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A pandemia de Covid-19 e a questão da mulher
de 2020, é visível que as mulheres foram as mais afetadas pelo desemprego, provavelmente pelo fato de essas ficarem incumbidas das tarefas domésticas e cuidados dos filhos. Também é possível perceber que, dado o mesmo intervalo de tempo, os homens já haviam superado a quantidade de pessoas que estavam trabalhando em maio/2020 quando a pesquisa havia começado.
o aumento do trabalho informal foi mais expressivo, o que pode ser explicado pelo fato de o auxílio emergencial ter sido reduzido, e assim, muitas famílias tiveram de procurar alguma forma de complementar a renda. No caso das mulheres, quando chefes de família elas recebiam o dobro do benefício, política importante para um grupo já é considerado vulnerável sem estar na pandemia.
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enfrentam, segundo publicação da ONU Mulheres (2020), no mundo, 243 milhões de mulheres e meninas com idade entre 15 a 49 anos, sofreram algum tipo de violência (sexual e/ou física) por um parceiro nos últimos 12 meses.
Esse item objetiva a refletir sobre a situação da mulher frente à atual pandemia de Covid-19. Já que houve uma desaceleração da economia pelo fechamento do comércio, por conseguinte, o aumento do desemprego. Para as famílias que conseguiram manter o seu emprego como se deu a divisão de tarefas?
A pesquisa da Laudes Foudation , citada anteriormente, trouxe alguns levantamentos acerca da pandemia, de forma geral, as mulheres foram maioria que tiveram redução de jornada de trabalho e /ou salário, com a ressalva de que as percentagens entre homens e mulheres não destoaram muito, com uma variação de 5% a 2%, visto que a sociedade, de modo geral, foi afetada com a pandemia. Entretanto, nas questões domésticas as mulheres foram as que sentiram o aumento da carga de trabalho doméstico, 75% delas alegaram que tiveram esse aumento enquanto para os homens essa porcentagem foi de 45% (Laudes Foudation, 2020). A pesquisa demostra como as mulheres foram as que mais sofreram com as múltiplas jornadas de trabalho, só reforçando o estereótipo que se perpetua pela sociedade.
Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios COVID-19 (PNAD COVID-19), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que fornece dados referentes aos impactos da pandemia na vida do brasileiro, o recorte feito para o interesse deste estudo é referente a força de trabalho. Segundo o próprio site do IBGE (2020), a amostra fixa1 totalizou cerca de 193 mil domicílios por mês. O gráfico 1 trata do número de pessoas trabalhando durante o período da pandemia do ano
1 Amostra fixa: os mesmos domicílios foram entrevistados durante os 7 meses de pesquisa. Fonte: <https://www.ibge.gov. br/estatisticas/investigacoes-experimentais/ estatisticas-experimentais/27946-divulgacaosemanal-pnadcovid1?t=o-que-e&utm_ source=covid19&utm_medium=hotsite&utm_ campaign=covid_19>
O gráfico 2 trata das pessoas que estavam trabalhando na situação de informalidade, podendo-se observar um comportamento parecido ao primeiro gráfico. É possível verificar que, no caso dos homens,

Por último, o gráfico 3 reforça o que já havia sido evidenciado, as mulheres foram mais demitidas ou tiveram que parar de trabalhar.
A questão do trabalho não é o único problema que as mulheres
Outro ponto abordado é que devido as medidas de isolamento social, as mulheres acabam ficando isoladas com seus parceiros violentos, sem pessoas ou meios que possam ajudá-las. Agrava-se quando se leva em consideração que menos de 40% das mulheres denunciam ou procuram algum tipo de ajuda.