BACKSTAGE #3

Online Music Magazine

edição #3 Julho/Agosto/Setembro 2022

CARMEN RAPOSO “UM SEGREDO BEM GUARDADO” ALQUIMIA VIVIANE RICARDO FARIAS LUÍS AMADO MORBID DEATH PALHA D'AÇO LUTHER ALLISON

A

sua apetência por escrever e compor surge quando?

Surge na primavera de 2021, quando o meu piano dos tempos do conservatório vem para a minha casa.

Na verdade, sempre me lembro de compor excertos de músicas interiormente, mas elas “acabavam por morrer na praia”, pois não tinha forma de os exteriorizar… ou achava que não tinha. Desde que saí do conservatório, deixei de tocar piano de forma abrupta.

No ano passado sentei-me ao piano como se de uma urgência se tratasse: tinha de exteriorizar o que tinha cá dentro e ele estava ali tão perto!

Assim, de uma forma muito natural, fui ultrapassando a minha zanga com o piano e percebendo que ele é um grande aliado para compor, ainda que tenha perfeita noção de que não sou pianista.

A escrita surge como uma consequência da composição das melodias. Tinha as músicas e era necessário dar-lhes voz e palavras. É um exercício bastante desafiante, mas ao mesmo tempo muito prazeroso.

De forma muito sucinta, fale-nos de cada uma das canções, entretanto já lançadas?

O primeiro tema que lancei chama-se “Abalo”.

Este tema retrata a ambiência de uma tarde quente de verão, passada na minha casa. Nesta tarde aguardava por uma notícia que me iria fazer revisitar um momento do passado menos feliz. Penso que é um tema com que muita gente se identifica. No coro desta música conto com a participação da Ana Claúdia e do Raúl Damásio que, gentilmente, têm colaborado comigo.

O tema “A Espera” foi o segundo a ser lançado, mas o primeiro a ser feito. Foi aquele me fez correr para o piano. É um tema simples, mas profundo. Este tema foi abrilhantado com um fantástico solo de saxofone do Álvaro Pimentel.

De seguida, lancei o “Ensaio sobre o Tempo” que é uma reflexão sobre o tempo. Para escrevê-lo inspirei-me na tradicional lengalenga do tempo que toda a gente conhece: “O tempo perguntou ao tempo…”. Neste tema conto com a participação do meu pai, Aníbal Raposo, na voz, pois achei que faria sentido, simbolicamente, ser ele a encarnar o Tempo. Também conto com a participação do Paulo

CARMEN RAPOSO

Foi um dos segredos mais bem guardados dos Açores. Carmen Raposo tem a mística das ilhas, sem ser popular. Tem o dom da palavra sem ser poetisa (ainda) e, por último, canta e encanta com uma voz magnifica. Procurem-na, urgentemente, nas plataformas digitais.

Fotografia: Your Dance Insane

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Andrade no adufe.

Finalmente, a “Ode à Libertação” retrata a eterna luta da humanidade, contra todas as formas de opressão, saindo vencedora, no final, a libertação.

Apesar de a ter feito no ano passado, por causa da invasão da Ucrânia ela ganhou um novo sentido.

Nesta música participam novamente nos coros a Ana Cláudia e o Raúl Damásio.

Definiu uma linha musical para seguir ou o momento ditará a sua vertente ou estilo?

A minha música é genuinamente o que me sai.

Não defini nenhuma linha musical ou estilo a seguir. Tenho inclusive muita dificuldade em definir “o meu estilo” quando mo perguntam. Mas acho engraçadas as apreciações que as pessoas vão fazendo, ora associando-a à música popular portuguesa, ora ao fado, ora ao folk…

Que objectivos tem enquanto artista?

O meu principal objetivo com este projeto é continuar a compor e ser feliz a fazê-lo. Claro que, com o tempo, o caminho vai-se abrindo e a vontade de me apresentar ao vivo e de compilar as músicas num Ep/álbum começam a surgir. Para já, as metas que tenho para os próximos tempos é acabar de gravar este conjunto de músicas que compus entre o ano passado e este ano e convidar alguns músicos para tocarem comigo, para poder partilhar ao vivo com as pessoas o meu trabalho.

O futuro das canções poderá passar por um registo físico?

Futuramente, talvez sim. Neste momento o registo que estou a fazer será apenas em versão digital.

Em que contexto surge o Mário Raposo, enquanto produtor?

Conheço o Mário Raposo há já algum tempo, pois ele costuma a fazer algumas orquestrações para as canções do meu pai. Inclusive em 2018, gravei a voz com ele para um tema do projeto “Bracinhos no ar”, um CD/letra de música infantil com poemas de Cecília Meireles, musicados pelo meu pai. Como aprecio muito as suas qualidades, não só como músico, mas como pessoa, pareceu-me uma escolha óbvia e hoje sinto que foi certeira. Ele é uma orquestra em pessoa!

