Revista B2L Corporate 12

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SUMÁRIO Brasil pode ser o 4º mercado até 2017

12 A arte de transformar vidas

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Nova série apresenta expertise dos sócios

Não importa o meio, a diversão está garantida!

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Nós Construímos o Futuro

B2L Social

Capa

Entretenimento

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COM A PALAVRA

SUA EMPRESA É UM

ZUMBI, SOBREVIVENTE OU SUPER-HERÓI? Refletindo sobre como uma empresa se comporta, jamais tive dúvida de que ela é um organismo vivo que toma suas próprias decisões. Ora, se uma empresa que vive desde sócios com visões distintas, ao funcionário do piso de fábrica, passando por gerências e diretorias, é perfeitamente possível crer que estas mentes estão com foco na empresa e em seus objetivos. Se a empresa é um ser vivo, como ele estaria? Forte e saudável para competir de verdade? Fraco e debilitado a ponto de ser engolido? - não em um belo e estruturado projeto de compra e venda de negócio. E a terceira, e poderosa estratégia, que é dar as tacadas alongadas no mercado para ser a grande referência. Tomar o posto de quem se diz e é absolutamente ousado dentro de um equilíbrio de forças. Para executar estratégias assim não precisa ser grande; precisa dominar o corpo empresarial ou individual. A ORGANIZAÇÃO ENQUANTO UM CORPO HUMANO A cabeça é o futuro - olha distante. Percebe os sinais, algumas são duras demais, outras abertas demais - mas daqui vem o que os olhos não veem. O sonho que pode ser realizado. Nosso cérebro possui 100 bilhões de neurônios com 10 mil sinapses cada um. Uma empresa com o olhar do futuro é absolutamente instigadora. Faz com que planos aparentemente impossíveis tornem-se viáveis. Ao multiplicarmos as sinapses de cada funcionário motivado e bem conduzido teremos chances em mercados, pois encontraremos outros. Os braços são o presente - mais limitados, pois fazem apenas o que a cabeça ordena, ou seja, a execução do projeto. Podem fazer coisas boas, mas dentro do mercado no qual atuam e com aquilo que têm. Sem a mente poderosa - perdem-se.

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As pernas são o passado. Elas podem ser medrosas, pois já apanharam e decidem não sair do lugar. É quando você tem medo. Ignora o braço e nega a execução. Mas negar a conexão entre a cabeça (futuro) e os braços (execução) é perder a evolução da carreira ou o seu negócio. ZUMBI - responde somente ao estímulo do mercado. Vai atrás da multidão, do marketing de massa e do que os demais fazem. Essa é sua estratégia principal. Julga que seus clientes ainda serão sempre os mesmos - esquece dos sobreviventes e super-heróis que querem evoluir. É a história do já chegamos até aqui sem ajuda, não precisamos mudar nada e nem contratar ninguém. O corpo Zumbi se deteriora com o tempo e não vai sobreviver. Pense em seu setor e em quantas empresas não entraram em colapso. Frios e parados - morrem. SOBREVIVENTES - estes são a chamada linha média - querem apenas manter a posição de pretensa segurança. Perdem talentos para a concorrência, perdem mercado, mas colocam a culpa na economia, nas regras de mercado. É efetivamente a zona segura onde basta entrar um concorrente de maior envergadura para a empresa tornar-se refém rapidamente do distanciamento do mercado. SUPER-HERÓI - é o corpo que evolui ou busca ajuda dos cientistas para uma evolução artificial, porém com um propósito

maior: gerar empregos, ampliar a mente coletiva, promover por meritocracia. Caminhar entre fogos, disparos, forças inimigas rumo ao futuro conectado. E seus funcionários exércitos vão com ele, pois confiam, mesmo sabendo que nada é infalível, mas que pode ser corrigido.

Percepção A população mundial cresce de maneira avassaladora. Nos primeiros 1.750 anos da Era Cristã, os habitantes da Terra passaram de 200 milhões a um bilhão. Nos últimos 245 anos para seis bilhões e a previsão é de que em 2050 a população do planeta atinja 9,6 bilhões de seres humanos. Este crescimento explosivo e a urbanização acelerada após a 2ª Guerra Mundial resultaram numa utilização predatória de recursos naturais. Enquanto o Zumbi nada vê e o sobrevivente não dá bola pois está embutido na meta de resolver problemas, o super-herói irá construir aterros sanitários e outras formas de resolver o lixo tornando assim a empresa mais forte e poderosa. O futuro desta maneira se interliga ao passado e nada sai do lugar. Vale para você, para mim e para a sua empresa. Equilibre passado, presente e futuro, e uma jornada incrível irá se apresentar.

RODRIGO BERTOZZI CEO da B2L, Organização Especializada em Compra, Venda e Investimento em Empresas, Articulista, Professor, Palestrante, Autor de 16 obras, entre elas “Revolution Marketing Place”, “Marketing Jurídico Essencial”, Um Futuro Perfeito e “A Reinvenção da Advocacia”. Sócio-Fundador da Selem, Bertozzi & Consultores Associados. Empreendedor desde os 17 anos com a fundação da Empresa Jr da UFPR.


ARTIGO B2L

A busca pelo tesouro perdido Quando o ex-presidente Lula mencionou que o tsunami da crise mundial em 2008 chegaria ao Brasil apenas como uma “marolinha”, ninguém tinha dúvidas de que era um dos maiores atos de estupidez de um governante brasileiro. A crise era séria e, talvez, até pelo “descaso” de nosso timoneiro, estamos amargando até hoje um crescimento pífio, inflação alarmante e uma desvalorização da moeda que começa a afetar setores importantes da economia. Mesmo diante da dificuldade, é notável o esforço que o Brasil - não como instituição política, mas como iniciativa privada - tem dispensado em encontrar meios de um crescimento ou, ao menos, uma estabilidade em momentos de dificuldades como o que o mundo passa atualmente. Vários setores têm encontrado seus meios. E o principal que se percebe é sua consolidação. Editora Abril comprou participação na Xeriph; SAP (Brasil) comprou participação na AllTax; Itaú Unibanco comprou a Credicard; Bayer CropScience comprou ativos da brasileira Melhoramento Agropastoril; Oncoclínicas do Brasil comprou a Multihemo; Telefónica Digital comprou a AxisMe. Em 2007, o Brasil bateu seu recorde de aquisições e fusões com 677 acordos. Em 2012, foram 771. Até maio de 2013 foram 330, contra 318 operações no mesmo período de 2010, melhor ano, com 799 acordos anunciados. O ano de 2013 promete. E as empresas do middle market têm nele uma oportunidade ímpar, e talvez única. O que percebemos com esse turbilhão de fusões, aquisições e expansões re-

gionais é que o mercado começa a dar sinais de como irá se comportar daqui em diante. As grandes continuarão grandes e farão de tudo para continuar crescendo com seu plano esmagador de expansão com aquisições agressivas. Mas o que mais chama a atenção é o crescimento anunciado do middle market, que tem tornado esse “segundo escalão” um foco para investidores. Por isso é muito importante que todos os movimentos dados pelas médias sejam muito bem calculados. Seja preparando-se para a expansão regional; para uma provável aquisição por parte das redes nacionais; para fundir-se ou aliar-se estrategicamente com os seus semelhantes, do mesmo porte, para evitar um atropelamento pelas grandes redes. Essa preparação permitirá aos médios, expandindo ou sendo adquiridos pelos grandes, uma mudança nos rumos da história do mercado no Brasil. Essa “aventura” na busca pelo investidor tem sido de muitas agruras para diversos empresários. Por quê? Tememos que muitas vezes seja falta de preparo, de literalmente fazer o dever de casa na busca do tesouro. Vemos negócios altamente lucrativos, que não conseguem comprovar isso através de números confiáveis, o que pode ser um erro imperdoável. O investidor muitas vezes quer comprar apenas parte do negócio. Quer que o empresário, pedra fundamental da empresa, permaneça no processo decisório. Mas para isso, há que se ter a confiança de que esse empresário conheça do negócio e, acima de tudo, do seu próprio negócio, com números precisos e confiáveis.

Dicas para o processo de preparação: 1) Mantenha os documentos contábeis em dia. Não confie apenas na palavra da contabilidade. Confira!

2) Tenha sempre os relatórios gerenciais ao seu alcance. Os números de receitas, despesas, impostos, rentabilidade etc., devem ser confiáveis e de seu conhecimento. 3) Você pode até ter uma ótima equipe, mas nunca se ausente do aspecto financeiro. É comum os empresários se afastarem desse importante setor. 4) Faça uma avaliação do seu negócio, com a apresentação de um Laudo de Avaliação confiável. É importante conhecer exatamente o valor do seu negócio, evitando subestimá-lo, ou espantar possíveis compradores com valores superestimados.

5) Prepare uma apresentação concisa demonstrando que você conhece o seu negócio como ninguém, com dados, gráficos, aspectos importantes e cenário atual. Não se esqueça que o investidor tem diversos bons negócios para analisar. Você deve apresentar um diferencial. Enxergue a busca ao investidor – ou parceiro estratégico – como uma sobrevivência em um ambiente inóspito; como uma luta por sobrevivência na selva. O mais preparado, conhecedor do ambiente, de seus frutos e armadilhas, certamente triunfará.

Gustavo Sardinha Sócio B2L.

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ABVCAP

Congresso em São Paulo reúne players e apresenta setores promissores Apresentar informações inéditas do mercado sobre private equity e venture capital. Essa foi a proposta do Congresso promovido pela Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), em São Paulo.

Clovis Meurer, presidente da ABVCAP

Os setores que crescem mais rapidamente em países como o Brasil, são os que atuam diretamente junto ao consumidor, como planos de saúde, TI e varejo

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O objetivo era divulgar números do setor nacional, um levantamento oficial extraído do ABVCAP Data, em parceria com a KPMG, base de dados oficial da indústria de participações no Brasil. “Por conter os dados oficiais consolidados do maior número de players dessa indústria já reunidos em um estudo conjuntural, a divulgação deste primeiro relatório marca uma importante conquista para o setor, que vem crescendo entre 20% e 30% ao ano”, afirma o presidente da ABVCAP, Clovis Meurer. Além de apresentar o levantamento, o Congresso contou com palestras sobre o cenário atual da indústria de participações no Brasil e no mundo e a visão de investidores internacionais, a evolução e o perfil do mercado de consumo e varejo no país, atração de investimentos, a estratégia dos fundos de pensão na alocação de recursos em private equity e venture capital, entre outros temas relevantes neste setor. O Congresso apresentou ainda detalhes de setores promissores da economia e contou com representantes das mais importantes empresas da indústria de participações no Brasil. Dentre os as-

suntos discutidos, destacam-se o aumento do poder aquisitivo da sociedade brasileira – especialmente a classe C – que foi apresentado no painel “A Evolução e Perfil do Mercado de Consumo e Varejo no Brasil”, que contou com a participação de Manuela Artigas, sócia da Prática de Bens de Consumo e Varejo da McKinsey, do CEO da RiHappy, Hector Nunez, do sócio da Gávea Investimentos, Piero Minardi, do Managing Partner da Tarpon, Pedro Faria e do Sócio Fundador da Arezzo, Anderson Birman, além de outros convidados com experiência na atuação de fundos de private equity no setor varejista. Dimensões continentais, visibilidade internacional como potência emergente e importantes demandas da sociedade foram debatidos no painel “O Desafio de Investir no Crescimento de um País Continental”, e teve a participação do superintendente da Área de Infraestrutura do BNDES, Nelson Fontes Siffert Filho, do principal executivo da GEF, Ben Sessions e do diretor de Infraestrutura da Rio Bravo Investimentos, Fabio Okamoto. Já o setor de tecnologia foi representado com o tema “O Mundo Interligado - As Novas Tecnologias que Pautarão o Futuro do Segmento de TIC”, e contou com especialistas como Laércio Cosentino, CEO da TOTVS, Cassio Dreyfuss, vice-presidente da Gartner Research e Eduardo Goes, Co-CEO e fundador da Rocket Internet LatinAmerica.


