CONECTA VAREJO
Roubos de Carga: proteja-se com tecnologia!
GESTÃO EFICIENTE, LUCRO CERTO
Operação de vendas: bastidores das gôndolas
CADERNO ESPECIAL
Sua loja está Ready to sell?

CONECTA VAREJO
Roubos de Carga: proteja-se com tecnologia!
GESTÃO EFICIENTE, LUCRO CERTO
Operação de vendas: bastidores das gôndolas
CADERNO ESPECIAL
Sua loja está Ready to sell?
Fala, Fábio. Estou ansioso (a) para saber como está o setor e o que esperar para os próximos meses diante de tantos acontecimentos.
Essa ansiedade mostra que você sabe o quanto fatores externos podem impactar nosso setor. Isso é fundamental para se antecipar, sair na frente e se manter competitivo.
Pois é, estou ciente que os preços deram uma melhorada e que os indicadores são mais animadores. Mas estou aflito com as incertezas da guerra no Oriente Médio.
Sim, as guerras, principalmente em regiões como o Oriente Médio, geram impactos não somente nos preços de frete, por conta do aumento do valor do petróleo, como em produtos importados dos países de lá. A solução é estar atento para se antecipar nas negociações, rever estoque, enfim, sair na frente estrategicamente para que o impacto no seu negócio seja menor.
É verdade, Fábio. Obrigado por estar sempre pensando à frente pelo setor e compartilhando informações relevantes não somente nos canais da ASSERJ, mas também nas suas redes sociais. Tem sido extremamente importante acompanhar suas publicações!
Bom saber disso, amigo (a). Fico ainda mais animado para compartilhar conteúdo com vocês. Abraços e boas vendas!
investir em Peixaria?
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PAPO DE
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PEIXARIA: UM CUSTO OU UM DIFERENCIAL QUE VALE APOSTAR?
VALE A PENA INVESTIR EM PEIXARIA?
Em tempos em que o varejo se reinventa para conquistar e fidelizar consumidores cada vez mais exigentes, a experiência do cliente tornou-se o centro das decisões.
Nesse contexto, manter ou não uma peixaria dentro do supermercado deixou de ser apenas uma decisão operacional — tornou-se uma importante estratégia.
Afinal, esse setor, que pode agregar frescor, exclusividade e valor percebido a loja, também envolve desafios logísticos, sanitários e de gestão. Vale a pena encarar esse compromisso? Ou seria mais vantajoso terceirizar ou eliminar de vez esse serviço? Destacamos os pontos positivos e negativos para te ajudar nessa tomada de decisão!
Ter uma peixaria pode ser um diferencial competitivo em relação a outros mercados que oferecem apenas peixe congelado.”
Aumento do ticket médio
» Produtos frescos, como peixes, elevam o valor das compras dos clientes, impactando positivamente o faturamento.
Atração de um novo perfil de consumidor
» Consumidores que priorizam alimentos frescos e saudáveis tendem a frequentar mais o supermercado que oferece peixe fresco.
Potencial de alta margem em alguns produtos
» Peixes e frutos do mar específicos (como salmão, camarão e cortes nobres) têm margens mais elevadas, especialmente quando forem vendidos em porções.
Venda casada com outros produtos
» A peixaria estimula a compra de temperos, legumes, vinhos e acompanhamentos — gerando sinergia com outras categorias.
Comodidade e variedade
» O cliente valoriza encontrar tudo em um só lugar, especialmente se a peixaria oferecer peixe fresco, limpo e porcionado.
Diferenciação da concorrência
» Ter uma peixaria pode ser um diferencial competitivo em relação a outros mercados que oferecem apenas peixe congelado.
Fidelização
» Uma peixaria bem gerenciada contribui para fidelizar clientes, que passam a confiar na qualidade do produto.
Controle rigoroso de higiene e manipulação
» Sendo uma das áreas mais sensíveis em termos sanitários, exige equipamentos para refrigeração e exposição, manipuladores treinados e rotinas de limpeza.
Riscos
» Qualquer falha pode causar contaminação cruzada, mau cheiro no ambiente ou interdições sanitárias.
O pescado tem vida útil curta e demanda logística precisa
» Portanto, requer entregas frequentes e pontuais, armazenamento em temperaturas adequadas e descarte imediato de produtos fora do padrão.
Fornecedores
» Devem ser confiáveis e ter uma rotina de checagem de qualidade é fundamental.
Alto custo inicial de implantação
» Instalar uma peixaria exige câmaras frias, balcões refrigerados, sistema de exaustão, piso adequado e utensílios específicos.
Desperdício elevado
» Peixes têm validade curta e são sensíveis a variações de temperatura — o que pode gerar perdas e consequentes prejuízos se não houver boa gestão de estoque.
Custo operacional elevado
» Necessidade de equipe especializada para manipular, limpar e armazenar corretamente o pescado.
Retorno financeiro incerto
» A sazonalidade do consumo e o hábito alimentar dos clientes locais impactam diretamente o volume de vendas.
Odor forte e risco de contaminação
» Se mal planejada, a peixaria pode gerar odores que incomodam clientes e afetam outras áreas do supermercado.
Exigência de controle sanitário rigoroso
» A limpeza e manuseio de peixe fresco estão sujeitos a normas sanitárias mais rígidas, exigindo treinamento e inspeções constantes.
Experiência do Cliente
» O serviço de peixes frescos é um diferencial na jornada de compras do consumidor. Ao não ter uma peixaria, você abre mão desse diferencial.
Mix de Congelados
» Ao optar e não ter uma peixaria, é bacana investir em um mix de congelados para atender melhor às demandas do cliente e aumentar o ticket médio.
DEPOIMENTO DE QUEM NÃO USA PEIXARIA:
“A decisão de não contar com uma peixaria na loja foi tomada com base no comportamento de compra dos nossos clientes, que hoje demonstram preferência pela praticidade e segurança dos pescados congelados e frescos de marcas consolidadas. Além disso, a própria indústria evoluiu na forma de entrega desses produtos, oferecendo opções em termoformado que garantem frescor, higiene e maior segurança alimentar. Em maio, nossa peixaria cresceu 20%.
Optar uma peixaria exigiria um alto custo operacional e traria riscos de desperdício que, neste momento, não se justificam frente à demanda atual. Trata-se de uma decisão estratégica, sempre pautada na eficiência e na experiência do cliente. No entanto, seguimos atentos às mudanças de comportamento de consumo e, se houver demanda por outro formato de atendimento, estaremos prontos para reavaliar e adaptar nossa operação.”
Brenda Oliveira, diretora de marketing e e-commerce
DEPOIMENTO DE QUEM USA PEIXARIA:
“Nossa loja conta com uma peixaria completa, diversos tipos de peixes e frutos do mar, juntos implementamos a linha oriental com o nosso sushiman que prepara diariamente diversos tipo de comida japonesa, estamos localizada na rota de passagem da região dos lagos, um lugar de praias e lagoas que, culturalmente, incentiva o preparo de refeições à base de peixes e frutos do mar. Nossos clientes consomem regularmente peixes frescos e frutos do mar. Embora seja uma categoria que exige muito cuidado devido à sua alta perecibilidade, também se destaca por fidelizar o consumidor e elevar o tícket médio, já que quem visita a nossa peixaria costuma levar também vários outros itens”.
Marcelo Struchel, diretor comercial
Apesar da desaceleração apresentada no início de junho, reduzir custos e aumentar a lucratividade é o desafio central dos varejistas em 2025. Para encontrar caminhos viáveis, nesta matéria, vamos entender por que os preços dos alimentos seguem em alta desde o início do ano, o que esperar dos próximos meses e, principalmente, como o varejo pode se adaptar e superar esse cenário.
Estudos de comportamento compra no cenário de preços elevados mostram como as classes passaram a comprar, as categorias que ganharam relevância, produtos em alta, entre outras informações que podem tornar as suas estratégias mais assertivas.
ANDRÉ BRAZ Coordenador dos índices e preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE)
Segundo André Braz, coordenador dos índices e preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), “a inflação dos alimentos permanece no radar, mesmo que a alta não seja tão acentuada quanto em 2024”. Ele destaca que fatores como “a desvalorização cambial e a demanda aquecida continuam a pressionar os preços”.
Além disso, Braz observa que “a inflação está elevada devido ao aumento dos alimentos, uma consequência do real
desvalorizado, e pela resiliência dos preços dos serviços”. Ele ressalta que “a alimentação não cede facilmente à política monetária”, o que mantém o IPCA pressionado.
PERSPECTIVAS PARA O SEGUNDO SEMESTRE
Apesar dos desafios, há sinais de que a inflação dos alimentos possa desacelerar nos próximos meses. Braz aponta que “o ritmo de encarecimento das proteínas começa a perder fôlego desde de março”, o que pode aliviar um pouco a inflação do grupo.
No entanto, ele alerta que “a inflação de serviços continua a preocupar, com uma certa resiliência que mantém os preços elevados”. Mesmo com o aumento dos juros, “a inflação permanece resistente, o
que dificulta a convergência para a meta estabelecida pelo Banco Central”.
Braz também destaca que “a inflação corrente ainda está acima do centro da meta, e isso reduz o espaço para cortes mais agressivos na taxa Selic”. Ele acrescenta que “a taxa de juros elevada, que seria uma ferramenta para frear a inflação, não tem conseguido derrubar os preços da forma esperada, principalmente no grupo de alimentos e serviços”.
O peso dos alimentos no orçamento das famílias brasileiras aumentou significativamente. Um estudo conduzido por Braz revelou que, para famílias com renda entre 1 e 1,5 salário mínimo, “os alimentos consomem 22,6% do orçamento”, um aumento em relação aos 18,4% registrados em 2018. Mesmo entre os que ganham mais de 30 salários mínimos, “o impacto subiu para 11,3%”.
Ele ressalta que “quanto menor a renda, maior a proporção gasta com alimentação, e isso torna a inflação de alimentos um fator ainda mais cruel para as famílias de baixa renda”. Braz lembra que “a alimentação fora do domicílio também contribui para
esse cenário, já que os preços nos restaurantes seguem em alta”.
Por fim, o economista da FGV ressalta que, embora haja expectativas de uma desaceleração na inflação dos alimentos no segundo semestre de 2025, como já constatamos no início de junho, os desafios persistem. “Fatores como a desvalorização cambial, a demanda aquecida e a resiliência dos preços dos serviços continuam a pressionar o IPCA. Para os consumidores, especialmente os de menor renda, o impacto permanece significativo. O cenário exige atenção contínua de autoridades econômicas e políticas públicas que considerem o peso desse grupo de consumo no dia a dia da população”, ressalta.
VANESSA MATEUS
Gerente de contas sênior da Worldpanel Division da Kantar
Diante deste cenário, o consumidor brasileiro tem revisto sua forma de comprar: vai com mais frequência ao mercado, enche menos o carrinho, prefere embalagens menores e está cada vez mais atento às promoções.
Essas mudanças foram percebidas nos três primeiros meses de 2025 pelo estudo Consumer Insights, da Kantar, que analisa o comportamento do consumidor. A pesquisa ouviu 11.300 lares em todo o Brasil entre janeiro e março de 2025. A amostra representa aproximadamente 61 milhões de pessoas.
O primeiro trimestre revelou um consumidor mais cuidadoso. As visitas aos pontos de venda cresceram 11,1%, e o número de unidades adquiridas subiu
3,1%, embora o volume total comprado tenha ficado praticamente estável (0,1%). “Esse volume quase inalterado, mesmo com mais unidades adquiridas, sugere a preferência por embalagens menores, o que ajuda a controlar os gastos”, explica Vanessa Mateus, gerente de contas sênior da Worldpanel Division da Kantar.
Acompanhar esses dados de comportamento de consumo é fundamental para criar estratégias de vendas, avaliar pricing e estudar possíveis descontos.
Produtos perecíveis se destacaram como foco de maior desembolso. O levantamento apontou aumento na quantidade de unidades por compra, no preço médio, na frequência de aquisição e no gasto por viagem em itens
IMPULSIONADO
como queijos, margarina, empanados (como nuggets) e iogurte. Também houve maior procura por produtos de mercearia salgada, como macarrão e salgadinhos, com alta de 5,1% nas unidades compradas.
As classes C, D e E foram as que mais ampliaram o consumo no trimestre, puxadas principalmente pelo aumento na frequência das compras. A classe C registrou alta de 10,2% no gasto médio, acompanhada por um crescimento de 12,5% na frequência de visitas ao mercado. Já as classes D e E aumentaram em 8,4% o gasto médio e em 17,2% a frequência de compras.
As classes A e B também registraram crescimento, mas em menor intensidade: 5% tanto no gasto quanto na frequência. A Kantar destaca, no entanto, que o desempenho das classes C, D e E se deve em parte a uma base de comparação muito baixa no primeiro trimestre de 2024.
Mesmo com a elevação nos preços de itens básicos, como café torrado e óleo de soja, o consumo se manteve estável. Segundo a Kantar, isso se deve à procura por marcas mais acessíveis, promoções e à redução na frequência de uso.
O café, por exemplo, teve aumento de 21,9% no preço médio, mas ainda assim o número de unidades compradas cresceu 5,1%. Houve também uma ampliação na fatia de consumidores
O brasileiro continua consumindo, mas com mais estratégia, controlando tanto o volume quanto o valor desembolsado.”
que optam por marcas mais populares (aumento de 2,8 pontos percentuais) e que buscam promoções (0,7 p.p).
As chamadas marcas próprias também ganharam espaço, principalmente em categorias de commodities como o leite UHT. Nesse segmento, o número de unidades compradas subiu 14,5%, reforçando a busca por melhor custo-benefício.
“O brasileiro continua consumindo, mas com mais estratégia, controlando tanto o volume quanto o valor desembolsado”, resume Vanessa Mateus. Para as marcas, o desafio está em identificar as categorias e ocasiões de uso que podem impulsionar seu consumo dentro de um carrinho cada vez mais seletivo.
Vanessa ainda destaca o crescimento da preferência por embalagens menores, especialmente em alimentos e bebidas, como forma de fragmentar as compras, experimentar novos produtos e reduzir os gastos. A escolha pelo “tier de preço”, ou seja, por diferentes faixas de valor, também se tornou um fator-chave — ainda há espaço para marcas premium, dada a menor variação de preços nesse segmento.
TRADICIONAL
O pequeno varejo tem conquistado espaço entre as classes C, D e E ao absorver parte das chamadas compras de abastecimento (para o mês). Embora o atacarejo continue liderando essa missão, com quase 70% de preferência, o comércio de menor porte cresceu 15% nesse tipo de compra em relação ao ano anterior.
O varejo tradicional também teve avanço nesse cenário e aparece como o segundo local mais utilizado para compras mensais, com 54,1%, atrás apenas do atacarejo. Ambos mostram maior equilíbrio entre os diferentes tipos de compras: abastecimento, reposição, urgência e proximidade.
ESTRATÉGIAS PARA MANTER
COMPETITIVIDADE E ATRAIR CLIENTES
RICARDO TEIXEIRA
Economista e Mestre em sistemas de gestão pela Universidade Federal Fluminense (UFF)
Para continuar atraindo clientes e preservar a lucratividade, os supermercadistas brasileiros precisam se adaptar rapidamente a um mercado em transformação. Segundo Ricardo Teixeira, economista e Mestre em sistemas de gestão pela Universidade Federal Fluminense (UFF), a adoção de estratégias bem planejadas é fundamental para enfrentar os desafios atuais e conquistar destaque em meio à concorrência. E destacamos abaixo!
Diante do atual contexto econômico, os supermercados precisam adotar medidas inteligentes para manter a competitividade e preservar o poder de compra dos consumidores. Especialistas apontam algumas estratégias-chave:
+ AJUSTAR O MIX DE PRODUTOS E APOSTAR EM EMBALAGENS
MENORES
Uma das primeiras medidas recomendadas é diversificar o portfólio, oferecendo produtos em diferentes faixas de preço. “É fundamental ampliar a oferta de marcas próprias e opções em embalagens menores, que atendem à demanda do consumidor que busca gastar menos a cada compra, sem abrir mão da variedade.
