A REGIÃO do Alto Vale 2ª edição

Page 1

O segredo do sucesso de mais de 25 anos da Doce & Cia página 4 Uma viagem ao passado de Maria Fumaça página 8 A REGIÃO
ALTO VALE Pamplona comemora 75 anos com investimento de R$ 77 mihões página 9 FOTO DIVULGAÇÃO FOTO DIVULGAÇÃO FOTO ORALANDO PEREIRA Ano I de 5 de junho a 20 de junho de 2023
GETÚLIO
DO
PRESIDENTE

OPINIÃO Pacto pelas rodovias

Mario Cezar de Aguiar

A FIESC demonstra há tempos: todos os nossos corredores rodoviários estão comprometidos. Apesar dos estudos e análises, o quadro não se modifica, frustrando os catarinenses. O mais grave: trata-se de um caso crítico de saúde pública, pois os acidentes ocorridos em SC drenaram dos cofres públicos R$ 26 bilhões entre 2011 e 2022 (PRF/CNT-2022). É muito mais do que o valor necessário para melhorar as rodovias.

A situação afeta também a competitividade de todos os setores econômicos, já que o modal rodoviário representa 69% do nosso transporte. Perdemos competitividade, empregos, renda e arrecadação para o governo, sem falar nas emissões de gases de efeito estufa.

As obras precisam ocorrer dentro de um prazo razoável e factível, considerando as restrições orçamentárias do governo. Mas é necessário tomar uma atitude, urgente! Por tudo isso, propomos um pacto entre Executivo federal, bancada federal catarinense e lideranças do estado para viabilizar os recursos para os investimentos nas BRs, por meio de um plano articulado de ações com duas linhas centrais:

1) Considerar a média de investimento do governo federal para infraestrutura de transporte nos últimos anos e manter este valor para realizar a manutenção, restauração, melhorias e ampliação de capacidade das BRs 282, 153 e 158, além de desapropriações, estudos e projetos.

2) Priorizar a destinação das emendas dos parlamentares catarinenses, especialmente as de bancada, para conclusão das obras das BRs 470, 280 e 163. Em 2023, o valor das emendas de bancada é de R$ 284,8 milhões e das individuais de R$ 690,7 milhões.

Este pacto deve ter como princípios: gestão impecável, previsibilidade e segurança nos contratos; abertura de novas frentes sem paralisações (DNIT); e a garantia e previsibilidade dos recursos (governo federal e parlamentares).

A partir desta construção coletiva, teríamos, finalmente, uma perspectiva para a conclusão destas obras fundamentais. Nada mais justo, considerando que, em 2022, SC arrecadou R$ 107,3 bilhões em tributos federais e recebeu da União apenas R$ 7,7 bilhões (SRF/CIAF).

O empenho da bancada parlamentar, do governo federal e de todos os envolvidos certamente terá o reconhecimento dos catarinenses, que, cotidianamente, sofrem as consequências da condição lastimável das nossas rodovias. presidente da FIESC

Lançamento

Aproveito para agradecer as manifestações recebidas de amigos pela novidade, que foi o lançamento de “A Região do Alto Vale”, em especial, a nossa coluna. Uma jornalista de Florianópolis, prefiro não citar o nome, comentou que a coluna será o carro-chefe e que vai ajudar na comercialização dos anúncios no futuro. Esperamos que cada vez tenhamos apenas o abre, ou seja, notas boas, para engrandecer a nossa Rio do Sul.

Gerri Consoli na Alesc

Rio do Sul volta a ter um deputado estadual, mesmo que pelo período de dois meses. O empresário Gerri da Consoli assumiu a vaga de Júlio Garcia, mas para que isso fosse possível, houve a colaboração do ex-prefeito de Chapecó, José Caramori, que é o primeiro suplente.

Nas entrevistas que antecederam a sua posse, gostei do Gerri. Destacou que será um representante - acima de tudo, de Rio do Sul, com foco na busca de recursos financeiros para o Hospital Regional. Já soube de outra fonte que ele está mexendo no vespeiro que são as barragens SEM MANUTENÇÃO. Cobrou pessoalmente do chefe da Defesa Civil. Haverá Audiência Pública sobre o tema em Rio do Sul. O “homem” não está e não veio para brincadeira.

Nova opção

De acordo com a colunista Estela Benetti, do NSC Total, o Grupo Pereira deve iniciar no segundo semestre a construção do Fort Atacadista, bem no trevo de acesso a Rio do Sul, onde até há alguns anos funcionava a Ical. Depois da inauguração da filial de Araranguá, no último dia 16, agora a meta é concluir as obras em Joinville e depois Rio do Sul.

Será que vai?

O Dnit anunciou a empresa responsável pela recuperação da ponte sobre o Rio Itajaí-açu II, no limite

entre Apiúna e Ibirama. O local é considerado como de risco porque a estrutura está comprometida. Conforme o extrato, a Sogel Construtora tem seis meses para fazer os estudos e projetos. Depois mais 180 dias para executar as obras. A construtora tem sede em Porto Alegre (SC). De acordo com informações em seu site, existe há mais de 60 anos. A sua primeira grande obra foi a ponte sobre o rio Guaíba, na Capital gaúcha. Depois de 2025 talvez fique pronta. Aquela nojeira e a demora de sempre, mas, vamos lá dar um voto de crédito.

São João

Gostaria de deixar claro que não sou contra a festa de São João de Rio do Sul. Apenas defendo que seja organizada de forma profissional para atrair o povão. Só aqui não há barracas de aviãozinho, porquinho da Índia e bingo. Noutros lugares elas existem. Vamos torcer para que esse ano seja liberada a comercialização de bebidas alcóolicas. Afinal, ninguém merece sair de casa para comer aquele filé duplo e tomar refrigerante ou água mineral. Só na cabeça de uns.