ABVCAP O encontro também teve a participação de Drew Guff, especialista em gestão de fundos em mercados emergentes e diretor e sócio fundador da Siguler Guff, uma das mais reconhecidas empresas do mercado de private equity que, junto com suas afiliadas, possui mais de US$ 10 bilhões de ativos sob sua administração. Guff foi responsável pela apresentação da palestra “A Experiência dos Fundos na Alocação de Recursos em Fundos Nacionais”.

Dados oficiais Com informações de 480 fundos, a ABVCAP Data, base de dados oficial da indústria de participações no Brasil, representa um importante passo na transparência e desempenho das atividades do setor. Os números apontam que o capital comprometido para os fundos de Private Equity e Venture Capital (PE&VC), em 2012, foi de R$ 83 bilhões. Esse valor inclui montantes que já foram efetivamente investidos e os investimentos que ainda não entraram nas empresas, mas que estão provisionados. “Estamos bastante contentes com o número expressivo a que chegamos”, conta Meurer. O valor de 2011 foi de R$ 64 bilhões, um aumento de 31% que está alinhado com a média anual de crescimento nos últimos anos que era sempre estimada num valor entre 20% e 30%.

Investimentos em infraestrutura Durante o Congresso, a ABVCAP promoveu um debate sobre o Desafio de Investir no Crescimento de País Continental e o Chefe do Departamento de Energias Alternativas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Antonio Carlos Tovar, destacou a importância do investimento em private equity para o setor de infraestrutura. Tovar explica que o BNDES não tem como captar todos os recursos que o mercado de infraestrutura demanda no

Brasil; assim, salienta, como alternativa, a necessidade de outros meios de investimento como o private equity, por exemplo. “Não é possível contar apenas com o BNDES, porque o banco não tem recursos para financiar tantos projetos que o país necessita”. O diretor de Infraestrutura da Rio Bravo Investimentos, Fábio Okamoto, comenta que três fatores são importantes para ter um aporte favorável de infraestrutura no país. Ele destaca que o principal é ter capital e logo depois financiamento abundante para trazer o retorno para o investidor final. “Por fim, a facilidade em licenciamento ambiental”. Participaram também do painel do Congresso da ABVCAP: Ben Sessions, Managing Director do Global Environment Fund – GEF, além do moderador Roberto Hesketh, conselheiro consultivo da ABVCAP e diretor da Multicapital do Brasil Participações.

Desempenho Precursor na área de participações desde 1990, Guff sabe reconhecer quando um mercado tem futuro. E, de acordo com ele, o Brasil está no caminho certo. “Para os fundos administrados pela SigulerGuff, o Brasil está dando resultados mais rápidos que a China”.

De acordo com Guff, que aponta bons resultados dos fundos de participações no Brasil, é importante analisar as oportunidades em PE&VC, pois, muitas vezes, mercados emergentes são melhores do que investimentos em bolsa. “O mercado de ações emergentes está muito concentrado em um punhado de empresas grandes, como Petrobras e Vale, que estão mais sujeitas aos efeitos das flutuações internacionais. Por outro lado, os setores que crescem mais rapidamente em países como o Brasil, são os que atuam diretamente junto ao consumidor, como planos de saúde, TI e varejo”. Guff também ressalta que o Brasil precisa de mais atenção frente às fontes de financiamento para pequenas e médias empresas, uma vez que os empréstimos têm taxas altas e períodos curtos.

Venture Forum Paralela ao Congresso, foi realizada a primeira edição de 2013 do Venture Forum, um processo estruturado que visa oferecer oportunidades ideais para as empresas inovadoras conquistarem a atenção de gestores e investidores para seus planos de negócios.

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ENTRETENIMENTO

Warner Os super-heróis nossos de cada dia

Dando sequência à nossa série sobre entretenimento, conversamos com o gerente geral da Warner Bros. Consumer Products no Brasil, Marcos Bandeira de Mello. Descubra agora este mundo encantador que povoa nosso imaginário desde nossa infância até os dias de hoje. Empresa da Warner Bros. Entertainment, a Warner Bros. Consumer Products (WBCP) é a divisão de licenciamento do grupo, detentora de um dos mais completos portfólios do setor, incluindo consagrados personagens e marcas do universo do cinema e da animação. Com mais de 1.000 licenciados ativos em todo o mundo, licencia os direitos de uso sobre nomes, semelhanças e logos para todas as propriedades intelectuais. Ícones famosos fazem parte do repertório, tais como a turma dos Looney Tunes, Harry Potter, Scooby-Doo, Batman e Superman, da DC Comics, assim como direitos de propriedade da Hanna-Barbera – incluindo Os Flintstones, Os Jetsons e Tom & Jerry – e filmes clássicos como “E o Vento Levou” e “O Mágico de Oz”, além de séries consagradas como “Friends”, “The Big Bang Theory” e muitas outras. Com uma rede global de escritórios e agentes nas principais regiões do mundo, incluindo América do Norte, América Latina, Ásia e Europa, mantém o


ENTRETENIMENTO compromisso de expandir e consolidar suas principais marcas no mercado internacional. Atuando há mais de 25 anos no Brasil, a empresa opera por meio de gerências específicas para os segmentos de vestuário, brinquedos e publicações, papelaria, decoração e utilidades domésticas, cuidados pessoais e saúde, alimentos e bebidas, promoções, entretenimento e clip licensing. As operações brasileiras da WBCP ganharam notoriedade mundial. Para isso, a equipe brasileira mantém um forte relacionamento com seus clientes, disponibilizando ferramentas importantes para ajudá-los a aumentarem a comercialização dos produtos licenciados.

Mercado local Uma das iniciativas de sucesso foi a criação de style guides locais, específicos para atender às necessidades do mercado brasileiro. A WBCP oferece também todo o suporte para desenvolvimento do conceito do produto, apresentação constante de tendências internacionais com viabilidade de aplicação local, ampla exposição das marcas – presentes na internet, nas TVs aberta e fechada e no cinema, além de atuar junto aos grandes varejistas, para otimizar a disposição dos itens nas gôndolas. “O resultado de todo esse trabalho e investimento é a conquista constante de fortes parceiros, na indústria e no varejo”, complementa o gerente geral da Warner Bros. Consumer Products no Brasil, Marcos Bandeira de Mello. O cinema e a TV continuam sendo plataformas importantes para a consolidação de marcas e personagens no licenciamento. “Costumamos dizer que sempre que um filme chega aos cinemas, um novo desenho chega à TV ou uma nova série de TV é lançada, todos os produtos são beneficiados, independente do personagem. No entanto, é relevante observar como a internet tem mostrado sua força junto aos consumidores, desde os mais novos até adultos”, aponta. A Warner Bros. Consumer Products busca sempre investir em suas marcas, atualizando as mesmas com novos guides,

animações, filmes e, principalmente, priorizando a busca do melhor parceiro licenciado para que as licenças sejam trabalhadas em toda sua excelência, seja do storytelling no produto ou na percepção do consumidor no ponto de venda.

Projetos A WBCP tem desenvolvido parcerias para a realização de grandes projetos, como as áreas temáticas do parque Hopi Hari, em São Paulo. A parceria entre as empresas consiste em um contrato de licença para os direitos de uso dos personagens do Looney Tunes (Infantasia) e da

Liga da Justiça (Aribabiba) nas atrações, na venda de alimentos e na comercialização de produtos do parque. Recentemente, a divisão de licenciamento lançou um projeto em parceria com o hospital A.C. Camargo, que criou o “Hall da Justiça”. Pioneiro em todo o mundo, inclui a tematização das áreas e equipamentos de tratamento do hospital e filmes animados, nos quais os super-heróis vivenciarão momentos inspirados nas histórias dos pacientes.

Licenciamento O licenciamento de marcas é a concessão de direitos de uso de determinada propriedade para uma ou mais empresas. Essas companhias utilizam nomes já consagrados para agregar valor a seus produtos ou serviços. A WBCP conta com uma modalidade para o uso de seus personagens em peças publicitárias, conhecido como clip licensing. Recurso muito utilizado nos Estados Unidos, Japão e Austrália, consiste na utilização de trechos de filmes e/ou personagens de séries, desenhos, filmes etc. para campanhas publicitárias. Estamos vivendo uma época onde o licenciamento no Brasil (e no mundo) é um verdadeiro fenômeno, de acordo com o gerente. Podemos afirmar que os super-heróis já fazem parte do consciente coletivo da população e, por isso, o volume de produtos licenciados vem crescendo gradativamente a cada ano. “Para a Warner, nos últimos cinco anos, o crescimento da representatividade dos produtos licenciados de heróis tem sido muito expressivo. Evoluímos de 5% para quase 30% da totalidade de nosso portfólio.” Esse crescimento também é sentido com animações como Looney Tunes e Penelope Charmosa e propriedades de filmes, séries de TV e videogame que fazem parte do portfólio da Warner e sempre estão entre os personagens solicitados pelos clientes.

