Revista Atua - Novembro 2017

Page 1

1

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


para sua família e empresa O Plano de Saúde garante ao associado um atendimento de maior qualidade na hora em que ele precisa. Oferecemos ampla rede credenciada com especialistas em diversas áreas, além da cobertura em exames e internações. Plano Mais Saúde oferece também aos seus associados o Projeto PREVENT Casa de medicina preventiva que realiza acompanhamento multidisciplinar (educador físico, enfermeira, fisioterapeuta, nutricionista, psicóloga e terapeuta ocupacional), para uma melhor qualidade de vida. Você merece o melhor, venha fazer parte da Família Mais Saúde.

2

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


3

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


sumário da edição

www.revistaatua.com.br facebook.com/atuarevista @atuarevista

A Revista Atua, ano 10, número 38 (novembro de 2017), é uma publicação quadrimestral sem fins lucrativos da ACE - Associação Comercial e Empresarial de São João da Boa Vista (SP). Sua distribuição é gratuita, não podendo ser comercializada. Colaborações e matérias assinadas são de responsabilidade exclusiva dos seus respectivos autores, não representando necessariamente a opinião dessa publicação. Tiragem: 3 mil exemplares Presidente Candido Alex Pandini Diretora responsável Ana Cláudia Carvalho Gerente Raphael de Pádua Medeiros Jornalista responsável Franco Junior - Mtb. 81.193 - SP

Foto: Leonardo Beraldo / Cromalux

MATÉRIA DE CAPA

Jornalistas Clóvis Vieira Franco Júnior Gabriela Sodré Giovanna Malheiros Costa Letícia Fonseca dos Santos Luiz Gustavo Gasparino Sarah Boneti Revisão Ana Lúcia Finazzi - analuciafinazzi@uol.com.br

032 Mulheres de sucesso Ana Cecília Mançano Navarro e Carolina Navarro Frigo Januário, criaram a marca Dra. Cherie, com o conceito de jaleco-fashion. A partir desse insight, a tradicional peça de roupa ligada -especialmente - aos serviços de saúde, tornou-se um acessório de moda. Conheça a trajetória dessas duas jovens de sucesso.

Projeto gráfico Mateus Ferrari Ananias - mateus@acesaojoao.com.br Venda de espaços publicitários Thiago Viana - comercial@acesaojoao.com.br Publicidades Alexandre Pelegrino - alexandre@acesaojoao.com.br Fotos Leonardo Beraldo / Cromalux - www.cromalux.net

046 Dez anos de Atua

Produção e Direção de arte Adriana Torati e Renata Maniassi

Com essa edição, a Revista Atua completa dez anos de existência, se consolidando com um dos principais veículos de mídia da cidade. Conheça um pouco sobre os principais personagens e profissionais que passaram pela publicação, deixando sua indelével marca.

054 Atuando em prol da comunidade Reveja três personagens que muito contribuiram para o desenvolvimento de São João: Wilson Ribeiro, Christoph von Gossler e Olympio Guilherme Cabral

OUTROS DESTAQUES: 006 026

4

moda & beleza saúde & psicologia

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

038 076

empreendedores cultura

Capa Ana Cecília Mançano Navarro e Carolina Navarro Frigo Januário Foto: Leonardo Beraldo / Cromalux Maquiagem: Mayara Garcia Cabelo: Tatiane dos Santos Campos Produção: Adriana Torati Direção: Renata Maniassi Agradecimentos: Usky - (19) 3622-3774 Espaço Gloc Fábrica - (19) 99638-8838 Impressão Grafilar - (14) 3812-5700

Erramos Em nossa última edição, na matéria publicada sobre a Serra da Paulista, creditamos erroneamente a Amoras & Companhia como produtor de produtos orgânicos, quando na realidade, ainda não possui as certificações necessárias para a utilização desse termo. Também na matéria intitulada Hambúrgueres artesanais, a propriedade da Hamburgueria Big Johny foi erroneamente atribuída à Renan Sandrini, quando na realidade, ela é de propriedade de Romário Augusto Pan.


5

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


moda & beleza

Tendências em acessórios para a moda primavera/verão Com peças extravagantes e acessórios tipo talismãs, o verão 2018 não passará despercebido POR NEUSA LIMA

Neste verão, as plantas, flores, frutas, galhos e pétalas serão os protagonistas nas bijouterias. Lógico que com arte e movimento, de forma contemporânea. Os materiais em alta serão os cristais, pérolas, acrílico, resinas, esmaltes e fios de linha. As cores doces e plácidas. Mas a grande novidade é a volta das tornozeleiras, em ouro ou prata, com detalhes em couro, cristais e pérolas. Neste verão, toda mulher moderna vai querer aderir o uso destes pequenos detalhes que fazem toda a diferença.

TORNOZELEIRAS A origem da palavra é hebraica e significa “fazer um som tilintante” ou “sacudir manilhas”. No Oriente Médio, era comum usar tornozeleiras ou argolas ornamentais nas pernas, acima dos tornozelos. Eram de materiais como bronze, ouro, prata, ferro, vidro e marfim. Em monumentos egípcios, pessoas de ambos os sexos são representadas usando tais itens, e era comum no Egito o uso de jogos de tornozeleiras e braceletes que combinavam. Para o verão, ass tornozeleiras foram pensadas para uma mulher fresh e urbana, com peças para serem usadas no tornozelo ou como complementos de vários modelos de sapatos, e trazem um amplo mix de cores, formas, texturas e materiais, como cristais, botões e pingentes.

MONTE SEU MIX O mix de acessórios – como anéis e colares - é a chave para transformar looks básicos em charmosos. E o mais legal é que eles “cabem” em qualquer tipo de produção, simples ou arrumadas

DOURADO Além das pérolas, as pulseiras, brincos e colares dourados voltam com tudo. Muita combinação de acessórios dourados foram vistas em praticamente todas as grifes.

NEO VINTAGE O estilo Neo Vintage, nada mais é do que o retrô repaginado, a mistura do elegante com o alegre, conceito vintage com elementos contemporâneos. A grife Chanel irá usar e abusar do clima retrô, resgatando os clássicos dos anos 40 e 60. Fotos: Reprodução Internet

6

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


7

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


moda & beleza

Carvão ativado: conheça os benefícios para sua pele Encontrado em máscaras faciais, esfoliantes e adesivos para limpeza dos poros, ele é essencial para manter o rosto firme e hidratado. POR LETÍCIA FONSECA DOS S. SALVADOR

Sensação da internet, a máscara feita com carvão vegetal ativado promete acabar com os cravos e ainda traz outros benefícios para a pele do rosto. A máscara de carvão ativado, ou máscara negra, tem sido muito utilizada para retirar os cravos do rosto. Ela é rica em minerais como silício, alumínio e titânio, que estimulam a circulação sanguínea do local da aplicação e eliminam as toxinas acumuladas na pele. Além de reduzir a acne, a máscara negra dá firmeza e elasticidade à pele, além de equilibrar a oleosidade e amenizar as manchas. Ela permite que os produtos aplicados após a limpeza (hidratantes, ácidos e antioxidantes) penetrem mais profundamente, aumentando a eficácia dos mesmos. É como fazer um “detox” na pele. Por conta disso tudo, ela tem ganha-

do ares de “milagrosa” aqui no Brasil. De olho nisso, preparamos um guia rápido para você entender um pouco mais sobre essa nova sensação do mercado da beleza. O QUE É O carvão ativado nada mais é que um tipo especial de carvão, produzido a partir da queima de algumas madeiras, cascas de coco ou restos de cortiça, a temperaturas altíssimas (800 a 1000 °C), com baixo teor de oxigênio. Esta queima mantém a porosidade dos materiais que são capazes de coletar seletivamente gases, líquidos ou impurezas tóxicas no interior de seus poros. Suas partículas porosas funcionam como uma esponja, que absorve sujeiras e a oleosidade da pele e, por serem abrasivas, essas partículas acabam também “esfoliando” sua pele, deixando o rosto macio e com brilho natural. O carvão é indicado para pessoas com peles oleosas

ou peles que estejam ásperas e opacas, porém que não sejam sensíveis ou alérgicas. CONTRAINDICAÇÕES A contraindicação é feita para pessoas alérgicas ou que tenham a pele sensível, uma vez que a aplicação do carvão ativado pode remover a oleosidade excessiva e parte do manto hidrolipídico que é uma barreira e hidratação natural da pele. FÓRMULAS CASEIRAS Mas, fique atento: a orientação é que você só adquira os cosméticos com o carvão ativado na composição ou, que o carvão ativado seja industrializado, garantindo o controle de qualidade e de contaminação deste produto. Receitas caseiras podem produzir partículas de carvão grosseiras que ferem a pele, além de causar alergias e reações indesejadas. A Foto: Reprodução Internet

CARVÃO “MILAGROSO” O carvão ativado é proveniente da queima da cortiça, de lascas de madeira, e por isso ele é bastante poroso e se encontra em forma de pó. Com o alto poder de absorção e a afinidade com o óleo, ele é indicado para controle da oleosidade da pele.

8

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


AREZZO SÃO JOÃO DA BOA VISTA 9

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


moda & beleza

Moda, muito além dos conceitos A moda tem muito mais histórias do que você pode imaginar. Reprodução: Luis XIV - Hyacinthe Rigaud (1701)

POR LETÍCIA FONSECA DOS S. SALVADOR

São muitas as definições para o conceito de moda. E muitos entendem a moda como estilo próprio, sem preocupações com conceituação. “Estar na moda”, permite inúmeras interpretações, desde editorias de moda que referenciam estilistas e marcas, até o mais popular dos entendimentos de identificação pessoal e coletiva sobre o jeito de vestir, que inclui roupas e acessórios. “Looks”, criação, tendências, modismos, influências, padrões. Um universo de linguagens e representações caracteriza este “mundo fashion”, que tem impactos sociais, culturais e, especialmente, econômicos. ORIGENS A origem do conceito moda está diretamente ligada aos costumes, com recorte histórico no Renascimento, no século XV (quinze), com o surgimento da burguesia na Europa. O primeiro ícone da moda francesa foi o Rei Luís XIV, que fascinado por sua vaidade, começou a desenhar suas roupas e mandar para os alfaiates. Logo, os burgueses que rodeavam a nobreza começaram a copiar os modelos e se vestirem de forma parecida com o rei, que incomodado com a situação decidiu mudar cada vez mais rápido suas criações e até criar o que se pode caracterizar como uma “tendência”. Para o dicionário, tendência é o que leva alguém a seguir um determinado caminho ou agir de certa forma. Quem trabalha com moda, no entanto, sabe que essa definição, na prática do mercado, vai além e envolve muito trabalho e pesquisa. “Tendência é uma previsão, através de pesquisas, quanto ao uso de determinados tecidos, fios, cores, silhuetas, modelagens, estampas, shapes, volumes, entre outros. São influências que os produtos recebem unidos aos valores 10

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

O rei da alta costura O reinado de Luís XIV transformou cerca de um terço dos habitantes de Paris em assalariados no comércio de vestuário e têxteis. Jean-Baptiste Colbert organizou esses trabalhadores em guildas profissionais altamente especializadas e estritamente regulamentadas. Para Colbert, “a moda era para a França o que as minas do Peru foram para a Espanha”, dando origem a um valioso mercado interno de luxo e de exportação, extremamente lucrativos.

de consumo”, explica a designer Heloísa Godoy Carvalho. E ainda continua, afirmando que é importante observar como hoje as tendências são influenciadas por diversos fatores, ou seja, foi-se o tempo em que apenas as grandes marcas ditavam ou não o que vai estar nas ruas. “A tendência, hoje, é uma soma de vários valores e desejos. Não existe somente uma pessoa ou marca que a dita. A facilidade

de informação, a internet e as mídias sociais nos trouxeram outros parâmetros de influências e rapidez instantânea”, afirma. Falando em rapidez e instantaneidade, o modismo é exatamente isso, bem diferente da moda, ele entra no gosto popular, vira uma tendência de compra e consumo, e as pessoas fazem, falam e vestem o mesmo conceito, por um determinado tempo, que logo passa. >


11

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


Um bom exemplo disso foi a Pulseira da personagem Jade, na novela O Clone e os Saris da personagem Maia, na novela Caminho das Índias. Exemplo que reforça o poder da mídia neste universo em constante transformação. Já, a mídia, tem interesse direto nesses modismos, revestindo-os de sonhos e sensações que aflorem a necessidade de consumo da população. Afinal, produtoras, emissoras de rádio e televisão, redações de revistas e jornais e sites da internet conseguem se sustentar através das propagandas. A IMAGEM PESSOAL A roupa que se usa gera a percepção da personalidade que a veste. Uma afirmação um tanto quanto complexa e não necessariamente verdadeira, mas, sem dúvida, indicadora de uma análise de comportamento ou de condição social. É por esse motivo que a moda afeta diretamente as atividades da maioria das pessoas, seja em relação a si mesmas quanto aos outros. Se tornou uma disciplina muito importante para entender

12

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

o ser humano. “Ela está relacionada à expressão da nossa individualidade” afirma a especialista em moda Adriana Godoy. E, ainda, cita a estilista Gabrielle Bonheur Chanel, mais conhecida como Coco Chanel, lembrando o fato de que ela mudou a maneira como as mulheres se portavam e repete uma famosa frase da estilista: “A moda não é algo presente apenas nas roupas. A moda está no céu, nas ruas, a moda tem a ver com ideias, a forma como vivemos, o que está acontecendo”. Ou seja, a moda tem muito mais a ver com comportamento e postura do que com as roupas em si, ela serve para refletir o que cada indivíduo é e pensa, além de ser uma das chaves para entender o mundo moderno. A moda garante a identidade de cada pessoa, já que ela nos ajuda a saber do que gostamos, e nos ensina a adequá-la ao nosso estilo. “Esse que é uma pessoalidade, uma marca de identificação pessoal, é a forma de se apresentar para o mundo, o estilo é a maneira de unir as tendências com a suas roupas e criar, dando uma nova cara

para a moda comercial”, complementa e adianta sobre dois padrões, o conceitural e o comercial. CONCEITUAL Deve ser entendido como a forma que os designers ou estilistas possuem de mostrar a sua capacidade e criatividade. As peças conceituais são as que vemos nas passarelas e que muitas vezes não compreendemos. Elas geralmente não são vendidas e nem fazem parte do catálogo oficial de determinada marca. O conceito serve para atrair o olhar do público e da crítica, com intenção de agregar valor a uma marca, pois é com essas coleções que se conhece a identidade dos profissionais da moda. COMERCIAL Diferentemente do conceitual, há o interesse em criar um produto vendível. Isso significa que as peças são geralmente mais simples, confortáveis e, nos desfiles de moda comercial, é possível ver uma coleção e suas variações vão aparecer nas lojas, nas próximas estações. A


13

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


lançamento de nova coleção - Arezzo

14

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


15

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


seu pet

Pets conquistam as redes sociais A cada dia que passa, os animais de estimação ganham mais espaço nas redes sociais. Stuart, a calopsita de Regiane Ronsani, tem quase 13 milhões de seguidores no Instagram. POR GABRIELA SODRÉ

A cada dia que passa, os animais de estimação ganham mais espaço nas redes sociais. Stuart, a calopsita de Regiane Ronsani, tem quase 13 milhões de seguidores no Instagram. Regiane tem o pássaro desde 2015, quando começou a fotografá-lo e postar em sua própria conta. Mas como tinha muitas imagens, decidiu criar uma exclusiva para ele: “Percebi que tinha fotos para postar quase todo dia, então criei um perfil fazendo as postagens como se o próprio Stuart estivesse publicando e ficou muito mais interessante”, comenta. RELAÇÕES SOCIAIS Stuart tem também sua própria família. Cida, a namorada, chegou em 2016. Em seguida, vieram os filhos, Gru e Taz que, de vez em quando, aparecem no Instagram. Regiane não gosta de manter as calopsitas em gaiolas. “Eles ficam soltos dentro de casa, mas tomamos algumas precauções de segurança, a casa inteira é adaptada para eles”, explica.

STUART, A CALOPSITA Com quase 13 milhões de seguidores, Stuart é um dos exemplos do fenômeno dos pets nas redes sociais. Essa grande base de seguidores vem do fato das fotos possuirem engajamento maior do que as de pessoas, já que é raro alguém passar por uma foto ou vídeo de um animlazinho e não parar para olhar e dar um like.

