi o primeiro jogador estrangeiro que se tornou artilheiro do Campeonato Brasileiro?

Flamengo Cano

Vasco da Gama

Santos

Atlético Mineiro

A partir de 1971, o Corinthians só teve um artilheiro do Campeonato Brasileiro. Quem foi ele?

Diego Aguirre

Suarêz

Pedro Rocha

Quem foi o artilheiro do Campeonato Brasileiro de 2023, com 20 gols?

Tiquinho, Botafogo Pedro Rocha

Roberto Dinamite

Dadá Maravilha Jô

Flávio Minuano

Tostão Geraldão

Quantas vezes Zico foi artilheiro do Campeonato Brasileiro?

Hulk, Atlético Mineiro

Paulinho, Atlético Mineiro

Suárez, Grêmio

Resultados:

a a a a a a a a a a b b b b b b b b b b c c c c c c c c c c d d d d d d d d d d
Neto 1 0
Romário
d c b a
2 1
3 2
4 3
1 2 3 4 5 9 6 10 7 11 8 d a b b d d c c c b a
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