MAIO | 2025

CONECTA VAREJO
IA como aliada estratégica

GESTÃO EFICIENTE, LUCRO CERTO
Pricing: o preço na medida certa

CADERNO ESPECIAL
Massas e condimentos aquecem as vendas

MAIO | 2025
CONECTA VAREJO
IA como aliada estratégica
GESTÃO EFICIENTE, LUCRO CERTO
Pricing: o preço na medida certa
CADERNO ESPECIAL
Massas e condimentos aquecem as vendas
Vamos para mais uma edição enquanto o mundo está sob tensão comercial e nós, que trabalhamos no varejo, atentos a todas as movimentações que podem, de certa forma, impactar nossos negócios.
Verdade, Fábio! Impressionante como diversas decisões externas podem impactar diferentes segmentos de negócios, inclusive o varejo supermercadista!
Pois é! Mas é um olho lá e outro cá! Temos grandes oportunidades chegando como festa junina, Dia dos Namorados, inverno. Período que aquece as vendas e devemos ter olhar estratégico. Agora é a hora de se planejar!
Boa e tenho certeza de que esta edição vem, como sempre, cheia de insights para que nós, profissionais, possamos aplicar nos nossos negócios e obter bons resultados!
Justamente, amigo(a). Foque no seu negócio, absorva as ideias e estratégias compartilhadas, execute e esteja pronto(a) para explorar as sazonalidades que vêm por aí!
Festa junina aquece as vendas e movimenta indústria e supermercados
Seara avança com processos integrados e inovação em escala na produção das Panelinhas
da Seara Alimentos, Giorgio Cafasso, fala sobre presença da SEARA no varejo fluminense
Gestão de pricing: mais inteligência, mais estratégia e mais resultado
Do atendimento à inovação: o varejo fluminense em destaque
Sabores de inverno: massas e condimentos aquecem as vendas!
IA: de tendência à necessidade nos supermercados
Análise do cenário econômico que direciona a estratégia do seu negócio
Encantar para vender: o novo segredo do trade
Pautas estratégicas do Conselho Diretor de abril
Inspire-se com a história de Edson Ribeiro, gerente comercial do Serra Azul
CHEGUEI NA GÔNDOLA
Lançamentos em Foco: produtos novos e tendências para impulsionar suas vendas
BOAS VENDAS
Dia dos Namorados: estratégias comerciais para aproveitar a sazonalidade
PAPO DE ADEGA
Vinhos de inverno! A estação mais quente para vender!
Agilidade no atendimento e menos filas no caixa. Essas são algumas das promessas do self checkout, modelo de atendimento em que o próprio cliente escaneia e paga suas compras sem a ajuda direta de um operador de caixa. A tecnologia, já consolidada em grandes redes, vem ganhando cada vez mais espaço no varejo supermercadista.
A iniciativa proporciona melhoria da experiência de compra ao minimizar fricção, e redistribui o atendimento. O cliente que compra poucos itens e prefere agilidade ganha tempo, e os caixas tradicionais ficam mais disponíveis para quem precisa de ajuda ou está com o carrinho cheio. Quando bem planejado, o autoatendimento deixa de ser apenas uma tendência e se torna um aliado da gestão.
» REDUÇÃO DE FILAS E GANHO DE AGILIDADE
O self checkout ajuda a descongestionar os caixas tradicionais, especialmente em horários de pico.
» MELHORA NA EXPERIÊNCIA DO CLIENTE
Muitos consumidores valorizam a autonomia e agilidade no processo de compra. Para quem está comprando poucos itens, é uma solução prática e rápida.
» OTIMIZAÇÃO DA MÃO DE OBRA
Com a implantação do self checkout, a equipe pode ser redirecionada para funções mais estratégicas, como reposição de mercadorias, organização do salão ou atendimento ao cliente.
» ECONOMIA NO MÉDIO E LONGO PRAZO
O investimento inicial é alto, mas com o tempo, o custo operacional tende a diminuir. Menos operadores nos caixas fixos, maior rotatividade de atendimento e aumento na satisfação do cliente contribuem para ganhos indiretos — inclusive em fidelização e aumento do ticket médio.
» ATRAÇÃO DE UM PÚBLICO MAIS JOVEM E CONECTADO
Consumidores da geração Z e millennials tendem a preferir soluções tecnológicas, inclusive na hora de pagar. O self checkout ajuda a posicionar a marca como moderna e antenada, o que pode ser um diferencial competitivo.
PONTOS DE ATENÇÃO:
» INVESTIMENTO INICIAL ELEVADO
A implantação do self checkout envolve custos consideráveis com os totens (hardware), software de gestão e integração com o sistema da loja.
» RISCO DE PERDAS E FURTOS
Mesmo com monitoramento, o autoatendimento pode facilitar furtos ou erros não intencionais na leitura dos produtos.
» RESISTÊNCIA DO PÚBLICO
Nem todos os clientes se adaptam facilmente. Pessoas mais velhas ou com menos familiaridade com tecnologia podem se sentir desconfortáveis ou frustradas.
» ATENDIMENTO HUMANIZADO COMO DIFERENCIAL
Muitos clientes ainda valorizam o contato direto com o operador de caixa, e o atendimento personalizado cria vínculos e transmite confiança, algo difícil de reproduzir em totens automatizados.
» CUSTOS DE IMPLANTAÇÃO
O self checkout exige alto investimento inicial em equipamentos, integração com o sistema da loja, treinamento de equipe e manutenção constante. Para redes menores ou lojas com ticket médio mais baixo, o retorno financeiro pode levar anos.
» MAIOR RISCO OPERACIONAL
As perdas — tanto por erro quanto por tentativa de furto — costumam aumentar com o uso do self checkout. É necessário reforçar o monitoramento por câmeras e ter colaboradores disponíveis para agir rapidamente, o que diminui a suposta “autonomia” do sistema.
» MAIS FILAS PARA QUEM NÃO QUER OU NÃO PODE USAR
Em alguns casos, a redução no número de caixas tradicionais pode gerar filas ainda maiores para os clientes que preferem ser atendidos. Isso acaba gerando insatisfação e prejudicando a experiência de quem não se adapta ao modelo.
» LIMITAÇÕES DE ESPAÇO FÍSICO
Os caixas tradicionais ocupam mais espaço na loja, o que pode dificultar o aproveitamento da área de vendas, especialmente em unidades menores ou com grande fluxo de clientes.
» DEPENDÊNCIA TOTAL DO ATENDIMENTO HUMANO
Problemas como ausências, atrasos ou necessidade de treinamento constante podem impactar diretamente a agilidade no atendimento. Sem a alternativa do autoatendimento, qualquer falha humana pesa mais na operação.
» FORMAÇÃO DE FILAS E ESPERA MAIOR
Sem a alternativa do autoatendimento, o tempo de espera nas filas — especialmente em horários de pico, vésperas de feriados ou finais de semana pode aumentar.
“Nosso propósito é atender pessoas, e acreditamos que esse contato direto, olho no olho, faz diferença na experiência de compra. Muitos dos nossos clientes gostam de conversar com os operadores, tirar dúvidas, pedir alguma orientação. O caixa é mais do que um ponto de pagamento — é também um momento de relacionamento. Por isso, seguimos com o modelo tradicional, que está alinhado com o perfil do nosso público.”
Antonio de Assunção Leite
Sócio do Supermercados Mundial
DEPOIMENTO DE QUEM TEM SELF CHECKOUT:
“Fomos pioneiros ao implantar o self checkout no Rio, porque acreditamos que a tecnologia tem que estar a favor da experiência do cliente. Com os caixas automáticos, oferecemos mais agilidade, autonomia e praticidade na hora da compra — especialmente em momentos de maior movimento. Nosso foco sempre foi facilitar o dia a dia de quem escolhe o Farinha Pura.”
Patrícia Sturm
Gerente de Administração e Marketing do Empório Farinha Pura
As festas juninas não são apenas uma das tradições culturais mais queridas do Brasil — elas também representam uma grande oportunidade para o setor supermercadista. Um levantamento da ASSERJ, realizado em 2024, comprova que as celebrações continuam firmes no calendário afetivo e gastronômico dos cariocas: 90,1% da população do estado afirma gostar das festividades típicas do período, marcadas por música, danças e comidas tradicionais.
O estudo também analisou os hábitos de comemoração com amigos e familiares. Para 76,2% dos entrevistados, a festa junina é indispensável, seja organizando ou participando de eventos. Apenas 23,8% disseram não manter esse costume.
O comportamento de consumo relacionado à data também se destaca. Segundo a pesquisa, 82,1% dos respondentes afirmaram comprar alimentos típicos para preparar em casa durante o período, enquanto 17,9% não têm esse hábito. Quando o assunto é onde adquirir esses produtos, o supermercado é a escolha dominante: 90,9% dos consumidores buscam os ingredientes da festa junina nas redes supermercadistas.
Entre os itens que não podem faltar no arraiá dos cariocas estão: canjica (70,7%), pé de moleque (49,9%), bolo de aipim (47%), bolo de milho (46,9%), cuscuz (41,1%), salsichão (37%), caldo verde (30,9%), paçoca (29,7%) e sopa de ervilha (23,1%).
Para o presidente da ASSERJ, Fábio Queiróz, os dados reforçam o papel estratégico do setor no abastecimento e na valorização das tradições.
Os cariocas gostam de festejar, e nossa pesquisa ratificou isso. Não importa o tamanho do arraiá, os supermercados estão preparados e abastecidos para suprir essa demanda tão aguardada”, afirma o executivo.
A análise do comportamento de compra junino é complementada por dados da plataforma de inteligência de dados Tail, da TOTVS, que registrou um crescimento de 8% nas compras de cestas temáticas em 2024 entre consumidores da classe B, em comparação às cestas padrão. As regiões com maior crescimento foram o Nordeste (12,7%) e o Sudeste (11,1%).
A classe C manteve o mesmo padrão de consumo, enquanto as classes A e D apresentaram menor adesão às cestas juninas neste ano. Outro dado relevante é a distribuição por faixa etária: consumidores entre 31 e 50 anos foram responsáveis por mais da metade das compras de cestas juninas. Já o público acima dos 50 anos registrou um aumento de 20% nas compras durante o período festivo, em comparação a outros momentos do ano.
FÁBIO QUEIRÓZ Presidente da ASSERJ
da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) para o varejo.
As festas juninas vão muito além das bandeirinhas e das quadrilhas: nos supermercados, representam uma das épocas mais promissoras para atrair consumidores, impulsionar vendas e reforçar a conexão com a cultura popular. Para os supermercados, saber como explorar esse momento pode fazer toda a diferença no faturamento do bimestre.
Uma das primeiras estratégias é a ambientação da loja. “Transformar o ponto de venda em um verdadeiro arraial é um diferencial. O clima festivo, com decoração temática, música típica e atendimento personalizado, gera uma experiência de compra mais envolvente e afetiva”, afirma Marcelo Viana, consultor e especialista em gestão de supermercados pela T4 Consultoria.
MARCELO VIANA
Consultor e especialista em gestão de supermercados pela T4 Consultoria
As tradicionais ilhas juninas, com itens como milho, amendoim, paçoca, canjica, pipoca, vinhos e doces, são essenciais para facilitar a jornada do cliente. “Esses pontos extras ajudam o consumidor a identificar rapidamente os produtos típicos, estimulando a compra por impulso e aumentando o ticket médio”, explica Viana.
Outra aposta certeira são os kits prontos para festa. Cestas temáticas com produtos para quem quer celebrar em casa, de forma prática e rápida, têm ganhado cada vez mais espaço nas gôndolas e no e-commerce. “Além de atender quem busca conveniência, os kits ajudam a girar o estoque de vários itens sazonais de uma vez só”, destaca o especialista.
A inovação também tem lugar garantido nas prateleiras. Produtos típicos da época têm surgido em versões gourmetizadas, veganas e mais saudáveis, ampliando o alcance para diferentes públicos. “Hoje temos consumidores que evitam açúcar, lactose ou glúten — e oferecer opções para esses perfis é sinal de atenção e atualização do varejista”, pontua Viana.
Por fim, a comunicação digital é peça-chave. Conteúdos temáticos nas redes sociais, como receitas, promoções e desafios interativos, mantêm o consumidor engajado com a marca. “Divulgar o arraial da loja no ambiente online ajuda a atrair novos clientes e a movimentar o fluxo durante toda a campanha junina”, conclui o consultor.
