A REGIÃO do Alto Vale 4ª edição

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A REGIÃO

Presidente Getúlio, população cresce 34,45% em 12 anos

Cooperativa

Sicoob

Alto Vale completa 35 anos de fundação

Bonequeiro

Willian

Sieverd

apresenta

Kasperl e a

Cerveja do Papa

9 FOTO DIVULGAÇÃO Ano I de 6 de julho a 20 de julho de 2023
DO ALTO VALE página
página 3
página 6 e 7 FOTO MANUELA BERTOL

OPINIÃO

Mario Cezar de Aguiar, presidente da FIESC

Com 21% do total brasileiro, os portos catarinenses movimentam mais contêineres do que toda a Argentina. Trata-se de um dos mais importantes complexos portuários da América do Sul, fundamental para um estado que registrou em 2022 corrente de comércio de US$ 41 bilhões. O empresário catarinense tem cultura de comércio internacional e precisa de portos eficientes. O estado possui terminais privados, em Itapoá e Navegantes, que comprovam que é possível ser muito mais produtivo com gestão profissional e sem ingerência política, impulsionando toda a economia. Mas precisamos estar alertas, ou o cenário estadual vai se deteriorar.

A FIESC chama atenção há muitos anos para a necessidade de investir nas rodovias que ligam os portos à indústria e na estruturação de um sistema ferroviário que conecte os portos catarinenses à malha nacional. Também temos destacado a urgência de adequarmos nossos terminais à tendência internacional de uso de embarcações cada vez maiores, de até 400 metros. Se não fizermos isso rapidamente, cargas hoje movimentadas aqui irão para os portos de Rio Grande, Paranaguá e Santos, que avançaram na preparação de suas estruturas.

Este é um assunto que não pode ser avaliado com viés ideológico. Por isso, a FIESC defende a continuidade do processo de desestatização do Porto de Itajaí. Não podemos nos dar ao luxo de renunciar a investimentos que são urgentes. Da mesma forma, Santa Catarina precisa se unir em torno das obras estruturantes que não estão sob gestão privada: a correção do canal de acesso à Baía da Babitonga e a segunda etapa da bacia de evolução da Foz do Rio Itajaí. São investimentos cruciais para a continuidade da modernização dos terminais, mas de baixa monta, se considerarmos o impacto econômico da atividade portuária.

A hora de agir é agora. A receita de ICMS gerada pelos portos é estimada em R$ 5,1 bilhões anuais e cada contêiner movimentado pelos nossos portos gera cerca de R$ 4 mil na economia. Porto competitivo é imprescindível para garantir o suprimento de matérias-primas e a distribuição da produção industrial; é essencial para a inserção internacional e a consequente geração de empregos, renda e desenvolvimento. O futuro de Santa Catarina passa pelos portos.

Novo comandante

Ambiental, Gerenciamento de Projetos e Perícia de Acidentes de Trânsito. Durante a maior parte de sua carreira atuou no Posto de Rio do Sul, ocupando inclusive a Delegacia da PRF, até o órgão ter sido transferido para Itajaí. Teve atuação destacada na região pelas palestras ministradas em escolas e empresas sobre questões relacionadas sobre trânsito e também da Lei Seca. Desejamos sucesso na nova jornada.

Eleições em Rio do Sul

so estado. Pena que por aqui, quando chegam, vem salgadas como o mar.

Audiência Pública

O policial rodoviário federal Manoel Fernandes Bitencourt tomou posse como Superintendente da PRF em Santa Catarina. Na mesma ocasião, o policial rodoviário federal Diego Fernandes Brandão tomou posse como Diretor da Universidade Corporativa da PRF (UniPRF). Natural de Jaguaruna, SC, Manoel Fernandes é policial rodoviário federal desde 1994. Tem bacharelado em Direito, formação em Administração de Empresas e pós-graduação em Direito

Jaime Pasqualini, Gariba, Gerri Consoli, Dra. Karla, Mário Miguel, Jailson, Nilson Crespi, são alguns nomes que começam a circular como possíveis candidatos à prefeitura de Rio do Sul. Os partidos estão realizando suas pesquisas internas e há resultados para todos os gostos. Muitos boatos daqui e de lá, mas é bom avisar a cachorrada que gosta de fake news: Nada está definido e falta pouco mais de um ano para o pleito. Sabemos por experiência de anos que tudo dependerá de acertos, coligações, de todos os tipos e modelos. Bom é que já começou. Boa sorte a todos.

Tainhas

Finalmente os lances ou lanços vieram a toda. Cada bicho grande. Pescadores estão felizes no litoral de nos-

Deputado estadual Gerri Consoli movimentou o mundo e trouxe pra cá a Audiência Pública da Assembleia Legislativa de Santa Catarina sobre as barragens e cheias. Para vocês que colocam faixas pedindo mais barragens, canais extravasores e outras coisas, foi hora de mostrar a cara e aparecer no evento. Falar e falar não adianta. Agora vamos aguardar as providências, as práticas e efetivas, principalmente.

