BAIRRO JATIÚCA, MACEIÓ/AL SOB A ÓTICA DE M° ELAINE KOHLSDORF

Sob a ótica de Mª Elaine Kohlsdorf

INTRODUÇÃO

DESEMPENHO TOPOCEPTIVO NA REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA SECUNDÁRIA

TÉCNICADECARACTERIZAÇÃO PELASCATEGORIASMORFOLÓGICAS ESTRUTURAISDOESPAÇOURBANO CATEGORIA SÍTIO FÍSICO SOLO

SISTEMA HÍDRICO VEGETAÇÃO CATEGORIA PLANTA BAIXA

CLIMA

TIPOS DE MALHA TIPOS DE PARCELAMENTO RELAÇÃO ENTRE CHEIOS E VAZIOS

CATEGORIA CONJUNTO DE PLANOS VERTICAIS

INTRODUÇÃO

A Jatiúca já era um bairro nobre em Maceió, tudo começou com um sítio de coqueiros que ainda hoje é preservado pelos herdeiros do historiador e folclorista Théo Brandão, à beira mar. No entanto, o bairro cresceu bem mais distante da orla no qual, hoje em dia, cada espaço é disputado pelas construtoras para edificar modernos prédios de apartamentos e hotéis em que foi crescendo com a abertura de novas ruas, até o inicio do Loteamento Stella Maris, hoje uma das áreas mais valorizadas para construção de mansões e edifícios de apartamentos.

Diante disso, realizamos um estudo com base no livro "A Apreensão da Forma da Cidade" Cap. 05 de Mª Elaine Kohlsdorf, apresentando os tópicos necessários para entendimento e análise geral do bairro contendo croquis, fotografias, justificativas e abordagem do conteúdo de acordo com a autora.

ANÁLISE

TOPOCEPTIVA

A análise topoceptiva, é também conhecido como terceiro nível de observação dos fenômenos, em que as características morfológicas dos lugares são conhecidas como informações objetivas, secundárias ou dados, que têm como principal atributo a exatidão. Identificar as condições topoceptivas de certa situação (real ou virtual) é fundamental para observar como se comporta o objeto percebido e imaginado, e por tais razões devemos considerar primeiro em função da percepção, pois é o momento da orientação no espaço e identificação imediata, em segundo, a imagem mental, onde se dá a realização das expectativas topoceptivas

O objetivo é vincular atributos no espaço, muito próximos à sua realidade objetiva, a suas características quando percebido, ou seja, expõe aqueles elementos relacionados com os eventos sequenciais e que serão, em seguida, imageticamente representados. As características morfológicas são consideradas de natureza objetiva, porque foram processadas para corresponder com maior precisão possível às qualidades reais da situação representada, no qual referem se às dimensões, proporções e composições plásticas assumindo uma representação geométrica elaborada (secundária) euclidiano

F O R M A D O

E S P A Ç O U R B A N O

O avanço na análise da forma dos lugares no nível de suas informações secundárias à natureza arquitetônica do espaço da cidade. Os trabalhos de Trieb, desde 1974, é de Trieb e Schmidt, a partir da década de 1980, envolvendo pesquisa e projeto da escala urbana, tem realizado numerosos planos urbanísticos em diversos continentes, tanto para centros históricos, quanto para aldeias e cidades inteiras. Eles utilizam a representação geométrica secundária do espaço para verificar as condições imagéticas das situações abordadas e realizar os respectivos projetos de modo a garantir a permanência de uma boa qualidade de sua imagem, ou o sentido de transformá la em uma melhor Ou seja, ao nível de formação da imagem mental, o que lhe fornece avaliações e metas. Sendo assim, o meio natural deve ser observado como categoria morfológica, ou seja, construção da imagem dos lugares. Podendo ser utilizadas na investigação e na avaliação de desempenho da forma do espaço segundo vários aspectos (como funcionários, bioclimáticos, etc.).