Com a chegada das festas juninas, os supermercados têm uma oportunidade única de impulsionar não apenas o volume de vendas, mas também o valor médio por cliente — o famoso ticket médio. Para isso, algumas estratégias simples e bem aplicadas podem fazer toda a diferença no caixa ao final do mês.
Segundo Marcelo Viana, o primeiro passo é pensar em ações de cross merchandising. “Colocar produtos típicos juntos — como canjica, leite condensado e coco ralado — ajuda o consumidor a lembrar de itens complementares e aumenta a chance de levar mais de um produto”, afirma.
As embalagens temáticas também têm impacto direto na percepção de valor e na decisão de compra. Produtos com rótulos juninos ou apresentados em cestas personalizadas ganham destaque nas gôndolas e passam uma ideia de exclusividade. “O consumidor compra com os olhos. Um produto com apelo visual tem muito mais chance de ir pro carrinho”, reforça o especialista.
Além disso, a disposição dos produtos faz diferença. Ilhas bem organizadas e ambientadas com bandeirinhas e música típica criam um ambiente de compra mais envolvente. “É mais do que uma venda, é uma experiência de consumo”, ressalta Viana. E, claro, não poderíamos deixar de destacar outra tática poderosa são os combos promocionais como “compre 3 e pague 2”.
Empresas destacam raízes culturais e reforçam conexão com o consumidor ao ocupar espaço nobre nas gôndolas e nos eventos durante o período mais afetivo e saboroso do varejo brasileiro.
Com mais de 70 anos de história e um portfólio que valoriza a essência da alimentação brasileira, a Granfino prepara-se para mais uma temporada de festas juninas com estratégia bem definida, forte presença no varejo e foco em consolidar sua conexão emocional com o consumidor.
Conhecida por seus produtos de alta qualidade — como arroz, feijão, farinhas, fubás, canjicas e grãos típicos —, a marca tem no São João uma de suas datas mais importantes no calendário comercial. E em 2025, o objetivo vai além de impulsionar vendas: a Granfino quer reforçar sua identidade como marca parceira da mesa brasileira, especialmente nas comemorações que envolvem tradição, afeto e sabor.
Nosso maior ativo é a confiança que os consumidores depositam na Granfino. Estar presente nas receitas de família durante o São João é reafirmar esse vínculo afetivo e mostrar que tradição e qualidade caminham juntas”, afirma Felipe Lantimant, gerente de marketing da Granfino.
VISIBILIDADE NO PDV E FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
A marca aposta em uma campanha completa no ponto de venda, com materiais temáticos, ambientação junina, degustações e espaços de destaque nas redes supermercadistas. O plano inclui ainda ações de incentivo ao trade e distribuição de brindes personalizados para gerar aproximação e reforço da lembrança de marca.
Além do varejo físico, a Granfino também fortalece sua presença nos canais digitais, com receitas juninas, conteúdos nas redes sociais e parcerias com criadores de conteúdo culinário, ampliando o alcance e engajamento com o público final.
Outra marca que se destaca durante o período junino é a Pitú, tradicional cachaçaria pernambucana que há décadas marca presença nas celebrações. Em 2025, a Pitú mantém sua estratégia de unir tradição e inovação para se conectar com o público.
A empresa lança edições especiais de suas latas, com design alusivo às festas juninas, reforçando a identidade visual da marca. Além disso, a Pitú realiza ações promocionais com estandes temáticos e ativações que proporcionam experiências imersivas ao público em diversos supermercados.
“A Pitú entende que o São João é uma das maiores manifestações culturais do Brasil. Por isso, investimos em ações que valorizam essa tradição, aproximando a marca dos consumidores de forma autêntica e relevante”, destaca Maria Eduarda Ferrer, gerente de marketing da Pitú.
de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) para o varejo.
Para 2025, tanto a Granfino quanto a Pitú reafirmam seu compromisso com a valorização da cultura brasileira e o papel de alimentar histórias que atravessam gerações. As campanhas juninas, cuidadosamente planejadas, têm como objetivo não apenas impactar o consumidor no momento da compra, mas fazer parte da memória afetiva das famílias.
“Ser Granfino é estar presente em momentos que marcam. Nossa missão é alimentar o Brasil com qualidade, respeito às tradições e inovação constante na forma de se comunicar com o público”, conclui Felipe Lantimant.
Com forte atuação no Sudeste e presença crescente em outras regiões, a Granfino segue investindo em um posicionamento que combina qualidade de produto, valor cultural e proximidade com o consumidor — ingredientes que prometem fazer da temporada junina de 2025 um verdadeiro marco para a empresa.
da
COM EXPECTATIVA DE CRESCIMENTO DE 40%
A rede de supermercados Reunidos já está em clima junino. Com uma programação especial e diversas ações voltadas ao consumidor, a rede se prepara para um crescimento de 40% nas vendas durante o período.
“Nós vamos ter várias barracas, um verdadeiro festival junino dentro das nossas lojas”, antecipa Patrick, gestor comercial do grupo Redeconomia Reunidos.
Entre os campeões de vendas, a canjica e a ervilha se destacam, afirma o gestor da rede. Mas o milho de pipoca também promete fazer sucesso. “A venda de milho de pipoca cresce muito nesse período. Estamos superpreparados para isso”, completa Patrick.
A rede ainda promete kits promocionais com produtos típicos da época, como cestas com milho, pipoca e outros itens sazonais. Além disso, os clientes poderão participar de sorteios, degustações nas lojas e ações especiais nas redes sociais.
“Pensamos sempre nos nossos clientes. Quem já conhece o Reunidos sabe que pode contar com ações exclusivas, brindes e promoções em nossas mídias sociais. É tudo para o cliente economizar mais e aproveitar ao máximo esse período festivo”, conclui Patrick.
Desejamos que supermercadistas e indústria se unam cada vez mais na realização de ações estratégicas em prol de um setor em constante desenvolvimento e crescimento e, claro, uma experiência sempre surpreendente ao consumidor final. Que seja um período junino de muitas oportunidades de vendas!
PATRICK Gestor Comercial do Grupo Redeconomia Reunidos
Osetor de alimentos preparados segue em expansão no Brasil, impulsionado por mudanças no comportamento de consumo e pela demanda por soluções alimentares práticas, seguras e com apelo sensorial. Nesse contexto, a Seara consolidou o projeto da linha de refeições prontas individuais como um exemplo de integração entre engenharia de processos, pesquisa em alimentos e adaptação às tendências emergentes de saudabilidade e conveniência, com as Panelinhas Seara.
O sucesso do produto está alinhado com a tendência de aumento no consumo de refeições prontas individuais no Brasil. Segundo dados da Nielsen, o mercado de pratos prontos deve crescer 11%
em volume em 2024 em relação a 2020, com destaque para embalagens individuais (até 350g), que avançam 18%. Esse crescimento é impulsionado, em parte, pelo aumento de lares unipessoais, que representavam 18,9% do total de domicílios no ano passado.
Desenvolvidas em uma planta de alta capacidade no interior de São Paulo, as Panelinhas passaram por um ciclo completo de desenvolvimento industrial, contemplando desde a formulação nutricional até a definição de parâmetros térmicos ideais para regeneração no ponto de consumo. O modelo de produção adotado alia controle de qualidade rigoroso, rastreabilidade de insumos e automação de etapas críticas como cocção, envase e resfriamento.
“Desde o início, nosso foco nas Panelinhas foi aplicar inteligência de mercado ao desenvolvimento de um produto que fosse reconhecível e acolhedor para o consumidor, sem abrir mão da qualidade técnica e da segurança alimentar”, afirma Michele Srour, diretora de Marketing de Refeições da Seara. “Cada item foi pensado com base em dados concretos: realizamos testes sensoriais, analisamos comportamento alimentar por região e traduzimos isso em fórmulas viáveis para a produção em larga escala.”
O projeto incorpora diretrizes clean label, com o uso exclusivo de ingredientes naturais, sem adição de conservantes artificiais. Temperos como alho, cebola, salsa, cebolinha, orégano e alho-poró, amplamente utilizados na culinária brasileira, foram mantidos para garantir familiaridade e autenticidade sensorial. Segundo Michele, “a busca por ingredientes reconhecíveis e naturais foi uma prioridade técnica. Queríamos que as refeições remetessem à comida feita em casa, mas com toda a consistência e controle que a indústria pode oferecer.”
Outro diferencial técnico é o uso de embalagens em plástico livre de BPA, resistentes a aquecimento por micro-ondas e com funcionalidade logística. Além de permitir o consumo direto, o design da embalagem foi otimizado para armazenamento, categorização por cor e redução de etapas intermediárias no uso doméstico. “A embalagem foi tratada como uma extensão do alimento. Pensamos nela como parte ativa da experiência de consumo e também como um componente funcional dentro da cadeia produtiva”, explica Michele.
A implementação do projeto exigiu colaboração entre áreas técnicas como Pesquisa & Desenvolvimento, Engenharia de Alimentos, Controle de Qualidade, Logística e Suprimentos. Foram realizados ensaios para definição de tempo de preparo, preservação de textura e controle de umidade, garantindo estabilidade sensorial e microbiológica ao longo da cadeia de frio.
“O diferencial está menos na ideia e mais na execução. O que temos hoje é um sistema produtivo maduro, com capacidade de responder com agilidade a novas demandas do mercado, sem improviso e com padronização em cada etapa”, destaca a executiva.
A iniciativa representa um avanço no modelo de produção de alimentos prontos no país, equilibrando eficiência operacional, apelo sensorial e responsabilidade com o consumidor. Ao conjugar engenharia de alimentos, inovação de embalagem e leitura precisa de tendências, o projeto sinaliza um novo estágio na evolução da indústria de refeições preparadas no Brasil.
No Super Papo de maio, conversamos com o vice-presidente da Seara Alimentos, Giorgio Cafasso, conhecido como Greg. Com poucos meses na companhia, ele concedeu entrevista exclusiva durante a inauguração da unidade do DOM Atacadista, no bairro Colubandê, em São Gonçalo (RJ), onde foi instalado o 1º Empório de Frios Seara em um supermercado. Animado com a novidade, Greg compartilhou os planos de expansão, destacou a importância do mercado fluminense e reforçou o compromisso da empresa com o varejo supermercadista.
Por que a escolha da nova filial do DOM Atacadista para a instalação do 1º Empório de Frios Seara?
A nossa parceria com o DOM vem de longa data, desde a primeira loja, quando eu ainda estava em outra indústria. Agora, chegando à Seara, estreitamos esse relacionamento e desenvolvemos o projeto do Empório. Não posso divulgar o valor do investimento, mas foi um orçamento compatível com o porte da loja. O estado do Rio de Janeiro é muito estratégico para a gente.
Você mencionou a importância do varejo supermercadista fluminense. Qual a estratégia da empresa para essa praça?
Uma das ações foi firmar parcerias com a ASSERJ. Abraçamos e reconhecemos a atuação da instituição e, por isso, fechamos projetos de médio e longo prazo. Acreditamos que é preciso consistência. A Seara está vindo com força para o Rio. É uma praça-foco para nós no Brasil, e queremos fazer bonito. Começamos pelo DOM e vamos avançar pelas demais redes da Associação.
O que o cliente pode esperar no Empório de Frios Seara? Qual é o diferencial?
Muita qualidade, inovação e variedade. Nosso slogan é: “A qualidade vai te surpreender”. Temos uma gama enorme de produtos que atendem desde o consumo diário até ocasiões especiais. Mas o grande diferencial é o atendimento. O time é 100% Seara, treinado pela empresa para prestar um serviço personalizado e de excelência ao cliente.
Quais são os alimentos que têm maior saída?
No Empório, naturalmente saem mais os produtos do dia a dia, como mortadela, presunto e peito de peru. Mas também estamos apostando fortemente na linha premium, a Seara Gourmet, que tem apresentado crescimento consistente mês a mês.
Como vocês definem os produtos comercializados por canal?
Temos uma área de gerenciamento de categoria dedicada a essa missão. Ela fica dentro da Gerência de Trade Marketing e analisa 100% do mix por canal. É um processo que envolve estudo de mercado, comportamento do consumidor, análise da concorrência e performance interna.
Uma das ações foi firmar parcerias com a ASSERJ. Abraçamos e reconhecemos a atuação da instituição.”
Como funciona a negociação com o varejo?
Negociamos com a rede de forma integrada, por meio do JBP — o Joint Business Plan. É um plano conjunto entre indústria e varejo que define, com antecedência, as ações do ano: campanhas de trade, lançamentos, ativações, mídia, entre outros projetos. O JBP permite um alinhamento de longo prazo e oferece segurança para ambos os lados investirem com consistência. Firmar esse compromisso significa trabalhar juntos para gerar sell-out, entregar valor ao varejista e, principalmente, atender bem ao consumidor. Na Seara, ele está sempre no centro das nossas decisões.