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ENTRETENIMENTO

Muito mais que um parque,

um mundo

mágico

“Costumo dizer que quando uma pessoa fica doente, procura um médico, e o nosso negócio não poderia ser diferente. Quando uma pessoa quer se divertir, ser feliz, sonhar e viver um momento encantado, nos procura, porque o nosso negócio é proporcionar tudo isto”. De forma simples e direta, é assim que o diretor de Marketing, Vendas e Novos Negócios do Beto Carrero World, Vitor Bauab, define o parque. Referência em entretenimento em toda a América Latina, o parque multitemático trabalha com o imaginário dos pequenos, a adrenalina dos mais jovens e a emoção dos mais velhos. Às vezes, une os três elementos de uma só vez por meio de espetáculos e shows. Oferece a oportunidade de viajar no tempo, desperta a curiosidade e apresenta um mundo de fantasias em um só lugar para todos que têm a oportunidade de conhecê-lo. Com um leque de atrações e atividades, o parque teve notáveis crescimentos nos últimos anos e, segundo Bauab, a grande receita para qualquer desenvolvimento, inclusive o Beto Carrero World, é entender o objetivo do negócio, sempre mantendo a essência. O diretor conta que o parque vive um novo momento, com isso vários eixos foram remodelados, como: a comunicação, campanhas de marketing, plano de atuação, além de novas áreas e atrações. “Até o final de 2013, teremos novas atrações e áreas sendo inauguradas. Recentemente lançamos a nova unidade de negócio, a Beto Carrero Eventos, e a mais nova atração: “Velozes e Furiosos Show”, das telas do cinema para o parque, a maior e única atração no mundo”.


ENTRETENIMENTO E as surpresas não param por aí. Além de todas as áreas possuírem investimentos em melhorias, priorizando sempre a segurança, há ainda o lançamento de mais uma atração: a área temática do Madagascar, com previsão para outubro deste ano. “Nosso negócio tem alguns elementos fundamentais para o sucesso; a inovação é um deles”. Com uma nova campanha de marketing, com o slogan “Muito Mais Que Um Parque”, o diferencial do complexo frente aos concorrentes está, além da estrutura, na atuação, conceito e atrações, que prendem a atenção de crianças, jovens e adultos. “Hoje, no mercado nacional, temos alguns empreendimentos que atuam no segmento de parques, mas entendemos que um tem perfil diferenciado do outro, e todos os segmentos estão se reinventando. O nosso não poderia ser diferente”, aponta.

grande família, que muito bem me recebeu. Este é o segredo deste sucesso, que como toda a família, teve seu patrono, o saudoso Beto Carrero.”

Crescimento

Vitor Bauab, diretor de Marketing, Vendas e Novos Negócios do Beto Carrero World

Família Beto Carrero

personagem central de um parque que começou com poucos brinquedos e shows improvisados, mas que sempre buscou o melhor e, hoje, transformou-se em complexo de diversões digno de comparações com os maiores empreendimentos do mundo, como a Disney, por exemplo.

Trabalhar com o inconsciente e o imaginário das pessoas, misturando personagens com brinquedos radicais e zoológicos, e apresentar um mundo de sonhos não é tarefa para qualquer um.

Junto com o parque cresceu também a família Beto Carrero. O parque conta com aproximadamente 950 funcionários diretos, mantendo um constante crescimento de um ano para o outro.

De origem humilde, João Batista Sérgio Murad, o Beto Carrero, sabia desde cedo aonde queria chegar e não desistiu até que erguesse um dos maiores parques multitemáticos do mundo. O vaqueiro é

E o segredo do sucesso está justamente nesse ponto, na família. “Para mim, posso dizer sem ter a preocupação de errar, que estou dentro de um grande empreendimento e também de uma

Até o fim de 2013, a ideia é crescer 20%, tanto em público quanto em receita. Mas as comemorações de resultado já começaram: o primeiro semestre de 2013 foi o melhor de toda a história do complexo. “Obtivemos 20% de crescimento em público e 23% de crescimento em receita, ou seja, vendemos mais e com mais qualidade na receita. Isto nos faz, perante o mercado nacional, o maior parque temático do Brasil e da América Latina”, comemora.

Rentabilidade O faturamento gira em torno da venda de passaportes, ou seja, da entrada no parque: aproximadamente dois milhões de visitantes passam pelo empreendimento por ano. Mas isso não quer dizer que não haja outras fontes de receitas. De acordo com Bauab, estão sendo desenvolvidos trabalhos paralelos em que são estudadas outras possibilidades de rentabilidade. “O que tem nos surpreendido é a quantidade de empresas que nos procuram com o objetivo de patrocinar algumas ações, atrações ou até mesmo espaços do parque.”


ENTRETENIMENTO

Amantes da leitura Para os apaixonados por leitura, que não saem de casa sem um livro embaixo do braço, o site Skoob é o local onde é possível compartilhar o que se está lendo, o que já se leu e o que ainda vai se ler. Em resumo: um local em que todos compartilham suas opiniões e críticas. É também um lugar para fazer novos amigos, já que muitas pessoas gostam dos mesmos livros. O papel do site é ajudar a encontrar essas pessoas e saber quais são suas dicas para a próxima leitura. “A ideia surgiu conversando com alguns amigos sobre os livros que tínhamos lido e sobre os quais nossas opiniões eram totalmente diferentes. No meio do bate-papo perguntei se havia algum lugar na internet onde fosse possível buscar a opinião de outros leitores. Como a resposta foi negativa, tivemos a ideia de criar uma rede social literária para que houvesse essa troca de informações”, conta o criador do Skoob, Lindenberg Moreira. Considerada rede literária pioneira no Brasil, em menos de três meses já era referência para leitores, editoras, livrarias e autores. “O caminho até aqui foi complicado, mas facilitado pela grande cumplicidade dos nossos usuários, que entenderam e apoiaram até mesmo quando tivemos os problemas que vieram com o crescimento rápido da rede”, lembra, reforçando que foi e é baseado neste apoio e relação estreita com os skoobers (como são chamados os usuários da rede) que os criadores têm a certeza de estarem na direção correta.

Futuro

Lindenberg Moreira, criador do Skoob

Entre as ações previstas para o futuro, dentro do mercado editorial que vem crescendo muito no Brasil, em breve o site irá lançar a livraria oficial do Skoob. Para o fim do ano a intenção é lançar o redesigner de toda a rede com várias novas funcionalidades e também o aplicativo mobile para iphone e android.

“Temos relatos de vários leitores que depois do Skoob aprimoraram o gosto pela leitura. Vemos isso nos encontros mensais organizados pelos próprios skoobers e que acontecem em quase todos os Estados brasileiros. Eu mesmo, só depois do Skoob tive a oportunidade de conhecer autores como Kafka, Nietzsche, Oscar Wilde, Saramago, Nelson Rodrigues e vários outros dos quais me tornei leitor voraz”, relata.

Público No início do Skoob o público principal era composto por leitores de Harry Potter, com faixa etária entre 15 e 17 anos. Com o tempo, o site passou a contar com a entrada de vários outros “clubes”, como os fãs de Crepúsculo, Guerra dos Tronos, dos clássicos e até das revistas em quadrinhos. Hoje é possível encontrar qualquer tipo de literatura e de leitor no Skoob. De acordo com Moreira, dados estatísticos do site apontam que as mulheres leem mais do que os homens. Dos mais de 1 milhão e 100 mil leitores que hoje fazem parte da rede, 68% são mulheres entre 20 e 35 anos. O público feminino lê em média, três vezes mais livros do que os homens, sendo que 42% dos leitores são de São Paulo. Rio de Janeiro fica em segundo lugar com 19% e Minas Gerais ocupa a terceira posição com 11%.

acervo de

cerca de

18 editoras

3.423 grupos

602 mil livros

9.300 autores

Como participar O primeiro passo é se cadastrar no Skoob (www.skoob.com.br), tornando-se um skoober. Depois basta adicionar seus livros à sua estante. Ferramentas foram criadas para permitir a interatividade entre os skoobers.


Gestão

Gestão organizacional ganha um novo aliado: IBGTr

O vice-presidente do IBGTr, Ricardo Becker, conta que o Instituto tem como proposta favorecer um ambiente neutro, onde o participante possa apresentar temáticas e discuti-las. “O Instituto nasceu de uma necessidade de gestão de pessoas e advocacia, propondo uma neutralidade onde poderemos discutir sem expor ninguém, nem empresas, nem escritórios”. Becker diz também que a Go-

vernança Trabalhista não será somente um diferencial de mercado, e sim, uma necessidade para uma gestão eficiente de empresas modernas. O vice-presidente completa que o Instituto irá auxiliar ainda em operações de fundos, uma vez que investidores terão acesso a organizações alinhadas às diretrizes da lei. “O IBGTr vai influenciar também nas áreas de fusão e aquisição, pois os investidores olharão as empresas de forma diferente, uma vez que não encontrarão casas bagunçadas”.

entre colaboradores, diretores, sindicatos e Poder Judiciário. Esta ferramenta reúne as melhores práticas desenvolvidas entre os departamentos de Recursos Humanos, comercial, financeiro e jurídico, sempre alinhadas aos objetivos estratégicos da companhia. Foto: Jean Camillo

Foi lançado no primeiro semestre o Instituto Brasileiro de Governança Trabalhista (IBGTr), cujo objetivo é realizar ações para convergência do setor de Recursos Humanos e área jurídica para a melhoria da gestão organizacional. A proposta é promover fóruns de discussão, palestras, mesas-redondas, eventos e cursos que enriqueçam a troca de experiências na busca de uma gestão empresarial que contemple recursos humanos e a área jurídica.

Governança Trabalhista Norteada por um conjunto de ações voltadas a gerenciar as relações de trabalho, a Governança Trabalhista visa aperfeiçoar resultados, diminuir custos, reduzir ou eliminar os conflitos de interesses nas relações

“O IBGTr vai influenciar também nas áreas de fusão e aquisição”, afirma Becker


capa

r o o t c e i t S u ê s o c g a r a l m s r o fa sce a pass cre

faturamento do mercado farmacêutico:

R$ 49 bilhões Os números são impressionantes. Dados recentes divulgados pelo IMS HEALTH, que audita o setor farmacêutico no Brasil e no mundo, apontam as perspectivas relacionadas ao mercado, em âmbito nacional e internacional. Nesta edição, B2L Corporate traz números reveladores, dicas para as farmácias de médio porte e apresenta duas empresas que conquistaram o sucesso dentro deste universo. O ambiente no varejo e distribuição deve permanecer bastante dinâmico nos próximos anos. Grandes redes seguem com planos de abertura de novas lojas (320 lojas previstas para 2013 somente entre as três maiores). A previsão é animadora, mas desafios se apresentam: encontrar bons pontos em cidades grandes; desenvolver formatos apropriados a cidades menores; redes pequenas ou independentes buscam diferentes tipos de modelos para ganhar poder de barganha e eficiência no negócio; associativismo; incorporação em franquias existentes; especialização como forma de capturar clientela segmentada. Regulamentação segue sendo um debate com possíveis impactos significativos; bem como limitação das categorias comercializadas, rastreabilidade, descarte de medicamentos entre outros.