Que memórias guarda do tempo de Schism?

Muito boas! Durante três anos, as tardes de sábado eram passadas na minha garagem a tocar (o mais alto possível) e a conviver! Foram tempos únicos.

Guardo um carinho muito especial por esses momentos e por todos os elementos da banda: André Contente (guitarra), Filipa Silva (voz), Graça Leite (teclas), João Tiago Arruda (voz e guitarra),

Ricardo Cabral (baixo). Foram eles que me introduziram ao mundo do metal gótico, além da minha irmã que já era apreciadora do género.

Entretanto, a bateria foi substituída pela voz, pelo piano e mais o quê?

Para já, apenas pela voz e o piano. No entanto, coleciono, além do piano, mais alguns instrumentos em casa: um djambé e uma tina, ambos trazidos da Guiné-Bissau, um cajon e uma bateria digital. Ter uma divisão em casa dedicada à música é um sonho tornado realidade.

Fotografia: Your Dance Insane

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ALQUIMIA Chama-se “Recomeçar” e toca nas rádios desde junho. Falamos do single de avanço a um trabalho que será lançado nos próximos meses, nas principais plataformas digitais. A Alquimia, liderada por António Feijó e São Pontes, tem aqui, um registo que tudo tem para atingir patamares de relevo nacional.

“Recomeçar” é a primeira de uma sequência de

várias canções que pretende chegar ao mercado digital. Missão cumprida para já?

Sim, assumimos, que temos, para já, uma missão cumprida. Optamos por efetuar um trabalho e registo progressivo na gravação de vários temas e canções que temos criado e desenvolvido em Alquimia, dado que a disponibilidade de todos os seus elementos não é a mesma de alguns anos atrás e, nesta perspetiva, sim, conseguimos chegar ao pretendido: iniciar a introdução de originais, junto com o contínuo trabalho de versões, que muito nos agrada. A gravação de um disco seria, neste momento, um trabalho árduo e rigoroso perante o contexto já referido, dado que, presentemente, existem mais exigências da vida familiar, profissional e, também, pela integração em outros projetos musicais. Todo o tempo é precioso, e aproveitamos tudo o que podemos para conseguir atingir os nossos objetivos em Alquimia.

Já se pensa no próximo?

Já temos definido qual será o próxi-

mo, e o período em que será lançado.

Neste caso, vamos optar por uma interpretação de Alquimia, na reinterpretação de um tema que nos diz muito, e que optamos por colocar na “linha de produção”. Entre as várias opções de originais e interpretações, que nem sempre são fáceis de gerir, recaiu assumir que pretendemos que o próximo seja mesmo uma versão construída por Alquimia.

Tendo em conta que Alquimia resulta de diversas influências, como descrevem este tema?

É um tema que vai buscar muito da canção portuguesa, com influência nas raízes do fado, do clássico, em vozes como, por exemplo, Simone de Oliveira, entre outros, sem perder a base do misto de influências dos elementos da banda, que se apresenta com uma sonoridade densa, forte, mas ao mesmo tempo subtil nos seus pormenores. Com espaço para todos, e foco no coletivo.

O contraste tímbrico com voz da São Pontes e a densidade sonora dos restantes elementos, faz com que “recomeçar” seja como que uma “Overture” a um novo começo. Espelha perfeitamente a fusão, desde o clássico,

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ao rock eletrónico e sinfónico, do fado e do Jazz, à canção portuguesa.

Pela indisponibilidade do Pedro Rodrigues em 2017, e após quase 2 anos de interregno pela procura de um novo elemento com as mesmas características e origens musicais, conseguimos manter o padrão e a linguagem da banda com a entrada do novo teclista Stepan Kobyakin, definindo-se assim o som de Alquimia, que bem podemos identificar nesta canção.

A menos de uma semana deste lançamento, que expectativas têm?

Tentamos manter sempre as expetativas num ponto mais baixo, dado que temos a perfeita noção de que os “gostos não se discutem”. Mas, sem dúvida, que gostaríamos de ter uma boa aceitação do público. Admitimos que, dada a sua especificidade e objeto, é uma canção que acreditamos ir tocar ao coração das pessoas, pela profundidade da letra e pela sonoridade imposta. É progressivo na sua história e na composição, é apelativo ao positivismo, e um incentivo ao “recomeçar” em vários contextos, em que muitos poderão rever-se nele.

Q

ue plano promocional têm previsto para este, “Recomeçar”?

“Recomeçar” não poderia sair sem ter um videoclipe de suporte e à altura do tema, que pudesse transmitir visualmente a palavra e o som, e o que se pretende contar e tocar às pessoas. Foi neste aspeto que toda a história se desenrola, inicia e culmina num fecho, que se pode dizer, cíclico. Gravado no Teatro Micaelense, teve como princípio mostrar o lado mais clássico de Alquimia, com toque de glamour, que sempre apresentou o seu gosto pelos teatros e palcos interiores, bem como, realçar o propósito do tema “recomeçar”. Podemos evidenciar, assim, que também fez parte do plano para a promoção deste tema canção.