16

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

cachorros Assim como Regiane, Danielly Ribeiro Luengo criou uma conta para seu animal de estimação. Adélio José, um cachorro da raça dálmata, está no Instagram há quase dois anos. “Ele é um cachorro bonito e chama a atenção aonde vai. Foi a partir do interesse das pessoas que resolvi criar o perfil, mas também por achar que ele é muito engraçado”, conta Danielly. Adélio ainda tem uma página no Facebook e seu perfil no Instagram chega a ter quase duzentos seguidores. “É uma relação de amor mesmo, como se fosse um filho”, conclui. Outra que recentemente ganhou conta no Instagram é a pug Yully, cujo

perfil surgiu depois de uma conversa do seu dono com uma amiga que também tem uma cachorra da mesma raça. “Achei que seria interessante”, diz Bruno Tódero, que descreve assim sua relação com Yully: “A melhor possível, ela é meu amor”. REDES SOCIAIS PARA ANIMAIS Além das redes mais comuns, existem outras específicas para bichos. A Social Pet Book abriga animais de várias espécies no site. Nela, os donos podem cadastrar o pet, que tem a própria página, com nome, idade, raça e fotos. “O animal pode divulgar fotos, comentários e trocar informações. Há a possibilidade de formar casais para cruzar”, afirma a Foto: Reprodução Internet

>


17

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


equipe da Social Pet Book. Quando o dono cria um perfil para o pet, ele assume o papel de coadjuvante e o animal passa a ser o protagonista da cena. Achados e perdidos, denúncias e dicas de como cuidar do bicho no dia a dia são os “serviços” mais oferecidos. Além dos tradicionais Facebook, Twitter e Instagram, todos os dias novas redes sociais são criadas exclusivamente para os animais. VÍNCULO AFETIVO Segundo a professora e doutora em psicologia, Betânia Alves Veiga Dell’Agli, a relação entre o homem e os animais é um vínculo antigo, que ganha novas formas a partir das mudanças sociais. “Antes, o relacionamento estava muito voltado à questão da segurança, mas atualmente é visto como um vínculo afetivo. E é claro que, sendo amados e fazendo parte da família, eles também passam a participar do momento em que estamos vivendo hoje, de grande importância das redes sociais.” Betânia ainda afirma que pesquisas mostram que os animais fazem muito bem para a saúde e que, do ponto de vista psicológico, esse vínculo do homem com os animais ganha um contorno positivo, pois se traduz numa expressão do amor. MAIS PETS QUE CRIANÇAS Não por acaso, o fenômeno das celebridades pets tem ganhado destaque no Brasil, num momento em que os brasileiros têm mais cachorros do que crianças.

18

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

Em 2016, uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que 44,3% das famílias têm cães, uma população total de 52,2 milhões de animais — é o bicho de estimação mais popular, seguido pelas aves (37,9 milhões), pelos gatos (22,1 milhões) e pelos peixes ornamentais (18 milhões). Enquanto isso, a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) mostrou que o país tem 44,9 milhões de crianças de 0 a 14 anos. É um enorme mercado a ser explorado por empresas. NEGÓCIOS EM ALTA De olho nesse grande público, muitas marcas estão investindo pesadamente em publicidade nos perfis de animais de estimação nas redes, como influenciadores digitais. Os pets andam recebendo - em reais - para exibirem produto para os seguidores de seus perfis. E existe até um termo para isso: os #publiposts. Produzidos pelos donos dos pets, os bichinhos surgem interagindo com os mais diversos produtos, da forma mais fofa possível, mesmo que isso signifique vesti-los com peças de roupas de humanos e óculos de grau. Entre as marcas que têm contratado os pivôs dos pets, estão as famosas NYX, Urban Decay, Smashbox e The Body Shop. “É um tipo de publicidade mais pessoal, na medida em que é o cachorro ‘falando’ diretamente com outros cachorros” — analisa Fabio Steibel, professor de Comunicação Digital da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), em recente entrevista ao jornal O Globo. A


19

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


20

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


21

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


22

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


23

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


24

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


25

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


psicologia

Corpo, mente e a psicologia biodinâmica Uma visão de mundo em que corpo e mente são aspectos de um mesmo organismo. POR MARIA PAULA MAGALHÃES

A psicoterapia biodinâmica é o trabalho de vida de Gerda Boyesen, psicóloga norueguesa e fisioterapeuta. Baseia-se numa profunda apreciação da unicidade das pessoas corpo / mente / espírito, e integra uma ampla gama de métodos, abordando o corpo e mente como um, que necessitam ser tratados de forma acolhedora, sutil e potente. Dentro da Psicoterapia Biodinâmica, o objetivo não é apenas ajudar a aliviar e diminuir dores e sofrimentos físicos e emocionais. Também visa promover a saúde, permitindo prazer e felicidade interior através do desenvolvimento de potenciais pessoais inatos, presentes em cada pessoa. Aqui o corpo do paciente é vivo, energético, inscrito por sua história, presente na sessão psicoterápica. Considerada por Boyesen como a “psicanálise do corpo”, a psicologia biodinâmica tem influência do pensamento de Reich (fundador da psicologia corporal),

além de Lowen, entre outros. Utiliza técnicas como, por exemplo, massagens, toques sutis, exercícios de respiração, a fim de “derreter” as couraças, onde o paciente – e seu corpo reencontrado - possam sentir-se integrados, pertencentes a si mesmo e em contato com o mundo, sem uma forma automática e enrijecida, de forma que possa exercitar sua criatividade, seu potencial, seu prazer e seu amor. A singularidade desta abordagem vem do uso de técnicas de psicoterapia corporal. As três principais ferramentas são massagem biodinâmica, exercicios de respiração e a vegetoterapia. Esses métodos são usados por psicoterapeutas biodinâmicos como pilares para promover o movimento natural de saúde global do paciente. Com cuidado, o paciente é estimulado a explorar e conhecer seu corpo, suas tensões, sua respiração; e relacionar a seus estados emocionais, a fim de se conectarem e se sentirem presentes em sua vida. “Nós podemos nos tornar doentes”, dizia Gerda Boyesen, “simplesmente pela

repressão da alegria”. Ela considerava a alegria, bem-estar e conexão espiritual como nosso direito de nascimento, nosso funcionamento humano natural. Qualquer coisa menos do que esta “saúde positiva”, Gerda Boyesen considerava neurose, que ela vê como quase universal em nossa cultura. Assim, para nós psicoterapeutas biodinâmicos, devemos estar presentes para nossos pacientes, num encontro pessoa a pessoa, fornecendo a condição necessária para que eles possam entrar em contato com seus corpos, sentindo e nomeando o que se passa. É, muitas vezes, como um processo de alfabetização das emoções e sentimentos que perpassam o corpo, até então desabitado. Processo que dissolve amarras, afrouxa prisões, tensões corporais e doenças psicossomáticas. Que ensina corpos a desaprender os jeitos “certos” de se portar e ser, ditados pela sociedade atual. O fato é que a vida diária, acometida pelo adoecimento contemporâneo, não Foto: Reprodução Internet

26

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

>


27

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


proporciona o tempo para o encontro do indivíduo consigo mesmo e seu corpo, impondo um tempo mecânico, desenfreado, que não corresponde ao tempo do humano, ao tempo do acontecer. Em geral, o ser humano sucumbe e perde contato com seu ritmo pessoal, o que, como consequência, o distancia de suas emoções e sensações físicas, impedindo-o de estabelecer o encontro e viver a experiência. Neste cenário nos deparamos com um enorme contingente de pessoas que sentem impossibilitadas de agir e ter seu gesto espontâneo, de se sentirem amparadas e amadas. O resultado é o vazio, a solidão, as dores físicas, emocionais, a ansiedade, angústia e a falta de sentido na própria existência. Isto se reflete em um ser humano defendido corporalmente, “congelado”, em contração, numa forma de estar que gera sofrimento psíquico e um contingente de sintomas (físicos, emocionais, comportamentais). Agir sobre este corpo- mente adoecido é a meta da psicologia biodinâmica que utiliza recursos terapêuticos que vão além da linguagem verbal e que buscam restaurar a capacidade de prazer do paciente.

28

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

Corpo e mente em um só organismo A Psicologia Biodinâmica propõe-se a ser uma visão de mundo em que corpo e mente são aspectos de um mesmo organismo. É uma abordagem sistêmica que busca o domínio das diversas formas de intervenção verbal e o trabalho com sonhos e a imaginação, integrando esse trabalho simbólico a duas formas de abordagem somática: a Massagem Biodinâmica, e a Vegetoterapia Biodinâmica (diversas formas de intervenção corporal que podem ser aplicadas sem necessariamente haver contato físico com o paciente). A Psicologia Biodinâmica surgiu na década de 1960, em Londres, quando teve suas bases teóricas e técnicas formuladas por Gerda Boyesen, uma psicóloga e fisioterapeuta norueguesa, e vem influenciando um grande número de profissionais em vários países do mundo, desde então.

Recursos que desvelam o corpo, restabelecendo a expressão autêntica de um humano que pode inventar outros modos de existir. Aqui a ideia de saúde concentra-se no reencontro da pessoa com sua fonte de bem-estar, com sua história, com sua continuidade de ser. Experiência que tira

a pessoa de seu vazio e dá sentido à sua existência e ao mundo circundante. Um mundo em que o indivíduo não é mais submetido e sim pode se responsabilizar por suas dores e satisfações em existir. Um humano pautado em si mesmo e no compartilhar com os outros. A


Iluminação Inteligente Co l eçã o 2017/ 2018

Tudo o que você procura em iluminação e elétrica, você encontra aqui!

Av. Dr. Durval Nicolau, 523 - Jd. Nova São João, São João da Boa Vista - SP 29

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

(19) 3633-7978

(19) 997133-6565

Center Luz


making of

30

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


Irmãs & empresárias Nossa capa de novembro, traz as belas irmãs Ana Carolina e Ana Cecília Navarro. Sempre simpáticas e solícitas, elas receberam a Revista Atua, abrindo espaço em sua apertada agenda de congressos e desfiles, para conceder uma entrevista exclusiva ao nosso jornalista, Clovis Vieira, e também participar de uma sessão de fotos especiais, para nossa capa, conduzida pelo fotografo Leo Beraldo e sua equipe de produção. Confira a entrevista completa nas páginas seguintes.

31

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

>


matéria de capa

Mulheres de sucesso Jovens sanjoanenses se destacam produzindo jalecos com criatividade e fugindo dos padrões. POR CLOVIS VIEIRA

Uma das características do empreendedor de sucesso é enxergar oportunidades (e aproveitá-las) onde pessoas comuns veem apenas o trivial, sem perceber ali uma fonte de inovação, de trabalho e de lucro. Então, é preciso ficar atento ao que ocorre a sua volta? Sim! “Até há pouco tempo, o jaleco era apenas um uniforme, uma vestimenta que o pessoal da área de saúde, entre outras, usava sobre suas roupas, para se proteger”, diz Ana Carolina Navarro Frigo Januário, uma das sócias proprietárias da marca Dra. Cherie. Ela e a irmã, Ana Cecília Mançano Navarro, criaram o conceito jaleco-fashion, através desta marca, há cerca de dois anos e meio atrás. Foi a partir de um insight que essa peça de roupa tornou-se um acessório de moda,

que muitos profissionais desejam usar no seu dia a dia. Em grande parte, porque os produtos Dra. Cherie escapam do tradicional branco imaculado e abraçam as cores, as estampas e o corte que valorizam a feminilidade de quem os usa. JALECO-FASHION Atuando como odonto-pediatra por dois anos, Ana Cecília, apaixonada por moda, um dia decidiu que queria usar um jaleco diferente dos tradicionais em seu trabalho. Procurou opções no mercado, mas não achou nada diferenciado. Assim, percebeu que havia uma grande oportunidade de mercado, e decidiu, junto com a irmã, Ana Carolina, abrir uma empresa. As amigas dentistas logo ficaram encantadas com os jalecos e, assim, as vendas começaram. Quando chegou ao seu local de traFoto: Leonardo Beraldo / Cromalux

IRMÃS NOS NEGÓCIOS Ana Cecília Mançano Navarro e Carolina Navarro Frigo Januário criaram o conceito de jaleco-fashion e, a partir desse insight, a peça de roupa tornou-se um acessório de moda. 32

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

balho com a ousada novidade, as colegas se encantaram com o que viram. E desejaram ter um igual. “Diante dessa surpresa, nós duas resolvemos nos tornar sócias para desenvolver uma empresa onde criar e produzir jalecos diferenciados dos comuns”, lembra Ana Carolina, contando como nasceu a Dra. Cherie. De acordo com ela, desde o início alguns conceitos já estavam presentes na trilha que a nova empresa seguiria: produtos colecionáveis, poder ousar respeitando os parâmetros da profissão, abrir a possibilidade de uma pessoa variar jalecos ao longo da semana e, principalmente, instalar a ideia do jaleco-fashion. Com essas considerações em pauta, os limites foram ultrapassados. Com o país tomando consciência de uma crise econômica que já existia, mas que se ocultava por detrás de discursos otimistas de alguns homens públicos, o ano de 2015 começou a exigir medidas drásticas de sobrevivência financeira por parte de todos os brasileiros. Daí, optar pela utilização da internet para comercializar esses produtos facilitou todo o processo para as irmãs sócias. E-COMMERCE Hoje, com sites nacional e internacional servindo de vitrine virtual à Dra. Cherie, a equipe comemora a marca dos 200 mil seguidores no Instagram da empresa, que exibe fotos, textos e novidades da marca. “A nossa, é uma empresa virtual, que opera inteiramente via internet, não temos lojas físicas, ainda”, explica Ana Carolina. Ana Cecília é cautelosa nessa história de internet. “Ao mesmo tempo em que essa ‘vida virtual’ pode elevar às alturas seu produto e seu trabalho, ela pode derrubar isso tudo”, preocupa-se. Aponta que é preciso saber lidar bem com essa infinita plataforma de comunicação, porque se trata de um mundo instável, impreciso, muito maleável e


surpreendente. Porém, transformar esse e-commerce em loja física é um projeto que vem sendo acalentado pela família. Basta que o país entre novamente nos trilhos para que essa ideia se concretize, afirmam. “Nós acreditamos muito na interação do on-line com o físico; temos ouvido grandes empresas já praticando isso, chamado de omnichannel”. “Nossa escolha de local para uma loja física recairá sobre uma grande cidade, como São Paulo, por exemplo”, revela. A Dra. Cherie conta com revendedoras por todo o Brasil, além de grandes varejistas que adquirem seus produtos para venda direta ao consumidor. “Mesmo com esses representantes, a maioria dos contatos com eles é sempre feita pela internet”, garante a jovem empresária. Como se vê, graças à internet, a loja virtual ultrapassou as fronteiras desta região e do país! Hoje, existe uma empresa aberta nos Estados Unidos, com site em inglês. Naquele país, inicialmente, são as criações brasileiras que são comercializadas. “Mas criações exclusivas já estão sendo preparadas, porque há uma diferença no consu-

33

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

midor norte-americano e muita coisa será adaptada ao gosto dele”, indica. Uma das descobertas é que jalecos mais curtos farão mais sucesso por lá! Outra conquista da empresa é que as irmãs vêm participando como palestrantes em inúmeros congressos empresariais pelo Brasil. O Chile, recentemente, marcou sua primeira investida em congressos latino-americanos: “um momento muito especial para nós”, comemora Ana Carolina. Sem falar no lançamento de uma nova coleção criada recentemente, que será conhecida num evento em Salvador, na Bahia. MULHER No início do ano, ambas apresentaram o seu case de sucesso na primeira edição do evento Painel da Mulher Empreendedora (confira o box na página seguinte). “Foi um momento no qual eu me emocionei muito”, lembra Carolina. Ela e o marido estavam retornando para São João da Boa Vista, depois de residirem por 12 anos na capital paulista, e realizando o sonho da volta ao lar. “Assim que eu vi meus pais na plateia do Painel, comecei a

chorar de emoção. E olhava aquelas mulheres me ouvindo, ouvindo a nossa história... foi muito emocionante, mesmo”. Ela diz que sempre destaca, por onde quer que vá, que é uma das sócias de uma empresa 100% sanjoanense, como forma de expressar a paixão de ambas por sua cidade natal. E que atua num negócio que surgiu a partir de uma ideia nascida aqui, que está baseada numa grande sala de um prédio da Avenida Dona Gertrudes, no centro da cidade. Ana Cecília classifica esses encontros empresariais como “muito importantes para a Dra. Cherie”, porque o comércio online traz certa frieza, um distanciamento da clientela. “Como nós ainda não temos uma loja física, precisamos desse contato para ouvir de nossas clientes o que elas esperam de nós; e passar a elas o nosso carinho, a nossa essência... isso é muito importante”. Outro desafio que vem sendo vencido no trabalho diário é a convivência em sociedade, onde um membro da própria família é o outro lado da história. “Minha irmã, Ana Cecília, é a empreendedora da empresa, uma característica que

