FotoVolt Janeiro 2025

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Marcas de Excelência 2025

O vigor do nosso mercado solar fotovoltaico continua a atrair marcas internacionais e inspirar a criação de empresas no País. Tanto que muitas vezes é difícil antever o grau de satisfação a esperar das muitas marcas disponíveis. Ganha peso então a opinião abalizada de profissionais com experiência real na especificação e no uso justamente o objeto da pesquisa “Marcas de Excelência”, cujos resultados publicamos aqui.

Eletromobilidade: instalação de estações modulares de recarga rápida

A instalação de estações de recarga rápida de corrente contínua para veículos elétricos requer geralmente conhecimento especializado e está associada a elevados custos. Módulos pré-configurados e escalonáveis para montagem em racks de 19″ oferecem uma solução inovadora e econômica, que possibilita rápido comissionamento.

Parâmetros de desempenho de sistemas fotovoltaicos

Inspeções e verificações de sistemas fotovoltaicos têm sido negligenciadas por proprietários, operadores e instaladores há anos. As razões para isso envolvem foco exclusivo no rendimento, atribuição imprecisa ou inexistente de responsabilidades, bem como diferentes bases de inspeção e critérios de avaliação.

Empresas integradoras, de consultoria, projetos e instalações fotovoltaicas

Muito dinâmico, o mercado de energia solar no Brasil segue assistindo ao nascimento de muitas empresas especializadas em integração de sistemas e diversos outros serviços técnicos, bem como ao desaparecimento de algumas delas. O Guia FotoVolt, aqui atualizado, lista dezenas delas em atividade, agrupadas por Estado da Federação em que são sediadas, com os meios para os interessados contactá-las.

Veículos elétricos

Projeto & Instalação

Solar FV em foco

Capa Helio Bettega, com foto de Kelvn/Shutterstock

The smarter E South America – A maior aliança de feiras para o setor energético da América Latina

LATAM’s Largest Alliance of Events for the Energy Industry 26–28 AGO 2025

www.thesmartere.com.br

USO DE ENERGIA —

P OWE R2DRI VE: E NERGI A PA RA O FUTUR O DA M OBILI DAD E

A Power2Drive é uma feira internacional focada em infraestrutura de carregamento e eletromobilidade, reunindo fornecedores, operadoras de postos de recarga, fabricantes, instaladoras e administradoras de frotas e energia. O evento destaca sistemas de recarga, veículos elétricos, baterias de tração e serviços de mobilidade, além de apresentar soluções inovadoras para energias renováveis e mobilidade sustentável.

A EM-Power é a feira internacional de gestão de energia e soluções integradas de energia, com foco na modernização, digitalização e flexibilização da rede elétrica, integrando prosumidores, eletromobilidade e aquecimento elétrico. O evento destaca tecnologias inovadoras para um fornecimento contínuo de energia com efeito neutro no clima. EXPO CENTER NORTE, SÃO PAULO, BRAZIL

DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA

E M-PO WE R: F OR TAL ECEND O REDE S E P ROSSUMIDORE S

Pa râ m et r o s d e d e se m p e n ho e a o p i n i ã o d o s e s p e c i a l i sta ta s

Carta ao leitor

Mauro

Editor

Aavaliação do rendimento do sistema fotovoltaico através de inspeções e verificações (tão importantes quanto negligenciadas) requer planejamento e deve levar em conta múltiplos aspectos. Nesta edição de FotoVolt, tais aspectos e suas variáveis são apresentados e comentados em detalhes no artigo “Parâmetros de desempenho de sistemas fotovoltaicos”, de autoria do perito Marc Fengel (aqui com a tradução e adaptação sempre competente do nosso consultor Celso L.P. Mendes). Bastante abrangente, o artigo aborda fatores de influência e perdas do gerador FV, rendimento, perdas sistêmicas, performance ratio (taxa de desempenho) e outros. Ademais, examina competentemente tópicos de planejamento e projeto, uma vez que não há nada pior para o rendimento de um gerador ou usina do que um mau começo. Trata da redução de falhas e da proteção dos circuitos c.a. e c.c., da proteção contra incêndios, avança inclusive em tipos de inversores, suas funções e operação, sublinhando a questão do desligamento indesejado e sua importância na disponibilidade do sistema. Por fim detalha a avaliação dos parâmetros de rendimento, destacando a relevância de um registro permanente e preciso dos dados do inversor. É quase um manual para o profissional de eletrotécnica, tanto os que atuam em outras áreas da eletricidade e intentam ingressar no segmento fotovoltaico, quanto os que já nele atuam, estes encontrando no artigo um instrumento poderoso de recapitulação e reforço de conceitos.

Um tópico que não aparece no artigo, e nem poderia, é o da confiabilidade dos materiais e componentes utilizados no Brasil, algo que preocupa de maneira crescente os profissionais do segmento e principalmente os clientes. Em 2 de maio de 2025 termina o prazo de comercialização no País de módulos fotovoltaicos em desacordo com a Portaria Inmetro nº 140/2022, segundo a qual os valores de potência medidos nos produtos devem estar entre 100% e 105% da potência nominal declarada pelo fabricante antes disso havia tolerância de 95% a 110% da potência nominal. No papel, essa determinação deveria ser suficiente para tranquilizar o consumidor, mas estamos longe disso. Por diversas causas, há produtos sendo comercializados aqui que não chegam a 90% da potência declarada. É o que se chama de fake power, algo nefasto que joga contra a imagem do setor como um todo. E que por isso mesmo é, como deve ser, combatido também pelos fabricantes sérios que atuam no País, e há muitos.

Da parte de FotoVolt, a realização da pesquisa anual “Marcas de Excelência” vai direto ao encontro desses esforços. A pesquisa nada mais é do que um “pergunte a quem entende”: trata de inquirir os profissionais da área, gente com experiência real na especificação e/ou no uso, que marcas de produtos fotovoltaicos eles têm em melhor conceito. Iniciativa simples e eficaz, a pesquisa vem consolidando seu sucesso ao longo desses cinco anos de realização. E se torna ainda mais importante quando se começa a perceber que a tal fake power já ameaça extrapolar o âmbito do módulo e contaminar inclusive o inversor, o coração do sistema fotovoltaico, como consta na matéria que apresenta a pesquisa deste ano.

Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memoriam )

REDAÇÃO

Editor: Mauro Sérgio Crestani (jornalista responsável – Reg. MTb. 19225)

Redatora: Jucele Menezes dos Reis

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PROJETO VISUAL GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: Helio Bettega Netto

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ISSN 2447-1615

Transformador tipo seco WEG

Além de ser um produto eco-friendly, é eficiente, seguro e confiável — itens essenciais para projetos e instalações fotovoltaicas.

Diante da alta demanda por soluções em energias renováveis, os transformadores secos se apresentam no mercado como uma excelente opção tecnológica para projetos fotovoltaicos. Ao integrar os sistemas solares com redes elétricas ou sistemas de armazenamento, eles fornecem segurança e eficiência, tornando-se indispensáveis no avanço da energia solar como uma solução limpa e sustentável.

Para o sucesso dessa operação é fundamental entender os requisitos, as características e especificações de cada projeto. Para isso, a WEG conta com uma equipe de engenharia especialmente dedicada ao desenvolvimento de transformadores secos, garantindo que essa solução entregue a eficiência e a durabilidade exigida, construindo hoje a energia do amanhã.

MME chama projetos para atendimento a sistemas isolados

OMinistério de Minas e Energia (MME) tem chamada pública aberta para apresentação de projetos com o objetivo de reduzir o custo de geração de energia elétrica na região amazônica. Foram anunciados R$ 372 milhões em investimentos para sistemas isolados na região Norte do Brasil, com prazo para apresentação de projetos até 21 de fevereiro de 2025.

Os recursos são provenientes do Fundo Pró-Amazônia Legal e serão disponibilizados por meio do programa Energias da Amazônia. A iniciativa visa a atrair projetos para: integração ao Sistema Interligado Nacional – SIN com soluções ao nível de tensão de distribuição; uso de fontes renováveis de energia ou a partir de combustível renovável, com ou sem armazenamento de energia, em substituição às fontes térmicas existentes; aprimoramento da eficiência energética; e redução do nível de perdas.

O Comitê Gestor do Pró-Amazônia

Legal utilizará como critérios de seleção os projetos que tragam maior benefício para a Conta de Consumo de Combustíveis, que apresentem soluções para a redução de gases de efeito estufa, além de benefícios socioeconômicos. Parte do financiamento será realizado com investimento públicoprivado.

De acordo com o edital de chamamento público, poderão apresentar propostas a Eletrobras, agentes de distribuição que atendem à região da

Amazônia Legal, geradores de energia elétrica e associações, instituições de pesquisa e fornecedores de equipamentos que atuem no setor de energia.

A apresentação dos projetos deve ser feita por meio de formulário eletrônico disponível na página do programa no site do MME: https:// www.gov.br/mme/pt-br/assuntos/ conselhos-e-comites/cgpal-1/editalde-selecao-de-projetos

Governo de SP renova isenção de ICMS para energia de GD solar

Ogoverno paulista estendeu até o final de 2026 o benefício de isenção de ICMS para a energia produzida por mini e microgeração renovável, o que beneficia principalmente o setor de energia solar distribuída. A renovação do benefício foi publicada no Diário Oficial do Estado via Decreto nº 69.827, de 30 de dezembro de 2024.

grupo de trabalho de geração distribuída da Absolar, diz que a expectativa do setor solar fotovoltaico era de que a renovação fosse ampliada até 2032, como já fazem Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Porém a decisão foi alinhada ao prazo de vigência da atual gestão do Governo do Estado, ou seja, o final de 2026. Mesmo assim, ele afirma que a medida traz previsibilidade e segurança aos consumidores e ao mercado solar.

São Paulo tem hoje mais de 520 mil conexões de GD operacionais em todos os seus municípios. Desde 2012, o segmento já proporcionou ao estado mais

O estado era até então o único da região Sudeste que arriscava voltar, já no final de 2024, a cobrar ICMS sobre a energia que essa instalações injetam na rede. Isso trazia o risco de frear a competitividade de São Paulo, que recentemente foi o primeiro do Brasil a atingir a marca de 5 GW de solar distribuída instalados, segundo os dados da Aneel. Na avaliação da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, a decisão consolida essa competitividade, beneficiando consumidores residenciais, pequenos negócios, produtores rurais e gestores públicos.

Guilherme Susteras, conselheiro de administração e coordenador do

de R$ 22,8 bilhões em investimentos, mais de 146 mil empregos e a arrecadação de R$ 6,9 bilhões aos cofres públicos, segundo a Absolar.

Após crise com Rússia, Alemanha vai limpando sua matriz elétrica

Ageração pública líquida de eletricidade a partir de fontes renováveis atingiu participação recorde de 62,7% na Alemanha em 2024. A de energia solar chegou a 72,2 TWh, excedendo as metas do governo federal. Com nova queda acentuada da participação da eletricidade de linhito (-8,4%) e carvão duro (-27,6%), as emissões de dióxido de carbono no mix de eletricidade alemão foram as mais baixas de história. Já o saldo de eletricidade importada subiu para 24,9 TWh. Esses números foram apresentados em uma análise

Chamada contempla, entre outros, projetos de geração por fontes renováveis
São Paulo é líder na GD solar no Brasil, com mais de 5 GW instalados (na imagem, telhado da sede da construtora Patriani, em Santo André, SP)
Patriani (reprodução) Ricardo Botelho/MME

do Fraunhofer Institute for Solar Energy Systems ISE em janeiro, baseada nos dados disponíveis na plataforma energy-charts.info.