Quantos profissionais atuam na área comercial da Seara?
Somente no estado do Rio, temos aproximadamente 800 colaboradores. Estamos passando por uma reestruturação para atender o varejo supermercadista com mais proximidade, planejamento e eficiência.
Como você enxerga o futuro da Seara no Rio?
Com muito otimismo. O Empório é só o começo. Temos planos robustos de expansão, baseados em inovação, parcerias sólidas e foco no consumidor. O Rio é um mercado desafiador, mas extremamente promissor. Estamos prontos para crescer junto com o varejo local e surpreender o cliente em cada ponto de venda.
Nos corredores dos supermercados, cada etiqueta de preço representa muito mais do que um simples número. Em um cenário de margens apertadas, consumidores exigentes e alta competitividade, a gestão estratégica de preços — ou pricing — se torna um diferencial competitivo. Grandes redes investem em áreas específicas, com analistas e sistemas automatizados que cruzam dados de comportamento de compra, estoque, concorrência e indicadores econômicos como você vai saber nas próximas páginas.
Mais do que uma equação entre custo e margem, o pricing eficiente busca equilibrar rentabilidade, competitividade e fidelização. O desafio ganhou complexidade nos últimos anos, exigindo que o varejo deixasse de lado o instinto e passasse a agir com dados, tecnologia e muito planejamento.
Mas o tema não é exclusivo das gigantes: mesmo supermercados de menor porte podem se beneficiar da gestão de preços com organização, conhecimento do mercado e aplicação de métodos simples e eficazes.
De acordo com a NielsenIQ, 87% dos consumidores no mundo já mudaram seus hábitos para conter gastos, e no Brasil, 88% apontam o preço como fator decisivo na hora da compra. Trocas de marca, busca por promoções e migração para varejistas com melhor relação custo-benefício se tornaram estratégias recorrentes. Nesse contexto, as marcas próprias cresceram 14,2% em valor na América Latina, impulsionadas por um consumidor mais pragmático, que quer economizar sem abrir mão da percepção de valor.
O especialista em varejo supermercadista Dimas Dantas explica que, com o avanço da inflação a partir de 2021, os supermercados viram os custos subirem entre 30% e 40% em diversas categorias. Esses aumentos, no entanto, não foram acompanhados por uma redução posterior — o que, segundo ele, consolidou uma nova percepção de “preço alto” no imaginário do consumidor.
Dantas afirma que, hoje, o cliente está mais atento e criterioso: ele pesquisa, compara, usa aplicativos e muitas vezes, conhece os preços melhor do que os próprios varejistas.
“Assim, o simples aumento de preço para compensar custos não cola mais. O consumidor evoluiu, e o varejo teve que correr atrás. Vender mais deixou de ser suficiente. É preciso vender com estratégia — e margem.”
DIMAS DANTAS Especialista em varejo supermercadista
da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) para o varejo.
A diretora de Planejamento Comercial do Grupo Carrefour, Andrea Pinto, ratifica acrescentando que “o modelo que trata o preço apenas como uma soma de custos e impostos, tentando competir em toda a cesta de produtos não se sustenta em um setor onde a margem EBITDA gira em torno de 5%”. Andrea ensina que a chave está em entender o papel estratégico de cada categoria.
“Categorias destino e de rotina, por exemplo, devem concentrar os esforços promocionais e de preço competitivo. Já categorias de conveniência e indulgência podem ter margens mais elevadas. Promoções personalizadas quando bem suportadas por dados de comportamento de compra, também são uma alavanca relevante. Elas permitem oferecer preços mais agressivos em itens com alta probabilidade de venda incremental*, otimizando o investimento promocional e reduzindo a dependência de ações massivas que diluem margem.”
Para as grandes redes, a gestão de pricing vai muito além de planilhas. Trata-se de uma área estruturada, integrada a setores como comercial, marketing e inteligência de mercado. Com apoio de ferramentas de BI, algoritmos e monitoramento de mercado em tempo real, essas empresas conseguem ajustar os preços de forma dinâmica, equilibrando margem de lucro e volume de vendas.
A executiva lembra que uma loja de supermercado opera, em média, com cerca de 15 mil SKUs. Em hipermercados, o sortimento pode atingir até 40 mil SKUs dependendo do foco em categorias de não alimentar.
“Imagina precificar de forma dinâmica esse portfólio, levando em conta elasticidade, canibalização e complementaridade entre itens? Seria uma tarefa praticamente inviável sem o suporte de tecnologia avançada”.
Andrea pontua que “a inteligência artificial tem justamente o papel de automatizar e otimizar esse processo, aprendendo com os resultados históricos, ajustando-se a lançamentos da indústria e reagindo à entrada de novos concorrentes. Além disso, permite simular cenários e tomar decisões mais ágeis e fundamentadas — um diferencial competitivo importante em um setor tão sensível ao preço”.
Estudos da consultoria Coresight Research mostram que varejistas que usam precificação baseada em IA podem aumentar a receita em até 10% e as margens em até 5%. Trata-se de um diferencial competitivo poderoso em um mercado onde centavos fazem diferença.
(*) Venda incremental, também conhecida como upsell, é uma estratégia comercial que visa aumentar o valor da compra, oferecendo ao cliente uma versão superior ou produtos complementares ao produto inicial que ele escolheu.
Dimas Dantas reforça que “o segredo está na análise contínua de dados e no entendimento do comportamento do consumidor em tempo real”. Segundo ele, a automação permite decisões rápidas, sem abrir mão da estratégia.
A digitalização do varejo abre caminho para uma nova era na precificação: dashboards em tempo real, IA preditiva, integração entre canais físico e digital e modelos de precificação dinâmica já estão no radar de redes que buscam se manter competitivas.
A tendência é que o modelo “um preço para todos” dê lugar à precificação por perfil de cliente e canal de venda. O preço passará a dialogar com a jornada de compra individual, reforçando a percepção de valor e ampliando as possibilidades de fidelização.
Andrea reforça que “para o varejista, uma estratégia de pricing bem calibrada ajuda a reduzir o capital imobilizado em estoque, ao encontrar o ponto ótimo de preço para cada item. Isso aumenta o giro, reduz quebras e libera caixa para o OTB (Open to Buy – é um plano de compras que tem por objetivo gerir os estoques de uma empresa, garantindo que ela tenha o volume ideal de produtos, sem que haja excesso ou falta) de nossas equipes de compras — especialmente quando o custo de capital está elevado”.
No Brasil, o comportamento do consumidor tem refletido adaptações táticas. “Com a renda mais restrita, há maior adesão a embalagens econômicas, marcas acessíveis e produtos de marca própria. A escolha por marcas premium, por outro lado, persiste em categorias de valor simbólico ou social, como chocolates finos ou bebidas alcoólicas, numa lógica que remete à Teoria da Identidade Social”, ressalta.
Andrea explica que o Carrefour passou a investir em promoções personalizadas e em ajustes finos de sortimento conforme o perfil do bairro. A proximidade com o consumidor permite calibrar melhor os preços e aumentar a percepção de valor sem comprometer a margem.
O modelo de atacarejo é um dos grandes exemplos de adaptação à nova lógica de precificação. Ele incorporou perecíveis, padaria e hortifruti, sem perder a imagem de bom negócio. Essa fórmula ampliou o público e inspirou até os pequenos varejistas a reverem suas práticas.
Boas práticas incluem o uso inteligente de promoções segmentadas, programas de fidelidade e ajustes de sortimento conforme o perfil do bairro ou região. Evitar rupturas, calibrar o mix e oferecer personalização se tornaram pontos chave para o aumento do ticket médio com rentabilidade.
“Hoje, temos uma área de pricing formada por três colaboradores que fazem a gestão de preços de todas as categorias do Terê Frutas. A gente trabalha com base na média de margem definida pelo grupo, e isso tem nos garantido mais eficiência e padronização, evitando variações de preço entre as lojas do próprio grupo”, explica Marcos Schwenck, gerente de Trade Marketing da rede.
Segundo ele, essa organização gerou ganhos importantes de assertividade e até mesmo de rentabilidade. “Hoje conseguimos um ganho de quase 2% em performance graças à gestão mais eficiente de preços”, afirma.
Apesar de a área de pricing olhar para toda a rede, o Terê Frutas leva em consideração as particularidades regionais. A precificação é balizada conforme a concorrência local e ajustada para refletir as diferenças entre regiões e perfis de consumo.
MARCOS SCHWENCK
Gerente de Trade Marketing do Terê Frutas
“A pesquisa de preços é feita regionalmente. Alguns produtos têm um comportamento mais uniforme e podem seguir uma régua de preço para toda a rede, mas muitos outros exigem adaptação à realidade local. A gente ajusta a régua conforme o perfil de cada praça”, comenta.
Para Schwenck, um dos principais riscos na precificação está em categorias de margem apertada, como a de bebidas. “A categoria líquida, que inclui todas as bebidas, só perde para hortifruti em impacto nas vendas. A margem é muito sensível. Um erro de 2% ou 3% pode tirar o produto da faixa competitiva e derrubar o desempenho do supermercado como um todo”, alerta.
Ele reforça a importância do alinhamento com a indústria para garantir boas condições comerciais sem comprometer a sustentabilidade financeira da operação.
A relação com a indústria é constante. Eles querem nos vender pelo melhor preço, e nós também buscamos o melhor custo para garantir a saúde da operação. Muitas vezes, a régua de preço sugerida por eles não se aplica à nossa realidade local.”
Para driblar esse desafio, o Terê Frutas mantém uma dinâmica colaborativa com os fornecedores. “A gente recebe o direcionamento da indústria, faz uma análise interna e define o que é aplicável ou não. Às vezes conseguimos aplicar a régua em 20 dos 100 SKUs de uma marca como a Ambev, por exemplo. Os outros 80 a gente aproxima, mas sempre garantindo que seja viável financeiramente”, explica.
Segundo ele, o ponto chave é adaptar as sugestões da indústria à realidade das lojas, respeitando a dinâmica de consumo de cada região. “Nem sempre o que funciona no Rio funciona em Petrópolis, ou até mesmo em São Pedro. É preciso sensibilidade e inteligência de mercado para ajustar e manter o negócio saudável”, comenta.
Para otimizar o sistema de precificação, a rede investiu no uso pioneiro de etiquetas eletrônicas, uma inovação que coloca o Terê Frutas Itaipava entre as poucas lojas do estado do Rio a implementar essa tecnologia.
“Com a tecnologia, a gente reduz erros de preço, retrabalho e facilita promoções. Com um clique no sistema, a loja inteira é atualizada. Além disso, consigo tirar relatório ali mesmo na gôndola: ver estoque, vendas e fazer ajustes estratégicos na hora”, explica Schwenck.
da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) para o varejo.
ANA THAISE
Líder de Estabelecimento de Mercado da Unilever
Com passagens tanto pela indústria quanto pelo varejo, Ana Thaise Santos, atual líder de Estabelecimento de Mercado da Unilever, tem uma visão privilegiada sobre o tema precificação. Após vivenciar os dois lados do balcão, a executiva compartilha como essa experiência ampliou sua compreensão e reforçou a importância da estratégia sobre o simples número estampado na gôndola.
“Hoje dou mais valor à estratégia do que ao número em si”, afirma. Para ela, o contato direto com o varejo evidenciou como a execução eficiente passa muito mais pelo entendimento do valor e do posicionamento das marcas do que pela simples definição de preços. “Quando estamos do lado da indústria, liderando uma agenda de precificação, muitas vezes o preciosismo toma conta do processo, ganhando o número mais valor do que a estratégia. Isso é questionável, porque existe um longo caminho entre a teoria e a prática”, pontua.
Ela defende que o sucesso da execução no ponto de venda depende de uma narrativa construída em conjunto, com o envolvimento do varejo desde o início da definição da estratégia.
“A forma mais inteligente de se cascatear uma estratégia é através do varejo. É ele que lida diretamente com o shopper e sabe o que funciona ou não na prática”, afirma. Sobre a influência da indústria na definição do preço final ao consumidor, Ana Thaise esclarece que essa responsabilidade cabe ao varejo, dentro dos limites da concorrência livre. No entanto, o papel da indústria é crucial ao construir uma estratégia sólida e compartilhá-la com seus parceiros.