Requerem exames como composição plástica, descritas pela geometria e qualificadas pela abstrações que revelam tipos. De modo a terem tipos mórficos. Para uma esfera de classificações onde apenas comparecem informações relevantes à definição configurativa do lugar estudado. Há duas categorias: uma que abrange o meio natural, base das transformações que produzem arquitetura. E outra que aborda a estrutura intensa do espaço como tridimensionalidade. Outras duas categorias correspondem a análise em planta baixa e em cortes e fachadas. E mais duas: uma das edificações, e outra do imobiliário urbano. Por exemplo, em um certo bairro o relevo pode ser muito presente, e a maioria dos eventos sequências. Ora fecha perspectivas muito curtas. E ora propicia mirantes e impedimentos. Estes procedimentos fornecem informações seguras para decisões de projetos, no sentido tanto de respeitar os rumos de tais processos urbanos quanto de interferir nos mesmos e alterá los.

C A T E G O R I A

S Í T I O F Í S I C O

Para Kohlsdorf, esta categoria identifica como os elementos físicos se comportam no ambiente, trata se assim de caracterizar, por exemplo, as formas do relevo do solo, de um conjunto de árvores e arbustos, de um rio ou de lago e estabelecer em que medidas participam do desempenho topoceptivo de um determinado lugar. Deste modo, irá demonstrar sua influência nas pessoas por meio da orientação que é estabelecido em cada lugar. E assim foi realizado um estudo do Bairro da Jatiúca, apontando esses elementos, e sua ação no local de estudo.

S O L O

Quase urbanizado por completo, o bairro da Jatiúca está localizado em uma planície costeira, seu terreno é plano e possui uma declividade, onde o ponto mais baixo fica sob a margem do Oceano Atlântico.

SISTEMA HÍDRICO

Como recurso hídrico localizado no bairro, podemos citar a Lagoa da Anta, que embora pequena a água que ela oferece é limpa e potável E o outro é o Oceano Atlântico, este pode provocar mudanças na temperatura de acordo com as mudanças climáticas.

VEGETAÇÃO

Apresenta vestígios de vegetação herbácea (gramíneas), uma boa quantidade de coqueirais ao longo da praia, que oferecem sombra aos diante da brisa do litoral, como também é possível encontrar vegetação arbustiva (poucas árvores e espaçadas) de forma mais pontual em todo o bairro da Jatiúca. Nas Avenidas, como a Amélia Rosa, encontramos muitas árvores do começo ao fim da via, o que favorece na ventilação e sombra.

C L I M A

O clima é quente e úmido, os ventos são predominantemente vindos do nordeste, e o sol nasce no leste e se põe no oeste, favorecendo a formação de brisas, que durante o dia, com o nascer do sol, o continente se aquece mais rapidamente do que o oceano devido às suas propriedades térmicas.

C A T E G O R I A P L A N T A B A I X A

T I P O S D E M A L H A

Segundo Kohlsdorf, a colocação em evidência dos eixos dos canais de circulação em planta baixa caracteriza o tipo de malha. No bairro da Jatiúca identificamos um traçado predominantemente ortogonal com linhas geométricas e ângulos retos com 90° , poucos traços mistos, em praticamente todo o bairro existe simétria, no limite com o oceano o bairro possui uma linha curva na Av. Álvaro Otacílio, e no limite do bairro na Av. Dona Constança de Góes Monteiro identificamos uma linha ortogonal inclinada.

QUADRA DO PROJETO

QUADRA ESCOLHIDA

Para Kohlsdorf, este elemento se refere a meneira como o solo é dividido para vários tipos de ocupação, sejam edifícios ou áreas abertas. Existem duas instâncias de observação dos tipos de parcelamento: uma refere se as quadras e quarteirões (macroparcelas) e a outra às parcelas no interior dos mesmos (microparcelas).

Consiste nas dimensões e proporções diante das leis de composição observadas como figuras planas (polígonos) Acontecendo de duas formas básicas: por lotes ou por projeções.

Conforme os croquis apresentados ao lado, na quadra do projeto, vemos que possui uma divisão uniforme seja retangular ou chanfrada ou entre outras figuras planas poligonais, e seus recortes com os recuos presentes. Essa análise é válida também para a quadra escolhida, em que mostra se mais uniformidde das formas

QUADRA DO PROJETO

QUADRA ESCOLHIDA

Procurando observar a composição que se estabelece entre base, formado pelo solo liberado de volumes, e estes últimos por meio de sua representação cartesiana no plano horizontal.