Sistemas fotovoltaicos geraram aproximadamente 72,2 TWh em 2024, sendo 59,8 TWh para a rede pública e 12,4 TWh para autoconsumo. A produção total subiu 10,8 TWh, 18% a mais do que no ano anterior. A participação da solar na geração líquida de eletricidade pública foi de 14%. Assim como em 2023, a expansão fotovoltaica novamente excedeu as metas do governo alemão no ano passado, com 13,3 GW instalados até novembro, contra os 13 GW planejados. Os dados completos de 2024 ainda não estavam disponíveis, mas as estimativas projetavam que a nova capacidade fotovoltaica tenha atingido cerca de 15,9 GW ao final do ano.

vel do ano anterior (19,7 TWh). A capacidade instalada de usinas sem reservatório ou com reservatório diminuto (run-of-river plants) aumentou acentuadamente, de 4,94 GW para 6,4 GW. A biomassa contribuiu com 36 TWh para a geração de eletricidade, com capacidade instalada permanecendo em 9,1 GW.

Já a energia eólica foi mais uma vez a fonte mais importante, contribuindo com 136,4 TWh, ou 33% da geração pública líquida de eletricidade. A contribuição da eólica onshore caiu de 115,3 para 110,7 TWh, enquanto a produção offshore ficou ligeiramente acima do nível do ano anterior, em 25,7 TWh (23,5 TWh em 2023). A expansão da energia eólica, no entanto, permanece bem aquém do planejado, com apenas 2,44 GW onshore instalados até novembro, contra os 7 GW planejados. E a da eólica offshore foi ligeiramente melhor que nos anos anteriores, com 0,7 GW em 2024, mas o planejamento era de 5 e 7 GW instalados anualmente até 2026, com total de 30 GW até 2030.

Com 21,7 TWh, a energia hidrelétrica ficou aproximadamente no mesmo ní-

No total, as usinas de energia renovável produziram cerca de 275,2 TWh de eletricidade em 2024, 4,4% a mais do que em 2023 (267 TWh). A contribuição da energia renovável gerada na Alemanha para o consumo público de eletricidade foi de 56%, pouco acima dos 55,3% de 2023. Já parcela renovável da geração líquida total, incluindo as usinas de autoprodução, foi de 58,6% (54,7% em 2023). E desde 2014 as emissões da geração de eletricidade caíram de 312 para aproximadamente 152 milhões de toneladas de CO2 por ano.

A carga na rede elétrica (consumo + perdas) chegou a 462 TWh, ligeiramente acima da de 2023 (458 TWh), mas

o consumo próprio de energia solar (que não conta como carga) aumentou 12,4 TWh, indicando elevação geral no consumo de eletricidade.

Também há uma demanda crescente no país por capacidade de armazenamento, com sistemas de baterias descentralizados para amortecer a geração de energia eólica e solar e sistemas residenciais para instalação junto a geradores fotovoltaicos. No armazenamento em larga escala, a capacidade instalada pode se multiplicar nos próximos anos, se todos os projetos pré-registrados na Agência Federal de Redes forem implementados.

Em 2024, a potência instalada em baterias aumentou de 8,6 para 12,1 GW, e a capacidade de armazenamento de 12,7 GWh para 17,7 GWh. As usinas reversíveis (armazenamento bombeado) alemãs têm capacidade aproximada de 10 GW.

2024 foi o primeiro ano completo na Alemanha, desde 1962, sem geração de eletricidade a partir de energia nuclear. As últimas três usinas nucleares Emsland A, Neckarwestheim 2 e Isar 2 foram fechadas em abril de 2023. Por outro lado, o uso de gás natural para geração de eletricidade aumentou 9,5% em relação a 2023, totalizando 48,4 TWh para o fornecimento público de eletricidade e 25,6 TWh para consumo próprio industrial. Os dados completos (em alemão), que incluem informações referentes a importação e exportação de energia e preços, entre outras, podem ser consultados em https://energycharts.info/downloads. html?l=de&c=DE .

Alemanha – Geração líquida de eletricidade renovável na rede, até 8 de janeiro de 2025 (fonte energy-charts.info)
Carvão

Notícias

Globo SP inaugura estacionamento solar em São Paulo

ABrasol, do mercado de transição energética, instalou para a TV Globo um estacionamento sustentável na sede da empresa na Zona Sul de São Paulo. Inaugurado em dezembro passado, o espaço é coberto por módulos solares e tem potência total de 520 kWp.

Estacionamento solar: 180 vagas e quatro estações de carregamento para carros elétricos

O estacionamento possui 180 vagas e também terá quatro estações de carregamento de veículos elétricos fornecidas pela Siemens, empresa investidora da Brasol. As estações operarão em sistema Charging as a Service (CaaS), que isenta o cliente de investimentos iniciais e do gerenciamento de equipamentos, os quais ficam a cargo da Brasol durante o período contratual. E quando o contrato termina, o produto fica com o cliente. As quatro estações serão carregadas com a energia solar gerada no local e estarão disponíveis para visitantes, funcionários, prestadores de serviços e demais usuários do estacionamento.

Toda a energia gerada pelas módulos solares instalados no carport é utilizada nas operações da sede da Globo na capital paulista. Antes disso, a empresa já possuía um estacionamento sustentável em sua planta de Recife, além de usinas de energia solar em Pernambuco, no Rio de Janeiro e Minas Gerais.

A parceria entre Globo e Brasol contempla três Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU:

• ODS 7: Energia Limpa e AcessívelGarantir o acesso a fontes de energia confiáveis, sustentáveis e modernas para todos;

• ODS 11: Cidades e comunidades sustentáveis - Tornar as cidades e comunidades mais inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis; e

• ODS 13: Ação contra a mudança

global do clima - Adotar medidas urgentes para combater as alterações climáticas e os seus impactos.

(com informações do G1)

Trinasolar e Centro Universitário Facens terão centro de formação e pesquisa

ATrinasolar, fornecedora global de módulos fotovoltaicos e soluções de energia inteligentes, anunciou ter firmado parceria com o Centro Universitário Facens, de Sorocaba, SP, para capacitação de técnicos e pesquisas acadêmicas em energia solar. A iniciativa no instituto de ensino oferecerá um centro de treinamento para clientes e parceiros da Trina, com uso de rastreadores solares com inteligência artificial da Trina Tracker, divisão da Trinasolar. A instalação contará com três linhas de rastreadores Vanguard 1P e 30 módulos NEG19RC.20, com capacidade de gerar 35,655 MWh anuais. Incluirá ainda uma sala de aula prática equipada com dispositivos de demonstração da marca Trinasolar para uso dos universitários da Facens, além de cursos de formação de técnicos em instalação e colaboradores.