Feia a coisa

Uma rede de lojas com sede em Porto Alegre (RS) já fechou várias por esse Brasil afora, logicamente demitindo centenas de pessoas. Não sei se a filial de Rio do Sul está na lista das próximas. A julgar pelo atendimento pode apostar. Esses dias em pleno horário das 16h havia apenas uma colaboradora. Não sei se as demais estavam em horário de descanso. Queria saber se determinado tipo de camisa, de manga longa, tinha em outras cores e modelos. Não fui mal atendido. Na verdade faltou alguém para me

atender. O nome? Deixa pra lá.

Quem avisa...

E aquele buraco na calçada dos Correios? Qualquer hora alguém vai sofrer um acidente, torcendo ou fraturando o pé. A responsável pela recuperação, conforme apurei, é a própria empresa, diferente dos intermináveis buracos da Casan. Uma dica para o setor de fiscalização da prefeitura. Fica no outro lado da rua, do prédio principal, na Rua 15 de abril.

Motoqueiros

Não desejo mau para ninguém.

Mas não tenho pena destes caras que fazem entrega de lanches, pizzas e outros tipos de refeições, literalmente se emborracham no chão.

Passam no maior “pau” pelas ruas da cidade, inclusive na contramão de direção. Me pergunto. Recebem por entrega?

Bem feito

Uma casa de “entretenimento” de Balneário Camboriú, garantiu o direito de proibir o uso de celulares, principalmente filmagens e fotos, por clientes. A solicitação veio após o homem utilizar de forma ostensiva o celular e acabar sendo expulso por isso, já que a utilização do aparelho é proibida no local. O cliente afirmou na ocasião manuseava o aparelho e checava mensagens nas redes sociais. O episódio se repetiu, até que ele foi surpreendido e levado para a parte de fora do recinto.

Expediente

O jornal A Região do Alto Vale é uma publicação da empresa Brasil Bid Ltda.

CNPJ – 04.465.909/0001-76

e-mail – aregiaoav@gmail.com

Colaboradores voluntários desta edição:

Aline Kummrow; Carlos Hugueney Bisneto Josiani dos Santos; Júlio Ramos; Jully Annye Goedert; Marcelo Zemke; Orlando Pereira; Tiago Amado e Vanessa Sallas; Vitor Hugo Zanelatto

Diagramação: Istela Capristano

EDITORIAL 2 A REGIÃO do Alto Vale / Rio do Sul, 5 de junho a 20 de junho de 2023
Júlio Ramos, Jornalista Reg. 4012 SC.
é
pacto pela saúde

Vamos falar sobre Educação Financeira?

Não é o tamanho do bolso ou o quanto você tem nele que vai ditar o sucesso na vida financeira, é o tamanho da sua mentalidade”, destacou o educador financeiro, Alexandre Poffo, durante sua passagem pelo Alto Vale na Semana Nacional da Educação Financeira (ENEF).

O tema Educação Financeira

faz parte de uma iniciativa nacional que foi realizada em 23 municípios da região, com a participação de aproximadamente

2.800 pessoas, em ações diretas sobre informação e conscientização sobre o controle de finanças e orçamento doméstico.

A 10ª edição da ENEF ocorreu de 15 a 21 de maio e foi desenvolvida na região pela equipe do Sicoob Alto Vale. Por meio de colaboradores e parceiros da cooperativa, informação e di-

cas sobre educação financeira chegaram para crianças, jovens privados de liberdade, colaboradores de empresas e adultos de maneira geral.

“A abordagem é diferente para cada grupo que nós conversamos. Com a Coleção Financinhas do Instituto Sicoob, nós conseguimos falar sobre o tema Educação Financeira com crianças a partir de contação de histórias com personagens e imaginação. Em algumas ações focamos em conteúdo prático para controle de finanças pessoais e orçamento doméstico, o foco é conscientizar que a educação financeira precisa estar presente no cotidiano de cada um”, explicou a analista social do Sicoob Alto Vale, Taíse Duarte.

As ações de Educação Financeira envolveram praticamente todos os 280 colaboradores da cooperativa que, além das ações diretas, participaram de entrevistas nos meios de comunicação da região que ajudaram propagar a importância do planejamento financeiro. Através dessa parceria com a mídia local estima-se que 100 mil pessoas possam ter sido impactadas por conteúdos sobre educação financeira.

O Espaço de Recreação Infantil Estrela Guia, de Taió, foi uma das entidades que participaram das ações da Semana ENEF no Alto Vale, a profes-

sora Joise Daiane Lorenzetti, ressaltou que o tema Educação Financeira ajuda as crianças a saber poupar, economizar desde pequenos. “Como isso não é ensinado nas escolas, poder abordar isso aqui, num espaço recreativo, com esse olhar lúdico para nossas crianças, é muito importante para todos nós”.

Imagine agora, pequenas ações como essas, realizadas em municípios do Alto Vale como

Mirim Doce e Dona Emma por exemplo, espelhadas em 1089 cidades, como ocorreu em 2021. O impacto da Semana ENEF, uma iniciativa do Fórum Brasileiro de Educação Financeira (FBEF), segundo dados da entidade, alcançou 803 mil pessoas em ações específicas e cerca de 102 milhões por alcance em massa há dois anos. Os números da edição 2023 ainda serão contabilizados pelo Fórum.

Separamos aqui três dicas básicas, rápidas e fáceis de realizar, que são o início para o planejamento financeiro segundo o educador Alexandre Poffo:

Dica 1: Busque conhecimento Conhecimento é aquilo que entra. Educação é aquilo que sai. A educação transforma a vida das pessoas, então, não importa se for numa palestra, se for num vídeo do YouTube com dicas, se for um livro... você precisa ir atrás. Hoje há muita informação de graça, fácil e simples, mas às vezes as pessoas relutam para buscar informação.

Dica 2: Você se conhece?

Registre todas as suas entradas: suas receitas e as suas despesas, porque não dá para melhorar aquilo que não se compara. É preciso registrar, ter conhecimento sobre entradas e saídas e analisar, comparar!