Mais especificamente, “Recomeçar” será apresentado no próximo dia 09 de junho, às 21h30, no Lava Jazz, casa que tem uma forte ligação com Alquimia, brindando os presentes com um concerto, que nos trará de volta ao contato com o público, e com entrada “sem couvert artístico”.

Após o evento, ficará disponível o vídeo e áudio no nosso canal do YouTube e Reverbnation, respetivamente, sendo publicitado nas nossas redes sociais: Facebook e Instagram, bem como efetuada a apresentação e promoção em programas de rádio e televisão.

Produzir interpretações ou desconstruir as mesmas tem sido um desafio?

Há vários anos que este é, sem dúvida, um dos grandes desafios de Alquimia. A ousadia de “desconstruir”, para depois “construir” é um processo que requer todo o nosso respeito pelo autor do tema em trabalho. É a ele que devemos respeitar todo o empenho que teve, e não desvirtuar o propósito e o sentido do pretendido. É um processo difícil, quando desejámos que seja feito com determinado nível de exigência e rigor. Promove a discussão, o êxtase, mas também o desalento. Muitas vezes, depois de muitas experimentações e tempo despendido, decidimos que não será aquele o caminho. É ingrato, pois já desgastamos muito do nosso tempo, focados naquele propósito. Há-que dar a volta, e “recomeçar” o processo que, muitas vezes, decidimos ficar em espera. Passar para outra ideia será mais profícuo, mesmo para encorajar a nossa alma e espírito. Contudo, criar interpretações é um ponto de ordem que queremos manter em Alquimia, enquanto pudermos.

Quantos temas estão em estúdio, em fase de produção ou pré-produção?

Neste momento, estão 7 temas em fase de produção e pré-produção. Parte da captação está a ser realizada de forma coordenada no estúdio do Emanuel Cabral, com as bases de bateria e alguns apontamentos finais já, praticamente, gravados em todos. Há sempre um trabalho de pré-produção efetuado no estúdio da nossa sala de ensaios, onde

vão sendo definidas as linhas orientadores e são efetuadas todas as experiências necessárias, bem como a captação de alguns instrumentos que serão posteriormente levados a ser integrados para a mistura. Como já referimos, este é um processo gradual com uma planificação de trabalhos perfeitamente definida.

Sabemos o que pretendemos, e o que queremos ir lançando ao longo do tempo.

O produtor Emanuel Cabral tem sido importante em todo este processo?

Desde o início de Alquimia o Emanuel Cabral tem sido, praticamente, um elemento integrante no projeto. Entregamos-lhe a responsabilidade de, ao vivo, trazer ao público a essência do som de Alquimia, assegurando que todos os pormenores são identificados, num equilíbrio sonoro perfeito. No estúdio, o Emanuel também é fundamental, dado que a nossa linguagem é realizada num contexto e comunicação entre amigos, com respeito pelas ideias uns dos outros.

Esta discussão é fundamental. A produção é assegurada por Alquimia, junto com a integração dos elementos técnicos do Emanuel, que em muito engrandece o trabalho a ser realizado. Na eventual dificuldade em perceber o som que se pretende naquela mixagem, é aqui que recai a importância desta simbiose de longos anos entre Alquimia e o Emanuel Cabral. Pois conhece perfeitamente o projeto, as características de cada elemento da banda e o equilíbrio que se pretende encontrar.

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VIVIANE

Chama-se “Quando Tiveres Tempo” e é o quinto trabalho de originais de Viviane, uma das mais importantes vozes do todo nacional, conhecida também por ter feito parte dos Entre Aspas.

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“Cenas” é o single e vídeo de avanço ao novo álbum intitulado “Quando Tiveres Tempo”. Que expectativas tem?

Espero que seja bem recebido e que possa partilha-lho em muitos palcos pelo país e fora dele. É o meu quinto álbum de originais, desde o início da minha carreira a solo, em 2005.

Musicalmente, como descreve o trabalho?

Tem uma sonoridade um pouco diferente do último álbum. Este trabalho tem, para além da guitarra portuguesa que tem caracterizado a minha música, samplers, guitarras elétricas e instrumentos tradicionais.

São canções, na sua maioria, alegres e esperançosas pois acho que isso faz falta às pessoas depois destes 2 anos de pandemia. Este álbum foi produzido pelo reconhecido produtor Alê Siqueira, que já trabalhou com nomes como Tribalistas, Elza Soares, Mayra Andrade, Caetano Veloso, Carlinhos Brown entre outros...e ganhou várias vezes o Gremmy Latino com álbuns de vários artistas. Também alguns convidados especiais como o José Manuel Neta, o Bernardo Couto e o Ricardo Martins na guitarra portuguesa e ainda no tema “Oh! Meu pequeno país”, a participação de o Gajo na viola campaniça, o Amadeu Magalhães no cavaquinho e ainda o Nelson Conceição no acordeão.