>


Mulheres empreendedoras Semestralmente, o Núcleo de Mulher Empreendedora (mantido pela Associação Comerical) organiza o Painel da Mulher Empreendedora. O evento, aborda os desafios do protagonismo feminino no ambiente de negócios. A primeira edição do evento teve como participantes Ana Carolina Navarro (da Dra. Cherie) e Caroline Marcon Martinelli, proprietária da Carol Coxinhas. A segunda edição, contou com a presença de Chieko Aoki, fundadora da rede Blue Tree Hotels, e Dilma Campos, CEO da agência Outra Praia. O objetivo das mulheres, com a realização do evento, é apoiar, conectar, inspirar e informar empreendedoras de São João da Boa Vista, favorecendo a troca de experiências, a expansão da rede de contatos e o conhecimento, auxiliando-as na evolução de seus negócios.

sempre existiu em sua personalidade, que eu me lembre, desde criança. Foi ela quem atraiu a família para este negócio”. E classifica a si mesma como aquela parte mais criativa (“eu sempre tive boas ideias”), que deseja inovar em cada atitude, em cada toque que possa tornar o trivial em inovador: “Eu empre procurei atuar fora da caixa”, afirma sorrindo. Para dizer que nunca se conforma com o que é banal. Ana Cecília concorda: “Sim, é sempre ela quem ‘bola’ os eventos, as ações com funcionários, as ações sociais e, mesmo, o marketing da empresa”. E cita o cunhado, Leandro, como o responsável pela parte administrativa e financeira do negócio, a quem ambas recorrem no momento das grandes decisões. “Nós contamos com ótimos funcionários e temos mais tempo livre para as criações, mas a base familiar continua forte e vai continuar assim”. Carolina afirma que, neste caso da Dra. Cherie, muitos talentos foram reunidos até chegarem ao resultado atual. “Minha mãe, por exemplo, é o pilar disso tudo. Desde o começo era ela quem fazia todo o trabalho – pregava as coroas nos jalecos, passava as peças prontas, fazia as entregas – porque nós não tínhamos funcionários naquela época”. Jalecos, dólmãs, scrubs, toucas, blusas, camisas, jalecos infantis e uma exclusiva Linha Atelier Oral Kids (em homenagem à profissão de Ana Cecília) fazem parte da coleção de produtos que são comercializados em todo o Brasil e até fora dele. Mas, não haverá um dia em que a criatividade vai se esgotar? “Ah, a moda sempre se reinventa”, garante Ana Cecília. 34

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

UM CONSELHO Quando esta jovem empresária viaja a negócios, ou para participar de congressos, vê inúmeras mulheres buscando o sucesso em seus empreendimentos. Ela sabe que nem todas alcançarão o objetivo a que se propuseram, motivadas por um sem número de obstáculos. Entre eles, a falta de autoconfiança e o medo da decisão consciente para o risco calculado. Neste momento, ela olha para os seus próprios desafios vencidos e aconselha: “Não importa como uma nova empresária vai iniciar um novo negócio – o importante é

começar! Muitas pessoas talentosas deixam boas ideias escaparem e veem, em seguida, a concorrência realizando aquilo que foi antes pensado por elas”. Quando questionada se a atual crise econômica brasileira interferiu de alguma forma na concretização da empresa, Carolina lembra que a Dra. Cherie nasceu durante a crise: “Nós nunca soubemos o que é viver fora da crise. Assim, esperamos que, quando ela passar, tudo possa ser muito melhor!”. Ela ensina que para manter o negócio funcionando e crescendo não são necessários sacrifícios pessoais. É preciso, sim, saber equilibrar vida pessoal, família e empresa, mesmo com trabalho duro sendo desenvolvido todos os dias. “É isso o que buscamos, mas a gente trabalha muito, sim”. Ana Cecília, por sua vez, se diverte contando que a sua vida pessoal “diminuiu” em função da Dra. Cherie, devido à curva ascendente do seu crescimento. Ela confirma que é a parte da sociedade que vê oportunidades de empreendedorismo nas relações com a moda, com os parceiros. “Eu acho que a Odontologia surgiu em minha vida para que eu entrasse de vez no mundo da moda. Foram dois anos de prática, sendo que logo no primeiro ano, a Dra. Cherie chegou e eu tive que optar por uma delas”, finaliza. A Foto: Leonardo Beraldo / Cromalux


35

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


gastronomia

INFORME PUBLICITÁRIO

Uma deliciosa história de sucesso POR DANIELLA A. A. ASSIS

O Empório das Águas nasceu há 3 anos e meio, quando meu marido, Eduardo Andrade Assis, começou a trabalhar com a distribuição da água com gás Acquamix. Pouco tempo depois, adquirimos a distribuição e começamos a trabalhar São João, com a recuperação da carteira de clientes e expansão de novos pontos de vendas. O trabalho foi bem-sucedido: novos pontos foram abertos e hoje, a Acquamix está presente em mais de 12 cidades no estado de São Paulo e Minas Gerais. Além da água, distribuímos também essências aromatizadas, nacionais e importadas, para preparo da famosa “soda italiana”, um drink refrescante que também leva água com gás. Nós possuíamos um pequeno depósito na garagem na casa de meus pais. Logo, tivemos uma ideia, “por que não trabalharmos com a distribuição de outros produtos goumert na vizinhança? ”. Foi desse pensamento que surgiu o Empório das Águas, que aos poucos foi crescendo e se consolidando. CRESCIMENTO A partir daí, não paramos mais. Criamos uma página no Facebook e começamos a postar nossos produtos e receitas que Eduardo criava. Ele sempre foi apaixonado por cozinhar, paixão essa que é passada de geração a geração em sua família. São pratos que vão das tradicionais comidas sírias até quiches, pães e massas artesanais. Com a rápida “fama” de Eduardo nas redes sociais, começaram a surgir

convites para realizarmos eventos gastronômicos privados, nas casas de clientes. Os eventos cresceram e começamos a atender batizados, aniversários, noivados e até chá bares, sempre de maneira exclusiva e diferenciada. GASTRONOMIA Com isso, Eduardo pode colocar em prática seu principal sonho: criar um local que oferecesse muito mais que produtos, e sim, experiências gastronômicas e sensoriais. Com esse objetivo, ele começou a se dedicar à panificação e charcutaria (produção artesanal de embutidos), o que acabou se tornando sua nova paixão. Com a nova casa inaugurada na Avenida Dr Durval Nicolau, o Empório das Águas se firmou como um dos melho-

res locais da região para encontrar uma variedade de queijos, frios, embutidos e defumados artesanais de toda a região. Além disso, a casa oferece uma infinidade de geleias, doces, biscoitos, pães Fornarii, torradas, cafés, sorvetes, vinhos, cervejas premium e azeites, além de muitos outros produtos. Você encontra também, com exclusividade, o Azeite Borriello, produzido em Andradas, que ganhou em 2016 e 2017 o prêmio internacional Flos Olei, sendo considerado um dos melhores azeites do mundo. O deck do Empório das Águas também uma ótima pedida para quem está procurando um local charmoso para aproveitar os happy hours de verão. Além disso, ele oferece um cardápio especial para encrementar qualquer ceia de Natal, com pratos diferenciados.

Avenida Dr Durval Nicolau nº 1165 São João da Boa Vista - SP

(19) 3631-2723

www.facebook.com/emporiodasaguassjbv instagram.com/emporio_das_aguas 36

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


37

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


empreendedorismo

Perfil dos empreendedores POR LUIS GUSTAVO GASPARINO

Neste período de crise econômica que atinge o Brasil, fomos ouvir de empreendedores de dois segmentos bem distintos - comunicação e beleza - como isso impacta suas empresas. Mas, mais que isso, queremos saber um pouco mais sobre como é cada um desses mercados e porque eles escolheram investir neles. Para nos detalhar isso, convidamos Roberto Perez Couto e Rodrigo Floriano, proprietários da Fleg Comunicação, uma das mais antigas agências da cidade; e também, Ana Luiza Pradella Puglia, proprietária da Sorelle Acessórios. Confira as entrevistas completas abaixo: Foto: Leonardo Beraldo / Cromalux

Roberto Perez Couto e Rodrigo Floriano 38 anos, desenvolvedor de sites / 42 anos, publicitário

Roberto Perez Couto e Rodrigo Floriano são sócios da empresa Fleg Comunicação. Beto, como é conhecido, tem 38 anos, é formado em hotelaria e é desenvolvedor de sites. Já Frô, também assim chamado, tem 42, é publicitário e diretor de arte. Cada um na sua área, ambos se unem para levar o melhor ao cliente final. Hora de conhecer essa dupla: O que fez vocês montarem uma agência? Roberto: A ideia de montar um site para fazer reservas de hotéis online me fez ir atrás de “como fazer um site”. Depois de cursos técnicos e novos desafios, acabei optando por mudar de área e montar minha própria agência digital. Rodrigo: Julgava-me criativo e gostava de desenhar no papel. Imaginava que isso me ajudaria na área de criação, mas na faculdade me deparei com a necessidade de produzir peças usando softwares como Corel Draw e Photoshop. A partir daí, fui aprendendo em estágios e em cursos, como o de web design. 38

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

Qual foi o maior desafio encontrado na área? Roberto: Quando começamos, em meados de 2005, as fontes de conhecimentos eram pequenas e as informações vinham basicamente através de cursos presenciais. Por se tratar de uma nova área, acredito que os desafios ficavam em torno da falta de referências, baixa remuneração e a mística de implementar algo novo num mercado restrito, como o de São João. Rodrigo: Acho que o maior desafio foi o início, quando acreditávamos no mercado online. Porém, há doze anos atrás, esse mercado era ainda mais duvidoso para os clientes. Nosso desafio foi justamente vender essa ideia, conscientizar o cliente de que ter um site não era apenas um luxo, mas um investimento necessário. Quem seria a inspiração de vocês? Roberto: Não colocaria minhas inspirações em “quem”, mas sim em “quais”, pois acredito que histórias como as

>


39

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


do Facebook, Microsoft, Google e Amazon agrupam uma série de pessoas que me inspiram e motivam, sem nomear apenas os fundadores, mas acreditando sempre na equipe e na soma de conhecimentos. Rodrigo: Eu citaria Steve Jobs (co-fundador da Apple) pelo seu lado visionário, suas inovações que mudaram o mundo pra melhor e por colocar sua marca no topo das mais valiosas do mundo. Como vocês têm lidado com a questão da crise economica? Qual a abordagem com seus clientes? Roberto: Valorizar ainda mais a premissa de que os gastos com marketing, em tempos de crise, são primordiais. Reuniões apresentando alternativas para vender na crise, e planejando os próximos passos, fizeram com que, graças a Deus, nossas vendas não oscilassem muito neste período. Rodrigo: Não tivemos uma queda grande em nossa demanda de trabalhos e isso nos mostrou uma postura positiva dos nossos clientes, em manterem suas verbas destinadas à propaganda, mesmo em tempos de crise. Da nossa parte nos moldamos para sermos ainda mais atenciosos com os clientes, entendendo suas necessidades e entregando a melhor solução. O que destaca a Fleg das demais agências locais? Roberto: Uma linha criativa, única e eficiente, juntamente com um atendimento personalizado para cada cliente e para cada situação. Sempre trabalhamos com foco nos resultados, e isso contempla muito estudo e dedicação para cada segmento de mercado. Rodrigo: Adquirimos experiência e criamos nossa linha, nossos traços, nosso estilo, e isso somado a nossa busca por melhores resultados. Vocês pensam em expandir a equipe? Roberto: O tamanho da nossa equipe sempre foi condizente com os projetos em aberto e os planejamentos a médio-prazo. As áreas de atendimento e a gama de serviços prestados também. Hoje, estamos com projetos de longo-prazo que provavelmente demandarão investimentos, mas, por causa de todo o cenário político e econômico atual, pretendo aguardar um pouco mais para expandir. Rodrigo: Penso nisso o tempo todo, mas não acho que agora seria o momento oportuno, por causa da situação econômica ruim do país. Hoje, apostamos em uma equipe enxuta, porém bastante eficiente, e em encontrar novos colaboradores, mantendo a eficiência, o que é sempre um desafio a ser vencido. Quais são suas atividades, além do trabalho? Roberto: Já foi diferente, mas hoje em dia meu tempo se divide em dois: família e trabalho. Aproveito cada minuto com o meu filho Joaquim, de um ano e três meses. Quando não estou na empresa, estou em casa com ele e minha esposa. Rodrigo: Atualmente minha atividade, além do trabalho, tem sido curtir a família e amigos. Tenho uma filha com 40

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

menos de um ano e uso o tempo em que não estou trabalhando para estar presente. Afinal, são momentos únicos e extremamente gratificantes. Quais são os sonhos de vocês? Roberto: Não sou de ter muitos sonhos, acredito que seja mais imediatista. Meu foco está na carreira profissional e na formação do meu filho como um cidadão de princípios. Rodrigo: Acho que viajar mais, conhecer novas culturas. Na opinião de vocês, quais os atributos necessários para alguém que deseja abrir seu negócio na área de comunicação? Roberto: Ética, inteligência e criatividade. Reflita sobre cada uma dessas palavras e verá que, durante os obstáculos do mundo dos negócios, ao menos uma dessas qualidades será exigida. Rodrigo: Persistência, pois o sucesso dificilmente virá logo de cara e as dúvidas de estar ou não no caminho certo sempre vão existir. Portanto, uma dose de teimosia, nessas horas, não fará mal a ninguém. O mundo virtual realmente tomou conta da comunicação? Roberto: Acredito que sim. Transformou a forma de se relacionar socialmente e comercialmente. Operações virtuais de qualquer gênero são imprescindíveis. Informações e conexões instantâneas são essenciais para qualquer pessoa, hoje. Rodrigo: A tecnologia tornou tudo mais fácil e dinâmico, fazendo com que o mundo virtual, hoje, tenha um papel importantíssimo na comunicação, tanto para os consumidores absorverem o conteúdo das marcas como para as marcas se comunicarem e se relacionarem de forma ainda mais efetiva com seus clientes. Qual a importância de uma empresa possuir uma presença online ativa, hoje em dia? Roberto: Um bom site apresentando seus produtos e serviços, com imagens autoexplicativas, informações relevantes e práticas, auxiliam o momento de escolha e compra. As redes sociais já possuem um outro papel, onde a informalidade e a facilidade de falar com a empresa podem ficar em primeiro plano. Hoje possuímos tantos espaços online, para estarmos presentes que precisamos realmente saber se posicionar em cada um, para tirar o máximo de proveito e obter resultados. Rodrigo: São dois formatos eficientes e indispensáveis para qualquer empresa, desde que usados da maneira correta. O site é uma vitrine da empresa na internet e é através dele que os clientes vão se sentir atraídos por seus produtos ou serviços. Um site atrativo, organizado e com um conteúdo claro, se torna um facilitador na hora do cliente decidir entre um produto ou o produto do concorrente. Com as redes sociais, o cliente precisa entender que é um trabalho que exige um acompanhamento maior para gerar bons resultados. Afinal, a empresa passa a ter um relacionamento direto com o seu consumidor e esse passa a ser um usuário que precisará de atenção. >


41

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


Ana Luiza Pradella Puglia 38 anos, administradora de empresas Foto: Leonardo Beraldo / Cromalux

Ana Luiza Pradella Puglia tem 36 anos. É formada em administração e pós-graduada em marketing. Atualmente é proprietária da Sorelle Acessórios. Conheça um pouco das opiniões desta jovem empreendedora sanjoanense.

