Data centers de hiperescala exigem proteção contra incêndios rápida e não disruptiva. Os agentes limpos surgem como uma alternativa eficaz, evitando danos aos equipamentos e garantindo continuidade operacional.
DATA CENTERS18
Potencial da IA na vigilância por vídeo
A IA - Inteligência Artificial revoluciona a segurança eletrônica, trazendo maior precisão e eficiência na gestão de ambientes urbanos e empresariais. A tecnologia eleva o patamar dos sistemas de vigilância e possibilita um gerenciamento de segurança mais inteligente e eficaz.
SEGURANÇA
Guia
de serviços
de data centers (hosting e colocation)
Panorama atualizado dos provedores de serviços de data centers, com detalhes sobre infraestrutura, proteção contra incêndio, monitoramento e soluções de colocation, hospedagem, backup e recuperação de desastres.
SERVIÇO26
Mapeamento e documentação de rede de fibra óptica
Ferramentas de gerenciamento de redes permitem criar uma base confiável de dados desde o planejamento até a operação. A documentação funciona como um gêmeo virtual da rede, essencial para o desempenho e manutenção.
As vantagens do SOC e NOC como serviço
Diante da complexidade das redes e do avanço das ameaças cibernéticas, cresce a adoção de SOC e NOC como serviço. O modelo garante segurança, monitoramento em tempo real e conformidade, com redução de custos.
INFRAESTRUTURA34
Previsão de quebras de fibra e pontos fracos
O artigo apresenta testes de campo para medição de deformações em fibras ópticas de cabos aéreos de longa distância, utilizando análise espectral de Brillouin via OTDR. Os resultados indicam que a técnica é aplicável à maioria dos enlaces de telecom.
REDES ÓPTICAS40
Guia de switches para LAN e comutadores KVM
Levantamento com a oferta de fabricantes e importadores de switches para redes locais, data centers e aplicações industriais, além de KVM. O guia detalha funcionalidades, número de portas e capacidades dos equipamentos.
SERVIÇO46
Rede digital para o setor de hotelaria
Plataformas digitais em hotéis viabilizam mobilidade para hóspedes, automação de quartos e maior eficiência operacional. As soluções melhoram a experiência do cliente, otimizam processos de TI e aumentam a competitividade.
REDES LOCAIS48
A revolução do Wi-Fi 7: como RU e MRU estão reinventando a comunicação sem fio
O Wi-Fi 7 trata o espectro como recurso adaptável, resolvendo gargalos das redes sem fio. Com os conceitos de RU - Unidade de Recurso e MRU - Unidade de Recurso Múltipla, a tecnologia redefine a alocação de tráfego, reduz latência e amplia a capacidade.
REDES SEM FIO56
Capa: Helio Bettega Foto: DepositPhotos
SEÇÕES
Produtos70
Publicações73
Índice de anunciantes73
ISP em Foco74
As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por RTI, podendo mesmo ser contrárias a estas. Editorial6 Informações8 Interface60 Em Rede66 Segurança68
Hámais de 80 anos, a Construcap tem construído a sua história como uma referência de robustez e confiabilidade no setor de engenharia e construção no Brasil. Fundada em 1944, a empresa construiu sua reputação em projetos complexos que exigem precisão técnica, gestão rigorosa e equipes altamente capacitadas.
Com estes valores, há cerca 5 anos a empresa iniciou sua jornada também no setor de infraestrutura de data centers, um mercado com grande perspectiva de crescimento no Brasil diante das crescentes demandas por processamento de dados e serviços digitais, o que impulsiona a necessidade de reforçar e atualizar a infraestrutura do país.
Com foco neste mercado em desenvolvimento, a Construcap colocou a sua excelência operacional e solidez de negócio em prática e tem se tornado referência no mercado de infraestrutura de data centers, um dos setores mais exigentes da engenharia mundial, que requer controle absoluto em cada etapa, precisão milimétrica e capacidade de entrega em tempo recorde — características que consolidaram o diferencial da Construcap para o setor.
Construcap: robustez, excelência e referência em obras de Data Center
“Mais do que apenas entregar obras de data center, a Construcap transforma desafios em resultados consistentes, sustentados por processos rigorosos e um compromisso inabalável com a qualidade. Cada projeto é uma oportunidade de mostrar que a Construcap não apenas constrói, mas entrega confiança e solidez em cada detalhe”, afirma Lucas Azevedo Capobianco, superintendente de obras da empresa e responsável pelo segmento de data centers dentro da companhia.
Mesmo com pouco tempo no mercado de data centers, a Construcap já entregou com excelência cerca de 10 contratos com clientes hyperscale, mostrando a que veio e como aplica a sua solidez em prol de resultados estratégicos e eficientes para seus clientes: em 2022, tornou-se a primeira empresa da América Latina a cumprir todos os marcos contratuais em um projeto hyperscale, além de ser a primeira no mundo a entregar um data center sem pendências (punch list) no marco final — um feito inédito que comprova a excelência operacional da empresa e sua atenção aos mínimos detalhes. Para Lucas, esses resultados não são apenas números: são a prova concreta da solidez da empresa.
“Esses marcos demonstram que a Construcap está entre as mais confiáveis do mundo quando se fala em precisão, qualidade e entrega consistente. Nossa robustez operacional não é teoria, é prática comprovada em cada projeto que executamos”, comenta. Um grande exemplo destes diferenciais ocorreu em 2022, quando a empresa assumiu uma obra de data center de um cliente hyperscale que não havia sido cumprida pela concorrência, conforme relembra Capobianco: “O desafio era extremo. Era necessário não apenas cumprir prazos apertados, mas garantir que cada detalhe técnico fosse executado com precisão absoluta. A robustez da Construcap foi determinante para que o projeto avançasse sem comprometer qualidade ou segurança”, explica.
Mesmo assumindo o projeto já em andamento e com diversos atrasos, a Construcap encarou o desafio e o resultado foi impressionante: entregou o projeto dentro do cronograma, com apenas 9 pendências — um feito notável considerando a complexidade e criticidade do empreendimento. “Esse resultado mostrou que podemos atuar em qualquer segmento crítico, mantendo padrões de excelência
em todos os níveis do projeto”, destaca Lucas.
Pessoas: o coração da robustez operacional
Mais do que tecnologia e processos, a Construcap acredita que resultados como esse são alcançados por meio de suas pessoas. Profissionais de longa trajetória, com alta expertise técnica e alinhados à cultura da empresa, garantem que cada decisão seja fundamentada em experiência, técnica e comprometimento.
“A grande força da Construcap está nas suas pessoas. Nossos colaboradores entendem que cada detalhe importa e se comprometem verdadeiramente com a entrega dos resultados que fortalecem a nossa marca. É esse engajamento que transforma desafios complexos em soluções seguras e eficientes”, afirma Lucas.
Essa dedicação é visível em projetos de alta criticidade e nos resultados obtidos. A empresa mantém equipes altamente treinadas, protocolos rigorosos de segurança e supervisão constante, consolidando sua reputação de solidez operacional.
Processos rigorosos e tecnologia de ponta
Outro importante diferencial da Construcap é a capacidade de combinar a experiência de seus times com inovação tecnológica de ponta para garantir resultados consistentes. O uso de modelos 3D e 4D, metodologias Lean Construction e a ferramenta BIM integrada ao planejamento e execução permitem identificar e miti-
gar riscos antecipadamente, além de otimizar recursos e garantir que cada etapa seja executada com máxima precisão.
“Na Construcap aplicamos um rigor absoluto nos processos. Cada fase do projeto é planejada, monitorada e validada com cuidado extremo. Isso nos permite reduzir riscos, aumentar a eficiência e entregar resultados confiáveis, mesmo em projetos complexos e críticos”, explica Lucas.
Um ponto marcante da trajetória da Construcap no mercado de infraestrutura de data centers é a troca com outras empresas do segmento que atuam fora do Brasil. Em todas as oportunidades, a companhia pôde confirmar que seus processos estão alinhados às melhores práticas mundiais e, em muitos casos, se tornaram referência de benchmarking internacional para parceiros, interessados em conhecer de perto os métodos da empresa.
“Nossa liderança está em sermos, indiscutivelmente, os melhores no que fazemos. Isso traz confiança aos nossos clientes, que sabem que podem colocar seus projetos de data center nas mãos de uma empresa que trará o que há de melhor em inovação, comprometimento de pessoas, tecnologia de ponta, segurança e controle absoluto de processos”, destaca Lucas.
Além disso, a Construcap também integra soluções sustentáveis e de eficiência energética aos projetos. Cada decisão é pautada pela responsabilidade ambiental, sem comprometer desempenho ou prazos.
“A sustentabilidade faz parte do DNA da Construcap. Desde o projeto até a execução, adotamos práticas que reduzem impactos ambientais, otimizam recursos e garantem longevidade às obras. Esse também é um importante compromisso para a Construcap: entregar eficiência com responsabilidade”, reforça Lucas. Olhando para o futuro
Com o crescimento acelerado do setor de data centers no Brasil, a Construcap tem se posicionado estrategicamente no mercado para expandir sua atuação, mantendo seus padrões de excelência.
“Nosso objetivo não é apenas crescer, mas crescer com solidez. Buscamos sempre resultados consistentes e confiáveis, que consolidem a confiança que nossos clientes depositam em nós”, afirma Lucas.
Em um mercado onde cada detalhe conta, a Construcap prova que robustez não é apenas sobre estrutura, mas também sobre processos, pessoas e resultados consistentes. A empresa transforma desafios complexos em soluções seguras, rápidas e eficientes, garantindo não apenas obras concluídas, mas a tranquilidade e confiança de seus clientes.
Mais do que projetar e erguer estruturas, cada obra é uma oportunidade de gerar valor real para o cliente. Esse é o diferencial que move a Construcap: transformar robustez e excelência em resultados que importam. Porque, para nós, construir é também entregar confiança, inovação e valor.
(11) 3017 8000
www.construcap.com.br/pt/home
EDITORIAL
transformação digital continua a avançar em ritmo acelerado, impulsionada por três frentes complementares: a evolução tecnológica, a pressão por eficiência operacional e as novas demandas de segurança e resiliência. Esta edição da RTI reúne análises que ilustram bem como esses fatores se cruzam em diferentes segmentos — do setor hoteleiro aos data centers, passando pela infraestrutura crítica e pelos novos modelos de monitoramento 24/7.
No campo das redes locais, cresce a adoção de plataformas digitais em hotéis. O setor percebe que a rede deixou de ser apenas infraestrutura de suporte e tornou-se elemento estratégico para a melhor experiência do cliente e geração de novas receitas. A integração de IoT – Internet das Coisas, automação de processos e provisionamento inteligente amplia a eficiência operacional e fortalece a fidelização em um mercado cada vez mais competitivo.
Já nos data centers, o artigo publicado na página 18 mostra como proteger dados e ativos contra riscos de incêndio. O uso de agentes limpos em sistemas de supressão desponta como solução eficaz para preservar equipamentos sem interromper operações. A tecnologia garante resposta rápida, reduz impactos ambientais e se mostra compatível com ambientes de hiperescala que exigem continuidade absoluta.
Na esfera da infraestrutura crítica, a terceirização de operações por meio de SOCaaS e NOCaaS reflete a busca por equilíbrio entre segurança, custo e compliance. Empresas avaliam que o monitoramento 24/7, aliado a rigorosos frameworks normativos, torna-se inviável apenas com equipes internas. O modelo como serviço permite escalabilidade, previsibilidade de gastos e maturidade operacional, em linha com a complexidade crescente das ameaças cibernéticas e dos ambientes de TI híbridos.
Estes são alguns exemplos de temas tratados nesta edição. Eles mostram que, embora a inovação tecnológica continue sendo o motor das transformações, a chave está na integração. Redes inteligentes, seguras e resilientes são condição básica para que setores tão distintos quanto hotelaria, data centers e manufatura conectada consigam competir em um mundo digital. A convergência entre automação, proteção e eficiência cria oportunidades e, ao mesmo tempo, impõe desafios de gestão que exigem visão de longo prazo. Mais do que acompanhar as novidades, cabe às empresas planejar estrategicamente como absorver essas tecnologias para extrair valor real. A RTI segue acompanhando essa trajetória, trazendo análises, casos de aplicação e reflexões sobre o futuro das redes.
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RTI Redes, Telecom e Instalações, revista brasileira de infraestrutura e tecnologias de - Telecom e Instalações, brasileira infraestrutura e tecnologias comunicação, é uma publicação da Aranda Editora Técnica Cultural Ltda. Aranda Editora Técnica Aranda Editora Técnica Cultural Ltda. Aranda Editora Técnica Redação, Publicidade, Administração, Circulação e Correspondência: Redação, Administração, Circulação e Correspondência: Alameda Olga, 315 - 01155-900 - São Paulo - SP - Brasil. Tel.: + 55 (11) 3824-5300 e 3824-5250 inforti@arandanet.com.br – www.arandanet.com.br
chinesa Marsriva, especializada em soluções de energia, iniciou sua estruturação no mercado brasileiro com foco no fornecimento de miniUPS compactos para ONTs e roteadores. Os equipamentos garantem conectividade em situações de blecaute, um problema recorrente em várias regiões do país, especialmente no Norte e Nordeste.
“Hoje a Internet já está disponível de forma ampla no Brasil, mas a energia elétrica ainda não é confiável. A cada verão vemos chuvas fortes e quedas de energia, e esse cenário abre espaço para soluções que mantenham os usuários conectados”, explica Nelson Ito, vice-presidente da Marsriva Brasil, que atuou por vários anos no segmento de telecomunicações em empresas como TP-Link, Asus e D-Link, atendendo provedores de Internet e operadoras. Os mini-UPS da Marsriva podem manter o ONT ou roteador funcionando por quatro a seis horas, dependendo do consumo do equipamento. “O notebook já tem bateria, mas sem energia o GPON e o Wi-Fi não funcionam. É nesse ponto que entramos. O usuário continua com acesso à Internet mesmo durante um apagão”, afirma Ito.
Fundada há cinco anos pelo executivo Denny Liang, ex-vice-presidente da TP-Link para a América Latina, a Marsriva tem atuação concentrada em países com infraestrutura elétrica instável, como Irã, Venezuela, Síria e Cuba. No Brasil, já mantém negócios com distribuidores como Fastlink, Fonnet e Evoluson, e agora passa a investir em uma presença direta. Segundo Ito, os provedores de Internet são o primeiro alvo da estratégia comercial. “O provedor pode incluir o mini-UPS como serviço adicional nos planos de banda larga, garantindo ao assinante que a conexão será mantida mesmo em caso de falhas na rede elétrica.” Outras
ver ticais de interesse incluem o varejo, o mercado de CFTV e o segmento de energia solar.
Com capacidades de 300 VA a 80 kVA, a linha de produtos inclui modelos de entrada, voltados para roteadores residenciais, até UPS portáteis de maior capacidade, que podem alimentar geladeiras, aquecedores e sistemas de monitoramento por várias horas. “Existem três coisas que as pessoas querem manter em funcionamento quando falta energia: água quente, geladeira e Internet. É nesse nicho que enxergamos grande potencial no Brasil”, observa Ito.
Para o executivo, a qualidade de energia no país ainda está distante do ideal. “Não vejo as distribuidoras investindo em confiabilidade da rede. A tendência é que os blecautes se tornem cada vez mais frequentes. Por isso, acreditamos que os provedores e usuários finais vão buscar soluções de energia de forma mais ativa nos próximos anos.”
Marsriva – Tel. (11) 99707-4526
Site: https://www.marsriva.com/
acelerado no Brasil, provedores regionais têm buscado modelos que simplifiquem a implantação de suas infraestruturas. Nesse contexto, a SA Engenharia e Serviços, de Sorocaba, SP, estruturou o Turnkey Inteligente , um modelo de negócio em que a empresa assume todas as etapas de construção da rede, desde o estudo de viabilidade até a instalação das ONUs nos assinantes.
O formato inclui o levantamento da quantidade de casas a serem passadas, definição de materiais necessários, cronograma de obras, execução de serviços de campo, como passagem de cabos, conectorização e testes, além da entrega final da rede pronta para operação. “Mais do que uma metodologia de implantação, o Turnkey Inteligente representa a chave para acelerar o crescimento, maximizar o retorno sobre investimentos e abrir novas fronteiras para o futuro da conectividade”, afirma Simei Antunes, diretor e fundador da SA Engenharia.
Todos os equipamentos e ativos necessários, como cabos ópticos, caixas de emenda, CTOs, OLTs e ONUs, estão integrados ao serviço,
o que reduz riscos para os provedores e dá previsibilidade à execução. Para viabilizar o investimento, a empresa firmou parceria com o Telcobank, oferecendo parcelamento em até 36 vezes e carência de até 180 dias.
om a expansão das redes ópticas até a residência (FTTH) em ritmo
“Nesse modelo, a própria rede ge r a receita suficiente para custear sua implantação. A infraestrutura se paga sozinha, permitindo que o cliente direcione os esforços para expandir sua atuação”, explica Antunes.
A solução foi desenhada para atender tanto pequenos provedores regionais quanto grandes operadoras. Antes de cada implantação, é feito um estudo personalizado que considera o potencial de expansão da área, os objetivos estratégicos do cliente e as condições técnicas e financeiras. Segundo a empresa, esse formato tem permitido projetos de grande escala, como a implantação de até 500 km de rede em apenas 60 dias. No mercado há mais de 20 anos, com mais de 700 provedores atendidos no Brasil, a SA Engenharia reúne experiência acumulada em projetos de telecomunicações e se apresenta, nas palavras de seu fundador, como o “maior hub de soluções em telecomunicações do Brasil, atendendo a um portfólio diversificado que vai desde provedores regionais até grandes operadoras, como Desktop, Ufinet e SAMM. Mais do que prestar serviços, entregamos tranquilidade, robustez e confiança. Estamos lado a lado em cada etapa para transformar desafios em oportunidades”, finaliza.
SA Engenharia – Tel. (15) 3199-9191
Site: https://saengenhariaeservicos.com.br/
Sirius Assessoria, de Atibaia, SP, anunciou a aquisição da startup Coraxy, especializada em desenvolvimento de soluções de automação e IA - Inteligência Artificial para o setor de telecomunicações. Fundada em 2024, a Coraxy ganhou relevância ao criar ferramentas de IA para aumentar a eficiência operacional de provedores de médio e grande porte. A operação, concluída no mês passado, reforça a estratégia da Sirius de
ampliar sua atuação para além da prestação de serviços, incorporando tecnologia própria ao portfólio.
Criada em julho de 2022 por Ezequiel Vieira, CEO, e Mirtes Arruda, COO, a Sirius iniciou como consultoria, mas migrou rapidamente para o modelo de assessoria, assumindo a execução de processos operacionais dos clientes. Atualmente, a empresa concentra 90% de seu faturamento em operações de call center e suporte, incluindo atendimento ao cliente, cobrança, back office e comercial receptivo. Atende mais de 90 provedores, em 20 estados, com operação 24 horas por dia, sete dias por semana.
Segundo Vieira, a relação com a Coraxy começou em fevereiro, com projetos de integração de sistemas para centralizar dados de provedores atendidos pela Sirius. A parceria evoluiu para testes-piloto em automação de cobrança, aproveitando a base de cerca de 50 mil atendimentos processados mensalmente. “A entrada da Coraxy no grupo é um passo estratégico para expandirmos nossa atuação com base em tecnologia e entregar mais resultados aos clientes”, afirma o executivo.
A integração permitirá lançar softwares próprios com módulos de atendimento automatizado 24/7, cobrança inteligente baseada em dados de comportamento e otimização comercial com IA aplicada a pré-venda e fechamento. Nos testes, a taxa de assertividade da tecnologia variou entre 85% e 90% nos atendimentos de primeiro e segundo níveis, chegando a resultados semelhantes aos de operadores humanos em vendas, desde que o provedor tenha processos internos bem definidos.
cobrança, com integração a módulos bancários, e digitalização da área comercial. Dois provedores foram escolhidos para provas de conceito — um com processos maduros e outro em fase inicial — a fim de calibrar a ferramenta.