APAD

A Associação Protetora de Animais Desamparados de Rio do Sul, merece toda nossa homenagem e elogios. Voluntários fazem esforço hercúleo para manter a entidade, que vive de doações e campanhas. Tão logo eu volte ao ar, quero ajudar mais ainda nas campanhas. Aliás, este Jornal já está de portas abertas para vocês. Mandem notícias.

Erramos

Na edição anterior foi mencionado que a empesa Frahm completou 63 anos de fundação. Na verdade foi 62.

Festa de São João I

Acabaram com a festa e o amadorismo na administração impera. Sem cerveja, sem fogueira, sem os jogos típicos, preços caros em certos itens. É, depois que o padre “televisivo” passou por aqui e graças a Deus foi removido – e que bons ventos o levem, conseguiram ACABAR com o resto. É um pensamento retrógrado. Arcaico é pouco. Medieval, para ser mais preciso.

Festa de São João II

Na festa não se vendeu cerveja, mas nos arredores, teve gente lucrando. Se Pedro não faz, o João faz. Fogueira? Tem aos montes, só não fa-

zem por preguiça e assim caminha a humanidade. Prova disso é a falta de adesão de parte da comunidade.

Falta de Leitos

Faça de tudo para não precisar ser hospitalizado. Está tudo lotado. Falta UTI aqui e em outras paragens. Melhor não arriscar. Imprensa omissa, não fala nada. Que pena.

Animais abandonados

Pena que o IBGE não pesquisa, mas, qualquer dia teremos mais cães e gatos abandonados nas ruas, do que habitantes (os chamados seres humanos) em Rio do Sul. Está uma vergonha. A APAD, com muito esforço, faz a sua parte, mas, o recolhimento destes animais deve começar a ser pensado em grande escala. Tá feia a coisa.

Fui. Tchau.

Diagramação: Istela Capristano

EDITORIAL 2 A REGIÃO do Alto Vale / Rio do Sul, 6 de julho a 20 de julho de 2023
JÚLIO
Jornalista Reg. 4012 SC - contato@colunistasocial.com.br
RAMOS.
Competitividade portuária: é hora de agir Expediente O jornal A Região do Alto Vale é uma publicação da empresa Brasil Bid Ltda. CNPJ – 04.465.909/0001-76 Contato: (47) 98899-9268 e-mail – aregiaoav@gmail.com Colaboradores voluntários desta edição
Adriane Rengel; Aline Kummrow; Debora Claudio; Josiani dos Santos; Júlio Ramos; Magali Moser; Orlando Pereira; e Roberto Ribeiro.

Sicoob promove desenvolvimento do Alto Vale

Participação nos resultados e taxas mais justas, são alguns dos grandes diferencias das cooperativas financeiras, como o Sicoob Alto Vale. A cooperativa financeira que nasceu da união de pequenos produtores rurais da região do Alto Vale, completou 35 anos da sua fundação no dia 1º de julho de 2023.

Sob o legado e os princípios dos fundadores, a cooperativa segue avante com o objetivo de oferecer soluções financeiras sustentáveis e conexão humana. Com quase 50 mil associados, o Sicoob Alto Vale encerrou 2022 com mais de R$ 1,1 bilhão em ativos totais, índice que comprova a solidez e a confiança da cooperativa essencialmente do Alto Vale.

“Eu sou o primeiro associado e fui escolhido como presidente fundador, jamais imaginei que um agricultor, como eu, poderia ser presidente de uma cooperativa de crédito. É um orgulho imenso ter participado dessa

construção e ver a evolução do nosso Sicoob”, destacou o sócio fundador, Henrique Backmeier.

Atualmente com 27 Pontos de Atendimento, o Sicoob Alto Vale está presente em 23 municípios da região. Com força inicial no meio rural, a cooperativa ampliou seu perfil de atuação em 2012. A pluralidade dos associados, fez com que o Sicoob evoluísse a cada ano. Sob o comando de um dos principais Sistemas Cooperativos do Brasil e um Banco próprio, o Sicoob Alto Vale se tornou ao mesmo tempo bairrista, prezando pela atuação apenas nos municípios do Alto Vale, e continental, já que um associado Sicoob, mesmo que do Alto Vale, pode ser atendido em qualquer cooperativa do Brasil.

“Nosso olhar está no futuro, com os pés no chão, vamos trabalhando para fomentar o crescimento da nossa região. Estamos a cada ano nos tornando mais fortes para fazer

frente a necessidade dos nossos cooperados. Sem perder o foco nos princípios do cooperativismo e mantendo o atendimento pessoal, o Sicoob vem buscando o melhor da tecnologia para aprimorar também o digital. Acreditamos na união de forças, na cooperação como meio de transformação para uma sociedade mais justa”, ressalta o presidente do Sicoob Alto Vale, Pedro Locks.

