Artista de plástico : práticas híbridas na Amazônia urbana

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Margot Paiva Conta um pouco de como foi teu início com as artes.

Minha mãe tinha uma loja de artesanatos indígenas e coisas de outros lugares, e eu sempre ficava muito instigada com todos aqueles artesanatos. Desde pequenininha eu sou muito sensível aos artesanatos, as coisas feitas à mão, e quando eu tive oportunidade de sair do Brasil e ir para a França, eu tinha recém completado dezenove anos, fiquei seis anos por ali.

margot paiva (porto velho-ro, 1968)

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SALA MARGOT, EM 28 DE ABRIL DE 2015.

Fui aos centros culturais e percorri por diversas portas, e a turma de artes plásticas me segurou. Mas eu fui para dentro do cinema, fui pra dentro da foto, mas a turma de artes plásticas, eles me seguraram e eu me identifiquei muitíssimo, realmente ali era o meu universo. E foi a coisa mais enriquecedora que eu tive na vida até hoje, a nível cultural, foi essa passagem pela França, por Toulouse, Ville Rose, no sul da França, porque ali eu aprendi o quê que é a simplicidade, porque nós como brasileiros somos muito exuberantes e ali eu comecei a valorizar a simplicidade, valorizar o detalhe. E depois de seis anos voltei ao Brasil e continuei meus estudos. Me graduei em

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