B2L Corporate 2

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MAPA DE OPORTUNIDADES

Perfil Mas quanto aos hóspedes executivos. Existe um perfil? Gastam mais? Ficam mais tempo? São mais exigentes? Escolhem o hotel pela localização ou preço? Segundo o diretor da rede Bourbon, o executivo é sem duvida o cliente que mais gasta em hotéis – pelo uso dos serviços e maior permanência. “Tivemos nos últimos tempos um incremento considerável na permanência do hóspede de 2,2 para 3,5 dias”. Thiago Barra, gerente-geral do hotel Bristol Villa Passaredo (em Tijucas do Sul, região de Curitiba) concorda com o perfil. “Dependendo do nível do evento, o consumo chega ao triplo do normal, dada a alta exigência deste tipo de público”.

Formado na maioria por gerentes, empresários, CEOs e presidentes de empresas, aqui os hóspedes encontram além de eventos empresariais, reuniões gerenciais ou de planejamento anual de empresas, opções como serviços exclusivos. O hotel tem forte atuação no desenvolvimento de adventure experiences, ou seja, treinamentos empresariais que envolvem atividades e desafios, com o objetivo de fortalecer líderes e equipes. São 350 mil metros quadrados cercados por mata nativa, com lago, tiroleza, arvorismo, escaladas e trilhas, proporcionando aos hóspedes um clima de campo. Com 12 hotéis nos principais destinos do Brasil, a rede Bristol pretende atingir a marca de 18 unidades até o final de 2014.

Atividades para fortalecer CEOs

Hóspedes para negócios Foi nos campos de golfe da Flórida (EUA) que surgiu um diferencial para o mercado hoteleiro brasileiro. Da visão dos hotéis estrategicamente localizados nos Estados Unidos, em 2003 nascia no Brasil a rede Hotel 10: opção de hospedagem econômica com alta qualidade em entroncamentos rodoviários, distritos industriais, universidades, portos e aeroportos.

Bruno fala dos requisitos fundamentais para o atendimento do segmento business travel. “O executivo quer padronização. Saber que vai encontrar um bom café, uma ótima conexão de internet e uma boa cama pra dormir”. Em 2010, foram 110 mil hóspedes atendidos pela rede. Em 2011, alcançou 160 mil e crescimento de 18% no faturamento.

Com 40 anos de história familiar no setor hoteleiro, Bruno Linzmeyer, diretor da rede, explica o sucesso dos empreendimentos nos três Estados do Sul, um sendo inaugurado em Dourados (MS) e outro em construção em Palmas (TO). “Poderíamos estar no centro da cidade, mas estamos no coração do distrito industrial de Joinville (SC). Os executivos não querem perder tempo com mobilidade e trânsito. Querem fechar negócios”.

Com viagens de prospecção e olho na concorrência, o diretor vê campo para crescer principalmente nas cidades acima de 150 mil habitantes. “Cidades do interior paulista como Ribeirão Preto, Americana e até Campinas ainda apresentam forte espaço para aumento do setor”. Para expansões, ele cita as sondagens dos fundos imobiliários para hotelaria entre opções futuras. “Começamos nosso crescimento via incorporação e venda para investidores. Agora partimos para franquias – onde oferecemos um modelo pronto de construção e gestão do hotel para todo o Brasil. Foi assim que empresários do agronegócio levaram nossa bandeira para o Mato Grosso do Sul e Tocantins”.

O mesmo princípio ocorre na cidade portuária catarinense de Itajaí. Situado às margens da BR 101, principal eixo de escoamento rodoviário do Sul do País, o hotel a 6 km do porto absorve o fluxo de negócios entre executivos e empresários e ainda aproveita os turistas que seguem para cidades como Balneário Camboriú ou Florianópolis.

Bruno Linzmeyer, do Hotel 10: “Executivos não querem trânsito. Querem fechar negócios”. janeiro 2012

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