Como decorreram os processos de composição e posteriormente de gravação do disco?

Comecei a compor as canções para este disco antes da pandemia e também comecei a gravá-las um pouco antes, mas como o mercado estava praticamente parado, durante todo esse

tempo decidi rever e aperfeiçoar as músicas e adiar a saída do CD para mais tarde quando sentisse que as coisas estariam a melhorar.

A editora alemã, O-Tone terá a responsabilidade de colocar o trabalho na Europa. Como surgiu essa possibilidade?

A oportunidade surgiu através do meu agente alemão com quem já trabalho há vários anos e com quem já fiz vários espetáculos na Alemanha, na Lituânia e na Letónia. Em janeiro 2020 estive presente na Feira de Música de Frankfurt onde conheci, através dele, o responsável pela editora O-Tone. A partir daí, fomos afinando as coisas até que finalmente, este ano e com a saída deste novo álbum, achamos que seria a altura ideal para começarmos a trabalhar juntos.

Para além das plataformas digitais, o disco estará à venda em formato físico em território nacional?

Apenas em espetáculos e também através de alguns sites que disponibilizam a venda em formato físico. Já não existem muitas lojas que apostem na venda de CDs. O regresso aos palcos também aconteceu recentemente e junho promete ser um mês muito activo?

Sim, felizmente! Acho que depois destes dois anos, qualquer artista anseia pelo regresso aos palcos. Em junho, tenho uma tournée marcada na Alemanha com vários concertos em diferentes cidades e logo depois, estarei presente no Festival MED em Loulé no dia 1 de julho.

Musicalmente, as suas abordagens fazem de si, uma artista multifacetada. Tem sido esse o seu segredo?

Talvez...eu gosto de experimentar coisas novas e a seguir aos Entre Aspas, que eram uma banda marcadamente pop, senti a necessidade de reunir algumas influências que eu tinha guardadas e que não cabiam na banda.

Assim comecei uma carreira a solo, compondo canções onde se misturam o Fado, a Pop, a Chanson, ou o Jazz

numa sonoridade à qual eu chamo de “Fado mediterrânico”.

Fale-nos da importância que Piaf tem para si?

Eu nasci em França, mas só comecei a compreender a importância que Edith Piaf tinha para mim ainda antes dos Entre Aspas, quando atuava em duo nalguns bares em Faro. No repertório, tinha duas canções dela e quando as cantava as pessoas ficavam extasiadas.

Aí percebi o quanto adorava interpretar aquelas canções poderosas. Em 2016 gravei então o meu CD Viviane Canta Piaf e fiz muitos concertos pelo país e também lá fora. É um concerto emocionante que continua ativo em paralelo com os concertos do meu repertório.

A Zipmix surgiu para que o trabalho fosse feito ao seu ritmo, ou seja, sem pressões externas?

A Zipmix Records surgiu em 2002 em simultâneo com a construção do meu estúdio de gravação Zipmix Studio. Na altura os Entre Aspas tínham terminado o contrato com a multinacional BMG e eu juntamente com o Tó Viegas sentimos a necessidade de ter a nossa independência editorial. Desde então, começamos a controlar todo o processo de gravação e edição dos nossos trabalhos: Viviane e Camaleão Azul. É considerada uma das mais importantes vozes do todo nacional e a principal referência do Algarve. O reconhecimento tem sido importante?

São praticamente 30 anos a cantar, numa já longa carreira e estou muito grata pelo reconhecimento que tenho tido pelo meu trabalho, ao longo de todos estes anos, mas também sei que não quero ficar “encostada” a isso e que tenho que trabalhar para continuar a partilhar a minha música com o meu público, que é o que realmente me motiva e dá prazer.

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RICARDO FARIAS Terminou, recentemente, a primeira temporada do programa “De cá Pr’a Lá”, uma produção conjunta de Ricardo Farias e Floriano Cabral, com o suporte musical da banda, Casa do Galo. A segunda temporada, já está a ser pensada.

Q

ue balanço faz desta primeira temporada do programa “De cá Pr’a Lá”?

Indiscutivelmente, considero uma primeira temporada positiva e resumo por dizer que foi "missão cumprida". Queríamos que fosse um programa que retratasse a comunidade açoriana de forma diferente do que até aqui tinha sido feito.

Pretendíamos contar histórias, mas sempre com um ar de boa disposição, para que o telespectador ficasse ligado à conversa e simultaneamente ao programa. A integração da comunidade açoriana na Nova Inglaterra e a portuguesa em geral, é evidente pelo sucesso nos mais diversos quadrantes da sociedade americana. Quando falo em sucesso, refiro-me a todo o tipo de sucesso.

