Hydro - Julho | Agosto - 2022

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Hydro • Julho/Agosto 2022

Sumário

www.arandanet.com.br/hydro

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Serviço Guia de acionamentos e automação de estações de tratamento O levantamento traz os fornecedores de CLPs, inversores de frequência, IHM – Interface homem-máquina e sistemas supervisórios.

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Especial Estações elevatórias compactas A expansão das redes de coleta e tratamento de esgoto no país tem favorecido a evolução de um novo nicho de mercado: o de estações elevatórias compactas. A reportagem especial traz as principais soluções disponíveis no mercado.

Automação

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Uso de rede neural para dosagem de produtos químicos O artigo apresenta as mudanças aplicadas na ETA Jardim Japão com a implementação do sistema de automação de estações, tecnologia que utiliza IA – Inteligência Artificial para o monitoramento online de diversos parâmetros.

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Serviço Guia de aeradores, compressores e sopradores Esta edição atualizada do guia traz os principais fornecedores dos produtos no Brasil e informações como pressão, vazão e materiais.

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Hidrometria Aplicação de medidores volumétricos e ultrassônicos Os hidrômetros podem ter desempenhos variados, dependendo do fabricante e tecnologia. Este trabalho apresenta um método de análise que permite a identificação, na rede, dos medidores com desgaste e determinar em quais consumidores se aplicam medidores volumétricos ou ultrassônicos.

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Serviço Guia de tubos e conexões Veja onde encontrar os principais fornecedores de tubos e conexões. A pesquisa também inclui as aplicações para sistemas prediais e industriais.

Capa Foto: DepositPhotos

Seções Carta ao leitor..................................04

Índice de anunciantes................57

Notícias................................................06

Publicações.......................................57

Conexão..............................................53

Opinião.................................................58

Produtos.............................................56


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Editorial

Elevatórias compactas ganham mercado no país

A

universalização do setor de saneamento, conforme prevê a Lei 14.026 de 15 de julho de 2020, estabelece levar os serviços de coleta e tratamento de esgoto a 90% da população até 2033. Além dos elevados investimentos para expandir o sistema, há desafios de ordem prática para realizar algumas ligações, como é o caso dos imóveis em soleira negativa, ou seja, com cota inferior à da via pública por onde passa a rede coletora. A situação se complica quando não há possibilidade de estender o ramal pelos terrenos vizinhos para chegar até a tubulação situada em rua adjacente ou quando a divisa do terreno é limítrofe a encostas ou corpos d´água, inviabilizando o atendimento. A instalação de estações elevatórias compactas pode ajudar a resolver essa questão. Como mostra a reportagem especial que começa na página 20, a tecnologia consiste em bombear o esgoto por recalque até a rede coletora. Além da inovação do conceito em si, as estações trazem vantagens como a rápida instalação, uma vez que os sistemas são pré-fabricados e plug and play, fornecidos com reservatórios, bombas, painel de comando e todos os componentes necessários. Um dos fabricantes estima a instalação até 60% mais rápida e custos de operação 40% menores. Uma elevatória de maior porte pode levar até seis meses para ser construída na forma convencional. Uma estação compacta fica pronta para operar em 10 a 15 dias e pode ser montada até mesmo sob o passeio em vias e ruas, evitando custos de desapropriação e reduzindo os transtornos a moradores. Embora sejam adotadas na Europa e EUA há muitos anos, as elevatórias compactas vêm conquistando maior espaço no Brasil mais recentemente. Entre as novidades está o bombeamento em linha, com poço seco, que evita problemas com acúmulo de gases e maus odores no local, e as versões para águas pluviais. Além de atender aplicações de menores vazões, como residências em soleira negativa, as estações são usadas em loteamentos e empresas de saneamento, com bombas de maior capacidade, que precisam cumprir metas de universalização. Com a necessidade de ampliação da rede de esgoto, muitas empresas de saneamento estão optando por conceitos descentralizados. Ou seja, preferem construir microssistemas a investir em redes em regiões distantes. Dois anos após o novo marco legal do saneamento entrar em vigor, as operadoras privadas do setor expandiram sua participação e passaram a atender 46,1 milhões de pessoas com serviços de água e esgotamento sanitário, conforme dados do Panorama da Participação Privada no Saneamento 2022 da ABCON SINDCON. As empresas privadas, que têm metas a cumprir e necessidade de agilidade no atendimento, mostram cada vez mais interesse nesse tipo de solução. Mas as autarquias municipais e concessionárias estaduais também vêm adotando as elevatórias compactas. A própria Sabesp publicou em 2021 a Norma Técnica NTS 331- Sistema de Bombeamento de esgoto de imóvel em soleira negativa, pioneira no setor de saneamento nacional, que estabelece critérios técnicos para essa aplicação. Sandra Mogami – Editora sm@arandaeditora.com.br

ARANDA EDITORA TÉCNICA CULTURAL LTDA. Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memoriam) REDAÇÃO: Diretor: José Rubens Alves de Souza (in memoriam) Jornalista responsável: Sandra Mogami (MTB 21780) Repórter: Fábio Laudonio (MTB 59526) SECRETÁRIA DE REDAÇÃO E PESQUISAS: Milena Venceslau PUBLICIDADE NACIONAL: Gerente comercial: Elcio Siqueira Cavalcanti Contatos: Cibele Tommasini (cibele.tommasini@arandaeditora.com.br) e Rodrigo Lima (rodrigo.lima@arandaeditora.com.br) REPRESENTANTES: Minas Gerais: Oswaldo Christo - Rua Wander Rodrigues de Lima, 82, conj. 503 - 30750-160 - Belo Horizonte - Tel./Fax: (31) 3412-7031 Celular: (31) 99975-7031 - oadc@terra.com.br Paraná e Santa Catarina: Romildo Batista - Rua Carlos Dietzsch, 541, conj. 204 - bl. E - 80330-000 - Curitiba-PR - Tel.: (41) 3501-2489 Cel.: (41) 99728-3060 - romildoparana@gmail.com Rio de Janeiro e interior de São Paulo: Guilherme Carvalho Cel.: (11) 98149-8896 - guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Rio Grande do Sul: Maria José da Silva - Tel.: (11) 2157-0291 Cel.: (11) 98179-9661 - maria.jose@arandaeditora.com.br INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES: China: Mr. Weng Jie - Hangzhou Oversea Advertising Ltd 55-3-703 Guan Lane, Hangzhou, Zhejiang 310003, China Tel.: +86 571-87063843, fax: +1 928-752-6886 (retrievable worldwide) ziac@mail.hz.zj.cn Germany: STROBEL VERLAG GmbH & Co. KG - Mr. Peter Hallmann Zur Feldmühle 9-11 - 59821 Arnsberg Tel.: +49 2931 8900-26, fax: +49 2931 8900-38 p.hallmann@strobel-verlag.de Italy: QUAINI Pubblicità - Ms. Graziella Quaini - Via Meloria 7 - 20148 Milan Tel.: +39 2 39216180, fax: +39 2 39217082 - grquaini@tin.it Japan: Echo Japan Corporation - Mr. Ted Asoshina Grande Maison Room 303, 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073, Japan Tel.: +81-(0)3-3263-5065, fax: +81-(0)3-3234-2064 - aso@echo-japan.co.jp Korea: JES Media International - Mr. Young-Seoh Chinn 2nd Fl., ANA Building, 257-1 Myeongil-Dong, Gangdong-gu Seoul 134-070 Tel.: +82 2 481-3411, fax: +82 2 481-3414 - jesmedia@unitel.co.kr Switzerland: Mr. Rico Dormann, Media Consultant Marketing Moosstrasse 7, CH-8803 Rüschlikon Tel.: + 41 1 720-8550, fax: + 41 1 721-1474 beatrice.bernhard@rdormann.ch Taiwan: WORLDWIDE S Services Co. Ltd. - Mr. Robert Yu 11F-B, No 540, Sec. 1, Wen Hsin Road, Taichung Tel.: +886 4 2325-1784, fax: +886 4 2325-2967 - global@acw.com.tw UK: Mr. Edward J. Kania - Robert G Horsfield International Publishers Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks - Derbyshire SK23 6DA Tel.: +44 1663 750 242, mob.: +44 7974168188 - ekania@btinternet.com USA: Ms. Fabiana Rezak - 2911 Joyce Lane, Merryck, NY 11566 USA Tel.: +(1) 516 476-5568 - arandausa@gmail.com ADMINISTRAÇÃO: Diretor administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr. CIRCULAÇÃO: São Paulo: Clayton Santos Delfino - tel. (11) 3824-5300 e 3824-5250 PROJETO VISUAL GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Helio Bettega Netto ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Talita dos Santos Silva e Vanessa Cristina da Silva SERVIÇOS: Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S.A. Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima

ISSN 1980-2218

Hydro é uma publicação da Aranda Editora Técnica Cultural Ltda. Redação, Publicidade, Administração, Circulação e Correspondência: Alameda Olga, 315 - 01155-900 - São Paulo - SP Brasil Tel. (+55-11) 3824-5300 e 3824-5250 Fax (+55-11) 3666-9585 infohydro@arandanet.com.br - www.arandanet.com.br A revista Hydro é enviada a 12 mil profissionais envolvidos com instalações hidrossanitárias prediais, com o tratamento de água e efluentes em indústrias e complexos de serviços e com sistemas públicos de água e esgoto.



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Notícias H2O Ambiental implanta ETE e ETAR 4.0 em laticínio

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Grupo H2O Ambiental, fabri‑ cante nacional especializada em soluções para saneamento e meio ambiente, com sede em Sorocaba, SP, implantou uma ETE ‑ Estação de Tratamento de Efluentes seguida de uma ETAR 4.0 ‑ Estação de Tratamen‑ to de Água de Reúso (automatizada) na Frutap Alimentos, indústria de la‑ ticínios localizada em Bernardino de Campos, no interior de São Paulo. A Frutap é um dos maiores fabri‑ cantes de fermentados do Estado de São Paulo, com especialidades como iogurtes, bebidas lácteas, leite fermentado e requeijões. Foi fundada em 1984 como um pequeno laticínio e hoje conta com um parque fabril de 13.500 m2 de área construída e 65.700 m² de área total. A ETE tem capacidade de tratar 500 m³/dia e foi totalmente proje‑ tada e construída pelo Grupo H2O Ambiental na modalidade turnkey. “O efluente entra com DBO próximo de 2000 mg/L e sai com DBO inferior a 20 mg/L, ou seja, o sistema atinge uma eficiência de 99%”, diz Antonio Carlos da Silva Sampaio, diretor co‑ mercial do Grupo H2O Ambiental. Antes da obra, o efluente era enviado para a rede da Sabesp, concessioná‑ ria que atende o município. “Hoje vai apenas um excedente mínimo”, diz. A ETE é composta por equalização e correção de PH, seguida de lodos ativados, aeração prolongada de fluxo contínuo com uso de reatores escava‑ dos lonados com cadeia flutuante de ar difuso. “É um sistema de baixo cus‑ to operacional e de fácil manutenção”, afirma Sampaio. O efluente tratado segue para polimento e desinfecção

Vista aérea das estações de tratamento de efluentes e ETAR na Frutap

na ETAR. O projeto contempla ainda uma lagoa final para criação de peixes. “A ideia futuramente é buscar uma finalidade solidária para os peixes, alinhada com a política humanizada e metas de ESG na empresa”, diz. O efluente tratado na ETAR é utiliza‑ do pela prefeitura para abastecer um lago paisagístico em um parque da cidade e para irrigação de taludes do parque e abafar poeira em ruas não pavimentadas e lavagem de pátios. No futuro, há planos de introduzir um sistema de tratamento terciário para reaproveitamento no processo, como caldeiras e torres de resfriamento. Segundo Sampaio, a ETAR é pres‑ surizada com câmara de lodo inde‑ pendente, processo que traz como grande novidade o sistema de auto‑ mação, com conceitos de indústria 4.0 para a dosagem de produtos quí‑ micos, monitoramento do manto de lodo do decantador com uso de tur‑ bidímetro e descarga automatizada, além de controle final de pH, cloro e turbidez. “Esse é um grande diferen‑ cial. A automação facilita a operação e tira do técnico esta função. A retrola‑ vagem é automática conforme os pa‑ râmetros programados previamente no computador”, afirma Sampaio. No final, a câmara de adensamento man‑ da o lodo para desaguamento. O projeto também é usado para tratar e potabilizar água de rio. “Este é um trabalho voltado para a susten‑

Estação de reúso de água: conceitos de indústria 4.0

tabilidade. Por isso, denominamos a estação como ETA Ecológica e Indús‑ tria 4.0, em que a perda de água é zero. Recuperamos a água de retro‑ lavagem para o início do processo e do desaguamento de lodo, evitando muitas vezes a necessidade de emis‑ sário de efluentes”, diz o diretor. To‑ das as leituras ficam registradas no computador, dispensando execução de análises em laboratório com uma frequência tão alta como determina‑ do pela Anvisa, o que reduz o time analítico. Além do desenvolvimento do pro‑ jeto e execução civil e instalações eletromecânica, a H2O Ambiental for‑ neceu os equipamentos produzidos em suas duas fábricas (caldeiraria me‑ tálica e de polipropileno). Para o pro‑ jeto da ETA 4.0, utilizou bombas e ins‑ trumentação da Prominent. Fundado em 2000, o Grupo H2O Ambiental é composto pelas empre‑ sas H2O Ambiental, H2O Equipa‑ mentos e a Construtora Sampa Sa‑ neamento Ambiental, que atuam de forma integrada para o fornecimento de soluções no regime turnkey. “De‑ senvolvemos todas as etapas do pro‑ cesso em saneamento, como concep‑ ção, projeto, construção, instalação, startup, treinamento e operação para os setores público e privado”, afirma Sampaio. H20 Ambiental – Tel. (15) 3232-5619 Site: www.h2oambiental.com.br


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Águas de Manaus melhora indicadores de água e esgoto na cidade

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concessionária privada Águas de Manaus, do grupo Aegea, que assumiu a concessão dos serviços de água e esgoto do município em 2018, investiu cerca de R$ 500 milhões nos quatro anos de atuação e deverá destinar mais R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos. O plano prevê a construção de mais de 300 km de tubulações de esgoto por ano, que se somarão aos 800 km de rede existente. O índice de coleta, hoje de 26%, deve chegar a 45% em 2025 e 80% até 2030. Quando a Aegea assumiu o serviço, em 2018, o atendimento era de 18%. Do volume coletado, 100% é tratado em suas 79 ETEs (algumas são de pequeno porte). As duas principais, como a Timbiras, de 250 L/s, e a Educandos, de 300 L/s, têm capacidade de dobrar a vazão para suportar o aumento de volume previsto. A empresa também pretende instalar na cidade diversas estações compactas de tratamento, que dispensam grandes obras e interceptores, para garantir o rápido atendimento. “Manaus foi a capital do Norte e Nordeste que mais investiu em saneamento e a que mais avançou em água e conexões de esgoto nos últimos três a quatro anos”, diz Renato Medicis, vice-presidente regional da Aegea. Embora a cidade tenha atingido a universalização no serviço de água, com índice de atendimento de 98%, suprida por quatro ETAs (Ponta do Ismael I e II, Ponta das Lajes e Mauazinho), com vazão total de 10 mil L/s, existem ainda questões importantes a serem enfrentadas. Uma delas é o elevado crescimento demográfico. Atualmente com 2,2 milhões de ha-

bitantes, a população de Manaus teve um aumento de mais de 25,5% nos últimos 10 anos, segundo dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Sem infraestrutura adequada, muitos moradores acabaram ocupando áreas informais, como becos, palafitas e rip raps, desprovidas de regularização e, portanto, fora do radar de serviços básicos, como água e esgoto. Para apresentar a iniciativa à comunidade, a Águas de Manaus lançou o programa Afluentes, por meio do qual mantém comunicação direta com cerca de 1000 líderes comunitários, que atuam como interlocutores entre a empresa e os habitantes. “Ouvimos as lideranças de cada área, entendemos as necessidades e adaptamos o que for necessário para prestar um bom serviço. Há vários canais de atendimento e equipes proativas que vão até as pessoas”, diz o diretor-executivo da Águas de Manaus, Diego Dal Magro. Ao chegar nos bairros, as equipes percorrem todas as ruas e fazem o mapeamento das áreas que necessitam de extensões de rede. A concessionária desenvolve um trabalho voltado para levar água tratada até essas regiões, implantando toda a infraestrutura para abastecer locais que nunca contaram com o serviço regular e que passaram décadas sendo abastecidos por ligações clandestinas, deterioradas e com vazamentos. Com o apoio das lideranças, conseguiu instalar mais de 100 quilômetros de rede em cerca de 30 comunidades, seguindo suas próprias dinâmicas e rotinas, que receberam sistemas completos de abastecimento, incluindo a conexão até a área interna da moradia. Em muitas delas, como no Beco Nonato (área de palafita), no bairro Cachoeirinha, antes da chegada da

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As novas redes de abastecimento e hidrômetros foram implantados em nível elevado, longe do contato com o igarapé, sem riscos de contaminação cruzada

rede, os moradores dedicavam parte do dia para buscar água em cacimbas poluídas à beira de igarapés, poços rasos ou depender de tubulações irregulares. Nas regiões alagadas onde estão as palafitas, os encanamentos encontravam-se submersos em áreas enlameadas e poluídas, fazendo com que as famílias tivessem acesso a uma água de péssima qualidade. Sem pressão suficiente, muitas vezes o esgoto invadia a ligação. Tanto as novas redes de abastecimento quanto os hidrômetros foram implantados em nível elevado, longe do contato com o igarapé, sem riscos de contaminação cruzada e com pressão adequada, garantindo que a água tratada chegue às torneiras com qualidade e segurança. “Manaus é referência no Brasil por suas iniciativas e no saneamento demos um passo importante, em como atender essas áreas vulneráveis com soluções de infraestrutura e relação direta com a sociedade. Pela primeira vez, pessoas que antes não recebiam o serviço agora, além de água na torneira, recebem dignidade”, diz Thiago Terada, diretor presidente da Águas de Manaus.