Além disso, embalagens menores facilitam o controle do orçamento familiar e permitem experimentar novos produtos, tornando a compra mais acessível.
+ INVESTIR EM PROMOÇÕES
INTELIGENTES E SEGMENTADAS
Mais do que descontos simples, as promoções devem ser pensadas estrategicamente para agregar valor ao consumidor e estimular o aumento do ticket médio. “Ofertas combinadas, programas de fidelidade e descontos direcionados ajudam a manter o cliente engajado e valorizam a experiência de compra”.
Esse tipo de ação também contribui para que o supermercado preserve suas margens de lucro, evitando promoções que possam prejudicar a saúde financeira do negócio.
MELHORAR
Em tempos de preços elevados, a percepção de qualidade e conveniência torna-se um diferencial competitivo. Investir em atendimento qualificado, ambiente organizado, variedade de produtos frescos e layout amigável pode fazer a diferença na decisão de compra.
“Consumidores estão mais exigentes e querem sentir que estão levando produtos de qualidade, mesmo pagando um pouco mais. Por isso, proporcionar uma experiência positiva é tão importante quanto o preço”
+ UTILIZAR TECNOLOGIA
PARA ENTENDER O CONSUMIDOR
O uso de inteligência de mercado e análise de dados é outro ponto crucial para os supermercados enfrentarem o cenário atual. Com sistemas que monitoram o comportamento do consumidor, é possível ajustar estoques, identificar tendências e personalizar ofertas com mais agilidade.
“Investir em tecnologia ajuda a reduzir desperdícios, melhorar a gestão de compras e oferecer o que o cliente realmente deseja, aumentando a eficiência operacional”, reforça Ricardo Teixeira.
+ ESTABELECER PARCERIAS
SÓLIDAS COM FORNECEDORES
Manter uma boa relação com fornecedores é essencial para negociar preços mais competitivos e garantir abastecimento constante. A diversificação das fontes de produtos, priorizando fornecedores regionais, pode ajudar a reduzir custos logísticos e proteger o negócio das oscilações do mercado.
“Negociações estratégicas e parcerias de longo prazo criam um ambiente favorável para que o supermercadista possa repassar menos o aumento de custos para o consumidor final”, explica o economista.
No mundo do varejo, negociar não é apenas uma prática: é uma estratégia de sobrevivência. Saber como conseguir as melhores condições de compra com fornecedores pode significar a diferença entre uma margem apertada e um bom resultado no fim do mês. Volume, estoque, prazo e inteligência de mercado são as principais cartas na mesa. E quem revela os bastidores dessa negociação é Ronaldo Teixeira, gestor geral do Supermercados Princesa, rede tradicional do Rio de Janeiro.
RONALDO TEIXEIRA
Gestor geral do Supermercados Princesa e vice-presidente do Conselho Diretor da ASSERJ
Negociar é a regra do jogo”, diz Teixeira. “A negociação é um convencimento. Eu convenci você, que está me vendendo mais caro, e você ficou convencido também. Provavelmente, a gente vai ter que dividir esse prejuízo. Eu não consigo repassar tudo o que eu quero, e eu também não consigo tirar tudo que você quer.”
Segundo o gestor, a chave está no volume. Grandes redes conseguem melhores preços porque têm escala. “Hoje, a indústria quer volume, mais volume, mais volume. Ela te induz a isso. Uma empresa média que vive sozinha é muito complicado, porque não tem capital de giro para fazer estoque de muita coisa”, explica. A saída? “A empresa média tem que entrar numa rede. A rede compra no volume.”
Ter estoque pode ser uma vantagem – se bem planejado. “Você pode não ter onde estocar, mas pode negociar a entrega fracionada. Por exemplo: você vende 10 toneladas de arroz por mês, negocia 100 e recebe em cinco entregas de 20 toneladas. E usa esse arroz para fazer promoção e girar o estoque”, exemplifica.
O PRAZO TAMBÉM CONTA – E MUITO
IMPORTAÇÃO COMO ALTERNATIVA EM TEMPOS DE CRISE
PLANEJAMENTO E LEITURA DE MERCADO
Além do preço, o prazo de pagamento é outro pilar da negociação. “Se você vai comprar mais, você precisa de mais prazo. Senão, acaba com o financeiro. Precisa comprar bem, mas também casar isso com a venda. Porque se você compra e não vende, vira problema de estoque e de caixa”, afirma Teixeira.
Quando há escassez interna, a importação pode ser a saída. “Eu já importei carne da Europa, por exemplo. Faltava carne porque abateram as matrizes. Fui até o ministro da Fazenda e consegui tirar a taxação de importação. Trouxemos três navios de carne e resolvemos o problema”, relembra.
A sensibilidade ao comportamento do mercado é outro diferencial. “Você tem que acompanhar a tendência. Se o tomate subiu hoje e amanhã vai cair, segura. Se vai faltar café no ano que vem, já compra agora. O segredo é acompanhar e antecipar.”
MENOS VARIEDADE, MAIS CONTROLE
E PARA O PEQUENO VAREJISTA?
A variedade excessiva também pode ser inimiga. “Você não pode ter oito marcas de café e cinco de extrato de tomate no estoque. O que vai vender é uma ou duas. Estoque tem que estar amarrado ao giro e ao prazo médio de pagamento”, alerta.
Ronaldo é direto: “Se não está em rede e não consegue negociar direto com a indústria, vai ter que comprar de distribuidor e pagar mais caro. É duro, mas é a realidade. Tem que repassar o custo ao consumidor, e torcer para o mercado todo subir junto.”
Desafios como alta de preços é algo que o setor enfrenta com frequência ao longo da jornada. Contar com os insights de quem já lidou com tantos altos e baixos do mercado, como é o caso do Sr. Ronaldo Teixeira, é um presente da Super Negócios para você! Temos certeza de que muitas delas serão aplicáveis ao seu negócio. Vamos, juntos, negociando, driblando os desafios e desenvolvendo o setor.
Com mais de seis décadas de atuação no mercado nacional de higiene e limpeza, a Limppano se consolidou como uma das principais indústrias do setor no Brasil. Reconhecida por sua ampla variedade de produtos e por seu compromisso com inovação, qualidade e sustentabilidade, a empresa segue em constante crescimento e modernização de suas operações.
Atualmente, a companhia mantém uma capacidade instalada de aproximadamente 86 mil toneladas por ano, distribuídas em 24 linhas de produtos, entre elas lava-louças, lava-roupas, amaciantes, desinfetantes, esponjas e panos multiuso. Sua estrutura produtiva está concentrada em dois complexos industriais próprios, localizados na Região Metropolitana do Rio de Janeiro – um na capital e outro no município de Queimados –, onde atuam 838 colaboradores diretos.
“A fábrica, em Queimados, funciona em quatro turnos, operando 24 horas por dia. O envase e a embalagem final são realizados nas próprias plantas”, explica Guilherme Nóbrega, diretor de operações da Limppano. Segundo ele, a recente expansão da unidade de Queimados permitiu a migração de parte da produção da fábrica da capital para a Baixada Fluminense, ampliando a capacidade e otimizando processos logísticos.
RAPHAEL BENEDETTI Diretor comercial e de marketing da empresa
E por falar em logística, a companhia adota um modelo híbrido, com distribuição realizada por frota própria e também por operadores terceirizados. Essa combinação proporciona maior flexibilidade, eficiência e abrangência regional. “Todo o varejo do estado do Rio de Janeiro opera com os produtos Limppano, desde os principais parceiros regionais até os atacarejos e o varejo de vizinhança, em categorias de alta relevância como esponjas, linha de sanitários, detergentes e panos modernos”, afirma Raphael Benedetti, diretor comercial e de marketing da empresa.
O estado do Rio de Janeiro representa o mercado mais estratégico para a organização. “É o principal mercado da Limppano, com atuação aprofundada em nível de serviço comercial e logístico, além de inteligência voltada ao cliente”, completa Benedetti.
Como parte de sua agenda ESG, a empresa investe continuamente em práticas industriais sustentáveis. As duas unidades fabris operam com energia 100% limpa, renovável e certificada, além de utilizarem sistemas de captação de água de chuva para reuso em processos industriais e de limpeza. Um balanço recente da consultoria Eco Ludfor, divulgado em março deste ano, revelou que, nos últimos cinco anos, a Limppano reduziu em 2,4 mil toneladas suas emissões de gases de efeito estufa – o meio ambiente agradece esse grande feito.
Outro destaque está nas embalagens, desenvolvidas com até 30% menos plástico do que a média do mercado. Todas carregam o selo “Eu Reciclo”, uma das iniciativas mais relevantes do país voltadas à logística reversa de embalagens pós-consumo, o que garante a destinação correta dos resíduos e reforça o compromisso da empresa com a sustentabilidade.
Agradecemos ao time da Limppano, que recebeu a equipe de comunicação da ASSERJ abrindo os bastidores de sua operação com tanta disposição e acolhimento.
Na era da experiência, sabemos que a estratégia de vendas por trás de um supermercado vai muito além de diversificar os produtos expostos nas gôndolas.
E é por isso que o Super Papo desta edição traz a conceituada arquiteta e sócia da Kube Arquitetura, Juliana Neves, para falar sobre a importância de criar uma jornada sensorial baseada no conceito de retail design.
Se você tem alguma dúvida ou curiosidade sobre o tema, este bate-papo descontraído certamente vai esclarecer muitas questões e fazer você avaliar a possibilidade de aplicar o retail design no seu negócio.
Como um projeto sensorial pode transformar a experiência de compra dentro de um supermercado?
Sabe aquela loja que você entra e, sem perceber, sente vontade de ficar? Que tem algo no ar, no som, na luz, que te convida a explorar cada cantinho? É isso que um projeto sensorial bem-feito provoca. A arquitetura sensorial trabalha justamente essa conexão emocional entre as pessoas e os espaços — e no varejo físico, isso é um ativo valioso.
No supermercado, onde muitas vezes o produto é um commodity e a competição se dá pelo preço, o espaço vira diferencial. A ambientação certa aumenta o tempo de permanência, e tempo de permanência tem relação direta com ticket médio. Além disso, uma experiência agradável tira o consumidor da lógica do esforço e da urgência. Torna até as compras mais básicas em algo menos cansativo — ou até prazeroso.
Então sim, um bom projeto sensorial transforma a experiência de compra e reposiciona a marca. Ela deixa de competir só por preço e passa a disputar por conforto, por bem-estar, por vínculo.
Quais são os elementos-chave que um supermercadista deve considerar ao investir em retail design? E Por que?
Para mim, o layout da loja é um dos elementos mais estratégicos de qualquer projeto de retail design. Porque não se trata apenas de onde as coisas estão — mas de como elas convidam o cliente a circular. Se o espaço é bem desenhado, conseguimos conduzir essa jornada com mais intenção, quase como uma história sendo contada a cada passo. É como na fábula de João e Maria: a gente vai deixando pequenas migalhas pelo caminho — pistas visuais, sensoriais ou simbólicas — que incentivam o consumidor a transitar entre categorias, a fazer combinações, a descobrir.
Supermercados já usam algumas dessas estratégias há anos, como colocar a padaria no fundo para que o cheiro de pão quente leve o cliente até lá. É um exemplo clássico de estímulo sensorial bem aplicado. Mas, apesar disso, ainda vemos um excesso de padronização nos
expositores, com pouca variação de ritmo e pouquíssimos momentos de “interessância” — e eu gosto muito dessa palavra. Interessância é o que faz o olhar parar, o corpo desacelerar.
A gente pode pensar em respiros visuais, alturas diferentes de gôndola conforme a intenção, zonas mais imersivas como no setor de vinhos ou na padaria, que poderiam se parecer mais com uma delicatessen do que com um corredor de compras. Quando criamos esse tipo de experiência, saímos da lógica da prateleira para entrar numa lógica de descoberta. E é aí que o design vira um ativo comercial.
De que forma o projeto sensorial contribui para a fidelização dos clientes?
Todo projeto sensorial bem-feito toca o cliente primeiro na emoção. E quando isso acontece, a razão — que muitas vezes compara preços ou escolhe por conveniência — dá espaço para o afeto, para o encantamento. É aí que a marca se torna mais valorizada, mesmo quando vende um produto sem grande diferenciação.
Supermercados que lidam com commodities enfrentam o desafio constante de fugir da guerra de preços. Alguns já dominam esse território — são reconhecidos como os mais baratos, ponto. Mas para quem quer se destacar por outros caminhos, criar uma jornada encantadora dentro do espaço físico pode ser uma grande virada.
Quando a loja vira um lugar de descoberta, de aprendizado, de acolhimento — e não apenas de abastecimento — o cliente se conecta de outro jeito. As marcas próprias ganham força quando contam histórias, quando têm espaço para se destacar e surpreender. E o projeto pode prever tudo isso: desde um espaço onde o cliente aprende a usar aquele ingrediente até uma comunicação visual que conte por que aquele produto está ali, o que ele tem de único.
Mais do que bonito, um bom projeto de varejo ajuda a repensar o negócio. Ele apoia modelos comerciais mais inovadores e fortalece a relação da marca com as pessoas. A arquitetura sensorial é apenas uma das estratégias possíveis para isso — mas é uma abordagem poderosa.
Quais são os erros mais comuns que supermercados cometem ao não considerar a jornada de compra em seus layouts?
Um dos principais erros que eu vejo é a falta de foco nas categorias. A experiência de compra em muitos supermercados ainda é muito linear, padronizada e, às vezes, até desconcertante — você mal sai do setor de biscoitos e já está no de produtos de limpeza. Isso quebra o ritmo da jornada e faz com que o cliente não se sinta dentro de um universo, de um contexto.
Ao invés de corredores longos e gôndolas todas iguais, por que não pensar em “mundos”? O mundo das bebidas, o mundo dos chocolates, o mundo dos biscoitos. Cada um desses espaços pode ter linguagem própria, ambientação mais imersiva, displays diferenciados, telas interativas, pontos de experimentação. No mundo do chocolate, por exemplo, pode haver um pequeno bar com chocolate quente, ou até workshops ensinando receitas com os ingredientes disponíveis ali mesmo. Isso transforma o ato de comprar em algo mais experiencial e menos automático.
Outro ponto importante é a padronização excessiva dos expositores, que além de cansar o olhar, gera poluição visual. Quando tudo tem o mesmo ritmo e a mesma altura, nenhum produto se destaca. E os estímulos visuais acabam brigando entre si. Layouts mais dinâmicos, com respiros, variações de altura e ambientações pensadas para cada categoria, aumentam a interessância — esse fator que faz o cliente desacelerar, prestar atenção, explorar.
No fim das contas, o erro não está em ter estímulos demais, mas sim em não organizá-los com propósito. A jornada precisa fazer sentido, e o espaço precisa falar a língua dos produtos que ele abriga.
É possível aplicar um projeto sensorial mesmo em lojas de pequeno porte ou com orçamentos mais enxutos?
Com certeza. Todo projeto precisa ser adaptado à realidade daquele ponto: ao espaço físico disponível, ao orçamento e, principalmente, à identidade da marca e ao perfil dos seus clientes. Um bom projeto sensorial não é sobre gastar mais, e sim sobre escolher melhor. Às vezes, um único estímulo bem posicionado — uma luz que valoriza o produto, um aroma no ponto certo, uma textura inesperada — já transforma completamente a percepção do cliente.
Todo projeto precisa ser adaptado à realidade daquele ponto: ao espaço físico disponível, ao orçamento e, principalmente, à identidade da marca e ao perfil dos seus clientes.”