Dica 3: Converse sobre finanças

Converse em casa sobre dinheiro, o ambiente familiar precisa estar conectado sobre a vida financeira. Se uma pessoa entende e faz todo o trabalho, o orçamento, mas os outros não participam, isso acaba desmotivando, então a conversa estimula e traz bons resultados para o planejamento doméstico.

A REGIÃO 3 A REGIÃO do Alto Vale / Rio do Sul, 5 de junho a 20 de junho de 2023
APRENDER
FOTOS DIVULGAÇÃO “
Palestra para a comunidade em Dona Emma EEB Jose Clemente Pereira - José Boiteux CMEI Pequeno Polegar - Imbuia Espaço de Recreação Infantil Estrela Guia - Taió

Os 165 sabores de bolos, cucas e salgados que dão água na boca na Doce & Cia

Os clientes da Doce & Cia certamente não imaginam a quantidade de pessoas que trabalham de segunda a sábado, na matriz da confeitaria, no Centro de Rio do Sul. São 30 colabores só na produção de cucas, bolos, tortas, salgados e docinhos. Tudo isso para a confecção de 79 variedades de bolos recheados, 57 sabores de cuca e 29 de tortas, além dos salgados. Não podem faltar o de dois amores com morango; divina com abacaxi; rei Salomão; diplomata e sensação. Entre as cucas as mais preferi-

das são morango com chocolate; banana com nata; banana com farofa e amendoim.

A história começou bem antes da produção das delícias conhecidas. A dona Edite conta que o marido Lindomar dos Santos, tinha o hábito de presenteá-la com eletrodomésticos que apareciam na “praça”. Até que certa ocasião ele sugeriu que fizesse “boleiras” para levar aos colegas do antigo Besc. A partir dai surgiram as encomendas semanais, inclusive de docinhos. Com a produção já em larga escala, a dona Edite passou a vender também no carro, na Rua Carlos Gomes, junto com as filhas Lucimara e Ione, também

de porta em porta. Mas a alegria durou pouco. A fiscalização da prefeitura não permitiu que continuasse.

Diante deste quadro o casal conseguiu uma sala de conveniência, no Posto do Torres, ao lado da antiga rodoviária. As vendas também aconteciam em casa. Até que o casal que era proprietário do ponto ofereceu o local. Aproveitando o Plano de Demissão Voluntária de Lindomar, eles resolveram

comprar, com a condição de pagar só quando viesse o dinheiro, o que ocorreu um ano depois.

“Não foi fácil e tivemos que trocar cheques para pagar os funcionários e fornecedores.

Sem segredo para chegar ao sucesso

Dona Edite diz que não existe segredo especial para o sucesso da casa de café. Durante todo os 22 anos nunca levan-

tou a voz para um colaborador. “Por essa razão tenho a Zélia (Moretti) ainda quando era lá em casa”. Outra antiga é a Maria Lurdes Correia, com mais de 30 anos de profissão, contando com os outros dois estabelecimentos. A proprietária colocou que em função da maneira que trata todos os colaboradores, a rotatividade na cozinha é zero. Mesmo sem necessidade de chegar cedo em razão da equipe que possuí e ir embora antes, dona Edite faz questão de chegar na abertura e permanecer até o fechamento. “Não coloco nada para frente sem que eu prove e goste”, brinca.

Doce & Cia

Avenida 7 de Setembro, nº 310, Centro – Rio do Sul WhatsApp (47) 3521-1227

RIO DO SUL 4 A REGIÃO do Alto Vale / Rio do Sul, 5 de junho a 20 de junho de 2023
FOTO ORLANDO PEREIRA
TENTAÇÃO
Serviço

Entidade ambiental vai completar 37 anos de fundação em julho

AAssociação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, sem fins lucrativos, criada em 09 de julho de 1987. A sede está em Atalanta, na região do Alto Vale do Itajaí, num centro ambiental localizado junto a um viveiro de mudas de árvores nativas da Mata Atlântica, capaz de produzir um milhão de mudas de 200 espécies diferentes todos os anos.

O início da Apremavi foi pautado quase que totalmente em trabalho voluntário, mas sempre amparado em dois eixos claros de atuação: teoria e prática. Ao mesmo tempo em que apresentava denúncias de desmatamento de florestas nativas, a Apremavi iniciou as pesquisas para a produção de mudas nativas, sempre tentando oferecer uma alternativa às ações destrutivas que eram comuns na região.

Com a mudança para a cidade de Rio do Sul em 1990, inicia a fase da profissionaliza-

ção. Novos projetos são executados e mais pessoas contratadas. Além disso, é instalada em Atalanta uma unidade de campo, onde começa a funcionar de uma forma mais profissional, o Viveiro Jardim das Florestas. O viveiro que foi idealizado já em 1987 e que começou com cerca de 18 mudinhas no fundo de um quintal em Ibirama, atualmente tem capacidade de produzir mais de um milhão de mudas todos os anos, destinadas aos projetos de restauração da Apremavi, doações e vendas. A operação emprega mais de 10 viveiristas e interage com outros viveiros da região, além de receber estudantes para estágios e colaborar com pesquisas.

Além das iniciativas para a restauração ecológica e conservação da Mata Atlântica, a participação no debate e movimentos da Sociedade Civil é parte da história da organização. A partir de uma atuação local, conectada com o território e a nzatureza, a Apremavi participa da proposição de políticas públicas, combate os retrocessos ambientais e trabalha para o fortalecimento do Terceiro Setor no Brasil.

A Apremavi sempre defendeu que consciência e educação ambiental são essenciais para a promoção de uma sociedade mais justa e sustentável. Em todos os seus projetos, a Apremavi busca colaborar com instituições de ensino, movimentos e comunidades locais para formar cidadãos capazes de promover mudanças para a restau-

ração do ambiente e do campo social. Visitas guiadas no Centro Ambiental, dias de campo e oficinas sobre restauração, doação de mudas, elaboração de publi-

cações e promoção de uma programa de estágios acadêmicos e serviço voluntário são algumas das atividades desenvolvidas para atingir esse objetivo.