A indústria tem a responsabilidade de definir o posicionamento de um produto e suas alavancas de venda. A discussão sobre preço ao consumidor é consequência disso, especialmente no setor de FMCG (bens de consumo de rápida movimentação), onde a precificação é baseada principalmente no mercado e na disposição de pagar do consumidor”
Essa influência se fortalece à medida que a indústria consegue cascatear a estratégia para seus clientes de forma clara, conectando o preço ao valor da marca e à percepção de mercado.
A decisão de preço é do varejo, mas a indústria precisa compartilhar conhecimento. Isso torna a decisão do varejo mais assertiva sob o ponto de vista de mercado.”
Para Ana Thaise, a indústria tem muito a contribuir para uma estratégia de pricing mais eficiente no varejo. A chave está no compartilhamento de dados e aprendizados. “A indústria pode apoiar por meio do compartilhamento de informações de mercado, como comportamento do consumidor, elasticidade promocional e tendências. Parcerias bem construídas entre indústria e varejo podem se tornar verdadeiros laboratórios de ‘test and learn’, onde todos saem ganhando.”
Ela reforça que a indústria detém o conhecimento, mas o varejo é quem tem o contato direto com o shopper. A união dessas duas pontas permite decisões mais estratégicas e alinhadas à realidade da loja. “O cliente é melhor compreendido e, consequentemente, melhor atendido.”
Supermercados de pequeno e médio porte que ainda não contam com uma área dedicada podem — e devem — adotar práticas simples, porém eficazes, para melhorar sua rentabilidade por meio da gestão de preços.
Veja como começar:
» CONHEÇA O MERCADO LOCAL:
• Entenda quem é o seu público, o que ele valoriza e como consome.
• Mapeie os concorrentes da região e observe seu posicionamento.
• Identifique os produtos que mais influenciam a percepção de preço (ex: arroz, feijão, leite, óleo).
» MONITORE A CONCORRÊNCIA:
• Visite outros supermercados com frequência.
• Acompanhe tabloides, sites e redes sociais de concorrentes.
• Mantenha uma rotina de comparação de preços.
de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) para o varejo.
da
» DEFINA UMA ESTRATÉGIA CLARA:
• Divida os produtos por categorias:
- Básicos (alta sensibilidade de preço)
- Valor agregado (produtos diferenciados)
- Indulgência (conveniência ou desejo)
• Aplique margens diferenciadas para cada grupo:
- Itens de alta rotatividade margens mais baixas
- Produtos menos comparados margens mais elevadas
» APLIQUE MÉTODOS DE PRECIFICAÇÃO COM ESTRATÉGIA:
• Mark-up fixo: percentual padronizado sobre o custo.
• Base na concorrência: precificação com foco no preço praticado no mercado.
• Base no lucro desejado: definição do preço com base na margem de lucro ideal.
» CONSIDERE A PERCEPÇÃO DE VALOR DO CLIENTE:
• Preço não é tudo — embalagem, marca, ambiente da loja e atendimento impactam a percepção.
• Itens com valor simbólico ou conveniência podem custar mais.
» USE FERRAMENTAS ACESSÍVEIS:
• Planilhas, dashboards simples e aplicativos gratuitos podem ajudar a organizar os preços.
• Treine a equipe para acompanhar variações e oportunidades.
» REVISE E AJUSTE COM FREQUÊNCIA:
• A gestão de preços é dinâmica. Avalie semanal ou quinzenalmente os principais produtos.
• Observe o giro, o estoque e a margem. Ajuste sempre que necessário.
» BUSQUE APOIO DA INDÚSTRIA:
• Negocie boas condições e troque informações sobre comportamento do consumidor.
• Adapte as tabelas sugeridas pela indústria à realidade local.
Lembre-se, é fundamental considerar a percepção de valor do cliente. Um mesmo produto pode ser vendido por preços diferentes, dependendo da embalagem, da marca, do ambiente da loja e do atendimento.
Em resumo, a boa gestão de pricing não depende apenas de estrutura. Com atenção, método e conhecimento, qualquer supermercado pode melhorar sua precificação — e, com isso, sua lucratividade.
Em franca expansão, o setor de supermercados segue aquecido com muitas inaugurações e reformas de lojas.
Veja as realizações dos nossos associados e se atualize.
Duas tradicionais lojas da rede de supermercados Prezunic – Icaraí, na Zona Sul de Niterói, e Pechincha, Zona Oeste do Rio – foram reinauguradas em abril, após passarem por melhorias que visam aprimorar a experiência dos clientes.
Com uma comunicação visual mais moderna e mudanças no layout interno, o hortifruti passou a ocupar uma área mais próxima à entrada das unidades, transmitindo frescor e permitindo uma melhor visualização dos demais setores.
Fortalecendo o propósito de servir de forma extraordinária a cada momento, o açougue ganhou atendimento e serviços especializados para oferecer ao cliente as melhores recomendações, com uma variedade de cortes e carnes de qualidade. As duas unidades também ganharam equipamentos de self-checkout e ampliação das áreas destinadas a plantas e flores.
As seções de vinhos e destilados, que sempre se destacam nas lojas Prezunic, também foram valorizadas: em Icaraí, a área de exposição foi repaginada, enquanto os clientes do Pechincha ganharam uma adega completa e uma nova ambientação da Padaria.
As novidades fazem parte de uma série de modernizações que a rede tem implementado em suas unidades, incluindo novos serviços, renovação de equipamentos e reorganização das áreas de vendas, em sintonia com as tendências do setor.
A Redeconomia também investe em amplas reformas e reinaugurou a unidade de São Gonçalo, localizada em Vista Alegre, na Estrada Almirante Pena Boto, 28. A loja possui 300 m² e conta com espaço climatizado, setores amplos e bem organizados — como padaria, hortifruti, açougue, mercearia, adega e higiene. São nove checkouts e 50 vagas de estacionamento para maior comodidade dos clientes.
Camilla Lemos, vice-presidente do grupo Reunidos Redeconomia, reforçou o crescimento da parceria com a rede e disse que a diretoria avaliou o bom momento de expansão. “Nossa diretoria optou por fortalecer ainda mais nossa marca principal. Em breve, todas as unidades adotarão a bandeira Redeconomia, totalizando 21 filiais”, afirma.
da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) para o varejo.
A executiva revela ainda que o foco da operação na unidade São Gonçalo está no atendimento de proximidade. “Atendemos diariamente cerca de 40 mil famílias e contamos com um mix de mais de 8 mil produtos. Com essa filial renovada, nossa expectativa é crescer mais de 20% na região”, complementa.
Mais do que ampliar a oferta de produtos e serviços, a loja também impulsiona a economia da região. Com a inauguração, foram gerados cerca de 77 empregos diretos e 23 indiretos, em áreas como logística, transporte e serviços terceirizados. A unidade é a 20ª filial do grupo e deve impulsionar ainda mais o número de atendimentos diários.
A rede Terê Frutas expande a presença na Serra com a inauguração da unidade de Itaipava, distrito de Petrópolis (RJ), num projeto de mais de R$ 20 milhões que une inovação, qualidade e comodidade. Localizada na Estrada União Indústria 11.363, a filial de alto padrão possui 850 m² de área de venda com 5 mil SKUs, 23 checkouts, incluindo uma bateria de caixas rápidos, mais de 100 vagas de estacionamento e muitas inovações. A espaçosa e bem suprida adega conta com ilha refrigerada de queijos e embutidos finos, numa boa sacada de cross selling, e tem lugar para apresentações de música.
O amplo espaço Terê Kids conta com brinquedos e recreadoras durante todo o horário de funcionamento da loja para quem quiser deixar os pequenos se divertindo. O supermercado gera quase 200 empregos diretos e a maioria dos trabalhadores é da região, movimentando a economia local.
Uma das inovações é o Bar de Bebidas Geladas, batizado de Terê Beer. O gerente de Trade Marketing Marcos Schwenck apresenta o espaço: “Temos cerca de 400 SKUs de bebidas geladas, a maioria cerveja, porque é o que mais vende. Esse espaço é pensado para o consumo imediato, e desde que começamos a implementar nas lojas, as vendas da categoria aumentaram até 30%”, afirma Schwenck.
Outro grande destaque da nova unidade é o uso pioneiro de etiquetas eletrônicas, uma inovação que coloca o Terê Frutas Itaipava entre as poucas lojas do estado do Rio a utilizar essa tecnologia.
“Essa é a primeira loja da região serrana com etiqueta eletrônica. A gente reduz erros de preço, retrabalho e facilita promoções. Com um clique no sistema, a loja inteira é atualizada. Além disso, consigo tirar relatório ali mesmo na gôndola: ver estoque, vendas e fazer ajustes estratégicos na hora”, conclui.
A Rede Unidos Supermercados celebrou seus 22 anos com um almoço para parceiros da indústria e do setor, apresentando sua nova campanha de aniversário “O tubarão vai te pegar”, com lançamento marcado para 28 de maio. A ação inclui sorteios de cozinhas completas, um carro elétrico e ativações nas redes sociais, com expectativa de crescimento de 35% nas vendas.
Composta por 41 lojas e 16 associados, a rede investirá em um plano de mídia robusto para ampliar sua presença no estado. Durante o evento, o presidente da ASSERJ, Fábio Queiróz, destacou a importância da união entre varejo e indústria frente aos desafios tributários e econômicos.
O presidente da ASSERJ, Fábio Queiróz, participou da mesa redonda “O padrão da equipe” durante a Convenção do Supermercados Padrão do Fonseca, realizada no Clube Naval Charitas, em Niterói. O evento reuniu 80 lideranças pela manhã e mais de 300 participantes no período da tarde.
Ao lado de Paulo Bonifácio, sócio-diretor do Supermercados Padrão do Fonseca, Erasmo Gonçalves, sócio-diretor do DOM Atacadista, Paulo Drago, CEO do Hortifruti, e Flávio Pires, gerente regional da Nestlé, Fábio ressaltou o impacto socioeconômico do setor supermercadista, que gera cerca de 300 mil empregos diretos no estado, beneficiando quase um terço da população fluminense.
A convenção também reforçou a importância da liderança eficaz, da gestão estratégica e da inovação para garantir a competitividade do varejo diante das novas demandas do mercado e do consumidor.
massas e condimentos aquecem as vendas!
Com a queda nas temperaturas e o fim do fenômeno El Niño, a previsão para o inverno é de dias mais frios — e isso representa uma grande oportunidade para o varejo. Itens reconfortantes e de preparo rápido, como as massas, ganham protagonismo nas refeições do consumidor e impulsionam a performance dos supermercados.
Neste caderno especial, você conhecerá estratégias para aquecer as vendas com um mix completo de massas e condimentos, explorando inovação, saudabilidade e ativações no ponto de venda.
O crescimento das vendas de massas nessa estação é uma tendência histórica, aumentando o consumo de massas cortadas, além do ticket médio da categoria. Com o fim do fenômeno El Niña, a expectativa é de que o inverno 2025 terá dias mais frios comparado ao ano passado, reforçando, portanto, as expectativas de vendas.
Com penetração em mais de 98,8% dos lares brasileiros, segundo a ABIMAPI, (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados), a categoria de massas mantém um desempenho sólido no varejo, respondendo com crescimento constante. Sem falar que esse segmento impulsiona outros como condimentos, molhos, queijos, e até mesmo vinhos, permitindo exposições com técnicas de cross selling aumentando as vendas e o ticket médio.
“Massas são opções extremamente versáteis, acessíveis e fazem parte da cultura alimentar do brasileiro. Mesmo em momentos econômicos instáveis, continuam performando bem nas gôndolas”, afirma Marcelo Guimarães, diretor comercial da Selmi, detentora das marcas Renata, Galo e Todeschini
MARCELO GUIMARÃES Diretor comercial da Selmi
A chegada das temperaturas mais amenas amplia o consumo de pratos quentes e de fácil preparo, como sopas, massas e caldos. É quando cortes como Padre Nosso, Ave Maria, Alfabeto e Argola ganham mais destaque.
Com o clima mais frio, há um aumento natural da procura por massas de sopa. Esse tipo de produto passa a ter um papel ainda mais presente nas refeições em família, o que reforça a necessidade de o varejo estar preparado com sortimento adequado e boa exposição”.
Além disso, ele ressalta que a Selmi tem apresentado crescimento consistente de dois dígitos nos últimos anos, mesmo com os desafios do mercado. “Seguimos investindo para continuar crescendo de forma sustentável, ampliando nosso portfólio e oferecendo soluções alinhadas com as expectativas do consumidor moderno”, diz.