Em comunicado à imprensa, Felipe Tukamoto, Gerente de Produto para a Região da América Latina e Caribe na Trina Tracker, disse que a parceria com a universidade possibilita integração eficiente com clientes e acesso ao setor

Divulgação

para os futuros profissionais do mercado. Segundo ele, a proximidade com a capital paulista (a menos de 100 km do centro de São Paulo) permite à empresa “realizar capacitações mais acessíveis e integrar nossos clientes de maneira mais eficiente. Além disso, o centro de pesquisa da universidade é extremamente atrativo (...), especialmente no que diz respeito à inovação e desenvolvimento de novas soluções para o mercado solar”.

Além da localização estratégica, a instalação dos trackers na região impulsiona a tendência do mercado fotovoltaico que cresce em Sorocaba. “De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o uso de energia solar no município aumentou 60% em 2024, passando de 20 MW de potência de geração distribuída (GD) no ano passado para 32 MW nos últimos meses”, diz o comunicado.

Lucas Gaspar, Especialista do Instituto de Pesquisa Facens (IP Facens), disse no mesmo comunicado que a parceria visa reforçar o “modelo sustentável e inteligente do nosso Smart Campus e, ao mesmo tempo, preparar uma nova geração de profissionais capacitados para enfrentar os desafios do setor de energia renovável”.

Engie inicia operação comercial de Assú Sol

OConjunto Fotovoltaico Assú Sol, investimento da Engie em Assu, no Rio Grande do Norte, está operando comercialmente com a primeira usina desde 8 de janeiro, após autorização da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica. Essa usina, de 40,5 MW, representa 5,4% da capacidade instalada do conjunto, que será composto por 16 parques fotovol-

taicos com potência total de aproximadamente 752 MWca (895 MWp) e capacidade comercial estimada em 228,7 MW médios. Com implantação iniciada no terceiro trimestre de 2023, o complexo receberá investimento total de aproximadamente R$ 3,3 bilhões e terá sua energia totalmente direcionada para o mercado livre.

Segundo Eduardo Takamori, diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Engie Brasil Energia, a entrada em operação comercial da primeira usina dezoito meses após o início da implantação está alinhada com o cronograma. Já o diretor-presidente da empresa, Eduardo Sattamini, disse que o início da operação comercial de Assú Sol representa uma conquista para o crescimento orgânico da companhia, que atualmente opera um parque gerador de 11 GW. “Este projeto (...) está previsto para atingir operação comercial total até o final de 2025, consolidando nossa posição como líderes na geração de energia 100% renovável no Brasil”, destacou.

geração em painéis solares, que asseguram alta eficiência na conversão da radiação solar em eletricidade.

CCR e EDP fecham contrato de energia solar para rodovias

OGrupo CCR, do setor de infraestrutura de mobilidade, assinou com a EDP contrato de 10 anos para o fornecimento de energia solar, no modelo de geração distribuída compartilhada, ao Sistema Anhanguera-Bandeirantes em São Paulo, um dos principais eixos viários do Brasil, administrado pela CCR AutoBAn. A energia será oriunda de plantas fotovoltaicas localizadas nos municípios de Iperó, Pirangi e Leme, no interior de São Paulo.

Assú Sol deve reforçar a posição do Rio Grande do Norte como importante polo de energia renovável no Brasil, proporcionando significativo impulso à geração de energia limpa no estado e no País. O diretor de Implantação Paulo Muller, informou que estão sendo usadas no complexo tecnologias de última

O contrato prevê o fornecimento de 1460 MWh por ano para 58 unidades de consumo em baixa tensão, como pedágios e pontos de apoio aos usuários das rodovias. O montante, que deve resultar em economia de cerca de R$ 160 mil por ano, corresponde a 3% da demanda da CCR Rodovias.

O contrato de GD solar por assinatura com a EDP faz parte da estratégia do Grupo CCR de ter 100% dos seus ativos de mobilidade urbana, rodovias e aeroportos abastecidos por energia elétrica de fonte renovável. A companhia encerrou 2024 com a meta alcançada, um ano antes em relação ao compromisso anunciado ao mercado. Para essa antecipação, o grupo construiu estratégia baseada em in-

Primeira usina de Assú Sol – Projeto de 895 MWp deve estar totalmente concluído no nal deste ano
Pedágios e pontos de apoio do Sistema Anhanguera-Bandeirantes (SP) serão abastecidos com energia solar; economia deve chegar a R$ 160 mil/ano
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Analisador fotovoltaico da série PVA-1500, traçador de curva I-V

Para comissionamento, operações, manutenção e solução de problemas de sistemas fotovoltaicos, o teste de curva I-V é a medição de desempenho de módulo solar mais completa.

Saiba mais

Mantendo seu mundo funcionando. Fluke.

Digitalização dos pedágios leva à adoção de energia solar

Acrescente digitalização dos sistemas de pedágios em rodovias brasileiras, com mais cancelas eletrônicas e novos meios de pagamentos digitais, além das novas exigências de incluir programas de sustentabilidade nos processos licitatórios, têm levado as concessionárias à maior adoção da energia solar.

A Eixo SP, responsável pela maior concessão rodoviária do País, com mais de 1,2 mil quilômetros em 12 rodovias paulistas, está implantando 42 miniusinas solares em várias localidades, boa parte já concluída.

Os projetos, que incluem miniusinas em solo, em telhados e contratação remota de empreendimentos próximos, são desenvolvidos pela TTS Energia, responsável desde o projeto executivo, obra até a conexão com a rede. Já estão operando oito sistemas, com 2 mil módulos e 831 kWp no total, nas coberturas de praças de pedágio em Piracicaba, São Pedro, Santa Maria da Serra, Torrinha, Piratininga, Garça, Oriente e Cabrália Paulista.