A solução começou a ser implantada há pouco mais de uma semana e já gerou o primeiro contrato, com a F5 Telecom, de Minas Gerais. Apesar da operação conjunta, as marcas Sirius e Coraxy serão mantidas separadas, mas com estruturas integradas.
De acordo com Vieira, o foco no curto e médio prazos continuará sendo o setor de telecomunicações e provedores de Internet. “Pelo menos dentro do nosso roadmap dos próximos três anos, estaremos 100% voltados a este mercado, com um modelo de negócios baseado em previsibilidade e recorrência”, finaliza.
Sirius – Tel. (11) 98460-0606
Site: https://siriusplace.com.br/
GearNOC, especializada em terceirização de Centros de Operações de Rede (NOC) nos níveis 1, 2 e 3, vem consolidando um modelo de serviço que alia monitoramento contínuo, consultoria e tecnologia própria para provedores de Internet em todo o país.
Com a aquisição, a Sirius incorporou a equipe de desenvolvimento da Coraxy à sede em Atibaia. As primeiras aplicações incluem automação total da
Estabelecida em 2019 por Daniel Nogueira, profissional com mais de 20 anos de experiência no setor, a empresa nasceu para suprir a carência de mão de obra qualificada e processos estruturados em provedores de pequeno e médio porte, especialmente em regiões remotas.
“Naquela época, a fibra já estava difundida entre os provedores, mas não havia equipes preparadas para gerenciar redes complexas e equipamentos de operadora. Muitas vezes, mudanças eram feitas sem análise de impacto, e a solução para problemas se resumia a reiniciar equipamentos”, lembra.
INFORMAÇÕES
O NOC da GearNOC, instalado em Artur Nogueira, SP, opera 24 horas por dia e atende clientes de diversos portes, desde provedores com 2 mil assinantes até operações com dezenas de milhares de usuários. A equipe, formada majoritariamente por mulheres, atua em regime de rodízio, com operadores de nível 1 no atendimento inicial e especialistas de níveis 2 e 3 para casos mais complexos. Além dos provedores, a empresa também presta serviços a integradoras de usinas fotovoltaicas, garantindo a conectividade e a transmissão de dados para medição de geração e faturamento.
52% os chamados no call center e 50% das visitas técnicas em alguns clientes, simplesmente por organizar a rede e detectar problemas antes que afetem o assinante”, destaca o empresário. A solução também incorpora recursos para redes neutras, possibilitando que provedores parceiros acessem apenas informações de seus clientes, sem depender da equipe proprietária da infraestrutura para obter diagnósticos. Segundo Nogueira, isso libera recursos internos e melhora a qualidade do atendimento.
foco no crescimento da base de clientes. “O nosso objetivo é trazer tranquilidade para o provedor, para que ele se concentre nas vendas e na retenção, enquanto cuidamos da operação”, afirma. De acordo com o empresário, mais do que reduzir custos diretos, o serviço gera ganhos indiretos ao diminuir deslocamentos, visitas improdutivas e sobrecarga no suporte, elevando a satisfação do assinante e a eficiência operacional. “Quem nos contrata passa a dormir tranquilo, sabendo que tem uma equipe especializada cuidando da rede 24 horas por dia”, resume.
GearNOC – Tel. (11) 99256-6390 n Site: https://www.gearnoc.com.br/
Entre os principais diferenciais da GearNOC está o maisOLT, ferramenta desenvolvida em parceria com outros players. Ela permite gerenciar OLTs de diferentes fabricantes em uma única interface, automatizando tarefas como ativação e diagnóstico de conexões, gerando relatórios e identificando falhas na fibra até a casa do cliente. “Com o maisOLT, conseguimos reduzir em até
Outra novidade da empresa é o Skywatch, dispositivo desenvolvido pela Greatek, que simula o acesso real de um usuário, monitorando o tempo de resposta e a experiência em sites e aplicações críticas. “A ideia é detectar problemas antes mesmo que o cliente ligue, ajustando rotas e otimizando o tráfego de forma proativa”, explica.
Para provedores menores, a terceirização do NOC pode ser estratégica para garantir disponibilidade da rede e
TP-Link quer ampliar sua presença no mercado brasileiro de provedores de Internet apostando em dois pilares estratégicos: confiança e parceria de longo prazo com os provedores e inovação aplicada para ganho de eficiência operacional. À frente desse movimento está Juliana Mello, diretora comercial ISP
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INFORMAÇÕES
da empresa no Brasil, que assumiu o cargo em junho deste ano.
“Nosso foco é fortalecer o relacionamento com os provedores de Internet que já atendemos no país e ampliar essa base com presença estratégica em novos mercados”, afirma Juliana. “Queremos estar ao lado do provedor, não apenas como fornecedor de tecnologia, mas como parceiro que contribui diretamente para o seu crescimento e sustentabilidade.”
A executiva reforça que a confiança é sustentada pelo reconhecimento global da TP-Link e pelo compromisso com qualidade. “A TP-Link é a marca número um do mundo em produtos Wi-Fi e oferece cinco anos de garantia em seus produtos no Brasil. Isso demonstra que acreditamos no que entregamos e transmite segurança aos nossos parceiros.”
No segundo pilar, a inovação aplicada, Juliana cita como exemplo as plataformas AGINET ACS , ferramenta gratuita de gestão remota que permite aos provedores monitorar e gerenciar equipamentos à distância, reduzindo custos com visitas técnicas e melhorando a experiência do assinante, e também a função Anti-Theft gratuita, que impede que o equipamento seja usado ou reconfigurado indevidamente em outra rede, protegendo contra furtos. “Em um mercado tão dinâmico, manter diferenciais competitivos é essencial para a evolução dos provedores”, afirma.
O portfólio da TP-Link voltado para o segmento de provedores inclui roteadores, ONTs, OLTs, câmeras Wi-Fi da linha TAPO , câmeras de segurança IP da linha VIGI e soluções corporativas de Wi-Fi da série Omada Entre as conquistas que reforçam esse compromisso, destaca-se o fato de a TP-Link ter sido a primeira a homologar na Anatel um roteador residencial Wi-Fi 7 no país.“A companhia também se prepara para lançar no Brasil equipamentos XGS-PON e, em setembro, o portfólio será ainda mais ampliado com o lançamento de um novo modelo de roteador Wi-Fi 7.
Juliana também ressalta que o avanço da produção nacional é parte fundamental da estratégia de consolidação da TP-Link no Brasil. Ainda este ano, a empresa inaugura uma fábrica em Joinville, SC, com foco na fabricação local de todo o portfólio para provedores. “A operação brasileira é estratégica para a TP-Link global. Acreditamos fortemente no potencial de crescimento do mercado nacional”, afirma.
A multinacional, de origem chinesa, tem sede principal em Irvine, EUA, e presença em diversos países. Com mais de 20 anos de experiência em tecnologia e telecomunicações, Juliana Mello é a primeira mulher a ocupar uma diretoria na TP-Link Brasil e uma das poucas líderes femininas no setor. “É um segmento predominantemente masculino, mas acredito que carreiras não têm gênero. O que nos move são valores, metas claras e a disposição para transformar realidades”, avalia.
Desde que assumiu o cargo, Juliana reestruturou a equipe comercial, que agora conta com 30 profissionais dedicados ao relacionamento com provedores em todo o país. “Estamos com o time completo e organizado. Meu papel agora é capitanear esse grupo com foco em resultados e proximidade com os clientes”, conclui.
TP Link – Tel. (11) 3028-6330 Site: www.tp-link.com/br/
mercado de provedores de Internet vive um momento de acirrada concorrência e crescente exigência por qualidade de atendimento. Nesse cenário, o HSR Specialist Researchers, maior grupo independente de pesquisa de mercado da América Latina e terceira maior empresa do setor no Brasil, se apresenta como um aliado estratégico para os provedores que buscam aprimorar sua relação com os assinantes.
O grupo reúne nove empresas de pesquisa de mercado, entre duas que trazem em seu repertório uma atuação mais profunda no entendimento dos
setores de tecnologia e telecomunicações: a Blend New Research e a Bridge Research. Cada uma com suas peculiaridades, mas ambas se destacam na condução de estudos detalhados de NPS - Net Promoter Score, com foco em Customer Experience (CX). “O NPS é interessante porque, para o provedor, é dinheiro. Ele é muito rapidamente convertido em receita, porque não perder o cliente significa preservar o faturamento”, afirma Renato Trindade, CEO da Bridge Research.“Segundo ele, o diagnóstico de NPS vai além do simples registro de satisfação. “A pesquisa permite identificar exatamente onde está a principal falha, em que área os concorrentes são mais frágeis e onde é possível concentrar esforços para conquistar ou reter clientes. É uma leitura que se converte diretamente em valor para o negócio”.
INFORMAÇÕES
Ambas atuam com profissionais seniores e altamente qualificados, que trabalham como consultores e conectam os resultados das pesquisas diretamente ao negócio do cliente. O objetivo é aperfeiçoar a trajetória de experiência do consumidor, por meio de diagnósticos assertivos e consultoria imparcial, que utilizam metodologias específicas para cada necessidade. Com vasto portfólio de atuação, oferecem desde as mais complexas, validadas e consolidadas de mercado, até as mais modernas e seguras, que integram IA - Inteligência Artificial, neurociências e Eye Tracking, adaptadas às necessidades específicas de cada cliente. Lucas Pestalozzi, CEO da Blend, observa que a pesquisa de mercado está hoje muito mais acessível aos provedores. “No passado, a pesquisa era cara e demorada, o que acabava sendo um limitador. Hoje, está cada vez mais viável e disponível para empresas de todos os portes”. Ele destaca ainda que a aplicação correta de metodologias é essencial para evitar distorções na interpretação dos resultados. “Um dos erros mais comuns em banda larga é não cuidar dos clientes mais antigos. A análise técnica ajuda a neutralizar esses efeitos e indicar as prioridades de ação”.
As pesquisas podem ser realizadas em nome do próprio provedor, garantindo proximidade com a base de clientes, ou em nome das empresas do grupo, assegurando isenção e neutralidade. Além do NPS, os estudos incluem análises de churn , comportamento de consumidores e testes de novos serviços, fornecendo insights valiosos para decisões estratégicas.
De acordo com os executivos, o grupo HSR combina infraestrutura de ponta para coleta e processamento de dados, uso intensivo de IA e especialistas com larga experiência em diferentes setores. Essa estrutura permite atender desde grandes operadoras até provedores regionais, prestadores de serviços, fornecedores de equipamentos e usuários corporativos de tecnologia, com a mesma qualidade de análise.
Para os provedores, essa expertise se traduz na possibilidade de identificar gargalos, ajustar ofertas e construir diferenciais competitivos. “Em um setor em rápida transformação, no qual a satisfação do assinante é decisiva, ferramentas como o NPS e os estudos de Customer Experience realizados pela HSR e pela Blend se consolidam como instrumentos fundamentais de gestão e crescimento sustentável”, diz Pestalozzi.
Além da forte presença em telecomunicações e TI, a holding acumula expertise em diversos segmentos de mercado, atuando também junto a empresas do setor financeiro, varejo, bens de consumo, automotivo e saneamento e outras áreas estratégicas. Essa capilaridade amplia a capacidade de oferecer soluções personalizadas e comparativos de desempenho entre diferentes setores, garantindo mais assertividade às decisões dos clientes.
HSR – Tel. (11) 3755-3000
Site: https://hsr.specialistresearchers.com.br/
Arch Software, desenvolvedora de software com escritório em Tijucas, SC, lançou no mercado de provedores o ArchOLT, plataforma de gerenciamento de OLTs e ONUs.
O projeto teve início em 2023, motivado pela demanda das empresas por uma ferramenta de gerenciamento de equipamentos GPON. “A ideia inicial sempre foi criar uma plataforma capaz de atender ao mercado, mas, num primeiro
momento, priorizamos as necessidades de nossos parceiros. Muitos dos entraves relatados nesse período foram decisivos para o aperfeiçoamento do produto”, lembra Mitchell Peixer, diretor comercial da Arch Software.
Entre as principais funcionalidades do ArchOLT está a configuração remota, que permite manter a rede otimizada sem a necessidade de deslocamentos, agilizando processos e reduzindo custos operacionais. A solução também disponibiliza visualização detalhada das OLTs em mapas integrados e, por meio de sua ferramenta de análise, possibilita avaliar a viabilidade de conexão em áreas específicas. “Um de nossos diferenciais é oferecer tanto o software quanto o suporte técnico em português. Durante o período de testes, observamos que alguns usuários enfrentavam dificuldades aparentemente simples em plataformas de fabricantes estrangeiros, muito em função da barreira do idioma”, destaca Peixer.
Provedores que operam com redes neutras também podem utilizar o ArchOLT, já que a plataforma foi projetada para atender a infraestruturas compartilhadas. Em cenários nos quais o acesso será realizado por múltiplos usuários, é possível criar perfis personalizados para supervisores, operadores, administradores e vendedores, facilitando o gerenciamento e a
segurança das operações. “Uma prioridade para a Arch Software foi a definição da política de preços: consideramos o número de OLTs da rede, e não a quantidade de usuários”, salienta o diretor comercial.
A plataforma conta com integração nativa ao Telegram e é capaz de detectar automaticamente rompimentos e quedas de energia, emitindo alertas inteligentes que permitem ao contratante agir rapidamente para mitigar impactos na operação da rede. Outro recurso de monitoramento é o registro histórico de banda e sinal, que fornece dados detalhados para análise de tendências, identificação de problemas e realização de diagnósticos, assegurando a qualidade do serviço.
O ArchOLT pode ser contratado no modelo SaaS – Software as a Service, utiliza hospedagem em nuvem em data centers da Oracle em São Paulo e Vinhedo, interior paulista, e é
INFORMAÇÕES
compatível com equipamentos de diversos fabricantes, como ZTE, Huawei e FiberHome. Até o final de 2025, a Arch Software planeja inaugurar um escritório em Fortaleza, CE, com o objetivo de ampliar sua presença e reforçar o atendimento na região Nordeste.
Arch Software – Tel. (48) 98859-5897 n Site: www.archolt.com.br
“Também demos início ao iK1 Global Care, um centro de apoio e assistência técnica exclusiva para consultores, pequenas empresas e prestadores de serviços”, lembra o CEO.
Além da DrayTek, a iK1 é distribuidora de soluções de empresas como a norte-americana Barracuda (firewall, backup e segurança de e-mails), a dinamarquesa SecPoint (cibersegurança) e a francesa StormShield (criptografia de dados).
A iK1 Tecnologia atua no Brasil por meio de revendas e integradores e mantém um estoque, em São Paulo, para o envio de equipamentos a pronta entrega.
iK1 Tecnologia, distribuidora com sede em São Paulo, que atua há mais de 20 anos com equipamentos de rede, roteadores, VPNs e VoIP com foco no mercado corporativo, está incrementando o portfólio e a parceria com a taiwanesa DrayTek. O acordo inclui, além da distribuição da linha completa da marca em território brasileiro, a oferta de treinamentos, suporte e assistência técnica.
Segundo Mauro Sgarbi dos Santos, CEO da iK1 Tecnologia, os reparos podem ser feitos mesmo após o período de garantia de 12 meses. “Como representantes exclusivos no Brasil,
também somos responsáveis pela localização do firmware traduzido em português e pela emissão dos certificados de aprovação DrayTek de produtos testados”, diz Santos.
No portfólio DrayTek/iK1 Tecnologia, é possível encontrar firewalls, soluções 4G/5G LTE, pontos de acesso e switches. Em 2025, a distribuidora acrescentou os roteadores das linhas Vigor C410 (4G) e C510 (5G), com taxas de 574 Mbit/s em 2,4 GHz e 2402 Mbit/s em 5 GHz, e os pontos de acesso Vigor AP805 e AP905, cujas capacidades de conexão variam de 600 Mbit/s em 2,4 GHz a 2400 Mbit/s em 5 GHz. Os quatro equipamentos são compatíveis com a tecnologia Wi-Fi 6.
iK1 Tecnologia – Tel. (11) 3258-2715 n Site: www.ik1.com.br
O Melhor do Bits
Streaming – A Ligga Telecom, com atuação no Paraná, lançou o Ligga Play, uma plataforma que combina canais ao vivo, abertos, filmes, séries e esportes. O serviço pode ser acessado por smart TVs, celulares, tablets e computadores. A proposta é oferecer uma experiência digital completa, com pacotes personalizáveis, preço competitivo e integração à fatura da Internet. Desenvolvido em parceria com a Watch, app de streaming desenvolvido
especialmente para provedores de Internet e responsável pela tecnologia da plataforma, o Ligga Play utiliza a infraestrutura do streaming by Watch. Exclusivo para clientes de Internet fibra, o Ligga Play reúne mais de 30 mil horas de conteúdo, incluindo a opção de contratar conteúdos adicionais para complementar o plano, como: HBO Max, Telecine, Paramount+, Premiere e Combate, além de canais abertos como Globo, SBT, Band e Record TV. Site: https://abrir.link/XEKnR.
Data center – O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG) e de sua agência Invest Minas, anunciou no dia 6 de agosto um investimento de R$ 23 milhões da empresa de tecnologia Sourei para a implantação de uma nova estrutura de data center em Varginha, no sul do estado. O projeto prevê a criação de 30 empregos diretos e o uso de módulos escaláveis, com foco em alta disponibilidade, confiabilidade e eficiência energética. O novo data center será operado com tecnologia de modular data halls, permitindo expansão por fases e redução de riscos operacionais. A unidade vai oferecer serviços de processamento, armazenamento de dados e telecomunicações, com atendimento a clientes públicos e privados. Site: https://abrir.link/XYmJp.
Finanças – O Banpará, banco público do governo do Pará, está investindo na construção do seu novo data center, iniciativa estratégica que elevará a infraestrutura tecnológica do banco. Com conclusão prevista ainda em 2025, o projeto contempla duas unidades autônomas, construídas com base em arquitetura de padrão internacional, que garante alta disponibilidade, robustez e continuidade ininterrupta das operações. A localização não foi divulgada. A nova estrutura aumenta significativamente a capacidade de processamento, armazenamento e segurança de dados, assegurando total resiliência, com sistemas redundantes de energia, climatização e conectividade. Cada ambiente terá 239 m² de área física e 1226 kVA de energia instalada, além de grupos geradores dedicados para garantir operações ininterruptas mesmo em falhas da rede elétrica convencional. Site: https://abrir.link/HDTlD.
Redes móveis – A Links Field, MVNO brasileira especializada em soluções de conectividade de M2M e IoT – Internet das Coisas, disponibilizou o seu Mapa Interativo de Cobertura 4G nas Rodovias Brasileiras. Desenvolvido para atender às demandas do setor de logística e transporte, a ferramenta oferece dados detalhados sobre a cobertura 4G em rodovias federais e estaduais, permitindo um planejamento estratégico mais eficaz diante do desligamento gradual das redes 2G e 3G, previsto pela Anatel até 2028. Site: https://abrir.link/kKWmg.
O melhor do Bits traz um resumo das principais notícias sobre o mercado publicadas no RTI in Bits, boletim semanal enviado por email para os leitores de RTI. Mais notícias podem ser encontradas no site: https://www.arandanet.com.br/revista/rti/noticias.
Uso de agentes limpos na supressão de incêndios
Em ambientes de alto risco, como data centers de hiperescala, onde a continuidade operacional e a integridade dos dados são cruciais, a proteção contra incêndios deve ser rápida e não disruptiva. Métodos tradicionais de supressão, como aqueles que utilizam grandes volumes de água, podem representar riscos significativos para a infraestrutura de TI. Nesse contexto, os agentes limpos oferecem uma resposta rápida e eficaz sem danificar equipamentos críticos ou causar interrupções operacionais.
Tiago Marques, Diretor Regional de Vendas para América Latina e Caribe da Kidde Fire Systems
Os sistemas de proteção contra incêndios desempenham um papel central em garantir a segurança de pessoas e ativos em caso de incêndio, além de manter a disponibilidade dos serviços de data centers, onde até mesmo um pequeno incêndio pode levar a perdas catastróficas de dados, tempo de inatividade e prejuízos financeiros. Este artigo destaca as vantagens do uso de sistemas de supressão de incêndios com agentes limpos para riscos especiais em centros de dados, enfatizando sua eficácia, confiabilidade e benefícios em comparação com métodos tradicionais de supressão de incêndios.