A Selmi é conhecida por possuir um dos portfólios mais completos do mercado, com diferentes tipos de cortes, massas instantâneas, recheadas e integrais — além de biscoitos e misturas para bolos. Nos últimos meses, a empresa lançou novidades como o Padre Nosso com Ovos e a Lasanha Sêmola da marca Todeschini. E novas apostas já estão a caminho.
“Estamos prestes a lançar o Todeschini Parafuso Sêmola 1kg, que atende tanto ao consumidor que busca economia quanto ao varejo, que ganha em rentabilidade com tamanhos maiores. Também vemos uma crescente valorização das linhas integrais e produtos com apelo de saudabilidade”, completa Marcelo.
CLAUDIA MARIA SCOFANO
Diretora Comercial e de Logística da Cadore
No ponto de venda, ações de experimentação e apoio à exposição têm sido diferenciais relevantes para aumentar a conversão e fidelizar o shopper. A Cadore Alimentos, por exemplo, é reconhecida por suas ativações que combinam produto e experiência.
“Somos muito elogiados pelos nossos clientes pelo tipo de apoio que damos ao PDV no pós-venda. Promovemos festivais de massas e vinhos, degustações nos fins de semana e ações em parceria com empresas de queijo e bebidas. Em inaugurações, montamos mesas de buffet de massas para encantar o público”, conta Claudia Maria Scofano, diretora Comercial e de Logística.
A Cadore também investe forte em monitoramento em tempo real do ponto de venda. “Temos uma equipe ampla de repositores, controlados via sistema com rastreamento online. Isso nos permite ter visibilidade dos nossos espaços nas gôndolas e acompanhar os preços da concorrência”, explica Claudia.
A Selmi atua com uma estratégia ampla de suporte ao PDV, que vai da reposição à ativação.
Trabalhamos com materiais de exposição adequados, equipe de merchandising treinada e incentivos à equipe de vendas. Acreditamos que o sucesso de uma marca na gôndola passa por uma operação bem coordenada com o varejista, desde o planograma até o giro do estoque.”
O segmento de massas ainda caminha para acompanhar, em escala, as transformações já consolidadas em categorias como pães e biscoitos — com foco em produtos sem glúten, integrais ou funcionais
“A massa ainda é um produto muito tradicional, mas já vemos um crescimento significativo nas prateleiras de produtos sem glúten. Acreditamos que é uma questão de tempo para esse movimento se expandir também no portfólio de massas. Nosso olhar está voltado para isso: acompanhar tendências externas, entender o comportamento do consumidor e oferecer produtos que unam sabor e nutrição”, reforça Claudia Scofano.
Para 2025, a expectativa da Cadore é crescer 10% em volume, impulsionada por lançamentos com maior valor agregado e pela entrada em novos canais de venda
Quem também apostou no setor foi o Grupo Trigo, que levou as massas do Spoleto para as gôndolas em 2024. Com porções práticas de 400g divididas em duas de 200g, a linha inclui raviólis recheados, gnocchi e molhos, nas versões refrigerada (validade de 40 dias) e congelada (8 meses).
“Decidimos levar a qualidade de nossas massas e molhos, reconhecidos nacionalmente, para os supermercados. Para isso, usamos nossa experiência no Spoleto e os mais de 2 milhões de clientes atendidos por mês como base para o desenvolvimento dos produtos”, afirma Bruno Dayrell, diretor de suprimentos e logística do Grupo Trigo.
A categoria de condimentos também vem se consolidando como uma das mais estratégicas dentro do varejo supermercadista. Além da alta rentabilidade, o apelo sensorial dos produtos — como sabor e aroma — fideliza o consumidor e movimenta o mercado durante o ano inteiro, com picos sazonais no outono-inverno.
Para Luciano Oliveira, diretor comercial da Bom Gosto, o setor é marcado por forte competitividade. “A categoria de condimentos é muito disputada nos metros lineares dos supermercados. É um produto que, supostamente, traz muita rentabilidade e posicionamento. Por isso, é muito visado pela indústria. Os players mais organizados e com melhor ponto de execução se destacam”, afirma.
No entanto, o excesso de marcas no mercado pode gerar dúvidas para os supermercadistas.
“Várias marcas emergem sem grande qualidade, o que dificulta a decisão do cliente supermercadista na hora de escolher o foco. Ainda assim, é uma categoria que tem garantido fidelidade e ótimos resultados ao longo dos anos, porque o consumidor final não abre mão de sabor e qualidade na sua cozinha”, completa.
Com a queda nas temperaturas, os condimentos ganham ainda mais espaço na cozinha do consumidor. Segundo o executivo, a expectativa da Bom Gosto é de aumento nas vendas nos meses de clima mais ameno, especialmente quando há estabilidade nos preços de proteínas e legumes.
“Os condimentos acompanham o consumo de carnes e hortifrútis, então se os preços
estiverem acessíveis, a tendência é que a categoria cresça. Acreditamos que esse período será muito positivo”, diz.
Entre os produtos com maior saída estão o tomilho, orégano, alho e manjericão que ficam perfeitos com as massas. “Esses itens sempre ganham destaque nessa época do ano”, comenta.
A Bom Gosto destaca-se por produzir 60% de seus temperos de forma própria, o que garante maior controle de qualidade e menor dependência de terceirização. Um dos exemplos é a importação de canela diretamente da Índia com meses de antecedência, assegurando excelência no produto final, mesmo em períodos de maior demanda, como o fim de ano.
Uma das novidades para 2025 é a repaginação das embalagens da linha de condimentos, agora com ziplok, o que aumenta a durabilidade do sabor e aroma. “Esse é um diferencial importante para o consumidor e para o ponto de venda, pois melhora a experiência e gera recompra”, afirma Luciano.
Com presença consolidada em mais de 80% das redes supermercadistas fluminenses, a Bom Gosto aposta em uma estratégia consistente de execução no PDV. A empresa mantém promotores que cuidam da exposição, abastecimento e acompanhamento do giro dos produtos nas lojas.
“Temos parceria com redes como Supermarket, Multimarket, Guanabara, Prezunic, Mundial, Rio Sul, entre muitas outras. Nosso foco é garantir que o consumidor não apenas seja atendido, mas que tenha uma experiência com a marca. Isso gera fidelização e fortalece o relacionamento com o varejo”, conclui.
Para o supermercadista, a chave está na curadoria do mix, exposição estratégica e ações promocionais que criem vínculos com o consumidor. Degustações, ilhas sazonais e ativações com produtos de alto giro podem impulsionar a categoria e diferenciar a experiência de compra.
“O cliente precisa ser surpreendido. Quando oferecemos um prato de massa feito na hora para provar, ativamos o paladar e criamos conexão. Isso gera resultado direto nas vendas. É provar e comprar”, finaliza Claudia Scofano.
Nesta editoria, nossa função é sempre apresentar soluções que o mercado de tecnologia promove e que garantam melhorias significativas para as operações e, consequentemente, resultados dos supermercados. E não dá pra deixar de falar em Inteligência Artificia (IA).
A IA está revolucionando diversos setores, incluindo o supermercadista, ao promover avanços significativos em áreas como gestão de estoque, precificação, experiência do cliente e redução de perdas, entre outros. Supermercados que apostam na tecnologia têm colhido resultados expressivos em eficiência operacional e competitividade.
Além de diferentes opções de IA aplicáveis nos supermercados, vamos destacar o projeto Meu Mundial, que utiliza a tecnologia e é um ótimo case para ilustrar como ela, a IA, chegou para ser uma grande aliada do setor.
O especialista em tecnologia e inovação Arthur Igreja, que esteve no palco da Convenção das Américas na última edição da SRE, ressalta a força transformadora da IA no varejo: “A inteligência artificial já é parte do nosso dia a dia e do ambiente de trabalho. Ela tem o poder de multiplicar a produtividade, permitindo que uma única pessoa faça o que antes era necessário uma equipe inteira para realizar, podendo direcionar os profissionais para outras funções mais estratégicas”. Para ele, o uso estratégico dessas ferramentas pode representar um divisor de águas para empresas que buscam se destacar em um mercado cada vez mais dinâmico.
Nos supermercados, a IA permite uma gestão de estoque mais precisa, com algoritmos que analisam o comportamento de compra e ajustam o reabastecimento de acordo com a demanda. Na experiência do cliente, a tecnologia viabiliza ofertas personalizadas, recomendando produtos com base nos hábitos de consumo, entre outras melhorias na jornada de compras. Além do que já mencionamos acima sobre o redirecionamento estratégico do time.
A precificação inteligente é uma das aplicações mais promissoras da IA. Estudos indicam que a tecnologia pode sugerir reduções de preços em até 15% dos produtos, contribuindo para valores mais justos e aumento da competitividade. Uma pesquisa da Neogrid, em parceria com o Opinion Box, revelou que
51,5% dos consumidores acreditam que a IA pode ajudar a criar preços mais justos nos supermercados.
Outro ponto importante é a segurança: sistemas com IA já conseguem monitorar movimentações suspeitas em tempo real, ajudando a prevenir furtos e reduzir perdas operacionais, especialmente em datas com alto fluxo de vendas, como a Páscoa e o Natal.
Diante desse cenário, especialistas afirmam que a inteligência artificial deixou de ser uma tendência para se tornar uma necessidade no setor supermercadista. Supermercados que integram tecnologia à sua operação se posicionam à frente em inovação, fidelização de clientes e crescimento sustentável.
Diversas empresas especializadas desenvolveram aplicativos e soluções baseados em IA que estão transformando a rotina dos supermercados. E apresentamos algumas dessas inovações para você avaliar se alguma se adequa ao seu negócio e necessidades:
A VR Software desenvolveu uma aplicação de IA integrada ao seu sistema de gestão (ERP) que permite aos gestores acessarem dados operacionais de forma simplificada. Por meio de perguntas feitas via WhatsApp ou assistentes virtuais como a Alexa, os gestores obtêm informações precisas sobre o desempenho da loja, facilitando a tomada de decisões estratégicas. Segundo Luciano Guerrero, CEO da VR Software, “Se o objetivo for acompanhar o andamento das vendas de um determinado item, basta uma simples pergunta para obter, de maneira instantânea, os principais dados solicitados”.
A InfoPrice é uma startup brasileira que desenvolveu uma plataforma de inteligência de negócios focada em precificação dinâmica para o varejo. Utilizando hardware próprio patenteado, a empresa coleta dados que permitem aos varejistas monitorar preços de concorrentes e ajustar suas estratégias de pricing de forma eficaz. “Essa solução possibilita a melhoria das margens e o aumento das vendas, oferecendo uma vantagem competitiva significativa no mercado”, explica Paulo Fernandes Garcia Neto, CEO da InfoPrice.
A GIC Brasil introduziu o RUB, um assistente virtual baseado em IA que automatiza diversas operações nos supermercados. O RUB é capaz de gerenciar tarefas como precificação, promoções e controle de produtos vencidos, agilizando processos e reduzindo erros operacionais. Essa ferramenta permite que os colaboradores foquem em atividades mais estratégicas, melhorando a eficiência geral da loja.
da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) para o varejo.
A Sênior Sistemas desenvolveu o Sara, um software que utiliza IA para facilitar a comunicação entre o sistema de gestão dos supermercados e seus gestores. Através do WhatsApp, o Sara responde a perguntas sobre vendas, estoque e contas a pagar, fornecendo informações rápidas e precisas. Essa solução melhora as tomadas de decisão e aumenta a agilidade na gestão operacional.
A empresa Ezoom desenvolveu um aplicativo incorporando inteligência artificial para gerenciar promoções e oferecer ofertas personalizadas aos clientes. Ao analisar o perfil de consumo dos usuários, o aplicativo sugere produtos e promoções alinhados às preferências individuais, enriquecendo a experiência de compra e incentivando a fidelização.
A parceria entre a Asus IoT e a Macnica DHW resultou em uma solução inteligente que utiliza IA para otimizar a gestão de estoque de produtos perecíveis em supermercados. Essa tecnologia proporciona uma visão contínua das necessidades de reposição, promovendo eficiência operacional e redução de desperdícios. Atualmente em fase de testes, a solução promete simplificar a tomada de decisões estratégicas e aprimorar a lucratividade dos estabelecimentos.
A rede Supermercados Mundial tem apostado no uso de inteligência artificial para aprimorar a experiência de compra dos clientes. Com o programa de fidelidade Meu Mundial, a rede utiliza tecnologia para mapear hábitos de consumo, identificar preferências e oferecer um atendimento cada vez mais personalizado. Segundo a rede, a IA tem sido fundamental nesse processo, permitindo detectar padrões de comportamento, perfis de compra e preferências individuais. Com base nessas informações, o sistema é capaz de sugerir ofertas alinhadas às necessidades de cada consumidor.
