

03 04 05 06 07 08
S U M Á R I O
História do Urbanismo Romano O Urbanismo na Antiguidade: Grécia e Roma
História do Urbanismo Romano O Urbanismo na Antiguidade: Grécia e Roma
História da Arquitetura Capítulo 08 Arquitetura e Edifiação Romana
A História da Arquitetura Capítulo 09 - A Cidade Romana
A Cidade Romana de Benévolo Roma: A Cidade e o Império Mundial
Referências
O M A A N T I G A
H I S T Ó R I A D O U R B A N I S M O
O M A
A história romana se desenvolve por mais de milênio, e é nos dois primeiros séculos de nossa era que as cidades romanas atingem seu apogeu, e encontramos um urbanismo romano que chega a seu pleno desenvolvimento não na enorme Roma, mas nas cidades provincianas



A contribuição dos engenheiros militares O desenvolvimento da artilharia grandes influências para o urbanismo A estratégia inspira aos engenheiros soluções urbanas comparáveis às de Filarete e de Martini Os arquitetos italianos do século XVI No início do século os alunos de Bramante, particularmente Fra Giocondo e Cesariano, imaginam extrair de vitrúvio uma justificativa de superioridade do traço radiocêntico Na segunda metade do século os arquitetos Vasari e Scamozzi procuram combinar esse princípio de centralidade com o retorno aos traçados ortogonal As outras influências: teatros, jardins, florestas Com o Renascimento, o teatro deixa a cidade real para se instalar em salas, fechadas onde uma decoração com uma tela pintada deve dar a ilusão de uma cidade
Após a independência de Roma, o crescimento urbano se efetua sem respeitar os eixos primitivos, dessa forma, a cidade republicana se desenvolveu sem um plano preestaabelecido e segundo um traçado bastante irregular o que é resultado de uma topografia acidentada e da falta de métodos que caracteriza a reconstrução de Roma após sua conquistas pelos gauleses ( 390 a C )
É necessário acrescentar que na Roma republicana, as ruas são bastante estreitas e isso evidencia de forma cada vez mais que Roma está em processo de se tornar uma grande cidade, porém uma cidade mal concebida e mal construída
O melhoramento de Roma vêm sobretudo quando diversos imperadores dotam a cidade de vários equipamentos ( teatros, anfiteatros, ternas, basílicas, templos, ) e das grandes obras dos magistrados da época imperial, sendo elas as verdadeiras operações de urbanismo que transformaram a paisagem de Roma, fazendo de Roma " a rainha das cidades " o modelo que as cidades das províncias procuram imitar
O S P R O B L E M A S U R B A N Í S T I C O S D A C I D A D E D E R
HISTÓRIA DO URBANISMO
OS GRANDES PRINCÍPIOS DO URBANISMO ROMANO

Fundar uma cidade é para os romanos um ato sagrado que é marcado pela observação de um ritual arcaico tomado de empréstimo aos etruscos A primeira fase é um agouro destinado a se assegurar de que os deuses não se opõem à criação da cidade, depois vem a orientátio, que determina dois grandes eixos da cidade, suas duas ruas principais que se cruzam em ângulo reto: o decumanus leste oeste e o cardo norte sul, a cidade se integra a ordem geral do universo
O PLANO DAS CIDADES ROMANAS
Ele se caracteriza pelo emprego do pelo emprego sistemático do traçado ortogonal A cidade típica dos romanos, resultante das numerosas fundações urbanas do final do império republicano e do Alto Império adquire a forma de um quadrado ou um retângulo do qual o decumanus e o cardo constituem as medianas Essa concepção rigorosamente geométrica do plano já existia entre os etruscos, como o testemunham cidades Marzabotto e Cápua Mas nem todas as cidades etruscas possuem um plano ortogonal, neste grupo encontram se as que se encrustam em relevos escarpados
A FORMAÇÃO DOS GRANDES TEMAS DO URBANISMO CLÁSSICO
A planificação urbana é no renascimento que se elabora, através da configuração da cidade ideal a ideia projetada sobre o real. Entretanto o uso da planificação urbana se limita, no século XVI, à criação de cidades novas com dimensões geralmente limitadas O traçado urbano sua regularização é, na Idade Média, o resultado de um loteamento metódico Ele se torna no renascimento uma das condições de beleza de uma cidade A perspectiva está baseada na utilização de um movimento colado na extremidade de uma rua como marco e ponto de referência da visão
REGIME ADMINISTRATIVO E JURÍDICO DO URBANISMO ROMANO
Os problemas urbanísticos da cidade de Roma
1
) A regras competentes como na Grécia existem em Roma os serviços administrativos encarregados de limpeza pública e das construções Na época republicana, quem desempenha esses papéis são os supervisores de obras e os magistrados Os supervisores realizavam as tarefas relativas à via pública e aos esgotos, já o magistrado tem a responsabilidade da limpeza e da conservação