Quando o orçamento é mais enxuto, a criatividade e a estratégia fazem ainda mais diferença. E é aí que o projeto bem pensado entra: ele consegue fazer com que a loja, mesmo pequena, transmita a essência da marca, faça com que o cliente estabeleça uma conexão de afeto e viva uma experiência memorável.
Como equilibrar custo e benefício em um projeto de retail design voltado para o varejo supermercadista?
A primeira coisa é separar custo de investimento. Tudo aquilo que retorna para a marca — seja em vendas, posicionamento, conexão com o cliente ou experiência — é investimento. Custo é o que não gera retorno algum. E esse é o principal ponto de virada: muitas marcas ainda tratam como custo aquilo que pode ser o motor de diferenciação no mercado.
Hoje, ninguém mais precisa ir até uma loja física para comprar nada. Um bom shopper de aplicativos de entrega escolhe seus legumes por você. O botão “comprar” está no seu bolso, 24 horas por dia. Então, por que ainda vamos até o supermercado?
Vamos para aprender. Para nos conectar com o momento do preparo, com as histórias por trás dos ingredientes. Para descobrir novos produtos, experimentar, celebrar. A compra, hoje, é consequência. O que move a ida até o ponto físico é o desejo por experiências.
Nesse contexto, a arquitetura tem um papel crucial. Ela ajuda a transformar as marcas próprias em protagonistas, dá espaço para contar boas histórias e cria um ambiente onde o cliente quer ficar — e não apenas passar. Um bom projeto pode, sim, potencializar vendas. Mas mais do que isso: ele pode abrir caminho para novas formas de receita.
Porque se a sua loja for um lugar onde as pessoas queiram estar — um lugar interessante, acolhedor, que ensina, inspira e envolve — será que o seu negócio precisa continuar dependendo apenas da venda do arroz, do feijão e do macarrão? Ou será que ali pode nascer um novo modelo de rentabilidade, baseado em pertencimento, descoberta e relacionamento?
Além da estética, quais são os diferenciais competitivos que a Arquitetura Sensorial pode proporcionar a um supermercado? Estética é o mínimo. Um espaço bonito é obrigação. Cada vez menos as pessoas – em especial a geração Z, habituada a só comprar online – vai sair de casa e entrar em um lugar que não é minimamente agradável, onde ele se sinta bem e queira estar. O que diferencia um supermercado hoje não é mais o que ele vende, mas como as pessoas se sentem ao ir pra lá.
A Arquitetura Sensorial — quando bem pensada — atua diretamente na percepção de valor da marca. Ela transforma a loja num lugar onde as pessoas querem estar, não apenas porque precisam comprar. Isso muda tudo: muda o tempo de permanência, muda a forma
como o cliente se relaciona com os produtos, muda a disposição para experimentar o novo.
Além disso, a arquitetura sensorial pode permitir que a marca se posicione de forma única mesmo vendendo produtos semelhantes aos dos concorrentes. É ela que pode dar palco para as marcas próprias, pode criar microambientes imersivos, pode convidar o cliente a descobrir, tocar, provar. É ela que humaniza o espaço, prioriza a emoção e fortalece o vínculo com o consumidor.
E em um cenário onde a batalha por preço está praticamente perdida para o online, esse vínculo passa a ser o ativo mais importante. O supermercado deixa de ser um ponto de transação e passa a ser um ponto de experiência, de aprendizado. E isso abre portas para novas formas de rentabilizar o negócio — com serviços, com curadoria, com eventos e com comunidades.
No fim, o maior diferencial competitivo não é mais o sortimento nem o preço. É o quanto o cliente sente que aquela marca é pra ele. E isso se constrói, em grande parte, no espaço físico.
Em tempos de transformação digital, qual o papel do espaço físico e da arquitetura na conexão com o consumidor?
Hoje, o digital resolve quase tudo. A compra pode ser feita do sofá, o botão “comprar” está sempre no bolso, e até as escolhas mais sensíveis, como hortifrúti, já são delegadas a um bom shopper de aplicativo. Ou seja, ninguém precisa mais sair de casa para comprar. Mas isso não significa que as pessoas não queiram sair — elas só não querem sair por qualquer motivo.
E é aí que o espaço físico ganha força. Ele não serve mais apenas para transacionar, mas para conectar. A loja vira um palco de experiências: onde o cliente descobre novos produtos, aprende a usá-los, se inspira para um jantar, se reconecta com o prazer de cozinhar, de presentear, de cuidar. Um espaço bem desenhado ajuda a construir esse tipo de relação — emocional, afetiva e duradoura.
O digital pode ser mais rápido. Mas o físico ainda é mais profundo. E o papel da arquitetura é justamente esse: transformar o ponto de venda em um ponto de encontro. Criar atmosferas que inspiram, que ensinam, que acolhem.
Em um mundo onde conveniência já é default, o que diferencia mesmo é a experiência. E só um bom projeto de espaço físico pode entregar isso de forma tão sensorial, emocional e viva.
Na sua visão, como será o supermercado do futuro do ponto de vista arquitetônico e sensorial?
As transformações no varejo — especialmente no comportamento da Geração Z e no avanço das tecnologias — já estão em curso. Essa geração, que cresceu com tudo ao alcance de um clique, já não vai mais à loja física para comprar itens de subsistência. Arroz, feijão, sabão em pó? Tudo isso chega em casa com frete grátis em poucas horas. A ida ao supermercado físico pode (e deve) oferecer algo que o digital não entrega: emoção, pertencimento, sensorialidade.
Por isso, para responder a essa pergunta, prefiro olhar para um futuro próximo — nos próximos 5 a 10 anos — onde o papel do supermercado não será mais apenas abastecer, mas criar também conexão e relevância. Se o espaço físico não emocionar, ensinar ou inspirar, ele se torna obsoleto e será facilmente substituído pelo online.
É possível que vejamos uma mudança clara na forma de organizar esses ambientes: menos corredores repetitivos, mais “mundos” temáticos. O mundo do café, dos queijos, das massas, dos vinhos. Espaços onde produtos, serviços e experiências se misturam para
criar descobertas. Um bar de chocolate quente dentro do setor de chocolates. Um workshop de receitas rápidas no setor de hortifruti. Um cantinho de dicas para marmitas saudáveis na seção de grãos. Tudo pensado para convidar o cliente a ficar, não apenas passar.
A tecnologia deve atuar como suporte estratégico. A inteligência artificial pode mapear zonas quentes e frias da loja, ajustar a ocupação das gôndolas, mudar a iluminação ou o conteúdo das telas em tempo real — talvez até os preços. Mas o foco não será a tecnologia em si, e sim o que ela possibilita: um espaço mais responsivo, mais fluido, mais humano.
Nesse supermercado do futuro, podem surgir:
• Ambientes flexíveis, que mudam com o mix ou com o clima.
• Eventos e experiências de marca que criam relação com a comunidade.
• Estações de preparo com receitas ensinadas ali mesmo, com os próprios produtos da loja.
• Conteúdos digitais que contam histórias — do produtor local à origem do ingrediente.
• Áreas de convivência, comunidade e aprendizado, que tornam o espaço mais vivo.
E talvez a pergunta mais importante seja: se a sua loja for um lugar onde as pessoas querem estar — acolhedor, inspirador, que ensina e conecta — será que a rentabilidade ainda precisa vir apenas da venda do arroz e do macarrão?
A RENTABILIDADE! SAIBA TUDO SOBRE OPERAÇÃO DE VENDAS!
Por trás de um supermercado bem-sucedido, existe uma operação de vendas complexa, estratégica e em constante movimento. Vender não se trata de manter as gôndolas abastecidas, mas se basear em dados para acompanhar o comportamento do consumidor – que está em constante transformação –, gerir estoques, planejar com inteligência, entre outras etapas, e alinhá-las com um objetivo final: criar uma experiência de compra fluida, eficiente e prazerosa!
Em um mercado cada vez mais competitivo, com margens apertadas e consumidores exigentes, a excelência na operação de vendas deixou de ser um diferencial, é questão de sobrevivência! Cada etapa — da gestão do estoque à implementação de tecnologias — precisa funcionar como uma engrenagem bem ajustada.
Nas próximas páginas, vamos destacar as principais atividades por trás dessa operação e pontuar boas práticas que garantem que a loja não apenas venda, mas fidelize o cliente, aumente sua rentabilidade e mantenha-se relevante no mercado. Para ter uma visão de quem tem propriedade de fala, teremos a participação especial do Sr. Genival Beserra, presidente do Conselho Diretor da ASSERJ. Mas, antes de iniciar, destacamos a reflexão de Paulo Drago, CEO da Hortifruti Natural da Terra:
Os desafios do varejo supermercadista são diários e exigem uma operação extremamente atenta, ágil e conectada às exigências do consumidor. Oscilações de preço, mudanças no comportamento de consumo, questões logísticas e a gestão de produtos perecíveis fazem parte do nosso dia a dia.
Para lidar com todas essas variáveis, é preciso conhecer profundamente seu cliente, seus produtos, sua concorrência e seus fornecedores, além de contar com um planejamento robusto e uma equipe qualificada, que entenda do negócio e busque resultados rápidos. Torna-se também cada vez mais indispensável a adoção de ferramentas tecnológicas que garantam a obtenção de informações com qualidade, permitindo que as decisões sejam tomadas corretamente e de forma célere.
Na Hortifruti Natural da Terra, enfrentamos esses desafios com uma gestão integrada, que valoriza tanto a inteligência comercial quanto a proximidade com a operação das lojas. A atuação do time comercial, desde a negociação até a venda, é fundamental para mantermos a qualidade, a competitividade e uma experiência memorável para os nossos consumidores. Temos uma rotina permanente de análise de mercado, escuta ativa dos clientes e visitas às unidades, o que nos permite ajustar rotas com agilidade. Também investimos em soluções de precificação dinâmica, sortimento estratégico e no fortalecimento de categorias como a de conveniência alimentar, que atendem diretamente às novas necessidades dos consumidores.
Os desafios do varejo passam, acima de tudo, por manter o foco em inovação, eficiência operacional e excelência na jornada de compra.”
Dito isso, iniciamos nossa editoria destacando importantes pilares dessa complexa engrenagem.
Fundamental para o bom funcionamento de um supermercado, a gestão de estoque conta com três principais pilares:
CONTROLE DE ENTRADA E SAÍDA DE PRODUTOS: garantir o registro preciso do que entra e sai do estoque ajuda a evitar excessos ou faltas, além de manter a operação organizada.
PREVISÃO DE DEMANDA: se basear em histórico de vendas, sazonalidade e comportamento do consumidor evita acúmulo de mercadoria ou a falta de itens estratégicos. Estude seu histórico, analise os dados de vendas, conheça o perfil dos seus clientes a fundo. O CRM está aí para isso!
RUPTURAS E PERDAS: um grande desafio de qualquer supermercadista é evitar ou minimizar rupturas e perdas, que comprometem o faturamento e a experiência do cliente. Monitorar essas ocorrências e agir preventivamente reduz desperdícios e melhora a eficiência do estoque.
TECNOLOGIAS:
Para otimizar ainda mais a gestão e evitar falhas humanas, existem diversas ferramentas de IA no mercado que podem ser ótimas aliadas como a SymphonyAI, Relex Solution e Shelf Engine, mas existem diversas outras. Busque aquela mais adequada ao seu negócio, em termos de necessidade e de custo.
O mundo ideal é não haver rupturas, agir preventivamente. Mas, dá para minimizá-las na rotina de loja. Muitas empresas trabalham com relatórios diários de ruptura, que são avaliados assim que o dia começa. Isso é fundamental para que as providências sejam tomadas a tempo de contornar a situação. É importante cruzar esses dados do relatório com o gerente de operações, para verificar produtos de quebra que não deram baixa, garantindo uma ação mais eficaz e que não falte produto nas gôndolas”.
Os gestores de categoria são os responsáveis por montar o planograma de um supermercado. Quando um supermercado não tem GC, é o comercial que assume essa missão. Cabe ao gestor de operações manter essa organização diariamente nas gôndolas. Afinal, tudo é elaborado com o intuito de vender mais, otimizar espaço e proporcionar uma experiência fluida ao cliente. Um planograma leva em conta critérios como giro de produtos, margens de lucro, sazonalidade e comportamento do consumidor.
ORGANIZAÇÃO ESTRATÉGICA DAS GÔNDOLAS: posicionar produtos de forma planejada é estimular a compra por impulso, facilitar a jornada do consumidor e aumentar o tíquete médio. Uma boa organização ajuda a reduzir rupturas e otimizar o reabastecimento, contribuindo para uma operação mais eficiente.
PRODUTOS DE ALTO GIRO X PRODUTOS DE MARGEM ALTA: equilibrar a exposição desses produtos, organizando estrategicamente, é fundamental para maximizar tanto o volume de vendas quanto a lucratividade. Atraia o cliente com os produtos de alto giro e aumente a rentabilidade com os de margem alta, colocando um próximo ao outro, estimulando a compra por impulso.
SAZONALIDADE E CAMPANHAS PROMOCIONAIS: ao combinar o planejamento sazonal com ações promocionais estratégicas, os supermercados potencializam suas vendas, reduzem perdas e se destacam da concorrência. É a grande chance de transformar datas em oportunidades de crescimento.
TECNOLOGIAS:
Destacamos três tecnologias que podem ser ótimas aliadas para a elaboração de um planograma funcional: Scorpion Planogram (da NielsenIQ), Quant Retail e Blue Yonder.
Leia a editoria Super Papo, na página 24, e se aprofunde no tema com papo superbacana com a arquiteta Juliana Neves.
De extrema importância para o sucesso de um supermercado, o pricing impacta diretamente a competitividade, a margem de lucro e a percepção de valor pelo consumidor. É o pricing que equilibra produtos de alto giro com itens de maior margem, atrai clientes com ofertas estratégicas e se posiciona correta e estrategicamente no mercado. E, além de tudo isso, responde com agilidade às variações de custo, demanda e ações da concorrência, garantindo sustentabilidade financeira sem abrir mão da fidelização do cliente.
é um dos pilares mais estratégicos para garantir a competitividade de um supermercado. Vai muito além de definir o valor de venda dos produtos – envolve planejamento, análise de mercado, comportamento do consumidor e posicionamento da marca.
Uma política de preços bem definida e constantemente analisada é um diferencial competitivo poderoso para qualquer supermercado. Ela precisa ser dinâmica, baseada em dados e alinhada com os objetivos do negócio.
ETIQUETAGEM E CLAREZA PARA O CONSUMIDOR: fundamental para gerar a confiança do consumidor, facilita a decisão de compra e evita surpresas e insatisfações no caixa. Enquanto muitos optam pela etiquetagem manual, outros já utilizam as digitais. Tudo vai depender da realidade de operação de cada loja, suas necessidades e saúde financeira. Vale destacar que existem soluções para todos os bolsos e objetivos. O importante é garantir a clareza com o consumidor e o cumprimento das normas do Código de Defesa do Consumidor.
PROMOÇÕES E DESCONTOS: devem ser bem planejadas para motivar giro de estoque e estimular as vendas de novos produtos. Para uma maior assertividade, devem estar alinhadas com a estratégia de precificação da loja, garantindo equilíbrio entre competitividade e margem de lucro. O uso inteligente de promoções evita perdas e fortalece a percepção de valor do consumidor.
O pricing pode ser ainda mais estratégico e eficiente com o uso de tecnologias voltadas para essa atividade. Destacamos três opções: Revionics, Zilliant (sugerido para empresas com grande volume de SKUs) e Quicklizard.
Ele é fundamental para garantir que os produtos certos estejam disponíveis na hora certa e na quantidade ideal. É o equilíbrio entre variedade e demanda, evitando excesso de itens parados e reduzindo rupturas nas gôndolas. Um sortimento bem planejado impacta a experiência do cliente, aumenta as vendas e contribui para a eficiência operacional e a rentabilidade do negócio!