Em sua opinião, o que faz seu produto se destacar? Não é só a qualidade dos produtos que ofereço, mas o atendimento. Para mim, cada venda é motivo de um passo a mais na solidez dos meus negócios.

O que te fez seguir este ramo de venda de acessórios? Está na minha essência deste os meus 14 anos, quando fazia colares e pulseiras com miçangas e vendia para as minhas vizinhas. Retomei este meu dom há seis anos, quando me desliguei da empresa em que trabalhei durante nove anos.

Qual seu principal foco? Sempre foco minhas atividades no diferente, no novo, nas necessidades de um nicho de mercado pouco explorado.

Qual foi o maior desafio que você encontrou? O maior desafio que enfrento hoje em dia é a qualidade. Para isso foi preciso muita pesquisa de fornecedores que atendessem ao meu desejo e à necessidade dos meus clientes. Em sua opinião, qual a dificuldade que os jovens encontram para se tornarem empreendedores, hoje em dia? Embora o SEBRAE esteja sempre aberto para assessorias, o mais difícil é saber no que questioná-los. Por ser jovem e mulher, encontrou dificuldades? Não, porque desde os meus 14 anos esse foi meu dom. Isso já vem de mim, da minha essência. No mundo dos negócios, quem seria a sua inspiração? Minha inspiração é quem, para muitas pessoas, é motivo de chacota – Silvio Santos. Décadas e décadas se passaram, formas de vendas foram aperfeiçoadas, mas o contato interpessoal com as pessoas, olhando-as nos olhos e falando a mesma língua do cliente é o que me fascina e o que faz eu me inspirar nele. Simplicidade. 42

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

O que uma pessoa precisa para empreender? Imaginação. É acreditar que o que você imagina é o que o mercado precisa, mas tem que acreditar e mostrar para o mercado que ele precisa disso. E como está a procura do consumidor por acessórios? Os acessórios, por serem peças que finalizam um look, seja ele mais glamouroso ou tradicional, estão sempre sendo procurados. Este ramo nunca para. Pode ate diminuir um pouco a procura, mas não estaciona, afinal quase todas as mulheres usam pelo menos um ‘brinquinho’. Na sua opinião, qual a importância da fámilia e dos amigos na carreira? A importância do apoio e da compreensão da família é essencial, ainda mais quando, no meu caso, tenho que sair para a rua para vender e, muitas vezes, não tenho hora para voltar para casa. Sempre tenho os amigos que me acompanham onde vou, passam para me falar um ‘oizinho’ e param para me dar um abraço. Muitas amigas nem olham para o Fusca (carro utilizado nas vendas dos acessórios), pois falam que ele é tentador. Já os homens olham para o Fusca e falam: quer vender? (risos). A


43

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


44

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


45

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


editorial

Dez anos de Atua A Revista Atua é hoje uma dos mais importantes veículos de comunicação da cidade. POR CLOVIS VIEIRA

De que é feita uma revista de sucesso? Do coração daqueles que a fazem! É feita dos seus sonhos, dos anseios, é feita da coragem de se criar algo novo, surpreendente e cativante! Assim é com a Revista Atua, veículo de comunicação da Associação Comercial de São João da Boa Vista que divulga o comércio da cidade e as pessoas que se destacam em suas atividades. Comemorando 10 anos de edições ininterruptas, a Atua presta homenagem àqueles que ousaram sonhar com uma revista que representasse o espírito sanjoanense. Àqueles que realizaram esse sonho! A IDEIA Foi o empresário Marcelo Tobias quem trouxe a ideia para a ACE produzir o seu próprio veículo de comunicação, a

fim de divulgar o comércio sanjoanense. “Eu tinha uma loja em Poços de Caldas e lá, naquela época, tinha uma revista que destacava o comércio da cidade [a Revista Agito VIP], mas não tinha muita regularidade nas edições, que deveria ser trimestral”. Imaginando que São João merecia ter uma revista igual, Marcelo (que era tesoureiro da ACE) trouxe um exemplar da publicação, apresentou-o à então presidente da entidade, Ana Claudia Carvalho. Depois de alguns meses de estudos, o projeto foi colocado em prática para o Natal de 2007. Humilde quando fala de si mesmo, o empresário afirma que “apenas trouxe a ideia da revista”, mas que toda a execução foi mesmo mérito de Ana Claudia. “Eu me sinto feliz com o sucesso da revista, é uma ideia que deu certo, apesar da luta inicial quando do seu lançamento”.Marcelo conta que, no começo, foi preciso bancar o projeto para que ele continuasse vivo: “A gente ‘vendia’ a ideia para os anunciantes, eles gostavam e nós parcelávamos o pagamento. A Associação tinha o dinheiro e bancava a edição para, depois, entrar o retorno”, explica. Para ele, o sucesso da revista está no custo acessível ao anunciante e na valori-

zação do conteúdo local, “além do fato dela iluminar um pouco da história de São João, resgatando personagens e fatos”. Otimista, Marcelo considera que todas as edições da revista têm sido bem-sucedidas. Participando durante oito anos de diretorias da ACE, outras ideias suas, ou surgidas quando participava numa diretoria, também tiveram boa receptividade, ao serem implantadas. “Uma delas foi a instalação do plano de saúde aos associados, que atraiu muita gente para a Associação”. E a criação, aqui na cidade, da Parada de Natal, durante a administração da qual ele fazia parte. “É um sucesso e hoje faz parte da programação turística da cidade e das comemorações de fim de ano”, aplaude. ORIGEM DO NOME Aprovada a ideia de uma publicação nova, chega-se num ponto crucial de seu nascimento: qual é o melhor nome para ela? Discreta, elegante, apaixonada por moda, foi Paola Galvani quem batizou a revista. “A Ana Claudia me procurou, pedindo ideias para uma nova revista que seria editada pela Associação Comercial”, conta animada. Essa sugestão surgiu quando Paola ainda tinha uma confecção que levava o seu nome. Numa de suas viagens a São Paulo, a ideia aconte-

PRIMEIRA EDIÇÃO A primeira edição da Revista Atua foi publicada em dezembro de 2007. Inicialmente, o projeto era de uma edição única, mas que acabou se tornando trimestral e atingindo uma tiragem de 4 mil exemplares. Porém, da primeira edição, a única coisa que não sofreu alteração foi o nome. Do encadernamento do material ao layout, tudo foi sendo trabalhado. Foto: Arquivo Revista Atua

46

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


Foto: Arquivo Revista Atua

DEMANDAS Para a confecção trimestral da revista, logo foi necessário que a ACE montasse um departamento de comunicação, o qual lidava – essencialmente - com a produção das publicações. Sua criação acabou sendo no improviso, para as demandas da revista. Na foto, Flávia Jorge, em meados de 2008.

ceu: “O showroom dessa minha confecção ficava em São Paulo, numa loja da Rua Melo Alves, nos Jardins, chamada Atua”, desvenda o mistério. Impressionada com o nome da loja, Paola logo imaginou que aquele seria um bom nome para a publicação que viria. “Todos gostaram do nome que eu sugeri. Eu até tirei uma foto da fachada da loja para mostrar. E esse nome passava a ideia de empresários que atuam, que constroem algo bom.” No entanto, há outras ligações: as fotos da primeira capa foram feitas no apartamento de Paola, na Avenida Dona Gertrudes. “A modelo foi a Angelita Abreu Bovo, que sempre fazia fotos para os meus anúncios. Ela usou um vestido branco, aqui da loja [a Boutique Chiquita]”. E dentro da revista, havia uma matéria de moda infantil em que apareceu uma sobrinha sua, ainda bem criança. Paola

47

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

se lembra do momento em que viu a publicação pronta, com o nome que tinha sugerido. “Durante muito tempo, ninguém comentou nada sobre quem tinha sugerido ‘Revista Atua’ e eu me calei, sabe?”. AS DIRETRIZES “Fui a primeira jornalista responsável pela revista, meio que por conveniência”, conta Telma Salles Corulli. “Eu estava na ACE por ‘empréstimo’, visto que fui funcionária da prefeitura por 20 anos”, explica. Por atuar muitos anos no Sindicato de Servidores Municipais, Telma acabou por envolver-se com as

>


ações de turismo na cidade. Foi nesse período que Associação Comercial criou a sua CTUR - Comissão de Turismo - e solicitou à Prefeitura esse ‘empréstimo’ para tocar o projeto turístico da entidade. “Foi uma forma de suprir essa lacuna que o próprio Departamento de Cultura tinha em relação ao Turismo, na época”, lembra. E como foi começar a Atua? “Quando o Marcelo [Tobias] surgiu com a ideia da revista, logo aprovada pela diretoria da Associação, eu entrei de cabeça no sonho deles e tive a honra de ser responsável por algumas edições”, orgulha-se a jornalista. Folheando a revista, hoje, a sensação é a de que sempre foi fácil pensar e realizar esse projeto. “Que nada! Foi, sim, um grande desafio, mas também uma imensa honra”, ela diz. A principal dificuldade, de acordo com Telma, foi a falta de experiência de toda a equipe. “Embora todos fossem qualificados para isso, ninguém ainda tinha se aventurado em lançar um trabalho com tamanha importância para a ACE e para a cidade”, afirma. Ela conta que, aprovado o projeto, a equipe organizou a lista de afazeres: procurar a melhor gráfica, selecionar temas que tivessem relevância para os leitores, convidar jornalistas e colaboradores, decidir por fotografias de grande qualidade... “enfim, foram dificuldades que, ao longo do tempo, diluíram-se na medida em que a equipe amadurecia”. E não economiza nos elogios ao projeto. “Quero dizer que só se mantém no mercado editorial aqueles que persistiram e enfrentaram as dificuldades com competência e honestidade”. Ela lembra que muitas outras revistas foram editadas ao longo dos anos em São João, mas poucos são os que conseguiram chegar a essa marca histórica. “São 10 anos de ascendência”. E completa: “meus aplausos à equipe, especialmente ao Mateus [Ferrari Ananias], que começou ainda menino, recém-formado em publicidade e, hoje, é um homem feito, um profissional de respeito”. Mateus é quem desenha cada página da Revista Atua, é o responsável por coordenar o trabalho dos jornalistas e dos fotógrafos para ‘fechar’, depois, a edição.

A PUBLICIDADE Publicitária muito focada em seu trabalho, Flávia Jorge foi contratada pela ACE para trabalhar no recém montado departamento de comunicação da entidade. “Eu participei já na segunda edição da revista e lembro que, da primeira para a segunda edição, houve um ‘salto’ de perfil”. Flávia conta que a primeira revista foi editada em caráter experimental, como que para dar ‘um primeiro passo’. Com um bom conhecimento nas questões gráficas Flávia sugeria bastante nas reuniões de pauta. “Ah, a Ana Cláudia Carvalho sempre trazia as ideias e havia muitas trocas de sugestões, mas sempre chegávamos a bons resultados de temas”, diz a publicitária. Flávia cita também Leandro Gulin, o primeiro fotógrafo da revista, que participou ativamente, também sugerindo seções e pautas para a publicação, em seu início. Muito dedicada, Flávia era uma das que ficavam até a hora que fosse necessário para finalizar os trabalhos, “desde que houvesse pizza da Divina Gula [uma pizzaria local, próxima à Associação Comercial]”, brinca ela ao se lembrar desse fato. Seu talento ficava evidente na criação de cada anúncio “e isso acontecia desde acompanhar o fotógrafo, para dirigir as fotos que precisávamos, até a execução do anúncio e o contato direto com o cliente, para aprovação da propaganda”. E mais: às vezes participava diretamente, também, na abordagem dos entrevistados principais de algumas edições. “A primeira entrevista com a Fernanda Carraro e, depois, com a Badi Assad, foram as que mais me marcaram”, aponta. Embora não cite, Flávia foi responsável pela elaboração e implementação de muito dos processos internos utilizados até hoje pela publicação. Além disso, muito do projeto gráfico também se deve a ela. Flávia diz que se orgulha de fazer parte dessa história, principalmente por ter estado presente no começo do projeto. “Agradeço ao Mateus, ao Luis Gustavo Gasparino, que era o jornalista na época. Formávamos uma equipe bem divertida e

DEVER CUMPRIDO Quem esteve por mais tempo à frente das fotos da revista foi o mineiro Eduardo Paparazzi. “Quando víamos a revista pronta, era uma sensação de dever cumprido, de satisfação e alegria”. E, nesse momento, já começavam a pensar na próxima edição. “Para mim, valeu muito estar junto e fazer parte da história dessa revista”. Na foto, uma ironia: a jovem Ana Cecília Navarro e sua mãe, Elaine Navarro, observam uma foto. Hoje, Ana Cecília é uma das entrevistadas desta edição da Revista Atua.

Fotos: Arquivo Revista Atua

48

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

>


| ARQUITETURA

www.marianamendesdeluca.com.br

| INOVE SEUS CONCEITOS |

19.3631.7230 | 19.9 9204.6170

contato@marianamendesdeluca.com.br

PRAÇA DR. OTÁVIO DA SILVA BASTOS, 61 BAIRRO ALEGRE 49

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

MARIANA MENDES DE LUCA | ARQUITETA


dinâmica, por termos perfis diferentes de trabalho”. Ela faz questão de citar a Ana Cláudia Carvalho “por ter acreditado no meu trabalho e, mesmo com algumas divergências entre nós, ela sempre foi muito parceira. Enfim, bateu saudade aqui”, entrega a emoção. AS FOTOGRAFIAS Logo depois de Gulin colaborar com a revista, foi a vez do fotógrafo Eduardo Paparazzi participar com seu trabalho. “Fazer a revista era praticar uma cumplicidade mútua entre a Flavia, o Mateus e eu”. O profissional sente-se realizado quando fala desse projeto: “Sempre tinha uma foto melhor que a outra pra gente escolher!”. Quando questionado sobre qual foto mais lhe marcou, ele afirma que foram muitas as interessantes. “Eu recordo, por exemplo, quando fomos ao Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, fotografar o Sidnei Beraldo; foi muito bom!” Paparazzi é de Andradas e já conhecia a também mineira Flávia Jorge, que o convidou para suprir a ausência de Gulin. “Para mim, esse tempo

50

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

em que estive fazendo a revista foi muito importante”, ele declara. Fiel aos seus companheiros de trabalho, Du se lembra de agradecer também ao João Luis da Silva e ao Cássio Rios, profissionais do Salão JM, responsáveis pelo cabelo e maquiagem das modelos que estamparam as ‘suas’ capas da Atua. Bate uma saudade, às vezes? “Sim, muito grande. Quando víamos a revista pronta, era uma sensação de dever cumprido, de satisfação e alegria”. E, nesse momento, já começavam a pensar na próxima edição. “Para mim, valeu muito estar junto e fazer parte da história dessa revista”. Perfeccionista em seu trabalho, Du Paparazzi batia centenas de fotos de um mesmo assunto, imagens que pareciam quase todas iguais aos olhos pouco treinados. Porém, para ele, havia diferenças “que faziam a diferença” entre uma foto e outra e que encantariam os olhos do leitor numa matéria de moda, numa entrevista ou em uma reportagem. JORNALISTAS Assim como fotógrafos, muitos jor-

nalistas aturam na revista. Porém, o principal deles foi Luiz Gustavo Gasparino. “Fazer parte da equipe revista foi uma experiência muito importante para a evolução do meu trabalho”, ele diz, “pois tive a oportunidade de escrever para várias áreas”. Apaixonado pelos esportes, Gasparino pôde aprender muito com vários escritores e jornalistas que colaboravam. “Foram dois anos de muito esforço, dedicação e de muito aprendizado”. O jornalista também foi era assessor de imprensa na Associação Comercial e foi editor-chefe da revista, nesse período. “Eu escrevia a maioria das matérias e selecionávamos os escritores e jornalistas para o restante”. O que fica na lembrança? “As reuniões com a Ana Claudia eram sempre muito interessantes, pois ela tem um conhecimento grande de todas as áreas”. Ele conta que eram tardes bastante agradáveis. “Os fechamentos (das edições, para envio às gráficas) sempre eram cansativos, mas tudo isso era esquecido quando a revista chegava e vía-


Foto: Arquivo Revista Atua

CAPAS E PERSONALIDADES Muita gente passou pelas páginas da Atua. Desde atrizes, como Giovanna Lancelotti (foto ao lado); até grandes empresários, como Alexandre Tadeu da Costa, proprietário da franquia Cacau Show. Na foto, João Luis, Giovanna Lancelotti e Cássio Rios, durante a sessão de fotos da capa.

mos o resultado do nosso trabalho”. Assim como Flávia, Gasparino também deixou contribuições que vão além das edições impressas. Toda a estrutura de pauta e linha editorial foi criada por ele, que dividiu a revista em seções e categorias específicas. OS COLABORADORES Além do jornalista, um corpo de colaboradores sempre foi importante na vida da publicação. É a diversidade que faz da revista uma publicação gostosa

de ser folheada. Cada colaborador com seu tema amplia a possibilidade das informações que a revista pretende oferecer ao leitor. Alguns deles permanecem na revista até hoje, desde o começo. Um deles é Hélio Correa da Fonseca Filho, dos mais constantes colunistas. “Nossa! Como o tempo passa rápido: dez anos?”, espanta-se com a contagem dos dias. “Sinto muito orgulho por isso.