Nas centrais de Serviço de Atendimento ao Usuário serão ao todo 32 sistemas de geração solar de telhados. Cerca de 53% dos sistemas já estão em funcionamento, com 2,3 mil módulos somando 1,21 MWp de potência. Também foi entregue uma central fotovoltaica remota de solo, com 1,2 mil solares e 660 kWp.

O contrato assinado pela Eixo SP com o governo paulista prevê investimentos de R$ 14 bilhões em infraestrutura e tecnologia em 30 anos de concessão. Serão duplicados 600 quilômetros de rodovias, além da construção de acostamentos, vias marginais e ciclovias. A empresa pretende ter frota própria 100% eletrificada e se tornar o maior corredor viário da América Latina com eletropostos.

vestimentos em produção própria de energia, em diferentes modalidades, e migração de ativos para o mercado livre, com a assinatura de contratos de energia associados à aquisição de certificados de energia renovável (IRECs). A companhia investiu por exemplo R$ 24 milhões na implan-

tação de sete usinas na ViaCosteira, concessionária que administra a BR101 entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Ao todo, foram instalados aproximadamente 6,6 mil módulos solares às margens das rodovias neste projeto, e assim o Grupo CCR duplicou sua capacidade instalada de ge-

ração solar em rodovias, passando de 3,14 MWp para 6,3 MWp. O projeto, em fase de conexão com o sistema elétrico, vai gerar economia superior a R$ 2 milhões por ano na conta de energia da CCR ViaCosteira.

Já a EDP anunciou recentemente a compra de 16 novas usinas de geração solar distribuída por R$ 218 milhões. O contrato foi fechado com o Grupo Tangipar e inclui empreendimentos nos estados da Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, com capacidade instalada total de 44,3 MWp. O portfólio atual da empresa no Brasil contempla 90 usinas solares de geração distribuída em 10 estados e no DF, com capacidade instalada total de 258 MWp, sendo 76 usinas (209 MWp) em operação e 14 (49 MWp) em construção ou aguardando energização.

Powersafe entra no mercado de energia solar

A

fabricante brasileira de baterias e sistemas de energia Powersafe anunciou sua entrada no mercado de energia solar, com aposta no crescimento dos projetos híbridos para residências e empresas, combinando tecnologia fotovoltaica com equipamentos de armazenamento de energia. Com

Posto de pedágio da Eixo SP com sistema de energia solar no telhado
Divulgação

plantas em São Paulo e Minas Gerais e mais de 20 anos de atuação com sistemas de baterias nas áreas de telecomunicações, financeira e industriais, a organização vai focar agora também na crescente demanda por soluções de armazenamento aliados à geração solar distribuída.

A empresa projeta que a nova área voltada ao mercado solar cresça mais rapidamente que os demais setores que atende, como os de data centers e telecom. “Analistas de mercado apontam o armazenamento como um dos pilares estratégicos para o ano de 2025 no setor fotovoltaico, com papel essencial na garantia de segurança energética, otimização da gestão de demanda e suporte à integração de sistemas solares em larga escala”, comenta André Ribeiro, executivo da área industrial e de operações da Powersafe.

Entre as tecnologias desenvolvidas para o setor, destacam-se as baterias para sistemas fotovoltaicos, com tecnologias de íon-lítio, de chumbo puro e de chumbo-ácido desenvolvidas para aplicações industriais, comerciais e residenciais. Com a marca Getpower Baterias Especiais, a solução apresenta densidade energética que permite armazenamento eficiente em espaços compactos, garante a empresa, além de vida útil longa e integração com sistemas de gestão energética (EMS), para monitoramento em tempo real e otimização do uso.

Também conta com soluções de armazenamento modular, com sistemas de baterias escaláveis que podem ser adaptados conforme o crescimento da demanda energética. Possui design plug-and-play, simplificando instalação e manutenção, indicado para aplicações híbridas (rede elétrica e off-grid), além de compatibilidade com inversores de diferentes fabricantes. A empresa também traz soluções para sistemas híbridos de energia, combinando painéis

solares, armazenamento de energia e geradores para garantir fornecimento ininterrupto.

“O armazenamento de energia, essencial para a eficiência da energia solar, tem se tornado um segmento estratégico, com projeções de crescimento global acima de 20% ao ano. Essa tendência apresenta margens mais atrativas e volume crescente de projetos, colocando o setor solar como um dos principais motores de crescimento futuro para a Powersafe”, explica André Ribeiro.

Ampliação de centro

de pesquisa

Nextracker foi feita pela TTS

ATTS Energia, empresa de engenharia e construção de usinas solares no Brasil, entregou recentemente a obra de expansão do Centro de Excelência Solar da Nextracker, fabricante global de rastreadores de usinas fotovoltaicas localizado em Sorocaba, SP. A instalação a céu aberto foi ampliada de 30 mil para 46 mil metros quadrados, constituindo um dos maiores laboratórios de pesquisa e desenvolvimento em rastreadores solares da América Latina.

Inaugurado em agosto de 2022, o Centro de Excelência é fruto de parceria entre a Nextracker e o FITInstituto de Tecnologia e é dedicado a projetos de pesquisa em áreas como desempenho de usinas, geração de

energia e inovação tecnológica para aprimoramento de práticas agrícolas combinadas com sistemas fotovoltaicos (sistemas agrivoltaicos), entre outros, além de operar como centro de treinamentos.

Todo o projeto de engenharia e execução da obra, realizado pela TTS Energia, que incluiu todas as instalações fotovoltaicas, durou cerca de dois anos, entre estudos de viabilidade, desenvolvimento técnico e fases de construção. As instalações contam com laboratórios de última geração que abrangem todo o ciclo de vida dos empreendimentos desde a concepção estrutural, mecânica e elétrica à construção, operação e manutenção de plantas solares, além de treinamento avançado para profissionais de energia solar.

As usinas solares do centro possuem no total cerca de 5 mil módulos fotovoltaicos, entre as instalações em solo e em coberturas, num total de 7,6 MW, e mais de 25 mil metros de cabeamento, além de diversos rastreadores ao longo das usinas. No total, foram mais de 20 mil horas de trabalho, segundo a TTS.