HISTÓRIA

O Sicoob Alto Vale nasceu dentro da Cooperativa Regional Agropecuária Vale do Itajaí (Cravil), por isso seu primeiro nome foi CREDICRAVIL. A Cooperativa foi fundada por 24 produtores rurais. Foi fundada em 1º de julho de 1988 e iniciou suas atividades em 22 de novembro de 1988.

A REGIÃO 3 A REGIÃO do Alto Vale / Rio do Sul, 6 de julho a 20 de julho de 2023
COOPERATIVISMO

Enchente que ocorreu há 40 anos entrou para a história

O mês de julho de 1983 certamente ficou guardado na memória dos catarinenses, especialmente os moradores do Vale e Alto Vale. Depois de vários dias de chuvas intensas, o nível do Rio Itajaí-açu atingiu o nível de 13,58 metros no próximo dia 9. No Centro de Rio do Sul apenas a Catedral e o Colégio Dom Bosco não ficaram alagados. Cerca de 25 mil pessoas ficaram desabrigadas, que correspondia na época a 54% da população.

O chefe de gabinete do prefeito Danilo Lourival Schmidt, Aldo Siebert, observou que a enchente pegou todos se surpresa. A maior até então tinha sido a de 1954 e depois a de 1957, antes das construções das barragens de Taió e Ituporanga. “Quando começou a chover intensamente mesmo os moradores mais antigos imaginavam que ocorreria a maior enchente que se tem notícia”. O nível subia tão rápido que muita gente saiu de casa com apenas a roupa do corpo.

O drama estava só começando. Sem comunicação rodoviária com o restante do estado não tinha como chegar comida e combustíveis. A Defesa Civil existia apenas no papel. Sem acesso ao Centro Administrativo, o prefeito despachava no comando da Polícia Militar. O local também

abrigava os demais serviços. Siebert morava no Bairro Budag. Diariamente ele ia de casa até na PM, usando uma bateira a motor para atravessar o rio. “Recebia as orientações do Danilo e tentava atender os moradores deste lado da cidade”.

O nível do rio demorava para baixar. Sem energia elétrica e comunicação não tinha como pedir “socorro” e nem informações sobre as barragens. “Faltava experiência e não tínhamos mapeados os locais para alojar tanta gente, diferente do ano seguinte”. Com todos os supermercados inundados, começou a faltar comida, água mineral, entre outros itens, como de limpeza e higiene.

Siebert recorda que somente depois que os helicópteros da Marinha, Exército e da Aeronáutica começaram a chegar a Rio do Sul a situação da alimentação passou a ser resolvida. Com a falta de acesso as aeronaves se deslocavam até determinados pontos nos bairros. No Centro inicialmente era feita no quartel da PM e depois no Colégio Dom Bosco, com a coordenação da primeira-dama, Jane Ghizzo Schmidt.

O rastro de destruição pode ser percebido só quando o nível baixou. Os comércios e as indústrias, sem tempo para retirar estoque e maquinário, tiveram perdas quase total. “A população ajudou o poder público a reconstruir Rio do Sul”, complementou Siebert.

O então diretor comercial da Rádio Mirador, Mário Binder, conseguiu mobilizar o governo do Estado, através da RBSTV, pedindo ajuda urgente em especial para a população. Sem telefone a comunicação foi feita através dos radioamadores Adolfo Thiede e Mário Wodecke. Sem energia elétrica e acesso, a emissora saiu do ar, ficando os moradores sem uma referência. Binder recorda que nas regiões que havia energia, as pessoas assistiam a RBS de Florianópolis, que mostrava a situação em outras regiões do estado, focando a cobertura em Blumenau. “Nós embaixo d’água, faltando tudo e não se falava nada”. Com a ajuda dos radioamadores de Rio do Sul foi possível manter contato com a emissora. “Recordo do boletim que fiz ao vivo, descrevendo o caos que estávamos vivendo naquelas semanas”. “Passei inclusive as coordenadas geográficas para auxiliar no pouco dos helicópteros. A partir do momento que a entrevista foi ao ar, a ajuda do Estado começou a chegar. “Além de alimentação, não havia combustível para abastecer os barcos que faziam o socorro”. “Na verdade, não sei se foi em decorrência do meu apelo, ou coincidência, mas Rio do Sul passou a receber ajuda de todos os cantos”. Quando o rio voltou ao seu nível norma, o tráfego na BR-470 foi restabelecido. Com isso os donativos que até então vinham de helicóptero passaram a chegar via rodoviária. “Não faltou mais nada, mas antes a população viveu um drama, porque não imaginava a proporção da tragédia”, complementou.