Tenho um carinho muito grande pela revista, que bom poder estar participando dela por tanto tempo”. Hélio conta que foi um convite bem no início, feito por Ana Claudia e Goti Pessanha [então presidente da Associação Comercial], que o levaram a colaborar com dicas de música, principalmente. “Aceitei, porque iria falar de uma área de que eu gosto muito, que é a música, indicando CDs

>

sicredi.com.br

Fazer Crédito Cartões Seguros Pagamentos Recebimentos Investimentos

Juntos Somos o Sicredi e entendemos o que sua empresa precisa. Nós oferecemos os produtos e serviços que ajudam no seu crescimento, sempre com facilidades, taxas justas e de um jeito simples e próximo.

Abra uma conta com a primeira instituição financeira cooperativa do Brasil. 51

Seguros intermediados pela Corretora de Seguros Sicredi. Verifique se o crédito consultado cabe no seu orçamento. Crédito sujeito à análise e aprovação. REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017 SAC Sicredi: 0800 724 7220 / Deficientes Auditivos ou de Fala: 0800 724 0525. Ouvidoria Sicredi: 0800 646 2519.


e DVDs musicais”. Além de pesquisar sobre esse assunto, Hélio tem uma respeitável coleção de discos em sua casa. “Sobre a revista, eu a vejo com um projeto gráfico que a cada edição se renova, é um veículo muito importante para São João e região e a Associação precisa, mesmo, comemorar esse feito de dez anos da revista”. Ele estende o seu orgulho a todos os sanjoanenses que têm acesso a ela: “A Atua tem um conteúdo sempre muito bom, a minha coluna é uma coisa pequena, mas eu busco oferecer informações que tenham interesse para a nossa cidade”. NOVA DIRETORA Angela Loup Pessanha, na época também diretora da ACE, assumiu a revista por quase dois anos. “A Ana Claudia me confiou a Revista Atua, ‘como uma mãe que entrega o filho para cuidar’, foram exatamente estas palavras que usou quando me convidou para coordenar a revista”, lembra. Foi um desafio e tanto, recorda. “Porque uma coisa seria assumir algo ruim, para ser reerguido, e outra completamente diferente é manter e melhorar o que já é bom. E para ajudar, a maior parte da equipe estava começando comigo,

o que significou algo mais desafiador, ainda”. Ela ri dessa lembrança e completa, “você pode imaginar? ”. Angela conta que aprendeu muito ao assumir os trabalhos. “O que eu mais gostava eram das reuniões de pauta. Eram tantos assuntos cheios de criatividade, conhecimentos e opiniões distintas, que eu ficava admirada”. “Mas no final, ficávamos tranquilos, porque podíamos sempre contar com os colaboradores especialistas em cada área, as entrevistas sempre foram e são um sucesso”. Ela revela que uma das coisas que sempre quis inserir nas páginas da revista era a “cara” da equipe, mostrar quem estava por detrás daquele trabalho tão bacana. “Mas, me pergunte se alguém quis aparecer nas páginas?”, comenta entre risos. Fazendo um ‘balanço’ de sua participação, Angela pondera: “Procurei dar o melhor de mim, procurei sempre trabalhar com bom senso e com muita paixão... Não sei se alcancei as expectativas que a revista merecia, mas dei a ‘minha cara a tapa’ e agradeço muito ter participado, foi um momento que guardo no meu coração”. O FUTURO Mesmo enfrentando as dificuldades im-

postas pela crise econômica brasileira, a Revista Atua nunca deixou de ser editada. Talvez a sua periodicidade tenha sido um pouco afetada, mas a confiança do anunciante no produto que investe a fará existir para sempre, se for esse o seu destino. Da mesma forma, os novos membros da equipe que a desenvolve são tocados por essa magia que é criar do zero um produto novo. É essa motivação que envolve os jornalistas convidados, os colaboradores e, no final dessa linha, os leitores. São eles o alvo desse trabalho tão primoroso, tão bonito de ser visto, ser folheado, lido e apreciado. É a Associação Comercial e Empresarial de São João da Boa Vista dizendo: “Toma, esta é atua revista! Nela está aquela empresa que atua com paixão para oferecer o seu melhor produto, o seu melhor serviço. Em suas páginas mora o sanjoanense que trabalha em prol da cidade, fazendo de São João o melhor município em uma grande região. Pegue-a nas mãos, sinta o pulsar desta comunidade atuante em cada página, em cada linha escrita, em cada foto estampada. Sabe do que é feita uma revista de sucesso? Do coração daqueles quem a fazem!”. A

Jornalistas da Revista Atua já foram premiados As jornalistas Telma Salles Corulli e Nayara Vasconcelos (foto), foram premiadas no ano de 2011 no concurso Agenda do Portador de Eficiência 2011, na categoria Artigos sobre Lazer da Pessoa com Deficiência. Os textos “Emoção e Aventura ao Alcance de Todos” e “Superando Limites” (publicados na edição de nº 12 da Revista Atua) foram baseados em entrevista feita com Raquel Fuin, jovem psicopedagoga, residente em São João, que tem Esclerose Múltipla. Seu posicionamento acerca das dificuldades que tem enfrentado com a doença foi a tônica do texto premiado no concurso. As jornalistas participaram de um evento de Lançamento da Agenda do Portador de Eficiência, em Fortaleza/CE, onde receberam exemplares do “livro” com seu artigo publicado, placa metálica de reconhecimento pela participação, menção honrosa como convidadas especiais no evento de lançamento e um prêmio surpresa, juntamente com outras premiações. Com elas, levaram também o nome de São João da Boa Vista para todo o Brasil, como uma cidade onde se respeita as diversidades, se valoriza a inclusão e a acessibilidade para todos.

52

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

Foto: Arquivo Atua


53

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


figura que atua

Atuando em prol da comunidade Conheça três personagens que muito contribuiram para o desenvolvimento de São João. POR CLOVIS VIEIRA

Impressiona o quanto algumas pessoas podem se envolver em causas públicas, quando muitos serão beneficiados com seus atos, sem considerar lucros para si mesmos. São João da Boa Vista conta com alguns cidadões que merecem essa definição: “Indivíduo que, como membro de uma comunidade, usufrui de direitos civis e políticos e desempenha os seus deveres”. Pode parecer muito clara essa classificação, mas todos sabemos que nem sempre isso se cumpre. A Associação Comercial e Empresarial sanjoanense, sente-se privilegiada por contar, em seu quadro de participantes, com inúmeros cidadãos que merecem aplausos pelas causas em que se engajam, pelas ações que realizam visando o bem comum, pelo desprendimento de suas intenções. WILSON RIBEIRO Um desses nomes (e aqui destacaremos três deles), é Wilson Ribeiro. Aos 90 anos de vida, dedicou 14 anos à ACE. “Tenho boas lembranças, entre elas as equipes que administram a Associação Comercial, que sempre foram compostas por elementos de primeira linha”, afirma. “O Olympio Cabral é dos grandes sanjoanenses que eu conheço”, elogia. Ribeirão-pretano de nascimento, Wilson Ribeiro reside há 25 anos na cidade.

ETERNO PRESIDENTE

Entre tantas ações das quais participou na ACE, a construção do prédio novo é a que considera mais importante: “Um milagre realizado, sem contar com recursos disponíveis”. E prossegue: “Eu peguei a parte difícil, nós o entregamos pronto no prazo de dois anos e meio. Então, eu cumpri a promessa feita aos associados e à cidade”, orgulha-se. O seu espírito moderador, reconhece, também é motivo de orgulho, já que ele foi presidente da ACE e presidente do Conselho Deliberativo com atuação elogiada: “A partir disso, não mais me quiseram ‘demitir’, já que até hoje eu exerço essa função”, brinca. Sua lista de cargos em entidades sanjoanenses começa como vice-presidente da ACE na chapa de Rudah Pirajá Filho (de quem ele se considera ‘padrinho’, na Associação), segue como presidente, logo após Rudah, torna-se presidente do Sincovar-Sindicato do Comércio Varejista da Região de São João da Boa Vista e, agora, é presidente do Conselho Deliberativo da Associação Comercial e Empresarial. No Sincovar, a sua missão foi reerguer aquele sindicato, que passava por um período de baixa, em vários aspectos. Sob a sua presidência, aquela entidade tornou-se o maior e o mais importante da cidade, classificação que foi mantida por nove anos. “O que eu tive, aqui em São João, foi um acolhimento e um atendimento muito carinhosos; o pessoal aqui é bom demais”, agradece. Na recuperação do prédio do SENAC (Serviço Nacional de

Wilson Ribeiro, hoje com 90 anos, presidiu sindicatos e a Associação Comercial. Atualmente é presidente e membro do Conselho Deliberativo da entidade.

Foto: Leonardo Beraldo / Cromalux

54

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


Aprendizagem Comercial), ele também teve participação importante: através do Sincovar, ele foi a pessoa autorizada a acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos de recuperação daquele prédio histórico. “A cada 15 dias, eu seguia para São Paulo em busca das diretrizes a serem aplicadas na restauração do edifício”. Sobre a ACE, Wilson Ribeiro a considera uma “entidade séria, que abriga uma coleção de homens de valor para a cidade; quase sempre o seu presidente é uma pessoa nobre, com ideias novas”. Em sua avaliação, São João da Boa Vista, sem a Associação Comercial, seria “um paraíso rural, onde os comerciantes não se transformariam em empresários”. CHRISTOPH VON GOSSLER Outro nome muito ligado às questões que interessam à comunidade sanjoanense é o de Christoph von Gossler. “Eu tenho duas nacionalidades: nasci em São Paulo, fui para a Alemanha, onde fui registrado, e faz 51 anos que estou em São João”, diz. “Adoro São João da Boa Vista! Inclusive, comprei um terreno no cemitério há muito tempo, para garantir”, conta sorrindo. Tão logo chegou à cidade, inaugurou a Relojoaria Rubi, em maio de 1966. “Ela permaneceu aberta até o final do ano de 2009. A cidade correspondeu, as pessoas gostavam da relojoaria. Mas com a minha idade, surgiram algumas dificuldades, inclusive utilizar computadores para dirigir uma empresa. Ficou difícil manter essa continuidade”, lamenta. Sua colaboração com a Associação Comercial e Empresarial vem desde a gestão do saudoso presidente, César Elias Salomão, (eleito por duas vezes: 1967-1973 e 1977-1979). Hoje, além de Conselheiro, Christoph é o síndico do novo prédio da entidade. Nunca pretendeu ser presidente. “A ACE é uma entidade respeitadíssima, porque ela sempre atuou de modo muito sério, em todos os aspectos do seu trabalho”. Outra colaboração da qual ele se orgulha, é a de ter fundado - em companhia da esposa Vera - a USPA - União Sanjoanense de Proteção aos Animais. “Essa entidade oferece esterilização de cães e gatos, promove a feira de adoção de filhotes, tem parcerias e convênios veterinários que todos podem usufruir”. Sua política de voluntariado é a se55

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

O “ALEMÃO” Além de também atuar no Conselho da Associção Comercial, Christoph e sua esposa, são membros fundadores da USPA - União Sanjoanense de Proteção aos Animais.

guinte: “Onde nós podemos ajudar, arregaçamos as mangas da camisa e ajudamos, sem querer aparecer”. Ele também aponta o erguimento do novo prédio da ACE como um grande acontecimento do qual fez parte. “No meio do caminho faltou dinheiro. Então, eu sugeri que cada um de nós comprasse mais uma sala e assim foi feito; terminamos a obra”. Afirma ter grande orgulho de participar da Associação Comercial e aponta que “não é preciso ser sanjoanense para colaborar para o progresso da cidade”. Afirma que qualquer pessoa que ama uma cidade, não precisa ter nascido nela para participar de seu progresso. Christoph pondera que, ano a ano, São João vem crescendo e oferecendo melhor qualidade de vida à comunidade: “As universidades que estão aí são muito importantes e abrem um leque enorme de possibilidades para o município”. OLYMPIO GUILHERME CABRAL Olympio Guilherme Cabral. Aonde quer que o leitor direcione sua atenção, poderá reconhecer a participação deste sanjoanense, nascido em casa humilde da Rua Ademar de Barros, há 83 anos. Difícil encontrar alguma entidade beneficente que não tenha contado, em algum momento, com o seu trabalho

Foto: Leonardo Beraldo / Cromalux

voluntário. Em uma parede do seu querido Gran Beto Hotel, hoje desativado, há diplomas com que foi agraciados por prestadores de serviços como CIESP, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Tiro de Guerra, Lions Clube Centro (onde é membro desde 1982 e responsável pela construção da nova sede), Associação Comercial e Empresarial, Polícia Comunitária(na Praça Coronel Joaquim José), e muitos outros. Sua chegada à ACE deu-se quando Sidney Stanislau Beraldo atuou como presidente (1979-1981), convidando-o para a sua equipe de trabalho. Hoje, faz parte do Conselho Deliberativo da casa. “A nossa Associação Comercial era muito ‘pobre’, com poucos associados, porque esta era uma cidade menor do que hoje, é claro, e nós não tínhamos recursos”, relembra. Com o tempo, e com sua participação, alguns benefícios foram obtidos, visando o bem estar do associado, como parcerias importantes na cidade, plano de saúde, campanhas de divulgação do Comércio (Natal, Dia das Mães e em outras datas comemorativas) “ações vivas até hoje, mas que foram arquitetadas com sucesso lá atrás”, orgulha-se. A casa onde funcionou a Associação, por anos, foi adquirida na gestão do presidente César Elias Salomão: “Foi a priREVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

>

55


Foto: Leonardo Beraldo / Cromalux

OLYMPIO GUILHERME CABRAL De família humilde, é difícil encontrar alguma entidade beneficente que não tenha contado, em algum momento, com a participação desse sanjoanense, que é famoso por sua atuação como voluntário.

meira propriedade da ACE. Mas era um prédio antigo, que não dava nem reforma mais”, lembra. Foi na gestão do presidente Rudah Pirajá Filho que surgiu a ideia de demolir a antiga sede e construir uma nova para a entidade.