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agosto 2013

crescimento:

15%

em relação ao ano anterior

número total de farmácias e drogarias:

65 mil

cerca de estabelecimentos (farmácias e drogarias da rede privada - de caráter comercial)

90%

mais de são independentes (pequeno e médio porte)

grandes redes de farmácias e drogarias do varejo brasileiro pertencem à

ABRAFARMA apesar de representarem apenas 6% do número de estabelecimentos em todo o país, detêm 40% do mercado (em valor/faturamento)

medicamentos são os itens mais comercializados nas farmácias e drogarias


CAPA

25%

genéricos vêm conquistando uma fatia cada vez maior de participação (seu share beira 30% em média)

cerca de do faturamento mensal advêm de produtos do setor de higiene e beleza

principais fatores que impulsionam o crescimento das vendas das farmácias e drogarias e o fortalecimento do setor no país:

remédios de uso contínuo geram maior lucratividade a estes estabelecimentos

• aquecimento da economia • baixo nível de desemprego • ascensão das classes econômicas (principalmente da classe C)

crescimento gradativo das vendas de produtos do setor de higiene e beleza nas farmácias e drogarias

• maior poder de compra dos consumidores Fonte: IMS HEALTH (data-base fechamento do ano de 2012)

Pequenas e médias População por classe social América Latina e Caribe

vulneráveis (US$ 4 a US$ 10 por dia)

50

pobres (US$ 0 a US$ 4 por dia)

40 30 20 1995

classe média (US$ 10 a US$ 50 por dia)

2000

2005

2010

Durante a década passada 50 milhões de pessoas ingressaram na classe média. Essa migração tem determinado o crescimento do consumo de medicamentos. O novo consumidor é mais sensível a preço.

Impacto da melhoria de renda no consumo de medicamentos

1.001

458 Consumo de medicamentos por família no Brasil (US$ / ano)

242 Classe D/E

C

agosto 2013

A/B

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Fonte: IMS HEALTH

De acordo com levantamento feito pelo IMS HEALTH, há no país mais de 65 mil farmácias e drogarias. Segundo dados obtidos em julho deste ano pela própria Federação, 12% são representadas pela comunidade Febrafar. No fechamento de 2012, o faturamento das farmácias e drogarias associativas integradas à entidade registrou R$ 4 bilhões, mas devido ao aumento da renda da população, maior acesso aos medicamentos (ações governamentais como o Programa Farmácia Popular e ação Saúde Não Tem Preço) e do ritmo crescente das vendas no segmento, estima-se que o faturamento ultrapasse R$ 4,5 bilhões até dezembro deste ano.

O potencial de expansão é promissor

Percentual da população

A Federação Brasileira das Redes Associativistas de Farmácias (Febrafar) possui um grupo composto por 41 redes de farmácias de pequeno e médio porte em mais de dois mil Municípios distribuídos em 20 Estados mais o Distrito Federal. De acordo com a Assessoria de Imprensa da Federação, em valor o crescimento das mais de 7.500 farmácias e drogarias integradas às redes associadas segue o processo evolutivo do mercado, em torno de 15% ao ano.


CAPA

Dicas para o novo cenário O mercado farmacêutico no Brasil está em expansão, com perspectivas de crescimento atraente. Concorrentes internacionais com alto potencial de investimento já estão disputando esse mercado com as grandes redes varejistas. Novas aquisições e associações no segmento de farmácias são aguardadas, sinalizando a tendência de consolidação do setor. Segundo dados publicados na Exame.Com, apenas cinco das principais redes de farmácias do país passaram a deter quase 30% do mercado.

3. Atentar para o ponto comercial com boa localização, apresentação visual da fachada e suas instalações. Ambiente limpo e bem iluminado, facilidades de estacionamento, segurança, serviço de entrega e e-commerce são cada vez mais valorizados. 4. Dar especial atenção à administração do negócio e à profissionalização, com ênfase na gestão de compras e estoque (comprar aquilo que terá saída e saber equilibrar o estoque com a demanda existente). Manter o capital de giro, analisar a lucratividade e os resultados mês a mês, acompanhar as análises setoriais – atualmente – passa a ser uma questão de sobrevivência nesse cenário de grande competição.

A dinâmica atual é de muita competição, exigindo cada vez mais que as pequenas e médias farmácias independentes se adaptem às mudanças do setor para prosperar. A seguir algumas dicas:

5. Unir-se a uma rede associativa ou cooperativa, é uma alternativa para preservar a competitividade e obter ganhos em escala, garantindo melhores condições na política para compras conjuntas, nos programas junto à mídia, na padronização de fachadas e layouts das lojas e nas atividades operacionais.

1. Conhecer seu público consumidor para adequar o mix de produtos. Possibilitar que o cliente encontre tudo que procura num mesmo local (one stop). 2. Oferecer atendimento de qualidade com funcionários treinados, bem informados e motivados. Essa personalização no atendimento pode ser o diferencial no marketing de relacionamento, individual e personalizado. Os hábitos de consumo apontam o caminho de comunicação customizada com o cliente para gerar a fidelização. Justamente porque as grandes redes não conseguem ter essa proximidade e realizam campanhas e promoções padronizadas.

André de Vasconcellos Sócio B2L.

Top 10 Corporações na América Latina – Mercado Varejo

Market Share

Sanofi

7,4%

EMS

5,1%

NOVARTIS

5,0% 4,2%

%Crec. > Mercado

pFIZER

%Crec. < Mercado

BAYER

4,0%

MERCK & CO

3,8%

HYPERMARCAS

3,6%

ROEMMERS

3,3%

GLAXOSMITHKLINE BOEHRINGER INGEL

14

agosto 2013

3,1% 2,3%

10% 25,9% 9,0% 6,1% 10,6% 12,3% 23,3% 20,5% 12,9% 12,9%

Fonte: IMS HEALTH

Market Share (Valores) vs % Crescimento Último ano

Total AL +15.8%


CAPA

Entidades Crescimento impulsionado pelo setor privado

Dados do Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo) apontam que existem hoje no Brasil, 550 indústrias farmacêuticas.

Mercado Farmacêutico Total R$ bilhões à preço PPP e licitação

De acordo com o Conselho Federal de Farmácia (CFF) existem no país 85.036 farmácias e drogarias (farmácias e drogarias da rede privada | de caráter comercial + as farmácias que são abertas pelo governo por licitação e aquelas farmácias hospitalares (magistrais), que estão dentro dos hospitais). A atuação do CFF está voltada para todos os profissionais farmacêuticos, independentemente onde atuam.

Institucional

14,8 (30%)

Varejo R$ 50,1 bilhões

Fonte: IMS HEALTH

35,3 (70%)

As pequenas e médias empresas devem se unir para competir em larga escala, pois chegou a hora destas iniciarem processos de fusões e profissionalização da gestão. A saída é a governança corporativa, aliada ao processo de fusão para criar marca e capacidade de compra.

RUBENS SERRA Presidente do Conselho da B2L.

No ano passado o país detinha a 6ª posição no mercado farmacêutico, com perspectivas de chegar à 4a até o ano de 2017 (Fonte: IMS HEALTH). O presidente da ABCFARMA (Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico), Pedro Zidoi Sdoia, lembra ainda, que o faturamento dos últimos 12 meses – base março/2013 – foi de R$ 51,1 bilhões. Empregos gerados diretamente somam 382.500. Sobre a realidade crescente de fusões e aquisições no setor, Sdoia cita as operações envolvendo Drogasil/Raia, Drogaria São Paulo/Drogarias Pacheco, Brasil Pharma/Mais Econômica, Big Bem, Rosário e Santana. A recente aquisição da Drogaria Onofre pela Rede Americana C.V.S. revela um duelo de gigantes. “O setor de saúde é abrangente e engloba significativa parcela no PIB nacional, próximo de 9 a 10%. Quanto à expectativa de crescimento do setor farmacêutico diante da ampliação de acesso a medicamentos e do envelhecimento da população, a previsão é de 8% a 11%”, revela.

Presidente da ABCFARMA, Pedro Zidoi Sdoia No que diz respeito à receita atingida pela venda de genéricos no Brasil em 2012, o faturamento acumulado de 12 meses foi de R$ 11,1 bilhões. O que é necessário para uma farmácia funcionar no Brasil? • registro de contrato social na Junta Comercial • ter um responsável técnico pelo estabelecimento • autorização de funcionamento expedida pelo setor de Vigilância Sanitária • adequar-se às normas de procedimentos estabelecidas pela ANVISA “Os empreendedores representados pela ABCFARMA encontram dificuldades para atender a algumas exigências da ANVISA, quando estas extrapolam as leis existentes e quando a ANVISA, por intermédio de seus técnicos, alega impossibilidade de atender prazos, principalmente o de obter o alvará de funcionamento”, observa o presidente.

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CAPA

Panvel Maior rede de farmácias do Sul apresenta seus projetos

Localização Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul Lojas mais de 300 Programa Fidelidade 2,6 milhões de participantes

20 submarcas. “A trajetória de sucesso da Panvel foi construída com a determinação e o esforço de todos os integrantes da nossa equipe, que continuarão o seu trabalho sempre focados no bom atendimento e na satisfação dos clientes”, afirma o diretor de varejo do Grupo Dimed Panvel, Luiz Antônio dos Santos.

Presente em toda a região Sul do país, a Panvel acaba de comemorar 40 anos. Para marcar a data, a empresa preparou promoções em medicamentos e produtos de higiene e beleza em todas as filiais e na loja virtual. Para os próximos cinco anos, o Grupo Dimed Panvel deve aplicar cerca de R$ 220 milhões na implantação de sua nova sede, aquisição de novas tecnologias, abertura de 150 novas lojas e modernização dos centros logísticos. O projeto de expansão acontecerá em Eldorado do Sul, cidade vizinha de Porto Alegre, e deve ser concluído até o final deste ano. Iniciativa da empresa desde 2006, o Programa Fidelidade permite aos clientes acumular pontos que podem ser convertidos em produtos, além de descontos. O programa é também uma ação estratégica para o crescimento do e-commerce, já que é disponibilizado ainda pelo site. Com entrega para todo o Brasil, a loja virtual tem Porto Alegre e São Paulo como as cidades com maior número de compras online, totalizando mais de 15 mil itens. Pioneira na criação de marca própria dentro do setor farmacêutico, a rede apresenta um mix com mais de 500 itens, distribuídos em

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Diretor de varejo do Grupo Dimed Panvel, Luiz Antônio dos Santos

Destino Certo Promover o bem-estar da sociedade e a preservação do meio ambiente também é preocupação da Panvel. A rede criou o programa Destino Certo, para auxiliar a população a fazer o descarte correto de medicamentos vencidos. Até o momento, mais de 11,6 toneladas de remédios foram recolhidas. Outra ação voltada à sustentabilidade é a Menos Sacolas na Natureza, Mais Pontos no seu Cartão, que visa reduzir o uso de sacolas plásticas. Clientes que abrem mão do material na hora das compras ganham mais quatro pontos no Programa Fidelidade. Com isso, mais de 15 milhões de sacolas já deixaram de ser distribuídas. O Troco Amigo, programa social desenvolvido pela empresa, contribui para a modernização de hospitais no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Por meio do projeto, clientes podem doar qualquer quantia do troco em dinheiro para as entidades. Desde seu início, em 2008, já foi arrecadado mais de R$ 1,3 milhão para os hospitais participantes. Ainda na área social, a Panvel apoia o Instituto da Criança com Diabetes (ICD) na luta contra a doença.