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Notícias Mais de 110 mil moradores já foram beneficiados com a chegada da água tratada em suas residências. Durante o processo de substituição dos chamados “gatos d’água” por conexões regulares, a concessionária realizou também o cadastramento das famílias no programa de tarifa social, que subsidia em 50% as contas de água (cerca de R$ 21 por mês). Atualmente recebem o benefício cerca de 85 mil famílias, número que deverá chegar a 100 mil até julho. “Isso equivale a 20% da população praticamente coberta pela tarifa social, o maior volume de água distribuído do Brasil”, diz Terada. Além dos 20% dos clientes que estão na tarifa social, outros 60% estão na faixa de tarifa mínima. Para auxiliar no pagamento, um outro programa social é o “Vem com a Gente”, criado para resolver entraves, principalmente relacionados à negociação das dívidas do consumidor, facilitando o pagamento das contas de acordo com suas condições financeiras. Com esses mecanismos, a taxa de inadimplência é pequena, da ordem de 10%.

Para a doméstica Laura Elisário, moradora da comunidade Jorge Teixeira, a tarifa é acessível e traz tranquilidade. “Eu gastava mais de R$ 20 por semana só para ter um pouco de água limpa. Com a tarifa social, pago um valor justo e tenho água para todas as minhas atividades na hora que eu preciso”, conta. Depois de implantada a rede, os casos de doenças causadas por veiculação hídrica, como diarreias, foram reduzidos em mais de 40%. As ações de regularização do abastecimento também contribuíram para reduzir os índices de perdas de água tratada. A taxa já foi reduzida em quase 20 pontos percentuais, saindo da casa dos 74,7%, em 2018, para os atuais 57,3%.

permeabilizantes aumentou em 50% o seu faturamento em 2021, processando em torno de 26 mil toneladas de matéria-prima. Para 2022, a previsão é manter o mesmo ritmo de crescimento. Localizada em Guarulhos, SP, em uma área total de 25 mil m², a produção abrange aproximadamente 400 itens, entre emulsões e soluções asfálticas, argamassas, asfalto, produtos de apoio para construção, adesivos, isolantes térmicos, primer, revestimentos para pisos, mantas e fitas asfálticas. A empresa conta com dois laboratórios, um de Pesquisa e Desenvolvimento e outro de

Água de Manaus - Tel. 800 092 0195 Site: www.aguademanaus.com.br

Dryko Impermeabilizantes aumenta receita em 50% em 2021

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á 23 anos atuando no mercado da construção civil, a Dryko Im-

Aplicação de impermeabilização em estrutura de água


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Controle e Qualidade, bem como um centro de logística e distribuição, com estoques permanentes para atender o mercado do segmento técnico e varejo. Com mais de 250 colaboradores e 115 representantes comerciais, a empresa é associada ao IBI Brasil ‑ Instituto Brasi‑ leiro de Impermeabilização e ao Green Building Council Brasil. Segundo o diretor comercial David Bigio, a Dryko Impermeabilizantes ofere‑ ce soluções para reservatórios de efluen‑ tes, estações de tratamento de água, di‑ ques de contenção e demais áreas com agressão química. Para ETAs, o destaque é a linha de poliuretanos, composta pelas membranas Drykopur Tanque e primer para membranas de poliuretano e epóxi. “O primer de base epóxi tem a função de imprimar a superfície, oti‑ mizar a aderência e durabilidade dos

sistemas, além de apresentar resistên‑ cia a pressões hidrostáticas negativas”, diz. Já a membrana impermeabilizante à base de poliuretano Drykopur Tanque forma uma membrana flexível com alto alongamento e resistência a tração. “Apresenta elevada resistência química e suporta as condições atuantes nas ETAs, como produtos químicos, variação de PH e alta carga d’água”, afirma. Segundo o executivo, as linhas têm resistência a diversos produtos químicos para tanques de tratamento de água e não alteram a potabilidade da água. Com alto alongamento, podem ser em‑ pregadas em grandes estruturas, como obras de saneamento. “É um mercado com elevado potencial e que exige sis‑ temas específicos e tecnicamente es‑ tudados para garantir o desempenho e vida útil”, diz.

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Entre os clientes da Dryko no seg‑ mento de água e esgoto estão a Car‑ mona Cabrera Construtora de Obras, ETE Belém do Pará, a Construtora Diamantina Usina Anchieta Indústria e Comércio de Derivados Químicos. Dryko – Tel. (11) 2088-5700 Site: www.dryko.com.br

XXII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas acontece em agosto

A

ABAS – Associação Brasileira de Águas Subterrâneas realizará, en‑ tre os dias 2 a 5 de agosto, o XXII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas no Espaço Arca, em São Paulo. Depois de dois anos, o evento voltará

série

WCR

Estação elevatória compacta

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Notícias a acontecer no formato pre‑ sencial. A expectativa da asso‑ ciação é que o simpósio atraia cerca de 2500 visitantes. “Nos últimos anos, a ABAS enfatizou a relação das águas subterrâneas com outros seg‑ mentos, abordando questões sobre a gestão de recursos hídricos, uso sustentável e aspectos legais”, afirma José Paulo Netto, presidente da ABAS e CEO da Maxiagua. Última edição presencial do Congresso, realizada em 2018 A XXII edição será a pri‑ meira a acontecer após a promulga‑ O congresso terá ainda alguns ção do Novo Marco Regulatório do eventos paralelos, como a Fenágua – Saneamento (Lei. 14.026/2020) e Feira Nacional de Água e o XXIII En‑ a Revisão da Portaria de Padrões de contro Nacional de Perfuradores de Qualidade da Água Potável no Brasil; Poços. Além disso, será concedido du‑ (GM/MS 888), publicada em 4 de rante o evento os prêmios Aldo Rebou‑ maio de 2021. A nova Lei e Portaria ças, destinado a pesquisadores que te‑ garantem o uso legal e sustentável de nham se destacado no setor, e o Águas poços e águas subterrâneas em todo Subterrâneas, concedido a personali‑ o país. O tema central será Águas dade da hidrogeologia nos biênios Subterrâneas: invisível, indivisível e 2017‑2018, 2019‑2020 e 2020‑2021, indispensável, em consonância com todos entregues nesta edição devido as diretrizes propostas pelo relatório aos problemas com a pandemia. da Unesco – Organização das Nações “Os poços têm uma vida útil lon‑ Unidas para a Educação, Ciência e ga e precisam de acompanhamento Cultura, sobre o desenvolvimento dos constante para operarem com maior recursos hídricos em 2022. eficiência e menor custo energético. Já a parte de conferências e debates Para isso, traremos equipamentos e trará temas como cidades e águas sub‑ tecnologias avançadas que permitem terrâneas; grandes aquíferos brasileiros; um monitoramento detalhado da ope‑ águas subterrâneas e mineração; aquí‑ ração, contribuindo para a tomada de feros cársticos e os desafios para uma decisões sobre o abastecimento de exploração sustentável; o que muda na água. Estaremos em um espaço que perfuração de poços no Brasil com o permite mais de 100 expositores e Novo Marco Regulatório do Saneamen‑ maquinários para demonstração”, pro‑ to e a Portaria do Ministério da Saúde jeta o presidente. 888 de Potabilidade da Água. Realizada entre os dias 22 e 26 de “Questões como testes de vazão, agosto de 2021, a última edição fez tratamento de água e recuperação de parte do Congresso Mundial de Águas poços devem atrair especialistas do Subterrâneas, junção dos eventos 47th Brasil e do mundo por trazer assuntos IAH Brazil Congress, XV Congresso La‑ prioritários para o mercado de perfu‑ tinoamericano de Hidrogeologia, XXI ração”, diz Netto. Congresso Brasileiro de Águas Subter‑


São mais de 40 anos produzindo e montando para as maiores indústrias do país. mse.com.br


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Notícias râneas, XXII Encontro Nacional de Perfuradores de Poços e Feira Nacional da Água, organizados respectivamente pela IAH - Associação Internacional de Hidrogeólogos, ALHSUD – Associação Latino-Americana de Hidrologia Subterrânea para o Desenvolvimento e ABAS. Inicialmente, o simpósio seria presencial, mas acabou sendo realizado no formato online por conta da pandemia de Covid-19. ABAS – Tel. (11) 98801-8418 Site: www.xxiicongressoabas.abas.org

Biosis planeja atualizar portfólio e explorar novas tecnologias no segundo semestre

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Biosis, fabricante de equipamentos para tratamento de água e efluentes, com sede em São Paulo, planeja aprimorar diversas soluções em seu portfólio, bem como explorar novas tecnologias no segundo semestre. Em 2021, a companhia desenvolveu uma linha de sistemas de filtra-

ção para tratamento de água para uso residencial, comercial e industrial. Os equipamentos são confeccionados de forma personalizada e podem trabalhar com carvão ativado ou areia (disponíveis nas versões standard e profissional), dolomita, abrandadores de água para remoção de cálcio e magnésio e desferrizadores que, ao utilizarem ferro e manganês, tornam a água potável. “Desde 2020, a Biosis tem passado por reestruturações internas com o objetivo de agregar profissionais experientes do mercado de saneamento à equipe, bem como deixar os produtos aptos a enfrentar os desafios exigidos pelo setor”, diz Marcos Morais, analista de processos da Biosis. Seu principal produto continua sendo o removedor de lodo submerso para ETAs BioWasserTrack. A solução opera por sucção, aspirando o lodo sedimentado no fundo do decantador e evitando seu acúmulo. O volume gerado pela precipitação de floculados é removido do tanque através de tubulação de afastamento abaixo da linha d’água de forma rápida, segura e higiênica.

Removedor de lodo submerso para ETAs BioWasserTrack

Outro destaque é o misturador estático InLine. Instalado diretamente na tubulação, o dispositivo realiza a mistura e homogeneização de soluções. Fabricado em PVC-U, CPVC, PP, aço-carbono, inox e super-duplex, o equipamento pode ser aplicado em indústrias, ETAs e ETEs. Além dessas soluções, a Biosis atua com sistemas de aeração fixos, remo-víveis, flutuantes e superficiais. O primeiro é mais utilizado em plantas que possuem diversos tanques de aeração fabricados em concreto, pois há necessidade de furar o fundo do reservatório. Já os sistemas removíveis e flutuantes são recomendados em locais com apenas um recipiente ou quando o tratamento não pode ser paralisado por uma intervenção. Por


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fim, os superficiais seguem o padrão flutuante e podem ser aplicados no tratamento de efluentes industriais e domésticos em processos de redução de DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio e DQO – Demanda Química de Oxigênio. Com 30 funcionários, a Biosis co‑ mercializa suas soluções para todo o Brasil. Biosis – Tel. (11) 2613-8928 Site: www.biosis.eco.br

Evolv: IA e IoT a serviço da economia de água

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os últimos anos, a tecnologia evoluiu em todos os aspectos. Dois conceitos muito utilizados atual‑ mente na indústria são a IoT – Internet

das Coisas e a IA – Inteli‑ gência Artificial, que pos‑ sibilitam interpretar dados com mais facilidade, geran‑ do maior economia, preci‑ são na prevenção na reso‑ lução de problemas e insi‑ Sensor Evolv ghts para novos projetos. A Evolv, com sede em Campinas, SP, aplica sensores com recursos tecnológicos para minimizar os impactos ambientais do desperdí‑ cio de água no mercado corporativo. Para isso, a companhia atua em três frentes: manutenção, facilities e ges‑ tão operacional. “Prestamos um trabalho consulti‑ vo, mensurando gargalos para mostrar como o usuário pode ganhar eficiên‑ cia com tecnologia”, explica Leandro Reis Simões, CEO da Evolv.

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Quando aplicado em um equipa‑ mento, o sensor disponibiliza ferra‑ mentas de inteligência de mercado para o usuário. A solução é capaz de mensurar, em tempo real, o consumo de água, gás e energia, o que auxilia na preservação de recursos e diminui gastos organizacionais. “A IoT coleta as informações e en‑ caminha direto para a nuvem. Já a IA gera alertas com informações relevan‑ tes. Nosso software consegue, em até


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Notícias duas semanas, aprender como um equipamento funciona. Caso algum parâmetro sofra uma alteração, ele emitirá um aviso”, afirma Simões. O sistema utiliza bots, robôs com IA, para enviar os avisos. Se o usuário optar por não acessar a plataforma, a empresa possibilita a integração dos alertas no sistema do contratante. Como alternativa, as mensagens também podem ser encaminhadas para aplicativos de mensagens como WhatsApp e Telegram. “Para empresas que possuem hidrômetros, a tradicional leitura mensal interfere no processo de identificação de vazamentos ou consumos anômalos de água. Com a implementação da solução Evolv, nosso objetivo é não apenas identificar perdas ao longo do horário comercial dos negócios, mas também auxiliar na busca por vazamentos 24 horas, incluindo horários de não funcionamento”, ressalta o CEO. Hoje, a Evolv comercializa o sensor no modelo TaaS – Technology as a Service, ou seja, o contratante paga uma taxa mensal para ter os equipamentos e o monitoramento, dispensando um grande investimento inicial. Recentemente, a companhia tem estudado a possibilidade de oferecer a solução para o mercado de saneamento. “Vivemos em uma realidade onde muitos brasileiros ainda não têm acesso a saneamento básico. Além disso, temos diversos problemas com perdas oriundas de vazamentos, ligações irregulares, falta de medição ou monitoramento incorreto. Queremos auxiliar a mitigar o desperdício”, finaliza Simões. Evolv – Site: https://evolvtec.com.br

Empresa transforma esgoto e efluentes industriais em fertilizantes

O

Planares - Plano Nacional de Resíduos Sólidos, divulgado pelo Governo Federal, apresenta metas e soluções para que o Brasil tenha melhor gestão nessa área. Criado para regulamentar a aplicação da PNRS - Política Nacional de Resíduos Sólidos, o plano determina, dentre outras diretrizes, que, até 2040, 48,1% desses resíduos urbanos sejam reciclados ou reaproveitados. Hoje, o índice é pouco superior a 2%. A Tera Ambiental, especializada no tratamento de efluentes e compostagem de resíduos urbanos, industriais e agroindustriais, é exemplo de como esse processo de reaproveitamento funciona na prática: efluentes orgânicos