VARIEDADE X PROFUNDIDADE: quando o cliente encontra tudo o que precisa num mesmo lugar, estamos falando sobre variedade (laticínios, limpeza, bebidas, padaria, hortifruti, etc). E quando falamos em profundidade, é sobre o cliente ter a oportunidade de optar pela marca de preferência, tamanho de embalagem, etc. O equilíbrio entre esses conceitos é fundamental para garantir uma boa experiência ao cliente.
E PREFERÊNCIAS DO PÚBLICO LOCAL: em tempos de personalizar a experiência do consumidor, trabalhar a regionalização e preferências dos clientes locais é fundamental para o sucesso da loja. Entender esses hábitos permite oferecer um mix mais assertivo, além de, com uso de dados, poder impactar o cliente de forma personalizada. Vale ressaltar que considerar produtos típicos da região, marcas locais e datas comemorativas específicas são grandes ferramentas de fidelização. Ou seja, respeitar a identidade local é mais do que diferencial: é estratégia inteligente para vender mais e melhor.
ANÁLISE DE GIRO E MARGEM POR CATEGORIA: permite equilibrar volume de vendas e lucratividade, otimizando o mix de produtos com base no desempenho real de cada categoria. Afinal, o que vende mais nem sempre é mais lucrativo. Estar por dentro das categorias com mais saída é fundamental e atuar de forma equilibrada é a fórmula do sucesso.
INVENTÁRIO: bem controlado, ele permite entender o que vende, o que encalha, e o que está em falta, além de furtos. Isso ajuda o supermercado a ajustar o sortimento com mais precisão, priorizando os produtos com maior giro e que fazem sentido para o perfil do público local. Cada loja/ empresa define sua estratégia e momento de realizar seus inventários, levando em consideração fatores como fechamento contábil e fiscal, mudança de sortimento (datas sazonais como Natal, por exemplo), rupturas ou perdas em alta e disponibilidade de equipe.
TECNOLOGIAS:
Blue Yonder (ex-JDA), Relex Solutions, SymphonyAI Retail CPG, JDA Category Management.
Gôndolas abastecidas evitam a ruptura, aumentam a satisfação do consumidor e potencializam as vendas. Além disso, uma reposição eficiente ajuda a manter a organização da loja, melhora a experiência de compra e reduz perdas por vencimento ou avarias.
TURNO DE EQUIPE: uma prática primordial para garantir disponibilidade de produtos e a satisfação dos consumidores. As trocas de turnos bem organizadas e estrategicamente alinhadas com abertura, horário de pico e fechamento da loja evitam gargalos e mantêm a loja abastecida.
PRODUTOS PERECÍVEIS E VALIDADE: a reposição e o monitoramento da validade de perecíveis conversa diretamente com a rentabilidade e reputação da loja! Enquanto a falta de reposição adequada pode causar ruptura e impactar diretamente as vendas, o excesso de produtos próximos do vencimento aumenta o risco de perdas e descarte. Por fim, oferecer alimentos frescos e dentro do prazo é essencial para manter a confiança do consumidor e a segurança alimentar! Muitas lojas contam com gerentes de qualidade, mas o olhar do gerente de operações é fundamental!
CONSTÂNCIA NA REPOSIÇÃO: por todos os motivos já citados acima, a constância na reposição é um fator-chave para manter o supermercado competitivo e bem avaliado pelos consumidores.
FALA, SR. GENIVAL!
Está aí um dos primeiros gargalos da operação: a reposição. Porque por trás dela tem o pedido que deve ser feito na data certa, ser entregue na data certa, chegar e sair do depósito na data certa e isso envolve muita gente: comercial, fornecedor, logística e os colaboradores de piso de loja, citando os principais envolvidos. Enxerga a complexidade desse movimento? Que ainda tem o desafio de um quadro de funcionários, muitas vezes baixo, que nem sempre conta com um promotor disponível para repor agilmente os produtos necessários para evitar ruptura nas gôndolas. São nessas horas que, contar com tecnologias aliadas pode ser um grande diferencial, pois eles otimizam etapas, minimizam possíveis erros humanos e deixam a mão de obra mais livre para agir estrategicamente. Existem muitas opções no mercado e, se você estudar a mais adequada para o seu modelo de negócio e saúde financeira, vai ser assertivo na escolha”.
Estamos vivendo a era da experiência! Quanto mais diferenciada e fluida for a jornada de compra, maior a chance de fidelização. E isso engloba apresentar uma loja limpa e organizada, atendimento cordial, layout intuitivo e produtos bem expostos.
FALA, SR. GENIVAL!
ATENDIMENTO: funcionários atenciosos, disponíveis e bem treinados tornam a jornada de compra mais agradável, ajudam o cliente a encontrar o que precisa e até incentivam novas compras. Em um mercado competitivo, o atendimento pode ser o diferencial que faz o cliente voltar.
CIRCULAÇÃO NA LOJA: corredores organizados, espaços bem distribuídos e sinalização clara e objetiva, para citar alguns pontos, facilitam e atraem o acesso aos produtos, evitam fricção e tornam a jornada mais fluida. Além de fidelizar, isso aumenta a permanência na loja e, consequentemente, aumento do ticket médio!
aumentam a confiança do consumidor, evitam contaminações e facilitam a reposição e o controle de estoque! E vai além, valoriza os produtos e o bom desempenho da equipe.
É importante que os profissionais que operam as lojas estejam sempre atentos ao fluxo e às oportunidades de venda. Essas oportunidades estão em destacar produtos em pontos estratégicos como ponta de gôndola, clip strip, entre outros. Apostar no cross selling é muito eficaz e faz com que o cliente se interesse em levar produtos complementares. Além, é claro, do tradicional formato de colocar produtos próximos aos caixas, promovendo as compras por impulso. Todas essas ações impactam diretamente no aumento do ticket médio e, paralelamente, promovem uma experiência de compra fluida e satisfatória para o cliente”.
O supermercadista não deve se privar de buscar tecnologia e sistemas que o auxiliem na complexa missão de gerir a operação de vendas de uma loja. Elas são verdadeiras aliadas para agilizar atendimento, controlar estoque, analisar o desempenho das categorias em tempo real, para citar algumas possibilidades, além de, é claro, reduzir erros operacionais, melhorar a experiência do cliente e aumentar a eficiência da equipe.
INTEGRAÇÃO DE ERP E PDV: um é bastidor, o outro é encantamento! Enquanto o ERP (Sistema de Gestão Empresarial) permite o controle centralizado de processos como estoque, compras, financeiro e fornecedores, o PDV é a interface com o cliente, responsável pelas vendas! Quando integrados, possibilitam atualização em tempo real do estoque, gestão de preços eficiente, redução de erros e mais agilidade na operação.
FERRAMENTAS DE BI (BUSINESS INTELLIGENCE): transformam grandes volumes de dados em informações estratégicas. Identifica produtos mais vendidos, entende o comportamento do consumidor, acompanha o desempenho por loja ou categoria. Ou seja, uma ferramenta imprescindível para tomadas de decisão mais assertivas sobre promoções, preços e sortimento! Mais eficiência, redução de perdas e aumento da rentabilidade.
AUTOMAÇÃO NA GESTÃO DE PEDIDOS E ABASTECIMENTO: fundamental para ser mais preciso na previsão de demanda, evitar rupturas e minimizar excessos. Resultado: gôndolas abastecidas, redução de desperdício e agilidade na operação.
É importante que os gestores de operações tenham indicadores para acompanhar constantemente o desempenho da sua loja! Destacamos três exemplos de bons indicadores para analisar:
TICKET MÉDIO: é fundamental acompanhar o poder de compra e o comportamento do cliente da sua loja. Esse indicador é um grande aliado no planejamento de ações para aumentar o valor da cesta, como ofertas cruzadas ou promoções de “leve mais por menos”, por exemplo.
Fórmula: tíquete médio = faturamento total/número de vendas (cupons).
VENDAS POR PRODUTO OU CATEGORIA: analisar por um período definido o volume de vendas de um produto ou categoria. Isso permite identificar produtos com maior giro, auxilia o planejamento de compras e precificação, é ótimo para utilizar na negociação com fornecedores, além do planejamento das campanhas de marketing.
QUEBRA DE ESTOQUE: é fundamental saber o percentual de produtos que deveriam estar nas gôndolas, mas faltaram. Esse monitoramento evita perda de receita e insatisfação do cliente.
Fórmula: itens em falta/total de itens verificados X 100
TECNOLOGIAS:
Power BI com IA integrada, RetailNext e Neogrid.
FALA, SR. GENIVAL!
Os indicadores de desempenho são imprescindíveis para acompanhar a eficiência da operação de vendas. Cada empresa vai definir o período de comparação: semana X semana, dia X dia, quinzenal, período do ano ou do mês. E isso também serve para datas sazonais. Como estamos em período de festa junina, que se estende até o final de julho, é fundamental analisar os dados da data do ano anterior: seja para fazer os pedidos, seja para entender o desempenho de um ano contra o outro. Eu, Genival, sugiro que o gestor de loja veja diariamente como está a posição da loja dia a dia, semana a semana, quinzena a quinzena. É importante estar com o desempenho da loja na ponta da língua, tomando, diariamente, as decisões para melhorar o que for necessário”.
É impossível falar de um sem pensar no outro! Afinal, a integração de ambos é fundamental para a execução perfeita das ações no piso de loja. Enquanto o marketing define as ações para atrair cliente, a operação garante que a loja esteja preparada para entregar a experiência desejada.
ALINHAMENTO ENTRE OFERTA E CAPACIDADE: se o marketing divulga uma campanha de alto impacto, o gerente precisa se preparar para o aumento no fluxo de clientes, evitando rupturas, filas e insatisfação.
FEEDBACK DO CLIENTE: o gerente de operações está na linha de frente e pode trazer ao marketing percepções valiosas do comportamento dos consumidores e da eficácia das ações.
NO PONTO
VENDA: o marketing define a linguagem da marca, mas é o gerente quem garante que a comunicação visual seja aplicada corretamente na loja, desde cartazes até a ambientação.
Acredito que um bom gerente geral de lojas precisa ter visão sistêmica, senso de prioridade, liderança inspiradora e foco em resultado. Ele deve ser capaz de equilibrar a estratégia com a execução, promovendo engajamento da equipe e garantindo a excelência operacional no dia a dia. Além disso, resiliência, empatia e agilidade na tomada de decisão são essenciais para lidar com os desafios do varejo.
No meu dia a dia, procuro manter uma rotina de acompanhamento constante, com presença ativa na loja, ouvindo a equipe, analisando indicadores e antecipando possíveis desvios. Tenho como princípio o alinhamento diário com as lideranças de cada setor, o que ajuda a manter todos na mesma direção. A chave está em estar próximo, comunicar com clareza, reconhecer os acertos e agir rapidamente diante dos problemas.
Wilson Rodrigues Gerente geral Adonai
Não importa se você está no caixa, no estoque, na gôndola, no açougue ou no escritório — cada ação, cada decisão e cada atendimento impacta diretamente a experiência do cliente e os resultados da loja. Operar vendas é muito mais do que bater metas: é entender de gente, de ritmo, de rotina e de resiliência.
Nesta editoria, mostramos que a operação de vendas é o coração do supermercado — e manter esse coração pulsando forte depende de um time inteiro comprometido com o que faz. Porque vender, no varejo, é uma missão coletiva. E é isso que torna o nosso setor tão poderoso.
ARedeconomia celebrou seus 27 anos com um evento na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, reunindo associados e parceiros para apresentar as diretrizes estratégicas para 2025. Durante a cerimônia, o presidente Adelino José destacou o papel essencial dos colaboradores e da indústria parceira no sucesso da rede. “Estamos evoluindo, mas sem perder a nossa essência, que é estar perto do consumidor”, afirmou. Entre as novidades, ele anunciou a inauguração de uma nova loja em Inoã, Maricá, e mais uma unidade do Grupo Emmanuel até o fim do ano, chegando a 150 supermercados.
Além de ser a primeira rede associativa do estado, a Redeconomia formou uma verdadeira dinastia. Esse modelo, que funciona tão bem aqui no Rio de Janeiro, é referência para o Brasil.”
Com foco em expansão e resultados, o gestor comercial Mário Letra revelou que as vendas da Redeonomia cresceram 25% em 2024, com meta de 15% de crescimento em 2025 e 2026. “Só no aniversário, tivemos um aumento de 30% nas vendas. Para manter esse ritmo, precisamos de uma parceria ainda mais forte com a indústria. Vamos com tudo para cima da concorrência. Nossa meta para este ano é ousada: atingir R$ 2 bilhões em vendas”, afirmou Letra. Ele também destacou o aumento de 40% nos investimentos em mídia externa e o avanço dos canais digitais.
O presidente da ASSERJ, Fábio Queiróz, elogiou a Redeconomia como referência nacional em gestão associativa. “Além de ser a primeira rede associativa do estado, a Redeconomia formou uma verdadeira dinastia. Esse modelo, que funciona tão bem aqui no Rio de Janeiro, é referência para o Brasil”, afirmou. Segundo ele, a força da rede está na capilaridade e na forte presença em todas as regiões do estado. “Não tenho dúvida: ela representa o varejo fluminense em sua totalidade”, completou.
da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) para o varejo.
Diretores da Redeconomia também compartilharam suas perspectivas para o futuro. Adelino José destacou a importância da união interna: “Que possamos analisar com critério as melhores oportunidades e manter o foco no consumidor.” Já Eraldo Vieira, da SuperPax, reforçou o papel das lojas de proximidade e do atendimento próximo. Ricardo Marcolan, também da SuperPax, enfatizou a importância das parcerias com fornecedores: “São eles que viabilizam as boas negociações que conseguimos levar até o consumidor final com preço justo.” Por fim, Arnaldo Germano, da Redeconomia Campeão, projetou um crescimento acelerado: “Se em 27 anos dobramos o número de lojas, espero que em dez anos a gente consiga aumentar pelo menos mais 50%.” Uma
No dia 30 de maio, a rede de supermercados SuperPax reinaugurou sua unidade em Inhaúma, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A loja, a quarta da rede, passou por uma reforma completa, oferecendo agora mais conforto, modernização e um mix ampliado de produtos para os consumidores locais. “A gente está muito feliz com a reinauguração da nossa loja de Inhaúma, que era a que estava há mais tempo sem reforma. Agora, demos um verdadeiro banho de loja nela. Está tudo novo, mais amplo e com muito mais conforto para o cliente circular melhor”, celebrou Ricardo Marcolan, diretor da SuperPax.
Com cerca de mil metros quadrados de área, a loja ganhou novos espaços, incluindo um açougue com tendal, onde o cliente pode escolher a carne e solicitar o corte na hora. “Se quiser a carne moída na hora, a gente moe. Tudo fresquinho, do jeitinho que o cliente quer”, destacou Marcolan. A padaria também foi reformulada, com produção própria e maior variedade de produtos frescos. O hortifruti ganhou
espaço ampliado, com itens frescos e opções práticas, como saladas de frutas e folhas higienizadas.
A unidade também passou a contar com dois self checkouts, uma novidade no bairro, que promete mais agilidade nas compras com poucos itens. Além disso, o número de vagas de estacionamento foi ampliado para 25, bem em frente à loja. “Temos sete caixas tradicionais e dois self checkouts, que são uma novidade para o bairro e trazem mais agilidade para quem está com poucos itens”, reforçou o diretor.
Outro destaque é o impacto positivo na geração de empregos. Segundo Marcolan, houve um aumento de 20% a 30% no quadro de colaboradores, totalizando quase 130 funcionários. O investimento na modernização da unidade foi de aproximadamente R$ 4,5 milhões. “A gente vem para a região com força. Sabemos da concorrência, mas queremos trazer qualidade, frescor e preço justo. Afinal, somos uma rede de economia, tudo pensado para o cliente economizar mais”, concluiu.