Para saber mais acesse: https://apremavi.org.br/ Correio eletrônico | comunica@apremavi.org.br

RIO DO SUL 5 A REGIÃO do Alto Vale / Rio do Sul, 5 de junho a 20 de junho de 2023
PRESERVAÇÃO
FOTO_ VITOR SÁ2
FOTO_ VITOR SÁ2 FOTO_WIGOLD B. SCHAFFER2 FOTO_CREDITO_MIRIAM PROCHNOW

Da manivela ao multiplex

Tiago Amado

As sessões de cinema em Rio do Sul seguem o modelo tradicional, com salas de projeção que ficam dentro de centros comerciais ou shopping centers. Mas houve um tempo em que o modelo era outro, e dois cinemas funcionaram em prédios próprios em duas das principais ruas da cidade. Nos anos 1940, o Cine Riosul, na Rua XV de Novembro, era um lugar com fachada imponente e ponto de encontro de quem apreciava da sétima. Em 1964, surgiu a concorrência. O recém inau-

gurado Auditório Dom Bosco, na Alameda Aristiliano Ramos, também passou a exibir longas-metragens.

As sessões de cinema eram um evento social. Foi o que eu entendi dessa história quando fiz uma reportagem como trabalho de conclusão do curso de Jornalismo, em 2007, e entrevistei o bancário aposentado Horst Kretzschmar. Ele foi projecionista do Cine Riosul por cerca de 18 anos. Operando as máquinas que colocavam os filmes na tela, Horst testemunhou o que nas palavras dele foi a melhor fase dos cinemas na cidade. Até o final dos anos 1970, formavam-se

grandes filas nas bilheterias no local onde hoje funciona uma igreja. Era comum o público ocupar todas as cerca de 600 cadeiras do cinema e tinha quem frequentava o lugar três vezes por semana.

Parte do sucesso se devia à publicidade. Havia os tradicionais cartazes, mas também grandes banners que ocupavam quase toda a fachada do prédio quando se tratava de grandes produções cinematográficas. E por duas ou três vezes, o cinema contratou até um aviador para sobrevoar as igrejas nos domingos de manhã, no horário das missas, e fazer chegar pelo céu os panfletos

com a programação das sessões. Quem me contou essa história à época foi o ex-deputado e comerciante Ivo Luís Knoll, que trabalhou durante 15 anos no cinema em sociedade com o amigo Arno Brattig. O cinema já era administrado pelo pai e o tio de Ivo, Cristiano e Carlos Knoll, e o pai de Arno, Herbert Brattig. Foi esse grupo que consolidou o Riosul na década de 1940.-

RIO DO SUL 6 A REGIÃO do Alto Vale / Rio do Sul, 5 de junho a 20 de junho de 2023
SÉTIMA ARTE
cocriodosul.com.br (47) 3521-4231
Muito antes do 3D, Rio do Sul teve dois cinemas com a tecnologia de ponta de cada época
“ “
As sessões de cinema eram um evento social.
continua na próxima página FOTO ORLANDO PEREIRA FOTO MARZALL/DIVULGAÇÃO/ORIGINAL PB

Os pioneiros e as projeções itinerantes ao som de realejo

A família Brattig foi responsável pela primeira sala fixa de cinema na cidade, numa época em que já eram feitas projeções itinerantes na região. Jornais e documentos históricos do Arquivo Público Municipal apontam que a sala funcionava também na Rua XV de Novembro, nos fundos do Salão Brattig, que servia como hotel. Há também registros de que Alfredo Brattig e os filhos Herbert e Henrique também realizaram projeções de filmes no Hotel Mayr. As cadeiras eram de palha e as sessões animadas por som de realejo, um tipo de órgão portátil movido à manivela, ou então por pianistas.

Documentos históricos mostram ainda que outros no-

tórios exibidores de cinema era os Julianelis, que por volta de 1926 faziam projeções no Cine Largura. Aquele, aliás, foi o ano em que a energia elétrica chegou à cidade. Registros do pesquisador Aymoré Roussenq apontam que em 1918 também havia sessões de cinema no Salão Schlatter, na então vila Bela Aliança, que tinha cerca de 300 habitantes. Eram filmes mudos, provavelmente exibidos com projetores à manivela.

O cinema falado foi criado pelos norte-americanos, em 1927. Cinco anos depois, a tecnologia chegou em Rio do Sul na exibição do filme Mocidade Veloz. A novidade foi destaque no jornal O Agricultor, com escrita da época: “cinema fallado:

graças a iniciativa do progressista Cinema Brattig, teremos em poucos dias occasião de apreciar também aqui em Rio do Sul as mais modernas fitas em que não somente a scena muda se desenrolara adeante a nossa vista, mas também ouvido aprecia lindas músicas, contos e conversas dos ‘stars’, ficando assim a impressão de não se ver fitas mas de assistir a factos e acontecimentos reais”.

Ao pesquisar as mudanças nas salas de cinema na cidade ao longo dos anos é mesmo o Cine Riosul que se destaca. A instalação no local do Cinemascope, tecnologia de filmagem e projeção que marcou o cinema moderno com o modelo widescreen, foi inaugurada nos anos

1950, com Rio 40 Graus, clássico de Nelson Pereira dos Santos e do Cinema Novo. Depois surgiu o Cinerama para exibições com três projetores simultâneos em uma tela curva e de grandes proporções.

O Cine Riosul chegou a adquirir um gerador de energia para superar a precariedade do fornecimento de eletricidade. Até por volta de 1950, Rio do Sul compartilhava o recebimento de energia com Blumenau. Eram 24 horas “de luz”, seguidas de um mesmo período de “apagão”. E a energia era indispensável também para os espetáculos de teatro e de mágicos que passavam pelo palco do cinema, além de permitir as “sessões da meia-noite”. Eram

as exibições de filmes eróticos durante a semana, frequentadas apenas por homens e divulgadas apenas no boca a boca.