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Por meio de compostagem, o lodo gerado no tratamento de efluentes é aproveitado para a fabricação de adubos

gerados por empresas dos setores urbano e industrial são transportados por caminhões-tanque e processados na ETE - estação de tratamento de esgotos de Jundiaí, juntamente com todo o esgoto da cidade. O efluente tratado é destinado ao Rio Jundiaí, contribuindo para a renovação do ciclo da água. Toda a operação é monitorada, resultando em parâmetros de lançamento superiores aos exigidos pela Cetesb - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. A empresa aproveita o lodo de esgoto produzido no processo para transformá-lo, junto com outros resíduos sólidos biodegradáveis, em fertilizante orgânico composto. O que antes seria descartado em aterros sanitários passa a ser reaproveitado. Nos últimos quatro anos, foram produzidas 196 mil toneladas do produto, cuja colocação no mercado tem significado relevante, principalmente neste momento em que o quadro geopolítico no Leste da Europa ameaça o fornecimento de fertilizantes minerais. “Esses resíduos, que antes eram indesejados e muitas vezes destinados a aterros sanitários, são transformados em fertilizantes, retornando ao ciclo produtivo e gerando compensação ambiental para os clientes”, ressalta Lívia Baldo, gerente comercial da Tera Ambiental, ao destacar o processamento dos resíduos orgânicos líquidos e sólidos, por meio de soluções ambientais, como o tratamento através de lagoas de aeração e decantação, no caso dos efluentes, e a compostagem termofílica do lodo resultante do processo e de outros resíduos orgânicos sólidos. A executiva salienta que esses processos vêm numa crescente no Brasil nos últimos anos e tendem a se fortalecer com a publicação do Planares, que contribuirá não apenas para reduzir o impacto ambiental dos resíduos, mas também para a geração de riqueza a partir do que antes era um passivo ambiental, e que se torna um ativo. Estima-se que o potencial de faturamento do setor de tratamento de efluentes cresça para R$ 5 bilhões nos próximos três anos. Tera Ambiental – Tel. (11) 3963-6500 Site: https://www.teraambiental.com.br


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Serviço

Guias de acionamentos e automação de estações de tratamento As companhias de água e esgoto demandam melhor gestão e eficiência nos processos operacionais, com controle em tempo real da situação de reservatórios, bombas e redes. Produtos como CLPs, inversores de frequência, IHM – interface homem-máquina e sistemas supervisórios, tema do guia a seguir, podem ajudar nesse sentido.

Inversores de frequência

A empresa é

Recursos adicionais

Fabricante/ Importador

Alfacomp (51) 3029-7161 alfacomp@alfacomp.ind.br

Usfull/China

Altus (51) 99803-6011 altus@altus.com.br

Baixa tensão Média tensão < 110% Curva de 110 a 120% sobretorque (por 60 s) > 120% Modbus RTU Can Open Modbus TCP Ethernet IP Profibus 1 até 4 4 até 7 >7 1 até 2 2 até 4 >4 Placa para CLP integrado Filtro p/ redução harmônicas <10% Placas multibombas IHM extraível (1) Idioma em português IP 20 IP 54 Função de detecção de vazão Software de programação gratuito Controle PID

Empresa / telefone / e-mail

Faixa de potência (CV)

E/S Protocolo E/S digitais analógicas de comunicação

Fabricante

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1 a 850 • 350

Hercules (47) 3281-1900 atendimento@herculesmotores.com.br

MSA (11) 98526-8111 comercial@msasystemelectric.com.br

12 a • Fuji Electric/Japão 1.000 •

Schneider Electric 0800 7289 110 ccc.br@schneider-electric.com

0,5 a 1.600

WEG (47) 3276-4000 automacao@weg.net

25 a • • • 45.000

Yaskawa (11) 99431-6032 comercial@yaskawa.com.br

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(1) Para instalação na porta do painel.

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AGRULINE XXL TUBOS

Sistema de tubulação HDPE para entrada e descarga de água

VIDA ÚTIL LONGA O polietileno não oxida e reduz os custos do ciclo de vida dos tubos INSTALAÇÃO RÁPIDA E FÁCIL O polietileno é um material flexível, leve e fácil de soldar PARA FLUXOS ALTOS Conexões e tubos disponíveis até um diâmetro externo de 3500 mm MATERIAIS DE ALTA QUALIDADE Seleção de matérias primas de acordo com o diretrizes da associação PE 100+ EXPERIÊNCIA EM PROCESSAMENTO PLÁSTICO Décadas de experiência no processamento de plásticos, pesquisa e desenvolvimento

AGRU Brasil Ltda. | Avenida Pirambóia, 1824 | Jardim Santa Cecília, Barueri, SP CEP:06465-060-Brasil Tel: +55 (11) 4193 8088 | info@agru.com.br | www.agru.com.br


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Serviço CLP- Controlador lógico programável

Empresa / telefone / e-mail

Fabricante

Fabricante/ Importador

Alfacomp (51) 3029-7161 alfacomp@alfacomp.ind.br

Usfull/ China

BCM (11) 99993-8841 joao@bcmautomacao.com.br

Elipse Software (11) 3061-2828 sales-br@elipse.com.br

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Supervisório

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Fuji Electric/ MSA (11) 98526-8111 • Japão • comercial@msasystemelectric.com.br

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Novus (11) 98497-8686 gabriel@novus.com.br

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Protocolo de comunicação

Até 1.000 E/S digitais >1.000 Saídas digitais a transistor Saídas digitais a relé até 200 E/S analógicas >200 Borneiras extraíveis até 3,5 Mb Memória RAM >3,5 Mb Memória Flash (2) até 8000 inst/ms Processamento > 8000 inst/ms 100% boleana Modbus/RTU Profibus DP Modbus/TCP Profinet Ethernet/IP Porta USB Troca de módulos a quente Programação conforme IEC 61131 > 4 linguagens de programação Programação on-line Gráfico de variáveis Simulação de lógica sem hardware Controle PID Web server Animações de telas (3) Função multi monitores Biblioteca de símbolos vetoriais Gráficos de processo em tempo real (4) Plotagem variáveis simultaneamente Gráficos de CEP (5) Controle de ações de operadores Conexão com banco de dados Utilização de scripts Tabela de alarmes Integração com CLPs e driver OPC Arquitetura distribuída Acesso remoto via web e smartphone Integração com câmera

A empresa é

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Schneider Electric 0800 7289 110 • ccc.br@schneider-electric.com

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WEG (47) 3276-4000 automacao@weg.net

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Yaskawa (11) 99431-6032 comercial@yaskawa.com.br

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(2) sem necessidade de bateria para armazenamento de dados; (3) Com bibliotecas de símbolos de saneamento (4) e histórico (5) Controle Estatístico de Processo.

78'2 3$5$ $ 7(/(0(75,$ '2 6$1($0(172

ZZZ DOIDFRPS QHW DOIDFRPS#DOIDFRPS QHW &21+( $ 126626 &$1$,6


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Alfacomp (51) 3029-7161 alfacomp@alfacomp.ind.br Altus (51) 99803-6011 altus@altus.com.br BCM (11) 99993-8841 joao@bcmautomacao.com.br Hercules (47) 3281-1900 atendimento@herculesmotores.com.br MSA (11) 98526-8111 comercial@msasystemelectric.com.br Schneider Electric 0800 7289 110 ccc.br@schneider-electric.com Weg (47) 3276-4000 automacao@weg.net Yaskawa (11) 99431-6032 comercial@yaskawa.com.br

Usfull/ China

Baixa tensão 1 até 4 4 até 7 >7 1 até 2 E/S analógicas >2 IHM para instalar na porta do painel Idioma em português Software de programação gratuito

Fabricante/ Importador

Soft starter Faixa de corrente (A)

Fabricante

Empresa / telefone / e-mail

IHM – Interface homem-máquina Até 5 >5 Geração de gráficos Display colorido Tela touch screen Barra de alarmes e histórico Comunicação serial Comunicação Ethernet Acesso à interface via web Visualização remota via tablet Porta USB (6) Data logger Função de receitas até 8 Mb Memória aplicação > 8 Mb Memória Flash (7) Simulação das telas sem hardware Software em português Armazenamento documentos em CLP Frontal com proteção IP65

A empresa é

E/S digitais

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Fuji Electric/ • • • • • Japão

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0,5 a • • • • • 1.200 75 a • • • 16.300

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(6) para programação, uso de teclado e impressoras; (7) sem necessidade de bateria para armazenamento de dados

Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 47 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Hydro, julho e agosto de 2022. Este e muitos outros Guias HY estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/hydro e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.


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Especial

Estações elevatórias compactas Sandra Mogami, da Redação da Hydro

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A expansão das redes de coleta e tratamento de esgoto no país tem favorecido a evolução de um novo nicho de mercado: o de estações elevatórias compactas. Solução rápida, prática e de menor custo para interligar sistemas afastados dos troncos coletores existentes ou de imóveis em soleira negativa, a tecnologia conta hoje com boa oferta de produtos, como mostra a reportagem a seguir.

s estações elevatórias de esgoto compactas são sistemas pré-fabricados com tanques reservatórios, bombas submersas ou secas, painel de comando e todos os acessórios necessários, como válvulas, tubulações para entrada e saída e sensores de nível, permitindo rápida instalação. Dispensam obras civis para concretar as estações, como ocorre nas elevatórias convencionais. Embora sejam adotadas na Europa e EUA há muitos anos, as elevatórias compactas vêm conquistando maior espaço no Brasil nos últimos anos. Algumas empresas trouxeram o conceito de fora e hoje oferecem soluções completas, que envolvem projeto, engenharia, fabricação dos tanques e integração dos componentes. Entre as novidades está o bombeamento em linha, com poço seco, que evita problemas com acúmulo de gases e maus odores no local. Além de atender aplicações de menores vazões, como residências em soleira negativa, por exemplo, as estações são usadas em loteamentos e empresas de saneamento, com bombas de maior capacidade, que precisam cumprir metas de universalização. De acordo com Nadina Manrique, gerente técnico-operacional da Delta

Ambiental, fabricante de estações elevatórias de esgoto, o equipamento eleva o efluente de um nível a outro quando ele não possa fluir por gravidade, como em imóveis com soleira negativa. Existem soluções prontas no mercado, com medidas padrão e ainda aquelas projetadas de forma personalizada conforme a necessidade do cliente. Para dimensionar uma elevatória devem-se considerar algumas informações importantes: • Vazão máxima horária do efluente que ingressará no sistema. • Altura manométrica (calculada a partir do desnível de bombeamento e distância a ser percorrida). O traçado da rede hidráulica pode interferir no dimensionamento das bombas devido à presença de curvas no percurso. • Cota de entrada no poço de visita da elevatória (profundidade de chegada da tubulação no local onde será instalada a elevatória). A norma brasileira que rege o assunto é a NBR 12208/2020 - Projeto de estação de bombeamento ou de estação elevatória de esgoto — Requisitos. A seguir apresentamos algumas soluções de elevatórias compactas disponíveis no mercado.



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Especial

Aquastar

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om sede em Campo Largo, PR, a Aquastar é especializada no desenvolvimento e fabricação de estações elevatórias compactas. Antes de fundar a empresa, em 2017, o diretor José Donizete dos Santos já atuava no mercado de saneamento desde 2008 como gerente de engenharia de um fabricante internacional de bombas. “Nesse período, em visitas técnicas ao exterior, percebi que os sistemas construtivos pré-fabricados eram muito usados em grandes obras na Europa desde os anos 1970 pela praticidade e facilidade de instalação”, conta. As soluções Aqualift da Aquastar compreendem desde os modelos unifamiliares (80 ou 130 L) até coletivos (500/700/900 L, para 7 a 25 residências) e de maior porte capazes de atender bairros inteiros, com capacidade até 4500 L e alturas de 3 a 5,5 metros. São configuráveis conforme necessidade. “E se no futuro houver o crescimento da vazão, por exemplo, em uma expansão de um loteamento, basta trocar as bombas por outras de maior capacidade”, diz o diretor.

Para manter a elevatória sempre operacional, a Aquastar instala um sistema de triagem de sólidos com desarenação e gradeamento a montante, além de bombas com impulsores do tipo vórtex, abertos, semi-abertos ou trituradores para o bombeio suave dos sólidos, que contribuem para evitar o entupimento e aumentar a vida útil das bombas. As elevatórias compactas são aplicáveis não somente com bombas submersíveis, mas também com motobombas centrífugas horizontais e de deslocamento positivo tipo parafuso ou lobulares, resolvendo problemas em locais com dificuldades de escavação. As estações podem ser instaladas até mesmo sob o passeio em vias e ruas, evitando custos de desapropriação, agilizando a ampliação das redes coletoras e de recalque e reduzindo os transtornos a moradores. Os tanques são produzidos com espessura reforçada de PEAD para suportar os efeitos de subpressão e solicitações radiais provenientes do terreno, além da elevada carga de tráfego e outras cargas mecânicas. Como já saem pré-montadas de fábrica, as estações oferecem diferen-

Elevatória da Aquastar com bomba de deslocamento positivo: uma opção para locais com dificuldades de escavação

ciais como a instalação até 60% mais rápida e custos de operação 40% menores. “Uma elevatória de maior porte pode levar até seis meses para ser construída na forma convencional. A nossa estação fica pronta para operar em 10 a 15 dias”, afirma. Um outro ponto positivo é a centralização da solução em apenas um fornecedor. “É somente um centro de custo para o cliente gerenciar”, diz. Além da aplicação em empreendimentos com soleira negativa, com a necessidade de ampliação da rede de esgoto muitas empresas de saneamento estão optando por conceitos descentralizados. Ou seja, preferem construir microssistemas com elevatórias a investir em redes em regiões distantes. Entre os clientes da Aquastar estão as companhias de saneamento,


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indústrias, construtoras e mineração. Recentemente, a empresa forneceu para a prefeitura e SAAE de Lucas do Rio Verde uma estação Aqualift 4500 com três tanques de sucção de 5 m de altura, com três bombas submersíveis, misturadores e painel automático de acionamento. Na Sabesp a Aquastar possui o ACT - Atestado de Capacidade Técnica, que qualifica imóveis de elevado consumo e em soleira negativa. Em contratos tipo “comodato”, implementa o equipamento num processo sustentável de coleta e destinação correta dos efluentes para as ETEs da companhia (projeto “Se Liga na Rede”). “Em duas oportunidades foram atendidos mais de 50 imóveis nesta situação”, diz o diretor. Foram fornecidas estações Aqualift 130 que atendem vazões até 3 L/s e alturas manométricas entre 6

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reservatório é estanque, hermético e impermeável. É produzido com a tecnologia de filamento contínuo, que possibilita uso da fibra em seu fio sem Site: www.aquastar.com.br cortes. “Os fios contínuos de fibra de vidro são dispostos em padrões exatos de alinhamento, promovendo maior Delta Ambiental resistência mecânica, robustez e vida útil de até 80 anos”, estação elevatória de esgoto da Delta Amafirma. Resistente aos biental é uma solução raios UV, o processo completa que prevê o renão permite a degraservatório em PRFV - plásdação do material e tico reforçado em fibra de da cor, que é inerte a vidro, duas bombas, painel qualquer tipo de corautomatizado e acessórios rosão. A superfície interna lisa e sem reeninternos. “O material contrâncias facilita o fluxo fere resistência e alta proe limpeza, sem riscos teção química à corrosão do esgoto sanitário”, diz de contaminação e Estação da Delta Ambiental: desenvolvimento de Nadina Manrique, geren- tanque de PRFV produzido com te técnico-operacional. O tecnologia de filamento contínuo microrganismos. e 14 m. Os produtos têm dimensões compactas (0,90 x 0,90 x 1,40 m de altura) e foram entregues em 30 dias.