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CATÁSTROFE FOTO MARZALL/DIVULGAÇÃO – ORIGINAL P/B

Reforma do Pronto-socorro segue em ritmo acelerado

Josiani dos Santos

O cenário do Pronto-socorro do Hospital Regional Alto Vale está mudando. As obras, que iniciaram em janeiro, seguem em ritmo acelerado e já dão sinais de finalização na primeira etapa do processo, que está em 80%. A previsão é de que a conclusão da primeira fase ocorra até o final do mês de agosto. Esta é a primeira vez que o hospital fará uma reforma geral neste setor, que desde 1994, data de fundação da instituição de saúde, recebia apenas pequenos reparos. A obra está avaliada em cerca de R$ 3 milhões.

O presidente da Fundação de Saúde do Alto Vale do Itajaí (Fusavi), Claudio Ropelato, destacou que o foco não está

apenas na ampliação, mas na qualidade do ambiente. “Sentimos a necessidade de melhorar esse espaço tão importante e que diariamente recebe tantos pacientes”.

E foi justamente pensando no bem-estar dos pacientes que a reforma está sendo execu-

tada de forma que cause mínimos impactos. “Dividimos em duas etapas. Iniciamos na parte da frente, que dá acesso à Rua Tuiuti, e agora vamos para a parte de trás. A divisão foi pensada para causar o mínimo de transtorno nos atendimentos”, explica o presidente.

O que muda com a reforma?

Uma das principais mudanças é no acesso ao pronto socorro. A entrada pela Rua Tuiuti será destinada para as consultas rotineiras. Já a entrada secundária ficará disponível apenas para urgência e emergência. “Vamos conseguir separar os pacientes de atendimento geral daqueles considerados graves, como em caso de

acidentes, por exemplo”.

O presidente explica que o foco da reforma está, principalmente, no aspecto qualitativo. “A reforma trará muito mais qualidade, conforto e bem-estar para quem necessita dos serviços de Pronto-socorro. É uma forma de humanizar ainda mais esse setor e melhorar o atendimento”, complementou.

SAÚDE
FOTOS JOSIANI DOS SANTOS
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O que o Alto Vale pode esperar da situação das barragens?

Desde que foram anunciadas as obras de construção de novas barragens, moradores de quatro cidades do Alto Vale convivem com uma insegurança. A construção de represas nos municípios de Mirim Doce, Pouso Redondo, Agrolândia e Petrolândia, que estavam previstas para iniciarem no segundo semestre de 2017, não evoluíram, mas seguem gerando divergências entre população e órgãos do governo.

Depois de muitos anos de estudos, reuniões, conversas e negociações, neste dia 22 de junho, mais um passo foi dado na tentativa de resolver a situação das barragens de contenção das cheias. O assunto foi tema de audiência pública, realizada em Rio do Sul e promovida pela Comissão de Turismo e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa.

A população do Alto Vale mostrou-se atenta e lotou o auditório do Centro Universitário Norberto Franhm. Participaram do debate, parlamentares, representantes do governo do Estado, da Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (Amavi), Associação dos Muni-

cípios do Vale Europeu (Amve) e Defesa Civil do Estado, além de prefeituras municipais.

A solicitação da audiência partiu do deputado Gerri Consoli (PSD), com o objetivo de avançar em ações consideradas estratégicas para a mitigação das enchentes, que historicamente afetam os municípios da região. O sistema de contenção de cheias é feito por três barragens principais, instaladas nos municípios de Taió, Ituporanga e José Boiteux.

“Precisamos evoluir na manutenção dessas estruturas. Temos projetos prontos para serem colocados em prática, como o canal extravasor de Salto Pilão, a remoção dos maciços, a limpeza, desassoreamento e contenção das margens dos rios, a construção de microbarragens que atendem reservatório de água, tanto para a contenção de cheias, quanto para períodos de estiagem. O governo sinaliza que vai ajudar, nós temos os projetos, e a população precisa destas obras”, destacou o parlamentar.

Presidente da Comissão de Turismo e Meio Ambiente da Alesc, o deputado Marquito (Psol), elogiou a iniciativa do colega “Esse debate demonstra a sua preocupação com a condição de vida e segurança da po-

pulação do Alto Vale, por isso, na condição de presidente do colegiado, fiz questão de estar presente nesta, que é a primeira audiência pública da Comissão no interior do estado”, enfatizou Marquito.

O deputado Napoleão Bernardes (PSD), que é da cidade vizinha de Blumenau, falou sobre os impactos das recorrentes cheias em toda a região do Vale do Itajaí. “Temos que cobrar firme do Estado a manutenção do sistema de barragens e a continuidade do projeto da Agência

Japonesa Jica, de inteligência, engenharia, combate e prevenção a desastres naturais. Este sistema de proteção deve ser ampliado para garantir a segurança e defesa da população”, alertou.

O prefeito de Rio do Sul, José Thomé, acredita que a execução das obras previstas nos projetos vai melhorar a vida das pessoas, trazer mais tranquilidade, despertar mais interesse de investimentos privados, com a instalação de empresas e geração de empregos, importantes para o crescimento da região.