2
) A legislação urbanística A Lei das Doze Tábuas que determina a construção dar uma distância de dois pés e meio da propriedade vizinha, o que faz um intervalo de cinco pés ( 1,5 m ) entre duas casas Mias tarde, sob o império, uma abundante legislação proíbe demolições especulativas, essa preocupação com a estética encontra se em um decreto de vespasiano que abriga proprietários a ceder seus terrenos a quem queira reconstruir
3 ) A desapropriação na falta de um sistema geral de desapropriação compatível com a concepção romana do direito de propriedade, leva se em cons um certo número de casos onde o proprietário particular é ex desapossado de sua propriedade ou de parte dela em nome de u superior
CONTRIBUIÇÕES ROMANAS
Várias são as contribuições que, ausentes na edificação grega embora apareçam parcialmente no helenismo , constituem a colaboração de Roma à arquitetura ocidental A mais importante porém será o fim da limitação tradicional das experiências que traz consigo a ampliação e a pluralidade do programa construtivo romano e, consequentemente, a enorme ampliação e pluralidade do território da arquitetura romana Extraordinariamente complexas desde o fim das guerras púnicas e a expansão mediterrânea a sociedade e a arquitetura romanas se confrontam com temas construtivos que não apenas revolucionam a forma de abordar a arquitetura doméstica ( o palácio e a casa ) mas também multiplicam os conteúdos de lazer e funcionais que a arquitetura pública deve enfrentar, englobando o território da edificação e dele se apropriando Termas e basílicas ; teatros, anfiteatros e circos ; cisternas, aquedutos, pontes e construções utilitárias de todo tipo vão ser incorporados, aos poucos, ao campo da arquitetura Duas importantes contribuições romanas à história: a extrema criatividade que faz da sua obra uma enciclopédia morfológica da arquitetura com uma escala monumental, uma poderosa concepção espacial e uma clara definição dos grandes volumes ; e as novas técnicas construtivas de arcos e abóbadas que reduzem as colunas e arquitraves a motivos decorativos
VITRÚVIO E A TRATADÍSTICA ROMANA
São muitas as leituras que se pode fazer de Vitrúvio, tanto para contextualizá lo na história como para entendermos a mesma Seu caráter único e a venerabilidade atribuída aos textos clássicos durante a Idade do Humanismo como logo veremos farão de Vitrúvio uma espécie de bíblia laica da arquitetura para se consultar e fundamentar a autoridade de posturas culturais e formais muito diversas Ainda que essa veneração já esteja superada nos nossos dias, Vitrúvio continua nos interessando por diversos motivos, especialmente no contexto deste livro por nos apresentar a primeira tentativa conhecida de decupagem da essência da arquitetura em seus distintos componentes De fato, tentando definir e por isso delimitar essa essência, Vitrúvio alude a três fatores que devem representá la Em toda arquitetura ” disse “ deve se levar em conta sua solidez sua utilidade e sua beleza ” Ou empregando os termos em latim original, sua firmitas, sua utilitas e sua venustas Na realidade, a firmitas foi concebida por Vitrúvio em seu contexto histórico como um problema de estabilidade mas hoje essa resposta técnica afeta não somente os roblemas da força da gravidade e sim todas as questões de ambiente e conforto, respondendo à ampla complexidade tecnológica que todo projeto de arquitetura enfrenta atualmente Por sua vez, a utilitas, razão de ser de toda arquitetura, hoje tem uma riqueza de matizes impensável no tempo de Vitrúvio, que responde aos conteúdos programáticos com uma ampla variedade de diferenças funcionais que estendem o conceito de função não somente à utilidade física ou mecânica, mas também às finalidades sociais, pessoais e inclusive psicológicas que uma obra de arquitetura deve satisfazer em busca do bem estar humano Por último a venustas é parte essencial da arquitetura O problema da forma, de seu componente espacial e de sua volumetria, assim como o tratamento que certas edificações recebem em sua materialização e definição formal está muito longe de ser algo agregado à obra arquitetônica sendo inerente a ela mesma e transcendendo muito ao conceito superficial de beleza Firmitas, utilitas e venustas são os três componentes da arquitetura ainda em nossos dias
INTRODUÇÃO A HISTÓRIA DA ARQUITETURA
Executou o mais grandioso dos foros imperiais de Roma entro da vida pública romana e soberbo ornamento da cidade Se grande aparte da história Da arquitetura é a do crescimento domínio das formas orientais sobre a tradição grega, esse domínio se acentua na época dos Antonios no século II d C Este foro se organizava de maneira que um propileu arqueado dava entrada a uma praça quadrada de 126 metros de lado, rodeada de pórticos com colunas e presidida pelo monumento ao imperador