A personalização é o grande diferencial do programa. A análise de dados permite identificar mudanças no comportamento de compra e agir de forma estratégica para manter o relacionamento com o cliente. Por exemplo, se um consumidor costumava comprar sabão em pó todo dia 3 do mês e deixa de fazê-lo, o sistema aciona uma oferta específica para incentivá-lo a retornar à loja. O cliente, então, recebe mensagens e promoções personalizadas, sentindo-se valorizado e único. Esse cuidado tem resultado em maior engajamento e retorno à loja.
Além disso, os participantes do programa Meu Mundial têm acesso a benefícios como descontos de até 50% em produtos selecionados, com ofertas adaptadas ao perfil de consumo de cada um. A iniciativa reforça a digitalização da rede, ao combinar tecnologia e relacionamento para entregar mais valor ao consumidor.
ANDRÉ MICELI CEO da MIT Technology Review no Brasil e professor de MBA da Fundação Getulio Vargas (FGV)
De acordo com o CEO da MIT Technology Review no Brasil e professor de MBA da Fundação Getulio Vargas (FGV), André Miceli, implementação da IA traz benefícios para os supermercados, como:
» GESTÃO DE ESTOQUE INTELIGENTE:
A IA possibilita previsões precisas de demanda, otimizando o reabastecimento e reduzindo desperdícios, além de identificar padrões de sazonalidade e comportamento de compra.
» EXPERIÊNCIA PERSONALIZADA PARA O CLIENTE:
Por meio da análise de dados de compras e preferências, é possível oferecer aos clientes recomendações de produtos, promoções direcionadas e até sugestões em tempo real no e-commerce.
» AUTOMAÇÃO DE PROCESSOS:
Tarefas repetitivas, como controle de validade, precificação e auditorias, podem ser automatizadas, liberando os colaboradores para funções mais estratégicas.
» ANÁLISE DE DADOS EM TEMPO REAL:
A IA permite o monitoramento contínuo de desempenho de vendas, comportamento dos clientes e tendências de mercado, possibilitando decisões do dia a dia mais ágeis e embasadas.
» MARKETING MAIS EFICIENTE:
Campanhas promocionais podem ser ajustadas em tempo real com base no comportamento do consumidor, aumentando a taxa de conversão e reduzindo custos com publicidade.
» OTIMIZAÇÃO DA LOGÍSTICA:
Com o apoio da IA, é possível prever rotas de entrega mais eficientes, identificar gargalos e garantir uma cadeia de suprimentos mais fluida e econômica.
» ATENDIMENTO AO CLIENTE VIA CHATBOTS:
A IA pode ser utilizada em assistentes virtuais para responder dúvidas, indicar produtos e até auxiliar nas compras, melhorando a experiência do consumidor.
» SEGURANÇA E PREVENÇÃO DE PERDAS:
Algoritmos de IA ajudam a identificar padrões suspeitos e comportamentos atípicos, colaborando na prevenção de furtos, fraudes e outras perdas operacionais.
» SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE AMBIENTAL:
Com previsões mais precisas e controle de estoque eficiente, é possível reduzir desperdícios, especialmente de produtos perecíveis, contribuindo para uma operação mais sustentável.
Após todas essas oportunidades de melhorias apresentadas, certamente você não vai mais duvidar do potencial da IA para o seu negócio. Reúna suas lideranças, estude as necessidades prioritárias e ferramentas mais adequadas e parta para a execução! Seu negócio vai agradecer, seu time idem e, lá na ponta, os clientes sentirão um impacto positivo na jornada de compras!
Os supermercados lidam com um cenário desafiador marcado por inflação elevada, aumento dos custos operacionais, juros altos e crédito restrito. A alta acumulada nos preços dos alimentos tem reduzido o poder de compra da população, exigindo que as redes ajustem suas estratégias de precificação e mix de produtos. Ao mesmo tempo, despesas com energia, transporte e folha de pagamento pressionam ainda mais as margens de lucro, obrigando o setor a buscar maior eficiência na gestão. A taxa Selic em patamar elevado encarece o crédito, dificultando investimentos em expansão e inovação, enquanto o acesso cada vez mais limitado ao financiamento compromete tanto o caixa das empresas quanto o consumo das famílias. O momento exige cautela, planejamento e criatividade para manter a competitividade diante de um ambiente econômico restritivo.
Além da inflação nos produtos, os supermercados também lidam com um aumento expressivo nos custos operacionais. Despesas com energia elétrica, combustíveis, folha de pagamento e insumos em geral têm pressionado os resultados. Fornecedores, por sua vez, repassam parte desses aumentos, exigindo que os supermercados equilibrem o repasse de preços ao consumidor com a necessidade de manter a competitividade e a qualidade do serviço. Isso demanda maior eficiência na gestão e, muitas vezes, investimentos em automação e renegociação de contratos.
A alta da taxa Selic, que se mantém em patamares elevados em 2025, impacta diretamente o setor supermercadista. Com o custo do dinheiro mais caro, os investimentos em expansão, modernização de lojas e aquisição de tecnologias ficam mais difíceis de realizar. Além disso, o financiamento de capital de giro se torna menos viável, exigindo um planejamento financeiro mais rígido por parte dos gestores. O cenário de juros altos também afeta os fornecedores e parceiros logísticos, elevando os custos ao longo de toda a cadeia.
RECEITA REAL – SUPERMERCADOS – RIO DE JANEIRO – VARIAÇÃO NO MÊS EM RELAÇÃO AO MESMO MÊS DO ANO ANTERIOR (%) – PMC/IBGE
No primeiro bimestre de 2025, o setor de supermercados no Rio de Janeiro registrou crescimento consistente, com alta de 3,3% nas vendas em termos reais, superando a média nacional (+1,8%) e do varejo fluminense (+0,01%). Foi a terceira atividade do varejo que mais cresceu no estado, atrás apenas de material de construção (+6,8%) e móveis e eletrodomésticos (+6,1%). Esse desempenho positivo também refletiu na geração de empregos: fevereiro, tradicionalmente um mês de cortes, registrou a abertura de 717 vagas no setor — um recorde.
Em março, os supermercados do estado do Rio de Janeiro abriram 232 postos de trabalho formais, sendo este o saldo entre o número de contratações e o de demissões. Foi o segundo mês consecutivo de resultado positivo. O desempenho no último mês entretanto ficou abaixo do observado em março de 2024, quando o setor abriu 1.033 postos de trabalho.
Apesar dos bons resultados, o cenário é desafiador. As famílias fluminenses enfrentam alto endividamento (86%) e inadimplência (32%), segundo dados da CNC, índices superiores à média brasileira. A taxa de desemprego no estado, de 8,2% ao fim de 2024, também é mais alta que a média nacional (6,2%). Além disso, o Rio respondeu por apenas 3,4% da geração de empregos formais no país nos dois primeiros meses de 2025, bem abaixo de sua média histórica de 8,2%.
Em março, o valor da cesta básica, medido pelo Dieese, subiu 2,53% no Rio de Janeiro. Foi o sétimo mês consecutivo de inflação e o terceiro acima da média brasileira. Ademais, a variação positiva de preços em março foi em sentido contrária à deflação observada no mesmo mês de 2024 (-2,47%). Uma pressão a mais para a população carioca que gasta a maior parcela de seus rendimentos com a compra de alimentos e bebidas.
A inflação de alimentos e bebidas nos supermercados do Rio segue em forte alta: acumulou 3,26% apenas no primeiro trimestre de 2025, após registrar quase 8% em 2024. Foi a segunda maior inflação entre os grupos, perdendo apenas para educação (+5,07%). Produtos como tomate (+86%), café (+34%), ovo (+28%) e chocolate em pó (+11%) apresentaram os maiores aumentos. Esse avanço dos preços, somado ao endividamento e baixa geração de renda, compromete ainda mais o poder de compra da população.
Em março, o índice de inflação da Alimentação no Domicílio, que concentra os alimentos e bebidas vendidos nos Supermercados, subiu 1,56% no Rio de Janeiro. Foi o sétimo mês consecutivo de inflação no setor e a maior variação desse início de ano. Ou seja, a inflação de alimentos vem acelerando mês após mês, pressionando o índice geral de inflação, que variou 0,53% no Rio em março.
INFLAÇÃO – RIO DE JANEIRO – MENSAL (%) – IPCA/IBGE
Índice Geral Alimentação no Domicílio
Por fim, o setor ainda precisa acompanhar fatores que podem afetar sua estabilidade ao longo de 2025. Entre eles, a possível intensificação da guerra comercial liderada pelos EUA, que pode impactar o câmbio e a inflação; condições climáticas e bandeiras tarifárias de energia; além de propostas como a redução da jornada de trabalho, que podem elevar custos num setor já marcado por alta rotatividade. Em um cenário volátil, informação e planejamento serão fundamentais para decisões estratégicas.
da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) para o varejo.
MÁRIO LUIS DE MELLO Sócio Bramil Supermercados
Desde a NRF 2025, ficou clara a importância da tecnologia e do uso da Inteligência Artificial para alavancar os negócios e dar suporte à retaguarda, objetivando melhores controles e processos na logística, no CRM, no e-commerce, no marketing, no treinamento de pessoal, no estoque e, consequentemente, na redução das rupturas.
Também foi evidenciado que o uso da tecnologia deve ser compartilhado com colaboradores treinados e focados no atendimento aos clientes. A tecnologia sozinha não resolve. Os clientes valorizam a experiência em nossas lojas e no relacionamento. Eles procuram saber quais serviços prestamos: nossa qualidade, nosso ambiente, produtos disponíveis no local correto, precificação justa, agilidade no atendimento, processo de pagamento simplificado, entre outros.
Não há mais tempo para experimentos, a personalização e o conhecimento das preferências dos clientes fazem toda a diferença. Ouvi-los para saber suas demandas é fundamental. O consumidor, no fundo, quer ser bem atendido, e ponto. Precisamos valorizar a experiência dos clientes.
Ainda mais neste momento, em que acompanhamos com atenção as mudanças tributárias que estão por vir. A partir de 2026, já começa a implantação da nova forma de arrecadação de impostos. Precisamos estar atentos e ter os conhecimentos necessários para cumprir com essas novas obrigações fiscais que se apresentam.
Nas relações trabalhistas, existe a ameaça do fim da escala 6x1, que aumentará nossos custos de mão de obra, e a NR1 (Riscos Psicossociais), que começaria este ano e foi adiada para 2026 para dar tempo de adaptação das empresas.
Na esfera da política internacional, estamos nos deparando com as tarifas do governo americano aos países parceiros comerciais, e precisamos estar alertas quanto aos possíveis impactos nos preços.
Soma-se a situação do Banco Central na administração da inflação, com aumento das taxas de juros. Voltamos a patamares estratosféricos, o que dificulta muito o planejamento das empresas.
Conclusão: Não é fácil, mas é motivador. Nós, supermercadistas, somos desafiados todos os dias!
Mário Luis de Mello, sócio Bramil Supermercados
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Mais do que abastecer a despensa, o varejo supermercadista tem se mostrado um espaço de conexão, afeto e encantamento. E nada ilustra melhor essa transformação do que as campanhas sazonais, cada vez mais voltadas à experiência do consumidor. Nesta edição, o Espaço Trade apresenta duas ações que mostram como criatividade, planejamento e parcerias estratégicas podem fazer a diferença em datas especiais.
Com a campanha “A Super Fábrica de Chocolate Supermarket!”, o Grupo Torre transformou a Páscoa em uma experiência mágica. O destaque foi a loja Barra Blue, com ambientação especial e personagens como o Coelho da Páscoa, Rainha Ganache e Menina Bombom, encantando os clientes. Outras quatro unidades também receberam ativações lúdicas.
“Foram quatro meses de planejamento para construir um universo encantador, que fosse muito além da venda de produtos”, afirma Brenda Larissa, diretora de marketing. “Queremos que o cliente viva um momento inesquecível,
que associe a Páscoa a algo afetivo e especial dentro das nossas lojas.” A campanha contou com o apoio de grandes marcas como Nestlé, Ferrero, Arcor e Bauducco, e a expectativa da rede é crescer 10% nas vendas da categoria.
A ação foi impulsionada por ativações físicas e digitais, com destaque para um evento especial no dia 12 de abril na unidade Barra Blue, com troca de brindes, musical e interação com personagens. Para o Grupo Torre, o supermercado vai além da função de abastecimento: é um espaço de experiências e memórias afetivas.