A Rede Supermarket reinaugurou no dia 5 de junho a unidade do Supermarket Padrão do Fonseca, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Localizada na Rua Abílio Augusto Távora, a loja passou por uma ampla modernização, com novos equipamentos, layout reformulado e ampliação da equipe. Durante os quatro meses de obras, a unidade seguiu operando normalmente, sem interrupções.
“Nós remodelamos tudo. Trocamos todos os pisos, maquinários, refrigeradores, iluminação e o layout geral. Foi uma modernização completa, não apenas uma reforma estética”, destacou Paulo Bonifácio, presidente da Rede Supermarket. A loja, com 1 mil metros², agora oferece cerca de 7 mil SKUs e ganhou melhorias importantes nos setores de refrigerados, hortifruti e mercearia.
Entre as novidades, o número de caixas de checkout aumentou de 13 para 18, visando mais conforto e agilidade no atendimento. “Estamos em um bairro popular e os clientes têm elogiado bastante. Durante todo o período da reforma, o faturamento se manteve estável, o que demonstra a fidelidade do público com a marca Supermarket. Quem tem que agradecer somos nós”, ressaltou Bonifácio.
Além das melhorias na estrutura e no mix de produtos, a unidade gerou mais empregos, com aumento de 15% no quadro de funcionários, totalizando agora 152 colaboradores. Segundo o presidente, a reinauguração representa mais um passo na estratégia de fortalecimento da presença da rede na Baixada Fluminense, aliando modernização, conforto e valorização da comunidade local.
Na manhã do 12 de junho, o Prezunic realizou sua tradicional Rodada de Negociação, na Barra da Tijuca, reunindo profissionais da indústria parceira. O diretor geral da rede, Gerson Estevam, que também comemorava aniversário, abriu o evento agradecendo a presença dos fornecedores e reforçando que “os clientes são o foco do Prezunic”, mas sem deixar de lado a importância da relação de parceria com a indústria.
O grande destaque da apresentação foi o poder de fidelização da rede. O Prezunic, um dos pioneiros em CRM no Rio de Janeiro, tem capacidade de identificar mais de 90% das vendas, o que permite ações altamente personalizadas e assertivas. “O consumidor de 2025 não está comprando menos, ele está comprando melhor”, afirmaram os executivos, destacando a força do relacionamento com os clientes.
Durante o encontro, o Prezunic apresentou novidades para o Clube Prezunic, incluindo wi-fi grátis nas lojas, parcelamento em até 4 vezes sem juros, serviço de delivery gratuito para áreas próximas e o projeto Fila Zero, que permite ao cliente escolher os produtos na loja e pagar em casa. Também foi anunciado o Prezunic Prime, com benefícios exclusivos como frete grátis ilimitado, além de lembrar que 14 lojas da rede são petfriendly, com o selo “Super Pet” da ASSERJ.
Profissionais de grandes indústrias como Unilever, Heineken, Coca-Cola e Seara participaram do evento, que também apresentou cases de sucesso com marcas como KitKat, Beats e Corona. A campanha estratégica para o 3º trimestre, com foco em temas como inverno, universo pet e bem-estar, também foi compartilhada.
O Grupo Barcelos foi um dos destaques do SMART Customer 2025, realizado em São Paulo no dia 4 de junho. Durante o evento, considerado um dos principais da América Latina na área de experiência do cliente (CX), a rede recebeu o Prêmio SMART Customer, que reconhece iniciativas inovadoras que colocam clientes e colaboradores no centro das estratégias empresariais.
O case premiado foi a implementação de um chatbot integrado ao WhatsApp, desenvolvido
com foco no público B2B. A solução está em operação na Barcelos & Cia, o braço atacadista e de distribuição do grupo, permitindo que pequenos e médios varejistas façam pedidos de forma rápida e fácil, diretamente pelo aplicativo de mensagens. “A ferramenta é um site dentro do WhatsApp, onde a gente faz venda B2B, dentro do grupo”, explica Gabriel Barcelos, diretor comercial da empresa.
Segundo o executivo, a solução tem gerado resultados expressivos. “Ela está dentro da Barcelos & Cia, que é a nossa empresa de atacado de distribuição, e veio para nos aproximar ainda mais dos pequenos varejistas. É muito focada no varejo de até quatro checkouts e já demonstrou resultados expressivos: em cinco ou seis meses, alcançamos um faturamento de R$ 1 milhão a R$ 1,2 milhão, atendendo mais de 500 CNPJs distintos”, destaca Gabriel.
O sucesso no atacado inspirou a criação de uma versão para o consumidor final, ainda em fase de finalização. “Depois que a gente visualizou o impacto positivo no atacado e distribuição, começamos a criar essa ferramenta também para o varejo. Ainda não está 100%, estamos finalizando o projeto. Mas já adianto que ela vai trazer um diferencial muito grande: o cliente não vai precisar baixar aplicativo nem acessar site. Ele simplesmente informa sua necessidade e consegue fazer toda a compra dentro do WhatsApp”, antecipa o diretor. A nova solução também contará com inteligência artificial generativa, oferecendo uma experiência ainda mais personalizada.
O DOM Atacadista inaugurou no dia 29 de maio sua primeira unidade em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, como parte de seu plano de expansão. Localizada na Avenida Brasil, a loja ocupa uma área de vendas de 5 mil m², conta com 23 caixas de checkout e um estacionamento com 400 vagas. A operação gerou mais de 300 empregos diretos e indiretos, movimentando a economia da região.
Com um mix de 9 mil a 9,5 mil itens, a nova unidade oferece seções de açougue, hortifrúti, padaria e um bazar com mais de 1.500 produtos. Segundo Caio Lira, diretor-geral do DOM, “a escolha por Bangu reflete o compromisso da rede em estar presente onde o cliente está, oferecendo variedade e preços competitivos”. A rede também anunciou que, em breve, abrirá uma nova loja em Nova Iguaçu, reforçando sua presença na Baixada Fluminense.
A inauguração contou com a parceria da Friboi, que destacou o investimento na linha Reserva, com carnes maturadas e cortes nobres, além de treinamento especial para a equipe do açougue. Sherman Atheniense, gerente comercial da Friboi, ressaltou o foco na qualidade e no atendimento para garantir uma experiência diferenciada ao consumidor.
Outro destaque da nova unidade é o incentivo à valorização de pessoas, com o exemplo de Yago Gonçalves, que começou como repositor e hoje é gerente da loja. Além disso, os clientes contam com benefícios como o Cartão de Crédito Alvo e o programa de fidelidade “Meu Dom”, que oferece vantagens como parcelamento, wi-fi gratuito e ofertas exclusivas. Uma publicação da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) para o varejo.
As bebidas prontas para consumo (ARTD – Alcoholic Ready to Drink), como Smirnoff Ice, vinhos em lata, Skol Beats e Schweppes Mixed, entre outras, estão transformando o cenário do varejo supermercadista no Brasil. Impulsionadas por consumidores que buscam conveniência, variedade e sofisticação, essas bebidas têm conquistado espaço significativo nas gôndolas e geladeiras dos supermercados.
VAMOS DAR UMA OLHADA NO
PANORAMA DO MERCADO RTD NO BRASIL?
» PREFERÊNCIA EM FESTIVIDADES:
Durante o Carnaval, as bebidas ARTD, como Skol Beats, Mikes e Xeque-Mate, lideraram as preferências dos consumidores, ficando atrás apenas da cerveja. Essas bebidas foram as mais associadas à festividade, superando outras categorias como preservativos e bebidas energéticas.
» CRESCIMENTO EXPONENCIAL:
O mercado de bebidas prontas no Brasil tem experimentado um crescimento exponencial nos últimos anos, impulsionado por diversos fatores como a busca por praticidade, a variedade de sabores e a crescente demanda por produtos que atendam a diferentes estilos de vida.
» PERFIL DO CONSUMIDOR:
Os consumidores de ARTD no Brasil são mais engajados em ocasiões sociais do que o consumidor médio, especialmente em momentos como happy hours, refeições casuais e eventos comemorativos. Além disso, 87% desses consumidores estão dispostos a pagar mais por uma bebida de maior qualidade, 17 pontos percentuais acima da média dos demais consumidores.
Ninguém melhor do que a indústria para falar com propriedade sobre esses produtos, suas estratégias, campanhas e outras questões que envolvem o tema, ou melhor, a categoria. Conversamos com Renato Meves, head de alcoólicos da Coca-Cola Andina. Ele adiantou que o mercado de bebidas alcoólicas vem sofrendo uma grande mudança. Se antes o jovem adulto iniciava sua relação com a bebida alcoólica por meio da cerveja, hoje ele opta pela mixologia (drinks) e também pela ARTD (Alcoolics, Read to Drink), os drinks prontos para beber. Segundo Meves, isso acontece porque esse jovem consumidor busca mais sabor, menos amargor e, principalmente, praticidade.
Meves revelou que a estratégia para vender mais nessa categoria está muito baseada em focar em momentos que, antes, eram cervejeiros e hoje estão mais democráticos e misturados. A famosa resenha, ou esquenta, tendência entre os jovens, que antecede uma festa ou a ida a um evento, muitas vezes é mais bacana que a própria festa, assim como o momento de estar com os amigos no churrasco, na piscina, na praia. Todas essas ocasiões são propícias para o consumo de ARTD, complementando a opção da cerveja e tornando o produto mais relevante para todos.
E quando o assunto é a exposição dos produtos nos supermercados, Meves é certeiro:
A estratégia vencedora é a ativação da categoria ao lado das Cervejas Premium, ou o mais próximo possível, já que comprovadamente faz parte da mesma cesta de compras de alcoólicos para o mesmo fim e experiencia de consumo. Fazer ativação próximo à área de churrasco ou snacks, também é uma ótima opção. É muito importante pensar na categoria de uma maneira diferente do que já foi feito e é um erro posicionar próximo às Spirits (bebidas destiladas), por exemplo”.
As vendas da Categoria crescem duplo digito YTD (Year To Date), ou seja, do início do ano até a data atual. E cada vez mais a indústria está lançando novos produtos e apostando nessa tendência. “O que percebemos é que o DRINK de verdade pronto para beber, com um bom destilado, com sabor é o que vem ganhando
preferência e esse jovem consumidor que entra na categoria faz com que esse consumo aumente mês contra mês consolidando essa experiência para o futuro e essa viagem não tem mais volta, e assim como já aconteceu em mercados mais maduros, a ARTD chegou para ficar e transformar o mercado de ALCOÓLICOS. ARTD NA VISÃO
Conversamos também com o Ricardo Bonuccelli, gerente de importação e gestor de categoria do Zona Sul, que reforçou o crescimento da categoria. Segundo ele, em 2024 a ARTD apresentou crescimento de 3% em volume de vendas. Ele desataca os períodos de Carnaval e eventos como o Rock In Rio – quando aproveitam para fazer ações especiais com ofertas de descontos em lojas e trocas de brindes.
“Os ARTDS já são uma tendência, vemos uma movimentação das indústrias
em lançar novos produtos, que têm como público alvo jovens consumidores de cervejas, que buscam preços acessíveis e praticidade no consumo desses produtos”, afirma Ricardo que complementa que, por isso mesmo, seguindo as orientações da indústria, essa categoria é exposta, nas lojas, junto às cervejas. Ricardo afirma que a ARTD é um segmento que vem crescendo e gera muito fluxo nas lojas em períodos sazonais tendo sua importância dentro do portifólio do Zonal Sul.
Posicionar as bebidas ARTD em locais de destaque, como ilhas promocionais e próximas às entradas, para atrair a atenção dos consumidores. Não esquecer de colocar as opções alcoólicas próximas às cervejas, conforme orientação da indústria.
Oferecer uma ampla gama de bebidas ARTD, incluindo opções alcoólicas e não alcoólicas, para atender a diferentes preferências e ocasiões de consumo.
Oferecer uma ampla gama aproveitar períodos de alta demanda, como o verão, Carnaval e eventos de grandes portes como Rock In Rio, para realizar promoções e degustações que incentivem a experimentação e aumentem as vendas.
Estabelecer parcerias com fabricantes para lançamentos exclusivos e campanhas conjuntas que reforcem a presença das bebidas ARTD no ponto de venda.
Informar os consumidores sobre as características e benefícios das bebidas ARTD, destacando aspectos como praticidade, variedade de sabores e qualidade premium.
As bebidas prontas para consumo representam uma oportunidade significativa para o varejo supermercadista no Rio de Janeiro e no Brasil. Com estratégias adequadas de sortimento, exposição e promoção, os supermercados podem não apenas atender à crescente demanda por conveniência e variedade, mas também impulsionar suas vendas e fidelizar clientes em busca de novas experiências de consumo.
Para combater essa realidade que o varejo enfrenta, nesta editoria vamos apresentar tecnologias que podem ajudar a minimizar os impactos do aumento dos roubos de carga pelas estradas do estado do Rio de Janeiro e país — um problema que vai muito além do transporte e da logística. Os reflexos desse crime, cada vez mais organizado, já batem à porta dos supermercados e, inevitavelmente, pesam no bolso do consumidor. Produtos que não chegam, estoques comprometidos, fretes mais caros e dificuldade de reposição são apenas alguns dos efeitos sentidos na ponta da cadeia.
Para os supermercadistas, o impacto ultrapassa a esfera financeira: envolve também a confiança do cliente, a eficiência operacional e a imagem do negócio. Em um cenário de crescente insegurança nas estradas, garantir o abastecimento e manter a competitividade tornou-se um desafio cada vez maior para esse segmento do varejo.
Os números reforçam a gravidade da situação. A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) estima que, em 2024, os roubos geraram um prejuízo direto de cerca de R$ 325 milhões no estado. A maior parte das ocorrências se concentra na Região Metropolitana, com mais da metade dos casos registrados em poucas Circunscrições Integradas de Segurança Pública (CISPs). Com uma média alarmante de nove roubos por dia, o problema atinge diretamente diversos setores da economia — especialmente os supermercados, que dependem de operações ágeis e seguras para garantir o abastecimento das lojas e o atendimento ao consumidor final.
Para minimizar esses números, recentemente, na reunião do Conselho Diretor da ASSERJ, o secretário de Estado de Defesa do Consumidor, Gutemberg de Paula Fonseca, anunciou a implantação de uma nova plataforma estadual para combater o comércio de cargas roubadas.
Segundo ele, a tecnologia vai permitir o cadastro detalhado de mercadorias roubadas, como lote, quantidade e nota fiscal, com acesso em tempo real pelas forças de segurança.
Com isso, agentes terão acesso em tempo real a um sistema alertando produtos com registro de roubo e permitindo consultas rápidas por meio do código de barras. O mesmo recurso será disponibilizado gratuitamente aos supermercados, facilitando a checagem pelos conferentes no momento do recebimento. A iniciativa visa tornar inviável economicamente a comercialização de cargas roubadas no estado”, explica Gutemberg.
BRUNO LOTFI
Vice-presidente de vendas e sucesso do Cliente
Enquanto o poder público atua para combater o mercado ilegal, o setor privado tem investido fortemente em tecnologia para se antecipar aos riscos nas estradas. Um dos pilares dessa transformação é a manutenção inteligente da frota — hoje muito mais digital, preditiva e integrada à segurança.
De acordo com Bruno Lotfi, vice-presidente de Vendas e Sucesso do Cliente da nstech, a tecnologia tem sido fundamental para aumentar a eficiência e reduzir vulnerabilidades nas operações logísticas:
“A manutenção deixou de ser um processo apenas reativo. Hoje, com o apoio da tecnologia, conseguimos prever falhas, monitorar o desempenho dos veículos em tempo real e agir estrategicamente para manter a operação rodando com o máximo de eficiência.”
Plataformas modernas permitem adotar diferentes tipos de manutenção:
PREVENTIVA: com base em cronogramas de uso e quilometragem;
CORRETIVA: para reparos após falhas;
PREDITIVA: usando análise de dados para antecipar problemas;
PROATIVA: com foco em melhoria contínua e redução de reincidências.