A CONSTRUÇÃO DE ROMANA
Além da ampliação do território e de sua grande criatividade Formal, a terceira grande contribuição romana a história da arquitetura é ampliação do repertório técnico e as novas técnicas de construção de paredes arcos e abóbadas que em determinado ocasiões são agregados ao repertório e aos princípios da arquitetura helênica A arquitetura romana não apenas incorpora o arco e a abóbada como elemento normais como faz desempenhar um papel primordial
O PANTEON PARADIGMA DA ARQUITETURA ROMANA
Da mesma forma como consideramos o Partenon como uma edificação exemplar da arquitetura grega, vamos considerar que a arquitetura romana chega a seu modelo ideal no panteon de Roma O panteon é praticamente uma esfera gigante de cerca de 43 metros de diâmetro resultado geometricamente como uma cúpula semiesférica sustentada por um cilindro cuja parede tem uma altura equivalente ao raio da cúpula Devido a maneira como foi construído, o Panteon é como uma grande ligela de tijolos cozidos A concepção clássica do templo como casa da divindade olímpica r inacessível foi radialmente subvertida tornando se um espaço para alojar o povo e isolá lo do mundo exterior Palácios, templos, lemas, anfiteatros e circos são inserções monumentais rigorosamente geométricas dentro da estrutura irregular da cidade e constituição composições urbanas que conectadas de forma caprichosa entre si formam em seu conjunto a forma rubis Roma
A CIDADE E A COLONIZAÇÃO ROMANA
Ao caráter único, inimitável e exemplos da experiência urbana de Roma se contrapõem todas as demais entidades urbanas romanas, tanto as de origem etrusca ou helenística como pumpela ou palestina quanto especialmente os acampamentos e as colônias romanas
O arco do triunfo é um fragmento de muro que embora isolado do resto da muralha tem a forma de uma porta de cidade os primeiros arcos de triunfo são os do império como os arcos de tito, de setimo, severo ou de constatino todos romanos e todos de grande beleza e elegância de suas proporções
OS
ESPAÇOS PARA A VIDA PRIVADA
A edificação romana também enfatizou a arquitetura doméstica chegando a desenvolver até três tipos arquitetônicos diferentes: domus ( ou habitação de cidadãos ) , insula ( ou edifícios de apartamentos ) e a villa ( ou casa de campo nos arredores da cidade ) No século II a C a influência grega transformou a casa romana introduzindo nela o pátio como área de maior importância arquitetônica
HISTÓRIA DA ARQUITETURA
A CIDADE CLÁSSICA COMO CIDADE POLÍTICA
A rigor, a urbe clássica não deveria ter casas, apenas as fachadas que são necessáriaspara fechar uma praça, cenário artificial que o animal político reserva do espaço agrícola A cidade clássica nasce de um instinto oposto ao doméstico Se constrói a casa para se estar nela ; se funda a cidade para sair da casa e reunir se com outros que também saíram de suas casas ” A cidade clássica é a cidade política: a cidade que vai da pólis grega à civitas romana e que chega até nossos dias com toda a exemplaridade e a especificidade de sua experiência urbanística
DA PÓLIS À CIVITAS: A RETÍCULA HIPODÂMICA