O que são riscos especiais?
Áreas de risco especial podem ser definidas como:
• Qualquer área que contenha equipamentos ou processos de altíssimo valor.
• Qualquer área com ativos únicos ou insubstituíveis (centros de dados, salas de dados, servidores ou armazenamento de registros).
• Qualquer área ou processo onde a receita gerada ou sua função seja de maior valor do que o próprio equipamento.
Sistemas de supressão de incêndios para riscos especiais são essenciais para centros de dados críticos, onde até mesmo um pequeno incêndio pode ser desastroso para a saúde e o futuro do negócio.
Diferentemente dos métodos tradicionais de supressão, a detecção precoce de alertas e os sistemas de supressão com agentes limpos oferecem proteção rápida e não disruptiva contra incêndios, sem danificar a infraestrutura de TI sensível, enquanto contêm instantaneamente as ameaças de incêndio para garantir operações ininterruptas e continuidade dos negócios.
Adaptando a supressão de incêndios às aplicações
Nem todos os métodos de supressão de incêndios são ideais para todas as aplicações, sendo necessário um nível de especialização para fazer as escolhas certas. Especialistas em proteção contra incêndios, incluindo engenheiros de proteção contra incêndios e integradores de sistemas de incêndio treinados pelos fabricantes, pesquisarão a aplicação e seus requisitos específicos. Antes de
recomendar o tipo de supressão mais adequado para uma aplicação, eles analisam o que está sendo protegido e onde. Por exemplo, as necessidades de um data center de hiperescala diferem significativamente das de um edifício de escritórios com servidores em uma sala. Os projetistas também consideram a localização, o volume e a ventilação da sala.
Tipos de supressão de incêndio
Sistemas automáticos de sprinklers úmidos, secos e de pré-ação são o tipo mais comum de proteção contra incêndios exigido para atender aos códigos de construção. No entanto, o grande volume de água utilizado pode estar sujo ou contaminado,
De usinas de energia a data centers, os sistemas de supressão de incêndio evitam perdas catastróficas
Em geral, uma vez que uma área ou ambiente é identificado como um risco especial que requer proteção adicional, uma análise de risco abrangente deve ser realizada. Compreender os tipos de incêndio potenciais e distinguir entre fontes de ignição de Classe A (materiais combustíveis como papel ou plástico), Classe B (líquidos inflamáveis) e Classe C (equipamentos elétricos energizados) pode ajudar na seleção da tecnologia de detecção e supressão mais eficaz para os riscos de um ambiente específico. Uma análise completa das fontes potenciais de ignição não apenas permite a seleção de um sistema de proteção contra incêndios apropriado, mas também a eliminação potencial de fontes de ignição. Quando se trata de códigos de incêndio, as autoridades locais desempenham um papel fundamental para garantir que os sistemas de segurança estejam atualizados e em conformidade com os regulamentos atuais. Como os requisitos podem variar por região, os especialistas em proteção contra incêndios também ajudam a entender e atender a esses padrões.
representando riscos de danos adicionais aos ativos críticos de uma instalação.
Em contrapartida, os sistemas de supressão de incêndios para riscos especiais são projetados para detectar e extinguir incêndios em locais onde os sistemas de supressão padrão são inadequados ou inapropriados. Para isso, escolher o tipo certo para cada aplicação é vital. A seguir, apresentamos algumas abordagens de supressão de incêndios para riscos especiais, junto com dicas de melhores práticas para cada uma.
Supressão
por agente limpo
Os sistemas de supressão com agentes limpos são uma excelente opção para proprietários de negócios que buscam sustentabilidade, segurança dos ocupantes e proteção de ativos. Esses sistemas dispersam um supressor de incêndio especial para suprimir um incêndio em seus estágios iniciais, antes que ele alcance a fase de chamas/calor que ativaria um sistema de sprinklers. Em caso de descarga do sistema, o agente limpo suprime o incêndio em segundos sem danificar equipamentos ou propriedades ou colocar pessoas em risco. O termo “limpo” em supressão com agentes limpos significa que eles são eletricamente não condutivos e não deixam resíduos após a evaporação. Como esses agentes não prejudicam a respiração ou obscurecem a visão em uma emergência, eles não representam riscos à saúde dos ocupantes. Exemplos de agentes limpos incluem o FK-5-1-12 e o gás inerte nitrogênio.
Os agentes limpos são removidos da área de risco por meio de ventilação, o que significa que esse tipo de supressão permite um retorno quase imediato ao “normal” sem a interrupção de limpezas custosas ou danos aos ativos causados por resíduos.
O incêndio é o pesadelo de qualquer proprietário de edifício. Sistemas de supressão para riscos especiais dispersam agentes para suprimir o fogo em seu estágio inicial
DATA CENTERS
Os agentes limpos foram testados e comprovados eficazes contra a mais ampla gama de incêndios, incluindo incêndios de superfície de Classe A, B e C. A supressão com agentes limpos é ideal para proprietários de edifícios que priorizam sustentabilidade, segurança dos ocupantes e proteção de ativos delicados, como discos rígidos. O sistema ideal para tais riscos especiais incorporaria sistemas de supressão com halocarbonos ou gases inertes.
Agente de supressão
FK-5-1-12
Entre suas principais características, o FK-5-1-12 é limpo e não condutivo, sendo incolor, inodoro e livre de partículas ou resíduos oleosos, garantindo a continuidade máxima dos negócios após a descarga. Esses são requisitos essenciais para ambientes como centros de dados, onde métodos tradicionais de supressão poderiam danificar equipamentos ou complicar a limpeza.
O FK-5-1-12 permeia eficazmente através de aberturas de ventilação, espaços fechados, como aqueles atrás de portas de racks de servidores, dentro de gabinetes, entradas de cabos e através de pisos perfurados em centros de dados, garantindo a supressão completa de incêndios dentro e ao redor de gabinetes de TI. Diferentemente dos métodos tradicionais de supressão, o FK-5-1-12 é um líquido volátil que se expande rapidamente após a descarga, preenchendo até mesmo áreas de difícil acesso.
O FK-5-1-12 é armazenado em cilindros pressurizados em vários níveis de pressão, dependendo do fabricante. A experiência mostra que sistemas de supressão de incêndios de 25 e 35 bar frequentemente carecem da pressão necessária para entregar o agente de forma eficaz em longas distâncias em centros de dados de hiperescala. Para resolver isso, alguns
Dicas de boas práticas
• Realize uma avaliação detalhada de risco de incêndio.
• Utilize apenas distribuidores autorizados pelos fabricantes para projeto, instalação, comissionamento e manutenção.
• Garanta a integridade adequada da sala e a vedação de gabinetes.
• Assegure o armazenamento e montagem adequados dos cilindros.
• Siga as diretrizes de posicionamento de difusores do fabricante.
• Otimize o roteamento das tubulações para máxima eficiência.
fabricantes oferecem um sistema de entrega por fluxo de pistão, que utiliza um impulsionador externo para propelir grandes volumes de agente através de tubos de pequeno diâmetro em distâncias estendidas. Essa solução econômica permite que os cilindros sejam colocados fora da sala do centro de dados, liberando espaço para servidores geradores de receita, em vez de equipamentos de proteção contra incêndios.
Agentes de supressão inertes
Os sistemas de supressão de incêndios com gases inertes utilizam essencialmente nitrogênio puro e argônio ou suas misturas, que são seguros para exposição humana e possuem potencial zero de depleção de ozônio (ODP) e potencial de aquecimento global (GWP). Eles estão disponíveis com cilindros pressurizados a 200 ou 300 bar e em capacidades de 80 ou 140 L.
Opções de gases inertes disponíveis:
• IG-01 (100% argônio)
• IG-55 (mistura 50/50 de argônio e nitrogênio)
• IG-100 (100% nitrogênio)
• IG-541 (mistura de argônio, nitrogênio e dióxido de carbono)
• Instale sistemas de detecção de fumaça por aspiração de alta sensibilidade.
• Realize testes e calibrações antes da entrega.
• Treine a equipe e estabeleça procedimentos de emergência.
• Agende inspeções e manutenções regulares – os códigos exigem isso e seu patrimônio depende disso.
• Exija que o “sistema” possua certificações internacionais UL e aprovações FM, que garantem a eficácia do sistema – não aceite opções com apenas “componentes aprovados” ou sistemas montados com peças de vários fornecedores.
Os gases inertes e suas misturas são seguros para exposição humana e podem ser inalados em concentrações de extinção abaixo de 52% por breves períodos (por exemplo, durante a evacuação). Não apresentam riscos toxicológicos, pois não se decompõem ou produzem subprodutos quando expostos a chamas. Esses gases não condutivos são ideais para proteger equipamentos eletrônicos sensíveis em centros de dados, garantindo segurança e confiabilidade operacional.
Avanços recentes em tecnologia de válvulas reguladoras de pressão permitem o uso de tubulações Schedule 40 econômicas e áreas de ventilação menores, reduzindo os custos de material e instalação.
Os sistemas de supressão de incêndios com gases inertes podem ser testados eletricamente (por exemplo, diagnósticos de painel de controle e sensores) e mecanicamente (por exemplo, verificações de válvulas e atuadores) para confirmar a funcionalidade sem a necessidade de descarregar o agente. Essa abordagem minimiza o tempo de inatividade e os custos em centros de dados de hiperescala, onde numerosos cilindros tornam os testes de descarga completa impraticáveis.
Detecção de fumaça por aspiração
Além dos agentes limpos, os sistemas de supressão de centros de dados incluem a detecção de fumaça por aspiração, que oferece várias vantagens. Essa tecnologia permite a detecção ultrarrápida de incêndios em seus estágios iniciais, antes que fumaça visível, chamas ou calor intenso apareçam. Esse recurso fornece pré-alarmes que permitem uma resposta proativa e o desligamento controlado do sistema antes que danos ocorram, evitando tempo de inatividade e perda de dados. Como resultado, o risco de interrupções em ambientes críticos é reduzido. Outra vantagem é sua sensibilidade e precisão superiores, pois o sistema utiliza amostragem de ar baseada em laser capaz de detectar até as menores partículas de fumaça, configurável em diferentes níveis de sensibilidade para evitar alarmes falsos.
A detecção de fumaça por aspiração é o padrão para detecção de incêndios em centros de dados, oferecendo capacidades de alerta precoce, redução de riscos de tempo de inatividade e integração com sistemas de supressão de incêndios. Ao detectar riscos de incêndio antes que eles se intensifiquem, a detecção precoce garante máxima continuidade e proteção de ativos.
Conclusão
Após a prevenção de incêndios, a supressão de riscos especiais é a melhor estratégia em um projeto para proteger a continuidade dos negócios, equipamentos especializados ou ativos insubstituíveis. Para determinar o agente de supressão de incêndios mais adequado para um risco específico, gerentes e proprietários de instalações podem contar com a experiência de
especialistas em proteção contra incêndios, integradores ou distribuidores de sistemas de incêndio, bem como com a expertise imparcial de fabricantes de equipamentos que oferecem uma gama completa de soluções de supressão de incêndios.
REFERÊNCIAS
[1] NFPA 2001: Standard on Clean Agent Fire Extinguishing Systems.
[2] NFPA 75: Standard for the Fire Protection of Information Technology Equipment.
[3] NFPA 76: Standard for the Fire Protection of Telecommunications Facilities.
[4] NFPA 72: National Fire Alarm and Signaling Code Dicas de boas práticas: instalando os sistemas de agente limpo.
Potencial da IA na vigilância por vídeo
A IA - Inteligência
Artificial tem se consolidado como uma ferramenta essencial na transformação da gestão da segurança e operação de ambientes urbanos e empresariais. No setor de vigilância, seu impacto é revolucionário, elevando a precisão, eficiência e flexibilidade dos sistemas de segurança. O artigo explora os avanços que estão redefinindo o setor e destaca a importância da tecnologia para um gerenciamento de segurança mais inteligente e eficaz.
Aimplementação da IAInteligência Artificial na vigilância por vídeo trouxe avanços notáveis, permitindo não apenas a detecção precisa de eventos, mas também uma resposta mais rápida e uma operação mais eficiente. Essa transformação pode ser atribuída a três fatores principais: inovação tecnológica, o crescimento do VSaaS -Video Surveillance as a Service e a automação de processos.
Primeiramente, a inovação tecnológica permitiu a automação de processos, melhorando a precisão na identificação de incidentes. Em segundo lugar, o aumento do VSaaS, que envolve o gerenciamento remoto de sistemas de vigilância via nuvem, proporcionou maior flexibilidade e escalabilidade. Por fim, a automação tem se mostrado crucial ao integrar IA com serviços em nuvem, resultando em soluções de segurança mais acessíveis e operacionais.
Como a IA funciona na vigilância por vídeo?
Para compreender a eficácia da IA na vigilância, é importante entender seus dois processos principais: treinamento e aprendizado, e inferência e previsão.
Treinamento e aprendizado
Esse processo começa com a coleta de grandes volumes de imagens e vídeos, os quais são analisados para identificar padrões de comportamento. A partir desses dados, algoritmos de IA são desenvolvidos para detectar eventos em tempo real de forma autônoma, sem intervenção humana.
Inferência e previsão
Uma vez treinado, o modelo de IA pode identificar comportamentos suspeitos, realizar reconhecimento facial e prever situações anômalas, proporcionando uma resposta mais ágil e eficaz.
A flexibilidade da IA na vigilância
A combinação de hardware e software avançados tem permitido que as soluções de vigilância por vídeo se
Rafael Duarte Silva, Gerente Nacional de Vendas da VIVOTEK LATAM - Brasil
Fig. 1 – CCI – Centro de Controle Integrado de Maringá
SEGURANÇA ELETRÔNICA
tornem cada vez mais eficientes. A implementação de IA de borda, por exemplo, possibilita que a análise de vídeo seja feita diretamente na câmera, reduzindo a latência e otimizando os custos operacionais.
A combinação de IA de borda e sistemas híbridos não só melhora a eficiência operacional, mas também reduz os custos e otimiza o armazenamento, permitindo uma utilização mais inteligente dos recursos disponíveis.
Além disso, os sistemas híbridos que combinam armazenamento local com serviços em nuvem oferecem maior flexibilidade e escalabilidade, possibilitando a integração com plataformas e dispositivos de diferentes fabricantes de maneira eficiente.
A importância da segurança cibernética
No entanto, a inovação em vigilância por vídeo não pode ser discutida sem abordar a segurança cibernética. Em um ambiente onde as ameaças digitais estão sempre evoluindo, proteger os dados e garantir a privacidade é crucial.
A proteção e a privacidade dos dados são tão cruciais quanto a qualidade da imagem ou a velocidade de processamento. Em um ambiente onde as ameaças cibernéticas estão em constante evolução, as soluções de vigilância devem ter defesas robustas para garantir sua confiabilidade.
Setores como manufatura e saúde estão colhendo os frutos dessa adaptação, utilizando IA para otimizar processos e reduzir custos. Graças aos modelos de deep learning, tarefas que antes levariam meses podem ser realizadas em dias, facilitando a automação e aumentando a eficiência operacional.
Um exemplo é o da Prefeitura de Maringá, PR, cidade com aproximadamente 500 mil habitantes e considerada por vários anos consecutivos a melhor para se viver no Brasil. O município entregou à população o que muitos especialistas consideram o sistema de monitoramento inteligente mais avançado do país.
Apesar de Maringá ser considerada uma cidade pacata, com um dos mais altos IDH - Índices de Desenvolvimento Humano do Brasil, a prefeitura e os órgãos de segurança entenderam que era necessário torná-la ainda mais inteligente.
A ideia inicial era capturar e analisar imagens para auxiliar na tomada de
segurança e uma redução nos índices criminais. O CCI realiza monitoramento constante, permitindo que agentes ajam antes mesmo da consumação de crimes. Ao identificar movimentações suspeitas, os operadores acionam rapidamente as forças de segurança com informações precisas.
As imagens também são utilizadas em ações de prevenção, investigação e como provas em processos judiciais. Os resultados de maior destaque incluem redução de custos e tempo de investigação, maior eficiência e segurança para os agentes públicos, diminuição no número de furtos de veículos, queda nas ações criminosas e aumento da qualidade de vida da população.
Conclusão
O mercado global de IA está em plena expansão. De acordo com dados da Fortune Business Insights e Business Research Insights, é estimado um crescimento de US$ 4,64 bilhões em 2023 para mais de US$ 24 bilhões nos próximos anos para o setor de vigilância por vídeo. Esse crescimento sublinha a importância da inovação contínua e o surgimento de soluções cada vez mais avançadas, que não apenas melhorem a segurança, mas também otimizem seu gerenciamento e operação.
À medida que a vigilância se digitaliza, a necessidade de sistemas com robustez cibernética para proteger os dados torna-se ainda mais evidente, evitando acessos não autorizados e ataques cibernéticos que podem comprometer a eficácia dos sistemas de segurança.
Eficiência e otimização na gestão de segurança
Apesar das soluções de IA estarem se tornando cada vez mais acessíveis, menos de 5% dos projetos de vigilância exploram plenamente seu potencial. Isso destaca a importância de adaptar a tecnologia às necessidades específicas de cada setor.
decisão em casos específicos, como locais de possível tráfico de drogas, roubos de veículos, fraudes tributárias e proteção contra violência doméstica e infantil, entre outras situações.
Para colocar o projeto em prática, foi criado o CCI - Centro de Controle Integrado de Maringá, iniciado em julho de 2022 (figura 1), juntamente com a instalação de câmeras VIVOTEK, posicionadas com base na orientação dos órgãos de segurança (figura 2).
Após a implementação, houve uma perceptível melhora na sensação de
A IA está moldando o futuro da vigilância por vídeo, trazendo soluções mais precisas, eficientes e escaláveis. Sua integração com automação e serviços em nuvem já demonstra um grande potencial, e a combinação com segurança cibernética é vital para garantir a confiança e integridade dos sistemas. O mercado está crescendo rapidamente, e, com ele, a promessa de uma vigilância mais inteligente e segura.
Em um mundo onde a tecnologia avança a passos largos, a verdadeira questão não é apenas se a sua segurança é inteligente, mas sim quão bem ela se adapta às novas possibilidades proporcionadas pela IA.
Fig. 2 – Câmera posicionada segundo orientação dos órgãos de segurança
SERVIÇO
Guia de serviços de data centers (hosting e colocation)
Os provedores de serviços de data centers são o foco do guia a seguir, que inclui informações sobre as instalações, como área de piso elevado do data hall, proteção da infraestrutura contra incêndio e monitoramento, além dos serviços prestados, incluindo colocation, hospedagem, backup e recuperação de desastres.
Infraestrutura
Proteção contra incêndio
Monitoração e controle
Empresa, telefone e e-mail
Localização
Serviços
Hospedagem dedicada
Área de data hall (m 2 )
AMT(21) 96974-5333 n Rio de Janeiro80
comercial@amt.com.br
Asap Global (11) 97680-0303 n São Paulo400
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Ascenty (11) 3508-8910 São Paulo 2.600
contato@ascenty.com
Brasil Cloud (34) 8879-0001 n Minas Gerais180
comercial@brasilcloud.com.br
BRDrive (49) 3565-2000 n Santa Catarina40
contato@brdrive.net
Cirion Technologies (11) 3957-2200 Cotia 3.500
contato.br@ciriontechnologies.com Rio de Janeiro2.000
FK-5-1-12 FE-25 FM200
Tipos de servidores
Recuperação de desastres
Serviços gerenciados de segurança (5) Colocation Simulações periódicas (4) Equipes técnicas de apoio Posto de trabalho Data center Acesso remoto (3) Firewall e QoS/MPLS Relatório estatístico/SLA Backup e storage Jogos Streaming Servidor banco de dados Servidor web/FTP, e-mail Virtual Cluster Balanceamento Exclusivo SaaS/CaaS (2) Cloud computing Hospedagem compartilhada (1) Controle de acesso biométrico DCIM Integração com retificadores Integração com geradores Controle de carga Detecção por aspiração Gases inertes
Tier III (6) É um data center edge?