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Especial A motobomba utilizada é do tipo submersível, com orifício de descarga vertical, concebida para o bombeamento de águas carregadas, produzida em ferro fundido e aço inoxidável. As bombas são acionadas de forma alternada e automatizada pelo painel de comando. “Isso proporciona maior segurança e eficiência operacional. Caso alguma motobomba apresente defeito, a elevatória funcionará normalmente com apenas uma motobomba. Nessa situação, o painel de controle apresentará um sinal luminoso e sonoro, indicando qual motobomba apresentou defeito”, afirma. Com sede em Atibaia, SP, a Delta Saneamento Ambiental foi fundada em 2005, como segmento de saneamento do grupo Delta Vinil, já atuante desde 1993. Conta com mais de 2000 clientes atendidos, 30 produtos e 100 funcionários. “Temos uma equipe completa para prestar assessoria de forma especializada, desde a concepção de projeto, análise de viabilidade, aprovação nos órgãos ambientais, instalação e acompanhamento do sistema de tratamento. Trabalhamos em conjunto com engenheiros da obra para definir a melhor solução e menor custo, viabilizando seu empreendimento”, finaliza Nadina. Site: www.deltasaneamento.com.br

Improv Equipamentos

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undada em 2016 por profissionais com mais de 10 anos de experiência no setor de saneamento, a Improv Equipamentos desenvolve projetos e fornece soluções com o objetivo de aumentar a eficiência e otimizar os procedimentos de manutenção e obras em redes de água e esgoto, com produção nacional em sua sede em Santa Bárbara do Oeste, SP.

SBL - sistema de bombeamento em linha da Improv Equipamentos

Um de seus destaques é o SBL – Sistema de Bombeamento em Linha (interligado direto na linha hidráulica de chegada) para estações elevatórias. Como não utiliza poço úmido, gradeamento e/ou caixa de areia, a estação é cerca de 2/3 mais compacta que uma elevatória convencional, podendo ser posicionada em ruas, calçadas e canteiro central. “O poço é cerca de 2,5 a 3 metros mais raso que as elevatórias convencionais em bomba submersível ou centrífuga. Por isso, também exige menos obras de construção civil e facilita a instalação em regiões com lençol freático alto”, diz Fabio Cesar David, engenheiro da Improv Equipamentos. O efluente chega até a elevatória e de lá é diretamente afastado para a ETE. “Ao eliminar a reserva do efluente, que chega a ficar 3, 4 horas parado na elevatória convencional, resolvemos problemas de mau cheiro e presença de animais peçonhentos no local, que causam muitas reclamações de moradores. E sem obstrução de sólidos e corrosão de equipamentos, a manutenção também se torna mais fácil”, diz. A dispensa de limpeza periódica é um grande diferencial. Por exemplo, em uma empresa de saneamento do interior de São Paulo, que tem 120 elevatórias, é preciso deslocar vários carros e profissionais de limpeza para a retirada de sólidos e desobstrução das grades. Com o recalque do SBL direto para as ETEs, esse trabalho é limitado a poucos pontos, otimizando as equipes e os custos de manutenção.


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Entre os clientes da Improv estão indústrias, construtoras, loteamentos e empresas de saneamento como a Sabesp, Sanasa, Sanepar, Cagece, Águas do Brasil, Aegea e BRK. Em um dos seus clientes, o SBL resolveu um problema de limitação de espaço, por se tratar de área de mangue. O sistema em linha foi encaixado em um espaço de apenas 1/3 do original, de 980 m2 para 350 m2, com vazão de 100 L/s. Segundo o engenheiro, o SBL é fornecido completo, com duas bombas até 200 CV cada e vazões até 235 L/s. A Improv também fornece o mini-SBL, um sistema de bombeamento em linha projetado para soleiras negativas, podendo atender condomínios horizontais, verticais e redes municipais de baixa vazão, e o SBL-Tank, que coloca o SBL dentro de um tanque de fibra (PRFV) pronto para ser instalado na elevatória e enterrada mesmo com nível de água elevado no terreno. “O sistema é inteiramente montado e testado em fábrica, incluindo as tubulações internas, válvulas, escada de acesso, bomba de drenagem e respiro”, afirma. Site: www.improvequipamentos.com.br

SFA Sanitrit

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s estações elevatórias compactas de esgoto Sanifos, desenvolvidas pela empresa francesa SFA Sanitrit, fabricante de bombas e trituradores sanitários para uso residencial e comercial, com escritório em São Paulo desde 2014, destinam-se para uso individual, comercial, industrial e comunitário. Com reservatório de polietileno, o sistema é fornecido com bomba Vortex, propulsor semiaberto ou bomba antientupimento com sistema de trituração de alto rendimento, além de registro dupla união, válvulas de retenção, correntes para içamento das bombas


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Especial e painel de comando. “Com isso, e decidiu apostar no desenvolvimento a elevatória pode ser instalada em de uma linha própria de estações, inapenas um dia, aumentando a procluindo projeto, engenharia, fabricação dutividade e reduzindo de forma dos tanques e integração completa Estação compacta instalada no subsolo de um shopping significativa o custo de infraestrutura recebe os efluentes de um restaurante e faz o bombea- dos componentes. “Os produtos são pré-fabricados e e de mão de obra em relação às mento até a prumada principal soluções convencionais de alvenafornecidos como um pacote. Basta fazer a escavação, posicionar a estação ria”, diz Xavier Desrousseaux, diretor da goto na rede pública localizada a 100 SFA Sanitrit. Com capacidades de 110 metros do hotel, com um desnível de 7 no local e conectá-la à rede elétrica e metros. “A Sanifos 2100 possui bombas ao sistema de esgoto”, diz Righetto. a 3100 litros, a elevatória pode ser inse 3 CV equipadas com lâminas de alto talada enterrada ou sobre o piso. A linha de elevatórias da Pumps BraA SFA Sanitrit também fornece morendimento, capazes de triturar papel sil compreende o modelo Venus 220, higiênico, absorventes, lenços umedecom tanque de polietileno de 220 L e delos de elevatórias capazes de bomvazão de bombeamento de 0,6 L/s, bear águas pluviais em instalações cidos ou sacolas de plástico que alguns abaixo do nível da rua até as galerias hóspedes jogam por acidente dentro indicado para residências com até 10 pessoas. Pode ser equipada com pluviais em caso de terreno em dedas bacias sanitárias”, diz o diretor. clive. São os modelos Sanifos 610 L Para a Construcompany, em Cotia, uma ou duas bombas dos principais SP, o sistema de esgoto com capacifabricantes do mercado, como Xylem, (até 30 m3/h), composta por um tandade de 25 m³/h em um condomínio que reservatório em polietileno equiSulzer, Ebara e KSB. Já para aplicações pada com duas bomba e controle de fechado sem escoamento gravitacional de maior porte (comerciais, industriais nível (chave-boia), e a Sanifos 110 L, e saneamento), a empresa oferece a ligou as 43 casas (área total 7000 m²) com 1 bomba, vazão até 14 m3/h e na rede coletora de esgoto, localizada CDE Master de 2400, 2900 e 3500 L, a 3 metros de altura. passagem livre de sólidos em suspenem tanques de PEAD – polietileno de E para a Sabesp, a SFA participou do alta densidade resistente à corrosão. são de 30 mm. projeto “Se ligue na rede” para conexão Entre os clientes da SFA está a pouSegundo o diretor, graças ao pré-dide imóveis em soleira negativa. Neste sada Vila Kebaya, em Ilhabela, SP. O termensionamento feito pelos engenheiprojeto piloto, a instalação foi feita em reno em declive impossibilitava a evaros em fábrica, a bomba se ajusta de conjunto com a equipe da Sabesp para cuação do esgoto por gravidade e não forma precisa aos demais componentestar a confiabilidade da elevatória. tes da elevatória, como tubulação de havia a possibilidade de escavar. Foi descarga, válvula de retenção e regisinstalada uma Sanifos 610 diretamente Site: https://sanifos.com.br/ tro de gaveta. “Isso permite a conexão no chão, abaixo da área de refeição do imediata da elevatória à tubulação de hotel. A elevatória portátil possui duas bombas trituradoras que elevam autoesgoto, evitando retrabalho ou atrasos Pumps Brasil maticamente todas as águas residuais na obra”, afirma o executivo. Como até a rede de esgoto pública. resultado, o custo e ediada em Valinhos, SP, tempo de instalação Em São Paulo, o Shopping Pátio a Pumps Brasil foi criada são até 50% menoPaulista precisava de uma solução de em 2014 para atuar com a res em comparação bombeamento compacta para um resrevenda de bombas centrífutaurante localizado no subsolo que evigas de diversas marcas e mocom o método traditasse furações em laje e minimizasse delos para água e efluentes. cional de alvenaria. as intervenções de obras. Uma estação Mas logo Marcos Righetto, Além dos modelos instalada no piso do terceiro subsolo seu fundador e proprietário, comerciais de praterecebe por gravidade as águas resicom mais de 25 anos de exleira, a Pumps pode duais do restaurante e realiza o bomdesenvolver projetos periência no mercado e passagem por importantes multibeamento até a prumada do shopping. personalizados, com No Roots Resort, em Monte Verde, nacionais do setor, enxergou layouts, capacidades, o potencial das elevatórias CDE Master de 3500 L da MG, a elevatória substituiu o antigo sistamanhos, materiais e tema de fossa séptica para lançar o escompactas de esgoto no país Pumps Brasil acessórios conforme

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Especial a necessidade de cada cliente. “Temos equipes próprias de engenharia e desenvolvimento para atender essas demandas específicas”, afirma. Entre os principais clientes da Pumps Brasil estão residências, indústrias, condomínios, clubes, centros comerciais, hotéis, hospitais e shopping centers. Um mercado que vem crescendo bastante é o de consumidores finais, que têm imóveis em soleira negativa e precisam recalcar o esgoto para a rede coletora. “No passado os moradores chegavam a se conectar à tubulação do vizinho para chegar à rua de trás, mas hoje isso não é mais possível”, diz Righetto. Construções situadas abaixo da linha de coleta por gravidade são bastante comuns. Às vezes, o problema ocorre somente em uma parte da casa ou um banheiro da área de lazer. Em Campos do Jordão, SP, por exemplo, mais de 4000 residências foram notificadas pela companhia de saneamento para realizarem essa correção. De acordo com o gerente de vendas Mario Chenatti, o custo é acessível e pode resolver rapidamente o desconforto do esgoto acumulado, sem grandes obras ou transtornos na

vizinhança. A versão básica da estação custa a partir de R$ 4000. “Em terrenos estáveis não requer serviços de alvenaria, nem fundações em concreto. Não exige mão de obra especializada, podendo ser instalada pelos profissionais de hidráulica e elétrica disponíveis”, diz. A instalação pode ser feita em até um dia, um prazo bem menor que o das soluções convencionais. Exatamente pela característica plug and play das estações compactas, a Pumps Brasil está estudando a opção de fornecer o produto por meio de revendas e lojas de materiais de construção, que podem ajudar a difundir e popularizar a solução. Por ser uma distribuidora de bombas com atuação em todo o país, a empresa tem acesso facilitado junto aos parceiros revendedores. Site: www.pumpsbrasil.com.br

Toraqua Technologies

A

Toraqua Technologies, empresa fundada em 2017 para atuar com novas tecnologias para o mercado de água e esgoto, por meio de parcerias com fabricantes nacionais e internacio-

Booster de esgoto da Toraqua: sem necessidade de poço úmido

nais, oferece a solução de bombeamento em linha para recalque de esgoto que elimina a necessidade do poço úmido na estação elevatória. “Ao alimentar efluentes diretamente na entrada da bomba, é possível evitar gases, maus odores, acúmulo de areia e gordura e corrosão de equipamentos”, diz André Vizioli, diretor e fundador da Toraqua. Também chamado de “booster” de esgoto, o sistema de bombeamento é composto por impulsionadores cônicos do tipo vórtex que atuam como trituradores de materiais sólidos e fibrosos, favorecendo sua passagem sem causar entupimentos. Devido às características específicas e ao perfil hidráulico, a operação é mantida constante adaptando-se automaticamente a vazão de chegada e às perdas de carga exigidas. As bombas são comandadas através de inversores de frequência.


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Por não exigir volume útil (apenas deve ser garantido 50 cm de profundi‑ dade em relação à tubulação de chega‑ da de efluente), a estação ocupa me‑ nor espaço e reduz obras de escavação. “A infraestrutura civil de aplicação tor‑ na‑se um local acessível equipado com iluminação, escada e todos os acessó‑ rios que permitem ao pessoal de ma‑ nutenção efetuar o trabalho com se‑ gurança”, afirma o executivo. No poço seco ficam os equipamentos, sensores e controladores. Pode ser construído em estrutura cilíndrica ou quadrada de fibra de vidro, concreto ou aço inox. Um dos primeiros fornecimentos da solução no Brasil foi para a Sabesp em São Paulo, com vazão de 5 L/s. Ins‑ talado em 2018, o booster de esgoto reduziu o número de reclamações dos moradores e paradas para manutenção do equipamento, que eram frequentes

na versão convencional de poço úmido. “Com o menor custo de operação e o retorno do investimento em cerca de dois anos, a unidade já comprou mais quatro equipamentos semelhantes”, diz Kleber dos Santos, técnico mecânico e responsável pelas unidades de bombea‑ mento de água e esgoto da Unidade Sul da Sabesp. O sistema pode ser monta‑ do com várias bombas em paralelo, po‑ dendo chegar a vazões de até 200 L/s. A Toraqua também dispõe de uma versão compacta, de menor capacida‑ de, para aplicação de recalque em so‑ leiras negativas, restaurantes, shopping centers e indústrias. A solução foi ado‑ tada em um condomínio de 16 casas em um município da Grande São Pau‑ lo. Na construção do empreendimento verificou‑se que não havia rede públi‑ ca de esgoto na rua, somente na de trás, mas o terreno do condomínio fica

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em um declive. “A solução foi esco‑ lhida devido à simplicidade e eficiên‑ cia. É um sistema lacrado, o que eli‑ mina a possibilidade de maus odores. O painel de controle é de fácil configu‑ ração. A trituração permite a utilização de uma tubulação de bitola reduzida, o que facilita a execução da infraestrutu‑ ra”, declarou o condomínio. Antes de fundar a empresa, em 2017, o diretor André Vizioli percorreu vários países na Europa em busca de “soluções disruptivas para saneamen‑ to”. Com formação em Engenharia Sanitária, pós‑graduação em controle e especialização na Inglaterra, Vizioli ti‑ nha o objetivo de voltar para o Brasil e desenvolver o mercado de água e es‑ goto com tecnologias mais eficientes, tanto do ponto de vista de desempe‑ nho quanto de consumo energético. Site: www.toraqua.com.br


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Automação

Uso de rede neural para dosagem de produtos químicos Walison de Carvalho, Anderson José Ferreira, Geraldo Kulicz da Silva e Marcia Carvalho da Silva, da Divisão de Controle Sanitário Oeste da Sabesp

A necessidade de aumentar a eficiência operacional de ETAs em sistemas isolados da Sabesp motivou o projeto de automação das estações, por meio de eletrodos para o monitoramento online dos parâmetros de controle e qualidade da água e dos sistemas de dosagem de produtos químicos, utilizando a inteligência artificial. O artigo apresenta as principais mudanças na estrutura e nos processos da ETA Jardim Japão com a implementação desse sistema.