Os gregos concebem a cidade como uma área de dimensões finitas, abarcável ótica e politicamente Entendidos sempre como lugares individuais mais ou menos sagrados, seus assentamentos urbanos são implantados sobre uma topografia irregular e construídos como uma série de blocos ou células cuja soma totaliza o conjunto urbano,limitado de forma natural pela ladeira íngreme de uma colina ou pelo litoral Assim, com exceção das acrópoles e ágoras, as cidades da Grécia clássica eram um enxame de células irregulares Hipódamo cristaliza as ideias do momento em uma estrutura urbana característica que se repete nas cidades de colonização ; propõe alguns traçados de ruas regulares ao longo de padrões reticulados cuja inspiração provavelmente deriva da remota abilônia Intercalando praças abertas na disposição em grelha, no centro da retícula se encontra a ágora, espaço vetado ao tráfego de veículos Da mesma forma que na pólis clássica, na cidade hipodâmica faltam os eixos dominantes, e a posição dos edifícios principais ainda é determinada pelo espaço que a circunda Um exemplo emblemático desse conceito hipodâmico é o projeto do porto de Atenas ( Pireus ) , atribuído ao próprio Hipódamo, bem como as cidades de Mileto e Priene
Pode se dizer que uma cidade colonial romana é um sistema reticular de ruas cercadas por um muro Esse sistema configurador constitui uma estrutura simples para cidade, porém bem organizada
Dessa forma, são numerosos os exemplos de antigas cidades romanas As cidades em melhor estado de conservação se encontram no norte da África ( como Timgad, na Argélia ) , onde não foram avistadas pelo desenvolvimento posterior do mundo ocidental
A C I D A D E R O M A N A
No Estado romano, que realiza a unificação política de todo o mundo mediterrânico, devemos distinguir: 1 ) o ambiente originário no qual nasce o poderio romano, isto é, a civilização etrusca que entre os séculos VII e VI aC se estende na Itália desde a Planície do Pó até a Campânia ; 2 ) a excepcional sorte de Roma, que começa como uma pequena cidade sem importância, na fronteira entre o território etrusco e o colonizado pelos gregos ; desenvolve se depois até se transformar na urbe, a cidade por excelência, capital do império ; 3 ) os métodos de colonização usados pelos romanos em todo o território do império ; em nosso campo iremos descrever três grupos de modificações do território: a ) as " infra estruturas " : estradas, pontes, aquedutos, linhas fortificadas ; b ) a divisão dos terrenos agrícolas em quintas cultiváveis ; c ) a fundação de novas cidades ; 4 ) a descentralização das funções políticas no final do império ; daí as novas capitais regionais, e a capital do Oriente, Constantinopla, onde o governo imperial continua por mais dez séculos
Constantinopla torna se posteriormente Istambul, a capital do império turco, e continua uma das principais cidades do mundo ocidental até a época moderna Nesta cidade viveram, até o século III d C , de 700 000 a 1 000 000 de habitantes ; a maior concentração humana até agora realizada no mundo ocidental Devemos imaginar, em volta dos monumentos públicos, a multidão das casas, e analisar o funcionamento total deste grande organismo

Os Catálogos Regionais fornecem, no fim do século III, os seguintes dados estatísticos: 1.790 domus e 44.300 insulae. As domus são as casas individuais típicas das cidades mediterrânicas com um ou dois andares. fechadas na parte externa e abertas para os espaços internos ; compreendem uma série de locais de destinação fixa, agrupados ao redor do atrium e do peristilium, e cobrem uma superfície de 80 1 000 metros quadrados, corno as bem conhecidas casas de Pompêia e de Herculan a são reserva das para as famílias mais ricas, que ocupam, por si só, um terreno precioso
A COLONIZAÇÃO DOS TERRENOS AGRÍCOLAS
Os traçados retilíneos das estradas principais servem de linhas de referencia para a divisão racional do território cultivável ( centraliutio ) , onde este tá atribuído como coluna romana ou latina enviados aos territórios de conquistas Os traçados retilíneos das estradas principais servem como linha de referência para divisão racional do território cultivável, onde este é atribuído aos donos romanos ou latinos, enviados aos territórios de conquista Onde esta baseada numa grade de estradas secundárias também chamada de limites, esses limites são fronteiras cadastrais e estradas públicas, que realizam um sistema de vias secundárias o que garante a penetração capilar do sistema agrário, econômico e administrativo romano
R E F E R Ê N C I A S
B E N E V O L O , L e o n a r d o . A Cidade Romana .

P E R E I R A , J o s é R a m ó n A l o n s o Introdução à história da arquitetura: das origens ao século XXI . T r a d u ç ã o A l e x a n d r e S a l v a t e r r a . D a d o s e l e t r ô n i c o s . P o r t o A l e g r e : B o o k m a n , 2 0 1 0 .
H A R O U E L , J e a n L o u i s . História do urbanismo . T r a d u ç ã o : I v o n e S a l g a d o . C a m p i n a s S ã o P a u l o . P a p i r u s 1 9 9 0 .