HostDime(83) 4007-2085 n São Paulo 1.500
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Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de XXXX empresas pesquisadas.
Fonte: Revista Redes, T Redes, Redes, T Redes, Redes, Telecom e Instalações elecom , setembro de 2025.
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Mapeamento e documentação de rede de fibra óptica
Jerry Morla, Consultor Sênior de Telecomunicações, Gestão e Educação, Fundador da FiberWizards e Consultor Técnico Estratégico da OZmap
CSistemas de gerenciamento de redes de fibra de próxima geração podem ajudar os operadores a gerenciar melhor as informações, desde as primeiras etapas de planejamento até a operação e manutenção das redes. No entanto, sua eficácia depende da qualidade dos dados e das informações inseridas. Por isso, é imperativo ter uma base sólida e compreensão dos blocos de construção necessários para criar uma documentação e registros confiáveis, semelhante à criação de um gêmeo virtual da rede.
om os rápidos avanços tecnológicos, o setor adotou a inovação, especialmente a IA - Inteligência Artificial, no gerenciamento do ciclo de vida da rede óptica. Nas últimas duas décadas, as operadoras fizeram a transição de plataformas legadas para sistemas de gerenciamento de rede de fibra (FNMS) baseados em nuvem. Esses aplicativos ágeis agora oferecem suporte a todo o ciclo de vida, desde o planejamento inicial e simulações estratégicas até o projeto de alto nível, coleta de dados de campo, mapeamento geográfico, documentação, gerenciamento de inventário, monitoramento e relatórios. Essa funcionalidade abrangente ajuda a orquestrar as operações de rede e os processos comerciais.
Após décadas de evolução, as discussões hoje se concentram principalmente nas redes de acesso de fibra (FTTx), a infraestrutura de última milha que conecta os usuários finais ao backbone da Internet. Essas redes fornecem conexões granulares ao usuário, que alimentam as redes centrais de alta capacidade. A crescente complexidade do gerenciamento, combinada com as demandas de 5G, serviços em nuvem e IoT – Internet das Coisas, obrigou as operadoras a
acelerar a adoção de sistemas de gerenciamento de redes de fibra de última geração.
Os sistemas FNMS modernos não são apenas mais ágeis e práticos, mas também oferecem amplas ferramentas digitais e opções de representação visual para documentação e mapeamento de redes, além de uma vasta gama de possibilidades de integração por meio de conectores de software, APIs e outras plataformas para as operações e o lado comercial dos serviços, proporcionando capacidades poderosas de orquestração aos usuários.
No entanto, sua eficácia depende da qualidade dos dados e das informações inseridas. Por isso, é imperativo ter uma base sólida e compreensão dos blocos de construção necessários para criar uma documentação e registros confiáveis, semelhante à criação de um gêmeo virtual da rede.
Este artigo explora alguns dos blocos de construção e elementos que compõem os sistemas de fibra óptica e apresenta como os sistemas de gerenciamento de redes de fibra (FNMS) de próxima geração, baseados em nuvem e com GIS - Sistemas de Informação Geográfica, podem ajudar os operadores a gerenciar
melhor as informações, desde as primeiras etapas de planejamento até a operação e manutenção.
De forma geral, a indústria de telecomunicações enfrenta um enorme déficit de mão de obra devido à falta de novos profissionais e aposentadoria de trabalhadores experientes. Isso representa desafios não apenas pela saída de equipes especializadas, mas também pelo número cada vez menor de funcionários seniores capazes de transferir o conhecimento e orientar novos profissionais para garantir a continuidade adequada dos sistemas existentes.
A necessidade crítica de treinamento de qualidade e desenvolvimento da força de trabalho não pode ser subestimada. No entanto, para o benefício daqueles clientes que estão começando e desejam ingressar na área de design e documentação de redes utilizando ferramentas de mapeamento e FNMS de última geração, abordaremos a seguir os blocos de construção para o design e documentação de redes.
Um desafio que enfrentamos com as ferramentas de software e os sistemas mais sofisticados de aprendizado de máquina e IA é que seus resultados são tão bons quanto os dados e as informações que os compõem. Por isso, qualquer pessoa que trabalhe no processo de documentação de rede deve entender que a documentação confiável só pode ser obtida com entradas sólidas que precisam ser organizadas, classificadas e nomeadas corretamente de acordo com uma convenção de nomenclatura lógica e estrutura taxonômica, criando bancos de dados sólidos para as plataformas correlacionarem e gerarem documentação e insights úteis. Caso contrário, sem uma abordagem sistemática dos dados e das informações, seria irrealista e impraticável esperar que qualquer software produza magicamente conhecimento e possa ajudar o usuário a tomar decisões ágeis para implementar, operar e manter suas redes de fibra de forma eficiente.
Elementos de rede
Neste artigo definimos os elementos de rede como qualquer componente de rede que possa ser documentado, incluindo elementos físicos e lógicos. Os elementos físicos se referem a qualquer componente da rede no sistema, planta de cabos ou ODN - Rede de Distribuição Óptica, desde o escritório central até o usuário, que pode ser fisicamente tocado e conectado. Já os elementos lógicos se referem a itens de rede definidos por software, como circuitos de transmissão, canais de comprimento de onda, endereços IP ou protocolos de roteamento, indo de um local a outro, e até mesmo coordenadas de localização que podem ser documentadas.
No contexto deste artigo, vamos focar apenas nos elementos físicos do sistema óptico, que geralmente são chamados de “camada física” da rede. Além disso, precisamos definir os objetos, que podem ser estruturas como postes, estradas, edifícios ou outras informações relevantes que
Fig. 1 - Telas de elementos abertos: caixa de emenda, regiões, CTO - caixa de terminação óptica, poste
também podem ser documentadas, georreferenciadas e mapeadas para fornecer visões mais holísticas, permitindo uma tomada de decisões mais assertiva durante o planejamento, implementação ou gerenciamento das redes.
Instalações de rede e ODN
Embora a maior parte da literatura se refira à ODN - Rede de Distribuição Óptica como os elementos físicos da rede que conectam os equipamentos ativos no escritório central, que basicamente funciona como um
importante entender o número de cabos, fibras, conectores e outros acessórios de rede, como divisores ópticos, WDMs e outros elementos de coexistência que compõem a camada física completa. Cada um desses blocos de construção deve ser documentado para um inventário confiável de redes e instalações para gerenciamento.
A documentação de espaços e instalações pode incluir desde a localização geográfica do edifício até elementos internos do prédio, como entradas, instalações, andares, cercados, racks de equipamentos,
sistema centralizado de gerenciamento de tráfego de comunicações entre os usuários e a Internet, quando se trata de documentação de redes é necessário adotar uma visão mais holística, incluindo os espaços físicos que irão abrigar qualquer equipamento ativo central e os sistemas de caminhos por onde a planta de cabos será implantada.
Também é fundamental entender o espaço disponível em um escritório central e garantir que ele seja adequado para suportar as necessidades imediatas de equipamentos para hoje, bem como o crescimento da rede para o futuro, e entender as características físicas dos caminhos e espaços. Ou seja, é
pontos de interconexão, sistemas de bandejas suspensas e subterrâneas, shafts verticais e quaisquer outros caminhos ou espaços que necessitem de documentação para a manutenção adequada. O nível de detalhe com que os espaços e instalações são documentados dependerá bastante do tamanho da rede e dos requisitos de gerenciamento. Além dos espaços, também existem elementos auxiliares ou de infraestrutura de suporte, como geradores de energia, plantas de corrente contínua (CC), painéis de fusíveis, racks, dutos e outros elementos que podem exigir documentação, dependendo do
tamanho e complexidade da rede ou de outros requisitos técnicos específicos da organização.
Enquanto grandes operadoras e provedores de serviços podem ter redes complexas e amplas instalações para manter, pequenos provedores de Internet podem ter estruturas mínimas para gerenciar e documentar, atendendo às necessidades específicas de seus usuários.
Quando se trata da camada física da rede, de modo geral, podemos começar com um quadro de distribuição óptica (ODF), que é basicamente um painel de distribuição e sistema de gerenciamento de cabos integrado, projetado para fornecer interconectividade flexível entre os equipamentos ativos no escritório central ou abrigo e a camada física da rede de comunicações ópticas. A partir do ODF, há interconexões de fibra interna para instalações de transição ou cabos de planta externa terminados diretamente nele, estendendo a rede óptica para fora do escritório central ou abrigo.
A documentação adequada da rede inclui o máximo de detalhes necessários para fornecer uma representação confiável do inventário da rede a qualquer momento, o que se refere a tudo, desde os espaços até as portas ativas dos equipamentos, o hardware de conectividade disponível e, é claro, as fibras disponíveis. Além disso, os sistemas FNMS modernos facilitam a coleta e a associação de registros fotográficos e outras informações relacionadas aos elementos da rede, como documentação administrativa, imagens de inspeção de conectores e relatórios de validação de desempenho de OTDR, que aumentam a força e a confiabilidade das informações para gerenciamento e geração de relatórios. Portanto, quando pensamos em coletar informações para documentar em uma plataforma digital, devemos pensar nisso como a criação de um gêmeo digital da rede e incluir todas
Fig. 2 - Cálculo de OTDR dentro da caixa de emenda (CE) no software de gerenciamento
as camadas necessárias para representar com precisão o estado real para facilitar as informações de inventário em tempo real.
Além do escritório central ou abrigo, geralmente há câmaras de cabos que fornecem pontos de transição fora do edifício, antes dos cabos da planta externa, também conhecidos como cabos de alimentação ou backbone, que são roteados e implantados por infraestrutura aérea, como postes de utilidade pública, ou por caminhos subterrâneos, como sistemas de dutos, ou enterrados diretamente no solo. Para instalações subterrâneas, de modo geral, câmaras, caixas de inspeção ou outros equipamentos de armazenamento de cabos são
juntamente com sua utilização atual ou planejada, para monitorar a disponibilidade e facilitar o planejamento. Além disso, as caixas de emenda de fibra também devem ser documentadas meticulosamente, registrando as portas de cabos utilizadas e disponíveis, bandejas de emenda e qualquer outra informação relevante para possibilitar o planejamento e gerenciamento eficiente. Cada um desses objetos ou elementos deve ser nomeado e documentado adequadamente, junto com seus atributos físicos, como dimensões e capacidade, para construir uma representação confiável — um gêmeo digital da rede — que permita um gerenciamento virtual eficiente.
instalados em intervalos de algumas centenas a milhares de metros, dependendo do terreno, layout, caminhos e método de implantação. Esses elementos também estão localizados em pontos de emenda de continuação ou ramificação/ distribuição, bem como antes e depois dos pontos de transição, como cruzamentos de estradas, ferrovias ou outros locais complexos com estruturas físicas, para per mitir o gerenciamento da planta de cabos ao longo da rota.
É importante documentar e identificar adequadamente todos os elementos de caminho e espaços, especialmente quando se trata de dutos e sistemas de múltiplos dutos,
Em redes FTTx, os cabos de alimentação na planta de cabos fornecem caminhos e instalações ópticas desde o escritório central até os hubs de distribuição, frequentemente chamados de FDHs. Esses FDHs são armazenados em gabinetes metálicos acima do solo, montados em postes ou até mesmo em caixas herméticas subterrâneas, e devem ser documentados juntamente com seus atributos, incluindo espaço de montagem de equipamentos utilizados ou disponíveis dentro deles, assim como as portas de conexão utilizadas e disponíveis para crescimento futuro. Dentro desses FDHs, frequentemente encontramos divisores ópticos, que também devem ser documentados
junto com seus atributos e a utilização das portas de fibra, para possibilitar um gerenciamento eficiente a partir de uma plataforma de software FNMS. A partir do FDH, há caminhos e elementos da planta de cabos que conectam e estendem a rede aos usuários por meio de várias abordagens, como conectividade de acesso de última milha totalmente emendada ou distribuição de acesso de última milha pré-conectorizada até o ponto de demarcação do usuário, ou quaisquer outras instalações necessárias para atender aos requisitos de rede para o tipo de instalações, sejam elas comerciais ou residenciais, locais públicos, residências múltiplas ou unidades habitacionais individuais. Cada elemento ao longo da rede de distribuição, incluindo caminhos, espaços, objetos e utilização de instalações, deve ser bem documentado para o gerenciamento adequado da rede a partir de uma plataforma virtual.
Conclusão
O artigo trouxe informações sobre a documentação da rede no que se refere às soluções de software de mapeamento GIS e FNMS. É importante continuar explorando e aprendendo sobre os requisitos e as opções para permitir a criação eficiente de documentação, representações visuais e registros, além de gerenciar suas redes virtualmente usando o mapeamento GIS de última geração e os sistemas de gerenciamento de redes de fibra. É importante ter uma abordagem sistemática usando uma taxonomia clara para coletar, organizar e registrar elementos e objetos da rede para criar bancos de dados confiáveis que representem suas estruturas com precisão. Esses sistemas podem correlacionar representações gráficas georreferenciadas e facilitar a implantação, as operações e o gerenciamento.
Fig. 3 - Documentação padrão de uma rede óptica
As vantagens do SOC e NOC como serviço
Luis Vieira, da DellMicro Engenharia de Telecomunicações
CA crescente complexidade das redes e o aumento das ameaças cibernéticas levam empresas a adotar SOC e NOC como serviço (SOCaaS/NOCaaS).
Esses centros garantem disponibilidade, desempenho e segurança, com monitoramento em tempo real e resposta a incidentes, ao mesmo tempo em que reduzem custos e ampliam a conformidade com normas e legislações.
om a crescente dependência de sistemas digitais para todas as operações empresariais, a proteção e a continuidade desses sistemas se tornaram críticas para o sucesso organizacional. Nesse cenário, surgem os Centros de Operações de Segurança (SOC) e os Centros de Operações de Rede (NOC), estruturas fundamentais para a manutenção da integridade e desempenho da infraestrutura de TI. Além de evitar prejuízos financeiros, essas estruturas atuam diretamente na proteção da imagem institucional, cumprimento de normas de compliance e prevenção de paralisações operacionais. As ameaças cibernéticas, aliadas à complexidade das redes modernas, exigem monitoramento e intervenção contínua, o que torna cada vez mais atrativo o modelo de terceirização desses serviços por meio dos formatos SOCaaS e NOCaaS. Este artigo apresenta uma análise sobre essas soluções, seus impactos para as organizações e orientações normativas relevantes.
O que é um
SOC
O SOC - Security Operations Center é o núcleo responsável por proteger a empresa contra ameaças digitais.
Seu objetivo é identificar, analisar e responder a incidentes de segurança com rapidez e eficiência. A estrutura de um SOC moderno conta com engenheiros e analistas de segurança e especialistas em resposta a incidentes, que operam com base em frameworks como o NIST Cybersecurity Framework e ISO/IEC 27001. Através de ferramentas como SIEM, Threat Intelligence, EDR e UBA, o SOC realiza correlações entre eventos de rede, sistemas e endpoints , identificando desvios de padrão e comportamentos maliciosos. Um SOC maduro funciona em regime 24/7 e conta com playbooks definidos para resposta a incidentes, vulnerabilidades e campanhas de phishing.
O que é um NOC
O NOC - Network Operations Center é o ponto de controle da infraestrutura de redes, servidores e
INFRAESTRUTURA
sistemas críticos. Sua função é garantir a disponibilidade e o desempenho de todos os ativos de rede, desde links de Internet, conexões internas e serviços em nuvem, até sistemas de missão crítica como ERPs e CRMs. O NOC também atua na automação de alertas, resposta a falhas e gerenciamento de capacidade. As ferramentas mais comuns em NOCs incluem Zabbix, PRTG, Grafana, Nagios e CheckMK. A equipe do NOC se organiza em turnos com suporte técnico em três níveis, realizando desde atendimentos simples até intervenções de engenharia de redes e apoio à continuidade de serviços.
Dashboard ilustrativo de monitoramento NOC/SOC
A figura 1 representa um modelo de dashboard ilustrativo comumente utilizado em NOC e SOC. Ele permite visualizar, em tempo real, indicadores como dispositivos conectados e
desconectados, latência de ping por grupo, estados operacionais de interfaces, gráficos de utilização de rede, alertas de conectividade e tempo de resposta. Essa visualização centralizada é essencial para garantir a saúde da infraestrutura e tomada de decisão imediata.
O gráfico de maturidade funcional (figura 2) compara as capacidades típicas de um SOC e de um NOC em quatro
dimensões essenciais: monitoramento, detecção, resposta e recuperação. Cada dimensão é avaliada numa escala de 1 a 5, refletindo o grau de profundidade, automação, velocidade de ação e eficácia estratégica da operação.
No eixo do monitoramento, tanto o SOC quanto o NOC demonstram alta maturidade, com pontuação máxima ou próxima do nível 5. Isso se justifica porque ambas as operações têm como base a observação contínua de eventos em tempo real. Enquanto o NOC foca na infraestrutura de rede, como links, servidores e switches, o SOC monitora logs de segurança, tráfego suspeito, varreduras e tentativas de intrusão. Ambos utilizam ferramentas avançadas como PRTG, Zabbix, SIEMs e plataformas de telemetria.
Na detecção, observa-se uma leve superioridade do SOC. Isso ocorre porque os modernos sistemas de segurança contam com IA - Inteligência Artificial, aprendizado de máquina e
Fig. 1 – Dashboard ilustrativo utilizado em NOC e SOC
análise comportamental (como UBA – User Behavior Analytics), que aumentam a capacidade de identificar anomalias e ataques zero-day . Já o NOC, apesar de eficaz, depende em muitos casos de parâmetros mais objetivos, como disponibilidade de serviços e uso de CPU, o que pode limitar a proatividade em cenários complexos.
Quanto à resposta, a diferença de maturidade é mais evidente. O SOC, geralmente, opera com playbooks definidos, orquestração via SOAR - Security Orchestration Automation and Response e integração com sistemas de firewall, endpoint e redes para ações automáticas de mitigação. O NOC, por sua vez, tende a operar com base em intervenção humana e tíquetes, o que pode causar atrasos,
principalmente em ambientes com baixa automação ou falta de scripts de correção rápida.
Na dimensão da recuperação, tanto SOC quanto NOC têm papel importante, porém, em geral, o NOC apresenta menor maturidade. Isso se deve ao fato de que procedimentos de restauração de serviços e garantia de
resiliência da infraestrutura, como failover, redundância e backups, frequentemente são tratados fora do escopo direto do NOC, exigindo integração com equipes de infraestrutura ou recuperação de desastres. Já o SOC, dependendo do grau de integração, pode realizar restauração de políticas, desbloqueio de contas ou reconfiguração de sistemas com mais agilidade. Outro ponto que merece destaque é que a maturidade funcional de ambos os centros está diretamente ligada ao grau de integração com ferramentas, processos documentados, políticas internas e alinhamento com frameworks como o NIST Cybersecurity Framework, ISO/ IEC 27001 e ITIL 4. Empresas que investem na profissionalização desses centros, com apoio de normas e
Fig. 2 – Maturidade funcional SOC vs. NOC
certificações, tendem a atingir níveis mais elevados nas quatro dimensões avaliadas.
Assim, o gráfico da figura 2 não apenas ilustra uma fotografia da maturidade típica de cada centro, mas também serve como guia para organizações que desejam planejar a evolução de seus serviços de operação e segurança. Avaliar essas dimensões de maneira crítica permite estabelecer metas claras, promover melhorias contínuas e justificar investimentos em tecnologia e capacitação profissional.
Referenciais normativos e compliance
A implementação de SOCs e NOCs eficazes exige mais do que tecnologia e equipe: é fundamental que esses centros estejam alinhados com normas técnicas, padrões de boas práticas e legislações que garantam segurança, continuidade e governança da informação. Os principais são os seguintes:
ISO/IEC 27001 — Sistema de Gestão de Segurança da Informação (SGSI)
Esta norma internacional estabelece os requisitos para implementar, manter e melhorar continuamente um sistema de gestão da segurança da informação. Um SOC maduro deve estar alinhado com a ISO/IEC 27001, garantindo confidencialidade, integridade e disponibilidade dos dados monitorados. Ela também reforça a importância da gestão de riscos e do controle de acesso aos ativos informacionais.