Desde os empresários, aos artistas, políticos, e pais que sentem imenso orgulho das oportunidades que puderam dar aos filhos, quando

decidiram deixar os Açores rumo aos Estados Unidos. Dado a resposta extremamente positiva de ambos os lados, cá e lá, posso dizer que estamos muito satisfeitos com aquilo que conseguimos nesta primeira temporada, conscientes do facto que há muito mais a fazer.

Era esse o resultado que esperava?

Para ser sincero, não sei o que esperava. Já faço televisão portuguesa nos E.U.A. há mais de vinte anos e conheço bem esta comunidade. Felizmente, o público por cá tem sido sempre muito simpático para comigo, mas confesso que a fazer televisão para os Açores, não sabia se teria a mesma aceitação. No decorrer da temporada, começamos a aperceber-nos que desse lado as pessoas estavam a gostar e isso fez-me muito feliz. Já em termos de conteúdo e a forma como a produção do programa foi feita,

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considero que nesta primeira iniciativa foi o que esperava.

A ideia de produzir um “talk show”, surgiu quando e em que contexto?

O meu parceiro neste e muitos outros projetos, Floriano Cabral, já tinha um historial de trabalho com a RTP Açores desde 1987. Desde programas especiais, reportagens e diretos ao longo desses 35 anos fez de tudo como representante do canal neste lado. Numa deslocação aos Açores em 2019, de forma informal, foi manifestado ao Floriano o interesse da RTP Açores transmitir um programa desse género. Na altura não se proporcionou porque eu estava ao serviço de um canal português local. Em plena pandemia, já eu não estando associado ao canal, proporcionou-se de novo a ideia de fazer um programa "late night talk show" e formalizou-se o contrato para concretizar o projeto. Foi uma

aposta do sub-diretor Rui Goulart. A partir daí, foi mãos à obra e o Floriano é um enorme profissional no ramo e sei que ao lado dele as coisas correm sempre bem.

Vão existir alterações ou pretende manter o formato?

A base do formato deverá manter-se, mas queremos fazer muito mais para poder surpreender e também manter o interesse. A banda ao vivo é imprescindível e a Casa do Galo (Mário Brum, Paul Andrade, Chris Oliveira e Luís Silva) tem feito um trabalho magnifico naquilo que temos pedido dela. Queremos alargar um pouco a parte humorística do programa e para isso, já há ideias para o fazer.

Falemos, para terminar, dos prémios IPMA e da sua importância para as comunidades?

Os IPMA são um projeto que este ano celebrou uma década de existência. O conceito foi criado em 2012 pelo meu parceiro no "De Cá P'ra Lá" e amigo, Floriano Cabral. Ele convidou alguns amigos para se associarem ao projeto e em 2018 decidiu, por motivos pessoais, deixar a organização do evento.

Contudo, o evento continuou. Sem dúvida que é importante para as comunidades. Trata-se do maior espetáculo português fora de Portugal. Reconhece talentos musicais de ascendência lusa e lusófona de todo o mundo assim como, de alguns anos para cá, músicos e artistas em Portugal e países de expressão

portuguesa. Todos os anos o elenco musical conta sempre com grandes nomes de Portugal. Acredito, e acho que falo por muitos, que é um evento que orgulha qualquer português ou luso-descendente. Sei que para mim é muito especial fazer parte do evento desde o início. Este ano, em conjunto com a Daniela Ruah fui pela oitava vez apresentador da gala.

Para terminar e voltando ao programa, quero acrescentar que estamos extremamente gratos pela recetividade do programa "De Cá P'ra Lá".

Fazemos sempre com respeito por quem nos vê e quando sentimos que estão a gostar, dá-nos imenso prazer.

Esperamos não dececionar e continuar a surpreender pela positiva. Um grande OBRIGADO a todos os açorianos que nos acompanharam.

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C

omo se define musicalmente, um projecto como este? É um projecto de melodic rock ou metal melódico que funciona apenas como projecto de estúdio. Inicialmente era para ser um projecto de música instrumental original, muito na onda de guitarristas como Joe Satriani ou Tony Macalpine e ainda tem essa veia, em que a guitarra toma um forte destaque na música. Pois ao longo da construção das músicas achei necessário em alguns temas colocar voz e por terem modos e conceitos diferentes, para cada música neste Ep, convidei músicos diferentes e vocalistas diferentes, para poderem dar continuidade à minha ideia nessas músicas.

No futuro o projecto poderá evoluir para banda?

Sim! Apenas depende da recepção por parte dos fans e das editoras. Neste momento estou já a finalizar um novo single que vai sair este verão e vai surpreender muito, pois a formação é nova e com um formato muito mais arrojado, onde vão poder ver alguns músicos muito conhecidos da cena internacional a tocar um estilo um pouco diferente do que estamos habituados a ouvir nas bandas deles. Por isso digo que, se este projecto tiver uma boa aceitação é normal vir a fazer uma tour europeia.