O

rápido desenvolvimento de novas tecnologias de inteligência artificial (IA), combinadas com fontes de energia mais eficientes, é uma realidade que está cada vez mais próxima do nosso cotidiano. Existem diversos algoritmos de IA para o monitoramento de processos produtivos e da integridade de máquinas. O sistema de RNA – rede neural artificial é uma técnica de inteligência artificial que tenta imitar a capacidade do cérebro humano de resolver problemas. As redes neurais artificiais são capazes de auto-organização e aprendizado, através de padrões e conceitos que podem ser extraídos diretamente de dados históricos [1]. Quando aplicada nas ETAs - estações de tratamento de água, a técnica de RNA apresenta várias vantagens

sobre os métodos de modelagem. Com relação ao processamento de dados, o tipo de relacionamento entre os dados de entrada e saída é determinado exclusivamente a partir das informações apresentadas, sem pressupostos da rede. Além disso, a técnica de RNA é tolerante a falhas no desenvolvimento de modelos e em aplicações subsequentes, descontinuidades nos dados e em diferentes níveis de precisão. Dependendo do software de RNA utilizado, alguns ou todos esses com-


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Neurônio 1

aplicativos offline, que usam dados históricos Parâmetros de entrada Parâmetros de saída e permitem que os técnicos e outras pessoas realizem experimentos virtuais em larga escala, a fim de obter diferentes modelos dos fatores que afetam os processos da estação de tratamento. Assim, dados os valores das entradas do processo, os valores de Neurônio ‘n’ todos, exceto um dos Fig. 1 – Componentes de uma rede neural artificial de propagação simples. Fonte: Adaptado de Santos [4] parâmetros de controle do processo e um valor desejado do parâmetro de saída, ponentes podem ser ajustados ou modificados pelo desenvolvedor do o modelo prevê o valor ideal de um parâmetro do processo. Os métodos modelo. O processo de aprendizado diretos e indiretos podem ser combide RNA para tratamento de água ennados para desenvolver um sistema volve modelos de processo, nos quais de controle de processo automatizaum ou dois parâmetros de saída são do confiável. Dentro do contexto de modelados – este é um processo de controle do processo de tratamento otimização não linear de saída com de água, um valor desejado da saída várias entradas [2, 3]. do processo é selecionado e o modeAs redes neurais artificiais aprenlo inverso do processo é usado para dem reorganizando sua estrutura interselecionar as condições ideais de dona, de acordo com uma regra ou algosagem necessárias para atingir a meta. ritmo de aprendizado para minimizar o O modelo de processo é usado para erro entre o valor de saída real e o vafornecer erro de feedback entre a salor de saída previsto pelo modelo para ída real e o valor previsto da saída do todo o conjunto de padrões de dados. processo [4]. As inúmeras interfaces da RNA podem ser classificadas em dois grupos, de acordo com a aplicação a que se destina: as interfaces de otimização de processos e as interfaces virtuais de laboratório. As interfaces de otimização de processos permitem que os técnicos otimizem custos e a dosagem de produtos químicos online, em tempo real, de acordo com variações na qualidade da água do manancial. As interfaces virtuais de laboratório são tipicamente Fig. 2 – Vista parcial da ETA Jardim Japão em Cotia, SP

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Objetivo Este trabalho teve como objetivo apresentar as mudanças na estrutura e nos processos da ETA do Jardim Japão (Cotia, SP), com a implementação do sistema automático de dosagem de produtos químicos, utilizando uma rede neural para o controle do ajuste e monitoramento do processo de tratamento. O rápido crescimento demográfico do distrito de Caucaia do Alto, em Cotia, SP, e a dificuldade no abastecimento de água nos bairros Jardim Japão, Aguassaí e Água Espraiada, através do sistema produtor Alto Cotia, resultaram na criação de um sistema isolado de tratamento de água para essa região, utilizando o rio Sorocamirim como manancial. Para suprir a demanda, entrou em operação, em fevereiro de 1998, a ETA Jardim Japão (figura 2), cujo objetivo principal era abastecer o bairro e reforçar o abastecimento do bairro Água Espraiada. O sistema isolado do Jardim Japão é formado pela estação elevatória de água bruta, localizada a 200 m da ETA e utilizando o sistema de captação superficial, estação de tratamento convencional por ciclo completo, estação elevatória de água tratada, reservatório de apoio e booster.


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Automação Em virtude da necessidade de aumentar a eficiência dos sistemas de tratamento de água e, em alinhamento com o mapa operacional da companhia, foi iniciado em 2018 o projeto de

automação das estações de tratamento de água da Sabesp. Esse projeto foi baseado na utilização de eletrodos de processo para o monitoramento online dos parâmetros de controle e qualida-

de da água produzida e automação dos sistemas de dosagem de produtos químicos utilizando inteligência artificial. Diversas ferramentas de modelagem foram desenvolvidas para simu-

Fig. 3 – Casa de analisadores instalada na ETA Jardim Japão e instalação dos misturadores hidráulicos em série


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lar os processos operacionais em es‑ tações de tratamento de água. No en‑ tanto, as incertezas, variáveis, intera‑ ções e dinâmica dos processos geral‑ mente levam a dificuldades na ob‑ tenção do desempenho desejado na operação desses sistemas. O início do processo de automa‑ ção foi a contratação de uma empre‑ sa para o fornecimento dos dados de monitoramento do processo de tratamento, sendo esta remunerada de acordo com o número de análises realizadas mensalmente. Esse tipo de licitação foi precursor na companhia, gerando uma economia significativa, uma vez que os transdutores corres‑ pondem a aproximadamente 90% dos custos de automação de um sistema. A empresa vencedora do certame instalou em novembro de 2018 a

casa de analisadores com os instru‑ mentos de monitoramento de turbi‑ dez, pH, potencial de óxido‑redução, condutividade, teor de cloro residual livre, teor de fluoretos e temperatura. Cada amostra de água, proveniente das diferentes etapas do processo de tratamento, passa por duas baterias de instrumentos distintas, de modo que as divergências entre as análises de um mesmo parâmetro são moni‑ toradas online (figura 3). Outra alteração decorrente do pro‑ cesso de automação foi a implantação de misturadores hidráulicos em série para cada produto químico utilizado no tratamento de água. Esses mistu‑ radores dispõem de um sistema de entrada de produto químico em sua extremidade oposta à saída da amos‑ tra, de modo que o sistema de RNA consiga respostas rápidas das altera‑

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ções na dosagem de produtos quí‑ micos e a resposta da água frente a essas alterações. Por se tratar de uma unidade pi‑ loto neste programa de automação, surgiram diversos desafios ao longo do tempo, que foram superados e tornaram‑se aprendizados. Entre eles, podem ser citados problemas como a incrustação e obstrução da rede coletora de amostras, necessidade de alteração nos pontos de coleta, de‑ senvolvimento de uma torre de equa‑ lização para o controle da pressão da água no sequenciador de amostras, desenvolvimento de um sistema de autolavagem da rede coletora e a recirculação de água no sistema de amostragem em caso de paradas pro‑ longadas. Em agosto de 2019 foi iniciado o modo automático assistido. O contro‑


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Automação Dosagem de produtos quíímicos - ETA Jd. Japão Ácido fluossilícico

Hipoclorito de sódio

Hidóxido de cálcio

Cloreto férrico

0

20

40

60

80

100

120

140

mL/min Manual

Automático

Fig. 4 – Gráfico comparativo dos sistemas de dosagens de produtos químicos

le do sistema de dosagem e ajuste nos parâmetros de processo realizado pelos técnicos nas diferentes etapas do tratamento da água foram identificados pelo CLP - controlador lógico programável e transformados em entrada de dados da RNA. No período, com duração de pelo menos 12 meses, foram acompanhadas todas as características e peculiaridades do manancial e a resposta do processo de tratamento nas diferentes estações do ano. As entradas de controle da RNA foram as correlações das características da água bruta com os set points em cada etapa do processo. E a saída foi o ajuste automático de cada set point do pré-tratamento, tendo como referencial a turbidez da água decantada. Para verificar a eficiência do sistema automático de dosagem, foram compilados os dados de consumo dos produtos químicos utilizados no tratamento da água com a estação operando em modo manual, ou seja, sem a utilização do software de controle de dosagem, e também com a estação utilizando o sistema automático de dosagem.

Resultados O processo de automação visa aumentar a eficiência das estações de tratamento, em que a quantidade de análises realizadas online supera em muito os tradicionais ensaios de bancada. Melhoria de desempenho, redução no consumo de produtos químicos, diminuição do quadro de funcionários e maior controle operacional são alguns dos pontos positivos. Com a adoção do sistema automatizado, foi observada a redução na dosagem de todos os produtos químicos quando comparado ao modo manual de operação. O cloreto férrico apresentou redução de 28,9%; o consumo de hidróxido de cálcio em suspensão foi reduzido em 14,62%; o ácido fluossilícico em 31,4%; e o hipoclorito de sódio em 49,8% (figura 4). Essa redução no consumo de produtos químicos é decorrente do ajuste realizado pelo software de controle baseado nos intervalos de análise das amostras de água. A automação dos serviços de saneamento é uma realidade cada vez mais próxima, mas para que esse objetivo seja alcançado, é necessário o engajamento de todos os profissionais envolvidos na operação da estação

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de tratamento. Os técnicos exercem papel de destaque nessa mudança estrutural, profissional, tecnológica e também cultural.

Conclusões Diversas ferramentas de modela‑ gem foram desenvolvidas para ten‑ tar simular os processos operacionais em estações de tratamento de água e esgoto, no entanto as incertezas, va‑ riáveis, interações e dinâmica destes processos geralmente levam a dificul‑ dades na obtenção do desempenho desejado na operação desses siste‑ mas de tratamento. O uso da inteligência artificial (IA) é uma abordagem eficaz para lidar com as complexidades do sistema de tratamento de água. A lacuna entre o resultado gerado pelos es‑

forços detalhados de modelagem e a aplicabilidade do resultado a uma situ‑ ação prática pode ser preenchida atra‑ vés da construção de um sistema au‑ tomatizado, permitindo a incorporação de considerações implícitas e muitas vezes qualitativas consideradas cruciais pelos engenheiros e operadores. Os resultados operacionais dessa prática evidenciam a redução do con‑ sumo de produtos químicos, que além de gerar um maior retorno econômico, também contribui para a preservação do meio ambiente, com a diminuição do uso de coagulante à base de ferro e do lodo gerado.

Referências [1] Baxter, C.W.; Stanley, S.J.; Zhang, Q. Development of a full-scale artificial neural network model for the removal of natural organic matter by enhanced coagulation. Aqua, vol. 48, no 4. 1999.

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[2] Choo, K.; Van Merrienboer, B.; Gulcehre, C.L.; Bahdanau, D.; Bougares, F.; Schwenk, H.; Bengio, Y. Learning phrase representations using RNN encoder-Decoder for statistical machine translation. In: Conference on Empi‑ rical Methods in Natural Language Processing (EMNLP) 2014. Qatar. [3] Chung, J.; Gulcehre, C.; Cho, K.; Bengio, Y. Empirical evaluation of gated recurrent neural networks on sequence modeling. arXiv, p. 1‑9, 2014. [4] Santos, F.C.R; Librantz, A.F.H.; Dias, C.G.; Ro‑ drigues, S.G.: Intelligent system for improving dosage control. Acta Scientiarum. Technolo‑ gy, v. 39, 2017.

Trabalho resumido e adaptado do original Automação do sistema de dosagem de produtos químicos em uma estação de tratamento de água com uso de inteligência artificial – Case ETA Jardim Japão, apresentado no 32º Encontro Técnico AESabesp/Fenasan Congresso Nacional de Saneamento e Meio Ambiente, realizado de 14 a 16 de setembro de 2021, de forma online.


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Serviço

Guias de aeradores, compressores e sopradores Usados para aumentar a eficiência das estações de tratamento de efluentes, com a melhor degradação da carga orgânica e eficiência energética, os aeradores, compressores e sopradores são detalhados no guia a seguir, que traz informações como pressão, vazão e materiais.

Soprador/Compressor

Ecosan (11) 3468-3800 contato@ecosan.com

Grabe Bombas (11) 3183-5140 vendas@grabe.com.br

Hoffman & Lamson (19) 98168-8516 eric.zambelli@irco.com Nash (19) 98434-5172 nash.comercial@irco.com Omel (11) 95666-7458 vendas@omel.com.br

• •

• •

Retesp (18) 3654-2000 meioambiente@retesp.com.br

SPV (11) 94071-0574 vendas@spvbomba.com.br Vallair Airfluid (11) 4950-6980 vendas@vallair.com.br

Vazflux (11) 4191-0710 vendas@vazflux.ind.br

Vogelsang (51) 3562-3388 contato@vogelsang.com.br

Cerâmico

Membrana

Aço

Polipropileno

Bolha grossa

Bolha fina

Microbolha

Vertical

Isento de óleo ou lubrificado

Horizontal

Acima de 2000 m³/h

Rápido

Até 2000 m³/h

Lento

Acima de 1 bar

Submerso

Até 1 bar

Difusor Material

Fixo

Mancal magnético

Vazão

Flutuante

Múltiplo estágio

Empresa / telefone / e-mail

B&F Dias (19) 98305-4748 bfdias@bfdias.com.br

Aerador mecânico

Roots (lóbulo)

Pressão Centrífugo (bar)

Parafuso

36

• • •

Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 58 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Hydro, julho e agosto de 2022. Este e muitos outros Guias HY estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/hydro e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.


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Hidrometria

Aplicação de medidores volumétricos e ultrassônicos Luiz Claudio Drumond, chefe do Laboratório de Micromedição da Cedae Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro; Marcio Velasque Penido, analista de processos a serviço da Cedae pela Infometter Soluções

Os hidrômetros podem ter desempenhos variados, dependendo do fabricante e tecnologia. Por meio de análise em laboratório, é possível identificar o ponto em que um medidor apresenta submedição elevada. Este trabalho apresenta um método de análise que permite a identificação, na rede, dos medidores com desgaste e, com base em estudo de viabilidade econômicofinanceira, determinar em quais consumidores se aplicam medidores volumétricos ou ultrassônicos.

M

uitas concessionárias de serviços de água vêm investindo em programas de redução e controle de perdas, buscando melhorar os seus indicadores e minimizar a retirada de água bruta dos mananciais. Essas Fig. 1 – Instalações do Laboratório de Medidores da Cedae-RJ ações têm impactado positivamente o grau de eficiência As torneiras boia das caixas d’água operacional e energética de emprovocam o amortecimento das vazões abaixo das capacidades dos hipresas, possibilitando a redução de drômetros. À medida que os hidrômegastos com insumos como produtos tros se desgastam, os efeitos da subquímicos, equipamentos e energia medição aumentam gradativamente. elétrica. O percentual de submedição incide No balanço hídrico proposto pela sobre todo o volume micromedido. IWA - International Water Association, As ligações clandestinas, hidrômetros as perdas de água têm uma abordafraudados e ligações com falhas de gem direcionada aos volumes fornecadastros também representam uma cidos e não faturados, designados de parcela de perda aparente, mas não “perdas aparentes”, onde se encontra serão abordados neste artigo. a submedição por imprecisão dos hiComo aliado no combate às perdrômetros, pois estes são aparelhos das aparentes, nota-se a crescente utimecânicos que possuem, desde sua lização de hidrômetros volumétricos e fabricação, dificuldade em medir o a chegada de novos medidores com volume efetivamente entregue em diferentes princípios de funcionamenfunção do abastecimento indireto.


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39

30 25

23,21

23,92

Tab. I – Relação de custo médio de medidores por tecnologia x IDM

15 10 5 0

6,99

6,83

7,34

7,29

5,86

4,56

0~5 m3/h 1,73

0a5

5 a 15

15 a 30 30 a 50 50 a 150

150 a 350

350 a 550

Custo*

Índice de Desempenho da Medição (IDMn)

Velocimétrico Classe B

C1

93~96 %

Volumétrico Classe C

2 C1

98%

Faixa de medição

12,27

550 a 850

850 a 1150

1150 a 1500

Tecnologia

99% Ultrassônico R 250 6 C1 (*) O uso desta tabela deve ser precedido de uma pesquisa de mercado, atualizando a relação de custo sugerida a título de exemplo.

Faixa de vazão (L/h)

dade relacionada a travamento por particulado em suspensão, possuem um ponto forte, que é o desempenho frente aos medidores velocimétricos, amplamente utilizados no mundo. No Brasil, o abastecimento indireto evidencia ainda mais os efeitos da submedição. Atualmente, o mercado disponibiliza equipamentos para medição e faturamento com tecnologia ultrassônica ou eletromagnética, com baterias de alta performance embarcada, que oferecem precisão e durabilidade superiores aos hidrômetros convencionais mecânicos. Outra vantagem é que, por não possuírem partes móveis, não são suscetíveis a travamentos ou desgastes, fato frequente nos medidores de turbinas, que limitam sua permanência na rede em poucos anos. Mas, se por um lado temos maior precisão e durabilidade nos medidores ultrassônicos, por outro, os custos

Fig. 2 – Histograma elaborado e função perfil típico de abastecimento domiciliar

to, mas com ênfase na eletrônica, os denominados medidores estáticos. Esses aparelhos, apesar dos custos superiores aos dos medidores convencionais, podem contribuir para a redução das perdas aparentes, desde que um estudo de viabilidade econômico-financeira prévio seja feito para auxiliar na tomada de decisão.