Essa digitalização da frota não só evita paradas imprevistas — que podem tornar os caminhões alvos mais fáceis para o crime — como também traz ganhos em economia, segurança e produtividade.
Com dashboards logísticos, sensores e sistemas embarcados, o gestor ganha uma visão 360º da operação. Isso fortalece a tomada de decisão, permite resposta rápida a incidentes e protege tanto os motoristas quanto as mercadorias”, destaca Lotfi.
VINICIUS PESSIN CEO da empresa
Além da manutenção, aplicativos de gestão logística estão transformando a forma como supermercados operam e se protegem. Um exemplo é a plataforma da Eu Entrego, que combina inteligência artificial, rastreabilidade e dashboards em tempo real.
“O nosso aplicativo usa IA para calcular rotas mais rápidas, seguras e econômicas, reduzindo o risco de exposição às áreas perigosas”, explica Vinicius Pessin, CEO da empresa.
A plataforma também se conecta a sistemas de gerenciamento de estoque, permitindo antecipar falhas de abastecimento e evitar rupturas. A análise preditiva dos dados ajuda a planejar a reposição de forma eficiente, minimizando atrasos e mantendo as prateleiras abastecidas.
Outra frente fundamental no combate aos roubos é a rastreabilidade da carga. Com sensores IoT, a plataforma da Eu Entrego monitora a temperatura e a
integridade dos produtos durante todo o trajeto, e emite alertas ao menor sinal de desvio, paradas fora do roteiro ou alteração nas condições ideais de transporte.
“Nosso sistema ajusta rotas em tempo real com base em dados meteorológicos, engarrafamentos e alertas de segurança. Se há qualquer desvio, o supermercado é avisado imediatamente e pode agir com rapidez”, complementa Pessin.
Além da segurança, a plataforma também oferece relatórios detalhados e indicadores de performance, o que permite uma gestão logística mais estratégica. Tudo isso adaptável tanto para pequenos mercados quanto grandes redes, como destaca Pessin:
“Seja para gerenciar cinco entregas por dia ou cinco mil, conseguimos adaptar a plataforma às necessidades de cada operação.”
Com o avanço da criminalidade e a complexidade das cadeias logísticas, investir em tecnologia deixou de ser uma vantagem competitiva para se tornar uma questão de sobrevivência no varejo supermercadista.
“Manutenção e segurança caminham juntas. Com a análise dos dados em tempo real, conseguimos tomar decisões rápidas e precisas que protegem vidas, evitam prejuízos e preservam a reputação da empresa”, reforça Bruno Lotfi.
Para Vinicius Pessin, o futuro já chegou: automação, IA, IoT e integração de dados
em tempo real serão o novo padrão no setor. “Quem não acompanhar, vai ficar para trás.”
A escalada dos roubos de carga no Rio de Janeiro impõe novos desafios ao setor supermercadista — e a resposta a esse cenário exige inovação, planejamento e tecnologia integrada. Do caminhão ao estoque, dos sensores à inteligência artificial, a digitalização da logística se apresenta como o caminho mais seguro para garantir abastecimento, proteger ativos e manter a confiança do consumidor.
Ofinal do 2º semestre chegou. E, apesar de um cenário de preços altos e a necessária atenção dos supermercadistas a esse contexto, os indicadores se apresentam bastante positivos para o setor de supermercados fluminenses. Vamos destacar a deflação apresentada registrada em maio, geração de empregos, vendas e contratações e quais são as expectativas para os próximos meses.
Maio registrou deflação de alimentação no domicílio (-0,06%), indicador que inclui alimentos e bebidas em geral, da mesma forma que da cesta básica (-0,20%), que inclui os treze produtos mais consumidos. Menos inflação significa maior poder de compra para a população fluminense. Destaque para os produtos com queda nos preços no último mês: arroz (-5,82%), frango (-0,61%) e leite (-1,27%). Com essa queda em maio, a inflação de Alimentação no Domicílio acumulado no ano no Rio foi de 3,66%, índice este menor que a média nacional (4,08%) e o menor dentre os estados do Sudeste.
Os últimos dados disponíveis de receita e geração de empregos também foram muito positivos para o setor de supermercados no Rio. Em abril, as vendas cresceram 3,7%, em termos reais, ou seja, já descontada a inflação, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Foi o 22º mês consecutivo que as vendas nos Supermercados apresentaram desempenho melhor que a média do varejo fluminense (-0,5%), o que demostra a importância do setor para sustentação da atividade econômica no Rio. No primeiro quadrimestre, o setor acumulou 1,8% de crescimento, resultado bastante expressivo tendo em vista ter ocorrido sobre uma base bastante elevada – no mesmo período do ano passado, o setor cresceu 5,9%.
O aumento das vendas estimulou o aumento das contratações no setor de supermercados no Rio. Abril registrou a maior geração de empregos desses primeiros meses de 2025 (+874). Esse resultado foi tão expressivo que, na comparação com os outros estados, o Rio de Janeiro foi o quarto estado com maior número de postos de trabalho abertos no setor em abril. No acumulado 1º quadrimestre, já foram abertos mais de 1.000 novas vagas de emprego nos supermercados fluminenses (+1.074). Trata-se do 3º melhor desempenho nacional, na comparação com outros estados.
Ainda que faltem indicadores do 2º trimestre a serem divulgados, já pode-se contemplar um trimestre de resultados bastante positivos para a atividade de supermercados no Rio. Performance essa que deve se estender pelo 3º trimestre que se inicia, tendo em vista o período sazonal das festas dos supermercados.
Em maio, os supermercados do estado do Rio de Janeiro abriram 635 postos formais de trabalho — saldo entre o número de contratações e demissões. Este foi o quarto mês consecutivo de resultado positivo. O desempenho foi significativamente superior ao registrado em maio de 2024, quando o setor havia aberto apenas 36 vagas.
Observado em maio de 2024, quando o setor abriu apenas 36 postos de trabalho.
Em maio, o valor da cesta básica, medido pelo Dieese, caiu 0,20% na capital fluminense. Foi a primeira queda em nove meses, o que representa um alívio para o bolso da população carioca, que gasta a maior parcela de seus rendimentos com a compra de alimentos e bebidas nos supermercados. Ademais, a deflação registrada em maio repetiu movimento observado no mesmo mês de 2024 (-0,56%).
Puxaram a queda de preços na capital fluminense em maio:
Novamente, diante da maior oferta do grão e demanda menor;
Diante da maior oferta, devido à safra de inverno.
Por outro lado, registraram aumento de preços em maio no município do Rio:
Diante da menor oferta, devido ao fim da safas das águas no Sul do país;
Diante da demanda externa por carne;
Novamente, diante da menor oferta mundial e a expectativa dos resultados da colheita;
ÓLEO
Apesar da maior oferta de soja.
Em abril, a receita dos supermercados fluminenses cresceu 3,7%, em termos reais, ou seja, já descontada a inflação, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Esse forte crescimento recuperou as perdas registradas em março (-2,9%). Cabe ressaltar que essa alta em abril ocorreu sobre uma base elevada de comparação, tendo em vista o crescimento observado no mesmo mês do ano passado (+1,0%).
RECEITA REAL – SUPERMERCADOS – RIO DE JANEIRO – VARIAÇÃO NO MÊS EM RELAÇÃO AO
MESMO MÊS DO ANO ANTERIOR (%) – PMC/IBGE
Esse desempenho positivo dos supermercados fluminenses limitou a queda observada nas vendas do varejo como um todo em abril (-0,5%), na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Foi o segundo mês consecutivo de resultados negativos, assim como março (-6,9%). Essa diminuição nas vendas no varejo fluminense foi puxada pelos setores de combustíveis (-16%), equipamentos de informática e comunicação (-13%) e vestuário e calçados (-5,3%). Cabe destacar que, pelo 22º mês consecutivo, o setor de supermercados performou melhor que o Varejo no Rio, nessa comparação.
Em maio, o índice de inflação da alimentação no domicílio, que concentra os alimentos e bebidas vendidos nos supermercados, recuou 0,06% no Rio de Janeiro. Foi a primeira queda no setor em nove meses e o segundo mês consecutivo de desaceleração, o que traz consigo esperança para supermercadistas e consumidores de menor inflação nos próximos meses. A descompressão do setor de alimentos também contribuiu para a manutenção do índice geral de inflação do Rio em maio (+0,21%) em um nível mais baixo, assim como em abril (+0,16%).
INFLAÇÃO – RIO DE JANEIRO – MENSAL (%) – IPCA/IBGE
Índice Geral Alimentação no Domicílio
Na média nacional, ao contrário do Rio, o setor de alimentação no domicílio observou leve inflação em maio (+0,02%). Foi o nono mês consecutivo de inflação, mas também desacelerou frente a abril (+0,83%).
Em tempos de inflação, o setor supermercadista vive um desafio constante: equilibrar os custos repassados pelos fornecedores com o poder de compra cada vez mais apertado do consumidor. Um ponto pouco visível para o público, mas essencial na cadeia de abastecimento, é que os supermercados, por lidarem diretamente com o consumidor final, costumam ser os últimos a repassar aumentos de preços.
Quando o cliente faz a compra, ele espera encontrar o produto na prateleira. Por isso, nós não temos muita margem para reduzir o volume ou fazer especulações. Precisamos manter o estoque e, muitas vezes, seguramos os preços o quanto podemos, renegociando com os fornecedores para tentar valores mais acessíveis.
Houve um forte impacto no setor nos últimos meses, especialmente na cesta básica. A inflação foi pesada. Subiu carne, subiu cereal, especialmente arroz e feijão. Mas agora parece ter dado uma estabilizada, e nossa expectativa é de que continue assim nos próximos meses.
Diferentemente de outros setores, o varejo tem pouco espaço para manobras. Não dá para comprar mais ou menos. Já sabemos nossa média de vendas, e os produtos são perecíveis, então não adianta especular. O que podemos fazer é reforçar as promoções e negociar o melhor possível com os fornecedores.
Ainda assim, os impactos são sentidos no comportamento do consumidor. Com o salário achatado, notamos que o cliente tem priorizado cada vez mais o essencial. Os itens supérfluos, como lácteos e produtos de maior valor agregado, caíram bastante nas vendas. A cesta básica, por outro lado, continua sendo o foco.
Essa nova realidade exige criatividade e resiliência dos supermercadistas. Em meio às oscilações do mercado e às incertezas econômicas, a missão segue clara: garantir o abastecimento das famílias brasileiras com preços justos e prateleiras sempre cheias.
Paulo Bonifácio, presidente da Rede Supermarket
Nesta editoria, você confere os produtos que estão em destaque nas gôndolas dos supermercados fluminenses. Aqui, mostramos como a indústria vem se posicionando no varejo com lançamentos, ações promocionais e estratégias de visibilidade que ganham espaço — e preferência — junto ao consumidor.
O Espaço Trade é uma vitrine das boas práticas e tendências que movimentam o dia a dia do autosserviço. E o seu supermercado? Está atento a essas ações para impulsionar as vendas?
A Tramontina vem consolidando o “Festival de Frigideiras” como uma ação estratégica no varejo, reforçando sua presença no segmento de autosserviço com criatividade e inovação. A campanha reaproveita as tradicionais estruturas de exposição de ovos de Páscoa — conhecidas como parreiras — para destacar frigideiras e utensílios relacionados, em uma proposta visualmente atrativa e funcional para o ponto de venda.
A iniciativa permite apresentar um mix variado de frigideiras, classificadas por faixa de preço, tipo de uso e necessidades específicas dos consumidores. A ação também reforça o conceito da marca: “A frigideira certa faz toda a diferença.”
Segundo André Savi, gerente de vendas da Tramontina para autosserviço na região Sudeste, o objetivo é ir além da exposição de produtos. “Queremos ampliar a visibilidade da marca e oferecer uma experiência diferenciada e relevante aos consumidores, além de
Queremos ampliar a visibilidade da marca e oferecer uma experiência diferenciada e relevante aos consumidores.”
fortalecer nossa parceria com os clientes do setor supermercadista”, afirma.
De acordo com Savi, o “Festival de Frigideiras” tem gerado resultados expressivos. “Essa ação sazonal tem ótima adesão e contribui para diluir os custos das parreiras montadas na Páscoa, ao transformá-las em um bazar atrativo que engaja. O retorno é uma das melhores margens da categoria”, destaca. A campanha, que teve início em 2017, já rendeu diversos cases de sucesso em parceria com varejistas.
A curadoria dos produtos apresentados valoriza a funcionalidade de cada modelo. Frigideiras tradicionais, ideais para o dia a dia, são indicadas para grelhados, panquecas, ovos e frituras. Já as opções especiais oferecem desempenho superior no preparo de pratos mais elaborados, como risotos, legumes salteados, frutas flambadas e carnes seladas.
Sinônimo de criatividade e inovação, a indústria de bebidas Baly Brasil já detém 49% de share volume (NielsenIQ) no Rio de Janeiro quando se fala em energéticos em PET. Presente nas principais redes, agora a empresa concentra suas ações no segmento latas, que já registra 8% de share no território fluminense, por meio de campanhas de incentivo e trade marketing.
Conforme explica Jean Carlos, gerente de trade marketing da Baly, a estratégia consiste em entregar ao varejista produtos de alto giro e margens adequadas para a categoria, que geram desejo de consumo. “Trabalhando com inovação frequente, trazemos maior percepção de valor agregado ao produto, aumentando o ticket médio de compra. Nossa variedade de 29 sabores, sendo seis zero açúcar, com opções exclusivas e inéditas no mundo, além de ações específicas nos PDVs resultam em uma ótima experiência do shopper e no aumento nas vendas”, salienta.
Vice-líder no mercado de energéticos no país com a marca Baly Energy Drink, já passou a austríaca Red Bull na preferência do consumidor, ficando atrás apenas da norte-americana Monster, conforme a NielsenIQ, respondendo por 25% do share volume MAT (12 meses móveis – Canal Moderno). Também é o maior player no mercado de energéticos saborizados no país, com share de volume de 70%, sempre atenta ao desejo do consumidor e proporcionando experiências únicas.
GRANFINO LANÇA QUATRO NOVOS SABORES DE FAROFA
A Indústrias Granfino está aproveitando o clima das festas juninas para apresentar ao público sua nova linha de farofas, agora disponível com destaque nas gôndolas das lojas da Redeconomia.
Rodrigo Moreira, supervisor da área de vendas da Granfino, destaca a exclusividade da ação e a importância do momento para a marca. “Estamos vivendo um dos períodos mais importantes do nosso calendário, que é o mês junino. Montamos uma barraca temática especial em todas as lojas da Redeconomia, com exclusividade, e aproveitamos para lançar nossa farofa em quatro sabores”, conta.
A nova linha de farofas chega para ampliar o portfólio da marca e atender diferentes perfis de consumidores que buscam praticidade e sabor na hora de preparar suas receitas típicas de São João ou mesmo o tradicional churrasco de fim de semana.
Com a exposição especial nas lojas e uma comunicação focada nas festas juninas, a Granfino reforça sua presença no varejo e busca fortalecer ainda mais a conexão com os clientes cariocas.
Atento ao desejo das clientes de se cuidarem cada vez mais, o Grupo Adonai acaba de incluir em suas gôndolas a marca de beleza JT Beauty. A decisão de trazer a marca nasceu de uma análise cuidadosa dos dados de CRM, que mostraram um movimento crescente entre as consumidoras em busca de produtos de beleza e autocuidado.
“Analisando os dados de CRM, vimos que nossas clientes querem se cuidar mais. Então, tendo essa visão, não poderíamos deixar de trazer a marca para as gôndolas da rede. Cada vez mais as mulheres querem se cuidar, e esse é o propósito da JT Beauty: trazer novamente o brilho da mulher, da dona de casa, da dona de tudo”, afirma diretora de marketing do grupo Adonai, Juliana Terra.
A nova linha traz uma proposta que vai além da estética: valorizar a mulher real, com produtos acessíveis e com cores e texturas que atendem diferentes tons de pele e estilos.