CAPA

Agafarma

Criação inspirada no associativismo

Fundada no ano de 1996, a Rede Agafarma de Farmácias nasceu de uma aliança estratégica de um grupo de empresários que, através do associativismo, se uniram para fazer frente aos desafios impostos pelo mercado. Hoje a Agafarma é referência nacional no associativismo farmacêutico, gerando mais de dois mil postos de empregos diretos. Além disso, fazem parte do grupo a cooperativa Cooprofar e o Mercofarma, laboratório que produz suplementos alimentares para todo o Brasil. Para 2013 a expectativa é crescer de 15 a 20% em faturamento e superar o marco de 400 lojas. “Nossa meta é manter os investimentos necessários nas empresas do grupo de forma a criar continuamente boas oportunidades para os associados da Rede, gerando resultados e propiciando condições favoráveis para que nossas farmácias possam competir com grandes redes”, afirma João Hilário Sott, presidente da Agafarma.

João Hilário Sott, presidente da Agafarma

Localização Rio Grande do Sul Lojas 390 Expectativa de crescimento em 2013 15 a 20% em faturamento

Focada no Rio Grande do Sul, a Rede busca uma expansão horizontal no mercado farmacêutico gaúcho. Atualmente as lojas da Agafarma estão presentes em 180 municípios, havendo cidades com potencial relevante a serem trabalhadas. Falando sobre a visão da filosofia associativista dentro do mercado farmacêutico, Sott aponta que no início, o mercado ficou um pouco apreensivo, pois eram as pequenas farmácias que geravam boa lucratividade para as distribuidoras e indústrias farmacêuticas. Através do associativismo, empresários de pequeno porte aumentaram seu poder de barganha. “Porém, com as dificuldades impostas pelo mercado, este modelo de negócio começou a se expandir e a mostrar a sua força, fazendo com que os fornecedores se adaptassem a esta nova realidade. Hoje, as associações do varejo farmacêutico recebem um atendimento personalizado, condições especiais de compra, suporte, entre outras vantagens”, comemora. Para se antecipar ao mercado, a Agafarma realiza pesquisas e análises mercadológicas. Além disso, mantém um relacionamento próximo com a indústria farmacêu-

tica e os associados, permitindo a troca de informações, experiência e ideias. “Procuramos manter sólidas parcerias com nossos fornecedores e parceiros comerciais com o intuito de oferecer variedade e qualidade nos produtos e serviços, bem como preços competitivos.” A Agafarma procura manter um alto nível de atendimento através da proximidade com o cliente, estabelecendo assim um vínculo com o seu consumidor. “Nossa Rede possui o diferencial de ter a presença do proprietário em cada loja, sempre primando pela atenção e carinho com o nosso cliente.” A qualificação dos empresários e seus funcionários também é um fator determinante para o sucesso da Rede. “Oferecemos treinamentos e palestras para nossos gestores, farmacêuticos, proprietários e colaboradores, proporcionando melhoria na gestão do negócio e na qualidade do trabalho”, conclui.

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MAPA DE OPORTUNIDADES

Gigantes do varejo Nesta edição o Mapa de Oportunidades se apresenta num formato diferente. Em pequenos textos, revelamos um grande panorama sobre o universo do varejo. Dados atuais mostram tendências, crescimento, perspectivas e inovações. Os olhares devem estar atentos ao setor varejista que revela números impressionantes.

Crescimento Pelo 9º ano consecutivo, o setor supermercadista brasileiro, em 2012, cresceu de forma expressiva, elevando as vendas nominais em 8,3% e as reais em 2,3%. Em termos absolutos, em 2012, o setor faturou R$ 243 bilhões contra R$ 224,3 bilhões em 2011. Os números são significativos se considerarmos fatores como a variação do PIB de apenas 0,9% e o aumento consistente da base comparativa ao longo de quase uma década, além do momento de fraca expansão da economia mundial.

Potências brasileiras O Grupo Pão de Açúcar figura como a maior rede de supermercados do Brasil, de acordo com o ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). A rede somou vendas de R$ 57,2 bilhões no ano passado, e estima triplicar as vendas nos próximos cincos anos somente da sua bandeira Assaí – um dos braços que mais cresce dentro da companhia. O Carrefour segue como 2º colocado da lista, com vendas de mais de R$ 30 bilhões somadas em 2012. Já a rede americana Walmart está no 3º lugar no pódio.

Inovação A Bon Preu, rede catalã, que em português significa Bom Preço, implantou um novo formato em suas lojas chamado de Iquodrive. O sistema permite ao consumidor efetuar suas compras pela internet e buscar os produtos que já estarão embalados e prontos para serem transportados. A rede possui 152 supermercados, com vendas anuais de aproximadamente 700 milhões de euros, e opera somente no sul da Espanha.

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US$ 4,2 trilhões Essa é a soma total do faturamento dos 250 maiores varejistas do mundo. A receita média fica na casa dos US$ 17 bilhões e, para poder entrar nesta lista, é necessário possuir uma receita mínima de US$ 3,7 bilhões.

Crescimento II Um estudo divulgado pela Deloitte, em conjunto com a STORES Media, mostra que os 50 principais varejistas do mundo aumentaram, em receita, 22% entre 2006 e 2011, e o líder da lista continua sendo a Walmart. Dentre o ranking dos 250 maiores varejistas, apenas duas brasileiras: Grupo Pão de Açúcar, em 34º lugar e Lojas Americanas, em 153º.


MAPA DE OPORTUNIDADES

Queda Mesmo com números positivos, o crescimento das vendas no comércio para o segundo semestre de 2013 deve ficar abaixo do esperado pelo setor, que estimava um aumento de 6,15% em relação ao mesmo período do ano passado. Os números foram divulgados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, que reduziu a previsão de crescimento para 5%, mas que ainda espera uma queda maior (4,5%), devido à elevação da taxa de juros.

Desenvolvimento acelerado Responsável por 19% do varejo nacional e por 2,7% do PIB, o mercado de Shopping Centers brasileiro registrou, em 2012, alta de 10,5% nas vendas em relação ao ano anterior, movimentando um total de R$ 119,5 bilhões. Para 2013, a estimativa é ter um aumento de 12% no total de vendas. Números comprovam a importância do setor que, somente de 2006 a 2008, cresceu 28%. Esses resultados também refletem ações de investimentos de grupos internacionais no mercado brasileiro, além da abertura de capital na bolsa de valores.

23,8% Esse é o percentual de faturamento dos 250 maiores varejistas do mundo proveniente de operações em mercados estrangeiros. Estes ainda possuem um crescimento anual de 5,1% das vendas compostas, com 5,4% de taxa composta de crescimento anual das vendas no varejo de 2006 a 2011. Os maiores varejistas do mundo contam com uma margem de lucro líquida composta de 3,8% e um retorno sobre o patrimônio combinado de 5,9%, além de manter, em média, operações em nove países.

Brasil

R$ 33 bilhões

O mercado consumidor brasileiro continua favorável e traz ainda expectativas positivas para o varejo local. No entanto, uma possível retomada do nível de endividamento do consumidor deve ser acompanhada com atenção, principalmente por se tratar de um cenário no qual a queda de juros pode sinalizar um momento propício a pedidos de novos empréstimos.

Esse foi o faturamento do grupo Ambev no Brasil somente em 2012. Desde a fusão entre a Brahma e a Antártica a receita do grupo ainda cresceu seis vezes, desempenho que fez com que a Ambev superasse a Vale como maior empresa privada do Brasil. Mesmo com números positivos, o ano de 2013 será desafiador: a venda de cervejas caiu 5,8% no primeiro trimestre e deve continuar sofrendo com o impacto do aumento do imposto sobre produtos industrializados que incide sobre a cerveja. Fontes: ABRAS, Abrasce, ALAS, Exame

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INSTITUCIONAL

BTG Pactual Os sócios B2L realizaram mais uma grande rodada de negócios junto ao Banco BTG Pactual, principal banco de investimentos da América Latina, com atuação nas áreas de Assets Management, Wealth Management e Investment Bank. Na ocasião foi possível apresentar aos diretores do Banco oportunidades pré-selecionadas pelos sócios nas áreas de saúde, vestuário, alimentação, imobiliário, entre outras, com operações de R$ 980 milhões. Para o presidente do Conselho do Grupo B2L, Rubens Serra, o encontro dos empresários no BTG serviu para mostrar a força da entidade junto aos fundos e às médias empresas. “Com isto, pudemos acelerar a apresentação de excelentes oportunidades de negócios entre ambos”, aponta. Desta forma, a B2L continua gerando força nos cenários nacional e internacional do mercado de capitais, facilitando o encontro entre boas oportunidades e investidores relacionados, fazendo jus ao lema Nós Construímos o Futuro!

A B2L demonstra sua força ao levar, a dois dos maiores fundos de investimentos do Brasil, R$ 2 bilhões em operações de oito Estados para serem apresentadas em uma metodologia própria. De um lado ocupa pouco tempo do fundo e seus sócios, e de outro aumenta a possibilidade de fechamento, projetando uma maior visibilidade.

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Rodrigo Bertozzi CEO B2L.


INSTITUCIONAL

RB CAPITAL – R$ 1 bilhão na Mesa de Negociações

Sócios da B2L reuniram-se em São Paulo para um encontro estratégico com a RB Capital, a fim de discutir negócios com a empresa, que é referência em operações de crédito estruturado e investimentos imobiliários. Empresa independente, fornece consultoria e gestão imobiliária especializada na originação, seleção, estruturação, desenvolvimento e monitoramento de ativos e projetos imobiliários comerciais e residenciais, buscando operações de Sale&Leaseback, loteamentos urbanos e industriais, Built to Suit e projetos imobiliários gerais, comerciais e residenciais. O encontro foi dividido em quatro fases, com operações de R$ 1,1 bilhão:

1ª Fase:

Pré-seleção com sócios da RB Capital e apresentação de 23 projetos de investimento imobiliário;

2ª Fase:

Escolha de 11 oportunidades, todas enviadas para B2L com marcação de datas para apresentação;

3ª Fase:

Empresários com 30 minutos para defender seu projeto diante de banca formada por sócios B2L e pelo presidente do Conselho, Rubens Serra;

4ª Fase:

Escolha de cinco projetos que estão em fase de andamento para análises avançadas. Destes, três irão receber aportes.

Na opinião da sócia da B2L, Priscila Spadinger, o feedback não poderia ter sido melhor. “Em um único dia conseguiram conversar com vários empresários altamente preparados, que se valeram de apresentações de alto nível, tudo em razão do intermédio dos sócios B2L que os pré-selecionaram, facilitando o dia a dia do investidor e avançando de forma mais efetiva no fechamento de uma boa operação para todos”, avalia.