56

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

“O Rudah me perguntou: ‘com que dinheiro nós vamos fazer isso?’ E eu respondi: ‘com nenhum!’ Vamos fazer um projeto e vamos vender salas comerciais no edifício”. Aprovada a ideia, ele e o então gerente, Ronildo Silva, saíram em busca

de interessados no projeto. “Não foi fácil, ninguém acreditava nesse sonho e ainda vivíamos uma terrível inflação no País”. Há, ainda, muitas outras histórias sobre este homem, que surpreendem pelo desprendimento com que foram vividas e que resultaram em algum bem para outras pessoas. Merecem ser contadas e relembradas como exemplo. Impressiona o quanto algumas pessoas podem se comprometer com o bem da comunidade onde vivem, sem interesse monetário nas ações que realizam. A


(Vestibular jรก realizado)

57

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


culinária

Gnocchi da fortuna ao pomodori INGREDIENTES DA MASSA • 01 kg de batata • 0,1 kg de farinha de trigo • 01 ovo • ½ colher (sopa) de manteiga sem sal • 01 colher (sopa) de sal • Gelo INGREDIENTES DO MOLHO • 0,5 kg tomate maduro firme • 0,1 kg cebola em cubos pequenos • 02 dentes de alho amassados • Azeite • Manjericão fresco (a gosto) • Sal (a gosto) • Pimenta (a gosto) • Mussarela de búfala em bolinha MODO DE PREPARO DA MASSA Descasque as batatas, coloque-as em água fria com 1 colher de sal e leve para cozinhar. Cozinhe até o ponto em que o garfo entre com facilidade e elas

não se desmanchem. (Se elas desmancharem será necessário mais farinha e ficará mais “massuda”). Retire as batatas e não desligue o fogo, acrescente mais água se necessário. Em um recipiente coloque a manteiga e esprema as batatas, ainda quentes. Misture o ovo e a farinha. Não é necessário sovar, apenas incorporar os ingredientes. Importante que a batata ainda esteja morna. Assim que incorporar tudo e conseguir formar uma bola, vá abrindo aos poucos e corte no tamanho desejado, jogando na água em que cozinhou a batata. Quando ele começar a boiar, retire e dê o choque térmico em um recipiente com água e bastante gelo. Logo após esfriar retire e deixe em um escorredor e reserve na geladeira. MODO DE PREPARO DO MOLHO Retire a casca e as sementes dos tomates e reserve. Corte-os em cubos médios. Co-

loque em uma panela o azeite, alho e cebola e deixe dourar. Acrescente o tomate picado e deixe cozinhar por uns 20 minutos. Coloque no liquidificador as cascas e sementes do tomate, bata bem, coe em seguida e coloque em uma panela para reduzir (esse processo vai fazer toda a diferença no final do molho). Assim que ele estiver bem reduzido, vai estar parecendo um extrato de tomate. Junte ao tomate. Tempere com sal, pimenta e manjericão. Coloque em um refratário o gnocchi, as bolinhas de mussarela de búfala e o molho por cima. Leve ao forno 180º C por 20 minutos e sirva em seguida.

Receita indicada por: Racine de la vie (19) 99805-7080 facebook.com/racinedelavie

Foto: João Gabriel Diniz

58

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


59

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


culinária

Cheesecake fria de taça com goiabada cascão cremosa Foto: João Gabriel Diniz

INGREDIENTES DA MASSA • 0,5l de creme de leite fresco de búfala • 0,7 kg de cream cheese ou requeijão cremoso (sem amido) • 0,2 kg de açúcar refinado • ½ gelatina incolor (7g) • 01 goiabada cascão cremosa MODO DE PREPARO Bata o cream cheese com o açúcar até virar um creme liso e homogêneo. Hidrate a gelatina em 50 ml de água fria. Aqueça 100 ml de creme de leite fresco, 60

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

retire do fogo, acrescente a gelatina hidratada e mexa bem até dissolver. Em um recipiente misture 100g da mistura de cream e açúcar ao creme de leite com gelatina. Mexa bem para incorporar e evitar grumos. Bata o restante do creme de leite na batedeira até ponto de chantilly. Misture 1/3 do chantilly na mistura de cream cheese e incorpore bem. Em seguida adicione o restante do chantilly, envolvendo delicadamente, em movimentos circulares de baixo para

cima, para não perder a aeração. Coloque a mistura na taça ou travessa desejada e leve à geladeira por 3 horas ou até endurecer. Retire da geladeira e cubra com a goiabada cascão cremosa. Sirva gelada.

Receita indicada por: Racine de la vie (19) 99805-7080 facebook.com/racinedelavie


61

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


Jantar do Empresรกrio 2017

62

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


63

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


tecnologia

Startups de São João com alto potencial de crescimento Nossa cidade abriga projetos de destaque que são pouco conhecidos do público local. POR SARAH BONETI

Basicamente, uma Startup significa o ato de começar algo, normalmente relacionado com companhias e empresas que estão no início de suas atividades e que buscam explorar atividades inovadoras no mercado. Empresas Startup são jovens e buscam a inovação em qualquer área ou ramo de atividade, procurando desenvolver um modelo de negócio escalável (que tem condições para crescer de forma uniforme ou para suportar um aumento de carga; e que seja repetível). Um modelo de negócio é a forma como a empresa gera valor para os clientes. Um modelo escalável e repetível significa que, com o mesmo modelo econômico, a empresa vai atingir um grande número de clientes e gerar lucros em pouco tempo, sem haver um aumento significativo dos custos. Partindo deste objetivo, o Mantiqueira Valley é uma comunidade de Startups que busca unir forças entre empreendedores, estudantes, professores, técnicos, analistas e entusiastas por tecnologia, em São João da Boa Vista, para auxiliar estes

modelos a se estabelecerem, aumentando a chance de sucesso de novos negócios, voltados à tecnologia e inovação, oferecendo capacitação, oportunidades de negócios, captação de investimentos e inclusão de profissionais locais. A ideia de criação surgiu de iniciativas parecidas em outras cidades, como o San Pedro Valley, em Belo Horizonte e o Campinas Startups. “Nós auxiliamos empreendedores que querem constituir uma empresa escalável de base tecnológica, no caso Startup, a entender este universo. Primeiramente o empreendedor tem que aprender que ‘vida de Startup’ não é fácil, ele precisa ser focado, ágil e possuir conhecimento amplo ou uma alta capacidade de aprendizado, para conseguir estruturar o negócio e liderar uma equipe”, conta Bruno Dourado Pirajá Martins, co-fundador do Mantiqueira Valley.

INOVAÇÃO Atualmente, o Mantiqueira Valley possui 20 membros que participam dos encontros e se comunicam nos canais de contato como Whatsapp, Slack e pelo próprio site. Contam com a ajuda do SEBRAE de São João para realizar os encontros quinzenais, também mantém contato com as instituições de ensino da cidade para apresentar a iniciativa em eventos e workshops, na região. Segundo Bruno, uma Startup não se cria da noite para o dia ou de apenas uma boa ideia. É necessário que o empreendedor passe por certas etapas para que seu negócio tenha uma chance de sucesso. “Somos procurados principalmente por estudantes que têm uma ideia e querem tentar tirá-la do papel. A maior parte de nossas demandas vêm através do SEBRAE, que direciona empreendedores em sinergia

clube locavore O Clube Locavore é um clube de compra de legumes, frutas e verduras processadas e higienizadas, já prontos para o consumo. Através do app, disponível para iOS e Android, você pode fazer o seu pedido dos produtos, de acordo com as datas de entrega. Você pode ainda comprar créditos e realizar o pagamento através de cartão de crédito ou débito. Foto: Divulgação

64

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


com nossa iniciativa, para que possamos ajudá-los”, ressalta. CLUBE LOCAVORE As Startups podem ser consideradas, inevitavelmente, o futuro das relações empresariais, pois, com muito pouco esforço e com a aplicação de tecnologia de ponta, elas conseguem entregar melhores soluções e de uma forma muito mais eficiente que as empresas tradicionais. Um desses exemplos é o Clube Locavore, uma Startup sanjoanense com a missão de agregar valor à cadeia de hortifruti, garantindo excelência nas operações de compra, processamento e entrega dos produtos, até o consumidor final. E antes da ideia se estabelecer, o maior investimento, segundo Thalles Franceschici, um dos sócios do Clube Locavore, foi os outros operadores bem empregados deixarem multinacionais pelo sonho de empreenderem e inovarem. Entre as oposições para a criação da Startup, esteve o momento de crise econômica e social e o desenvolvimento da própria plataforma. Precisava ser muito

65

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

Etapas para que seu negócio tenha uma chance de sucesso • Ideação - o empreendedor tem apenas uma ideia e busca alguém para poder auxiliá-lo a executar esta ideia (busca por um sócio). Tudo que o se tem nesta etapa são hipóteses, que precisam ser confirmadas. • Validação - o empreendedor busca validar se seu produto ou solução, resolve um problema real e se as pessoas estão dispostas a pagar por isso. Para isso, ele desenvolve uma versão “básica” de sua solução, chamada de MVP (Minimum Viable Product - Produto Minimamente Viável). A partir de agora ele possui uma equipe, além do sócio para desenvolver o negócio. • Crescimento - a Startup começa a ter seus primeiros usuários/ clientes e sua solução possui tração, ou seja, gera receita. A equipe é 100% dedicada ao negócio e a solução possui versões mais avançadas e atacam o problema de forma mais eficiente. • Escala - a partir de agora a empresa é rentável, com uma ampla base e novos produtos ou soluções fazem parte do portfólio. O foco nesta fase é criar um motor de vendas e buscar investimento para uma rápida ascensão. >


Foto: Divulgação

PERFECT FLIGHT A Perfect Flight é uma das 5 startups de agronegócio selecionadas entre 400 outras do Brasil e do exterior para participar do programa de aceleração da Pulse Hub, uma iniciativa da companhia sucroenergética Raízen, em parceria com o fundo gestor de capital SP Ventures e a Nxtp. Labs.

confiável, pois seria o único ambiente onde o cliente conhece os produtos, monta seu carrinho e faz o pagamento. “O maior obstáculo, como um todo, é criar um novo hábito de consumo. De forma prática e segura, nós oferecemos uma plataforma onde o cliente, com poucos cliques, compra especiarias, frutas, verduras e legumes de qualidade superior. Porém, ainda é forte o costume de ir a um supermercado ou quitanda, fazer as compras. Oferecemos mais qualidade por, muitas vezes, um preço menor”, afirma.

66

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

Como forma de facilitar a experiência de uso e ser mais um atrativo para a Startup, os empreendedores recorrem aos aplicativos para celulares. No caso do Clube Locavore, a tela é dividida por categorias especificas dos alimentos, explica Thalles. “O aplicativo é bastante intuitivo. Dentro de cada uma destas categorias existe a lista dos respectivos produtos. O cliente monta seu carrinho, escolhe a data e local de entrega e vai para a página de pagamento. E temos um dos mais modernos sistemas de


pagamento do país, feito por uma startup paulistana, onde o cliente tem a opção de pagar a cada compra ou criar um plano de assinatura, com pagamento mensal”. PERFECT FLIGHT A criação da Startup Perfect Flight, também localizada em São João, surgiu pensando em um sistema para facilitar o dia-a-dia do produtor. E ele pode ter uma visão realista das aplicações realizadas na lavoura, permitindo, assim, a tomada de decisões, baseadas em dados confiáveis. O aplicativo tem a função de gerar relatórios de análises de pulverizações, através dos arquivos de LOG dos aparelhos DGPS das aeronaves que realizam as aplicações. O sistema foi construído em ambiente de nuvem (cloud computing), o que permite que ele seja executado em qualquer computador com acesso à internet. Além disso, oferecemos ainda um aplicativo para smartphones e tablets Android e iOS. O sistema ainda é protegido por patentes nacionais e internacionais.

67

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

DESTAQUE O sistema tem se mostrado tão promissor que foi selecionado, juntamente com outras quatro startups de agronegócio, para participar do programa de aceleração da Pulse Hub, uma iniciativa da companhia sucroenergética Raízen, em parceria com o fundo gestor de capital SP Ventures e a Nxtp. Labs., que avaliaram a capacidade dos empreendedores, maturidade do produto e potencial de escalabilidade no mercado, para definir as cinco mais promissoras. O programa de aceleração deve durar entre 9 e 12 meses e contará com treinamentos, análises e mentorias realizadas por especialistas com a intenção de acelerar o crescimento e desenvolvimento das empresas, em um curto espaço de tempo. PLANEJAMENTO O movimento de Startups é algo inteligente, já que as pessoas estão muito mais preocupadas com os benefícios oferecidos pelos serviços/produtos que compram e cada vez mais estão ligadas às novas tecnologias. “Parece simples, mas é

muito difícil. O Clube Locavore, por exemplo, passou por mais de dez modelos de negócios, até chegar ao que somos hoje, ou seja, quase dois anos de planejamento”, relembra Thalles Franceschici. Empresas médias e grandes têm muita dificuldade em mudar e se ajustar a novas demandas ou necessidades dos clientes. As Startups têm a vantagem de serem flexíveis, ligadas ao cotidiano dos clientes e não se importam em quebrar barreiras e experimentar novas soluções. Assim, o consumidor final é beneficiado com um melhor produto ou serviço, além de um melhor preço. Thalles ainda acredita que, futuramente, as Startups serão as empresas com um viés tecnológico de maior adesão. “A massa da população passa a se sentir confortável comprando produtos ou utilizando serviços de Startups. É um caminho sem volta. Startups, de modo geral, fazem duas coisas muito bem. A primeira é responder a uma pergunta difícil: se o meu serviço/produto deixar de existir, do que o meu cliente vai sentir falta? A segunda é utilizar tecnologia para entregar esse ‘valor a mais’ ao cliente”, finaliza. A


natal

Natal em São João Parada Natalina e decoração da cidade já se tornaram tradição nesta época do ano. Fotos: Davis Carvalho

POR FRANCO JUNIOR

Quando o fim do ano se aproxima, o sanjoanense já começa a esperar pela decoração natalina das ruas e pela tradicional Parada de Natal. Tradicionalmente, a Associação Comercial (ACE) é a responsável pela realização dos desfiles e também pelos artigos alusivos à data, decorando as principais ruas de São João da Boa Vista. Para este ano, a ACE deve ficar encarregada de ambas as tarefas, novamente. Entretanto, houve mudança na maneira como foi firmado o convênio com a Prefeitura de São João para que, tanto a Parada, quanto a decoração, pudessem ser realizadas. Desde o primeiro dia de 2017, uma alteração na legislação obriga que o poder público realize licitação para firmar parceria com entidades interessadas em realizar eventos. E para as festividades natalinas, este trâmite também é necessário. Isso fez com que a ACE participasse de um chamamento público, organizada pela prefeitura, para se candidatar à operacionalização e execução da decoração e da Parada de Natal. A proposta financeira apresentada pela Associação Comercial e Empresarial possui o valor global de R$ 351.000,00. Porém, além desse valor, a entidade se propôs a investir, como contrapartida, mais de de R$ 22.000,00 para custeios diversos e divulgação dos eventos natalinos, além de contratar seguros para as apresentações da Parada de Natal, com apólice de um milhão de reais. EXPECTATIVA O tema para o Natal de 2017, no município, já foi definido e o sanjoanense verá pelas ruas da cidade ‘O Papai Noel na Floresta Encantada’. A prefeitura prevê que a decoração de Natal seja oficialmente acessa no dia 01/12, para que a abertura oficial dos festejos seja realizada com uma missa campal, no piscinão do Recanto do Lago Já a Chegada do Papai Noel no bairro do DER, está prevista para o dia 3 de dezembro e as apresentações da Parada de Natal devem ocorrer nos dias 10 e 17 de dezembro. Esses dois eventos tem previsão de início para as 20h30 e tendo duração máxima de 1h20. A 68

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


69

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


saúde

Câncer de próstata: a doença é a mais temida pelos homens Atingindo apenas a população masculina, este tipo de tumor causa uma média de 14 mil mortes por ano, no país. POR SARAH BONETI

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos e considerando ambos os sexos, é o quarto tipo mais comum e o segundo mais incidente entre os homens. A taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos, em comparação com países em desenvolvimento. Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos, no mundo, ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A próstata é um órgão que faz parte do aparelho reprodutor masculino e sua principal função é produzir parte do líquido que forma o sêmen ou

“esperma”. Esse líquido é produzido por estruturas glandulares (ácinos) e possui propriedades que ajudam a nutrir e preservar a integridade dos espermatozoides. ORIGEM O câncer da próstata é uma consequência da transformação das células dos ácinos, que passam a se proliferarem de forma anormal e ganham a capacidade de invadir o órgão e, em alguns casos, até circular pelo corpo e produzir tumores em outras partes do corpo (chamado de metástase). Muitas vezes os sintomas são silenciosos, não aparecem, mas o câncer está lá na próstata. Isso não significa que a presença do câncer vá trazer imediatamente um problema. Muitos pacientes já são idosos e vêm a falecer por outras causas, sem saber que já tinham um câncer na próstata. Entretanto, em alguns casos, podem surgir sintomas como ardência urinária, dor ao urinar, jato fraco da uriFoto: Reprodução Internet

na e raias de sangue no esperma. Quando esses sintomas aparecem, é muito mais provável que eles sejam consequência de uma doença benigna (como hiperplasia da próstata), do que decorrentes de um câncer. O tratamento depende do quanto a doença penetrou na próstata e se há metástase ou não. Depende também da agressividade da doença, que é medida por uma escala chamada “Gleason” e do valor do PSA (antígeno prostático específico) no sangue. O exame é indicado para homens acima de 45 anos. E para realizá-lo, o paciente deve estar três dias sem relação sexual ou masturbação. Não há necessidade de jejum alimentar. IMPORTÂNCIA DO EXAME De acordo com Roberto Dias Conceição Junior, biomédico do laboratório Centermed, que há onze anos promove uma mobilização do exame PSA, esse é um

Próstata

FUNÇÃO DA PRÓSTATA A próstata é uma glândula do tamanho de uma noz que faz parte do sistema genital masculino. Sua principal função é armazenar e secretar um fluido claro que, junto com os espermatozoides, constitui o sêmen

Tumores 70

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

>


71

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


Conheça os principais fatores de risco da doença:

Idade avançada

Histórico familiar

Cor da pele

Obesidade

Homens acima dos 50 anos ou 45 anos, se fizerem parte do grupo de risco - devem ir anualmente ao urologista

Se algum homem da família já teve câncer de próstata, a chance de desenvolver a doença é ainda maior

Devido a questões genéticas, homens negros possuem uma incidência maior deste tipo de câncer.