“Precisamos sensibilizar esse novo governo estadual, tendo em vista que estas ações propostas, como o projeto Jica e a construção de novas barragens, são discutidas desde 2008. Temos problemas sérios de manutenção das barragens já existentes e a necessidade de fazermos o desassoreamento do rio. Esse momento é fundamental para que sociedade e poder público debatam e definam o que está previsto de fato, para acontecer ao longo dos próximos anos”.

CHEIAS
A REGIÃO 6 A REGIÃO do Alto Vale / Rio do Sul, 6 de julho a 20 de julho de 2023
Continua na página seguinte ROBERTO ESPÍNDOLA/ALESC

Manutenção das barragens precisa ser permanente

Dentro do cronograma de ações desenvolvidas pela Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil para a manutenção das barragens, o secretário coronel Luiz Armando Schroeder Reis, informou que em julho será dado início ao processo de limpeza das estruturas e às ações de recuperação dos dutos das comportas da barragem de Ituporanga. Em seguida será feita a manutenção das comportas. O secretário reconheceu a necessidade de melhoramento das represas, mas explicou que os problemas existentes não impedem a sua operação. Segundo ele, a Defesa Civil tem realizado vistorias periódicas para garantir que as barragens estejam em operação.

Com relação à represa de José Boiteux, o secretário informou que uma ação do Ministé-

rio Público de 2003 determinou que o Estado executasse diversas obras, como construção de estradas, escola, igrejas e moradias, para as comunidades indígenas que vivem no entorno. “Isso extrapola a atuação da Defesa Civil, por isso levei ao governador, e ele orientou o trabalho conjunto das secretarias para resolvermos este problema e darmos continuidade à recuperação da barragem, que está sem o mecanismo de controle.

De acordo com o secretário, a barragem de José Boiteux encontra-se com as comportas fechadas, e a sua operação é feita com caminhão, por meio de ligação hidráulica, o que também apresenta risco. Mas, ele informou ainda que a represa está seca há bastante tempo. “Também estamos construindo um canal extravasor, mas no local foi encontrado um sítio arqueológico, por isso, o trabalho é mais delicado”, acrescentou.

Construção de novas represas

Sobre a construção de mais três barragens nos municípios de Petrolândia, Mirim Doce e Braço do Trombudo, coronel Armando informou que os recursos eram oriundos do PAC 2 do governo Federal e hoje não existem mais. “Fomos buscar novamente a inclusão destes recursos para darmos sequência às obras. A construção das novas barragens estão entre as prioridades listadas pelo governador para a viabilização de recursos em Brasília. Temos vantagens de estarmos com os projetos e licenciamentos de Mirim Doce e Petrolândia prontos. De Braço do Trombudo, nós temos o projeto, e estamos em contato com o IMA para fazer o licenciamento am-

biental, concluiu.

Participações

Também estiveram presentes na audiência pública, o secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Jerry Comper, o deputado Federal, Ismael dos Santos (PSD), e o prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt.

“Sou desta região e minha cidade, José Boiteux, tem a maior barragem do Brasil para a contenção de cheias, por isso este debate é extremamente relevante para trazer muito mais responsabilidade para nós, enquanto Infraestrutura, Defesa Civil e governo do Estado para que possamos trazer mais segurança às pessoas que aqui vivem”, destacou o secretário

Jerry Comper.

“Importante momentos como este, para ouvirmos a comunidade, suas demandas e definirmos ações para a preservação de vidas”, acrescentou o deputado Ismael dos Santos (PSD).

O prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, também reconheceu a relevância do tema e parabenizou a Assembleia Legislativa pelo debate. “As barragens são extremamente importantes para a mitigação das cheias no Alto Vale, Vale do Itajaí, Vale Europeu, por isso, precisamos discutir sobre a efetiva segurança destas estruturas que deve ser garantida pelo governo do Estado e governo Federal, com a gestão e operação da Defesa Civil”.

Com informações de Tiago da Luz

ROBERTO ESPÍNDOLA/ALESC
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Trip teatro apresenta peça Kasperl e a Cerveja do Papa

Magali Moser

Atradição do teatro popular de bonecos também encontra espaço no Sul do Brasil. Engana-se quem pensa que essa cultura seja uma característica apenas da região Nordeste do país, onde o fantoche típico costuma ser representado como um símbolo da identidade local. No município catarinense de Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí, uma companhia se dedica há 33 anos ao teatro de animação de modo independente. A Trip Teatro inicia este mês uma turnê pelos três estados da região, com a peça Kasperl e a Cerveja do Papa. As primeiras apresentações serão em Porto Alegre (RS).