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empreendedorismo

Sul do Brasil no radar de gestores e investidores Representando parcela significativa do PIB, 16.5% de acordo com estatísticas do IBGE, os Estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina têm um histórico de empreendedorismo nas áreas de agronegócios, indústrias e serviços que determinam a demanda crescente de investimentos para o seu crescimento na economia do país. De olho no potencial, crescimento e inovação dos empreendedores, investidores de fundos de private equity, venture e seed capital assistiram no mês de junho, durante o II Venture Forum Sul-Brasileiro, em Curitiba, à apresentação dos planos de negócios de empresas previamente selecionadas e capacitadas pela Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), juntamente à Fiergs, Fiesc e Senai no Paraná.

Já a superintendente da entidade, Ângela Ximenes de Abreu, aponta que se trata de um processo longo que passa por uma ampla negociação e avaliação detalhada dos dados econômicos da empresa, o que leva de três a seis meses. “Procuramos trazer as empresas muito bem preparadas e treinadas para que entendam as exigências do investidor; para que a gente encurte este caminho”, esclarece, ressaltando que o Sul é hoje um celeiro importante de empresas de TI, agronegócio e negócios sustentáveis. Tradicionalmente Sul e Sudeste são as regiões que mais recebem investimentos dos fundos, que precisam fazer um acompanhamento estreito.

Com faturamento anual entre cerca de R$ 1 a 23 milhões, as dez empresas selecionadas pertencem a setores de TI, moda, tecnologias limpas, saúde, alimentação, agronegócios e construção civil. Para chegar à etapa final, passaram por um processo de seleção em que foram avaliados critérios como: inovação, produtos e processos de produção, perfil de equipe, alternativas de saída e retorno financeiro. “A aproximação de investidores aos projetos de investimento da região facilita a avaliação das potencialidades e da viabilidade dos negócios”, diz o presidente da ABVCAP, Clovis Meurer.

o Brasil precisa voltar seus olhos para as que estão no meio desse processo Crise Os fundos de private equity e venture capital estão capitalizados, ou seja, tem capital comprometido, com investidores que já se comprometeram a aportar esses recursos. Existe hoje algo em torno de R$ 19 bilhões disponíveis para investimento. “A crise afeta, os investidores se tornam mais cautelosos, o mercado se retrai um pouco, mas o Brasil ainda tem espaço principalmente em varejo na classe C crescente. Ainda há muitos recursos disponíveis para investimento.” Ângela acredita que as manifestações que vêm ocorrendo em todo o Brasil espantam investidores internacionais, mas trata-se de um exercício democrático. Existe um prazo para que os investidores entendam o que está acontecendo. É um processo de evolução do país, que não é diferente no mundo todo.


empreendedorismo

Tecnologia Verde Buscar recursos para crescer mais e mais rapidamente, este foi o principal objetivo que levou a Tecverde Engenharia Ltda. a participar do evento. De acordo com o sócio Caio Bonatto, a empresa vem crescendo de forma orgânica em torno de 200% ao ano e está buscando recursos para expandir as fábricas e levar o negócio para outros Estados. “Esperamos crescer quatro vezes para o ano que vem e a partir de então ter um crescimento contínuo de 40 a 50% ao ano.” Bonatto encara o momento como de luta por um país melhor e mais competitivo e vê como uma oportunidade de poder trabalhar o empreendedorismo no Brasil pautado em negócios mais transparentes, com um governo mais eficiente e com menos impostos. “Vejo isso com bons olhos. Voltar a acreditar no Brasil. Recebemos contatos de investidores dos EUA, Alemanha, Canadá, de pessoas que veem o Brasil como uma grande oportunidade por conta dos fatores econômicos e sociais”, defende.

Finep Apoiar pesquisas básicas desde universidades até a inovação nas empresas. Principais mecanismos: não reembolsável (subvenção econômica), emprestar e fazer investimentos. Esta é parte do trabalho da Finep (Agência Brasileira da Inovação, empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação). Há dez anos os investimentos eram feitos via fundos. Neste novo momento, a agência parte para investimentos diretamente nas empresas. “O Fórum é uma iniciativa que começou com a Finep há mais de dez anos. Já capacitamos mais de 400 empresas. No ano passado transmitimos essa metodologia para a ABVCAP e para o Sul. Vemos o perfil da equipe, quão alinhada ela é, qual é o potencial, capacidade de realização, procuramos pessoas que tenham provada sua capacidade de formar uma empresa inovadora e de alto crescimento, estar posicionada de forma inteligente no ambiente de negócios, com produtos inovadores”, pontua o analista do Departamento de Investimentos e Participações, Bruno Rodrigues Camargo. O analista compartilha a opinião de Ângela, de que o Sul é uma das regiões com ambiente de negócios mais empreendedor, com empresas relevantes nos mais diversos setores da economia. “O ambiente de negócios é conturbado e a economia mundial vem se deteriorando há mais de cinco anos. Isso está rebatendo no Brasil há um ano. As manifestações são uma coisa a mais, mas o ambiente já não estava propício para uma ação direta dos investidores”, opina, falando sobre os protestos. Ações macroeconômicas devem ser tomadas em nível nacional para estabelecer previsibilidade maior dos mercados.

Camargo aconselha as pequenas e médias empresas a desenvolverem estratégias diferenciadas por terem recursos mais escassos do que as maiores, tendo, portanto, menos chances de errar. “Um erro cometido por uma pequena empresa pode custar sua vida. Entrar no mercado não é fácil. As pequenas e médias devem buscar espaços que estão sendo negligenciados por empresas maiores para poder competir melhor.”

Dicas • preparar-se muito • aceitar feedback • se está começando um negócio, buscar opiniões • guardar a ideia para si é o pior caminho • trazer pessoas que tenham o mesmo objetivo de formar uma empresa que cresça e seja relevante • ter um sonho e projeto em comum. Ninguém faz nada sozinho • buscar sempre aprender mais e capitalizar o seu negócio

Qualificação Foi assim que Guilherme Vanzin, da Tamoko S.A, classificou o nível das empresas participantes do Forum. Atento aos encontros de private equity, Vanzin expõe que o nível de profissionalização melhorou muito. “Hoje, as organizações estão mais qualificadas, com métricas financeiras definidas. Elas apresentam um preparo maior e estão cientes de que a teoria é muito diferente da prática.” Para quem é empreendedor e busca investidores, Vanzin apresenta duas dicas fundamentais: conhecer o seu próprio negócio e definir com coerência seu objetivo. “É preciso saber como funciona sua empresa e até onde ela pode levá-lo; conhecer suas fraquezas, equipe e possíveis resultados.” O empreendedor Lázaro Malta dos Santos, da Ahgora Sistemas Ltda, também apresentou sua empresa durante o Forum e diz que a perspectiva é de oportunidades. Segundo Santos, esse é um segmento que vem ganhando cada vez mais espaço no mercado, embora o Brasil ainda careça de investimentos. “Existem ótimas empresas; o problema é que não há uma política que as valorize. Geralmente se vê oportunidades apenas para grandes empresas ou para as que estão nascendo. Então o Brasil precisa voltar seus olhos para as que estão no meio desse processo.”

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COMÉRCIO EXTERIOR

Brasil:

crescimento e presença no comércio internacional Para auxiliar o empresariado brasileiro a identificar oportunidades e regulamentar seu produto para a venda neste mercado, a Amcham Brasil oferece projetos de consultoria nos mais diversos setores Aumentar a presença brasileira no comércio internacional, essa é a principal estratégia para o ano de 2013 para a Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos - Amcham. Dentre outros projetos, destacam-se a melhoria da competitividade e a produtividade da economia brasileira como um todo, além de discutir formas de diminuir a burocracia dos portos e o peso tributário. Em outras palavras, a ideia é contribuir com o aprimoramento do ambiente de negócios no país. De acordo com Gabriel Rico, CEO da Amcham Brasil, estão planejadas, du-

Gabriel Rico, CEO da Amcham Brasil

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rante todo o ano, 147 reuniões de comitê aberto e 131 de comitês estratégicos para os associados, além de fóruns, missões e seminários. “A questão tributária, com a unificação do ICMS em 4% é outro ponto importante em discussão.” Mas, na prática, o que isso quer dizer? O mercado americano é um dos mais procurados pelas empresas brasileiras para iniciarem ou complementarem seus processos de internacionalização. E, para auxiliar o empresariado brasileiro a identificar oportunidades e regulamentar seu produto para a venda neste mercado, a Amcham Brasil oferece projetos de consultoria nos mais diversos setores. A instituição também possui uma equipe especializada na coleta e análise de dados no mercado americano e oferece projeto de consultoria conhecido como “Brasil com Z”, que já auxiliou diversas empresas de diferentes segmentos a iniciarem sua atuação no mercado americano. “Além disso, organiza missões empresariais, focadas em setores específicos, como: logística, informática, ou petróleo e gás. A Amcham ainda edita os guias “How to do business and invest” (mais de 20 títulos), que mostram didaticamente para os empresários brasileiros, como fazer negócios nos Estados Unidos e vice-versa. As questões vão desde como ob-

ter licenças ambientais no Brasil até como abrir um negócio na Flórida”, conta Rico. Como este é um mercado de mão dupla, tanto brasileiros investem nos Estados Unidos quanto os americanos voltam seus olhos para as terras brasileiras. Assim, Rico destaca que as áreas de logística, infraestrutura, saúde, equipamentos industriais e segurança são os principais setores de empresas estrangeiras que estão investindo no país. “Eles estão aproveitando as oportunidades dos grandes eventos esportivos que acontecerão nos próximos anos, assim como o momento econômico do país (o Brasil é o 4º maior país em atração de investimento estrangeiro). Somam-se a estes parcerias nos setores de Saúde, Educação e Real Estate.” Sobre a qualidade dos produtos para exportações, Rico expõe que esse fator interfere diretamente na negociação, tornando-se crucial na transação com o mercado americano. “Primeiramente, se o produto não estiver de acordo com a regulamentação exigida pelo governo, não conseguirá nem entrar no mercado americano. E isso afetará a negociação.” Saber quais são a documentação e as certificações exigidas nesse mercado


COMÉRCIO EXTERIOR é de extrema importância para o sucesso do negócio. Sabendo da dificuldade que as empresas brasileiras têm em obter essas informações, a Amcham Brasil oferece esse tipo de auxilio, facilitando o processo de internacionalização das empresas brasileiras.