Em 1971, o Cine Riosul foi vendido para Empresa Lageana de Cinema. Na época, o local era administrado por Guinther Hoffmann, que trabalhava ali com a esposa e os filhos. Ele permaneceu como gerente por mais seis anos, até se desligar definitivamente. O cinema ainda resistiu um bom tempo à popularização da televisão, do videocassete, dos canais por assinatura e à crise da indústria cinematográfica brasileira nos anos 1990. Em 28 de fevereiro de 1996, os projetores do Cine Riosul exibiram um último filme. E foram apagados para sempre.

A REGIÃO 7 A REGIÃO do Alto Vale / Rio do Sul, 5 de junho a 20 de junho de 2023
FOTO MARZALL/DIVULGAÇÃO/ORIGINAL PB

Da nostalgia ao forte apelo turístico

Passeio, histórico e cultural da Estrada de Ferro Santa Catarina acontece todos os meses

Reviver o passado em um trajeto de poucos 2,8 quilômetros, recuperados da Estrada de Ferro Santa Catarina (EFSC), tem se tornado inesquecível para muita gente, inclusive de outras regiões do Vale do Itajaí, que vem para a Apiúna no segundo fim de semana da cada mês para conhecer o projeto cultural da Ferrovia das Bromélias, que acontece graças à iniciativa de voluntários do grupo Tremtur. Eles são organizados pela Associação Brasileira de Preservação Ferroviária, Núcleo Regional do Vale do Itajaí.

Ouvir o apito da locomotiva Baldwin Ten Wheels fabricada em 1920, o cheiro de lenha queimada e se divertir ao primeiro solavanco da Maria Fumaça ao entrar em movimento junto ao silvo estridente e metálico das rodas, é um momento de pura nostalgia, para quem hoje tem mais 50 anos. Já para as crianças e adolescentes,

Reviver a história e relembrar a última viagem

Reviver o passado em um trajeto de poucos 2,8 quilômetros, recuperados da Estrada de Ferro Santa Catarina (EFSC), tem se tornado inesquecível para muita gente, inclusive de outras regiões do Vale do Itajaí, que vem para a Apiúna no segundo fim de semana da cada mês para conhecer o projeto cultural da Ferrovia das Bromélias, que acontece graças à iniciativa de voluntários do grupo Tremtur. Eles são organizados pela Associação Brasileira de Preservação Ferroviária, Núcleo Regional do Vale do Itajaí.

Ouvir o apito da locomotiva Baldwin Ten Wheels fabricada em 1920, o cheiro de lenha queimada e se divertir ao primeiro solavanco da Maria Fumaça ao entrar em movimento junto ao silvo estridente e metálico das rodas, é um momento de pura nostalgia, para quem hoje tem mais 50 anos. Já para as crianças e adolescentes, uma novidade, uma opção de lazer e uma oportunidade de conhecer como seus pais e avós se locomoviam em uma máquina mo-

uma novidade, uma opção de lazer e uma oportunidade de conhecer como seus pais e avós se locomoviam em uma máquina movida apenas a vapor.

O passeio turístico, histórico e cultural da Estrada de Ferro Santa Catarina, acontece todos os meses no Centro da localidade de Subida, município de Apiúna, as margens da Estrada Geral Subida. Nele, cada momento, deste do embarque na plataforma, o tocar do sino anunciado a partida e a conferência dos bilhetes da passagem pelo fiscal do vagão é exatamente como era feito nas viagens do passado.

Neste tempo, o trem era o principal meio de transporte e mais seguro se para percorrer longas distâncias no Alto Vale. “Uma viagem de Blumenau a Rio do Sul poderia levar até seis horas, e esta era a maneira mais confortável e segura de se fazer esta viagem, que pelas estradas de carroça, se levaria até dois dias”, relata a guia da viagem, que também presta trabalho voluntário.

vida apenas a vapor.

O passeio turístico, histórico e cultural da Estrada de Ferro Santa Catarina, acontece todos os meses no Centro da localidade de Subida, município de Apiúna, as margens da Estrada Geral Subida. Nele, cada momento, deste do embarque na plataforma, o tocar do sino anunciado a partida e a conferência dos bilhetes da passagem pelo fiscal do vagão é exatamente como era feito nas viagens do

SERVIÇO

passado.

Neste tempo, o trem era o principal meio de transporte e mais seguro se para percorrer longas distâncias no Alto Vale.

“Uma viagem de Blumenau a Rio do Sul poderia levar até seis horas, e esta era a maneira mais confortável e segura de se fazer esta viagem, que pelas estradas de carroça, se levaria até dois dias”, relata a guia da viagem, que também presta trabalho voluntário.

O percurso é de apenas 5 km, passando um túnel de 68 metros, um viaduto em arcos românicos, e a Usina Hidrelétrica Salto Pilão. Com duração aproximada de 45 minutos ida e volta.

O trem vai e retorna de ré nesse passeio.

Preservação da História

A recuperação do percurso foi uma iniciativa da ONG Tremtur, em parceria com a Usina Salto Pilão, a prefeitura de Apiúna e a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF). A Ferrovia das Bromélias, como é chamado o projeto original, inclui a reativação de um trecho total de 28 quilômetros, de Subida, em Apiúna, a Matador, no Bairro Bela Aliança, em Rio do Sul.

O passeio se dá no trecho reimplantado do antigo leito da extinta EFSC, que funcionou de 1909 a 1971. Essa ferrovia teve sua construção iniciada com capital e tecnologia alemã, vindo a ser a única no Brasil construída pelos alemães.

Na época, pouco antes de sua desativação, apesar de restrita em investimentos, a EFSC ainda prestava serviços relevantes a toda comunidade no transporte de passageiros e mercadorias pelo Vale.

