ACESSIBILIDADE E PATRIMÔNIO Uma difícil relação
Discentes: Ana Clara Marinho Ana Paula Lins Bianca Sarmento Doscente: Vanessa Gonçalves
INTRODUÇÃO Acessibilidade da informação e do acervo. Uma boa acessibilidade do espaço não é suficiente. É indispensável criar condições para compreender e usufruir os objetos expostos num ambiente favorável. Para, além disso, acessibilidade diz respeito a cada um de nós, com todas as riquezas e limitações que a diversidade humana contém e que nos caracterizam, temporária ou permanentemente, em diferentes fases da vida. (instituto português de museus, 2004). No Brasil, os resultados do Censo do IBGE de 2000 mostram que 14,5% da população brasileira apresentam algum tipo de incapacidade ou deficiência. São pessoas com ao menos alguma dificuldade de enxergar, de ouvir, de locomoverse ou com alguma deficiência neurológica.
MUSEUS, AMBIÊNCIAS E ACESSIBILIDADE
O contato com a diversidade de pessoas e ambientes funciona como uma boa ferramenta que fornece “condições plenas de desenvolvimento, gerando a consciência de si e do entorno que são provenientes da riqueza experiencial” (elali, 2003). Ambiências nos levam a refletir sobre experiência, percepção e ação situadas em um determinado contexto museal. Quando nos locomovemos e nos relacionamos com as outras pessoas nestas ambiências, podemos nos esbarrar ou estabelecer estratégias de afastamento para evitar o encontro. Ao mesmo tempo, estaremos vivendo emoções no ato ordinário de nosso corpo caminhando e se situando no espaço.
A mobilidade, do ponto de vista de situações de percepção, está situada conforme uma deficiência, que também envolverá sentimentos nos percursos. A diversidade de fenômenos fornece um conjunto de sensações e de percepções que fazem com que o ambiente museológico seja dotado deste poder de mobilização capaz de gerar medos e inseguranças, mas também emoções e afetos pelo lugar, pode-se acrescentar a questão da acessibilidade aos espaços que não está condicionada apenas às características físicas dos ambientes. O ambiente sensível assume um importante papel no fornecimento das habilidades dando um sentido à dinâmica da percepção situada das pessoas e despertando sentimentos na sua relação com o museu.
Portanto, pode estabelecer um amplo programa de estratégias capazes de proporcionar a inclusão de pessoas com deficiência nas ambiências dos museus tombados pelo patrimônio, resgatando sua identidade nestes lugares e a apropriação que buscam alcançar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS A noção de “ambiência” é de extrema importância para o entendimento da percepção dos espaços museográficos percorridos por nossos sujeitos, colocando em evidência todos os seus sentidos e as suas sensações ao caminharem pela cidade e se dirigirem ao museu. Para Thibaud (2004), “o lugar possui um investimento corporal indissociável de seu poder de orientação e de expressão”. Um museu deve estimular o desenvolvimento de experiências, memórias e passados diversos, resgatando os laços afetivos que se podem estabelecer com a instituição e contribuindo para seu verdadeiro sentido na cidade. Isto significa também falar do resgate da identidade e apropriação das ambiências museais por todos os seus usuários. Museu Imperial de Petrópolis - RJ
ANÁLISE CRÍTICA Diante do que foi estudado, vimos que existe uma carência em relação à acessibilidade nos museus tombados pelo patrimônio, que por ser antigo, muitos deles ainda não tem recursos suficientes para atender as pessoas deficientes, no qual precisam ser incluídas tanto na sociedade como nos lugares, sendo assim, promovendo a sensação de desfrutar de um ambiente sensível amplo de habilidades e resgatando o sentimento de identidade e apropiação do lugar. Isso é funtamental, trantando-se de um aspecto generalizado que a arquitetura tem como obrigação de cumprir e promover acessibilidade nos lugares.