Homens com sobrepeso ou obesos, além daqueles que consomem tabaco e alcool de forma abusiva, têm mais chance de contrair a doença.

dos dois exames que podem apontar que há algo de errado na próstata do homem. “O PSA não excluí o exame do toque. Na verdade, ele é um exame complementar que pode auxiliar o médico no diagnóstico da doença”, explica. Quando a doença está apenas na próstata, o tratamento é feito com a cirurgia de retirada da próstata ou através da radioterapia, associada muitas vezes a uma injeção para bloquear a produção dos hormônios masculinos. Entretanto, quando a doença invade os órgãos em volta da próstata, ou quando já se apresenta com metástases, a cura não é mais possível e o objetivo do tratamento passa a ser frear o avanço da doença. Para isso, o tratamento deve ser incialmente com o bloqueio da produção dos hormônios masculinos e, futuramente, com a quimioterapia ou novas drogas que inibem a produção dos hormônios de forma mais potente. Segundo ele, é importante reforçar a mobilização alertando os homens sobre a necessidade da medicina preventiva. “Diferente das mulheres, que todos os anos passam pelos seus ginecologistas, a maioria dos homens só procura 72

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

o urologista quando já há sintomas bem evidentes. É preciso acabar com esse pensamento e os homens têm que entender a necessidade do acompanhamento médico como prevenção”, aponta. TAXAS DE CURA É válido ressaltar que a cura de câncer de próstata chega a mais de 95% dos pacientes que descobrem a doença logo de início. Mas, infelizmente, Roberto Dias afirma que muitos homens que fizeram o exame já apresentaram muita alteração. “Novamente destaco a importância da prevenção anual por parte do homem. É preciso fazer os exames necessários, todos os anos, evitando assim surpresas”, finaliza o médico. NOVEMBRO AZUL O Novembro Azul é uma campanha super importante de combate ao câncer de próstata e conscientização da importância de exames regulares e diagnóstico precoce. Começou em um Pub, na Austrália, em 1999. Um grupo de amigos teve a ideia de deixar o bigode crescer durante todo o mês como apoio à conscien-

tização da saúde masculina e arrecadação de fundos para doação às instituições de caridade. O mês de novembro foi o escolhido justamente por comemorar, no dia 17, o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata. A melhor forma de prevenir a doença é manter hábitos de vida saudáveis. Já está comprovado que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco de câncer, como também de outras doenças crônicas não-transmissíveis. A idade é um fator de risco importante para este câncer, uma vez que tanto a incidência como a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos. Casos de pai ou irmão com câncer de próstata, antes dos 60 anos, pode apontar para o risco de se ter a doença, de três a dez vezes mais, comparado à população em geral. Também podem refletir na incidência, tanto fatores genéticos (hereditários), quanto hábitos alimentares ou estilo de vida de risco em algumas famílias. O câncer de próstata é uma das doenças mais temidas pelos homens. A


73

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


saúde

Perda auditiva pode ocorrer em todas as idades Remédios, histórico familiar, ambiente de trabalho e até mesmo atividades de lazer podem desencadear o problema. POR FRANCO JUNIOR

Ao contrário do que se imagina, sentir dificuldades com a audição não é uma questão, apenas, de quem está com idade avançada. Por diversos e distintos fatores, o problema pode afetar crianças, jovens, adultos e, sim, os idosos. De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mais de dez milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência auditiva. Por isso, é preciso atenção para perceber que este tipo de problema pode afetar qualquer pessoa e, consequentemente, buscar um tratamento para que a situação não se agrave. CAUSAS Conforme explica a fonoaudióloga, Gabriela Fernandes, do Centro Auditivo São João, a deficiência auditiva, independente da idade em que ela aparece, impacta negativamente a vida do portador, por comprometer a comunicação e acarretar sequelas de natureza emocional, social e ocupacional. A profissional revela que as causas mais comuns do problema variam desde a utilização de determinados medicamentos até o fator da idade mais avançada, histórico familiar, ruídos no trabalho e, ainda, atividades de lazer. “Em quase todos os casos de perda auditiva, há como melhorar substancialmente a qualidade de vida do indivíduo, seja por meio de tratamento clínico, cirúrgico ou através do uso de aparelhos auditivos”, explica a fonoaudióloga. TRATAMENTO Ao perceber qualquer dificuldade na audição, o primeiro passo é procurar um 74

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

profissional para avaliar o caso e descobrir a gravidade e a origem do problema. Desta forma, é possível ponderar o tipo de procedimento necessário para recuperar a audição e/ou minimizar a situação. Em muitos casos, em busca de diminuir os efeitos da perda auditiva, a pessoa que sofre com este problema pode utilizar os chamados aparelhos auditivos, que visam melhorar a qualidade da comunicação do deficiente auditivo. A fonoaudióloga Gabriela Fernandes aponta ser comum observar que, dependendo de aspectos que variam desde o grau e tipo de perda auditiva até a aceita-

ção da deficiência, existem pacientes que se adaptam bem ao aparelho auditivo e que “obtém benefícios e satisfação com a amplificação”. Entretanto, esta não é a realidade de inúmeros pacientes. “Desse modo, é papel do Fonoaudiólogo reabilitar o paciente na sua totalidade, orientando, aconselhando e ensinando as mais variadas estratégias reparadoras de comunicação, a fim de melhorar a sua qualidade de vida, fazendo com que retomem alguns hábitos sociais de que se encontram privados, em virtude da diminuição da capacidade de comunicação”, finaliza a profissional. A

Principais causas da perda auditiva Conheça alguns dos principais motivos, separados por categorias: • Presbiacusia - perda auditiva relacionada com a idade. Pode começar a qualquer momento, mas é mais esperado a partir dos 60 anos; • Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR) - pode ocorrer no trabalho ou em atividades de lazer; • Perda Auditiva Congênita - consequência de um histórico familiar de perda de audição ou predisposição; • Ototoxicidade - relacionada a alguns tipos de medicamentos que são tóxicos para os ouvidos. Além dos descritos acima, vários outros fatores podem ser responsáveis pela perda auditiva, que vão desde lesões traumáticas até a perda de audição causada por acúmulo de cera, que pode bloquear o canal auditivo. Outra recomendação importante é para as gestantes, pois algumas doenças na gestação podem acarretar perda auditiva no bebê (tais como sífilis, citomegalovirus, rubéola gestacional, entre outras).


75

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


cultura

Família Assad celebra a boa música brasileira Dona Ica e Seu Jorge possuem uma das maiores sagas familiares da música brasileira. POR CLOVIS VIEIRA

Theatro Municipal de São João da Boa Vista, em algum momento dos anos 2000. Plateia recheada de fãs e amigos. No palco, a Família Assad termina uma canção e os aplausos do público preenchem aquele espaço com uma vibração indescritível. Neste momento, emocionada, a matriarca Dona Ica volta em pensamento ao ano de 1945. Quando ainda era apenas a Angelina, de 14 anos, assistia com o namoradinho a um filme nesse mesmo Theatro Municipal, que funcionava como cinema. Terminado o filme, as luzes se acendem e o jovem casal desce do balcão para o piso térreo. Neste momento, os olhos dela descobrem o olhar do turquinho Jorge, buscando pelo seu olhar, na parte de baixo da plateia. Instante mágico, que informa aos dois com quem eles viveriam o restante de suas vidas. CONHAQUE Aos poucos, durante o namoro, a jovem apaixonada foi descobrindo que a família do Jorge tinha um armazém na Avenida Dona Gertrudes, que ele era jogador ‘profissional’ de sinuca e que não tinha outro emprego. O dinheiro que o namorado ganhava vinha, mesmo, da sua habilidade sobre o pano verde. “Logo no começo, ele me falou: ‘Quem me namorar, não vai ao Carnaval’”, conta dona Ica. “E faltava pouco tempo para acontecer o baile, eu até já tinha alugado uma fantasia!”, revela numa risada. E, desafiando essa regra do novo namorado, ela vai ao baile carnavalesco do Palmeiras FC, com as amigas. Corria a festa e, de repente, no meio da noite, houve uma pane na iluminação, deixando o clube na penumbra. “Os rapazes começaram a acender palitos de fósforos, para clarear um pouco o salão”, ela 76

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

se lembra. Foi quando Angélica viu uma dessas luzes vindo em sua direção: “Era ele!”, confirma surpresa. Diante da namorada, Jorge fala: “Olha aqui, eu não bebo, mas foi preciso tomar uma dose de conhaque para entrar aqui, nessa porcaria”- e Dona Ica ri da lembrança desse momento especial. “Ele foi atrás de mim, né?”, diz orgulhosa. Sim,

Jorge foi atrás dela e ficou ao seu lado pelos 64 anos seguintes. Ela também se lembra de que, embora ele quisesse viver apenas do jogo de sinuca, houve um momento em que a vida exigiu mais dele. Amigo de um antigo relojoeiro, ele aprendeu a consertar despertadores. “Quando nós nos casamos, ele logo abriu uma relojoaria no largo do Pal-

CASAL Foto de Dona Ica e Jorge Assad, em 2009, comemorando o 76º aniversário dele. O casal viveu junto por mais de 60 anos.

Foto: Arquivo da família


Foto: Arquivo da família

CASA SEMPRE CHEIA Dono de uma personalidade amorosa, Jorge Assad mantinha sua casa sempre cheia de familiares, amigos e alunos, a quem tratava como membros da família. Na foto, da direita para a esquerda, Sérgio Assad, Martinho Rocha, Micael Chaves, Odair Assad, Badi Assad, Josiane Gonçalves, Daniel Pereira, D. Ica, Cláudia Sarti e Beto Amiky.

meiras. Mas ele ainda não sabia consertar relógios de pulso, só despertador!”- e cai na risada. O primeiro relógio que entrou na loja para ele consertar foi um cronógrafo, uma espécie de cronômetro. Foi o sanjoanense Arlindo Bianchi quem lhe passou as dicas para ele se tornar um relojoeiro dos melhores que a cidade já teve. BANDOLIM Dono de uma personalidade amorosa e, ao mesmo tempo, firme diante do que esperava das pessoas, Jorge Assad deixa sua marca em cada pessoa que cruza sua vida. Revelou-se persistente, autoconfiante, talentoso, intuitivo e um verdadeiro descobridor de novos talentos musicais, sejam eles seus alunos ou – como é sabido – os próprios filhos, a quem transformou em ícones mundiais do violão. “Quando o procurei pela primeira vez para aprender, foi no ano de 2003. Eu tinha 13 anos de idade”, conta o músico Micael Chaves. “Fui até sua casa, ainda no Bairro Santo André, aqui em São João. Era noite, eu cheguei com um violão nas costas, ele estava cozinhando a janta e tinha um pano de prato jogado no ombro!” O jovem Micael é considerado o seu principal pupilo, a quem ‘seu’ Jorge ensinou tudo o que sabia de violão e bandolim, com carinho e pulso firme. Logo na primeira aula, num domingo, o bandolim que Jorge Assad tocava nas noites foi apresentado ao aluno, que não conhecia o instrumento. “Ele me falou que ensinava choro no violão e nesse bandolim”. O músico teria dito ao jovem que precisava de alguém para tocar bandolim, “porque eu estou muito velho e quero que você aprenda também, para não deixar o choro morrer, aqui na cidade”. Depois des77

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

ta primeira aula, Micael frequentou diariamente a casa do professor: “Eu morava lá, praticamente!” Emocional, envolvente, dedicado, interessado na aprendizagem do aluno, são qualidades que Micael destaca no seu mestre. Quase como um pai para esse seu pupilo. Além das lições de música, o professor apresentou importantes valores morais ao jovem. Entre eles, a honestidade, humildade e a sinceridade têm lugar de destaque. “E, também a persistência em realizar aquilo em que se acredita, em ir até o fim para realizar o que se deseja”. O jovem violonista se lembra da frase do professor: “Se você quer ser um músico, então vai até o fim, sem desistir”. Esse bandolim, que ele tocava, está com Micael. Ficou como herança para ele, depois da sua morte. PARTITURAS Apesar de ter aprendido sozinho a tocar bandolim e de não ler partituras fluentemente, Jorge Assad ganhou fama de ser um excelente professor de música. Durante alguns anos, lecionou violão na Escola Municipal de Música, convidado pela então diretora de Cultura, Isabel Sibin, convivendo ali com outros músicos. “Quando eu comecei a lecionar na Escola, em 1995, o ‘seu’ Jorginho já estava lá”, conta o professor de música, Henrique Borges. De acordo com ele, foi um tempo bom de convivência: “Ter um professor como ele, naquele local, eu considero muito interessante, até pela bagagem musical que ele tinha e o que ele já havia feito com o

talento dos próprios filhos”. Nesse tempo, Henrique estava iniciando sua carreira como orientador de instrumentos de sopro junto a jovens alunos. “Era sempre um prazer muito grande aprender muitas coisas com ele, receber seu apoio, trocar informações e ideias. ‘Seu’ Jorginho estava sempre me emprestando umas partituras para chorinho”, diz Henrique. Ele se lembra, também, de que o mestre era autodidata e para sua turma de estudantes ele não utilizava partituras: ensinava, mostrava os acordes no violão “e ia transformando isso em música, o que ficava bem interessante para seus alunos”. Nos finais de ano, a Escola de Música sempre promovia apresentações abertas ao público e,cada professor, em sua área musical, mostrava o progresso de sua ‘turminha’. “Ele gostava muito de lecionar na Escola de Música”, confirma Dona Ica. “E aqueles alunos que se sobressaiam nos estudos, ele levava pra minha casa para ensinar melhor ainda”. Quando um aluno era bom mesmo, Jorge o destacava para acompanhá-lo nas apresentações em restaurantes e pizzarias, à noite. INFLUÊNCIA “Comecei a fazer aulas com o seu Jorge com 13 anos de idade”, relembra Josiane Gonçalves, hoje professora de violão no Conservatório de Tatuí e educadora musical no Projeto Guri, da região de Sorocaba. “Ele lecionava numa casa na esquina da Avenida João Osório. As aulas não tinham um horário marcado, os alunos iam REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