O valor é de R$ 50,00 por pessoa e crianças até 5 anos levadas no colo não pagam. A partir de 6 anos o valor passa a ser integral.

Os passeios acontecem no dia 11 junho, 09 e 23 de julho, 06 de agosto, 10 de setembro, 08 de outubro, 12 de novembro e 10 de dezembro.

A REGIAO 8 A REGIÃO do Alto Vale / Rio do Sul, 5 de junho a 20 de junho de 2023
HISTÓRIA
Informações no telefone/ WhatsApp (47)
98894-5517
FOTOS DIVULGAÇÃO

Pamplona investe R$ 77 milhões em Presidente Getúlio

APamplona Alimentos, empresa referência no mercado brasileiro de carnes suínas, completou 75 anos de história no mês maio. Uma das iniciativas que marcaram a data foi a inauguração da primeira etapa do projeto de expansão das instalações de sua unidade de Presidente Getúlio, que aconteceu no dia 3. A fase inicial deste projeto, no qual foram investidos R$ 77 milhões, torna a unidade ainda mais moderna e tecnológica, com novos recursos como paletização e câmara de estocagem operadas por robôs, tendo como base o conceito de indústria 4.0.

Fundada em 1948 pelo casal Lauro e Ana Pamplona, a empresa é reconhecida, além da qualidade de seu portfólio, pela forte contribuição que sempre prestou, ao longo de sua trajetória, para o desenvolvimento das comunidades onde estão concentradas suas operações. Hoje, além de Presidente Getúlio, a empresa conta com outras duas unidades fabris em Rio do Sul, onde inclusive fica sua sede administrativa, e Caçador. “Desde nossa origem, na comunidade de Mosquitinho, atuamos com essa preocupação de impactar

positivamente as vidas das famílias que nos cercam. Afinal, nossa empresa é uma grande família, onde buscamos manter vivos esses valores, passando-os de geração em geração”, comenta Irani Pamplona Peters, presidente da companhia, explicando que as novidades na fábrica de Presidente Getúlio estão alinhadas a esses princípios da companhia.

As mudanças na unidade, segundo ela, fazem parte de um trabalho vem sendo feito em diferentes frentes da empresa que visam a modernização e crescimento da marca, com o objetivo de garantir um aumento dos padrões de qualidade e desenvolvimento das cidades onde atua. “São 8.521m² em paletização, câmaras, expedição, casa de máquinas, espera de motoristas e portaria. Com isso, abrimos novos postos de trabalho, o que contribui não apenas para o crescimento da empresa, mas também para geração de empregos e ampliação do desenvolvimento regional”, pontua a presidente.

Além disso, o projeto também dá sustentação às estratégias que a marca vem implementando para crescimento contínuo no mercado interno, como a oferta de produtos em versões direcionadas para o

público single ou para famílias menores, com embalagens compactas, que geram desembolso menor, atendendo a uma forte tendência do mercado. Também deve contribuir para ampliar o potencial de atendimento a mercados internacionais, como Japão, Coreia, Chile, Canadá e México, e favorecer a entrada em novos países, como os Estados Unidos.

“A Pamplona é uma marca que tem raízes. É tradicional, mas sempre traz inovações que surpreendem o consumidor, razão pela qual perdura há 75 anos fazendo história na mesa dos brasileiros”, finaliza Irani.

Dados sobre a expansão da fábrica

A partir desta expansão, a unidade passa a contar com uma área construída de 8.521,69 m². As áreas de paletização, câmaras e expedição ocupam 7.296,01

m² e 1.038,18 m² são destinados a casa de máquinas da companhia, além de 187,50 m² que são ocupados por demais áreas. Foram R$ 77 milhões investidos também em tecnologia 4.0 e implementação de cinco Com 75 anos de tradição, a empresa familiar catarinense, atua com a missão de produzir e fornecer alimentos práticos, saborosos, saudáveis e de qualidade para os consumidores brasileiros. Está presente em 26 estados e exporta cortes suínos para os principais países em que o Brasil é habilitado. Seu amplo portfólio conta com 18 linhas de produtos que englobam: carne suína temperada e in natura, linguiças defumadas e frescais, defumados, salames,

robôs responsáveis pelo processo de paletização. A câmara interna possui uma altura equivalente a 10 andares e o espaço para armazenamento de pallets comporta até 3,2 toneladas. copas, presuntaria e derivados, fatiados, queijos e cortes bovinos temperados, entre outros. A companhia, que também é detentora das marcas Paraná, Rio Sul e Saudável, tem em seu quadro mais de 3,7 mil colaboradores e é reconhecida pelo investimento constante em inovação direcionado à modernização do parque fabril, otimização de processos industriais e manutenção dos padrões de qualidade de seus produtos. (Trama Comunicações)

A REGIÃO 9 A REGIÃO do Alto Vale / Rio do Sul, 5 de junho a 20 de junho de 2023
NEGÓCIOS
Sobre a Pamplona

Mercado automotivo tem saldo positivo nas vendas de novos e usados

Jully Annye Goedert

AFederação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores de Santa Catarina (Fenabrave-SC), entidade que representa concessionárias de veículos automotores, divulgou o desempenho do setor automotivo nos três primeiros meses de 2023. O emplacamento de veículos automotores tem crescido a cada mês. Em janeiro foram 12.187 unidades, em fevereiro 11.980, e em março 16.918. Os dados da Fenabrave-SC mostram que apenas o mês de fevereiro teve uma queda, em comparação ao ano anterior. Quando comparadas as vendas dos primeiros

três meses de 2023 (41.114 unidades), em relação aos três primeiros meses de 2022 observa-se um aumento de 15,38% nas vendas.