Para Jacques Hulshof, diretor executivo da TTS Energia, a importância do novo Centro de Excelência Solar do Brasil é comparável à do com o mais antigo laboratório de pesquisas energéticas no mundo, o National Renewable Energy Laboratory (NREL), que está prestes a completar 50 anos. Até novembro, de acordo com a Nextracker, o centro já havia capacitado mais de 300 profissionais, somando mais de 5600 horas de cursos e treinamentos. A empresa tem outros dois centros de P&D no mundo, nos Estados Unidos e Índia, mas o do Brasil foi o primeiro a ser montado, em 2022.

Centro de Excelência Solar da Nextracker tem agora 5 mil módulos fotovoltaicos, com total de 7,6 MW
Divulgação

Greener lança sua pesquisa sobre GD em 2024

Integradores fotovoltaicos de todo o País têm até o final de janeiro para responder à pesquisa da consultoria Greener sobre o mercado brasileiro de geração distribuída no segundo semestre de 2004.

Realizada desde 2016 com os integradores fotovoltaicos, a pesquisa reúne os principais indicadores que permitem acompanhar o cenário atual e tendências do setor, abordando tópicos como preços, vendas, financiamento, mobilidade elétrica, inversão de fluxo, sistemas híbridos, mercado livre e marcas mais lembradas. Em comunicado, a Greener considera que 2024 foi um ano de recuperação para o setor fotovoltaico de GD no Brasil, com 8,51 GW de potência instalada no período, mesmo diante de desafios como o aumento do imposto de importação sobre módulos. A pesquisa quer detectar como as empresas se comportaram nesse cenário e o que se pode esperar de 2025.

As respostas dos integradores serão consolidadas no “Estudo Estratégico de Geração Distribuída” que será lançado e disponibilizado gratuitamente em março. O relatório apresenta dados, insights e esclarecimentos relevantes para toda a cadeia solar fotovoltaica.

auxiliar na tomada de decisões assertivas, bem como para refletir sobre o posicionamento das empresas no mercado e os novos modelos e oportunidades de negócios. Por isso, a participação dos integradores na pesquisa GD é de suma importância para trazermos dados consistentes e atualizados do setor”, afirma Marcio Takata, CEO da Greener.

A iniciativa é patrocinada por fornecedores do mercado de GD solar, como Walmont, WEG e outras nove empresas, além do Sebrae. O questionário é simples e pode ser respondido até o próximo dia 31, via o endereço eletrônico: https://www.greener.com.br/ pesquisa-gd-1o-semestre-2025questionario-integradores

Notas

Solar em hospital – O Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano, em Uruaçu, inaugurou em 16 de dezembro a primeira usina solar de um hospital da rede de saúde pública estadual de Goiás. O projeto foi contemplado em 2023 pela chamada de eficiência energética do programa Aneel da Equatorial Goiás. O projeto de eficiência energética inclui ainda o gerenciamento dos equipamentos da unidade, a troca das lâmpadas da área externa e uma série de ações que visam o uso consciente de energia no hospital. O investimento recebido foi de R$ 998.423,59, visando

“O estudo de geração distribuída é um guia para HCN, hospital da rede estadual

de Goiás, conta com usina fotovoltaica
Integradores: o que esperar de 2025?
Foto: banco de imagens
Victor Weber

a instalação dos 300 módulos fotovoltaicos responsáveis por gerar 330 MWh/ano. O HCN é agora o segundo hospital público do Brasil com sistema de monitoramento de utilidades, para acompanhar o consumo de água e energia.

Inversores e baterias – Por meio de uma recente parceria comercial, a Sou Energy iniciou a comercialização de inversores híbridos, baterias e microinversores da SolaX Power no Norte e Nordeste no Brasil, onde a Sou Energy tem forte presença como fabricante de geradores fotovoltaicos. Segundo Valdo Mendes, gerente de marketing da SolaX Power no Brasil, “essa parceria busca firmar a SolaX como marca de referência em sistemas de armazenamento de energia na região”. O Nordeste é responsável por quase 60% de toda a potência instalada no País, e o excedente dessa energia pode ser armazenado para ser consumido em momentos como apagões ou interrupções no fornecimento pela concessionária, diz comunicado da Solax Power.

Usina na Bahia – A multinacional francesa GreenYellow anunciou a construção de uma usina fotovoltaica em Milagres, interior da Bahia, com potência máxima de 6,93 MWp. A empresa foi responsável também pela construção e doação de um telhado solar localizado em um prédio administrativo da cidade, bem como a doação de mesas e bancos uma creche local, produzidos com materiais residuais da construção da usina. O telhado terá produção anual de 37,2 MWh. A GreenYellow costuma realizar iniciativas de apoio às comunidades nas cidades onde implementa infraestruturas de usinas solares, como palestras educativas para 350 crianças de uma escola municipal e a doação de mesas e bancos em Cajuru, no interior de São Paulo, além de outras atividades afins.

Pesquisa Marcas de Excelência 2025

Com crescimento de 36% sobre o ano anterior, em 2024 as instalações fotovoltaicas de pequeno e grande portes no Brasil atingiram a marca de 51,5 GW instalados. E a previsão é de que teremos um novo salto em 2025, chegando ao final de dezembro com cerca de 64,7 GW [projeção da AbsolarAssociação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica], um crescimento notável sob qualquer parâmetro. E pensar que há exatos três anos tínhamos em operação 14,5 GW solares e o Plano Decenal de Energia do governo federal previa que apenas em 2030 o Brasil registraria capacidade solar total de “espantosos” 22,6 GW, sendo 8 GW em geração centralizada e 14,6 GW em distribuída.