Observa se as relações entre fundo e figura na planta baixa (KOHLSDORF)

O bairro da Jatiúca é formado por lotes que em sua maior parte está bem urbanizada, em alguns pontos específicos encontramos vegetação do tipo arbórea e arbustiva, e não é diferente nas quadras em destaque (Quadra do projeto, quadra escolhida, onde identificamos de forma clara os recuos das eficações).

R

C A T E G O R I A C O N J U N T O D E

P L A N O S V E R T I C A I S

P R O J E T O

Kohlsdorf explica que nestá categoria é realizado um estudo da composição plástica das projeções ortogonais do plano vertical, que tradicionalmente nos fornecem cortes e fachadas, e refere se efeitos conhecidos como silhuetas, perfis ou skylines das cidades.

D A

O tipo de representação mais utilizado em análises de configuração urbana são as silhuetas, moda lidades de planos verticais composta por uma figura plana que não coincide, necessariamente, com os perfis dos lugares, porque se expressa como figura opaca contra fundo. Para que tal se realize, é necessário certo grau de proximidade entre os volumes de modo a eliminar a percepção de seus planos de fuga; neste mesmo sentido trabalha o aumento da distância entre observdor e quadro observado.

P E

F I L F O T O G R Á F I C O Q U A D R A D O

P E R F I L F O T O G R Á F I C O Q U A D R A E S C O L H I

L I N H A S D E C O R O A M E N T O

Delimitam as silhuetas na parte superior, definindo as como figuras planas colocadas com contraste no o fundo. As vistas ao lado, há uma quebra das linha retas entre uma residência da outra e na inclinação do telhado no perfil da quadra do projeto. Já na quadra escolhida, prevalece uma continuidade das linhas retas com a quebra apenas entre os imóveis.

O sistema de elementos apresenta, vistos ao lado, uma potuação característica de cada silhueta, mudanças bruscas do movimento de seu contorno superior, sendo as diferentes alturas e intervalos entre eles, como também a relação de fundo e figura.

Trata se da análise dos assentamentos por intermédio das silhuetas, no qual é a estrutura das forças compostas por diferentes larguras da silhueta e suas dimensções verticais, cada uma possui um caso particular podendo ser representadas a partir das pontuações.

L I N H A S D E F O R Ç A

S I S T E M A S D E P O N T U A Ç Õ E S

C A T E G O R I A E D I F I C A Ç Õ E S

R

E L A Ç Õ E S I N T E R V O L U M É T R I C A S

Nesta categoria observamos as qualidades morfológicas dos edifícios das quadras em estudo, é importante constatar as características dos assentamentos de natureza urbana por sua condição de componente dominante em termos de quantidade ou tamanho.

Nas relações intervolumétricas observamos as relações laterais entre os volumes edificados, ou seja, os afastamentos laterais das divisas dos lotes. Procura se assim tipificar os lugares pelo grau de aproximação e intersticialidade.

R E L A Ç Õ E S D A E D I F I C A Ç Ã O C O M O L O T E

E O E S P A Ç O P Ú B L I C O

Refere se a implantação do edfício no lote como transição entre instâncias públicas e privadas, realizadas pelas portas da edficação, seus afastamentos frontais e a presença ou ausência de muros e sercas separando o lote da área livre pública.

Conclusão Conclusão

Diante do estudo realizado sobre o bairro Jatiúca, no processo do conhecimento da análise topoceptiva da autora KOHLSDORF, fica claro a importância do entendimento da morfologia urbana para projetar, pensando na influência que o projeto trará para a cidade e para as pessoas conforme as qualidades reais da situação representada tomando como atribuito, as caracterísiticas presentes nos tópicos analisados. Contudo, para o projeto urbanístico é de fundamental importância o entendimento da morfologia e sua geometria secundária do espaço com sua aplicação extremamente discutível, e sua estruturação da forma no espaço urbano.

Referências: Referências:

DESEMPENHO topoceptivo na representação geométrica secundária.. In: KOHLSDORF, M. E.. A apreensão da forma da cidade. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1996.

Disponível em: http://www.bairrosdemaceio.net/bairros/jatiuca

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