ISO/IEC 20000 — Gerenciamento de Serviços de TI (ITSM)
Voltada para a gestão de serviços de TI, esta norma oferece diretrizes para processos como gerenciamento de incidentes, problemas, mudanças e SLAs - níveis de serviço. É especialmente relevante para o funcionamento de NOCs, que atuam com forte base em ITIL e respondem continuamente à operação da infraestrutura crítica da empresa.
NIST Cybersecurity Framework
Desenvolvido pelo NIST - Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos EUA, esse framework oferece uma abordagem estruturada para melhorar a segurança cibernética em cinco pilares: identificar, proteger, detectar, responder e recuperar. A estrutura é amplamente adotada por SOCs em todo o mundo, sendo compatível com ambientes híbridos e altamente regulados.
LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados (Brasil)
A LGPD (Lei nº 13.709/2018) impõe responsabilidades às empresas sobre o tratamento de dados pessoais. SOCs são fundamentais para detectar e responder a incidentes que possam resultar em vazamentos de dados. Além disso, eles garantem a rastreabilidade das ações, ponto-chave para a prestação de contas (accountability ) exigida pela lei.
ITIL 4 - Melhores práticas em gestão de serviços
Embora não seja uma norma formal, a ITIL - Information Technology Infrastructure Library é uma coleção de boas práticas que estruturam processos de entrega de serviços de TI com foco em valor. NOCs bem-organizados costumam operar com base nos fluxos da ITIL: Gerenciamento de Incidentes, Solicitações de Serviço, Monitoramento Contínuo e Gestão de Mudanças.
Cobit 2019 - Governança e gestão de TI
O Cobit fornece um modelo abrangente para o alinhamento entre tecnologia, objetivos de negócio e governança. SOCs e NOCs que seguem práticas de Cobit conseguem mensurar
riscos, garantir conformidade com regulamentos e evidenciar o valor agregado de suas operações à alta direção.
ISO/IEC 22301 — Continuidade de negócios
Essencial para ambientes de missão crítica, essa norma define as práticas e controles necessários para garantir a continuidade das operações em caso de incidentes graves. Ela complementa tanto o SOC quanto o NOC, especialmente no planejamento e resposta a desastres (DRP).
PCI DSS — Segurança de Dados para Cartões de Pagamento
Empresas que lidam com dados de cartão (por exemplo, e-commerces, bancos, adquirentes) devem se adequar ao PCI DSS. A atuação de SOCs ajuda a garantir conformidade com requisitos como criptografia, monitoração contínua de logs e resposta a incidentes de segurança.
Análise financeira
O gráfico da figura 3 apresenta uma comparação clara entre os gastos acumulados ao longo de três anos mantendo uma estrutura própria de SOC/NOC e contratando os serviços no modelo terceirizado (SOCaaS/ NOCaaS). Observa-se que, logo no primeiro ano, a estrutura interna já demanda um investimento inicial mais elevado, principalmente em recursos humanos, infraestrutura física, licenças de software e treinamento especializado.
Fig. 3 - Evolução de custos: interno vs. terceirizado
Nos anos subsequentes, os custos internos continuam crescendo, refletindo atualizações tecnológicas, manutenção contínua, rotatividade de equipe e processos de conformidade. Por outro lado, a curva de custos do modelo terceirizado apresenta um comportamento decrescente, resultante da escalabilidade, da previsibilidade contratual e do ganho de maturidade operacional do fornecedor.
Esse cenário evidencia a eficiência financeira do modelo como serviço, sobretudo para empresas que desejam foco no negócio e alta performance operacional sem o ônus de construir e manter estruturas complexas. Além disso, o modelo terceirizado oferece SLAs rigorosos, inovação contínua e acesso a profissionais atualizados, muitas vezes a um custo menor do que manter especialistas internamente. A longo prazo, a terceirização se mostra não apenas uma alternativa viável, mas uma vantagem estratégica em termos de custo/ benefício e agilidade de resposta.
Para empresas que almejam crescimento sustentável e proteção contínua contra riscos operacionais e cibernéticos, a adoção de SOC e NOC — especialmente por meio de modelos gerenciados — representa uma decisão estratégica fundamentada. Os ganhos em termos de tempo de resposta, visibilidade de ativos, gestão de vulnerabilidades e conformidade são comprovados por estudos de mercado e experiências práticas em diversos setores.
NOC, SOC ou ambos? Qual adotar primeiro?
Ao considerar a contratação ou estruturação de um centro de operações, muitas empresas se deparam com a dúvida: devo priorizar o NOC ou o SOC?
A resposta depende diretamente do estágio de maturidade da organização, sua criticidade operacional e seu nível de exposição a riscos cibernéticos.
O NOC é geralmente o primeiro passo lógico para empresas que desejam garantir alta disponibilidade, visibilidade e desempenho contínuo de sua infraestrutura de rede. Ele reduz o tempo de inatividade, melhora a eficiência operacional e antecipa falhas que poderiam impactar sistemas críticos.
O SOC, por sua vez, é indispensável para empresas que atuam em setores regulados, lidam com dados sensíveis ou são altamente dependentes de ambientes digitais. Ele monitora, detecta e responde em tempo real a ameaças cibernéticas, ataques internos e violações de segurança.
Portanto, o NOC é comumente adotado primeiro, principalmente por organizações que estão no início da jornada de transformação digital e precisam garantir estabilidade operacional. Em seguida, o SOC torna-se um complemento essencial, ampliando a proteção de ativos, dados e continuidade do negócio.
Empresas com maior maturidade tecnológica ou que já enfrentaram incidentes de segurança tendem a optar por modelos integrados, como o NOC/SOC unificado ou a contratação combinada de NOCaaS + SOCaaS, garantindo tanto o desempenho quanto a segurança da operação.
O investimento em ambos deve ser encarado como um pilar estratégico de governança de TI, especialmente em um cenário onde a conectividade e a cibersegurança são interdependentes. SOC e NOC são mais que centros operacionais, são pilares da sustentabilidade digital e segurança estratégica de empresas modernas.
Previsão de quebras de fibra e pontos fracos
O artigo apresenta testes de campo para medição de deformações em fibras ópticas de cabos aéreos de longa distância, utilizando análise espectral de Brillouin via OTDR. As elongações foram detectadas com resolução espacial de 10 metros ao longo de um cabo de 152 km, com desvio padrão máximo de 0,0015%. Os resultados indicam que a técnica é aplicável à maioria dos enlaces ópticos em telecomunicações.
As operadoras de rede precisam de um método para prever proativamente uma quebra em uma fibra causada por deformação excessiva e fraqueza em um cabo, causadas por condições climáticas e geológicas que podem alterar a deformação e as pressões de temperatura no cabo. Usando medições preditivas, uma equipe de operações de manutenção pode preservar o cabo aliviando a deformação ou substituindo-o proativamente antes que a transmissão seja perdida.
As soluções de cabeamento totalmente dielétrico têm se espalhado rapidamente em redes de fibra óptica nos últimos anos. Em comparação com os cabos blindados com metal, elas acumulam as vantagens de menor custo, peso e manuseio facilitado, sem exigir aterramento. No entanto, uma estrutura mais leve geralmente significa uma proteção mecânica mais baixa e deve-se avaliar a aplicabilidade desses cabos aos ambientes mais exigentes.
Com uma estrutura de cabo frágil, as elongações da fibra interna podem estar muito acima do valor máximo de 0,2% recomendado pelos fabricantes. Ainda assim, com o advento das fibras insensíveis à
Viavi Solutions
curva, a perda incorrida pode permanecer moderada e a transmissão de dados operar sem falhas. Isso não deve ocultar o fato de que a estrutura da fibra de vidro não é mais forte mecanicamente e ainda é provável que se quebre em uma elongação de 4%. Se as perdas de fibra não forem mais afetadas por níveis críticos de deformação, as técnicas tradicionais de resolução de problemas devem ser reconsideradas.
A análise espectral de Brillouin é o único método de caracterização óptica capaz de fornecer medições precisas de elongação distribuída. É sabido que a interação de dispersão de Brillouin tem uma frequência ressonante que depende linearmente da elongação da fibra e essa medição agora é amplamente usada para fins de detecção da fibra. A principal dificuldade com os links de telecomunicações é que eles normalmente excedem 100 km, enquanto uma alta resolução espacial também deve capturar todos os eventos de deformação. O primeiro método de medição que pode ser aplicado é chamado de análise óptica de domínio de tempo de Brillouin (B-OTDA). Embora essa configuração forneça os sinais mais fortes graças a uma interação estimulada, ela é limitada
REDES ÓPTICAS
Fig. 1 - Medição de deformação bidirecional acima de 152 km com pulso de 100 ns. As setas indicam seções de SMF28e+ de primeira geração
em alcance de distância devido à necessidade de uma configuração de loop. Na prática, as distâncias mais longas cobertas corresponderiam a um elo unidirecional máximo de 80 km [1,2]. Distâncias mais longas foram alcançadas adicionando amplificadores ópticos distribuídos na linha [3,4], mas a distância máxima de 75 km entre amplificadores não seria aplicável em um link de telecomunicações, sem mencionar os efeitos não locais complicados sobre tais distâncias [5]. A B-OTDA não está dimensionada para instalações típicas de cabos de telecomunicações e não pode ser inserida para adquirir uma medição sem rosquear o cabo que excede 80 km.
A segunda solução é a reflectometria óptica no domínio do tempo de Brillouin (B-OTDR), que usa um único sinal de probe, lançado de um lado de um enlace de fibra. O B-OTDR adquire a luz retroespalhada espontaneamente de Brillouin, assim como um OTDR comum com espalhamento Rayleigh. A vantagem dessa configuração é evidente quando se trata de um link com perda de orçamento muito alta ou até mesmo uma quebra: o B-OTDR sempre fornecerá informações sobre as seções acessíveis. O registro da distância percorrida em um experimento de laboratório foi de 150 km, usando uma combinação de detecção
coerente e amplificação de Raman [6], mas a resolução espacial de 50 m e a precisão da medição na extremidade distal não seriam suficientes. O amplificador óptico em linha também foi proposto para o B-OTDR [7], mas novamente isso não seria aplicável a links de telecomunicações.
O artigo traz uma nova implementação de um BrillouinOTDR coerente, integrado a um instrumento implantável em campo operado por bateria. Um primeiro protótipo para o B-OTDR da Viavi
foi usado para caracterizar um link aéreo instalado de 152 km e perda total de orçamento de 34 dB com uma resolução espacial de 10 m.
Configuração experimental
A solução aplicada usa detecção coerente para encontrar seletivamente os componentes espectrais de Rayleigh ou Brillouin dos sinais retroespalhados. O equipamento pode produzir traços regulares de OTDR para caracterizações de perda, explorar as informações de mudança de frequência de Brillouin para determinação de deformação (presumindo uma temperatura constante) e também usa a Razão de Landau-Placzek (LPR) para uma determinação independente de temperatura e deformação [8]. Assim, o usuário tem à sua disposição três tipos de medições OTDR: perda de sinal, deformação e temperatura para determinar a integridade da fibra sob teste.
Resultados
Durante o teste, sete fibras foram testadas a partir de três locais de UstKut, Kirenga e Severobaikalsk, na
Fig. 2 - Evento de deformação registrado com pulsos de 100 ns (azul) e 200 ns (verde)
REDES ÓPTICAS
Rússia, acumulando 23 aquisições completas de OTDR Rayleigh e Brillouin, sendo a maioria bidirecional. A figura 1 mostra a deformação como função da distância para a linha de Ust-Kut a Kirenga. Consiste em duas aquisições de ambas as extremidades, o traço de Kirenga sendo revertido, para mostrar o link completo e a boa correspondência no ponto intermediário do link. A sucessão de platôs, cada um com um desvio de frequência específico, é típica de uma instalação de cabo aéreo em que os trechos de cabo montados nunca têm mais de 15 km, e cada cabo contém várias fibras de diferentes lotes. A mudança da troca de frequência de Brillouin costuma ser mais fácil de detectar do que a atenuação de emenda no traço OTDR.
quanto a da figura 1, é possível negligenciar essas alterações relacionadas à fibra e deixar o instrumento decidir automaticamente se o cabo passa nos critérios com base em um limite absoluto fixo.
As incertezas relacionadas ao instrumento podem ser avaliadas a partir dos desvios padrão nos vários platôs sem eventos da aquisição, que costumam ir de 0,0006% a 0,0015% no ponto de junção central após uma atenuação de ligação de 17 dB.
Muitos dos perfis de deformação exibem trens de picos com uma periodicidade característica de 350 a 500 m, que é a distância entre as torres. A amplitude máxima é geralmente de 0,01%, com um nível mais alto de 0,03%. Esses valores pequenos foram tranquilizadores na condição atual do link.
A alteração de frequência de Brillouin para um determinado tipo de fibra pode variar em ±20 MHz em torno do valor nominal, dependendo do lote de fibra [9], que se converte em ±0,04% de elongação. Isso gera uma incerteza substancial se alguém aplicar estritamente a recomendação do fabricante de uma elongação máxima de 0,2%. Nesse caso, seria necessário localizar e quantificar um evento de deformação, como um desvio relativo do platô circundante, o que complicaria a análise. No entanto, com a experiência prática de uma rede aérea operada sob condições extremas, é necessário tolerar eventos de deformação de até 3% para durações curtas. Presumindo uma combinação de fibras tão homogênea
Deve-se observar que os eventos espalhados por fibras variam de 150 a 400 m e que as medições ocorreram em outubro, mês de inverno na Rússia. Presumivelmente, a deformação atinge níveis mais altos e fica mais localizada com cargas de gelo, enquanto durante o verão a deformação é liberada e se espalha espacialmente graças aos movimentos do cabo e ciclos térmicos. No entanto, os detalhes das aquisições apresentadas estão suficientemente resolvidos para destacar as fraquezas dos cabos, mesmo durante o verão.
A figura 2 é uma captura de tela do instrumento de um evento de deformação mostrando duas aquisições sobrepostas feitas com pulsos de 100 e 200 ns. Embora a precisão e o alcance estejam se
beneficiando do efeito suavizante e da maior energia de um pulso mais longo, obviamente apaga os detalhes mais rápido. Deve-se sempre usar a melhor resolução espacial possível, uma vez que a extensão dos eventos depende de muitos parâmetros (distribuição da carga, estrutura e instalação exatas do cabo, gel usado, etc.).
Os espectros de Brillouin também permitem reconhecer o tipo de fibra [9]. A figura 3 exibe um espectro de modo duplo típico da primeira geração de SMF28e+. Essa fibra foi usada na ocasião dos reparos, enquanto um SMF28e de pico único regular havia sido usado no momento da instalação. Uma campanha de medição, tal como descrita, seria apenas a primeira etapa no ciclo de manutenção do cabo, que pode ser conduzida na instalação ou na ocasião de uma solução de um problema. Todas as medições subsequentes podem ser repetidas da mesma forma, mas seria recomendado usar a primeira medição como referência e produzir dados relativos. Isso removeria o problema de diferentes fibras com alterações de frequência ao longo do link. Com as informações extras trazidas pela Razão de Landau-Placzek (LPR), o equipamento utilizado também pode contabilizar as variações sazonais de temperatura entre as duas medições. Isso aumentaria ainda mais a precisão em comparação com uma medição baseada exclusivamente no desvio de frequência de Brillouin e para a qual uma variação de ±0,1% é esperada no intervalo de temperatura. Com uma medição relativa e compensada por temperatura, torna-se simples identificar a menor evolução da deformação, usando um limite de alarme que pode ser definido para um valor muito baixo até a repetibilidade do instrumento.
Conclusão
O protótipo utilizado na análise demonstrou uma operação adequada em um link de 152 km. Nossos testes de laboratório mostram que 200 km são acessíveis com uma largura de
Fig. 3 - Espectro de Brillouin de modo duplo de SMF28e
pulso de 400 ns (resolução espacial de 40 m). Ao final do desenvolvimento, o equipamento incluiu recursos de medições relativas, compensação térmica e todos os recursos necessários para explorar totalmente o potencial do instrumento diretamente no local.
REFERÊNCIAS
[1] L. Zou et al. Long-term monitoring of local stress changes in 67 km installed OPGW cable using BOTDA Proceedings of the SPIE, Volume 9634, id. 963461 4 pp, 2015.
[2]. X. Qian et al. 157 km BOTDA with pulse coding and image processing . Proc. SPIE 9916, Sixth European Workshop on Optical Fiber Sensors, 99162S, 2016.
[3] Y. Dong et al. Extending the Sensing Range of Brillouin Optical Time-Domain Analysis Combining Frequency-Division Multiplexing and In-Line EDFAs . J. Lightwave Technol. 30, 1161-1167, 2012.
[4] F. Gyger et al. Ultra Long Range DTS (>300 km) to Support Deep Offshore and Long Tieback Developments . ASME. International Conference on Offshore Mechanics and Arctic Engineering, Volume 6B: Pipeline and Riser Technology, 2014.
[5] L. Thévenaz et al. Effect of Pulse Depletion in a Brillouin Optical Time-Domain Analysis System . Opt. Express 21, 14017-14035, 2013.
[6] M. N. Alahbabi et al. 150-km-Range Distributed Sensor Based on Coherent Detection of Spontaneous Brillouin Backscatter and in-line Raman Amplification. J. Opt. Soc. Am. B 22, 1321-1324, 2005.
[7] Y. T. Cho, et al. 100 km Distributed Fiber Optic Sensor Based on the Coherent Detection of Brillouin Backscatter, with a Spatial Resolution of 10 m, Enhanced Using Two Stages of Remotely Pumped Erbium-Doped Fiber Combined with Raman Amplification in Optical Fiber Sensors . OSA Technical Digest, ThC4, 2006.
[8] P.C. Wait et al. Landau Placzek Ratio Applied to Distributed Fiber Sensing, Optics Communications 122, pp 141-146, 1996.
[9] Corning White Paper WP4259. BOTDR Measurement Techniques and Brillouin Backscatter Characteristics of Corning Single-mode Optical Fibers, 2015.
SERVIÇO
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O levantamento traz a relação atualizada de fabricantes e importadores de switches para transporte, acesso, redes locais e data centers, além de aplicações industriais e KVM, com os respectivos recursos e funcionalidades, como número de portas e capacidades.
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Switches para redes locais e data centers
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Segurança (1) Outros recursos
Serviços Metro Ethernet Suporta quadros estendidos (4) PoEPower over Ethernet Suporta IPv6 Acesso SSL/SSH-Admin Interface p/ equipamento de segurança Controle acesso baseado em porta (3) Classe carrier Auxílio à virtualização Módulo gerenciamento redundante Fonte redundante (2) Capacidade de roteamento
Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 90 empresas pesquisadas.
Fonte: Revista Redes, T Redes, Telecom e Instalações elecom Instalações elecom , setembro de 2025.
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Rede digital para o setor de hotelaria
Uma plataforma digital para hotéis fornece as bases da rede para oferecer mobilidade aos hóspedes, assim como serviços de automação no quarto para garantir uma ótima qualidade de experiência. As soluções otimizam a eficiência das equipes, simplificam as operações de TI e ajudam a gerência a alcançar a máxima ocupação das acomodações. Além disso, podem aumentar a receita e ajudar o empreendimento a se destacar da concorrência.
Em um cenário cada vez mais competitivo, a experiência do hóspede se tornou um dos principais diferenciais no setor de hotelaria, com acesso Wi-Fi de qualidade, programas de fidelidade e aplicativos móveis voltados para o cliente, que se somam aos investimentos para a transformação digital. A maioria dos hóspedes viaja com vários dispositivos e, uma vez no hotel, deseja apenas se conectar, relaxar e se sentir em casa. Além da enxurrada de dispositivos dos hóspedes e da equipe necessários para operar as instalações, o influxo de IoT – Internet das Coisas significa que os hotéis precisam ser hiperconectados, móveis e seguros.