Que objetivos tem enquanto líder e até onde pode ir este projecto?

O objectivo principal é conseguir um contrato com uma editora de referência e criar um público cada vez mais abrangente. Este género musical é pouco difundido em Portugal, mas tem bastante potencial não só cá como no resto do mundo e temos visto que têm aparecido cada vez mais bandas de países como Chile, Índia, Argentina, Suécia etc. O que mostra que já não é um exclusivo de países como Inglaterra e E. U. A. Musicalmente, quais são as suas influências?

As minhas influências são a música que ouvi quando era adolescente e continuei a ouvir e a aprofundar esse gosto pelo hard n heavy dos anos 80 e princípios de 90. Dokken, Mr. BIG, Van Halen, Journey e bandas como Queensryche, num género musical mais metal. É claro que tenho outras bandas que gosto de ouvir como Metallica, Anthrax e Testament entre muitas mais.

LUÍS AMADO Faz parte da lista de músicos nacionais a ter em conta nos próximos meses. Criou, recentemente, o L.A. Project e foi esse o assunto primordial da conversa que se segue.

L. A. Project é, de alguma forma, um ultimato em termos de carreira, tendo em conta que, por diversos motivos, outros projectos não deram certo?

O L. A. PROJECT nasce para ser apenas um projecto de música instrumental durante a pandemia e que ao trabalhar as músicas senti necessidade de transformar em canções, 3 dessas músicas e como neste Ep os 5 temas têm abordagens diferentes em termos musicais. O nome do Ep - 5 Dimensions. Além deste projecto, que tem um carácter mais rock melódico, gostaria de ainda este ano ter tempo para refazer alguns temas que tenho da minha primeira banda Deadwitch e tentar fazer sair com uma roupagem mais moderna e actualizada.

Diferenças principais entre o actual cenário nacional e o de outros tempos?

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Posso estar enganado, mas sinto que é mais difícil neste momento, talvez haja muita informação o que por vezes leva a falta de informação. Quer de concertos ou novos lançamentos. Talvez como dantes havia menos meios e menos canais de informação era mais fácil receber essa mesma informação, pois tínhamos dois ou três programas de rádio e uma ou duas revistas de música o que normalmente fazia passar a informação por aqui, além disso o “passa a palavra” era mais forte porque havia um espírito de maior união entre todos; bandas e público.

Como está a agenda de concertos para este ano?

Não temos concertos marcados.

Para terminar, que bandas ou músicos conhece dos Açores?

Luís Bettencourt, Nuno Bettencourt, Maria Bettencourt e claro o maestro Carlos Alberto Moniz.

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MORBID DEATH

A comemoração do 25º aniversário da banda terceirense Palha d’Aço, serviu de mote para que os micaelenses Morbid Death se juntassem à festa, no palco do Centro Cultural e de Congressos de Angra de Heroísmo para juntos, fazerem a festa do Heavy Metal. Duas formações diferentes, com o objectivo único de trazer de volta uma vertente musical que já passou por melhores fases, um pouco por toda a região.

S

oube bem o regresso ao palco?

Claro que sim! Estávamos bastante entusiasmados com este regresso e logo, 'fora de portas'.

Sentia-se no ar, aquando dos ensaios que antecederam o evento, uma alegria e motivação extras.

Realço que a última vez que pisamos um palco foi em agosto de 2019, no Festival Monte Verde.

O facto de ter sido na ilha Terceira teve algum sabor especial?

Nutrimos um especial carinho pela ilha Terceira e pelos seus habitantes. Sempre nos receberam bem, mesmo em visitas que nada tiveram a ver com a banda. A Ilha Terceira e a cidade de Angra de Heroísmo tiveram uma enorme importância no desenrolar da carreira dos Morbid Death, porque foi lá que participamos na final do Concurso de Música Moderna Açores Pop Rock '92. Uma noite que ficará eternamente registada na minha memória.

Que mensagem deixam aos Palha d’Aço, promotores do evento?

Quando fomos contactados pelo Frederico (guitarrista dos Palha d'Aço), convidando-nos para um concerto com eles, em Angra do Heroísmo, logicamente que vimos uma luz ao fundo do túnel para um possível concerto. Aceitamos de imediato o convite e, com o apoio do Município de Angra de Heroísmo, tudo se concretizou com alguma rapidez. Quando existe 'abertura' para tal, tudo se torna mais fácil. Quanto aos Palha d'Aço, o nosso sincero obrigado e esperamos um dia retribuir da mesma forma com um concerto cá em São Miguel.

Para quando um novo disco de Morbid Death?

Já existem algumas músicas que estão a ser 'trabalhadas'. Quem sabe se em 2023 teremos algo para editar?? Muito possivelmente!