Mercados com ritmos muito acelerados, como é o caso, são benéficos para a economia mas também cobram seu preço em qualidade, seja a das

O vigor do nosso mercado solar fotovoltaico continua a atrair marcas internacionais e inspirar a criação de empresas no País. Tanto que muitas vezes é difícil antever o grau de satisfação a esperar das muitas marcas disponíveis. Ganha peso então a opinião abalizada de profissionais com experiência real na especificação e no uso justamente o objeto da pesquisa “Marcas de Excelência”, cujos resultados publicamos aqui.

instalações, seja a dos produtos. Hoje, por exemplo, discute-se muito a confiabilidade de equipamentos fotovoltaicos principalmente quanto ao que se chama de “fake power”, quando a potência nominal alegada de um produto não se confirma na prática, algo que se tem verificado com frequência em módulos fotovoltaicos, mas não só. Os inversores fotovoltaicos, aos quais não se prestava muita atenção, também começam a despertar desconfianças [veja boxe na página 22]. Isto sem falar nos cabos condutores, cujo segmento vive penando

para se livrar dos “falsários de bitola”, empresas que colocam menos material condutor do que o especificado ou utilizam ligas pobres, gerando maior aquecimento, envelhecimento precoce e riscos altos. Mas há mais, pois são diversos os itens empregados nos sistemas fotovoltaicos. Como se acautelar contra isso? Como saber se é confiável o equipamento que se quer comprar? Ou,

Mauro S. Crestani, Editor
Papalah/Shutterstock

Tab. I – Os 10 produtos de uso mais difundido entre os profissionais

Produto Questionários com indicações % da base

Inversores tipo string 183 92,4

Microinversores 172 86,9

Cabos flexíveis 169 85,4

Módulos de silício monocristalino 166 83,8

Estruturas para montagem em telhados 162 81,8

Baterias estacionárias 159 80,3

Estruturas fixas para montagem em solo 145 73,2

Conectores MC4 143 72,2

Inversores centrais 138 69,7

Módulos de silício policristalino 137 69,2

ainda, se tem qualidade a marca à qual pretendemos associar a nossa própria? A resposta é ensaiar, ensaiar e ensaiar... e certificar, o que é pouco comum entre nós e menos ainda de forma sistemática. Enquanto não se estabelece um programa abrangente de asseguração de qualidade de equipamentos fotovoltaicos no País, um recurso desde sempre eficaz de prevenção contra infortúnios é consultar especialistas. É o que faz a pesquisa “Marcas de Excelência”, ouvindo profissionais com experiência na especificação e/ou no uso de produtos para sistemas fotovoltaicos acerca de quais marcas eles consideram as melhores (“de excelência”) nesse ramo. Sabemos que no julgamento do profissional estão envolvidas outras

variáveis, além da própria qualidade dos produtos. Fatores como atendimento pré e principalmente pós-vendas, garantias oferecidas, marketing, relacionamento com o mercado e mesmo política de preços também influem. Mas todos esses são fatores que contribuem para a imagem das marcas e, se bem avaliados, vão resultar no conceito de excelência que buscamos aferir.

Como foi feita a pesquisa –Foram enviados questionários à parcela da base de leitores cadastrados de FotoVolt composta dos profissionais técnicos de empresas de engenharia, integradoras, construtoras, do setor de comércio e serviços, de órgãos da administração direta, instituições de ensino, etc. Entre outubro e novembro de 2024 foram captadas 198 respostas válidas — foram considerados válidos apenas questionários preenchidos por pessoas que se declararam “usuários” e/ou “especificadores” de produtos fotovoltaicos. Os gráficos (figuras 1 e 2) mostram a distribuição geográfica dos consultados e suas áreas de atuação nas respectivas empresas.

O questionário pedia ao consultado que, para cada um dos 28 itens pesquisados, indicasse a marca que considerava de excelência. Os produtos são, em sua maioria, itens específicos para instalações de energia solar FV (empregados nas diversas etapas do projeto, implantação, operação e manutenção) e para armazenamento da energia gerada (tanto sistemas completos quanto baterias, isoladamente). A lista abrange também equipamentos de uso mais geral em instalações elétricas mas muito empregados em sistemas FV, como eletrocentros, transformadores elétricos e medidores de grandezas elétricas.

Os resultados das indicações dos consultados estão apresentados em

Fig. 2 – Áreas de atuação dos consultados
Tab. II – As 10 marcas que receberam o maior número de indicações em um único produto
Fig. 1 – Distribuição geográfica – Origem das respostas - Regiões

Fake power em inversores

Em um podcast recente, o coordenador

técnico do Laboratório de Ensaios Fotovoltaicos da Universidade

Arquivo

Michels e o laboratório de FV do INRI-UFSM: “indícios preocupantes”

Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, o professor Leandro Michels, informou que sua equipe realizou ensaios em sete inversores, dos tipos string e microinversor, inclusive de marcas bem vendidas no Brasil, e verificaram que quatro deles não atingiam a potência declarada.

O laboratório de ensaios fotovoltaicos, um dos oito do INRI - Instituto de Redes Inteligentes da UFSM, é o maior laboratório acreditado pelo Inmetro para ensaios em inversores fotovoltaicos no Brasil, com capacidade para ensaiar equipamentos de até 75 kW.

Embora o número de inversores testados tenha sido pequeno e as amostras de até alguns kW, o resultado dos ensaios é preocupante. “Os indícios são de que pode haver um percentual alto [de desvios] também para outras potências, o que precisaria ser investigado”, disse Michels à FotoVolt

tabelas adiante, uma para cada produto, em percentuais do universo específico de cada item, e não do universo total da pesquisa, que é 198. Explica-se: o profissional respondente foi orientado a só se manifestar sobre produtos com os quais tivesse experiência real, e assim nenhum deles indicou marcas para todos os itens pesquisados, sendo esta a razão de o universo de cada tabela ser na maioria das vezes menor que os 198 questionários válidos. Assim, por exemplo, se um item recebeu indicações em 150 questionários, este passa a ser o universo do item; e se, destas 150 indicações, a marca X recebeu 120, significa que X tem 80% desse universo (120/150 = 0,8).

Por outro lado, há itens que exibem universo mais alto do que o número de repostas válidas casos específicos de Módulos de silício monocristalino (221) e de Inversores string (218). Isto acontece porque, como a pesquisa propositalmente não impõe limites às respostas, em vários casos o respondedor indicou mais de uma

marca para um mesmo produto, por considerá-las iguais em excelência, e todas as respostas foram computadas.