Segundo Alfredo Breitkopf, diretor regional da Fenabrave-SC, apesar do aumento nas vendas, isto não reflete a recuperação do setor, pois as vendas do ano passado foram muito baixas refletindo uma queda de 10,63% em relação a 2021, o auge da pandemia. As vendas deste trimestre foram quase 7% menores do que as do primeiro trimestre de 2019, quando foram vendidas 43.918 unidades. “O aumento da inadimplência, a diminuição das liberações de financiamento por parte das financeiras, o endividamento das

famílias e a consequente perda do poder de compra do consumidor traz um cenário desafiador para este ano”, comenta.

Mercado de usados

Segundo informações da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em fevereiro as transações de veículos usados apresentaram queda de 6,7% sobre janeiro e baixa de 2,3% sobre o mesmo mês do ano anterior. No ano, no entanto, o mercado segue positivo, com alta de 4%. “Apesar da retração mensal, o volume diário registrou alta, assim como aconteceu no mercado de emplacamentos de veículos novos, diz Andre-

ta Jr., presidente da Fenabrave, lembrando que fevereiro teve apenas 18 dias úteis (ante 22, em janeiro). “No ano, a maioria dos segmentos apresenta resultado positivo, na comparação com o primeiro bimestre de 2022”, completa.

As transações nacionais de automóveis e comerciais leves atingiram 726.577 unidades, fazendo com que o volume de 2023 chegasse a 1.511.227, alta de 5,3% sobre 2022. O segmento de motocicletas teve queda de 4,7% sobre janeiro e de 5,5% sobre fevereiro de 2022. Com isso, a categoria fica perto da estabilidade (+0,1%), na comparação com o acumulado dos dois primeiros meses do ano passado. Porém, em abril de 2023 as

transações de veículos usados registraram queda de 20,7% sobre março, totalizando pouco mais de 1 milhão de unidades transacionadas no mês.

Para o empresário rio-sulense, Cleber Machado de Souza, a venda de seminovos e usados têm se mantido estável neste primeiro trimestre. “No geral as vendas aumentaram. Apesar do grande número de feriados nos últimos meses, nossas vendas aumentaram”, ressalta. Este aumento também pôde ser sentido durante o feirão de veículos realizado pelo grupo G8, em maio, em Rio do Sul. Foram três dias e cinco lojas participantes, sendo o saldo de vendas positivo para todos.

GERAL 10 A REGIÃO do Alto Vale / Rio do Sul, 5 de junho a 20 de junho de 2023
AUTOMÓVEIS
(Com informações da Fenabrave SC) JULLY ANNYE GOEDERT

Josiani dos Santos

Todos os dias uma nova vida nasce no Hospital Regional de Rio do Sul. São cerca de 200 partos mensais. Mães de toda a região do Alto Vale passam por aqui e têm suas vidas transformadas pela maternidade. E entre tantos nascimentos estão as trigêmeas da Cláudia Muller Sangaletti. A história dela é curiosa, cheia de desafios, superações e muito amor.

Diz o ditado popular que depois da tempestade, vem o arco-íris. E na vida da família Sangaletti foi exatamente assim. Seis meses após uma perda gestacional, Cláudia descobriu que estava grávida. “Estava num momento triste e até pensei que não poderia mais ser mãe, por causa da idade. Mas todos os exames apontavam que eu estava bem e não demorou muito para o resultado dar positivo sem nenhum tratamento ou intervenção”, explica Cláudia, que já era mãe de um menino de 14 anos.

A surpresa da gravidez só não foi maior que a descoberta que viria logo depois. “Meu menino sempre dizia, de brincadeira ou não, que seriam três

Um é pouco, dois é bom, três é amor demais

bebês. Quando estava de 11 semanas senti movimento na minha barriga em dois lugares diferentes e fiquei desconfiada de que seriam gêmeos. Adiantei minha consulta pois a cada dia tinha mais certeza de que eram dois. A surpresa veio no ultrassom, antes mesmo do médico anunciar, já vimos o terceiro bebê”, conta ao lembrar da situação engraçada, onde o marido pediu ao médico que parasse de procurar pois três já estava bom.

Amor em dose tripla

Desde a notícia dos muitos corações batendo, a curiosidade era outra. E não demorou muito para descobrir que a família estaria completa com a chega de três meninas. “A felicidade tomou conta e começaram os preparativos. Enquanto seguia com os cuidados e assistência necessária, embora não apresentasse nenhuma complicação. Cercada de bons profissionais, chegamos até as 32 semanas”, lembra Cláudia.

Helen, Heloise e Helena chegaram no dia 4 fevereiro de 2016. “Foi emocionante ouvir três chorinhos naquele início de manhã. Como eram prematuras, foram levadas para a UTI Neo do Hospital

Regional. A Helen e Heloise ficaram 7 dias. Já a Helena ficou 20 dias, pois teve uma enterocolite. Depois veio com as manas para a UCIN e ficamos ao todo, 23 dias internadas. Foram dias desafiadores até terem

peso suficiente pra ir pra casa, porém sempre assistidas por uma equipe muito profissional. Fomos muito bem cuidadas do início ao fim”, destaca. Se um é pouco e dois é bom, podemos afirmar que três

é amor demais. Basta ver a alegria, as brincadeiras e o carinho envolvido na criação das trigêmeas, que já estão com 7 anos de idade e frequentam juntas, o segundo ano do ensino fundamental.

A REGIÃO 11 A REGIÃO do Alto Vale / Rio do Sul, 5 de junho a 20 de junho de 2023
FAMÍLIA
FOTOS: ÁLBUM DE FAMÍLIA

Duas estrelas de Santa Catarina para o mundo: Abraccos e o Grand Suítes Family Resort

Acidade de Itá, aqui em Santa Catarina, foi palco do 1º Congresso da ABRACCOS, Associação Brasileira de Comunicadores e Colunistas Sociais do Brasil. Desde quinta, dia 25 até domingo 28 de maio, Comunicadores, Colunistas e Jornalistas de todo o Brasil estiveram conhecendo o mais lindo Resort de nosso estado.