Entrou para o lugar do Paulo Soares (baterista), o Gualter Couto (ex.

Morbid Death; Flight Of Eden/UK).

As gravações encontram-se concluídas, estando neste momento em fase de mixagem e masterização pelo Nuno, que por sinal é guitarrista da banda portuguesa, Simbiose.

O álbum será editado ainda no decorrer de 2022 e, em breve, apresentaremos a capa e respectivo nome, ambos da autoria do Roger Esteves.

Preparem-se para mais uma descarga sónica de Thrash Metal.

Estás envolvido ainda em Torn Fabriks. Em que fase está a banda?

Bem, Torn Fabriks sofreu alteração de um elemento, mesmo antes de darmos início às gravações do novo trabalho discográfico.

Agenda de concertos para ambas as bandas?

Gostaria de dizer que temos uma agenda bastante preenchida, mas estaria a mentir. Infelizmente, o Heavy Metal já não é olhado como um género musical de 'massas'. Isto cá, pelas nossas ilhas!

Noutras paragens, sim.

Enquanto músico e enquanto fã, o heavy metal continua a fascinar-te?

Sem qualquer sombra para dúvidas. Bem, a música nas suas diferentes vertentes fascina-me.

Umas mais do que outras, mas em regra geral, continua a ser um mundo que me fascina.

Fotografia: Paulo Jorge

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PALHA D’AÇO

Oriundos da ilha Terceira, os Palha d’Aço são um importante colectivo, no que ao som pesado diz respeito. Recentemente, a banda lançou, nas redes sociais o single/vídeo “Hollow”, um autêntico exercício de Thrash/Death Metal, como há muito não se ouvia por estes lados.

Q

ual tem sido a receção do público ao novo tema “Hollow”?

A receção tem sido um misto de “soam a Palha d’Aço com um toque mais agressivo” e “um novo som, distinto o suficiente de Palha d’Aço para ser considerado outra coisa”.

De um modo geral a opinião é positiva, mas é até agora o trabalho mais divisivo que já lançámos, na minha opinião. Acredito que faz parte do processo natural de qualquer grupo que mude de membros, mas também, é certo que estamos a experimentar algumas coisas diferentes para alargar a nossa sonoridade e a definição do que significa “soar a Palha d’Aço”.

Esse tema fará parte de uma coletânea. O que nos podem adiantar?

Exato, a coletânea “Planet Underground: Volume III” da webzine e editora independente madeirense Underground N' Proud, que celebra o seu segundo aniversário e conta, com a participação de bandas de todo o globo. É um gosto figurar entre um elenco tão diverso de bandas e sonoridades. Recomendo a pesquisa e audição. Muito boa música do underground!

“Hollow” marca também a incursão no inglês. Será algo para manter ou trata-se apenas de uma experiência?

Pelo que se tem trabalhado nos novos temas, creio que será algo a manter, mas tal como no single, é sempre possível a coexistência eventual dos dois idiomas, quando apropriado, dependendo do contexto. O inglês naturalmente tem um alcance mais universal, mas não vejo a língua portuguesa a deixar de marcar presença na nossa música, de uma forma ou outra.

25 anos depois, que contas podem ser feitas?

Contamos (até à data) com três álbuns de estúdio, mais um single, totalizando 35 temas, um Demo-CD de quatro temas gravado em 1998, dois vídeos musicais, três participações no concurso Angra Rock (duas vezes segundo lugar e uma em primeiro), alguns períodos de hibernação, diversos concertos e participações em eventos e festas, incontáveis horas de ensaio, e à roda de 8470 grades de cerveja (estimativa). Pessoalmente conto com 10 anos na banda e cerca de 1/4 da cerveja!

Comemorar o aniversário com um concerto e com a participação de Morbid Death teve um sabor diferente?

Sem dúvida, são lendas vivas no panorama do Metal dos Açores, e de Portugal; mal podemos esperar para partilhar o palco com eles novamente. São, não só gente fantástica pessoalmente, como também artistas monstruosos em palco, e provam que com gosto, persistência e vontade abundante se consegue manter a simbólica chama acesa. Partilhar o palco e a noite com eles foi um gosto enorme.

Que balanço fazem dessa noite?

Pessoalmente, sentia muito a falta de um evento de heavy metal, sentimento ecoado por uma parte significativa do público aderente, naturalmente pela falta de eventos em geral causada pela pandemia, mas também a falta de eventos especificamente de música mais alternativa ou pesada, que se tem sentido nos anos recentes, até mesmo pré-pandemia. Penso que conseguimos coletivamente colmatar uma parte dessa lacuna sonora e

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performativa, saciar alguma da “sede” que tínhamos (e ainda temos).

Como está a cena Metal na ilha Terceira?

A nível de bandas em atividade, há muito pouco em projetos no ativo. Aliando a pandemia à falta de eventos e espaços para dar concertos, consegue-se visualizar uma notável falta de presença do Metal na Terceira.