“Com a chegada da JT Beauty, o Grupo Adonai reforça seu compromisso de entender os desejos das clientes e oferecer cada vez mais produtos que combinam qualidade, preço justo e propósito”, ressalta Juliana Terra.
NOVA BEBIDA PROTEICA DA VERDE CAMPO COM 100% WHEY JÁ ESTÁ NAS GÔNDOLAS
A Verde Campo acaba de colocar nas gôndolas dos supermercados brasileiros uma novidade que promete transformar o consumo de proteínas no país: sua primeira bebida láctea à base de 100% Whey Protein. A novidade marca a estreia de uma nova categoria no mercado nacional — a de bebidas proteicas prontas para beber, com whey fluido como base e sem necessidade de refrigeração.
Disponível nos sabores chocolate e morango, em embalagens de 250 ml, o produto oferece proteína de alto valor biológico, com baixa quantidade de gorduras e açúcares, sendo ideal para quem busca nutrição de qualidade aliada à praticidade do dia a dia — seja no pós-treino, no trabalho ou em momentos de conveniência.
“Com o lançamento da nossa bebida láctea proteica, entregamos ao mercado um produto inovador, pensado para o consumidor que valoriza conveniência sem abrir mão da excelência nutricional”, afirma Fábio Ferreira, CEO da Verde Campo.
“Utilizamos 100% whey protein de alto valor biológico justamente para atender um público exigente, que sabe o impacto que uma boa proteína faz na performance e no bem-estar”, completa.
Com presença expressiva dos conselheiros, a reunião do Conselho Diretor da ASSERJ foi realizada no dia 26 de junho, no Hotel Windsor Marapendi, na Barra da Tijuca. Durante o encontro, o presidente da entidade, Fábio Queiróz, conduziu um debate sobre temas legislativos relevantes para o setor supermercadista, como o arquivamento do Projeto de Lei 1172/2023, a tramitação do PL 2158/2023 — que trata da venda de medicamentos em supermercados.
PL 1172/2023 – Na ocasião, Fábio Queiróz ressaltou que atuou diretamente junto aos autores do Projeto de Lei 1172/2023 e destacou a importância da articulação política para barrar o avanço da proposta. “Foi uma conquista da ASSERJ. O projeto feria a livre iniciativa e colocava em risco a lógica de organização das lojas sem considerar soluções alternativas”, explicou.
Fábio reforçou que a ASSERJ defende com firmeza a inclusão, mas acredita que ela deve ser feita com inteligência e equilíbrio. Como alternativa, ele propôs um modelo de capacitação oferecido pelo SESC para os funcionários que atuam no SAC das lojas. “Não há necessidade de criar um novo cargo para isso. Basta garantir que os colaboradores estejam prontos para atender, quando solicitados, pessoas com deficiência, nanismo ou mobilidade reduzida”, acrescentou.
PL 2158/2023 – Outro tema abordado durante a reunião foi o Projeto de Lei 2158/2023, que trata da comercialização de medicamentos isentos de prescrição médica por supermercados. Queiróz destacou que, embora o texto utilize o termo “farmácia” de forma ampla e genérica, a proposta viabiliza, na prática, a venda desses produtos diretamente nos estabelecimentos.
“O projeto já passou por diferentes versões e mudanças de nomenclatura, mas sua essência permanece: viabilizar a oferta desses medicamentos de forma segura e regulamentada”, afirmou. Apesar disso, a proposta ainda enfrenta críticas, sobretudo por não exigir a presença física de um farmacêutico e por não detalhar como esses produtos seriam oferecidos aos consumidores nos pontos de venda.
Rio Innovation – Por fim, Fábio Queiróz destacou que o Rio Innovation Week já é uma realidade consolidada no calendário global da inovação, nascida a partir de uma visão de futuro. Segundo ele, a edição deste ano promete experiências ainda mais imersivas, com palestras de grandes nomes como o tetracampeão de Fórmula 1 Sebastian Vettel, o VP da Microsoft John Maeda e a ativista Michelle Mandela. Para Fábio, a diversidade é o maior diferencial do evento, que reúne desde referências em tecnologia, como Peter Diamandis, até ícones do esporte, como Rebeca Andrade.
A Semorim participou do ASSERJ Experience apresentando seu portfólio de soluções de limpeza e cuidados para o lar, destacando o equilíbrio entre tradição e inovação — pilares do crescimento acelerado da empresa nos últimos anos. Durante o encontro com o Conselho Diretor, a marca reforçou a força do Tira Ferrugem, produto conhecido por gerações, além de apresentar os itens Tira Mancha e Tira Gordura. “É um produto antigo, muitos aqui conhecem desde a época dos pais. Mas o que a Semorim faz é agregar inovação à tradição”, afirmou Victor Guerin, vice-presidente da empresa.
Com crescimento de mais de 63% nos últimos quatro anos, a Semorim investe em produção 100% própria, logística interna e presença comercial nacional. “Não lançamos nenhum produto que não esteja à altura do nosso líder de mercado. Nossa missão é oferecer soluções eficazes com a confiança que a marca construiu ao longo do tempo”, destacou Guerin. A estratégia inclui ações em trade marketing, participação em feiras, patrocínio de atletas e parcerias com influenciadores.
VICTOR GUERIN Vice-presidente da Semorim
A ROCK Encantech também apresentou um ecossistema completo de soluções tecnológicas voltadas à ciência do consumo, com foco na fidelização do shopper, na rentabilização da jornada de compra e no fortalecimento da relação entre varejo e indústria. “Nosso objetivo é que o cliente compre mais, que vocês vendam bem, mas, principalmente, que essa jornada seja rentável. O CRM precisa gerar valor e não ser apenas uma coleta de dados”, destacou Silvio Canedo, diretor comercial da ROCK Encantech. A empresa é resultado da fusão de quatro grandes companhias de CRM e dados do Brasil — Props, Binex, Isil e Luxo de Loyalty — e atua hoje com 320 varejistas, sendo 80% do setor supermercadista.
Canedo chamou atenção para as transformações no perfil do consumidor, como o aumento de pessoas morando sozinhas e a crescente presença de pets nos lares brasileiros. “O consumidor está mudando, e o varejo precisa mudar também. Ele precisa se sentir em casa no ponto de venda de vocês”, afirmou. Ele alertou ainda para a movimentação de grandes marketplaces, como Mercado Livre e Shopee, que já investem bilhões no país. “Essas plataformas vão mirar o setor alimentar, e o varejo precisa estar preparado para competir — e não apenas se aliar a esses players. Nossa proposta é ajudar vocês a criarem seus próprios marketplaces e rentabilizarem essa jornada com inteligência”, concluiu.
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) prorrogou para 1º de março de 2026 a entrada em vigor da Portaria nº 3.665/2023, que regulamenta o trabalho em feriados no setor do comércio, incluindo supermercados.
A decisão foi anunciada pelo ministro Luiz Marinho, que destacou a importância do diálogo social para a construção de soluções equilibradas. “Mantendo o diálogo, e após conversar com o presidente da Câmara dos Deputados e com as lideranças, decidi prorrogar a portaria, garantindo um prazo técnico para consolidar as negociações”, disse.
A portaria, publicada originalmente em novembro de 2023, tem como objetivo adequar o funcionamento do comércio em feriados à Lei nº 10.101/2000, alterada pela Lei nº 11.603/2007, que estabelece que o trabalho nesses dias só pode ocorrer mediante autorização em convenção coletiva entre empregadores e trabalhadores.
A prorrogação até março de 2026 traz um alívio importante para o varejo de supermercado, que agora ganha tempo para buscar soluções negociadas junto aos sindicatos.”
Para o setor supermercadista, a prorrogação representa um alívio importante. “A prorrogação até março de 2026 traz um alívio importante para o varejo de supermercado, que agora ganha tempo para buscar soluções negociadas junto aos sindicatos. A medida evita insegurança jurídica nas operações de domingos e feriados e permite maior previsibilidade para o planejamento das escalas de trabalho nas lojas”, afirma Ana Paula Rosa, advogada da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ).
A decisão também corrige uma distorção introduzida pela portaria anterior, de 2021, que autorizava unilateralmente o trabalho em feriados, contrariando a legislação vigente e gerando conflitos para os estabelecimentos. Com a reafirmação da exigência de convenção coletiva, o governo reconhece a negociação como instrumento legítimo para equilibrar os interesses de supermercados e trabalhadores.
AGORA EM SÃO JOÃO DE MERITI!
A ASSERJ conquistou mais uma vitória na Justiça. A 4ª Vara Cível de São João de Meriti declarou inconstitucional a Lei Municipal nº 2.290/2021, que proibia a cobrança por sacolas biodegradáveis. A decisão confirma liminar anterior e impede o município e a câmara de vereadores de aplicarem sanções às redes associadas.
A juíza Ana Cecília Gomes de Almeida destacou que a lei municipal contrariava a Lei Estadual nº 8.473/2019, que autoriza a cobrança das sacolas pelo valor de custo, extrapolando a competência legislativa do município.
Para a advogada da ASSERJ, Ana Paula Roda, a decisão garante segurança jurídica ao setor. “Reafirma-se que os municípios não podem contrariar normas estaduais já consolidadas. A cobrança prevista em lei estadual busca equilibrar sustentabilidade e viabilidade econômica”, afirmou. Ela reforçou que o objetivo da entidade é promover normas sustentáveis, mas com coerência e prazos adequados.
Cabe recurso da decisão, que representa um avanço importante para uniformização das regras ambientais do setor, mas a cobrança das sacolas plásticas já pode ser aplicada a partir da publicação da sentença.
Com uma história inspiradora, que não começou no varejo, João Marcio conta a sua trajetória até chegar ao cargo de diretor comercial do Princesa.
Entre uma vaga em uma conhecida multinacional e uma também conhecida marca do varejo, você já sabe por qual ele optou, certo? Entenda como isso aconteceu nas palavras de quem escreveu essa história: João Marcio!
Como começou sua história no varejo?
Ah, essa história é bem peculiar e de vez em quando eu conto a alguém. Até aos 21 anos eu não tive contato com o varejo, profissionalmente falando. Trabalhei em banco e em seguida na IBM, mas nesta última com contrato temporário de 2 anos. Ao fim desses dois anos, fui procurar emprego. Ai apareceu o varejo em minha vida! E foi amor à primeira vista. Trabalhei como trainee de compras nas Lojas Americanas – um período bastante interessante, pois além do trabalho normal que executava, havia espaço para treinamento e desenvolvimento de diversas competências. Além disso, a troca com pares, principalmente superiores, sempre foi riquíssima em aprendizado. Tudo era novo, porém dentro do contexto do dia a dia das pessoas. Tudo era muito real e tangível pra mim. Então foi fácil! Após seis meses, recebo uma ligação da IBM me convidando para retornar de forma definitiva, pois havia surgido a tão esperada vaga. Uma multinacional me chamando para voltar com o dobro de salário que eu ganhava, menos tempo de trabalho e com certeza, menos intenso. Acabei por escolher a Lojas Americanas e ali percebi que o varejo estava no sangue.
Você tinha interesse em entrar no setor ou aconteceu por acaso ou necessidade? Definitivamente foi uma escolha. Tive opções, mas o varejo foi o segmento que mais me seduziu. Faz com que eu trabalhe sem olhar o relógio. Se mantém na minha mente ainda que durante o lazer. Sabe aquela história de mesmo quando estamos viajando de férias, acabamos dando uma entradinha em uma loja de varejo? Pois é, acontece comigo também e com todos que amam esse setor. É realmente um vício.
Quais foram os seus primeiros passos dentro do setor?
Tudo começou com o projeto de trainee de compras, nas Lojas Americanas, onde fiquei por mais de 4 anos. Essa experiência, foi uma verdadeira escola pra mim, não só por ser novo no segmento, mas pelo projeto formador de profissional do varejo que a empresa disponibilizava. Agradeço muito por isso, pois realmente foi um aprendizado acadêmico e
prático ao mesmo tempo. Lá, tive também a oportunidade de trabalhar e aprender com vários profissionais extremamente capazes. Não gostaria de citar nomes, porque sempre podemos nos esquecer de alguém que também fez diferença na minha caminhada, mas não posso deixar de falar de Genival Beserra, que dispensa comentários. Um ícone do varejo que ainda nos brinda com sua atuação próxima. Ele também acreditou no meu trabalho e me confiou meu primeiro cargo gerencial em outra empresa que trabalhamos juntos. Daí em diante foi seguir o fluxo.
Em quais valores você se baseia diariamente para atuar nessa puxada rotina do varejo supermercadista?
Creio que devemos permear nossa caminhada em valores que realmente acreditamos. Isso vale para as vidas profissional e pessoal. Respeito, ética e moral não podem ser negociados. Transparência e clareza com os públicos interno e externo, entendo que são valores essenciais, não só para o sucesso, mas principalmente para a felicidade e bem-estar. Confio na orientação pelo exemplo. Não posso dizer a alguém para não fazer algo, se eu faço. Não faz sentido, entende?
Tive opções, mas o varejo foi o segmento que mais me seduziu.
Faz com que eu trabalhe sem olhar o relógio.”
Como foi sua evolução até chegar ao cargo atual de gestor comercial?
Por todos os cargos que transitei no varejo em algumas empresas, a minha evolução se deu por meio de comprometimento, relacionamento e buscar fazer sempre o melhor. Desde que iniciei no varejo como trainee de compras, passando por cargo de assistente comercial, gerente de departamento até o de gestor, estes foram valores que me seguiram e me fizeram evoluir no setor.
Qual momento da sua carreira considera um divisor de águas?
O varejo é muito dinâmico e nos exige atenção e mudança de rota constante. Creio que cada dia de trabalho deve ser um divisor de águas. Uns mais e outros menos intensos, mas todos com lições a serem aprendidas. Mais do que aprender, tento praticar de forma condizente com o que pensamos ser o ideal. Todos os dias temos um divisor de águas nessa caminhada. Só temos que percebê-los e desafiá-los.
Na sua visão, quais são os principais desafios da área comercial de um supermercado?
São muitos, mas acho que o maior de todos é se reinventar todos os dias. As rotinas do varejo são sempre diferentes, por mais antagônico que isso pareça. É o setor mais importante da empresa, desde o abastecimento até a venda ao cliente final. Nessa jornada os desafios vão aparecendo de forma diária e ininterruptamente. Realizar o abastecimento de forma inteligente para não cair em excessos e rupturas, potencializando venda e fluxo financeiro. Definir o mix de produto ideal com base na visão estratégica de posicionamento da empresa, ajudar o marketing a desenvolver estratégias de comunicação eficazes, criar intercessão com departamentos internos para melhorar fluxos de processos, pensar em como ajudar na redução de perdas além de outras inúmeras atribuições que são necessárias no dia a dia do varejo. Mas tudo isso tem que estar com foco no cliente, pois é ele que decide no fim das contas.
E qual foi o maior desafio que enfrentou na carreira e como superou?
Sem medo de errar, gerenciar pessoas. Quando exerci o meu primeiro cargo gerencial, aprendi que apenas processos, capacidade e parcerias, não seriam suficientes para atingir metas. Cada pessoa é de um jeito. Você fala uma pequena frase pra cinco pessoas que convive diariamente e terá cinco interpretações, cinco reações e retornos diferentes. Tive que entender e descobrir como motivar e extrair o melhor de cada um, entendendo e respeitando diferenças e limites. É quase como ser um psicólogo.
Como você se divide entre vida pessoal e vida profissional?
Acho que as duas acabam se misturando um pouco, é natural. Mas é importante não levar os problemas de trabalho pra nossa casa, assim como não deixar os problemas pessoais interferirem na vida profissional, por mais difícil que isso seja. O que procuro fazer é viver intensamente os ambientes profissional e familiar. Normalmente passo a maior parte do tempo no trabalho, porém, quando estou em família, procuro ser realmente presente e contundente na relação. Às vezes não se trata de horas, mais sim de como as utilizamos. Que sejamos intensos!!