BRENDA LARISSA Diretora de Marketing do Grupo Torre
da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) para o varejo.
PATRÍCIA STURM
Gerente de administração e coordenadora de marketing da Farinha Pura
O Empório Farinha Pura, localizado na Zona Sul do Rio, já está com tudo preparado para celebrar o Dia das Mães de forma especial e fora do convencional. A proposta da casa é oferecer opções que fujam do presente tradicional, como flores ou roupas, apostando em produtos diferenciados e de alta qualidade para surpreender.
”Entre as apostas, estão as já tradicionais cestas de café da manhã — que podem ser personalizadas e entregues diretamente na casa da homenageada — além de kits-presente exclusivos que valorizam o sabor e a experiência”, explica Patrícia Sturm, gerente de administração e coordenadora de marketing da Farinha Pura.
Para quem prefere reunir a família em casa sem abrir mão de um cardápio especial, o empório também disponibiliza um menu de encomendas para o almoço do Dia das Mães, com pratos prontos para consumo, práticos e saborosos, que evitam filas em restaurantes e poupam as mães da cozinha. “Além disso, o espaço contará com um buffet de café da manhã especial no próprio Dia das Mães, ideal para quem deseja começar a comemoração no local, em clima de afeto e celebração”, destaca Patrícia Sturm.
No dia 16 de abril, a ASSERJ reuniu seu Conselho Diretor em um encontro marcado pela participação ativa dos conselheiros, no Hotel Windsor Marapendi, na Barra da Tijuca. Durante a reunião, o presidente Fábio Queiróz conduziu uma conversa sobre a ADPF das Favelas e os reflexos da medida para o setor supermercadista.
FÁBIO QUEIRÓZ Presidente da ASSERJ
Queiróz compartilhou os desdobramentos mais recentes da ação, destacando o papel da ASSERJ na audiência pública anterior ao julgamento. “Estive presente levando a visão dos empreendedores que têm suas atividades impactadas diretamente pela violência no estado”, afirmou. Segundo ele, as falas apresentadas na audiência foram encaminhadas ao STF, que optou por adiar a análise do caso — decisão recebida com alívio pela entidade.
“Apesar de não ser a situação ideal, houve progresso. As ações policiais nas comunidades hoje são mais organizadas e, embora ainda existam limitações, muitas delas podem ser superadas conforme o contexto”, destacou o presidente. Ele também chamou atenção para a relação entre segurança pública e a rotina dos supermercados: “Quem lida com o prejuízo do roubo de cargas são vocês, supermercadistas”.
A abertura da reunião contou com a presença do secretário estadual de Defesa do Consumidor, Gutemberg de Paula Fonseca, que anunciou um novo programa de combate ao roubo de cargas. A iniciativa contempla o desenvolvimento de uma plataforma que permitirá o registro detalhado de mercadorias roubadas — incluindo informações como lote, quantidade e nota fiscal.
“Os agentes terão acesso a um sistema que gera alertas em tempo real sobre produtos com ocorrência de roubo. Será possível fazer essa checagem diretamente pelo código de barras. Esse mesmo recurso estará disponível, de forma gratuita, aos supermercados, auxiliando os conferentes no momento da entrega”, explicou o secretário. A proposta busca inviabilizar a revenda de cargas roubadas em território fluminense.
Além disso, Gutemberg reforçou a necessidade de boas práticas nas lojas e incentivou os associados a promoverem relações de consumo mais sólidas. Também colocou à disposição os cursos gratuitos oferecidos pela entidade.
Durante o encontro, a Yango Tech apresentou ferramentas desenvolvidas para aprimorar a operação supermercadista nos meios físico e digital. Guilherme Alvim, head de Novos Negócios, ressaltou que a empresa nasceu com foco no varejo supermercadista e vem oferecendo soluções alinhadas às necessidades práticas do setor.
“Oferecemos um ecossistema completo — desde o app de vendas até a logística e separação dos produtos — que proporciona maior retenção e recorrência dos clientes no digital”, destacou Alvim.
A empresa também aposta no uso de inteligência artificial para elevar o desempenho das lojas físicas. “Com câmeras inteligentes, conseguimos atacar falhas como ruptura de gôndolas, erros de precificação e descumprimento de planogramas, tudo isso em tempo real e de forma automatizada”, explicou. A tecnologia permite que os colaboradores recebam tarefas diretamente no celular, enquanto os gestores acompanham o cumprimento das atividades em tempo real, contribuindo para redução de perdas e aumento na rentabilidade.
O momento de emoção ficou por conta de Ronaldo Teixeira, que anunciou sua saída da Rede Princesa, encerrando uma trajetória de destaque na empresa. “Sou grato por tudo que vivi aqui. A Rede Princesa foi mais que um trabalho, foi uma grande família para mim”, declarou.
Ele informou que está de mudança para a Região Serrana do Rio, mas garantiu que o vínculo com o setor supermercadista permanece. “O varejo sempre vai fazer parte da minha vida. Continuarei acompanhando o setor e marcando presença nas reuniões da ASSERJ sempre que puder”, afirmou.
Vice-presidente do Conselho Diretor da ASSERJ, Ronaldo continuará participando das atividades da entidade, mesmo à distância.
RONALDO TEIXEIRA Vice-presidente do Conselho Diretor da ASSERJ
ANA PAULA ROSA Advogada da ASSERJ
Os membros do Conselho Jurídico da ASSERJ também se reuniram em abril para tratar de normas e atualizações legislativas com impacto direto no setor supermercadista. A reunião, realizada de forma virtual no dia 17 de abril, foi conduzida pela advogada Ana Paula Rosa e contou com a participação de representantes de grandes redes como Supermarket (Torre e Real do Éden), Real Supermercados, Mundial, Pão de Açúcar, Dom Atacadista, entre outras associadas. A pauta incluiu temas relevantes nas áreas cível, regulatória, trabalhista, previdenciária e tributária, como a regulamentação do uso de sacolas plásticas, a cobrança pelo fatiamento de cárneos, o recolhimento de resíduos de óleo culinário, a implementação dos Pontos de Entrega Voluntária (PEV’s), rotulagem nutricional, publicidade de alimentos e exposição de produtos análogos.
No campo trabalhista, foram debatidas as exigências do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para o atendimento de pessoas com deficiência e o conteúdo do relatório de transparência salarial. Já na área tributária, os participantes discutiram a regulamentação da Lei nº 10.687/2025. Ao longo do encontro, a advogada também esclareceu dúvidas dos conselheiros sobre a aplicação prática dessas normas, reforçando o caráter técnico e orientativo da reunião.
Na ocasião, foi anunciada a realização de um encontro presencial em maio, reunindo conselheiros, gerentes, compradores e responsáveis técnicos ambientais das redes de supermercados. A ideia é apresentar um panorama técnico das principais normas ambientais que impactam o varejo, além de detalhar o convênio firmado com a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS) e o Instituto Estadual do Ambiente (INEA). “A interlocução técnica entre o setor varejista e os órgãos reguladores é essencial para garantir conformidade normativa e segurança jurídica nas operações. O próximo encontro buscará alinhar entendimentos e reforçar o papel estratégico da sustentabilidade no ambiente regulatório”, afirmou Ana Paula Rosa.
‘LIDERANÇA É O DESEJO APAIXONADO DE FAZER A DIFERENÇA’, EDSON RIBEIRO, GERENTE
Com sólida experiência em compras, trade e pricing, o gerente comercial Edson Ribeiro falou com exclusividade para a ASSERJ sobre sua nova jornada no Serra Azul Supermercados e os aprendizados de uma carreira construída com base no respeito, simplicidade e propósito.
Como foi o seu primeiro contato com o varejo? Qual o seu primeiro emprego no setor?
Minha história no varejo começou em 1995, como repositor no Rainha Supermercados. Foi ali, no chão da loja, que tive meu primeiro contato com a rotina intensa, dinâmica e desafiadora do setor — e me apaixonei de imediato.
O que te motivou a seguir carreira nessa área? Houve algum momento decisivo?
Sem dúvida, as pessoas. Tive a sorte de conviver com líderes incríveis, profissionais que me inspiraram profundamente e foram verdadeiros espelhos. Eu os observava e desejava alcançar aquele nível de excelência. Isso acendeu em mim a vontade de crescer, aprender e construir um caminho sólido no varejo.
Você passou por diferentes áreas como compras, trade, pricing... o que mais te desafiou e o que mais te motiva até hoje?
Cada etapa trouxe seus próprios desafios. Destaco as operações e as compras em praças muito distintas, como a Região dos Lagos, Costa Verde, Região Serrana e até o Norte do Pará. Aprendi que cada local exige uma leitura estratégica e sensível ao comportamento do consumidor. Mas o que mais me motiva, até hoje, é voltar para casa e ser recebido pela minha família — são eles minha razão e meu combustível diário.
Procuro orientar sempre pela parceria, por relações verdadeiras e duradouras.
Acredito que isso cria um ambiente mais leve, produtivo e inspirador.”
de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) para o varejo.
Varejo é feito de gente como a gente, trabalhadora, sonhadora, determinada.
Por isso, liderar bem é saber ouvir, dar suporte e inspirar pelo que se faz — não apenas pelo que se diz.”
Qual foi o maior desafio da sua carreira até agora — e como você superou?
Hoje, sem dúvidas, o projeto do Serra Azul Supermercados é o mais desafiador. É um empreendimento audacioso, com metas ambiciosas. Estou confiante de que, com um time forte, trabalho colaborativo, tecnologia aplicada, análise constante e gestão de alta performance, vamos superar todas as expectativas.
Existe alguma conquista ou momento profissional que você guarda com mais carinho?
Sim, guardo com muito carinho o período de implantação das 29 primeiras lojas do Prezunic, ainda sob a gestão do Sr. Joaquim Cunha e Genival Beserra. Foi um marco na história do varejo fluminense e, para mim, um divisor de águas. Trabalhei com profissionais brilhantes, e cada etapa foi um aprendizado valioso.
Que valores pessoais você leva para dentro da empresa e tenta aplicar no dia a dia com o time?
Levo comigo o respeito, a integridade, a empatia, a honestidade e a gentileza. Procuro orientar sempre pela parceria, por relações verdadeiras e duradouras. Acredito que isso cria um ambiente mais leve, produtivo e inspirador.
Como você define sua liderança e o que considera essencial para liderar bem em um ambiente dinâmico como o varejo?
Minha liderança é simples e prática. Acredito na força do exemplo e nas boas práticas do dia a dia. Varejo é feito de gente como a gente, trabalhadora, sonhadora, determinada. Por isso, liderar bem é saber ouvir, dar suporte e inspirar pelo que se faz — não apenas pelo que se diz.
Que tipo de cultura organizacional você acredita que constrói os melhores resultados?
Uma cultura baseada no respeito, na educação corporativa contínua e na meritocracia. O diálogo precisa fluir em todas as direções — de cima para baixo, de baixo para cima e lateralmente. É assim que se criam times fortes, ambientes saudáveis e resultados consistentes.
Quais tendências do varejo você tem acompanhado de perto e acredita que vão impactar a forma como trabalhamos nos próximos anos?
Os multicanais já são realidade, mas ainda temos muito o que explorar neles. E a inteligência artificial promete transformar profundamente a forma como nos relacionamos com dados, pessoas e processos. A chave será unir tecnologia com humanização.
Quando você não está no trabalho, o que gosta de fazer para recarregar as energias?
Gosto de estar em contato com a natureza. Trilhas, cachoeiras e uma boa leitura me ajudam a equilibrar corpo e mente, renovar as ideias e manter o foco.
Você tem alguma inspiração — um mentor, um livro, ou uma frase que te guia na vida?
Sim. Uma frase do John Maxwell que me acompanha há anos: “Liderança é o desejo apaixonado de fazer a diferença.” Tento viver isso todos os dias.
Para quem quer crescer na carreira no varejo, o que não pode faltar na bagagem?
Dois bons ouvidos — saber escutar é fundamental. Além disso, interesse genuíno, resiliência e disposição para aprender sempre. O varejo exige energia, entrega e vontade de se superar diariamente.
A inteligência artificial promete transformar profundamente a forma como nos relacionamos com dados, pessoas e processos. A chave será unir tecnologia com humanização.”
Este espaço é dedicado a trazer as últimas inovações e produtos em destaque que estão ocupando as gôndolas dos supermercados. A cada edição, apresentamos lançamentos fresquinhos e itens com grande potencial de giro rápido, permitindo que sua loja se mantenha competitiva e atualizada.