Os guias abordam questões desde como obter licenças ambientais no Brasil até como abrir um negócio na Flórida

2014 Segundo Rico, a Copa e as Olimpíadas são temas recorrentes nos depoimentos de empresários que participam de encontros e apresentam oportunidades de negócios e desafios de infraestrutura, gerando assim uma nova imagem no exterior. “Como exemplo, os gestores da área de telecomunicações que estiveram presentes no seminário “Competitividade Setorial – telecomunicações” na Amcham, comentaram sobre os esforços que o setor está fazendo para instalar a telefonia 4G nas cidades que vão sediar a Copa do Mundo”, aponta. O CEO ressalta ainda que o setor de Telecomunicações é um dos mais animados com a oportunidade. Isso porque toda a infraestrutura viabilizada para os eventos esportivos vai permanecer dentro do país.

Exportações e importações A palavra da vez para o setor de exportações e importações é crescimento. Em 2012, 50% das exportações brasileiras para os EUA foram de produtos manufaturados. E esse valor vem crescendo nos últimos anos: “houve um crescimento de 5% nas exportações desses produtos em 2012, em comparação com 2011.” Os destaques ficam por conta das exportações de aviões e partes de motores e geradores. Rico explica também que os Estados Unidos representam um enorme mercado consumidor para os produtos brasileiros. Hoje, eles são nosso 2º parceiro comercial, representando 11% de nossas exportações em 2012.

Exportações brasileiras para os EUA 2012

2011

Exportação por valor agregado

US$ FOB

Básico

8.723.836.184

33,81

7.951.838.014

29,78

Semimanufaturado

5.256.319.767

20,37

5.142.571.943

19,26

Manufaturado

11.685.190.440

45,28

13.440.781.969

50,34

Operações Especiais

139.281.765

TOTAL

25.804.628.156

%

0,54 100

US$ FOB

%

165.652.342 26.700.844.268

0,62 100

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)

Amcham Brasil Fundada em 1919, tem 4.950 associados e 13 escritórios regionais. É a maior Câmara Americana de Comércio dentre as 104 existentes nos demais países, sendo composta por 84% de empresas brasileiras e 11% americanas. São associadas 72 das 100 mais valiosas marcas mundiais e oito entre as dez maiores empresas brasileiras. Hoje é considerada a maior e mais respeitada associação empresarial do Brasil fora do sistema “S”, com presença nacional, multissetorial, promovendo conteúdo, com um calendário constante de atividades. A Amcham Brasil atende diariamente diversas empresas que buscam informações sobre o mercado americano. Entre os três principais segmentos de empresas estão áreas de serviços, indústrias e tecnologia. Para Rico, atendendo essas necessidades das empresas em buscar informações de negócios e conhecimento, a Amcham Brasil desenvolve, em parceria com a Embaixada Brasileira em Washington D.C., missões comerciais setoriais que levam, todos os anos, empresários de diversos setores aos Estados Unidos. Neste ano estão programadas duas missões: uma de Tecnologia da Informação e outra de Green Technology.

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B2L social

Fazer a diferença na vida de alguém Foi assim que Jussara do Amaral, presidente do Instituto Amiga dos Sonhos (IAS) finalizou sua entrevista à B2L para a nova série “B2L Social”. Estruturado com o intuito de ajudar mulheres carentes, pode-se dizer que o Instituto funciona como uma corrente do bem, dependendo da colaboração de parceiros para realizar sonhos e transformar vidas. Segundo Jussara, a ideia surgiu das ações de um grupo de amigas que se conhecem há 10 anos e se reúnem mensalmente para conversar, discutir seus problemas e ajudar pessoas e entidades. “Ao longo deste período, muitas vezes precisamos umas das outras para enfrentar situações das mais diversas e sempre encontramos a solidariedade através de palavras, gestos e ações que mudaram as nossas vidas. Então, resolvemos estender a nossa experiência em prol de mulheres carentes”, destaca.

Reforma Dona Léia silo Refeitório A o dela: sem o sonh

alizas para que re para os Foi indicada m refeitório u ir ru st n o o. C ela cuida um refeitóri idosos que s o , so ca - no seguiu equipe con seus filhos s juntos. A o d to s, porm ra re tu - almoça lajotas, pin s, e d e ar p as eiras para as cad providenciar o o aparato d to e s la . e tas, jan problemas sitarem sem de rodas tran

Dona Ma

Por meio do zar seu sonh de avião.


B2L social

O desejo era o mesmo: transformar sonhos em realidade. Intituladas de Fadas Madrinhas, tanto as idealizadoras do projeto quanto voluntárias e colaboradores, se reúnem e mobilizam diferentes setores da sociedade em prol de moradores da região, que precisam de auxílio. “A ideia é ouvir histórias e angariar recursos para as mais diferentes dificuldades”, conta. Em dois anos de funcionamento, o IAS realizou mais de 50 sonhos, beneficiando mais de mil pessoas. “Os pedidos não param de chegar e nos organizamos ao máximo para poder atendê-los”.A presidente ressalta que todos os sonhos são analisados e classificados de acordo com as dificuldades e história de vida de cada uma. “Também há o “estoque” do IAS, ou seja, caso a pessoa solicite algo que o Instituto já tem em estoque, realizamos o sonho de maneira mais fácil. Entre os sonhos mais procurados, os tratamentos dentários são os mais mencionados.” Para realizá-los, o Instituto conta com a colaboração de empresas parceiras ou Fadas Madrinhas que possam contribuir com seus conhecimentos: caso uma Amiga dos Sonhos (mulher carente) precise de tratamento médico, o IAS procura profissionais voluntários para atendê-la. “Da mesma maneira acontece com os outros sonhos, sempre com parcerias.”

Sonhos A iniciativa já concretizou inúmeros sonhos; conheça alguns deles e mobilize-se para ajudar nos próximos:

Marina – Viagem de avião

o IAS, Dona Marina pôde realiho e fazer sua prim eira viagem

r ecendo o ma h n o C – s o s Ido onho de co lizaram o s

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Os interessados em colaborar com as ações podem entrar em contato pelo site (www.amigadossonhos.com.br) ou pelos telefones: (41) 3232.9241/3082.1413.

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ARTIGO B2L

MANEIRAS

PARA TORNAR SUA EMPRESA MAIS COMPETITIVA

Qual o problema das empresas no Brasil? O IPC Maps divulgou recentemente que o consumo brasileiro em 2013 ultrapassará R$ 3 trilhões: um crescimento de R$ 276 bilhões em relação ao ano passado. Ainda assim, o IBGE aponta que 48,2% das empresas brasileiras continuam fechando antes de cinco anos de atividade. Com o brasileiro consumindo cada vez mais, qual é a razão da taxa de mortalidade das empresas continuar tão alta? Por que elas não decolam? Os empresários alegam que os principais motivos do insucesso foram a falta de clientes (29%) e de capital (21%). A burocracia e os impostos representaram, apenas, 7% do problema, esse talvez seja o fator determinante. Em um país onde as empresas gastam 2.600 horas por ano e 33% do faturamento com tributos, subestimar as consequências de uma má administração tributária é fatal. Lidar com os imbróglios tributários no Brasil não é tarefa fácil. São, em média, 46 alterações por dia útil, muitas vezes mal-entendidas até mesmo pela Receita. Aqui, diferente dos países desenvolvidos, os tributos recaem sobre quase todos os insumos indispensá-

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veis à operação, o que encarece proibitivamente o preço final. Com preços altos e pouca visibilidade, as empresas que ainda não têm uma marca forte sucumbem independentemente de fornecerem produtos e serviços de qualidade. Em 2010, 58% das microempresas fecharam suas portas antes dos primeiros cinco anos. O cenário futuro é de piora. O Estado, cada dia mais, transfere às empresas sua atividade de fiscalizar e recolher tributos. Por consequência, cada vez mais capital é comprometido na contratação de pessoal para cumprir essas obrigações. São funcionários que trabalham exclusivamente para o Estado, já que a correria do dia a dia impede que eles se foquem em outras atividades de interesse da empresa. Para fugir desse cenário, algumas empresas buscam o SIMPLES, um regime de tributação que facilita a apuração dos tributos e impõe menos obrigações acessórias. Mas essa é sempre a melhor opção? Não é uma resposta simples. Nesse regime os tributos são determinados

por presunção, o que pode acarretar uma carga tributária maior que a do Lucro Real. Outro ponto a ser analisado é a impossibilidade de utilizar o crédito dos tributos não cumulativos. Não poder compensar os créditos relativos ao ICMS, por exemplo, pode dificultar as negociações com grandes compradores. Existem, ainda, situações em que o regramento do SIMPLES impõe o recolhimento antecipado do ICMS devido por toda a cadeia comercial, uma obrigação, com impacto muito negativo no fluxo de caixa. Para atender a exigência do Fisco, imobiliza-se um valor que poderia ser investido no aumento da produtividade. Existe um projeto de lei para proibir essa imposição (PLP 212/12), mas até sua aprovação, as empresas devem recolher o imposto antes mesmo de receberem o pagamento da sua fatura. Um risco alto, pois no caso de inadimplência, o empresário perde o valor da mercadoria e do tributo recolhido. Com tantas incógnitas, como tornar a organização tributária o diferencial de sua empresa?


ARTIGO B2L

Pequenas ações que vão virar o jogo a seu favor: Planejamento tributário

Revisão fiscal

É o primeiro passo de toda empresa. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), os tributos representam mais da metade dos custos empresariais. Por isso vale a pena analisar a legislação tributária para descobrir a forma ideal de operar e, com isso, reduzir custos e a possibilidade de autuações. Mas tomar as decisões corretas não é tarefa fácil.

Essa técnica é periodicamente utilizada por todas as grandes empresas no Brasil. Através da revisão, elas promovem o levantamento de créditos esquecidos nos arquivos da contabilidade e ajustam procedimentos para sanar contingências e diminuir tributos. Só com essas medidas arrecadam de 0,5% a 1,5% do seu faturamento anual.

Não existe uma tabela que auxilie o empresário sobre qual regime ou forma de operar é a melhor para o seu negócio. O formato ideal é único de cada empresa, e a sua descoberta depende de uma análise criteriosa de cada aspecto da cadeia produtiva, da localidade do seu estabelecimento, dos seus fornecedores, do produto ou serviço que fornece e até mesmo do cliente final. Veja a escolha do regime, por exemplo. Apenas uma vez por ano, o empresário pode optar entre os quatro existentes no Brasil. O problema é que todos têm vantagens e desvantagens que vão impactar significativamente na sua atividade. Para uma empresa que tenha muitos custos dedutíveis, o Lucro Presumido aumenta a carga tributária. Por outro lado, a menor complexidade desse regime diminui o custo administrativo, o que pode compensar um tributo mais alto. As variantes são inúmeras. Por isso, a decisão correta é investir em um profissional especializado para realizar o seu planejamento. Fazendo isso, certamente terá retorno não apenas com a redução de alguns tributos mas também dos custos tributários como um todo.