Nesse ambiente, a rede não pode mais ser apenas um centro de custos e infraestrutura subjacente. Para suportar uma transformação verdadeiramente digital, a rede deve ser um componente ativo na entrega de experiências aos hóspedes e na habilitação de serviços de valor agregado para fornecer novos fluxos de receita para a empresa hoteleira. As empresas precisam contar com
ALE – Alcatel Lucent Enterprise
uma rede capaz de suportar serviços de hotelaria inovadores e transformação digital, não só eliminando a necessidade de os operadores hoteleiros se envolverem na complexidade técnica, permitindo que se concentrem em suas tarefas, mas também ajudando-os a atingir seus objetivos de negócios, oferecer serviços avançados para aumentar a fidelidade do cliente, implementar soluções de ponta para melhorar a eficiência dos funcionários e destacar-se como uma marca inovadora para se diferenciar da concorrência e atrair novos clientes.
A plataforma digital para hotelaria baseia-se em três pilares e permite que os operadores hoteleiros entrem na era da transformação digital: • Uma rede autônoma de alto desempenho pode provisionar automaticamente os serviços e
REDES LOCAIS
automatizar operações de missão crítica para permitir que os recursos de TI se concentrem na habilitação de novos serviços de hóspedes. Em ambientes complexos, assim como em hotéis com orçamentos de TI limitados, a configuração de rede automatizada elimina erros manuais e aumenta a eficiência operacional.
• A integração de IoT permite que os operadores hoteleiros aumentem a digitalização através do provisionamento e gerenciamento seguro da IoT. Ela pode incorporar, integrar e conectar um grande número de dispositivos IoT que formam a base dos novos processos de negócios digitais. Pode melhorar as operações hoteleiras e as experiências dos hóspedes com o provisionamento automatizado de dispositivos IoT de maneira segura e confiável.
voltando o foco para a transformação de negócio, em vez de apenas criar e gerenciar a infraestrutura, como era necessário anteriormente.
As operações automatizadas simplificam o provisionamento, a implantação e a manutenção da rede, reduzem o tempo de instalação e minimizam os riscos de erros humanos, economizando tempo e recursos de TI.
• A inovação de negócios ajuda a acelerar sua transformação digital com novos fluxos de trabalho automatizados, tirando o esforço de tarefas de trabalho intensivas ou repetitivas. Melhora a eficiência dos funcionários e o envolvimento digital dos hóspedes com novos processos e serviços digitais.
Rede autônoma
A rede autônoma é configurada e provisionada por meio de operações automatizadas e recursos de provisionamento e implantação sem
A infraestrutura de TI evoluiu nos últimos 20 anos para onde está agora, totalmente automatizada. As redes, infelizmente, não acompanharam. Embora demore minutos para implantar um novo aplicativo, pode levar dias ou até semanas para configurar manualmente a rede, elemento por elemento. Isso agora está mudando. Os líderes de TI estão
toque. Ela garante a operação segura da rede de missão crítica, ao mesmo tempo em que otimiza a experiência do usuário. Ao analisar configurações de rede, medições de QoE - Qualidade de Experiência e problemas conhecidos, correlacionados com informações de hardware e versão de software da rede, o
software de gerenciamento de rede será capaz de sugerir ao administrador alterações de configuração e atualizações.
A rede autônoma oferece uma experiência de conexão resiliente e contínua para hóspedes e funcionários do hotel, com switches e pontos de acesso Wi-Fi que fornecem convergência ultrarrápida, controle de acesso seguro à rede e QoS - Qualidade de Serviço garantida. Os princípios básicos do acesso e do gerenciamento unificado de LAN e WLAN garantem interoperabilidade perfeita entre usuários, dispositivos e serviços, em toda a rede do hotel. Ao mesmo tempo, fornecem os níveis de segurança adequados para evitar gargalos na rede e reduzir o risco de ataques cibernéticos. O Wi-Fi corporativo de nova geração, com controle WLAN integrado nos pontos de acesso, elimina a necessidade de controladores centralizados físicos. Essa inteligência de controle distribuído oferece melhor desempenho e escalabilidade e garante alta disponibilidade com fácil implantação, simplicidade operacional e baixo custo total de propriedade (TCO). O sistema é acoplado a uma LAN com fio abrangente que suporta requisitos de implantação que vão desde o acesso ao core e ao data center. Além disso, a conectividade Wi-Fi permanece contínua e generalizada para hóspedes e funcionários em todo o hotel, quer estejam dentro ou fora, em qualquer lugar das instalações. A onipresença da conectividade Wi-Fi cria uma oportunidade para os operadores hoteleiros oferecerem aos hóspedes novos serviços, que possam gerar novas fontes de receita.
Fig. 1 – Pilares para a plataforma digital em hotéis
Fig. 2 – Autenticação biométrica é um dos recursos
De 30 de setembro a 2 de outubro, a TIP Brasil apresentará suas soluções de marca neutra voltadas para provedores de internet, com o objetivo de agregar valor à base de assinantes e ampliar a rentabilidade do negócio por meio de ofertas que vão além da conectividade. Uma oportunidade para o provedor que deseja se diferenciar em um mercado cada vez mais competitivo.
REDES LOCAIS
Um NMS - Sistema de Gerenciamento de Rede único fornece um nível adicional de integração entre redes com e sem fio. Todos os dispositivos – de hóspedes e funcionários, assim como IoT – são conectados à rede automaticamente com perfis específicos, o que significa que possuem diferentes níveis de acesso, segurança e QoS, de acordo com sua função. Por exemplo, o acesso aos aplicativos do hotel é restrito a funcionários autorizados, e não é acessível aos hóspedes.
Isso reduz a carga de trabalho dos gerentes de TI, pois eles não precisam mais lidar com dois sistemas de gerenciamento e dois conjuntos de
poderosa e fácil de usar dispensa a necessidade de investimento inicial e equipamentos no local.
IoT - Internet das Coisas
A plataforma digital permite a integração e o gerenciamento de dispositivos IoT, de forma fácil e segura. Isso é especialmente importante no setor de hotelaria, onde os hotéis estão experimentando um ecossistema crescente de sensores em edifícios e quartos e dispositivos de automação. O conforto superior dos quartos dos hóspedes é claramente uma vantagem para os hotéis que buscam diferenciação. Um quarto inteligente que oferece a
desafios em termos de gerenciamento de rede e segurança. A solução automatizada reúne dispositivos IoT integrados, com segurança, ao mesmo tempo em que protege a rede. Devem ser seguidos três passos principais para conectar, gerenciar e controlar adequadamente qualquer dispositivo de IoT: descobrir, segmentar e monitorar.
• Reconhecer e classificar: cada objeto conectado à rede deve ser reconhecido e classificado. A plataforma digital oferece a capacidade de acessar um enorme banco de dados de dispositivos para identificar imediatamente o objeto conectado à rede e provisionar automaticamente uma configuração associada a esse dispositivo.
políticas e regras de configuração – um para LAN e outro para WLAN. O NMS fornece gerenciamento de serviço unificado e visibilidade em toda a rede. O uso dos recursos da rede é monitorado para resolver proativamente qualquer problema em potencial, que possa melhorar a eficiência de TI e a agilidade de negócios.
Com orçamentos e recursos de TI limitados para a rede hoteleira, o gerenciamento como serviço baseado em nuvem representa uma opção prática. Com uma plataforma de gerenciamento de rede, na nuvem, operadores hoteleiros, integradores e provedores de serviços de hotelaria gerenciados podem aproveitar usando um modelo de negócios pay-as-you-go . Uma ferramenta de gerenciamento
combinação de Wi-Fi de alta velocidade, com automação fácil de usar e não intrusiva, apresenta a fórmula para proporcionar aos hóspedes uma experiência inesquecível. Junto com os sensores dos quartos, muitos tipos diferentes de dispositivos IoT podem ser encontrados em um hotel. Esses dispositivos oferecem maior automação, segurança e interações sem contato, como câmeras térmicas e de vigilância, IPTV, sinalização digital, fechaduras digitais, quiosques de autorregistro, tablets para hóspedes e funcionários e até robôs para realizar serviços específicos do hotel.
A tecnologia IoT contribui para melhorar a experiência digital do hóspede e agilizar as operações do hotel, porém, ao mesmo tempo, pode criar
• Segmentação virtual: uma vez classificado, cada objeto é colocado no segmento de rede virtual correto, de acordo com seu perfil. É fundamental segmentar uma única infraestrutura de rede física em redes virtuais separadas, ou containers, de modo que dispositivos, usuários e aplicativos sejam logicamente isolados em seu próprio segmento dedicado, garantindo o funcionamento adequado e operações seguras.
• Monitoramento contínuo: finalmente, cada objeto é colocado em um inventário centralizado e sob monitoramento. A rede monitora o comportamento dos dispositivos IoT conectados para garantir que estejam funcionando conforme desejado. O inventário permite que a TI saiba exatamente e instantaneamente
Fig. 3 – Exemplos de serviços e rastreamento de ativos no trabalho em um ambiente de hospitalidade
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REDES LOCAIS
quantos dispositivos estão conectados à rede, quais são seus dados associados e seu status.
Com esse procedimento de três etapas, a plataforma digital fornece aos gerentes de TI um meio automático para conectar e gerenciar dispositivos IoT com segurança. O monitoramento contínuo permite a detecção de potenciais desvios do comportamento esperado de um dispositivo. No caso de atividade incomum, a rede pode detectar e tomar ações imediatas, como desconectar o dispositivo com defeito, enviar uma notificação ao administrador da rede ou alterar o destino do container IoT
Inovação nos negócios
dedicado para verificação posterior, aumentando a segurança da rede e atenuando o risco de um ataque cibernético através da IoT conectada.
A plataforma digital suporta IoT de vários padrões para lidar com uma grande variedade de cenários e implantações de IoT empresarial. Objetos conectados Ethernet, Wi-Fi, BLE e Zigbee são nativamente suportados pelo equipamento de rede. Com esse suporte, o sistema cobre muitos tipos de dispositivos IoT e casos de uso no setor de hotelaria. Para padrões não suportados nativamente, um controlador IoT é capaz de se integrar com outras tecnologias IoT por meio de APIs padrão e gateways de terceiros.
A transformação digital é uma tendência no setor de hotelaria que os analistas concordam que irá acelerar. Em sua batalha para se diferenciar, os líderes do setor de hotelaria empregarão processos digitais para oferecer melhores serviços aos hóspedes, melhorar a eficiência da equipe e aproveitar as análises para personalização adicional. Novos processos são otimizados quando aproveitam as métricas de usuário, aplicativos e IoT, em tempo real. Uma plataforma digital pode ajudar os operadores de hotéis a otimizar processos e serviços. Isso é fundamental para a inovação empresarial, para maior produtividade, otimização do fluxo de trabalho e uma experiência de usuário aprimorada. As inovações tecnológicas, incluindo IoT, serviços de localização e plataformas de colaboração, estão na vanguarda da automação de processos de negócios e serviços, que incluem rastreamento de ativos e serviços baseados em localização, podem ajudar a aumentar a segurança e reduzir os custos operacionais e gastos relacionados aos ativos. A ferramenta, por exemplo, fornece localização histórica e em tempo real de usuários ou objetos nas instalações do hotel usando tecnologias Wi-Fi e Bluetooth. Essas informações permitem que os
operadores hoteleiros entendam melhor os fluxos de trabalho, otimizem a utilização dos equipamentos, reduzam significativamente o tempo que leva para encontrar alguém ou algo, evitem a perda ou roubo de ativos e aumentem a produtividade, ao mesmo tempo em que aprimoram aexperiência do usuário. Do ponto de vista das operações, o equipamento extraviado ou perdido incorre em custos elevados para os hotéis. Saber onde os ativos estão em tempo real, ou onde estão armazenados, pode ajudar a manter os custos dos equipamentos sob controle. Outros recursos importantes incluem
rastreamento de ponto de acesso (hot spot) em tempo real e histórico do rastreamento de contatos, que pode ajudar a identificar áreas onde as restrições de multidão estão sendo excedidas, ou configurá-lo para grupos familiares para que os hóspedes do hotel saibam a localização de seus filhos dentro das instalações do hotel e possam ser notificados se eles deixarem determinadas áreas.
Outros serviços incluem localização (autonavegação em ambientes internos) e notificações geográficas (envio de mensagens) baseadas em geolocalização, tudo gerenciado a partir de um aplicativo na nuvem, possibilitando direcionamento detalhado para os quartos de hóspedes e salas de
Fig. 4 – Exemplo de automação de tarefas
conferência, assim como a outros pontos de interesse, como restaurantes, piscinas e spas. As geonotificações são mensagens relevantes para o local, que podem ser enviadas para dispositivos móveis dos funcionários, hóspedes e visitantes. O aplicativo de nuvem LBS captura os dados e fornece painéis analíticos que podem ser usados para otimizar pessoas, ativos e fluxos de trabalho operacionais. Essas informações podem ajudar as instalações a funcionar de forma mais eficiente, permitir a navegação interna e gerar receita ao oferecer promoções e serviços com base na localização dos hóspedes.
Dados históricos e em tempo real com um contexto de geolocalização permitem o desenvolvimento de novos processos e serviços de negócios digitais inovadores. A integração de dados com uma ferramenta de colaboração comercial permite a automação de tarefas simples ou repetitivas e o desenvolvimento de fluxos de trabalho que podem ser automatizados, usando gatilhos, regras e ações.
Para ilustrar com um exemplo, imagine um hotel que tenha um auditório e várias salas de reuniões para apoiar conferências de negócios. O hotel possui um aplicativo para gerenciar e agendar as conferências. O acionamento ocorre quando uma nova conferência é agendada no aplicativo, onde são inseridos dados como a data, hora e duração da conferência, e dados do cliente, como nome da empresa, nome do evento e contatos do organizador. A regra é que a conferência comece e termine em um horário especificado, para o qual o sistema configurará os pontos de acesso nas salas de reunião onde a conferência ocorrerá. As ações são criar/excluir SSIDs, habilitar/desabilitar SSIDs, ligar/desligar rádios Wi-Fi, enviar uma mensagem aos organizadores com a chave Wi-Fi e notificar os administradores de rede sobre os resultados. Por fim, análises e estatísticas inteligentes fornecem inteligência aumentada que ajuda os operadores hoteleiros a gerenciar os dados coletados pela rede e tomar decisões bem embasadas, para otimizar o uso da rede e expandir seus negócios. Essas análises fornecem estatísticas sobre desempenho, uso de recursos de rede, aplicativos e métricas de localização de hóspedes (anônimos) e comportamento do cliente. Previsões sobre as necessidades futuras da rede são possíveis com base no uso atual de recursos e nas informações de inventário. A análise de localização pode ser usada para ajustar a estratégia de marketing e as ofertas, alinhando-as com os horários de pico associados às comodidades do hotel.
O próximo passo será combinar as estatísticas de rede com dados de hóspedes de outros aplicativos de hotel, como sistemas CRM, para oferecer serviços hiperpersonalizados. Por exemplo, saber onde um hóspede passa a maior parte do tempo, bem como seus serviços preferidos, permitirá aos operadores hoteleiros criar ofertas altamente personalizadas para cada hóspede.
A revolução do Wi-Fi 7: como RU e MRU estão reinventando a comunicação sem fio
Luiz Puppin, Head de Treinamentos da Made4IT
AO Wi-Fi 7 não é apenas “mais rápido”, é inteligente. Ao tratar o espectro como um recurso fluido e adaptável, a RUUnidade de Recurso e MRUUnidade de Recurso Múltipla, que funcionam como engenheiros de tráfego digitais, resolvem problemas crônicos de redes sem fio, possibilitando redefinir a alocação de espectro, reduzir latência e aumentar a capacidade de redes.
todo momento lemos artigos que fazem referência às redes de computadores como avenidas por onde passam veículos de todos os tamanhos na mais perfeita ordem. O problema é que sabemos bem que, quanto maior o volume de tráfego, menos ordem encontramos nessas vias. Imagine uma grande metrópole, onde milhões de veículos trafegam simultaneamente em vias. Engarrafamentos, atrasos e desperdício de combustível são inevitáveis. Agora, substitua os carros por pacotes de dados e as ruas por canais de frequência: esse é o desafio enfrentado pelo Wi-Fi em ambientes densos. Vamos lembrar que ambientes com alta densidade sempre foram o calcanhar de Aquiles das redes sem fio. Com a chegada do Wi-Fi 7, a indústria introduziu dois conceitos revolucionários: RU - Unidade de Recurso e MRU - Unidade de Recurso Múltipla, que funcionam como engenheiros de tráfego digitais, transformando caos em eficiência. Neste artigo, vou explorar como o Wi-Fi 7 utiliza RU e MRU para redefinir a alocação de espectro, reduzir latência e aumentar a capacidade de redes. Usarei analogias cotidianas para desvendar conceitos técnicos que podem parecer muito complexos, mas que no fundo estão ao alcance de todos.
OFDMA: a arte de dividir o espectro em “faixas de rolamento”
Desde antes do Wi-Fi 4 (802.11n), as redes sem fio já adotavam o OFDM - Orthogonal Frequency Division Multiplexing para otimização da utilização do espectro. Essa tecnologia já dividia uma rodovia (portadora) em múltiplas faixas de rodagem (subportadoras). Isso fazia com que o antigo Wi-Fi, que só podia transmitir dados de um usuário por vez, conseguisse passar os dados de múltiplos usuários simultaneamente. O problema era que o OFDM designava uma faixa de rodagem (subportadora) para cada cliente, independentemente do tamanho do veículo (quantidade de dados) que ele precisava para transportar os quadros. Ao mesmo tempo que otimizávamos o uso com a ideia de divisão da portadora, tínhamos casos de subportadoras ociosas por falta de dados para transmitir e outras sobrecarregadas pelo excesso. No Wi-Fi 6, o OFDMA - Orthogonal Frequency Division Multiple Access surgiu como uma solução para compartilhar o espectro de forma mais inteligente. A tecnologia, além de dividir as sub-portadoras, coloca caminhões cujas carrocerias são divididas em pequenas Unidades de Recurso (RU). Cada RU
REDES SEM FIO
pode ser alocada a um cliente diferente, permitindo que múltiplos usuários transmitam dados simultaneamente dentro da mesma sub-portadora e em RUs de subportadoras diferentes.
Por exemplo, em uma rede doméstica com smartphones, TVs e lâmpadas inteligentes, o roteador aloca RUs de tamanhos variados (26, 52, 106 tons) conforme a demanda de tráfego da rede. Durante uma chamada de vídeo ou um streaming, precisamos de espaços maiores para transporte, então temos menos RUs disponíveis. Num momento de alto volume de clientes, precisamos de mais transportes simultâneos, então temos mais RUs de tamanhos menores.
Porém, o Wi-Fi 6 operava com rigidez: um dispositivo só podia usar uma RU fixa por transmissão. Se uma RU por sub-portadora fosse insuficiente para um vídeo 4K, o dispositivo precisava esperar um novo ciclo de transmissão, gerando latência, mesmo que houvesse RUs disponíveis sem utilização. Era como obrigar caminhões de carga a usar apenas uma parte da sua carroceria, mesmo que os clientes precisassem de mais espaço.
MRU: a magia de combinar “faixas” para criar supervias
O Wi-Fi 7 introduz o MRUMulti-Resource Unit, permitindo que dispositivos combinem múltiplas
RUs (contíguas ou não) em uma única transmissão. É como permitir a mobilidade das divisões dentro da carroceria dos caminhões, garantindo que tendo espaço livre a área destinada para o cliente possa ser ampliada combinando áreas antes desperdiçadas.
Com essa flexibilidade, foi possível implementar outra tecnologia, chamada de puncturing. Enquanto no OFDM, quando uma subportadora sofria interferência, ela era descartada diminuindo a eficiência espectral, com o puncturing é feito o tratamento da interferência para “limpar” o sinal.