>

77


chegando e sentando nos bancos em volta da sala”. “Jorge Assad passava aluno por aluno”, ela se lembra. “Quando um deles já conseguia tocar, ele mostrava esse progresso para os demais e os motivava a estudar cada vez mais. A experiência musical dessa época foi engrandecedora”. Ela recorda: “De vez em quando, juntavam-se ao seu Jorge o Maestro Mazzi e Dulcelei Aleixo, com a sanfona - esse era o momento em que eles apresentavam algumas músicas para os alunos, falavam dos compositores, contavam suas histórias musicais” Atualmente, Josiane também faz parte de dois grupos: o Quarteto Abayomi, onde toca violão de sete cordas e canta. Este Quarteto foi selecionado pelo XXIV Prêmio da Música Brasileira pelo CD ‘Delicado’, gravado com o apoio do Proac, programa de ação cultural do Estado. “Apresentamo-nos em programas como o Sr. Brasil e Movimento Violão, este gravado pela SESC TV”. Outro grupo em que ela atua é o Choro e Prosa, vencedor do Mapa Cultural Paulista, na categoria Música Instrumental. “Recentemente, tivemos o prazer de nos apresentar no Festival Assad, em São João, com o Choro e Prosa. Para mim foi uma grande emoção. A influência na minha vida, desse encontro com o seu Jorge, foi muito grande”, finaliza.

artes do violão. Comprou um instrumento no tamanho normal para o Sérgio e um violãozinho menor para o Odair, este com apenas oito anos, nessa época. “Ele amava o sucesso dos filhos, sentia muito orgulhoso, e falava assim: ‘Eu ainda hei de ver vocês tocando no Carnagie Hall [sala de espetáculos em Midtown Manhattan, na cidade de Nova York]”. Isso realmente aconteceu, mas ‘seu’ Jorge não pôde ir, ficou por aqui na torcida. MAIO DE 2011 Considerando-se sempre “muito família”, Dona Ica confessa que sente muitas saudades desses tempos todos, com a família vencendo obstáculos, sempre de mudança para diversas cidades (Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Mococa, São João), da convivência com os filhos tornando-se músicos profissionais, graças ao marido. E dela mesma, que sempre gostou de cantar :“Eu canto desde menina!” Essa prática ganhou destaque quan-

CARNAGIE HALL A primeira influência musical na vida de Jorge Assad pode ter vindo de sua mãe, que tocava flauta às escondidas do marido, o qual reprovava nela essa manifestação artística. Mais tarde, nos bares onde o turquinho praticava a sinuca, ele compra um número de rifa, cujo prêmio seria um cavaquinho. É claro que o seu número foi o premiado! “Nesse tempo, tinha uma orquestra aqui em São João”, conta Dona Ica. Um dos músicos era amigo do Jorge, a quem ele pediu que afinasse o cavaquinho recebido na rifa. Como esse amigo não conhecia a afinação para cavaquinho, o fez na afinação de bandolim (de baixo para cima: Mi-Lá-Ré-Sol). Daí, ele aprendeu a tocar sozinho a música ‘Oh, jardineira / por que estás tão triste / mas o que foi que te aconteceu?’,cantarola. “Foi a primeira música!”. Depois de casado com Dona Ica, a sua missão foi ensinar aos dois filhos as

BANDOLIM

Foto: Leonardo Beraldo / Cromalux

78

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

do, mais recentemente, sempre às sextas-feiras, ela e ‘seu’ Jorge se apresentavam no Peixotinho Bar, transformado-o em recanto musical e reunindo diversos músicos e cantores sanjoanenses. A clientela era atraída por uma enorme quantidade de chorinhos, sambas e outros ritmos brasileiros. “Foi a partir disso, dessas rodas de músicas, que o Jorge começou a tocar na noite, aqui na cidade”. O desencadeamento dessas lembranças todas acaba levando Dona Ica até o último dia com o marido. “A gente morava no bairro Santo André. Eu estava na copa e escutei ele falar ‘Oh, Ica, me traz um pouco d’água que eu estou sentindo um negócio ruim’... Então, eu voltei da copa para a cozinha para pegar a água. Nesse momento, ele já tinha descido os quatro degraus até a parte de baixo. Quando ele deu a volta, já caiu no sofá. Eu corri até ele, encostei a cabeça dele no meu peito, no lado esquerdo, abracei ele. Ele morreu aqui, em mim...” Lá fora, corria o dia 28 de maio de 2011. A

O bandolim que Jorge Assad tocava está hoje com Micael, ficou como herança. O músico disse ao jovem que precisava de alguém para tocar o instrumento, “para não deixar o choro morrer, aqui na cidade”.


79

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


pelo mundo

Serra da Estrela Silêncio, frio, pedras e surpresas em Linhares da Beira. POR LAURO BORGES

Pela mística e, confesso, mais pelo queijo, a Serra da Estrela foi incluída no nosso tour português. Escolhi o hotel através do Booking. Preço baixo e nota alta. A grande extensão e os diversos vilarejos e municípios da Serra não me deram segurança sobre a opção de dormir no Agroturismo A Fidalga. Colhi a coordenada no site e a joguei no Waze. Alerta! O aplicativo não puxou a identificação nominal da hospedaria. O lugar parecia bem ermo. No caminho, já noite, a apreensão aumenta quando saímos da estrada principal para nos embrenhar na Serra. Embora pavimentadas, as vias são múltiplas e aparentemente confusas. Cruzamentos e bifurcações se sucedem, mas o Waze não vacila em apontar o rumo. Chegamos! Tudo escuro e fechado. Nenhum hóspede nem funcionários para as boas-vindas. Nada de vida naquele ambiente rural. Cansaço e ira! Instintivamente alguns PQPs foram proferidos contra tudo e todos. Lá pelo décimo xingamento, os faróis de uma caminhonete barulhenta jogam luz nas trevas daquele momento tenso. Seu Alfredo nos saúda, mas não responde muita coisa. Tampouco nos tranquiliza com o check-in. “Esperem alguns minutos, minha esposa logo vem. É ela que resolve tudo”. Dito e feito. Dona Maria, falante, chegou, resolveu e surpreendeu. A pousada estala de tão nova. Excepcionais instalações. Quarto grande, TV idem, banheiro bom. Cama mais do que decente. E, viva!, ali no meio do nada tem internet ultra-rápida. Conectado, eu comecei a respirar sem aparelhos. Abrigados a poucos quilômetros da aldeia medieval de Linhares da Beira, é pra lá que nós fomos atrás do repasto 80

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

por Dona Maria indicado. Cova da Loba é o enigmático nome do restaurante. 21:00. Silêncio, frio e pedra em Linhares da Beira, um museu a céu aberto. Nenhum morador ou turista nas ruas. A discreta placa mostra onde é a Cova, mas não existe sinal da Loba. É passar da porta e cair numa rampa que liga ao porão do imóvel. Surreal o subterrâneo! Absurdo contraste com o exterior. A casa está abarrotada, uma única mesa vaga, clientes conversam animados numa atmosfera sofisticada com decoração moderna.

A singular apresentação dos pratos é marca de chef. A comida é reveladora de que quem ali cozinha conhece o métier. No gelo de um povoado remoto de 300 habitantes na Serra da Estrela que nasceu na Idade Média, saciado por uma refeição inesquecível num estabelecimento que merece milhares de exclamações, plugado no mundo na velocidade da fibra ótica, hospedado nas cercanias de onde se faz o melhor queijo de ovelha do planeta, entre estupefato e emocionado, reforcei minha convicção na enorme capacidade do ser humano. A

Foto: Lauro Borges


81

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


aniversรกrio de 7 anos de Paruxa

82

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


83

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


a gente quer diversão e arte... em CDs, DVDs e Blue Ray POR HÉLINHO FONSECA

84

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


experimentalintegrado.com EDUCAÇÃO INFANTIL 85

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

FUNDAMENTAL

MÉDIO

PRÉ-VESTIBULAR


Jantar do Empresรกrio 2017

86

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


87

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


nossa cidade

História ganha novo endereço Além do Museu e do Arquivo Público e Histórico, o local abrigará também o Museu da Imagem e do Som. Fotos: Giovanna Malheiros Costa

POR GIOVANNA MALHEIROS COSTA

A história de São João da Boa Vista em várias estantes. É assim que encontramos parte do acervo do Arquivo Municipal Público e Histórico “Matildes Rezende Lopes Salomão”, alocado provisoriamente no Centro Cultural Patrícia Rehder Galvão (Pagu). Registros de imigrantes, documentos jurídicos e livros escritos por autores sanjoanenses aguardam por uma nova casa. O novo espaço físico, no pátio da antiga CEAGESP, promete garantir a integridade de documentos que contam toda a história da cidade. Em maio de 2017, o arquivo ganhou uma nova comissão administradora, presidida por Antonio Carlos Rodrigues Lorette. Para o arquiteto, professor e também atual presidente da Academia de Letras de São João da Boa Vista, a comissão tem como função ser representante da população e zelar por estes patrimônios. “Além dos documentos já existentes, a intenção é que novos sejam adicionados ao Arquivo. Para isso, estamos trabalhando na organização e logística do espaço”, explica ele. ABERTO A TODOS O Arquivo Público e Histórico Municipal, como o próprio nome traduz, é de livre acesso para toda a população, seja para conhecer sua origem, fazer trabalhos escolares ou qualquer outro tipo de pesquisa que requeira dados ali contidos. Segundo Maria da Glória M. Silva, funcionária municipal que trabalha no Centro Cultural, muitos trabalhadores rurais procuram documentos para comprovar os anos de recolhimento de contribuição social. “Antigamente, não era tão importante o registro da CLT [Consolidação das Leis Trabalhistas], mas através deste documento, muitos lavrado88

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

DOCUMENTOS Atualmente, os documentos históricos se encontram distribuídos em vários locais e – muitos deles – estão em péssima condição de conservação. A centralização do acervo, vai auxiliar a consulta por parte da população. res conseguem até dois anos a mais, na contagem para a aposentadoria”, revela. Anexo ao Arquivo Público e Histórico Municipal, São João também ganhará um Museu da Imagem e do Som. A ideia foi apresentada pelo coordenador do curso de Jornalismo do UNIFAE (Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino), José Dias Paschoal Neto, para ser desenvolvida a partir de uma parceria entre a instituição de ensino, a Academia de Letras e a Prefeitura. De acordo com o coordenador, o objetivo é que o projeto seja um museu dinâmico, que apresente a história da cidade

e da região. “São João tem um riquíssimo registro histórico de fotografias, de imagens e de produção cinematográfica. Na região, também. A proposta do museu é resgatar tudo isso de uma forma dinâmica e interativa”, explica Paschoal. O acervo que servirá ao futuro Museu já tem diversos documentários que contam a história de São João da Boa Vista e de personalidades importantes da cidade. Entre os arquivos, estão os documentários dos Cem Anos do Theatro Municipal e dos Cem Anos da Sociedade Esportiva Sanjoanense, ambos produzidos pelo UNIFAE. A


89

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


guia de anunciantes Confira a lista das empresas que anunciaram nesta edição. Com isso, essa página serve como um guia rápido para consultas: Arezzo Av. Dona Gertrudes, 38 - Centro Telefone: 19 3623.3503 www.arezzo.com.br Auto Beti Rodovia SP- 342 - São João / Águas da Prata Telefone: 19 3622.3811 Auto Peças Selegato Av. Brasília, 859 - Vila Zanetti Telefone: 19 3635.9999 Bar do Russo Rua 14 de Julho, 741 – Vila Conrado Telefone: 19 3623.2107 Cada Passinho Rua Benedito Araújo, 155 – Centro Telefone: 19 3631.2755 Centro Auditivo São João Rua Conselheiro Antônio Prado, 475 Telefone: 19 3623.5312 www.centroauditivosaojoao.com.br Citomac Rua Abud Abrão Félix, 516 São Sebastião da Grama – SP Telefone: 19 3646-1733 / 98141-7755 / 982710110 www.citomac.com.br Clero Brasil Av. Dona Gertrudes, 766 - Centro Telefone: 19 3633-4735 www.clerobrasil.com.br Decão Rodovia SP- 342 - São João / Águas da Prata, km229 - Chácara São José Telefone: 19 3633-6269 Divem Av. Dr. Durval Nicolau, 1114 - Jardim Nova São João Telefone: 19 3635-2000 www.divemford.com.br

Loja 3- Rua João B. L. Figueiredo, 2465 A – Centro / Mococa Telefone: 19 3665.1680

Empório das Águas Av. Dr. Durval Nicolau, 1165 – Mantiqueira Telefone: 19 3631-2723

Regina Presentes Praça Governador Armando Salles, 65 - Centro Telefone: 19 3623-3631

Flash Totens Telefone: 19 3056.3011 / 99243.1855 www.flashtotens.com.br

RitmoSP Av. João Osório, 257 – Centro Telefone: 19 3634-2500 www.ritmosp.com.br

Forguaçu Av. Senador Marcus Freire, 730 - Vila Brasil Telefone: 19 3633.1848 Geração.com Praça Gov. Armando Sales, 45 - Centro Telefone: 19 3633.6343

Rubro Calçados Henrique Cabral de Vasconcelos, 1955 – DER Telefone: 19 3633.1614 São Paulo Decorações Rua Prudente de Moraes, 50 - Centro Telefone: 19 3623.1009

Havaianas Av. Dona Gertrudes, 317 - Centro Telefone: 19 3623-1985

Sequoia Av. João Batista Bernardes, 1150 - Jd. Boa Vista Telefone: 19 3633.3197 www.sequoia.imb.br

Ipefae Av. Dr. Oscar Pirajá Martins, 340 - Santo André Telefone: 19 3622.3119 www.ipefae.org.br Kento Nissan Av. 13 de Maio - Vila Loyola Telefone: 19 3631-4100 Ligue Lanche Rua Ademar de Barros, nº 232 – Centro Telefone: 19 3633-1536 Maior Seguros - filial São João Rua Conselheiro Antônio Prado, 301 – Centro Telefone: 19 3634-4444 / Ramal 454 www.maiorseguros.com.br

Donni Artesanato e Relojoaria Praça Cel. José Pires, 28 - Centro Telefone: 19 3623.3109 Dr. Alexandre M. Figueiredo Rua Marechal Deodoro, 235, 4º andar – Edifício Santa Lucia Telefone: 19 3623.4615

Mariana Mendes Praça Dr. Otávio da Silva Bastos, 61 wBairro Alegre Telefone: 19 3631.7230 / 99204.6170

Dr. Josuel Azarias Av. Tereziano Valim, 266 - Centro Telefone: 19 3623.3635

MB Decorações Rua 14 de julho, nº 816 - Vila Conrado Telefone: 19 3631-7613 / 3633-3364

Dr. Luis Ramos Rua Dr. Teófilo Ribeiro de Andrade, 308 - Centro Telefone: 19 3623.5021

Regina Noivas Loja 1- Rua Treze de Maio, 237 – Centro / São José do Rio Pardo Telefone: 19 3681.4081 Loja 2- Rua General Carneiro, 291 – Centro / São João da Boa Vista Telefone: 19 3633.5204 / 3633.5186

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017

Roberta Lima Rua Nossa Senhora Aparecida, 359- São Lázaro Telefone: 19 3056.2656 / 3636.3626 / 99475.4334

Gráfica Sanjoanense Praça da Catedral, 122 - Centro Telefone: 19 3623-1708 www.sanjoanense.com.br

Mais Saúde Santa Casa Rua Conselheiro Antônio Prado, 301 - Centro Telefone: 19 3634-4444 www.maissaudesantacasa.com.br

Dr. Tomás de Aquino Av. Tereziano Valim, 300 - Centro Telefone: 19 3623.3482

90

Empório da Serra Av. Dr. Durval Nicolau, 956 - Jardim Santarém Telefone: 19 3631.5515

Sicredi Av. Oscar Pirajá Martins, 657 – Jd. Santo André Telefone: 19 3636-3355 www.sicredi.com.br Sofy Av. Dona Gertrudes, 06 - Centro Telefone: 19 3623.2413 Supermercado Big Bom Av. Brasília, 1950 - Vila Zanetti Telefone: 19 3638-1000 Ultragaz www.ultragaz.com.br UniCesumar Praça Governador Armando Sales, 141 - Centro Telefone: 19 3623.3361 / 99958.4967 Unifae Largo Engenheiro Paulo de Almeida Sandeville, 15 Telefone: 19 3638.0240 www.fae.br Univaci Av. Oscar Pirajá Martins, 951 – Jd. Santo André Telefone: 19 3633.1122 Vitta Fitness Av. Dr. Durval Nicolau, 828- sala 5 Telefone: 19 3056.0042 / 99644.1836 Zero% Rua Carlos Gomes, 212 - Centro Telefone: 19 3056.5144 www.zeroporcento.com.br


91

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


92

REVISTA ATUA | NOVEMBRO 2017


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.