O que você diria a um jovem que está iniciando no varejo e deseja crescer?
Siga seus valores morais, isso é primordial. Escute com atenção sempre os seus subordinados, pares e superiores, além de clientes e fornecedores e nunca tente impor a sua opinião. Não somos o dono da verdade, apenas existem opiniões e pontos de vista diferentes. Negocie sempre para o ganha / ganha. Isso te dará longevidade nos negócios. E o mais importante de tudo: acredite sempre na sua capacidade de realização e espere os resultados no tempo certo. Geralmente, o tempo certo não é o que gostaríamos, mas é o necessário. Mas é primordial sabermos que, como em qualquer profissão, há um momento inicial em que absorvemos mais do que entregamos. Desfrute desse momento, ele é enriquecedor e certamente será muito útil no futuro.
Este espaço traz novidades que devem estar nas gôndolas do seu supermercado. A cada edição apresentamos lançamentos fresquinhos e produtos com grande potencial de giro, permitindo que a sua loja se mantenha antenada, competitiva e atualizada.
Fique por dentro das oportunidades de venda mais promissoras e entenda o que está captando a atenção dos consumidores. Seja para atrair novos clientes ou incrementar o ticket médio, aqui você encontra o que há de mais novo para impulsionar seus negócios.
Primeiro energy drink proteico do mundo é da Baly Brasil, indústria sinônimo de criatividade e inovação e dona da marca de energéticos vice-líder de consumo no país “Baly Energy Drink”
A indústria de bebidas Baly Brasil abala – mais uma vez – o mercado de energéticos com um novo lançamento exclusivo: Baly Muscle Protein, o primeiro energy drink proteico do mundo, unindo 65mg de cafeína natural a 15g de peptídeos bioativos Body Balance® (colágeno de alta performance), que aceleram a oxidação de gordura e, ao mesmo tempo, ativam a síntese proteica muscular, promovendo ganho de massa magra conforme ensaios clínicos de 12 semanas (Zdzieblik et al. , 2015; Kirmse et al., 2019).
Mais praticidade, mais sabor e mais proteína para o seu dia
O novo Ehrmann High Protein Pouch combina a força do açaí com a suavidade da banana em uma receita cremosa, deliciosa e 100% funcional. Com 17g de proteína por porção, zero adição de açúcares, zero lactose e zero gordura, é a escolha ideal para quem busca nutrição de alta performance sem abrir mão do sabor.
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Nesta editoria, mostramos como datas comemorativas podem se transformar em verdadeiras alavancas de aumento das vendas para o setor supermercadista — e o Dia dos Pais é um exemplo. Em 2024, a data voltou a ganhar protagonismo nos lares brasileiros, com consumidores optando por comemorações em casa, como churrascos, encontros familiares e pratos preparados com carinho.
Levantamento da Scanntech sobre 2024 reforça esse movimento: na semana que antecedeu a data, categorias como carnes, bebidas alcoólicas, carvão e pães de alho lideraram
as vendas. As bebidas, por exemplo, representaram 32% do ticket médio, evidenciando o apelo das celebrações e o potencial de crescimento em segmentos estratégicos.
Para 2025, supermercados que se anteciparem, investindo em soluções criativas, embalagens especiais e ações integradas com o digital, têm grandes chances de colher resultados ainda melhores. Mais do que uma simples data no calendário, o Dia dos Pais representa uma oportunidade concreta de fortalecer o relacionamento com o cliente e impulsionar as vendas de forma inteligente.
Além do apelo emocional da data, os supermercados do estado do Rio de Janeiro têm um motivo extra para intensificar suas campanhas: a recente queda nos preços da carne bovina. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no acumulado do primeiro trimestre de 2025, os cortes bovinos apresentaram redução de preços em todo o país — criando uma janela estratégica para estimular o consumo.
Entre os destaques, os cortes do traseiro acumularam queda de 1,86%, com um recuo mais expressivo em março, de 3,40%. Os cortes do dianteiro também ficaram 1,28% mais baratos. Já itens tradicionalmente associados aos churrascos de Dia dos Pais, como peito bovino e filé-mignon, apresentaram quedas de 3,63% e 3,10%, respectivamente.
Para o consultor econômico da ASSERJ, William Figueiredo, essa conjuntura é uma oportunidade que o varejo precisa aproveitar. “A combinação de preços mais acessíveis com ações promocionais pode incentivar os clientes a organizarem churrascos em família, movimentando não apenas o açougue, mas também as vendas de bebidas, carvão, itens de mercearia e hortifruti”, analisa.
Gerente da unidade Supermarket Padrão do Fonseca
As redes supermercadistas fluminenses já se movimentam para transformar o cenário favorável em aumento de vendas. No Supermarket, o foco está em carnes, bebidas e itens de perfumaria. “O que mais sai é carne. O pessoal realmente faz churrasco para comemorar. Nesses itens, observamos um crescimento médio de 4% a 5% nas vendas em relação ao período regular”, destaca Elias Monteiro, gerente da unidade Supermarket Padrão do Fonseca, em Nova Iguaçu. Além das carnes, as bebidas — inclusive destiladas — e os itens de perfumaria, como desodorantes e barbeadores, também ganham espaço nas cestas de compras.
EDEMIR OLIVEIRA Diretor da Redeconomia Bom de Preço
No Redeconomia Bom de Preço, a estratégia é ainda mais agressiva. A rede realiza sorteios com o tradicional “kit do pai”, composto por itens de churrasco e bebidas. “Nossa estratégia para o Dia dos Pais é preparar a loja para atender essa demanda, com foco total em carnes e bebidas, alcoólicas e não alcoólicas. Historicamente, temos um crescimento médio de 20% nas vendas dessas categorias na semana que antecede a data”, afirma Edemir Oliveira, diretor da rede.
Com ticket médio entre R$ 200 e R$ 300 nas categorias de maior procura, as redes apostam na combinação entre preço competitivo, variedade de sortimento e experiências de compra personalizadas para transformar o Dia dos Pais em uma verdadeira alavanca de vendas.
Para ajudar os supermercadistas a impulsionar as vendas no Dia dos Pais, a ASSERJ buscou as orientações de Pedro Ruivo, CEO do Açougue Notável e referência nacional em excelência no atendimento de balcão de carnes. Consultor e palestrante em entidades como ABASE, APRAS e ACATS, Ruivo também ministra um curso gratuito pela Escola ASSERJ, onde compartilha sua experiência com o setor.
O açougue é uma das áreas mais sensíveis da loja. Ele impacta diretamente na imagem do supermercado e é um dos principais responsáveis por atrair e fidelizar clientes”, destaca Pedro Ruivo.
A seguir, confira oito estratégias práticas para transformar o açougue em um verdadeiro motor de vendas:
1. COMUNICAÇÃO VISUAL EFICIENTE
2. PREPARO DAS CARNES À VISTA
3. HIGIENE COMO PRIORIDADE ABSOLUTA
4. EQUIPE BEM TREINADA
5. ESTRUTURA ADEQUADA DE REFRIGERAÇÃO
6. AÇÕES DE MARKETING DIRECIONADAS
7. PRODUTOS QUE FACILITAM A VIDA DO CLIENTE
8. USO DE TECNOLOGIA NA GESTÃO
“É fundamental que o cliente encontre com facilidade o corte que deseja. Uma sinalização clara, com destaque para os tipos de carnes e os preços, agiliza a decisão de compra e melhora a experiência no PDV”, recomenda o especialista.
Segundo Ruivo, criar uma espécie de vitrine onde os consumidores possam acompanhar o trabalho dos açougueiros aumenta a confiança e transmite transparência. “Ver o produto sendo manipulado com cuidado e higiene traz mais segurança para o consumidor.”
Pedro destaca que a limpeza do setor deve seguir rigorosamente as normas da Anvisa. “Higiene não é diferencial, é obrigação. Mas quando o supermercado faz além do mínimo exigido, isso vira um argumento de venda.”
“Ter açougueiros que entendam de cortes e consigam sugerir o melhor produto para cada receita transforma o atendimento. O cliente volta porque sabe que ali ele encontra profissionais capacitados.”
“Não adianta ter uma boa equipe e um balcão bonito se a câmara frigorífica não for de qualidade. A conservação da carne é determinante para manter a confiança do consumidor”, alerta.
A presença digital também é importante. “O supermercado precisa estar nas redes sociais, mostrar promoções de cortes, receitas, dicas de preparo. Isso aproxima o cliente e reforça a autoridade da loja naquele segmento.”
A demanda por produtos prontos ou semi-prontos também é uma tendência que pode ser aproveitada. “Oferecer cortes temperados, espetinhos ou hambúrgueres artesanais pode aumentar muito o tíquete médio”, sugere Ruivo.
Por fim, a gestão eficiente do estoque e das vendas passa pela tecnologia. “Com boas ferramentas de gestão, o supermercadista consegue entender o comportamento de compra, ajustar o mix de produtos e reduzir perdas.”
Com essas estratégias, Pedro Ruivo reforça que o açougue deixa de ser apenas um setor operacional e passa a ser uma poderosa alavanca de vendas dentro do supermercado, indo muito além do Dia dos Pais.
QUE TRANSFORMA
O MUNDO. VEM
AÍ O CONECTA
VAREJO! E
sse é o tema do Conecta Varejo 2025, que vai levar nomes e temas relevantes sobre o varejo para o palco!
O varejo está em tudo! Nas esquinas dos bairros, nas grandes avenidas, nas feiras, nos shoppings e, no mundo digitalizado, também está na palma da mão! Mais do que movimentar gôndolas, vitrines e prateleiras, o varejo impacta diretamente na economia, na geração de empregos, fortalecendo comunidades e traduzindo hábitos culturais.
O varejo, que pulsa junto com o cotidiano da sociedade, antecipa tendências, se adapta às mudanças, promove conexões reais e instiga uma constante inovação, sempre abrindo espaço à diversidade e ampliando oportunidades. Não é à toa que o setor varejista é um dos maiores motores do crescimento de um país.
O mundo também transforma o varejo. Novas tecnologias, mudanças de comportamento, preocupações ambientais cada vez mais em alta e exigências por um propósito por trás de produtos, marcas e serviços. Tudo isso e mais um pouco molda a forma de vender, de se relacionar com o consumidor e de atuar com a sociedade, estimulando uma constante evolução do varejo.
Estaremos mais uma vez reunidos no palco Conecta Varejo para pensar fora da caixa, entender o papel do varejo como agente transformador e, acima de tudo, trocar conhecimentos para sabermos, sempre, como chegar da melhor forma no futuro!
Entre os nomes já confirmados para o Conecta Varejo 2025 estão grandes referências em suas áreas, que prometem enriquecer o debate e inspirar novas práticas no setor. Dafna Blaschkauer, especialista em desenvolvimento humano e liderança, vai trazer insights poderosos sobre liderança inovadora, mostrando como formar times preparados para enfrentar os desafios do presente e construir o futuro com propósito e adaptabilidade. Sua palestra será uma oportunidade única para quem quer repensar o papel da liderança em ambientes dinâmicos como o varejo.
Arthur Igreja, um dos palestrantes mais requisitados do Brasil, mergulhará no universo da cultura de inovação, explicando como ela pode (e deve) ser incorporada no dia a dia dos negócios — especialmente no varejo, onde velocidade, dados e criatividade são essenciais para garantir relevância e competitividade. Ele mostrará de forma prática como criar ambientes mais inovadores, colaborativos e voltados à solução de problemas reais.
Já Ciro Bottini, um dos maiores vendedores da televisão brasileira e pioneiro em estratégias de vendas ao vivo, trará toda a sua experiência em uma apresentação vibrante sobre o passado, presente e futuro do live commerce. Ele vai mostrar como as novas formas de vender — como transmissões ao vivo e redes sociais — estão transformando o relacionamento com o consumidor e oferecendo novas possibilidades de gerar receita no varejo.
E isso é só o começo! Esse breve spoiler é para mostrar como o Conecta Varejo
Um dos palestrantes mais requisitados do Brasil
2025 será, mais uma vez, um verdadeiro ponto de encontro entre conhecimento, tendências e práticas. Um palco de grandes encontros e conexões reais, onde quem faz o varejo acontecer poderá se inspirar, trocar experiências, ampliar sua visão de mercado e sair com ideias aplicáveis, estratégicas e atualizadas. Um evento para pensar o varejo além das gôndolas, vitrines e e-commerce – com foco em gente, inovação, estratégia e futuro.
Prepare-se para uma experiência transformadora. Nos vemos lá!
da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) para o varejo.
Essa afirmação vem de um estudo promovido pelo Consevitis-RS em parceria com o Sebrae Nacional, que ouviu 1.709 brasileiros consumidores de bebidas alcoólicas. O resultado é animador para o varejo supermercadista: 89% das compras acontecem nos supermercados — um dado que posiciona o setor como protagonista na expansão desse mercado.
Portanto, ter uma adega cada vez mais bem curada, pode ser o melhor lugar para o cliente encontrar o rótulo ideal: seleto, acessível e, principalmente, com personalidade. Com o Dia dos Pais chegando aí, que tal deixar a sua adega pronta para a demanda que virá?
O estudo citado vai além e comprova o protagonismo que o vinho nacional vem ganhando. O consumo de vinhos no Brasil teve um crescimento de 11,6% em 2023, na contramão do mercado global. O movimento é sustentado por uma nova geração de consumidores mais aberta, curiosa e, sobretudo, disposta a valorizar o que é feito aqui.
E aqui, aliás, está se produzindo coisa boa. Os vinhos brasileiros vêm ganhando espaço nas gôndolas e nas taças, com rótulos premiados internacionalmente e preços competitivos. Regiões como a Campanha Gaúcha, o Vale dos Vinhedos e até o Vale do São Francisco mostram uma diversidade que vai de tintos estruturados a espumantes vibrantes, passando por brancos aromáticos e rosés refrescantes.
Mas será que o supermercado está preparado para essa nova fase? Sim — e ele é peça-chave nessa transformação. O desafio, agora, é sair do óbvio. O consumidor quer mais do que preço; ele quer história, descoberta, conexão e atendimento. E isso pode (e deve) começar ali, entre a gôndola de queijos e a ilha de cortes especiais para churrasco. Vale aproveitar e tirar uma casquinha: supermercadista, fique atento aos cursos de sommelier ministrados por mim na Escola ASSERJ. A última edição foi um sucesso e nada melhor do que um colaborador pronto para um atendimento excepcional na sua adega!
Bom, vamos para as ações? Dia dos Pais está vindo aí e é uma ótima forma de colocar as estratégias da sua adega em prática! Montar kits presenteáveis com rótulos nacionais – entre R$ 60 e R$150 – é uma grande sacada!
Vale pensar em combinações como:
TEMPERO PARRILLERO OU UMA TAÇA ESPECIAL
Tudo com uma boa apresentação visual e, se possível, com informação acessível sobre a origem do vinho, o tipo de uva, sugestões de harmonização e prêmios conquistados. É o tipo de detalhe que transforma uma compra em experiência.
O perfil do novo apreciador de vinho brasileiro também pede atenção: são homens e mulheres entre 28 e 50 anos, que buscam produtos mais leves, muitas vezes para ocasiões descontraídas. Estão atentos a rótulos inovadores (como vinhos em lata ou bag-in-box) e abertos a experimentar espumantes e rosés — ótimos pontos de entrada.
Para os pais mais tradicionais, um tinto encorpado da Campanha ou um corte bordalês da Serra Gaúcha pode ser o presente perfeito. Para os desbravadores, um branco do Vale do São Francisco ou um Pinot Noir nacional pode surpreender.
Mais do que uma lembrança, o vinho é um convite: para brindar o agora, valorizar a produção local e abrir espaço para novas conversas à mesa.
Uma publicação da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro para o varejo.