O GRAND SUÍTES FA-

MILY RESORT está “estalando” de novo e com propostas maravilhosas de reunir os amigos e as famílias. As atrações são diversas, desde os parques, as aventuras leves e radicais, entre elas uma tirolesa dupla que atravessa por duas vezes o lago da hidrelétrica.

O lago, aliás, compõe a paisagem maravilhosa exatamente ao lado do Resort que conta com piscinas com águas termais internas externas. Os apartamentos são maravilhosos, e a gastronomia é um show à parte. Breakfast variadíssimo, almoços temáticos e regionais e jantares

diversos com um serviço impecável, amigável com staff feliz e interativo.

Hidrelétrica de Itá

A cidade velha de Itá foi inundada para formar o Lado da hidrelétrica que é a terceira maior do Brasil. O que restou acima da água foram as torres da igreja, hoje um ponto turístico do destino. Com isso, uma nova cidade foi totalmente reconstruída no alto do morro para receber os moradores. Só a Igreja de São Pedro e suas divinas Torres que não cederam à destruição. Tratores com correntes foram até lá e “abraçaram” as torres e as correntes arrebentaram. Arrumaram correntes mais grossas e fortes e ao puxar os chassis dos tratores quebraram e as torres continuaram de pé com a imagem de São Pedro no topo. O governador, o prefeito, delegado e o povo: como numa novela, colocaram em assembleia se derrubavam ou desistiam e decidiram por mais uma terceira e última tentativa e parece, ao que relatam, houve até acidente e morte. São Pedro venceu e lá as torres resistiram e viraram ponto turístico onde só se

chega de barco, lancha, chalana ou alguma embarcação. Ao entardecer elas se acendem e ficam mudando de cor e sua nau com dois, três ou dezenas de pessoas rezam um “Pai Nosso”: é de arrepiar. Vale a visita.

Este jornalista recomenda este lugar maravilhoso

Na noite do dia 27 ocorreu a posse da diretoria da entidade, onde os associados e convidados especiais puderam contemplar um jantar festivo com finger foods.

Tudo estava impecável, garças a batuta do colunista, jornalista e comunicador Fernando Fischer, que é extremamente preocupado com os detalhes. “Temos a obrigação de divulgar as coisas boas desse nosso Brasil, começar pelo nosso Estado de Santa Catarina e esse Resort Grand Family que passa a ser uma das casas oficiais da ABRACCOS”, destacou. Apelidei Fernando de “Homem de Ferro”, porque foi forte e aguentou muitas emoções. Fernando é

caçadorense e hoje é um dos expoentes do Colunismo em Santa Catarina. Suas festas são conhecidas pelo brilho, requinte e pela pompa hollywoodiana.

Importante destacar a presença e a organização de Cinthya Carla Rodrigues, nossa “Mulher Maravilha”, que deu atenção a todos do início ao fim, auxiliando a diretoria e associados. Com seu dinamismo brilhou com sua simpatia e generosidade.

Fátima Fernandes, vice-presidente da ABRACCOS, é uma luz a parte. Um brilho que contagiou a todos pela simpatia e pela cumplicidade com o presidente Fernando, com a diretoria e uma alegria transmitida a todos os associados e convidados. Destaco que Fátima veio do Tocantins especialmente para o evento.

Outra estrela foi o jornalista Carlos Hugueney Bisneto, diretor financeiro da ABRACCOS, que levantou a questão dos novos eventos e congressos, citando exemplos de Foz do Iguaçu (PR), Ponta Grossa (PR), Tocantis (TO), Balneário Camboriú (SC) e Maranhão (MA), que já manifestaram interesse. Hugueney tem experiência em todos os meios de comunicação e uma personalidade forte e determinada, que só fará engrandecer a associação.

A Diretoria Nacional ABRACCOS ficou assim com-

posta: Presidente: Fernando Fischer – Itajaí -SC; Presidente

SERVIÇO

Grand Suites Family Resort.

de honra: Aninha Monteiro –Maceió – AL; Vice-presidente: Maria de Fátima Dias – Palmas –TO. Secretaria Geral – Cleucimara Santiago – Ponta Grossa PR; Suplente de Diretor Administrativa: Willian Dutra Santos – São Luis – MA; Diretor Financeiro: Carlos Hugueney Bisneto -Uberlândia – MG; Suplente de Diretor Financeiro: Carlos Henrique de Melo – Palhoça – SC; Diretora de Eventos – Karla Cruz – Lages –SC; Conselho Fiscal – Titulares:

1 -Bernardo Mondin Guedes –Novo Hamburgo – RS; 2 – Vera Lucia Ramos da Rosa – São José dos Pinhais/PR; 3 – Anamaria Gramolini Bianchini – Cuiabá/ MT. Conselho Fiscal – Suplentes; 1-Letícia Graziele Hagedorn – Joinville/ SC; 2 – Mauro Francisco Veras da Silva – Teresina – PI; 3 -Benedito Luciano Sa da Rocha Fortaleza – CE; Assessoria Jurídica: Dra. Sheyla Guerretta – Joinville – SC;

O congresso levou a assinatura da Inouï Productions e contou com palestras de sucesso, turismo, conhecimento, confraternização, diversão e lazer.

A cidade de Itá, o Grand Suítes Family Resort e a Eco Turismo disponibilizaram sua infraestrutura para o sucesso deste evento.

Nosso Jornal A Região do Alto Vale foi representada por este jornalista que subscreve a matéria, Júlio Ramos Luz. (créditos da base de texto de MTB 08221 Jornalista).

Reservas e informações: (49) 3520 5510.

Rua Pércio Martini, nº 2937, Lago Azul, Itá, SC. No Resort você adquire os passeios de barco, tirolesa e outras opções de lazer.

ESTADO 12 A REGIÃO do Alto Vale / Rio do Sul, 5 de junho a 20 de junho de 2023
TURISMO
FOTOS DIVULGAÇÃO
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.