O retorno é tão significativo porque, mesmo com um bom planejamento, todos os dias as empresas acabam pagando mais tributos e computando menos créditos do que deveriam. E não adianta pressionar a contabilidade. Atolados na burocracia e na complexidade das obrigações acessórias, realmente não sobra tempo para ela acompanhar as dezenas de alterações diárias na legislação. A melhor solução para evitar esses gargalos é, sem dúvida, contratar uma empresa voltada especificamente à revisão fiscal. Normalmente a cobrança por esse serviço é toda sobre o êxito na recuperação de um valor que seria totalmente perdido e, portanto, não trará nenhum custo para empresa tomadora.

Consulte sempre seu advogado Fruto da instabilidade e obscuridade da legislação, não é raro o entendimento do Fisco e do Judiciário mudar de um dia para o outro. Por isso, oportunidades surgem a cada dia e o empresário atualizado pode torná-las o diferencial entre a sua empresa e as concorrentes.

ICMS na base de cálculo do PIS e COFINS importação. As empresas que já estão se valendo dessa decisão reduziram seus custos com produtos importados de 2% a 3%. A pedido da União, o Supremo estuda modular os efeitos desse julgado, se deferido, quem ainda não tiver uma ação judicial ainda perderá o valor pago indevidamente nos últimos cinco anos. Utilizar frequentemente uma consultoria tributária permite ao empresário aproveitar as oportunidades do dia a dia antes dos seus concorrentes. Em um cenário onde a conquista de cliente e a falta de capital foram responsáveis pelo fechamento de 50% das pequenas empresas, esse pode ser o diferencial que levará ao sucesso. Outra vantagem de contar sempre com um advogado é a capacidade de formular de forma eficaz consultas administrativas aos órgãos fazendários para obter um melhor aproveitamento da legislação em vigor e evitar contingências fiscais em decorrência das inúmeras obrigações acessórias que atualmente deve cumprir.

Conclusão: Planeje; revise; atualize-se. Com essas três medidas simples, certamente o empresário investirá seu capital onde realmente é preciso, não jogará dinheiro fora e tornará sua empresa mais competitiva. Com a saúde financeira garantida, sobrará tempo para conquistar e fidelizar seus clientes.

Por exemplo, recentemente, o STF julgou inconstitucional a inclusão do

Igor Azevedo Advogado Tributarista. Membro do Grupo de Negócios Empresariais do MBAF Consultores e Advogados.

EMILIA AZEVEDO DA SILVA Sócia B2L.

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SAÚDE EMPRESARIAL

A Impaciência Corporativa “Quem tem paciência, tudo pode ousar” (Lucas de Clapiers)

Vivemos numa época de alta velocidade. Tudo deve ser para ontem, há urgência em cumprir prazos, há pressa para tudo, além, é claro, de uma enxurrada de informações, que devem ser total e prontamente assimiladas. A Era Tecnológica e da Globalização nos trouxe para uma esfera onde rapidez é sinônimo de produtividade e sucesso. Será? Há alguns meses me deparei sendo devorada por essa loucura: precisava de uma informação trivial. Como todo ser do nosso século, fui direto ao computador e coloquei o termo em um site de busca. Após 10 segundos já estava absurdamente irritada com a demora. “Onde já se viu demorar tanto?”Engraçado, que poucos anos antes para que eu tivesse uma informação demorava muito, mas muito mais que 10 segundos. Anotava o que precisava, saía de casa, ia até uma biblioteca, pesquisava nos fichários o termo, procurava o livro em questão (na maioria das vezes precisava ser mais de um), transcrevia e voltava para casa. Isso levava ao menos uma tarde. E hoje 10 segundos me irritaram! Certamente o mesmo acontece com todos nós. Vejo que muitas pessoas têm orgulho de serem impacientes. Associam o fato com alto desempenho e orientação para resultado. Porém, a médio prazo leva ao gerenciamento excessivo, a não desenvolver os demais, a canalizar apenas as suas soluções na organização, a monitorar demais e – finalmente – a afastar as pessoas com sua falta de tolerância. As manifestações da impaciência são mais comuns do que imaginamos e certamente estão presente em todos nós, em maior ou menor grau. Agir antes da hora, irritar-se com aqueles que são mais len-

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tos ou um pouco desajeitados, interromper alguém que está falando ou terminar a fala por ele, falar muito e ouvir pouco, sempre achar que o processo está lento e deve ser mais rápido, são formas com que demostramos nossa impaciência no ambiente corporativo. Em decorrência desse comportamento, é comum a associação com arrogância e egocentrismo e sermos tachados de “sabe-tudo” e desinteressados. Contudo, isso, na maioria das vezes, não chega ao nosso saber. As pessoas e a equipe se afastam, há alta rotatividade de profissionais (muitas vezes bons profissionais) e aumenta a distância “entre o céu e a terra”. Creio que vale a pena refletir e fazer uma autoavaliação sobre seu comportamento em relação à paciência. Rotineiramente levamos este comportamento de imediatismo para o nosso lar, para os momentos de prazer e diversão, para as férias ou para um jantar relaxante. Percebemos (ou não) que somos escravos do tempo e da pressa, e tantas coisas boas são perdidas no percurso. Mas sempre dá tempo para melhorar: com calma, devagar e sempre... Ouça mais seu interlocutor. Escute ativamente, sem processar tudo automaticamente. Não interrompa, isso estraga a comunicação. Espere o outro terminar sua linha de raciocínio e estabeleçam um diálogo.

tantas outras formas demonstram nossa impaciência. Atente a isso e corrija. Fique calmo. A pessoa impaciente quer tudo para ontem (ou antes). Isso gera um grau de ansiedade extremo, leva a sofrimento psíquico e muitas vezes físico. A agitação que tanto imediatismo traz libera mais adrenalina e cortisol em seu corpo, isso altera todo seu funcionamento, aumenta os índices de pressão arterial, aumenta a atividade cardiovascular, piora o sono e seu metabolismo. Impaciência gera estresse, o grande mal de nossos dias. Desacelere. Pergunte-se se aquilo que o está deixando tão angustiado é realmente urgente. Seja criterioso. Eleja prioridades reais. Em seu ambiente de trabalho seja um professor e não um ditador de soluções. Invista no autoconhecimento de sua equipe, isso traz crescimento, e todos saem ganhando. E finalmente: saiba relaxar. Aproveite seu tempo de descanso para descansar. Parece bobo dizer isso, mas normalmente não acontece. Deixe a mente desacelerar, ficar “vazia”. Deixe seu corpo “desabar”. Dormir bem só acontece quando não estamos ansiosos ou preocupados demais. Seja paciente também com seu corpo e mente; eles são fruto de seu comportamento. A paciência e a tolerância nos fazem melhores. Para os outros e principalmente para nós mesmos. Afinal, as feridas só cicatrizam bem, gradativamente.

Perceba também se sua impaciência não está sendo demonstrada de forma não verbal. Balançar a caneta, bater os Raquel Heep Bertozzi pés, andar de um CRM 22080 – Especialista em lado a outro, batucar Psiquiatria – Integrante da Sociedade o dedo ou perna, Paranaense de Psiquiatria. agitação corporal, e


Nós Construímos o Futuro A partir desta edição, nossos leitores irão conhecer mais a fundo os responsáveis pelo grande sucesso do Grupo B2L. A seção segue o nome do lema, que tem mostrado desde abril de 2011, a força e a ousadia destes profissionais.

Região de atuação: Goiás

Gustavo Augusto Hanum Sardinha Área de atuação: Avaliação de empresas, Fusões e Aquisições

Expertise em qual área da B2L? Fusões e Aquisições

Contatos: E-mail: gustavo.sardinha@b2law.com.br Telefone: (62) 9942.9099

Livros publicados: Marca Comercial: quanto vale a sua? - Editora Juruá, 2009 Possui mais de 20 artigos publicados e mais de 80 entrevistas em rádio e televisão

Região de atuação: Rio Grande do Norte

José Henrique Azeredo Área de atuação: Energia eólica e Fusões & Aquisições - Diretor do CERNE - Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (localizado em Natal/RN)

Expertise em qual área da B2L? Energia eólica, empreendimentos imobiliários e shoppings centers

Região de atuação: Mato Grosso

Raul Astutti Delgado Área de atuação: Áreas do Direito Tributário e Societário

Contato: E-mail: jh@b2law.com.br Telefone: (84) 4005.5555

Expertise em qual área da B2L? Setor imobiliário

Ricardo Becker

Contatos: E-mail: raul@b2law.com.br Telefone: (66) 3421.7993

Região de atuação: Paraná

Área de atuação: Geração de oportunidades de negócios, investimentos, compra e venda de empresas e participações societárias, com foco no Estado do Paraná. Também gera canais de conexão com fundos e potenciais investidores, empresas interessadas em investir e receber investimentos. Além disso, propaga a preparação de empresas para sempre estarem prontas para tais operações e não perderem oportunidades de ótimos negócios Expertise em qual área da B2L? Preparação de empresas para compra e venda, estruturações negociais e financeiras, negociações, mapeamento de cenários, concorrentes e mercados, estruturação das operações de Fusões e Aquisições

É articulista esporádico em jornais.

Contatos: E-mail: ricardobecker@b2law.com.br Telefone: (41) 3252.1052 | 9164.7520

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NEGÓCIOS & VOCÊ

Negócios em Vancouver Apresentar o Grupo B2L aos investidores canadenses como parceiro, no Brasil, do Javelin Partners Inc.. Este foi o motivo do convite do diretor da empresa, Rogério Tippe à sócia Emilia Azevedo, da unidade de Salvador (BA). O Brazil-Canada Business, Innovation, Science and Technology Forum, foi realizado no mês de junho, em Vancouver (Canadá). Na ocasião, foi disponibilizada uma apresentação institucional online da B2L aos participantes do evento, uma vez que Emília não pôde estar presente. O convite mostra a força e a internacionalização da B2L.

Nuvem 38%. Esse é o número de empresas brasileiras que está totalmente fora da tendência de computação em nuvem, segundo estudo da Frost&Sullivan com 121 empresas brasileiras, onde 38,1% pesquisados não tinham adotado qualquer solução baseada na tecnologia em 2012. A tendência, no entanto, é que o número diminua com o passar do tempo: 23,1% estavam estudando o conceito e 15,7% já tinham executado projetos-piloto. A cifra dos que já embarcaram chega a 23,1%.

IPO A maioria das empresas brasileiras com faturamento de até R$ 1 bilhão considera que fazer uma oferta inicial de ações (IPO) é inacessível para pequenas e médias empresas, segundo estudo divulgado pela Deloitte. Foram consultadas 73 empresas, das quais 62% têm esta opinião. Além disso, 93% dizem que a experiência não é simples devido a custos e burocracia envolvidos. Também foi apontada como entrave a falta de maturidade das empresas. A pesquisa mostrou que 45% dos participantes têm intenção de abrir capital em algum momento.

Fonte: Exame, Portal Baguete

O Grupo Javelin Partners tem forte interesse em oportunidades do grupo no segmento de mineração, assim como, em buscar sinergia com os fundos de investimentos brasileiros.




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