Fique por dentro das oportunidades de venda mais promissoras e entenda o que está captando a atenção dos consumidores. Seja para atrair novos clientes ou incrementar o ticket médio, aqui você encontra o que há de mais novo para impulsionar seus negócios.
COMBRASIL
O snack crocante que chegou para revolucionar seu momento de sabor! Com opções irresistíveis – Original, Queijo, Cebola e Churrasco –, cada mordida traz um toque selvagem e delicioso. Embalagem prática, qualidade premium e um sabor marcante que conquista desde o primeiro pedaço. Experimente e liberte seu lado selvagem com a batata mais ousada do mercado!
A Combrasil Alimentos vem expandindo seu portfólio de produtos. Com 75 anos de mercado, a tradicional marca já é consagrada pela excelência da qualidade na sua linha de feijões. Nos últimos anos, a Combrasil diversificou sua oferta com uma completa linha de farináceos, grãos e popcorn sem abrir mão do compromisso histórico com a qualidade e cuidado extremos – atributos característicos da marca.
Fortin, o Rum Paraguayo, sabor único produzido a partir do mel. Os runs paraguaios, com seus sabores e aromas únicos, são produzidos a partir do mel de cana e estão ganhando reconhecimento internacional. Destaca-se o delicioso Rum Fortin Coco, de entrada doce e elegante, com inconfundível aroma e sabor de coco. Impactante, atrevido e sensual. Outro destaque é o Rum Fortin Canela, com explosivo aroma doce e intenso de canela, com sabores mais frescos e doces, como o mel de cana com o qual é produzido. Seu sabor picante e doce é ideal para coquetéis.
A Limppano acaba de lançar o novo Lava-louças ODD com Enzimas Bioativas, uma inovação que reforça a tradição da marca em oferecer alta performance na limpeza. Desenvolvido com tecnologia avançada, o produto é capaz de eliminar sujeiras difíceis e resíduos invisíveis a olho nu. Suas enzimas bioativas atuam diretamente na remoção de amido, proporcionando uma limpeza mais rápida e eficiente, sem a necessidade de água quente. A novidade se soma às versões Original, Neutro, Coco, Clear e Bicarbonato de Sódio.
Datas comemorativas são janelas estratégicas para ampliar vendas, fortalecer categorias e estreitar o relacionamento com o consumidor. No varejo supermercadista, o Dia dos Namorados também pode ser uma oportunidade de alavancar o faturamento com experiências de compra mais envolventes e mix bem planejado. Itens como chocolates, vinhos, queijos, perfumaria e flores podem elevar o ticket médio quando trabalhados com antecedência, ambientação adequada e ações promocionais direcionadas.
Nesta edição, reunimos práticas para transformar emoção em resultado, posicionando sua loja como destino de compras de casais apaixonados.
Presidente
Com forte apelo emocional e alto potencial de vendas, as flores são um dos presentes mais tradicionais do Dia dos Namorados. Para o setor supermercadista, essa é uma oportunidade estratégica de aumentar o ticket médio e tornar o ponto de venda mais atrativo. Segundo Jorge Possato Teixeira, presidente do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), a data representa uma das maiores chances de crescimento nas vendas do ano – desde que haja planejamento, abastecimento contínuo e investimento na experiência do consumidor.
Atualmente, os supermercados respondem por aproximadamente 30% a 35% das vendas totais de flores e plantas no país. Dentro desse canal, as campeãs de venda são as flores e plantas envasadas, seguidas pelas ornamentais de pequeno porte e, em terceiro lugar, as flores de corte.
O motivo? “É uma preferência do consumidor do autosserviço, que busca durabilidade e praticidade”, explica Possato. No entanto, ele vê espaço para ampliar a participação das flores de corte nas gôndolas, especialmente no Rio de Janeiro, onde o consumidor tem forte ligação com decoração e estética.
Para 2025, a expectativa é otimista: o setor prevê um crescimento de 5% a 10% nas vendas de flores no autosserviço durante o Dia dos Namorados, com reflexo positivo também no Rio de Janeiro. No entanto, o presidente do Ibraflor faz um alerta: “essa é uma data com menor oferta de produtos por conta do clima mais frio. Quem deixar para comprar na última hora pode não encontrar flores suficientes”.
A recomendação é clara: o planejamento deve começar com pelo menos dois meses de antecedência. Em abril, supermercados que desejam faturar mais com flores em junho já devem ter negociado volumes com distribuidores, produtores e cooperativas.
Possato reforça que apostar em flores apenas em datas comemorativas, como Dia dos Namorados ou Dia das Mães, é um erro comum. Para gerar vendas consistentes e criar o hábito de compra, é essencial manter a categoria presente e bem cuidada no PDV durante todo o ano.
“Colocar flores só em datas pontuais não fideliza o cliente. O consumidor precisa se acostumar com o produto no supermercado. Isso exige abastecimento constante, boa apresentação e cuidados com o produto”, afirma.
O Ibraflor aponta alguns pilares fundamentais para impulsionar as vendas de flores:
FREQUÊNCIA DE ABASTECIMENTO:
No mínimo três vezes por semana, garantindo frescor e redução de perdas.
LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA:
Posicionar as flores próximas à entrada da loja ou ao setor de FLV (frutas, legumes e verduras).
Contar com um profissional (ou florista) responsável por cuidar da exposição, substituir flores danificadas e manter o ponto de venda atrativo.
INVESTIMENTO
EM CAMPANHAS E AMBIENTAÇÃO:
Usar o apelo emocional da data com sinalização criativa e ações promocionais.
Possato também ressalta o papel das flores na composição do FLV: “o termo FFLV, que une flores ao hortifruti, mostra que elas já fazem parte da cesta de produtos frescos e saudáveis que o consumidor busca”.
Uma publicação da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) para o varejo.
Além de flores, há outras categorias com forte potencial de venda durante o Dia dos Namorados. Chocolates, vinhos, queijos, itens de perfumaria e cuidados pessoais ganham protagonismo e podem ser explorados de forma estratégica. Para transformar a data em uma oportunidade de crescimento real, é fundamental que os supermercados unam planejamento, ambientação temática e táticas de venda bem estruturadas. A seguir, destacamos algumas ações práticas que podem fazer a diferença no desempenho da sua loja durante uma das datas mais emocionais do calendário do varejo.
1. REVEJA OS RESULTADOS DO ANO ANTERIOR
Antes de definir suas ações, analise o desempenho da data no ano passado. Quais produtos venderam mais? Houve boa aceitação de kits ou promoções específicas? Use esses dados como base para tomar decisões mais assertivas neste ano.
2. INVISTA NO VISUAL DA LOJA
O ambiente precisa refletir o clima romântico da data. Corações, tons de vermelho, frases de amor e uma trilha sonora temática ajudam a criar uma atmosfera envolvente. Não tenha medo do clichê — ele funciona quando bem executado. O importante é manter a coerência com a identidade visual da marca.
3. CAPRICHE NA EXPOSIÇÃO DOS PRODUTOS
A forma como os produtos são apresentados influencia diretamente na decisão de compra. Monte ilhas temáticas e organize os itens de forma lógica e atraente, agrupando por ocasião (jantar romântico, presente completo, momento relaxante etc.).
4. CRIE KITS ESPECIAIS
Ofereça combinações prontas com flores, chocolates, vinhos, cosméticos ou itens de café da manhã. Os kits aumentam o valor agregado e facilitam a vida do consumidor, que encontra um presente completo em poucos passos.
5. APROVEITE O CROSS SELLING
Combine produtos que se complementam e posicione-os próximos uns dos outros. Por exemplo: vinhos ao lado de queijos e massas; flores perto de bombons e perfumes. Isso estimula compras adicionais e aumenta o ticket médio.
6. DIVULGUE NAS REDES SOCIAIS
Use os canais digitais para mostrar suas ofertas, kits e ambientação da loja. Conteúdos visuais atraentes fazem diferença. Se possível, faça parcerias com influenciadores locais que tenham sinergia com o público da marca.
7. APOSTE EM AÇÕES PROMOCIONAIS
Ofereça vantagens na compra combinada de produtos ou descontos progressivos para kits. Campanhas simples, como “na compra de flores + vinho, ganhe um bombom”, ajudam a converter indecisos e destacam a loja no período.
Aposte na emoção, na conveniência e no encantamento. O resultado será percebido no caixa — e na fidelização de quem escolheu a sua loja para celebrar o amor.
Oinverno está chegando e, com ele, a oportunidade perfeita para transformar a adega em um dos setores mais estratégicos do supermercado. A combinação entre temperaturas amenas, pratos mais encorpados e momentos de aconchego em casa faz do vinho um dos produtos mais desejados da estação. E, com ele, a chance do cross sell com queijos, fondue, massas e frios. O ticket médio agradece!
De acordo com a Ideal Consulting (referência em inteligência de mercado no setor de bebidas), o consumo de vinhos no Brasil cresce cerca de 30% nos meses mais frios, e esse número pode ser ainda maior em regiões como o Sudeste. No estado do Rio de Janeiro, onde o clima varia entre o litoral e a serra, há um comportamento interessante: os consumidores das áreas urbanas e litorâneas, mesmo sem um inverno rigoroso, também aumentam o consumo de vinhos tintos, muitas vezes associados a experiências sensoriais e gastronômicas, não apenas à temperatura ambiente.
Além disso, o Dia dos Namorados e as festividades juninas trazem um contexto perfeito para o vinho: encontros, jantares e presentes. O supermercado, quando bem-posicionado, é o principal ponto de abastecimento para essas ocasiões.
TINTOS EM
O inverno é a temporada dos vinhos mais encorpados, daqueles que pedem taça grande e comida quente. Entre as uvas mais desejadas neste período, o destaque vai para:
MALBEC
CABERNET
SAUVIGNON TANNAT SYRAH/ SHIRAZ BLENDS TINTOS
Intensa e aclamada, é uma das líderes de venda no país.
Clássica, robusta, fácil de explicar e vender.
Com boa presença no Sul e importada do Uruguai, ganha espaço pelo perfil potente.
Levemente picante, agrada paladares curiosos.
Misturas equilibradas que entregam complexidade e excelente custo-benefício.
Vinhos portugueses e italianos também ganham a preferência nesta época, tanto pelos rótulos mais tradicionais quanto pelos vínculos afetivos e culturais que muitos consumidores cariocas têm com suas origens.
Organizar a adega para o inverno exige mais do que exposição. É preciso criar contexto, gerar desejo e promover conexões emocionais. Para isso, vale:
Posicionar os vinhos próximos a massas, queijos e embutidos
Montar ilhas sazonais com kits (vinho + taça + queijo), que aumentam o ticket médio e a percepção de valor
Usar cartazes simples com sugestões de harmonização e tipo de corpo
Sugerir “momentos de consumo” no ponto de venda: “Vinho para noite de fondue”, “Vinho para assistir filme”, etc.
E lembre-se: vinho não se vende apenas com preço, vende-se com história. Como costumo dizer em nossos encontros com clientes:
“Vamos degustar?”
Essa pergunta abre a porta para uma jornada de descoberta e sim, de venda. Portanto, fazer ações de degustação, entre outras, é sempre válido! Abaixo destaco algumas.
No Rio de Janeiro, ações com apelo sensorial e emocional funcionam muito bem, especialmente quando aliadas à simplicidade. Aqui vão algumas ideias que já deram certo:
» FESTIVAL DE VINHOS DE INVERNO:
Com decoração inspirada em ambientes de montanha e gôndolas aquecidas por luz quente;
» DEGUSTAÇÕES AOS FINS DE SEMANA:
Com promotores explicando os estilos e sugerindo harmonizações regionais (como vinho com caldos, massas ou doces de festa junina);
» CAMPANHAS DIGITAIS E EM ENCARTES:
Com frases que vendem clima, não produto: “Esquente sua noite com um bom vinho”, “O sabor do inverno está aqui”;
» PARCERIAS CRUZADAS:
Com marcas de queijo, massas ou padarias da própria loja para criar experiências completas no carrinho do cliente.
CONCLUSÃO:
O VINHO É MAIS DO QUE UM PRODUTO É UM CONVITE AO CONFORTO E, CLARO, ÀS VENDAS!
Neste inverno, mais do que nunca, a adega precisa se posicionar como um espaço de experiência dentro do supermercado. Vender vinho é vender memória, é se conectar com o cliente de forma emocional e sensorial.
E para isso, a pergunta certa ainda é:
“Vamos degustar?”
Uma publicação da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro para o varejo.