A companhia percorre ainda com a peça municípios do Paraná e de Santa Catarina até o final do mês de julho. Essa turnê pelos três estados

da região Sul é possível por meio de uma parceria com o Ministério da Cultura, via Lei de Incentivo à Cultura. O espetáculo inicia a celebração da Imigração Alemã para o Brasil, que completam 200 anos em 2024. Com atuação e manipulação de Willian Sieverdt, responsável por dar vida a dez personagens diferentes na peça, e trilha sonora de Rodrigo Fronza, Kasperl e a Cerveja do Papa resulta de uma longa pesquisa desenvolvida pela companhia. Com duração de 50 minutos, a montagem contou com cooperação internacional: o espetáculo tem a direção de Paco Parício, que é pesquisador da cultura popular em geral na Europa. Os bonecos manipulados na peça integram uma coleção original alemã do final do século XIX que foram doados pelo Museu Casa de Los Títeres, da Espanha, à Trip Teatro.

Sobre a peça

O espetáculo Kasperl e a Cerveja do Papa tem como base a chegada da notícia da visita do papa num antigo mosteiro, conhecido por produzir a melhor cerveja da região. A montagem se concentra nas confusões e desdobramentos decorrentes deste anúncio. Além de permitir um olhar para o passado dessa manifestação artística popular dos bonecos, a produção contempla ainda outro aspecto cultural e econômico com traços das tradições germânicas: a cultura cervejeira. A obra evidencia o fazer cervejeiro artesanal e sua interface com o turismo e a economia criativa, não faz apologia ao consumo de álcool, apenas difunde os saberes em torno desse conhecimento artesanal. Garantia de boas risadas para toda a família, a peça é provocativa e tem a indicação etária livre, buscando

alcançar crianças e adultos. O esforço da companhia foi por evitar um tom “adocicado” assumido por Kasperl, mas buscar as raízes dessa manifestação cultural, com um viés mais vigoroso e de protesto, conectado com o cotidiano das pessoas.

Nas suas pesquisas, a companhia descobriu que entre imigrantes germânicos para Santa Catarina, vieram também alguns bonequeiros que desenvolveram essa manifestação do teatro de bonecos popular alemão entre as décadas de 1950 e 1960 em municípios como Jaraguá do Sul, Blumenau, Pomerode e Rio do Sul. “Por isso, a peça recupera uma tradição, junto com a música e a cerveja”, define o idealizador e diretor da Trip Teatro, Willian Sieverdt, que dá alma ao boneco Kasperl. A trilha sonora desempenha um papel à parte na peça: “O acordeon era um ins-

trumento que queríamos usar desde o início, por ser muito utilizado nas músicas folclóricas alemãs”, lembra o músico Rodrigo Fronza que criou a trilha sonora e a executa ao vivo, também com o uso do violino do diabo, ou teufelsgeige, típico da cultura germânica. A primeira busca do processo de criação foi um tema para o personagem Kasperl, uma trilha conduzida pela sua ação em cena, tentando firmar essa estética do início ao fim.

Para o ano que vem, a companhia prevê um novo projeto, em alusão aos 200 anos da imigração alemã para o Brasil, com circulação planejada para dezenas de cidades. A intenção é levar não apenas a peça Kasperl e a Cerveja do Papa mas também o espetáculo O Flautista de Hamelin, inspirado numa lenda alemã.

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CULTURA
FOTO MANUELA BERTOL

Trajetória da companhia

A Trip Teatro se confunde com a trajetória de seu fundador, Willian Sieverdt. Aos 12 anos, ele ingressou num grupo de teatro, ligado à Fundação Cultural de Rio do Sul, e nunca mais parou. Quatro anos depois, teve a primeira experiência com o teatro de bonecos, com a passagem de uma companhia pela cidade. A partir da experiência de encantamento, sugeriu que a mãe, costureira, construísse seus próprios fantoches. Ele e um amigo montaram então algumas esquetes, e se apresentaram pela primeira vez numa festa de aniversário. O calendário marcava dia 12 de outubro de 1989, e a comemoração era uma alusão ao Dia das Crianças. Foi o marco de fundação da Trip Teatro. Ali, a dupla recebeu o primeiro cachê e surgiram outros contratos. Alguns dos clientes nesse período foram sindicatos de trabalhadores que viam no teatro de bonecos a oportunidade e potência da reflexão em torno

Meu papel como artista é sensibilizar, não educar. Educar cabe à escola. Mas se conseguir sensibilizar, a educação se torna mais fácil. Sem a preocupação de ensinar algo.

de denúncias das condições de trabalho.