Tecnologias disponíveis para aplicação na micromedição Os estudos recentes de Ensaios para Determinação dos Erros de Medição, em conformidade com a norma ABNT NBR 15538 - Medidores de Água Potável - Ensaios para Avaliação de Eficiência [1], têm alavancado reflexões sobre os medidores volumétricos. Estes, apesar da vulnerabili-

Tendência de desempenho entre tecnologias

105

Medidor estático

100 95

Índice de desempenho (%)

Peso (%)

20

y = -3E-05x + 99,093

Medidor volumétrico y = -0,0013x + 98,683

90

Medidor velocimétrico

85

y = -0,0041x + 94,57

80 75 70 65 60

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

Consumo acumulado (m³)

Fig. 3 – Tendência de desempenho metrológico – Medidor velocimétrico x volumétrico x estático

de aquisição para sua aplicação podem inviabilizar o investimento, como mostra a tabela I.

Determinação do Índice de Desempenho da Medição (IDM) A metodologia consiste em obter o IDM - Índice de Desempenho da Medição de amostras estratificadas de hidrômetros novos e usados, por fabricante, tipo e capacidade. Para o presente estudo, os ensaios foram realizados no Laboratório de Medidores da Cedae do Rio de Janeiro, certificado pela Inmetro, em conformidade com a ISO 17025. O plano de amostragem foi montado contendo diferentes faixas de volume totalizado nos hidrômetros retirados da rede. Em conformidade com a NBR 15538, o IDM pode ser calculado pela seguinte expressão: IDM = 100 . Epi Os ensaios de avaliação de eficiência de medidores tomam como base o perfil de consumo típico de abastecimento domiciliar, obtido pela associação entre o perfil de consumo e o erro relativo apresentado pelo medidor de água (Epi), nas faixas de vazões detalhadas na figura 2. Realizando ensaios definidos pela norma em (n) amostras, e adotando critérios estatísticos utilizando a distribuição (t) de Student, os dados obtidos são plotados em um gráfico conforme apresentado na figura 3.


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Tab. II – Estrutura tarifária (Cedae Jan./2017)

Hidrometria As linhas de tendência evidenciam que os medidores estáticos não sofrem desgaste e mantêm a performance, mas no caso dos medidores velocimétricos e volumétricos, o IDM sofre redução à medida que o volume acumulado aumenta, comprovando que o desgaste se dá em função do número de rotação da turbina e não do tempo de instalação. As equações lineares podem ser reescritas em função da leitura (L) de cada medidor e do IDM. Essas equações representam a efetividade de medição dos medidores unijatos marca (x), volumétricos marca (y) e ultrassônico marca (z). Por exemplo, a efetividade de medição dos equipamentos velocimétricos unijatos, marca (x) é: IDM (L) = -0,0041 L + 94,57

Volume submedido em medidor em uso O primeiro passo na escolha de qual equipamento deve ser aplicado em substituição ao medidor existente no campo é identificar o desempenho da medição apresentado pelo hidrômetro em uso. Com base no volume submedido (Vs), será possível calcular

Tarifa

o potencial de recuperação de receita. A fórmula é dada por:

sendo: • IDMn - Índice de desempenho do hidrômetro novo (%). • IDMuso - Índice de desempenho do hidrômetro em uso (%).

Cálculo da recuperação financeira após a troca do medidor

T1 T2 T3 T4 T5

Faixa

Valor da tarifa

0 ~15 m3/mês > 15 ~ 30 m3/mês > 30 ~ 45 m3/mês > 45 ~ 60 m3/mês > 60 m3/mês

R$ 3,54 R$ 7,80 R$ 10,63 R$ 21,27 R$ 28,36

após a troca de um hidrômetro, utiliza-se a seguinte expressão: Rf = Vs . T

Caso a localidade possua o serviço de coleta, transporte e tratamento de esgoto, o valor mensal recuperado deve ser multiplicado por 2.

Devemos considerar que uma troca de hidrômetro com desgaste por Troca de um medidor um novo medidor proporcionará uma em uso por um novo medidor melhora na medição e possivelmen- velocimétrico (exemplo 1) Em um consumidor com volume te no faturamento. Essa melhora será em função do desgaste do medidor medido no hidrômetro velocimétriem uso, da qualidade do novo medi- co, tipo unijato marca (x), em uso de dor e do valor da tarifa, obedecendo a estrutura tarifária R$ 9,54 de cada companhia. Como 1 2 3 4 5 n Mês exemplo, foi utilizada a estrutura tarifária da Cedae, -R$ 80,00 vigente em janeiro de 2017 (tabela II). Portanto, para obter o va- Fig. 4 – Fluxo de caixa da substituição do medidor em uso por lor mensal recuperado (Rf), novo medidor


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Vs = 0,61 m3/mês ou 20,4 L/ligação . dia

Cálculo do valor mensal recuperado A

B

C

Considerando a segunda faixa tarifária, utilizaremos T2 = R$ 7,80

Fig. 5 – Hidrômetros instalados em série para estudo comparativo de desempenho

16 m³/mês com leitura de 850 m³, qual será a perda por submedição recuperada e o valor mensal recuperado caso seja efetuada a substituição por um mesmo hidrômetro da mesma marca, porém novo?

Cálculo da perda por submedição recuperada:

Rf = R$ 9,54/mês A substituição de um medidor antigo por um novo irá recuperar um valor de R$ 9,54 no faturamento mensal.

Avaliação de viabilidade do medidor velocimétrico As boas práticas de gestão de projetos sugerem estudos prévios de viabilidade econômica. A essência da avaliação econômico-financeira é me-

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dir o retorno de um projeto de maneira comparável a outros investimentos. O primeiro passo é a montagem do fluxo de caixa, isto é, a definição do fluxo de entrada e saída de dinheiro durante o ciclo de medição desejado. Essa avaliação auxiliará no processo de tomada de decisão. Portanto, no exemplo citado, tem-se o seguinte fluxo de caixa, considerando que o custo da mudança tenha sido da ordem de R$ 80, sendo R$ 50 relativos à compra do medidor e R$ 30 relativos ao custo de mão de obra de sua substituição. Para calcular o VPL - Valor Presente Líquido, usa-se a seguinte equação:

O VPL de uma substituição possui as seguintes possibilidades de resultado:


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Hidrometria • Maior que 0: a troca é economicamente viável. • Igual a 0: não terá retorno. • Menor que 0: não é economicamente atrativo.

Avaliação de viabilidade do medidor velocimétrico Portanto, para uma taxa de juros estimada em 8% ao ano, o VPL em 12 meses do exemplo apresentado será de R$ 26. Com base no exemplo anterior, podemos constatar que a troca é economicamente viável, considerando que o VPL em 12 meses será positivo e o retorno do investimento de R$ 80 ocorrerá em nove meses.

Troca de um medidor em uso por um novo medidor volumétrico (exemplo 2) Adotando-se o mesmo consumidor do exemplo anterior, com volume medido no hidrômetro velocimétrico tipo unijato marca (x), em uso de 16 m³/mês com leitura de 850 m³, qual será a perda por submedição recuperada e o valor mensal recuperado caso seja efetuada a substituição por um hidrômetro volumétrico novo? Substituindo o medidor antigo por um medidor volumétrico de 1,5 m3/h classe C com custo = 2C, tem-se: IDMn = 0,0013 . 0 + 98,6

Cálculo da perda por submedição recuperada:

Vs = 1,32 m3/mês ou 44 L/ligação . dia

Cálculo do valor mensal recuperado Considerando a segunda faixa tarifária, utilizaremos T2 = R$ 7,80

Volume fornecido e não contabilizado ao longo da vida útil do medidor Rf = 20,59 m /mês A substituição de um medidor antigo por um novo volumétrico irá recuperar um valor de R$ 20,59/mês no faturamento. 3

Avaliação de viabilidade do medidor volumétrico O fluxo de caixa substituindo o medidor antigo por um medidor volumétrico de 1,5 m3/h classe C com custo = 2C (R$ 160) terá um VPL = R$ 76 e o payback em 10 meses, tornando essa opção de troca mais vantajosa. Podemos concluir que, apesar do custo superior do medidor volumétrico, o resultado financeiro ao longo de um ano demonstra-se favorável à aplicação da tecnologia nos consumidores com perfil igual ao exemplo apresentado.

Resultados

Com base no exemplo 1 e no gráfico da figura 3, pode-se constatar que o volume não contabilizado ao longo da vida útil de um hidrômetro corresponde à área hachurada do gráfico da figura 6. Ao calcular a área, tem-se o valor desejado. Ao deduzir a fórmula do polígono, em função da área, resultará a equação a seguir, que permitirá obter o volume não faturado ao longo da vida útil de um hidrômetro:

sendo: Vp - volume não faturado ao longo da vida útil do hidrômetro (m3). L - leitura do hidrômetro em uso (%). IDMn - Índice de Desempenho da Medição para o medidor novo (%).

Volume não faturado do medidor do exemplo 1

Considerando o mesmo hidrômeCom o objetivo de comprovar na tro velocimétrico, tipo unijato marca prática o estudo apresentado, foram instalados em série os medidoTab. III – Estudo comparativo entre tipos de hidrômetros res conforme os exemplos 1 e 2, Hidrômetro oficial A HD Teste B HD Teste C que deveriam aumentar o faturaVolume Valor Volume Valor Volume Valor mento em R$ 9,54 e R$ 20,59, Medição faturado faturado faturado faturado faturado faturado respectivamente. (R$) (m³) (R$) (m3) (R$) (m3) 17 110,18 17,5 116,84 18 123,5 O hidrômetro (A) era o me- Nov./17 16 104,12 16,5 110,78 17 117,44 didor oficial, que registrava as fa- Dez./17 Jan./18 14 73,96 14,5 76,6 16 110,06 turas mensais e estava com 850 Fev./18 19 125,92 19,5 132,58 20 139,24 m³ de leitura. O hidrômetro (B) Mar./18 19 133,18 19,5 139,84 20 146,5 foi instalado em série e estava Abr./18 18 134,4 18,5 141,06 19 147,72 novo, ou seja, com a leitura de Mai./18 14,5 77,37 15 94,44 15,5 101,1 14 73,96 14,5 91,4 15 98,06 0 m³. O hidrômetro volumétrico Jun./18 14,5 77,2 15 94,44 16 110,06 (C), também novo, foi instalado Jul./18 Ago./18 14,5 77,2 15 94,44 16 110,06 em série. O teste buscou obter Set./18 17 106,54 17,5 113,2 18 119,08 resultados práticos ao longo de Out./18 16 107,76 16,5 114,42 17 121,08 um ano. Observa-se, na tabela Total 193,5 1201,79 199,5 1320,04 207,5 1443,9 III, que os resultados foram bem Valor do Faturamento acrescido/mês 9,85 20,18 próximos ao valor teórico obtido. (R$/mês)


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A Intersolar South America é a maior feira & congresso para o setor solar da América Latina, realizada anualmente no Expo Center Norte de São Paulo, enfocando os ramos de fotovoltaicos, produção FV e tecnologias termossolares. Com eventos distribuídos em quatro continentes, a Intersolar é a principal série de feiras e congressos para o setor solar. A Intersolar South America é parte do núcleo de inovações The smarter E South America.


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Hidrometria

Tendência de desempenho entre tecnologias 100

(x) com leitura de 850 m , qual será o volume não faturado ao longo de sua vida útil?

Volume fornecido e não faturado ao longo da vida útil do medidor

Cálculo do volume não faturado:

Índice de desempenho (%)

3

95

90

Medidor velocimétrico 85 y = -0,0041 x 94,57

80

75

Vp = 60,96 m3

Definição do nível econômico de perdas aparentes da hidrometria (NEPhd) Esta formulação poderá ser valiosa na obtenção do NEPhd - Nível Econômico de Perdas na Hidrometria, se considerarmos que o produto do volume não faturado pelo custo por m3 da água representará o valor não faturado (perda). Vp . Custoop = Perda (R$) sendo: • Vp - volume não faturado ao longo da vida útil (m3). • Custoop - custo da água produzida e fornecida (R$/m3). • Perda - valor financeiro perdido (R$). Adotando a premissa de que o investimento para a troca de medidores deverá ser sempre inferior ao valor financeiro perdido, teremos: Vp. Custoop > Custo troca Considerando o critério de custo de medidores das tecnologias velocimétricas, volumétricas e ultrassônicas: Custo Troca Medidor Ultrassônico > Custo Troca Medidor Volumétrico > Custo Troca Velocimétrico Portanto, seguindo essa premissa, é possível selecionar a tecnologia velocimétrica, volumétrica ou ultrassônica, de acordo com o custo da troca do medidor, aliado à avaliação do retorno financeiro.

0

500

850 1000

1500

2000

2500

3000

Consumo acumulado (m³)

Fig. 6 – Volume fornecido e não contabilizado

Com base no presente estudo, é possível avaliar cenários para cada caso, conforme o próximo exemplo descrito. Considerando consumidores com consumo acumulado em torno de 1000 m3 no totalizador, com medidores velocimétricos instalados, e estabelecendo o retorno financeiro por cada tipo de medidor, é possível criar cenários para a tomada de decisão e escolha da tecnologia empregada. Nesta análise foi adotada uma taxa de juros de 12% ao ano.

Tomada de decisão Para medidores identificados no campo, com leitura em torno de 1000 m3, a tecnologia a ser empregada em cada substituição será definida com base na TIR - Taxa Interna de Retorno, que deverá ser próxima ou superior à taxa de juros estabelecida, adotando como a melhor opção o maior VPL apresentado, comparando as tecnologias. Com base nessa premissa, as seguintes decisões poderão ser tomadas: • Aplicação de medidores velocimétricos – Consumo entre 0 e 15 m³/mês No caso da estrutura tarifária adotada, em que a tarifa mínima é de 15 m3/mês, não haverá retorno financeiro significativo nas trocas, mas é reco-

mendável a substituição ou verificação subsequente dos equipamentos em intervalo não superior a sete anos, em conformidade com o Regulamento Técnico Metrológico do Inmetro, aprovado pela Portaria 295/2018. Por este motivo, neste caso, o medidor velocimétrico apresenta-se como a melhor opção [2]. • Aplicação de medidores volumétricos – Consumo entre 16 e 30 m³/mês Com base na tabela IV, o medidor volumétrico apresenta-se como a melhor opção na faixa de consumo entre 16 e 30 m3/mês, considerando que a TIR é superior ao medidor ultrassônico nesta faixa, e o VPL apresenta-se superior, quando comparado às demais tecnologias. • Aplicação de medidores estáticos – Consumo maior que 30 m³/mês Em clientes com consumo a partir de 30 m³/mês, observa-se que a tecnologia ultrassônica é uma opção preferencial, pois o VPL é superior. A TIR também é superior a 12%, comprovando a viabilidade da estratégia empregada.