Tendo dito isto, considero ainda que temos uma comunidade de fãs de Metal, bem como de músicos de garagem e de quarto/estúdio, que embora não gigante em números, tem a mesma vontade e “sede” de música que temos e que não é só nossa.

Acredito que, com o alívio de algumas das restrições pandémicas, com este evento, com o número crescente de pessoas a quererem assistir e fazer música, penso que é uma questão de tempo até se dar uma ressurgência do Metal na nossa terra.

Planos para os próximos meses?

Com alguns temas novos já construídos, gostávamos de ter um novo álbum entre este ano e o próximo. No atual contexto, não conseguimos visualizar muito à frente no futuro, mas gostaríamos de eventualmente dar mais um concerto fora da ilha, seja noutra ilha nos Açores, na Madeira, Continente ou até fora de Portugal, conforme as oportunidades se forem formando.

Eventualmente seria espetacular repetir a façanha com Morbid Death, em São Miguel desta vez!

25

ANOS

“Contamos (até à data) com

três álbuns de estúdio, mais um single, totalizando 35 temas, um Demo-CD de quatro temas gravado em 1998, dois vídeos musicais, três participações no concurso Angra Rock”

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LUTHER ALLISON

Comemora-se, em 2022, o 25º aniversário do lançamento de “Reckless”, um dos trabalhos mais premiados da cena blues norte-americana, do ano de 1997. Luther Allison foi o autor deste e de muitos outros títulos.

N

asceu a 17 de agosto de 1939 no estado norte-americano do Arkansas, mas aos 12 anos, mudou-se com os pais para Chicago.

Nessa altura, aprendeu a tocar guitarra, tendo o Blues como preferência musical. Em 1957, estreou-se oficialmente, nos palcos ao lado de Muddy Waters.

Em nome próprio, iniciou entre 1950 e 1960 um vasto circuito de clubes nocturnos, por todos os Estados Unidos. O seu nome começou a ser falado ao mais alto nível, até que em 1965 lançou o single de estreia, cujo título se desconhece. Em 1967, assinou pela Delmark Records, para a edição do seu primeiro longa-duração, intitulado “Love Me Mama”, lançado no ano seguinte.

Surgiram, então, os primeiros convites para digressões europeias,

“Luther sempre foi conhecido pelos seus longos solos de guitarra”

logo após a assinatura com a conhecida editora Motown Records.

Numa das digressões pela Europa, Luther Allison apaixonou-se por Paris e decidiu ficar no velho continente até 1992. Nesse ano, regressou a Chicago para participar numa série de concertos e alguns festivais. Com o contrato da Motown expirado, assinou com a Ruf Records em parceria com Alligator Records, um dos selos mais importantes da cena Blues norte-americana.

“Soul Fixin' Man” é o resultado dessa união e revela um artista para lá do imaginário. Luther sempre foi conhecido pelos seus longos solos de guitarra, muitas vezes, entre o público, que era onde gostava de

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estar. “BlueStreak” de 1995 e “Reckless” de 1997, foram os seus últimos discos de originais.

A 12 de agosto de 1997, três semanas após o lançamento de “Reckless”, Luther Allison faleceu, vítima de tumor num pulmão, que se havia espalhado até ao cérebro. O mundo do Blues, perdeu assim, um dos seus nomes maiores. Em 1998, a Blues Foundation colocou o seu nome, na “Blues Hall Of Fame”.

Na memória, ficaram mais de duas dezenas de discos e largas centenas de concertos em digressões que percorreram os Estados Unidos e a Europa, com salas sempre esgotadas.

Luther Allison, foi um artista completo. Exímio na voz e um guitarrista praticamente perfeito. A sua obra pode ser vista e escutada em todas as plataformas digitais.

A lenda continua viva…

DISCOGRAFIA (1969) - Love Me Mama (1972) - Bad News Is Coming (1974) - Luther's Blues (1976) - Night Life (1977) - Love Me Papa (1979) - Live In Paris (1979) - Live (Part 2) (1979) - Gonna Be A Live One In Here Tonight (1979) - Power Wire Blues (Parte 2) (1980) - Time (1984) - Life Is A Bitch (1985) - Here I Come

(1987) - Rich Man (1989) - Let's Try It Again (1989) - More From Berlin (1992) - Hand Me Down My Moonshine (1994) - Soul Fixin' Man (1995) - Blue Streak (1996) - The Motown Years (1996) - Live in Montreux - Where Have You Been?

(1997) - Reckless (1999) - Live In Chicago (2001) - Live in Paradise (2002) - Pay It Forward - Luther Allison & Friends 14 | BACKSTAGE | JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2022

NOITES DE VERÃO

DIONÍSIO GARCIA

&

friends

30 JULHO 21:30 PORTAS DA CIDADE PONTA DELGADA