Imagine um DJ mixando músicas em uma festa. De repente, um convidado começa a gritar no microfone, atrapalhando a faixa principal. Em vez de desligar todas as caixas de som, ele identifica a frequência do grito (usando equalizador); corta apenas aquela faixa de áudio (puncturing); e aumenta o volume das demais frequências para manter a música tocando.
O puncturing faz algo similar com o espectro: isola o ruído e amplifica o sinal útil.
Impacto prático — O que o MRU melhora?
Redução de latência: fim dos engarrafamentos de pacotes
Em redes Wi-Fi 6, dispositivos com
Fig. 1 – Ocupação de canal no Wi-Fi 5, Wi-Fi 6 e Wi-Fi 7. Fonte: Huawei [4]
grandes volumes de dados (como realidade virtual) precisavam esperar por RUs grandes ou fragmentar transmissões. Com o MRU, eles agregam RUs menores instantaneamente, reduzindo a latência em até 80%.
Uma carga dividida em diversos pacotes não precisa aguardar a disponibilidade de novos caminhões mesmo com espaços vazios nas carrocerias dos que já tiveram o espaço daquele cliente ocupado. O dispositivo utiliza múltiplas faixas (MRU) para transportar tudo de uma vez.
Eficiência espectral: nada de espaço desperdiçado
Antes, RUs não utilizadas ficavam ociosas entre ciclos de transmissão. O MRU permite que essas “sobras” de espectro sejam reaproveitadas dinamicamente.
Em um estádio lotado, enquanto um usuário assiste a um replay em 8K, outro verifica o e-mail. O roteador ajusta os recursos em tempo real, como um maestro harmonizando instrumentos.
Robustez a interferências
O puncturing do MRU permite evitar faixas ruidosas sem desligar todo o canal. Se um vizinho está usando um micro-ondas (que opera em 2,4 GHz), o Wi-Fi 7 simplesmente ignora as subportadoras
afetadas e utiliza as demais, redistribuindo o tráfego entre as subportadoras restantes de forma mais eficiente.
Wi-Fi 7 vs. Wi-Fi 6 — Números que impressionam
• Velocidade máxima: 46 Gbit/s (Wi-Fi 7) vs . 9,6 Gbit/s (Wi-Fi 6).
• Largura de canal: Até 320 MHz (Wi-Fi 7) vs . 160 MHz (Wi-Fi 6).
• Modulação: 4096-QAM (Wi-Fi 7) vs. 1024-QAM (Wi-Fi 6), aumentando a densidade de dados em 20%.
O MRU é responsável por até 40% do ganho de eficiência nesses números, segundo a Broadcom.
Aplicações reais
As fábricas inteligentes exigem comunicação em tempo real entre centenas de sensores. Com MRU, um robô de montagem pode receber dados de câmeras 3D e sensores térmicos simultaneamente, sem atrasos. Óculos de realidade aumentada precisam de <10 ms de latência para sincronizar movimento e imagem. O MRU garante que fluxos massivos de dados (por exemplo, texturas 4K) cheguem sem interrupções. Semáforos, câmeras de tráfego e veículos autônomos compartilharão a mesma
rede. O MRU garantirá prioridade a aplicações críticas, como freios de emergência.
Conclusão
O Wi-Fi 7 não é apenas “mais rápido”, é inteligente. Ao tratar o espectro como um recurso fluido e adaptável, RU e MRU resolvem problemas crônicos de redes sem fio: desperdício, latência e rigidez.
Assim como as metrópoles modernas dependem de sistemas de tráfego dinâmicos, o futuro do Wi-Fi está na capacidade de alocar recursos sob demanda. E nessa revolução, RU e MRU são os semáforos inteligentes que guiam cada pacote de dados ao destino correto, na hora certa.
REFERÊNCIAS
[1] IEEE 802.11be (Wi-Fi 7) Draft 3.0.
[2] Estudos de Caso: Broadcom, Qualcomm, Huawei.
[3] Análises Comparativas: Wi-Fi 6 vs. Wi-Fi 7 em Ambientes Densos (Intel, 2023).
Q ual é o significado de o comprimento não ser um parâmetro para o critério de “passa” ou “falha” em um teste de certificação de cabeamento balanceado em campo, conforme a série de normas ISO/IEC 11801 e ABNT NBR 14565?
Parte 5
Iniciamos na RTI maio de 2025, edição n o 300, aqui em Interface , uma discussão sobre o comprimento de enlaces e canais em cabeamento estruturado, como avaliar o comprimento em um critério de “passa” ou “falha” em testes de certificação em campo e os efeitos da variação do comprimento no desempenho do canal de transmissão.
Parte 5
Nas edições anteriores de Interface revisamos os modelos de testes de certificação de canais e enlaces permanentes em cabeamento estruturado, os fatores que afetam o comprimento de um canal de transmissão e começamos por uma breve análise do quão significativa é a atenuação de um canal para a transmissão de sinais. Também discutimos a importância do material do dielétrico e como isto afeta o desempenho de transmissão dos cabos de telecomunicações, avaliamos alguns exemplos de material dielétrico e as respostas de velocidade de propagação e NVP –Velocidade Nominal de Propagação
Esta seção se propõe a analisar tópicos de cabeamento estruturado, incluindo normas, produtos, aspectos de projeto e execução. Os leitores podem enviar suas dúvidas para Redação de RTI, e-mail: inforti@arandanet.com.br.
dos cabos e revisamos a impedância característica e seu comportamento em cabos balanceados e alguns exemplos de modelos de linhas de transmissão, com base em arranjos R, L, G e C. Na edição passada ( RTI agosto de 2025, no 303), analisamos o comportamento da resistência do condutor em corrente contínua (frequência zero), como a temperatura afeta esse parâmetro, assim como a variação da frequência (resistência em corrente alternada).
Nesta edição de Interface vamos discutir o comportamento do atraso de transmissão, do atraso de propagação e do desvio do atraso de propagação (delay skew), parâmetros diretamente relacionados ao comprimento de um canal de transmissão.
Atraso de transmissão (transmission delay)
O atraso de transmissão (transmission delay) é uma especificação da aplicação definida como a relação entre o tamanho do frame (ou packet size) e a taxa de transmissão da aplicação em um determinado canal, conforme mostrado na equação 1.
(1)
Sendo:
• Atraso transmissão: tempo necessário para a transmissão de todos os bits de um frame por meio do canal, em s (segundos).
• Tamanhoframe : tamanho de um frame (packet size), conforme o protocolo da aplicação, em bits.
• Taxa de transmissão aplicação : velocidade da aplicação em b/s (bits por segundo).
Para exemplificar, a aplicação 100Base-TX, cujo frame varia entre 64 e 1522 bytes (conjunto de 8 bits, nominal), terá atrasos de propagação entre 5,12 μs e 121,76 μs.
Atraso transmissão = 64 8 100 106 = 5,12
Atraso transmissão = 1522 8 100 106 =121,76 μs μs
Da mesma forma, a aplicação 1000Base-T (Gigabit Ethernet) terá atrasos de propagação entre 0,51 μs (512 ns) e 12,17 μs (12176 ns). É de se esperar que uma aplicação que opera a uma velocidade mais alta transmita em tempo menor em relação a outra de velocidade mais baixa. Em outras palavras, viajar a uma velocidade mais alta leva menos tempo.
Os exemplos apresentados aqui são teóricos. Na prática, esses tempos são maiores. De qualquer maneira, o que interessa no
Fig. 1 - Velocidade de propagação de um sinal por um canal de transmissão
momento é entender o conceito de transmission delay e que se trata de uma especificação da aplicação; não do meio físico. Portanto, esse conceito não pode ser confundido com atraso de propagação (propagation delay ). O tempo de propagação de um frame (em segundos) é pouco significativo por si só, pois o tempo efetivo de propagação de um sinal elétrico por um determinado meio físico será determinado pelas características do meio. Em outras
rede (em bits por segundo). Note que, quanto maior a extensão de um canal de transmissão, maior será seu atraso de propagação. Portanto, aumentar o comprimento de um canal balanceado pode não ser uma boa ideia para aplicações de altas velocidades.
Mais importante que o transmission delay característico de uma determinada aplicação é o seu time-out, que é o atraso máximo de um sinal tolerado pelo receptor para que um ciclo de
2 - Representação do atraso de propagação e desvio de atraso de propagação em cabos balanceados de quatro pares
palavras, se o meio limitar uma transmissão em 350 ns, não importa se a aplicação pode operar em um tempo menor. A limitação está no meio de transmissão. Por esse
transmissão seja concluído adequadamente. Em outras palavras, esse é o tempo de espera máxima do receptor. Se a informação codificada no sinal elétrico não for recebida, um erro
Tab. I - Velocidade e atraso de propagação para canais balanceados
NVPVelocidade de propagação (em m/s)Atraso de propagação (ns) Canal com 100 m de comprimento
58%200 .106
67%201106
70%210 .106
72%21610
motivo, avaliamos a transmissão em um sistema de comunicação digital em b/s e não em m/s (metros por segundo). O que nos interessa nesse contexto é a quantidade de informação que podemos transmitir em um ciclo e a que taxa de transferência essa informação viaja na
de time-out será gerado e um novo ciclo de transmissão será iniciado. Essa característica da aplicação é mais crítica em sistemas que operam em modo full-duplex , no qual a informação é dividida em blocos e cada bloco é transmitido por um canal (ou par do cabo balanceado) no sistema de
comunicação. O time-out de uma aplicação varia em função de diversos fatores.
Como veremos a seguir, o meio físico também apresenta limitações em termos de tempos de propagação de sinais elétricos, referidos como atraso de propagação e desvio de atraso de propagação ( delay skew ). O delay skew é o parâmetro crítico que limita o comprimento de um canal de transmissão relacionado ao time-out de aplicações em redes de dados.
Atraso de propagação (propagation delay)
O atraso de propagação é uma especificação do meio físico (canal de transmissão) e expressa o tempo, em segundos (microssegundos, nanossegundos, etc.) que um sinal leva para se propagar entre um transmissor e um receptor por meio do canal.
Esse termo está associado à velocidade de propagação do sinal pelo meio físico, que é exatamente o que o nome sugere, ou seja, a velocidade (em metros por segundo) com a qual um sinal se propaga entre um transmissor (Tx) e um receptor (Rx), conforme esquematizado na figura 1.
O conceito ilustrado na figura 1 é a propagação de uma forma de onda com um nível de tensão (sinal), que pode ter um mecanismo de codificação digital (situação mais comum na prática), por meio de um canal de comprimento ( / ) em um intervalo de tempo ( Δ t ) expressa, portanto, em metros por segundo (m/s).
Em cabos metálicos, a velocidade de propagação de sinais elétricos é dada em relação à velocidade de propagação da luz no vácuo, referida como NVP. A NVP é uma especificação do cabo, expressa como, por exemplo, 67%, 70%, 72%, etc. (da velocidade da luz no vácuo). Esse parâmetro pode ser medido em campo. Para mais detalhes sobre velocidade e atraso de propagação, ver o meu artigo
Fig.
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Tab. II - Atraso de propagação para canais balanceados. Fonte: derivada da ISO/IEC 11801-1 para canais de no máximo 100 m
Frequência Atraso de propagação máximo (ns) (MHz)Classe/Categoria D/5eE/6E A/6AF/7F A /7A
Entendendo a Velocidade e o Atraso de Propagação de Sinais em Cabos Metálicos ( RTI agosto de 2022, edição no 267).
Aqui está o fator limitante de comprimento mais importante no que diz respeito à propagação de sinais. Note que a NVP determina a velocidade máxima de propagação de um sinal elétrico por um determinado meio físico que, por sua vez, terá um tempo de propagação correspondente. A tabela I mostra algumas relações entre a velocidade de propagação do sinal e o atraso de propagação para a
configuração de canal, ou seja, com 100 metros de comprimento.
Os valores da tabela I foram calculados com base em exemplos de valores de NVP de cabos balanceados na frequência máxima da categoria de desempenho correspondente. A tabela II mostra
os valores máximos de atraso de propagação para a configuração de canal, para as frequências máximas da classe de aplicação e categoria de desempenho do cabeamento, especificados nas normas ISO/IEC 11801-1 - Information Technology – Generic Cabling for Customer Premises – Part 1: General Requirements e NBR 14565 - Cabeamento Estruturado para Edifícios Comerciais.
Tab. III - Delay skew para a configuração de canal
Classe Frequência Delay skew para a (em MHz) configuração de canal
D1 ≤ ƒ ≤ 50050ns
E1 ≤ ƒ ≤ 50050ns
E A1 ≤ ƒ ≤ 50050ns
F1 ≤ ƒ ≤ 60030ns
FA1 ≤ ƒ ≤ 100030ns
As perdas no dielétrico dos cabos balanceados também afetam suas características de propagação e, portanto, algum efeito no atraso de propagação e delay skew são esperados. No entanto, os materiais dielétricos não magnéticos utilizados em cabos balanceados são menos suscetíveis a essas perdas, especialmente em altas frequências.
Desvio de atraso de propagação (delay skew)
Um ciclo de transmissão (propagação de um sinal
entre um transmissor e um receptor) deve acontecer dentro de um intervalo de tempo predeterminado por uma aplicação em rede. Por esse mesmo motivo, em sistemas de comunicação digital nos quais uma informação é dividida em blocos e transmitida simultaneamente (em um mesmo ciclo de transmissão) por pares diferentes em um canal balanceado de quatro pares, a diferença entre os atrasos de propagação do par “mais rápido” e “mais lento” é de extrema importância. Essa diferença é referida como desvio de atraso de propagação (delay skew). Seu controle é importante, pois quando o primeiro bloco de informação chega ao receptor, começa a contagem do tempo durante o qual todos os outros blocos precisam chegar para completar o ciclo de transmissão. Caso contrário, um erro será gerado e um novo ciclo será iniciado. A figura 2 mostra uma representação do atraso de propagação e do delay skew em cabos balanceados de quatro pares.
O desvio de atraso de propagação é inerente ao cabo balanceado por
seus pares terem comprimentos diferentes devido às diferenças nos passos de torção entre os pares. Há pares mais trançados que outros em um mesmo cabo balanceado de quatro pares, portanto, os pares com passos de torção mais próximos são mais longos que aqueles com passos de torção mais afastados. Dessa forma, um sinal leva menos tempo para percorrer o par mais curto e, consequentemente, mais tempo para percorrer o par mais longo.
As normas de cabeamento estruturado especificam tanto o atraso de propagação (ver tabela II) quanto o desvio de atraso de propagação para as configurações de testes de enlace permanente e canal.
A tabela III mostra alguns valores de delay skew para a configuração de canal em função da classe do cabeamento.
Portanto, os desvios de atraso de propagação máximos para canais balanceados são 50 ns para as categorias 5 a 6A e 30 ns para 7 e 7A. Em termos de atraso de propagação, esses são os valores mais relevantes na determinação do
limite de comprimento de um canal balanceado, além de serem diferentes para a configuração de enlace permanente.
Na próxima edição de Interface concluiremos a discussão iniciada na RTI maio de 2025 e entenderemos o que realmente significa o comprimento não ser um critério de “passa” ou “falha” em um teste de certificação de cabeamento e, mais importante, que isso não significa que o comprimento não seja relevante ou que não tenha limites bem determinados nas normas
NBR 14565 e ISO/IEC 11801-1.
Paulo Marin é engenheiro eletricista, doutor em interferência eletromagnética aplicada à infraestrutura de TI e telecomunicações e mestre em propagação de sinais. Marin é membro sênior do IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineers, consultor, palestrante, coordenador da ABNT/Cobei e autor de livros técnicos.
Hermano do Amaral Pinto Júnior, Diretor Corporativo de Relações Institucionais da Informa
Markets Latam (organizadora do Futurecom)
Data centers e conectividade inteligente: os desafios que o Brasil precisa superar
O mercado global de data centers está em forte expansão, impulsionado pela transformação digital, o crescimento da computação em nuvem, a expansão da IoT - Internet das Coisas, a exigência por maior segurança cibernética e a popularização da IA - Inteligência Artificial.
Em seu mais recente estudo, a Markets & Markets dimensionou o mercado em 2025 em US$ 448,95 bilhões, atingindo cerca de US$ 1,10 trilhão em 2030, a uma incrível taxa de CAGR - Crescimento
Anual Composta de 19,7%.
Segundo a Mordor Intelligence, o tamanho do mercado brasileiro de data centers foi estimado em 0,74 GW em 2024, e deverá atingir 1,21 GW até 2029, crescendo a um CAGR de 10,17% durante o período de previsão (2024-2029). Entretanto, em recente evento com investidores do setor, foi apresentada uma capacidade de TI operacional instalada no Brasil muito maior (1,2 GW), que se somaria aos 260 MW atualmente em construção. Independentemente dos números, o país avançou de forma expressiva em diversos aspectos tecnológicos, mas ainda enfrenta obstáculos significativos quando o tema é licenciamento e tributos.
A recente disputa em Fortaleza, CE, sobre a instalação de uma usina de dessalinização de água na Praia do Futuro, cuja vibração poderia afetar significativamente os data centers ali
Esta seção aborda aspectos tecnológicos das comunicações corporativas, em especial redes locais, mas incluindo também redes de acesso e WANs. Os leitores podem enviar suas dúvidas para Redação de RTI, e-mail: inforti@arandanet.com.br.
localizados, responsáveis pelas conexões internacionais, evidenciou como o planejamento urbano e de infraestrutura básica precisa de um olhar renovado e atento para assegurar a implantação, operação e conectividade dos centros de dados.
Mais do que um desafio tecnológico, vivemos presos a um modelo ultrapassado de conceber, planejar e executar infraestrutura. No Brasil, as redes de telecomunicações foram historicamente concebidas para atender ao “serviço público de voz”, priorizando a massificação do acesso, mas sem oferecer a mesma atenção à sofisticação e à especialização exigidas por setores estratégicos e aplicações críticas, como a operação de data centers de alta capacidade.
O Brasil reúne vantagens competitivas inegáveis para sediar grandes data centers. Entre os destaques estão a energia de geração barata e majoritariamente limpa, a estabilidade geofísica, sem terremotos, vulcões ou furacões, o que reduz riscos físicos para grandes instalações, e um extenso litoral, que viabiliza conexões robustas por cabos submarinos e baixa latência com Estados Unidos, Europa e África. Não por acaso, o país concentra mais de 40% da capacidade de data centers de toda a América Latina.
Por outro lado, o país carrega gargalos que comprometem a competitividade. Entraves regulatórios, regramento tributário descolado da realidade dos serviços de dados, sobreposição de burocracias, insegurança jurídica, ausência de planejamento integrado para obras públicas e deficiências na malha de conectividade terrestre ainda são realidade. É comum, por exemplo, que redes de fibra óptica sejam instaladas de forma desorganizada em postes e calçadas, criando o que especialistas chamam de “florestas de cabos”. A falta de padronização e de cumprimento de normas, aliada à pressão para reduzir
custos, gera um ambiente de infraestrutura improvisada, incompatível com os padrões de confiabilidade exigidos por data centers e serviços de missão crítica. Durante décadas, operadoras e provedores trataram a conectividade como atividade-fim, ou seja, o produto era “vender banda”. Hoje, a lógica mudou. A conectividade deve ser entendida como alavanca para novos empreendimentos, o que demanda modelos de negócio inovadores, compartilhamento de riscos e soluções personalizadas. No exterior, operadoras já adotam formatos em que não apenas vendem o serviço, mas se tornam sócias dos projetos dos clientes, participando dos ganhos de eficiência obtidos pela conectividade. No Brasil, essa mentalidade ainda engatinha. O modelo tradicional de “serviço empacotado” restringe a inovação e mantém a monetização do 5G, e do futuro 6G, muito aquém do seu potencial.
O Brasil figura entre os países com maior rede de fibra óptica do mundo. Segundo a OCDEOrganização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, 75,6% das conexões fixas utilizam fibra, quase o dobro da média global (44,6%). A penetração residencial se aproxima de 50%, superando inclusive os Estados Unidos, que ainda não atingiram 30%. Essa conquista, no entanto, revela um paradoxo: construímos uma rede moderna, mas marcada por baixo poder aquisitivo e pouca padronização de uso. Muitos consumidores contratam pacotes de “1 Gbit/s” e não usufruem de nem metade dessa velocidade, seja por ausência de roteadores adequados, rede interna estruturada ou suporte técnico especializado. Trata-se de um mercado promissor de serviços agregados, como instalação, manutenção e consultoria em rede doméstica, que ainda não foi devidamente explorado.