Em seguida, montaram o primeiro espetáculo A Doce Vida de um Dentinho, com caráter pedagógico, sobre os cuidados da saúde bucal. Juntos, ainda produziram O Duelo da Sabedoria, sobre a importância da leitura e da educação. “Depois a gente descobriu que o que eu fazia não era o que eu deveria estar fazendo, eu não estava cumprindo meu papel como artista”, reflete criticamente Sieverdt, ao se referir à preocupação com certa “lição de moral” dos espetáculos inicialmente. Percorreram diversas escolas da região com as peças. O valor cobrado pelos ingressos sempre tinha como referência o preço de um refrigerante. Quando a dupla se desfez, Willian preferiu ficar com os bonecos e o amigo ficou com a estrutura da peça. Com a maturidade, veio a autocrítica: “Meu papel como artista é sensibilizar, não educar. Educar cabe à escola. Mas se conseguir sensibilizar, a educação se torna mais fácil. Sem a preocupação de ensinar algo”.

A concepção de que o teatro seja arte e não apenas um instrumento pedagógico ajudou a construir os próximos passos na trajetória percorrida pelo grupo. Tal mudança ocorreu em 1996, quando Willian Sieverdt montou a peça O Velho Lobo do Mar, com a intenção inicial de fazer apresentações no litoral catarinense, aproveitando o

período de férias escolares. Nessa época, Sieverdt foi pela primeira vez ao Festival Théâtres de Marionnettes - Charleville Mézières, na França, o maior do gênero no mundo. Uma mobilização popular em busca de recursos entre a comunidade local lhe garantiu as passagens para a Europa. Participou de cinco festivais seguidos. A companhia Trip Teatro logo alcançou visibilidade e reconhecimento internacional. O grupo se apresentou em todos os estados brasileiros, além de 14 outros países e três continentes (América do Sul, Europa e Ásia).

Acumula passagem por festivais mundo afora. Recebeu

prêmios importantes, como Medalha do Mérito Cultural Cruz e Sousa, concedida pelo Conselho Estadual de Cultura de Santa Catarina (em 2012). A Trip Teatro soma em seu repertório diferentes espetáculos. Sua montagem mais antiga é O Velho Lobo do Mar. Reúne também O Incrível Ladrão de Calcinhas, a maior produção do grupo e cuja estreia ocorreu em 2005, O Flautista de Hamelin

SERVIÇO

(2008), Só Fridas (2014), Sou Lenda sou Maria (remontagem, 2019) e Kasperl e a Cerveja do Papa (2019). Comprometida com o desenvolvimento da cultura catarinense e da região onde está inserida, mantém em Rio do Sul um espaço cultural inusitado: o Teatro Embaixo da Ponte. Sob uma das pontes mais movimentadas do Centro, o local abriga apresentações artísticas abertas ao público em geral.

Mais informações: Willian Sieverdt, idealizador e diretor da Trip Teatro. Contato: 47 98838-1575. Pelo site: tripteatro. com.br. Ou pelas redes sociais: @tripteatro

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BERTOL
FOTO MANUELA

Cidades da região com crescimento recorde

Três municípios da região se destacaram no crescimento populacional, de acordo com dados do IBGE, referente ao censo do período entre 2012 e 2022. Enquanto pela ordem Presidente Getúlio, Laurentino e Lontras apresentaram crescimento acima de 25%, Santa Terezinha perdeu 11,05% de habitantes. Os números foram contestados por todos os 28 prefeitos do Alto Vale do Itajaí, como é o caso de Adair Antônio Stollmaier, de José Boiteux, levando em conta a população na terra indígena, mesmo com o crescimento de 24,38% de todo o município.

O prefeito de Presidente Getúlio, Nelson Virtuoso, colocou que o aumento de 34,45% se deu em razão da instalação de novas empresas e ampliação da Pamplona Alimentos, entre outras. O município é agora o terceiro colocado no ranking da região, ficando atrás apenas de Rio do Sul e Ituporanga. “Os

nossos empresários são muito organizados e buscam inovação, gerando novas oportunidades de trabalho”. Além da Pamplona Alimentos, Virtuoso destacou o crescimento dos setores madeireiro e de confecções. Para qualificar as pessoas que vêm de outras regiões foi criado o curso de capacitação de costura, possibilitando a en-

trada no mercado de trabalho. A população de Laurentino aumentou 32,05%, passando agora para 7.932 habitantes. O prefeito Marcelo Rocha disse que isso se deve a instalação de novas indústrias e a ampliação de outras, citando como exemplo a Oliveira Alimentos. “O nosso comércio também cresceu muito”, acrescentou. Ape-

sar da proximidade com Rio do Sul, o prefeito não concorda com a menção de “cidade dormitório”, até mesmo pela quantidade de vagas disponíveis. A preocupação do prefeito de Lontras, Marcionei Hillesheim, foi a ampliação de creches, dando condições para que as mães possam trabalhar normalmente. O crescimento

CENSO 2022 - Panorama Alto Vale do Itajaí

populacional nos últimos 12 anos foi 25,66%. “Como o metro quadrado em Rio do Sul é caríssimo, as pessoas vêm para o nosso município”. Mas não é apenas o fator “cidade dormitório” que contribuiu com o aumento. “Desde 2017 foram criadas mais de 900 empresas e hoje estamos com mais de 1.588”, observou.