Conclusões Com base no estudo realizado, concluiu-se que:


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Tab. IV – Análise de viabilidade por tipos de medidores Velocimétrico Volumétrico Estático Consumo médio TIR Payback VPL TIR Payback VPL TIR (m³/mês) Payback VPL 14 13 86,36 8% 11 268,07 9% 27 50,79 2% 15 11 111,49 10% 10 315,00 11% 24 108,06 3% 16 10 138,47 11% 10 364,20 12% 22 168,02 3% 17 9 167,30 13% 9 415,69 13% 20 230,70 4% 18 8 198,01 15% 8 469,49 15% 19 296,11 5% 19 7 230,60 17% 8 525,63 16% 17 364,29 5% 20 7 265,10 19% 7 584,11 17% 16 435,24 6% 21 6 301,52 21% 7 644,96 19% 15 509,00 7% 22 6 339,88 24% 6 708,21 21% 14 585,59 7% 23 5 380,19 26% 6 773,86 22% 13 665,03 8% 24 5 422,46 29% 6 841,94 24% 12 747,35 9% 25 5 466,72 32% 5 912,47 26% 12 832,56 9% 26 4 512,99 34% 5 985,46 27% 11 920,70 10% 27 4 561,27 37% 5 1060,95 29% 11 1011,79 11% 28 4 611,58 40% 5 1138,95 31% 10 1105,85 12% 29 4 663,95 44% 4 1219,48 33% 10 1202,91 12% 30 4 718,39 47% 4 1302,57 35% 9 1302,99 13% 31 3 851,64 55% 4 1527,17 41% 8 1575,39 15% 32 3 915,53 59% 4 1623,35 43% 8 1691,13 16% 33 3 981,73 63% 4 1722,39 46% 7 1810,25 17% 34 3 1050,27 67% 4 1824,30 48% 7 1932,78 18% 35 3 1121,16 72% 3 1929,12 51% 7 2058,74 19%

• O método apresentado pode ser empregado em diferentes estruturas tarifárias e permite a escolha correta

da tecnologia a ser aplicada. • As trocas de medidores são necessárias e as ações devem ser realizadas com critérios e métodos bem definidos, visando o maior retorno possível do investimento aplicado. • Tendo em vista a diversificação de medidores instalados em campo, o método proposto de substituição dos hidrômetros é interessante e eficaz. Ao analisar a tecnologia mais conveniente a cada nicho de consumidores, é possível obter os

melhores resultados com o menor investimento. • A troca pelos medidores estáticos, apesar do custo elevado, demonstra-se viável, desde que seja precedida pelo estudo apresentado.

Referências [1] ABNT 15538. Medidores de água potável - Ensaios para avaliação de eficiência. São Paulo. Publicada em 9/12/2011 e substituída em 2014. [2] Portaria 295/2018. Regulamento Técnico Metrológico do Inmetro - Medidores de água potável fria ou quente. Publicada em 28/06/2018.

Trabalho originalmente apresentado no 31º Encontro Técnico AESabesp/Fenasan - Congresso Nacional de Saneamento e Meio Ambiente, realizado de 15 a 17 de setembro de 2020, de forma online.


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Serviço

Guias de tubos e conexões Para expandir as redes de água e esgoto e atingir as metas de universalização do saneamento, os tubos estão entre os principais investimentos das empresas, tanto para a construção de novas redes como para reparos das existentes. Veja quem fornece os produtos no guia a seguir, que também inclui as aplicações para sistemas prediais e industriais.

Materiais dos tubos e conexões

Aerodinâmica (11) 98320-4476 vendas@aerodinamica.com

• • •

• • • •

Belfano (11) 3718-1818 fernando@belfano.com.br

Outro material

Concreto

Ligas especiais

Cobre

Cerâmica

Ferro dúctil

Ferro fundido

Aço inoxidável

• • • • • • •

Casa das Válvulas (31) 99342-0024 comercial@casadasvalvulasmg.com.br

• • • •

• • •

• • • •

• •

• • • • • • • • • •

Centerval (19) 2105-1200 centerval@centerval.com.br

Cepex (11) 94249-1106 rlemos@fluidra.com.br

Complastec (34) 99152-1615 complastec@complastec.com.br

Conexões Shiva (46) 3263-7400 shiva@shiva.ind.br

• • • •

• •

Corr Plastik (11) 4529-1500 corr@corr.com.br

• •

• •

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• • • •

• •

Emmeti (11) 2955-4963 contato@emmeti.com.br

GF FGS (11) 94617-8000 fgsbrasil@fgsbrasil.com.br

Aço galvanizado

BR Válvulas (21) 99888-8346 cvillela@brvalvulas.com

Georg Fischer (11) 5525-1311 br.ps@georgfischer.com

Aço-carbono

Latão

Bronze

Borracha flexível

ABS

PVDF (3)

• • •

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PET

Multicamadas – AL

Monocamada

PEAD

• •

Agru (11) 94586-9004 info@agru.com.br Amanco Wavin 0800 701 8770 atendimento.comercial@wavin.com

PP – Polipropileno

PERT

PPR

CPVC Schedule

CPVC

PRFV (2)

RPVC (1)

PVC reforçado

PVC Schedule

PVC leve

PVC DeFoFo

Empresa / telefone / e-mail

PVC estruturado

PEX

PVC

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• •

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(1) PVC reforçado com fibra de vidro; (2) Poliéster reforçado com fibra de vidro; (3) Fluoreto de polivinilideno.

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Materiais dos tubos e conexões

Goiânia Hidráulica (46) 99116 0408 goianiahidraulica@hotmail.com

• • • • • • • • • • •

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• •

• •

Outro material

Concreto

Ligas especiais

Cobre

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Hidrodema (11) 98578-1760 hidrodema@hidrodema.com.br

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Hydrostec (12) 98229-2497 marcos.gomes@hydrostec.com.br Invel (11) 99681-4173 vendas@invel.ind.br

Ferro dúctil

• • • • •

Hidramaco (11) 2955-7300 hidramaco@hidramaco.com.br

Hydro Z (11) 99134-7977 contato@hydroz.com.br

Ferro fundido

Aço inoxidável

Aço galvanizado

Aço-carbono

Latão

Bronze

Borracha flexível

ABS

PVDF (3)

PET

Multicamadas – AL

Monocamada

PEAD

PP – Polipropileno

PERT

PPR

CPVC Schedule

CPVC

PRFV (2)

RPVC (1)

PVC reforçado

PVC Schedule

PVC leve

PVC DeFoFo

PVC

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PVC estruturado

PEX

• •

IPC Brasil (51) 3086-4040 centraldevendas@ipcdobrasil.com.br (1) PVC reforçado com fibra de vidro; (2) Poliéster reforçado com fibra de vidro; (3) Fluoreto de polivinilideno.

• • • •

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Serviço Materiais dos tubos e conexões

Jkovacs Ind (11) 98581-0123 valdir@jkovacs.com.br

Outro material

Concreto

Ligas especiais

Cobre

Cerâmica

Ferro dúctil

Ferro fundido

Aço inoxidável

Aço galvanizado

Aço-carbono

Latão

Bronze

Borracha flexível

ABS

PVDF (3)

PET

Multicamadas – AL

Monocamada

PEAD

PP – Polipropileno

PERT

PPR

CPVC Schedule

CPVC

PRFV (2)

RPVC (1)

PVC reforçado

PVC Schedule

PVC leve

PVC DeFoFo

PVC

Empresa / telefone / e-mail

PVC estruturado

PEX

• •

Joplas (82) 3269-4567 joplas@joplas.com.br

• •

Kanaflex (11) 98602-2907 mkt@kanaflex.com.br

Krona (47) 3431-7800 contato@krona.com.br

KS (51) 99805-5702 comercial@ksindustrial.com.br

Majestic (11) 98223-8234 monica@majestic.com.br

• • •

McFluid (11) 98147-4182 comercila@mcfluid.com.br

Merc (11) 96989-4902 vendas@merc.com.br

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Multilit (41) 2169-2900 marketing@multilit.com.br

• •

Pipe (31) 3514-8888 falecom@pipest.com.br

• • •

Plastifluor (11) 2504-5858 vendas@plastifluor.com.br

Potênza (11) 98178-3333 amilcar@hidraulicapotenza.com.br

Redebras (11) 2303-4288 redebras@redebras.com.br

• • • • • •

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Saint-Gobain (21) 2128-1600 pamsac@saint-gobain.com SOE (11) 98964-1799 emir@soe.ind.br

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Swagelok (11) 5080-8888 comercial@tecflux.com.br

Tecniplas (11) 97547-9212 tecniplas@tecniplas.com.br

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TopFusion (47) 99182-2127 tf@topfusion.com.br

• • •

Toraqua (19) 99300-0287 contato@toraqua.com.br

Tubo e Cia (17) 99651-9818 loja@tuboecia.com.br

• •

Unitubos (11) 99919-6057 vendas2@unitubos.com.br

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Vetro (16) 99962-5625 comercial@vetro.com.br

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(1) PVC reforçado com fibra de vidro; (2) Poliéster reforçado com fibra de vidro; (3) Fluoreto de polivinilideno.

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Serviço Aplicações dos tubos e conexões

Aerodinâmica (11) 98320-4476 vendas@aerodinamica.com Agru (11) 94586-9004 info@agru.com.br Amanco Wavin 0800 701 8770 atendimento.comercial@wavin.com Belfano (11) 3718-1818 fernando@belfano.com.br BR Válvulas (21) 99888-8346 cvillela@brvalvulas.com Casa das Válvulas (31) 99342-0024 comercial@casadasvalvulasmg.com.br Centerval (19) 2105-1200 centerval@centerval.com.br Cepex (11) 94249-1106 rlemos@fluidra.com.br Complastec (34) 99152-1615 complastec@complastec.com.br Conexões Shiva (46) 3263-7400 shiva@shiva.ind.br Corr Plastik (11) 4529-1500 corr@corr.com.br Emmeti (11) 2955-4963 contato@emmeti.com.br Georg Fischer (11) 5525-1311 br.ps@georgfischer.com GF FGS (11) 94617-8000 fgsbrasil@fgsbrasil.com.br Goiânia Hidráulica (46) 99116 0408 goianiahidraulica@hotmail.com Hidramaco (11) 2955-7300 hidramaco@hidramaco.com.br Hidrodema (11) 98578-1760 hidrodema@hidrodema.com.br Hidroplast (81) 8808-9250 sandra@hidroplast.com.br Hydro Z (11) 99134-7977 contato@hydroz.com.br Hydrostec (12) 98229-2497 marcos.gomes@hydrostec.com.br Invel (11) 99681-4173 vendas@invel.ind.br IPC Brasil (51) 3086-4040 centraldevendas@ipcdobrasil.com.br Jkovacs Ind (11) 98581-0123 valdir@jkovacs.com.br Joplas (82) 3269-4567 joplas@joplas.com.br

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Revestimento anticorrosivo

Anel de vedação

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tê de serviço

Rede coletora

Kanaflex (11) 98602-2907 mkt@kanaflex.com.br Krona (47) 3431-7800 contato@krona.com.br KS (51) 99805-5702 comercial@ksindustrial.com.br Majestic (11) 98223-8234 monica@majestic.com.br McFluid (11) 98147-4182 comercila@mcfluid.com.br Merc (11) 96989-4902 vendas@merc.com.br Multilit (41) 2169-2900 marketing@multilit.com.br Pipe (31) 3514-8888 falecom@pipest.com.br Plastifluor (11) 2504-5858 vendas@plastifluor.com.br Potênza (11) 98178-3333 amilcar@hidraulicapotenza.com.br Racaza (51) 8629-8685 comercial@racaza.com.br Redebras (11) 2303-4288 redebras@redebras.com.br Saint-Gobain (21) 2128-1600 pamsac@saint-gobain.com SOE (11) 98964-1799 emir@soe.ind.br Swagelok (11) 5080-8888 comercial@tecflux.com.br Tecniplas (11) 97547-9212 tecniplas@tecniplas.com.br Tecno Fluidos (11) 3619-8883 marketing@tecnofluidos.com.br TopFusion (47) 99182-2127 tf@topfusion.com.br Toraqua (19) 99300-0287 contato@toraqua.com.br Tubo e Cia (17) 99651-9818 loja@tuboecia.com.br Unitubos (11) 99919-6057 vendas2@unitubos.com.br Vetro (16) 99962-5625 comercial@vetro.com.br

Esgoto

Ligação predial (para ramais)

colar de tomada

Empresa / telefone / e-mail

Adução e redes de distribuição

Água

Acoplamento mecânico p/união de tubos

Redes públicas

• •

• •

• •

• •

• •

• • •

Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 377 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Hydro, julho e agosto de 2022. Este e muitos outros Guias HY estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/hydro e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.


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Conexão

Uma proposta para a redução de perdas de água O artigo apresenta a metodologia desenvolvida pela AGESAN-RS - Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento do Rio Grande do Sul para implantação de um programa de redução de perdas de água nos municípios atendidos. Com etapas padronizadas e sincronizadas ao longo de 2021 e 2022, as medidas começarão a ser aplicadas nos 24 prestadores regulados a partir do próximo ano. Vagner Gerhardt Mâncio, Demétrius Jung Gonzalez, Tiago Luis Gomes, Daniela Pinho Rocke e Daniel Luz dos Santos, da AGESAN-RS

O

s prestadores de serviço de abastecimento de água regulados pela AGESAN-RS - Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento do Rio Grande do Sul apresentam comportamentos de redução de perdas sem evolução positiva ao longo dos anos (tabela I). Dessa forma, a agência desenvolveu um Programa de Redução de Perdas (PRP) com objetivo de fomentar os municípios a melhorarem os indicadores. O PRP baseou-se em alguns estudos, com destaque para os guias práticos da AESBE – Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento; os dados históricos do SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento; os conceitos estratégicos da Infrastructure Asset Management; a revisão tarifária dos municípios consorciados homologada pela agência; a análise de impacto regulatório; o nível econômico de perdas de água do ProEESA – Projeto de Eficiência Energética em Sistema de Abastecimento de Água; e os PMSBs - Planos Municipais de Saneamento Básico, que reúnem diretrizes nacio-

nais e princípios para a universalização do acesso ao saneamento, definidos por leis ordinárias municipais. Deve-se também observar as competências atribuídas pelas Leis Federais 11.445/2007 e 14.026/2020 [1, 2] e pelo Decreto Federal 10.588/2020, associado à Portaria 490/2021 do MDR - Ministério do Desenvolvimento Regional, que estabelece o cumprimento de índice de perda de água na distribuição como condicionante para recebimento de recursos federais pelos municípios.