Outro grande desafio é a falta de planejamento integrado entre obras de infraestrutura. Estradas, viadutos e vias urbanas são construídos ou reformados sem prever galerias para cabeamento elétrico, de telecomunicações, gás ou água. Com isso, a cada nova demanda, o pavimento é quebrado, abrem-se buracos e a obra precisa ser refeita, um desperdício que custa bilhões. Em países como Alemanha, Coreia e França, esse planejamento é tratado como política de Estado. No Brasil, prevalecem modelos fragmentados, em que cada concessionária ou prefeitura decide isoladamente, perpetuando um ciclo de obras intermináveis e custos crescentes para toda a cadeia. Mesmo em vias concessionadas, a integração de serviços viários a redes de comunicação ou energia ainda enfrenta grandes barreiras.
A legislação brasileira muitas vezes trata dados como “serviços de telecomunicações tradicionais”, aplicando tributações que podem chegar a 40%, inviáveis para projetos de data centers e hiperconectividade. Iniciativas para criar “zonas de
exportação de dados” ou adotar regimes tributários diferenciados avançam lentamente, enquanto leis modernas frequentemente sofrem com os famosos “jabutis”, emendas que distorcem seus objetivos originais. Esse cenário gera insegurança jurídica e afasta investidores, que acabam optando por mercados mais previsíveis. No universo dos dados, o Brasil integra uma dinâmica global que precisa estar sempre no centro da formulação de leis e regulamentações para o setor. Apesar dos desafios, o cenário não é pessimista. O Brasil está mais conectado do que nunca. Segundo o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 89,1% da população acima de 10 anos utiliza a Internet, e 93,6% dos domicílios já têm acesso. O próximo passo é transformar essa base em conectividade significativa e inteligente. Para isso, será essencial adotar medidas estruturais como planejamento integrado de infraestrutura, modelos de negócio inovadores com parcerias de risco e revenue share, padronização e fiscalização de cabeamento e instalações,
além de regulação mais ágil e tributação adequada para data centers e serviços de transações com dados. Mais importante ainda, será necessário promover uma verdadeira cultura de qualidade, abandonando a lógica do “cortar custo a qualquer preço” e investindo em mão de obra e materiais qualificados. O Brasil reúne condições naturais e técnicas únicas para se tornar um hub de data centers e conectividade inteligente no Hemisfério Sul. Para alcançar esse potencial, é necessário mudar a mentalidade, os modelos de negócio e a forma de conceber infraestrutura, tendo em vista a complexidade e diversidade dos serviços a serem prestados. Se continuarmos a olhar para o futuro com as lentes do passado, permaneceremos presos a um modelo esgotado. Porém, ao transformarmos a conectividade em habilitadora de negócios, com planejamento, qualidade e inovação, poderemos não apenas superar os gargalos internos, mas também assumir uma posição de destaque global na economia digital.
IA e o aperfeiçoamento da engenharia social
Há alguns erros recorrentes na indústria da segurança digital. Um é esquecer o passado, e outro é supervalorizar novas tecnologias. Quando aplicados em conjunto, costumam causar desastres.
Outro dia, conversando com um colega, ele me contou sobre profissionais que afirmam não ser mais necessário o uso de sandbox para análisar se arquivos ou URLs inseridas em mensagens de correio eletrônico ou instantâneas (chats) são maliciosos pois a IA – Inteligência Artificial preditiva seria capaz de detectar ambos. Tal afirmação é assustadora e perigosa. Até hoje nenhuma nova ferramenta de segurança suplantou, ou tornou obsoleta, uma tecnologia anterior. No máximo a plataforma ou sistema protegido deixou de ser usado e a camada de proteção deixou de evoluir junto. Porém, as exigências de compatibilidade fazem com que mesmo técnicas de ataque antigas continuem a funcionar em alguns casos. Tampouco podemos crer que técnicas antigas de ataques que caíram em desuso nunca mais serão adotadas.
E aqui chegamos a uma técnica que nunca chegou realmente a ser deixada de lado, mas que vem recebendo um acréscimo de força há alguns anos: a engenharia social, agora apoiada pela IA. O alerta ocorreu em fevereiro do ano passado, com a fraude de US$ 25 milhões em Hong Kong, quando um funcionário do departamento financeiro foi convencido a transferir o montante após participar de uma chamada de vídeo criada por IA, que simulava diversos funcionários, entre eles o vice-presidente de finanças. A fraude foi noticiada por muitos veículos de imprensa e foi tema de um artigo do Fórum Econômico Mundial no último trimestre do ano passado, publicado no site do órgão em https://abrir.link/RoJaz.
Há muitas maneiras de fraudadores usarem a IA para enganar suas vítimas,
e de formas não tão sofisticadas quanto a falsa reunião em Hong Kong. A principal é na edição de mensagens, tanto na forma como no texto, que possam reproduzir com exatidão uma mensagem de correio eletrônico que seria escrita por um executivo de uma empresa, um fornecedor ou um parceiro de negócios. Tais golpes, chamados de BEC - Business E-mail Compromise, em português comprometimento de e-mail corporativo, sempre foram feitos, mas a IA generativa possibilitou uma sofisticação antes impossível. O primeiro é na coleta de fontes de informação, um trabalho árduo para um ser humano, mas bem rápido para agentes de IA. A segunda parte é ainda mais complexa para nós: extrair das fontes um padrão que reproduza com exatidão a maneira como o remetente redige o e-mail, assim como toda a formatação, para enganar quem for recebê-lo. Estamos falando de correio eletrônico, mas o processo é válido para qualquer plataforma de troca de mensagens. Os criminosos podem variar de um BEC, que consiste em encaminhar uma mensagem contendo um boleto falso ou que os dados de pagamento mudaram, para um spear-phishing, um ataque por mensagem personalizada, e com objetivos que podem variar desde o roubo de credenciais e dados até a instalação de um malware.
O risco derivado dessa combinação, apesar de já ser altíssimo, aumenta ainda mais com as vulnerabilidades e particularidades dos nossos ambientes. Por características me refiro a espaços nos quais o compartilhamento é inerente à sua função. É o caso dos sites dos tribunais de justiça, em que os processos são públicos. É um golpe conhecido em que os fraudadores acessam dados de processos e se passam por advogados para conseguir dinheiro das vítimas. Mas a IA está sendo usada para tornar o golpe ainda mais crível. Um método é a criação de deepfakes manipulando vídeos de advogados conhecidos que fazem vídeos nas redes. Outro é a elaboração de documentos jurídicos falsos quase perfeitos. Tudo para ludibriar a vítima a fazer um depósito.
Mas há também as vulnerabilidades. A Wired revelou em julho uma brecha absurda de um sistema de recrutamento baseado em IA. Pesquisadores conseguiram acessar dados de milhares de candidatos de um dos clientes da empresa, simplesmente digitando “administrador” e a senha “123456”. A falha, além de transgredir a LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados, ou a GDPR – General Data Protection Regulation no caso, já que ocorreu no exterior, permitia a confecção de golpes contra os candidatos, com os fraudadores se passando por recrutadores, e com detalhes que facilmente convenceriam a vítima de que estaria falando realmente com um representante da empresa. A notícia completa está disponível em https://abrir.link/Cvkgo.
O crescimento das ferramentas de IA representa provavelmente o maior desafio da segurança da informação em sua história. Engenharia social incrivelmente realista, códigos de malware cada vez mais sofisticados e desenvolvidos com mínimo esforço, técnicas de ofuscação aperfeiçoadas. A reação da indústria reside também na ampla utilização de IA, mas pode não ser suficiente. O documento do Fórum Econômico Mundial considera rever os frameworks de segurança existentes e reavaliar o que existe hoje e sua eficiência contra ataques baseados em IA. Por fim, cita a necessidade de novas tecnologias. Não como evolução das atuais, mas soluções completamente novas, até fora dos padrões atuais. Requereria também maior integração internacional e dos governos, algo extremamente difícil nos tempos atuais, em que governos estão competindo unicamente pela IA e não pela segurança de um mundo regido por ela.
Marcelo Bezerra é especialista em segurança da informação, escritor e palestrante internacional. Atua há mais de 30 anos na área, com experiência em diferentes áreas de segurança cibernética. No momento, ocupa o cargo de Gerente Sênior de Engenharia de Segurança na Proofpoint. Email: marcelo.alonso.bezerra@gmail.com.
PRODUTOS
Gabinete outdoor
O gabinete outdoor piso da linha W60 apresenta ventilação forçada com filtro de partículas e ventiladores
bivolt. Equipada com ar condicionado de 1300 W com sistema free cooling de ventilação de emergência, a solução é compatível com equipamentos padrão 19”. Fabricado pela D2W. Site: www.d2w.ind.br.
Gerenciamento de cabos
O CableGuide 360 , da CommScope, faz parte do portfólio SYSTIMAX 2.0 e foi projetado para proteger a infraestrutura de cabeamento de cobre e fibra óptica com instalação simplificada que
acelera e densifica as implementações. À medida que inclusões e alterações na rede se tornam mais difíceis, esta solução oferece proteção aos cabos, suporte no gerenciamento e proteção de aplicações de patching (interligação) verticais e horizontais. Disponível nas cores branca, prata e preta em larguras e alturas variáveis. Site: www.commscope.com/systimax.
Serviços de rede
A JM:Network oferece diversos serviços focados em redes, como VoIP, monitoramento, IPv6, virtualização e backup de servidores. Site: https:// jmnetwork.solutions/.
Conector
Comercializado pela D’Conec, o conector Click A Plus apresenta tempo de operação de
aproximadamente 50 s e pode ser aplicável em redes FTTH internas e externas. Acompanha guia de inserção e gabarito de 25 mm. Site: https:// dconectelecom.com.br/.
Rede privativa 5G
A Deutsche Telekom Global Business Solutions passou a comercializar no Brasil o 5G Box to Go, rede celular privativa in a box Dessa forma, é possível testar os benefícios de uma
rede privativa, prototipar e aplicar soluções e equipamentos que demandam conectividade para experimentar e validar os benefícios da tecnologia 4G e 5G. A solução pode ser usada na indústria ou em laboratórios de tecnologia para realizar aplicações de missão crítica industrial, mobilidade e estimular a validação de novas tecnologias da Indústria 4.0. Site: www.telekom.com.br.
Monitoramento de UPS
A Engetron disponibilizou novas funcionalidades para o aplicativo Engetron IoT. Com a atualização, é possível visualizar novos gráficos históricos que mostram importantes indicadores relacionados à entrada e saída de energia dos UPS, como tensão,
corrente elétrica, frequência da rede e potência aparente. Outra novidade é a medição em kWh, que indica o consumo real de energia ao longo do tempo. Essa informação é fundamental para que as empresas possam controlar seus custos de energia, planejar melhorias na eficiência energética e tomar decisões mais estratégicas na gestão de seus recursos. Site: www.engetron.com.br.
Rack torre
O rack torre de 44U da Nilko apresenta largura de 790 mm, altura total de 2304 mm e capacidade máxima de carga de
1 tonelada. Com 19”, sua estrutura é composta por chapa pré-zincada, com uma base reforçada para fixação no piso. Além disso, apresenta aberturas nas colunas laterais e no teto para a passagem de cabos, facilitando a organização. Site: https:// nilko.com.br/cabines/.
União para subdutos
A união para subdutos da Polierg é fabricada em
PP – Polipropileno e é voltada para conexões de telecomunicações. Disponível nas versões de 32 ou 40 mm. Site: www.polierg.com.br.
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Promoção e Organização
Anatel lançou a 5ª edição do Guia das Obrigações das Prestadoras de Telecomunicações de Pequeno Porte (PPPs), atualizado em julho de 2025. O documento visa orientar as PPPs sobre suas responsabilidades regulatórias e operacionais, garantindo maior segurança jurídica e inclusão digital em regiões menos atendidas. Entre as novidades, destaca-se o Plano de Ação para Regularização da Banda Larga Fixa, que suspendeu a dispensa de outorga para o SCM - Serviço de Comunicação Multimídia, exigindo que as empresas se regularizem até 28 de outubro de 2025. A publicação também aborda obrigações gerais, como licenciamento de estações, envio de dados setoriais e pagamento de fundos (Fust, Funttel e Fistel). Além disso, detalha direitos e deveres dos consumidores, segurança cibernética e acessibilidade. Com 42 páginas, a publicação está disponível no site: https://abrir.link/JIFBr.
(finanças e operações), uma estrutura operacional e prática cultural que maximiza o valor de negócio da nuvem, possibilita decisões rápidas baseadas em dados, por meio da colaboração entre as equipes de engenharia, finanças e negócios. Pelo sexto ano consecutivo, a eficiência/redução de custos é a principal métrica para avaliar o progresso em relação aos objetivos de nuvem, aumentando de 65% para 87% em comparação ao ano anterior. O número de cargas de trabalho migradas, como métrica, também teve um aumento significativo em comparação ao ano passado (de 36% para 78%), e a evasão de custos teve um grande salto (de 28% para 64%). A disputa pela posição de melhor provedor de nuvem está entre AWS e Azure. Na terceira posição está Google Cloud Platform, mas com uma distância ainda considerável. O relatório aponta que mais médias empresas dependem da AWS, e que o Azure detém uma ligeira vantagem entre as grandes empresas. Com 66 páginas, o estudo pode ser acessado pelo site: https://abrir.link/ddnlB.
obra Blockchain e Tecnologia. O livro reúne os fundamentos essenciais do blockchain, reflexões, aprendizados e experiências dos autores e alguns resultados gerados por meio de pesquisas e projetos conduzidos pelo instituto desde a sua fundação. A publicação é fruto de um ecossistema ativo e diverso, que conecta mais de 60 autores entre especialistas, educadores, gestores públicos, empreendedores e desenvolvedores. O leitor encontrará discussões sobre a origem do Bitcoin, contratos inteligentes, interoperabilidade, privacidade, identidade digital e outros assuntos ligados a soluções descentralizadas. Editora Brasport (https://abrir.link/cJOmN), 234 páginas.
ublicado pela SC Clouds e distribuído no Brasil em parceria com a AbraCloud, o relatório 2025 State of the Cloud revela um cenário dinâmico e em transformação no uso da computação em nuvem: mais empresas estão utilizando FinOps
o celebrar seis anos de atuação, o iCoLab, instituto independente e colaborativo do Brasil dedicado à pesquisa, educação e consultoria sobre blockchain e web3 para empresas e governos, disponibilizou a
CERT.br, em parceria com o NIC.br, publicou o guia Ransomware: Como se Proteger Dividido em quatro partes (como acontece, como se proteger, como detectar e como responder), o documento com seis páginas está disponível em diversos formatos pelo site: https://abrir.link/xYalC.
Construcap ..............4 e 5 D2W..............................58
DrayTek .........................10
Evandro Varonil, Coordenador do Eixo de Internet e Infraestrutura da Abrint
Principais KPIs para provedores de Internet: um guia estratégico
No competitivo mercado de telecomunicações, medir o desempenho é essencial para assegurar qualidade de serviço, satisfação do cliente e sustentabilidade financeira. Para os provedores de Internet, os KPIs - Key Performance Indicators funcionam como ferramentas estratégicas que permitem acompanhar resultados, identificar gargalos e planejar melhorias de forma objetiva.
Sem indicadores claros, torna-se mais difícil localizar falhas e corrigi-las com agilidade, comprometendo tanto a operação quanto a experiência do usuário. Por isso, a Abrint selecionou os principais KPIs que todo provedor deve monitorar:
• Velocidade média de conexão – A velocidade real percebida pelo usuário é um dos indicadores mais críticos. É preciso acompanhar tanto o download quanto o upload, garantindo que os níveis contratados estejam sendo entregues. Esse KPI impacta diretamente a satisfação do usuário e a competitividade da empresa.
• Taxa de churn - Mede quantos clientes cancelam o serviço em um determinado período. O indicador reflete o nível de fidelização e permite avaliar a eficácia das estratégias de retenção. O cálculo é simples: basta dividir o número de cancelamentos pelo total de clientes no início do período.
Esta seção aborda aspectos técnicos, regulatórios e comerciais do mercado de provedores de Internet. Os artigos são escritos por profissionais do setor e não necessariamente refletem a opinião da RTI
• Custo de aquisição de cliente e LTV - Lifetime Value – Este KPI calcula quanto custa conquistar um novo cliente, incluindo marketing e vendas. Para calcular o CAC –Custo de Aquisição de Cliente, basta dividir a soma dos investimentos para adquirir um cliente pelo número de novos usuários conquistados em um determinado período. Combinado com o LTV, ajuda a medir a rentabilidade e a sustentabilidade do negócio. O LTV estima o valor total gerado, em média, por cada cliente conquistado durante todo o tempo em que permanece com o provedor. Quando o CAC é maior que o LTV, o negócio opera de forma insustentável, já que os usuários não geram receita suficiente para compensar o investimento em aquisição. O equilíbrio entre esses indicadores é fundamental para a saúde financeira.
• Capacidade de banda e utilização da rede – Monitorar a utilização da infraestrutura é essencial para evitar saturação da rede. Esse KPI orienta o planejamento de expansões e investimentos, garantindo que o provedor suporte o aumento de tráfego sem perda de qualidade.
• Tíquete médio – Apresenta quanto, em média, cada usuário paga pelos serviços contratados. Para calcular, basta dividir a receita total pelo número de clientes. O acompanhamento do tíquete médio auxilia a identificar oportunidades de novos pacotes, promoções ou estratégias de upsell
• Taxa de resolução no primeiro contato – O FCR – First Call Resolution indica a porcentagem de problemas resolvidos na primeira interação com o cliente. Um FCR elevado está associado à satisfação e eficiência do atendimento.
• Índice de satisfação do cliente –Pesquisas de satisfação como CSAT – Customer Satisfaction ou NPS – Net Promoter Score ajudam a
entender a percepção do usuário sobre a qualidade do serviço e a propensão a recomendar o provedor.
• Tempo médio de reparo – O MTTR – Mean Time to Repair analisa quanto tempo, em média, leva para uma falha ou interrupção na rede ser resolvida. Quanto menor, mais eficiente é a operação de manutenção e suporte técnico.
Para provedores de Internet, acompanhar KPIs não é apenas uma boa prática, e sim uma exigência para garantir eficiência operacional, qualidade de serviço e decisões estratégicas baseadas em dados. Cada indicador oferece uma visão específica do negócio e, em conjunto, possibilitam uma gestão equilibrada entre desempenho técnico, experiência do cliente e viabilidade financeira.
O monitoramento regular dos KPIs permite identificar problemas rapidamente, antecipar demandas e aprimorar a experiência do usuário, mantendo a empresa competitiva em um mercado cada vez mais exigente. É essencial que esses indicadores sejam integrados a uma gestão estratégica. Métricas, por si só, apenas apontam problemas. Para gerar valor, precisam orientar mudanças de rotina, investimentos e melhorias contínuas. O uso de ferramentas de BI - Business Intelligence potencializa esse processo, cruzando dados de diferentes áreas e oferecendo ao gestor uma visão aprofundada do negócio para criar planos de ação mais assertivos.
Varonil é
Internet e Infraestrutura
do
Ocupa também o cargo de vice-presidente do LACNIC - Registro de Endereços da Internet para América Latina e Caribe. Com mais de 30 anos de experiência no setor de Internet e telecomunicações, já atuou como diretor em diversos provedores regionais no Brasil.
Evandro
Coordenador
Eixo de
da Abrint.
VáalémdogerenciamentodainfraestruturadoDataCenter
A gestão eficaz de um Data Center vai além de apenas monitorar recursos como energia, espaço e refrigeração. É preciso obter significativos para otimizar o e embasar insights desempenho decisões estratégicas, operação contínua garantindo uma e permitindo níveis inéditos de eficiência.
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