CENSO
FOTO MARLLON LUIS ZANIS
72.587 26.525 20.110 19.862 18.318 17.125 12.873 10.990 8.066 7.932 7.747 7.489 7.274 6.780 6.452 6.189 6.055 5.985 5.370 4.255 4.221 4.026 3.227 2.950 2.498 2.301 18,42% 19,34% 34,45% 14,71% 6,13% 15,63% 25,66% 17,88% - 8,00% 32,05% 0,00% 1,61% 10,77% 22,14% 4,20% 1,92% 26,30% 24,38% 2,83% 18,33% 13,62% 16,66% - 2,21% 6,61% - 0,60% 0,74% -15% -10% -5% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000 70.000 80.000 % Crescimento 2010 até 2022 População
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Santuário é o mais novo destino religioso de Santa Catarina

Adriane Rengel

Ocomplexo turístico Santuário

Nossa Senhora de Lourdes e do Louvor, construído em Ituporanga, completa no dia 16 de julho seu primeiro aniversário. Para comemorar um ano de atendimento, recebendo visitantes de várias regiões do Estado e do Brasil, a direção do parque religioso definiu uma programação especial que contará com shows, apresentações culturais e ação beneficente.

Entre as atrações atrações haverá o show nacional Vida e Esperança com o Padre Ezequiel Dal Pozzo, apresentação do Coral Infantil Arte Maior de Joinville, uma celebração de Ação de Graças organizada pela Igreja Matriz Santo Estevão de Ituporanga.

Além de celebrar a fé, agradecer e pedir graças, os visitantes também poderão colaborar com a ação beneficente que faz parte da programação, doando 1kg de alimento não perecível que será destinado ao lar dos idosos Abrigo Mão Amiga (AMA) de Ituporanga.

O Santuário Nossa Senhora de Lourdes e do Louvor é o mais novo destino religioso de Santa Catarina e foi inaugurado em julho de 2022. A fé e devoção na Santa considerada protetora dos enfermos e doentes foi a motivação para o empresário local, Silvio Prim, construir o complexo turístico. “Tive Nossa Senhora de Lourdes como minha padroeira e minha mãe protetora, que me ajudava nas horas difíceis da vida, e resolvi, olhando para este lugar lá de

casa, fazer uma pequena santa aqui em cima desse morro. Só que este sonho foi ficando bonito, a fé foi aumentando e se tornou neste belo santuário que fizemos aqui em Ituporanga”, afirma Silvio Prim.

Além da imagem de Nossa Senhora de Lourdes com 40 metros de altura, a estrutura do local conta com 12 estátuas dos apóstolos distribuídos no decorrer do caminho, a Capela do Louvor, que serve de oratório com capacidade para 120 pessoas e a cruz panorâmica, a primeira do Brasil, com 50 metros de altura. Outro destaque do complexo é o maior terço suspenso do mundo, com 40 metros de altura.

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ITUPORANGA

Vereadores homenageiam Concórdia pelos 100 anos

O Esporte Clube Concórdia completou no último dia 24 o seu centenário de fundação. Tudo começou com o primeiro presidente, Júlio Odebrecht e um grupo de amigos que jogavam futebol, no pasto de sua propriedade, onde hoje está o Estádio Municipal Alfredo João Krieck. O futebol já não é mais o esporte principal, mas isso não impede que o Concórdia siga uma trajetória de destaque representando a capital do Alto Vale do Itajaí.

o presidente do clube, Sávio Schmidt, acredita que os fundadores estariam orgulhos pelo legado de 100 anos. “É motivo de muito orgulho estar à frente nessa data especial”. “Atualmente com o tênis, so-

mos referência em Santa Catarina, o beach tennis cresce muito e aqui realizamos as principais competições da região. Schmidt observou que o atleta paralímpico, Bruno Becker, treina para competições no Brasil e no mundo no Concórdia. O clube tem projeto de natação em parceria com a Fundação Municipal de Desporto. “O nosso salão segue como um dos principais locais para eventos de gala em Rio do Sul, destaca Schmidt. Em seu pronunciamento o presidente agradeceu às pessoas colocou que trabalharam nas di-

retorias ao logo do período de existência do clube para chegasse ao que é atualmente. Ele observou que hoje o Concórdia faz parte da vida da população do Alto Vale do Itajaí. “Quantas famílias rio-sulenses começaram em belíssimos casamentos no salão de festas? Quantos grandes profissionais comemoraram ali em suas formaturas?”. A Câmara de Vereadores homenageou o Concórdia com uma moção de aplausos. A proposta foi apresentada pelo presidente do legislativo Eduardo Freitas, o Duda.

RIO DO SUL 12 A REGIÃO do Alto Vale / Rio do Sul, 6 de julho a 20 de julho de 2023 TRADIÇÃO
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