Metodologia do PRP A metodologia foi desenvolvida com conceito dinâmico e interdependente entre as etapas, conforme apresenta a figura 1 e detalhada a seguir: • Resolução inicial (CSR 005/2021): formaliza sua abrangência para estabelecimento de diretrizes quanto à redução de perdas de água dos municípios regulados pela AGESAN-RS, organizada em tópicos essenciais para o controle e redução de perdas de

Tab. I – Perdas na rede de distribuição nos municípios regulados pela AGESAN-RS em % (SNIS, 2019) Municípios Campo Bom Canela Canoas Capela de Santana Estância Velha Esteio Igrejinha Nova Hartz Nova Santa Rita Novo Hamburgo Parobé Portão Riozinho Rolante Sapiranga Sapucaia do Sul Tramandaí Três Coroas

2010

2019

27,3 41,1 53,8 46,1 43,6 42,1 43,5 33,3 50,7 47,8 52,3 43,8 39,7 49,3 56,9 41,2 45,3

38,8 50,2 54,1 31,3 41,8 44,0 33,3 62,3 36,3 38,1 47,8 37,9 47,9 48,7 51,1 40,8 22,0 23,8

água: macromedidores, hidrômetros, pressões das redes de distribuição, redes do sistema de abastecimento, gestão de ativos e nível econômico de perdas de água. • Diagnóstico: avaliação do cenário atual com base no histórico dos volumes de produções, consumos e perdas de água, características do parque


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Conexão

Diagnóstico

• Formalização • Coleta

de dados

• Macromedição

• Balanço

hídrico de

• Estimativa

perdas

hídrica • Estudos estatísticos • Simulação

Metas

• Modelagem

Resolução inicial

normativas

• Indicadores

macro

• Indicadores

• Execução

de ações

• Acompanhamento

micro

• Cronogramas

RAIR

Monitoramento

• Resoluções

de resultados

Regulação

Fig. 1 – Fluxograma da Metodologia do Programa de Redução de Perdas de Água da AGESAN-RS

Difícil execução e baixo custo

Difícil execução e alto custo

Fácil execução e baixo custo

Fácil execução e alto custo

Valores dos investimentos Fig. 2 – Cenários para análise estratégica

definição de metas e prazos objetivos. A figura 3 apresenta uma proposta de organização das ações ao longo dos anos, com base nos cenários desenvolvidos na figura 2. • Regulação: desenvolvimento de resoluções e normativas capazes de respaldar os prestadores de serviço ao cumprimento de suas metas de redução de perdas de água. Estas deverão ser específicas referentes às questões operacionais dos macromedidores, hidrômetros, pressões das redes de distribuição, tubulações e comportamento que alcançará a eficiência. • Monitoramento: como em todos os processos, é necessário realizar verificações dos resultados alcançados, bem como definir em resolução as fontes de informações dos dados que compõem os resultados. O monitoramento pode seguir dois conceitos: o primeiro específico aos controles dos resultados estabelecidos, já o segundo pode monitorar as atividades do prestador de serviço. Esta pode ser executada na for-

Valores dos investimentos

Implementações de ações

de hidrômetros, comportamento das pressões da rede de distribuição, tubulações, interrupções no abastecimento, métodos utilizados para detectar vazamentos, NEP – nível de eficiência de perdas e matriz de balanço hídrico. • RAIR: avaliação das técnicas adequadas para redução das perdas e estimativa dos investimentos necessários e potencial de retorno. Para tanto, segue o processo sistemático da Análise do Impacto Regulatório (AIR), baseado em evidências, que busca avaliar a partir da definição de um problema regulatório os possíveis impactos das ações, tendo como finalidade orientar e subsidiar a tomada de decisão. Os cenários desta etapa estão apresentados na figura 2. • Metas: subsidiada pelos resultados apresentados pelo RAIR. Apesar das conclusões dos indicadores para redução de perdas de água estarem agregadas, será necessário o desenvolvimento de normativas específicas para definição dos indicadores, com

Alto custo e baixo retorno

Alto custo e alto retorno

Baixo custo e baixo retorno

Baixo custo e alto retorno

Potencial resultado


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Fácil execução, baixo custo e baxo retorno

Difícil execução, baixo custo e alto retorno

Percentual de perdas

Fácil execução, baixo custo e alto retorno

Fácil execução, alto custo e alto retorno

Difícil execução, baixo custo e baixo retorno

Fácil execução, alto custo e baixo retorno

Difícil execução, alto custo e alto retorno

Ano 15

Ano 14

Ano 13

Ano 12

Ano 11

Ano 10

Ano 9

Ano 8

Ano 7

Ano 6

Ano 5

Ano 4

Ano 3

Ano 2

Ano 1

Ano 0

Difícil execução, alto custo e baixo retorno

Fig. 3 – Proposta de evolução dos indicadores de desempenho para redução de perdas

ma de fiscalizações diretas ou indiretas, verificando, por exemplo, os planos de substituição de hidrômetros ou redes, entre outros fatores. Como mencionado, o desenvolvimento do programa está baseado em conceitos e estudos com reconhecimento nacional e internacional. Contudo, a revisão teórica mostrou uma diversidade grande de técnicas e métodos. O grande desafio foi sintetizar de forma organizada uma metodologia focada para o prestador de serviço com o viés do regulador. A estrutura da metodologia reuniu todas as técnicas e métodos analisados, colocando o prestador de serviço em dinâmica com a agência, em especial nas três primeiras etapas, quando são avaliadas questões práticas e situações indesejáveis. As técnicas estudadas estão sintetizadas nessas três primeiras etapas, em que se cobra do prestador de serviço um início de gestão de suas rotinas com orientação para redução das perdas de água. Esse processo é fundamental para o fomento do PRP. A metodologia deverá ser organizada para que sejam iniciadas e aplicadas as etapas nos 24 municípios regulados pela AGESAN-RS ao longo de 2021 e 2022. No final de 2022, todos deverão estar com as etapas do PRP sincronizadas. Em 2023, devem iniciar as metas preestabelecidas, mantendo um planejamento sistemático de fiscalizações

diretas e indiretas. Com isso, os prestadores de serviço serão estimulados a buscarem ações que contribuam para a redução efetiva das perdas.

Conclusão O PRP da AGESAN-RS é projetado para ter um caráter individualizado por município. Por isso, existe uma tendência de padronização das etapas da metodologia, para que sejam de fácil elaboração e execução. Contudo, o desenvolvimento das etapas é um ponto a ser observado, por não existirem históricos anteriores de programas similares em agências reguladoras brasileiras. Os problemas deverão ser prontamente sanados para que não interrompam o processo. A metodologia é adequada para evoluir com a progressão da redução das perdas no sistema de abastecimento de água, abrindo oportunidade para novas pesquisas que explorem o detalhamento das etapas.

Referências [1] Lei Federal nº 11.445/2007 - Estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal de saneamento básico. [2] Lei Federal nº 14.026/2020 - Atualiza o marco legal do saneamento básico.


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Produtos Módulo de membrana de ultrafiltração O Torayfil é um módulo de membrana de ultrafiltração que usa a tecnologia de polí‑ meros da Toray. O material e o formato de membrana ofe‑ recem eficiência de filtragem,

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namento simultâneo, cada qual com uma sequência de sete ou oito filtros, que são variáveis conforme aplicação. Site: www.clearwell.se

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numérica dos pro‑ cessos e em uma plataforma de integração de dados que controla a adição de produtos químicos e aná‑ lise dos parâmetros, a ETA 4.0 informa em tempo real o status operacional de cada es‑ tação de tratamento. Comer‑ cializado pela Augen Enge‑ nharia, o equipamento utiliza conceitos de machine lear‑ ning, IA – Inteligência Artificial e IoT – Internet das Coisas.

produtos são concebidos com matéria‑prima desen‑ volvida com propriedades que reduzem a propagação das ondas sonoras e compo‑ nentes como abraçadeiras, amortecedores e defletores, que proporcionam maior isolamento acústico ao sis‑ tema. Apresenta cor laranja, comprimento dos tubos de 6 m e temperatura máxima de operação de 75°C. Site: www.wavin.com

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areia. A forma construtiva do disco e a quantidade monta‑ da na mesma crepina, dão uma área de passagem total por unidade de 23,8 cm², com abertura individual de 0,4 mm por sulco. Site: www.hidrosolo.com.br

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estão a total automação da planta, baixa exigência de adaptações, além do lodo ser revolvido e arejado até 20 vezes ao dia. Comercializado pela B&F Dias. Site: www.bfdias.com.br

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Separador de óleo Fabricado pela Tecwag, o skimmer TWS-4000 é voltado para a desconta‑ minação de águas oleosas em ETEs de diferentes por‑ tes. O produto pode remover até 120 L/h de óleo, possui motor trifásico multitensão, partes em aço e aço inox e pesa aproximadamente 75 kg. Site: www.tecwag.com.br


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Publicações Sistemas prediais – A obra Sistemas de Água e Esgoto nas Edificações: Dimensionamento e Patologias (edi‑ tora Leud, 248 páginas, https://bit.ly/ 38Egqvn) apresenta os aspectos bá‑ sicos das instalações hidrossanitárias e recomendações práticas para estudan‑ tes de cursos técnicos em edificações, embora não excluindo a possibilidade de que possa ajudar também os estu‑ dantes de engenharia civil e arquitetura, além de profissionais envolvidos na cadeia produtiva da constru‑ ção civil. O livro é de autoria de Paulo Cezar Corrêa Vieira, profis‑ sional com mais de 26 anos de experiência na orientação técnica em projetos e obras de instalação hidros‑ sanitárias, capacitação de profissionais e inspeções para diagnóstico de falhas e sinistros envolvendo os sistemas pre‑ diais de água fria, esgoto, águas pluviais e proteção de instalações elétricas. Hidráulica – Em Segredos e Mistérios da Hidráulica (editora Blucher, 228 páginas, https://bit.ly/38C4OJs), os autores Manoel Henrique Campos Bote‑ lho e Nelson Newton Ferraz apresentam conceitos fundamentais das hidráulicas predial e dos rios. A obra pode ser apli‑

cada em escolas de engenharia, arquitetura e tec‑ nologia, além de ser útil para profis‑ sionais já formados e em atividade no mercado de trabalho. Manutenção industrial – Na obra Os 5 Principais Elementos da Manutenção Industrial (editora Ciência Moderna, 106 páginas, https://bit.ly/3MySE2D), o lei‑ tor encontrará as principais atividades do universo da manutenção, as quais irão focar suas estratégias em busca do bom funcionamento dos ativos físicos, dire‑ cionando para a necessidade do apri‑ moramento das atividades preventivas e preditivas para que se possa realizar um monitoramento cada vez mais efetivo, e que agregue valor ao segmento indus‑ trial garantindo alta disponibilidade com confiabilidade e custos adequados. Tam‑ bém irá descobrir que para se alcançar este estágio de diferencial técnico, cada organização pre‑ cisa estudar e en‑ tender seus pro‑ cessos para definir as melhores es‑ tratégias as quais se adequam e se moldam melhor à condição dentro

de seus respectivos propósitos. Alguns elementos são primordiais para a busca da eficácia no desempenho dos ativos industriais. Mesmo com o avanço tec‑ nológico, as ações básicas de monito‑ ramento e controle do comportamento destes ativos necessitam ser aplicadas e introduzidas no dia a dia da manu‑ tenção industrial. Escrito por Edson Gonçalves. Direito do saneamento básico – O livro O Novo Direito do Sanea‑ mento Básico (editora Fórum, 303 páginas, https://bit.ly/ 3sN6WEZ) mostra que o setor no Brasil vem passando por profundas transforma‑ ções. Mudanças estru‑ turais têm sido imple‑ mentadas, por meio da atualização da Lei nº 11.445/2007, com a edição da Lei nº 14.026/2020 e de sua respectiva regulamentação. Além disso, uma nova agenda regulatória está em desenvolvi‑ mento pela ANA – Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, com vistas a uniformizar e incrementar a qualidade técnica da regulação do serviço. Coor‑ denada por Fernando Vernalha Guima‑ rães, a obra reúne textos de grandes juristas e especialistas no tema.

Índice de anunciantes Agru............................................................17

Hidrofiltros .................................................29

Pumps Brasil ..............................................41

Alfacomp.....................................................18

Ideu ............................................................27

Retesp ........................................................12

Aquastar .....................................................25

Imperveg....................................................15

Saint-Gobain ......................................4ª capa

B&F Dias .....................................................55

Improv........................................................23

SBR Saneamento ..........................................8

Biosis ..........................................................28

IWT.............................................................34

Schneider Motobombas ...............................9

Chohan........................................................54

Krona .................................................3ª capa

TanksBR......................................................47

Clarifil .........................................................34

Lepono.........................................................5

Tech Tank....................................................32

Dopp............................................................37

Liter....................................................2ª capa

Tecniplas ....................................................13

Fenágua......................................................49

Maquimp ....................................................14

Tecnosan ....................................................45

Fenasan ......................................................51

Marrari Automação ....................................19

Toraqua.......................................................21

Gardner Denver...........................................24

Mc Fluid .....................................................22

VazFlux .......................................................10

Gemü...........................................................33

MSE Engenharia.........................................11

Water Warehouse .......................................54

H2O Ambiental ............................................40

Netzsch ......................................................35


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Opinião

O esquecido saneamento rural

U

ma verdade inconveniente é que, no Brasil, a forma de prestação e gestão dos serviços públicos de saneamento básico é pautada pelo urbano. Pressupõe alta densidade na ocupação do território ou grande escala de assentamento humano, características que, em geral, não estão presentes nas áreas rurais. Por isso, a execução desses serviços nos espaços rurais em geral envolve uma certa dose de improviso, de disponibilidade do poder público e de mobilização dos cidadãos, em especial dos próprios usuários. O debate sobre saneamento rural apresenta um desafio em suas premissas. Por exemplo, o Novo Marco Regulatório do Saneamento Básico (Lei nº 14.026/ 2020), que alterou a LNSB – Lei Nacional de Saneamento Básico (Lei nº 11.445/ 2007), conceitua o rural em sentido negativo, pois o compreende como aquilo que não possui características tipicamente urbanas. De outro lado, o rural é compreendido pelo IBGE a partir de definições dos próprios municípios – ou seja, mesmo pequenos municípios, como Pongaí, no interior de São Paulo, com menos de 3500 habitantes, possuem uma zona urbana e uma zona rural. Entretanto, para o saneamento básico o conceito de ruralidade é e deve ser outro, em razão das características que a organização e a prestação dos serviços devem adotar em determinadas realidades, para serem eficientes e atenderem de forma adequada a comunidade. Sendo mais didático: para o saneamento, o município de Pongaí é todo rural. Passo importante para se compreender a ruralidade nesse contexto socioeconômico é o conceito adotado no PNSR Programa Nacional de Saneamento Rural, que avaliou setores censitários com base

Wladimir Antonio Ribeiro*

em características afirmativas de áreas rurais, como a distribuição/concentração da população/tipologias de ocupação do território; a acessibilidade aos serviços de saneamento ambiental; o rural como modo de vida e de trabalho; as especificidades das diferentes territorialidades; a necessidade de dar visibilidade aos sujeitos sociais (gênero, etnia, geração); os diferentes tipos de atividades; e os tipos de relação de produção. Com isso, o PNSR diagnosticou uma população rural de aproximadamente 40 milhões de pessoas, superior as quase 30 milhões reconhecidas pelo IBGE. De todo modo, o que não parece ser polêmico é que o saneamento rural demanda ações específicas. Por exemplo, isso explica por que a lei prevê que a entidade reguladora poderá propor métodos alternativos e descentralizados para a prestação em tais áreas (art. 11-B, § 4º, da LNSB na redação do Novo Marco Regulatório do Saneamento). Outro exemplo é a diretriz de que a União deve adotar meios adequados para o atendimento da população rural, por meio da utilização de soluções compatíveis com as suas características econômicas e sociais peculiares (art. 48, caput, VII, da LNSB). Parece que por engano a Lei nº 14.026/2020 obscureceu algo que antes era nítido. No frenético contexto de sua aprovação, foram revogados os §§ 1º e 2º do artigo 10 da LNSB. Os dispositivos destacavam que as soluções em condomínios e localidades de pequeno porte eram serviço público, porém podendo adotar um regime de prestação especí-

fico: o da autorização, por meio do qual as associações e cooperativas de usuários seriam os prestadores, em regime de autogestão. Esses dispositivos, equivocamente revogados da LNSB, eram o suporte jurídico para a institucionalização do saneamento rural em boa parte do país, conferindo segurança jurídica para iniciativas como a do Sisar – Sistema Integrado de Saneamento Rural que, como sabido, é uma das experiências de saneamento rural mais exitosas do mundo. O Decreto nº 10.588, de 24 de dezembro de 2020, tentou uma solução para suprir a revogação equivocada daqueles dispositivos. Em seu art. 4º, § 9º, inciso I, determinou que não constitui serviço público a “prestação de serviços realizados por associações comunitárias criadas para esse fim que possuam competência na gestão do saneamento rural, desde que delegadas ou autorizadas pelo respectivo titular, na forma prevista na legislação”. Como se vê, o dispositivo regulamentar é confuso e contraditório: ao mesmo tempo em que afirma que a atividade não é serviço público – portanto aberta à livre iniciativa dos cidadãos –, parece afirmar que ela depende de autorização do poder público, como se quisesse retomar o regime de prestação revogado, por equívoco, pelo Novo Marco Regulatório do Saneamento. A questão, portanto, continua em aberto e é desafiadora. É necessária uma lei específica, que institua as diretrizes de uma política nacional de saneamento rural. Essa lei tanto pode ser federal, mas não se descarta que seja por leis estaduais – que ou preencheriam o vácuo da legislação federal, ou complementariam a lei nacional de saneamento rural, quando esta for promulgada. Até lá, pelo visto, o saneamento rural, do ponto de vista institucional, que tinha obtidos importantes avanços com a edição da LNSB, continuará a depender de improvisos.

(*) Wladimir Antonio Ribeiro é advogado, sócio e responsável pela área de saneamento do escritório Manesco, Ramires, Perez, Azevedo Marques – Sociedade de Advogados. Graduado em Direito pela USP e mestre em ciências jurídico-políticas pela Universidade de Coimbra. Foi consultor do Governo Federal na elaboração da Lei de Consórcios Públicos, da Lei Nacional de Saneamento Básico e da Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos.



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