A evolução do conceito das marcas junto a esse público especializado, ao menos no intervalo de um ano, pode ser conferida pela comparação com os resultados auferidos por elas na pesquisa de 2024, que também constam nas tabelas.

A esse respeito, aliás, a tabela I aqui publicada traz uma relação dos itens sobre os quais os consultados mais se manifestaram e que, portanto, podem ser considerados os itens de uso mais difundido no setor. Já a tabela II relaciona as 10 marcas que receberam mais indicações em um único produto, com os itens correspondentes.

Por fim, cabe ressalvar que, por razões de espaço, nas tabelas só constam as marcas que obtiveram no mínimo 2% das indicações em relação ao universo de cada produto. Isso significa que mesmo as marcas que aparecem na parte de baixa de uma tabela podem estar à frente de outras que ali não aparecem.

INRI (reprodução)

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Baterias estacionárias

Universo 2025: 174 Universo 2024: 263 Moura

Caixas de junção (combiner/string

Universo 2025: 130 Universo 2024: 193

Clamper

Proauto

Estacionamentos solares

Universo 2025: 107 Universo 2024: 161

WEG

PHB

Romagnole

SSM

Carpots Tessa

Estruturas para montagem em telhados

Universo 2025: 166 Universo 2024: 259

Solar Group

Romagnole

Acessórios

Cabos flexíveis fotovoltaicos

Universo 2025: 181 Universo 2024: 300

Prysmian

SIL Cobrecom

Nexans

Corfio

Amphenol

Megatron

Conduspar

Cordeiro

Cabelauto

Conectores MC4

Universo 2025: 144 Universo 2024: 222

Staubli Weidmueller/Conexel

Multi Contact Proauto WEG

Universo 2025: 128 Universo 2024: 192

Estruturas fixas para montagem em solo de ângulo variável Marca

Romagnole

Solar Group PHB

WEG

CCM

Metal Light Solar Pratyc

2P Acessórios

Modular

GF2

(%)

Estruturas fixas para montagem em solo

Universo 2025: 153 Universo 2024: 236

Fixadores

Universo 2025: 128 Universo 2024: 184

Solar Group

Inox-Par

2P Acessórios

Romagnole

PHB

Belenus Ciser

CCM

Pratyc

Instrumentos para medição de grandezas individuais Marca

Universo 2025: 131 Universo 2024: 201

Fluke

Inversores centrais

Universo 2025: 153 Universo 2024: 238

WEG

Sungrow Growatt

Renovigi

Inversores tipo string

Universo 2025: 218 Universo 2024: 348

Marca

Solis

WEG

Growatt

Fronius

PHB

Deye SAJ

Solaredge Goodwe

Renovigi

Sofar

Medidores bidirecionais de energia

Universo 2025: 87 Universo 2024: 131

Marca

Nansen

Eletra

WEG

Schneider Electric

Solar View

Landis+GYR

ABB

Dowertech

ELO

PHB

Tuya

Wasion

Universo 2025: 43 Universo 2024: 59

Módulos de células orgânicas Marca

Canadian Sunew

WEG

Jinko Solar

IT Solar

JA Solar

BYD

Longi

Energeasy

Risen

Chint

CSEM

DAH

GCL System

Greensun

Sunova

Trina Solar

Módulos de silício monocristalino

Universo 2025: 221 Universo 2024: 321

Marca

Jinko Solar

Canadian Trina Solar

DAH

JA Solar

Longi

WEG

Leapton

Sunova

Risen

Osda

Tsun

Microinversores

Universo 2025: 197 Universo 2024: 312

Módulos bifaciais

Módulos de filme fino

Universo 2024: 51 Universo 2024: 85 Canadian Jinko Solar

Marca

First Solar

Módulos de perovskita

GC

Goodwe

Sunova

Astroenergy

Varimaster

Módulos de silício policristalino

Universo 2025: 166

Otimizadores de potência

Piranômetros

Universo 2024: 57 Universo 2024: 56

Hukseflux

Eko

Kipp & Zonen

Intrusfiber

Hexis Fluke

Delta Trafo Flir

Huseflux

Meteo Omnium

Seguidores solares (trackers)

Universo 2025: 65 Universo 2024: 81

Nextracker

Sistemas para armazenamento de energia

2025: 110 Universo 2024: 126

129

Estações de recarga

Eletromobilidade: instalação de estações modulares de recarga rápida

A instalação de estações de recarga rápida de corrente contínua para veículos elétricos requer geralmente conhecimento especializado e está associada a elevados custos. Módulos préconfigurados e escalonáveis para montagem em racks de 19” oferecem uma solução inovadora e econômica, que possibilita rápido comissionamento.

Os módulos para montagem em racks de 19” analisados neste artigo permitem reduzir a complexidade e simplificar o projeto de infraestrutura de recarga. Combinando o módulo de distribuição, os módulos de potência e o módulo de controle, uma estação de recarga rápida de c.c. pode ser montada em curto prazo (figura 1).

Uma estação de recarga flexível

O desenvolvimento e a construção de uma estação de recarga rápida de c.c. de acordo com a norma internacional IEC 61851 [1] [2] implica certos obstáculos para os fabricantes. Além de alta expertise, é necessário longo tempo para acumular experiência nessa área específica. Principalmente para o início da produção ou fabricação de pequenas séries, o investimento inicial é deficitário.

O sistema ora em exame visa a possibilitar um rápido time-to-market, sem renunciar a um design individual. Deve ainda contemplar a simplicidade de montagem, manutenção, e reparos mediante a substituição de módulos.

E a potência de recarga deve ser previamente escalável ou permitir aumento ou redução posterior (figura 2).

Em comparação com a montagem clássica sobre trilhos, a construção modular reduz os trabalhos de cabeamento e a suscetibilidade a erros num totem de recarga de c.c.

A tecnologia de conexões rápidas, as interfaces de comunicação RJ45 e os racks de 19”, de aplicação consagrada na indústria, permitem inserir e substituir módulos e dispõem de um conjunto de acessórios de montagem. Os cabos de interligação re-

querem apenas a remoção da isolação. Estes fatores economizam custos de componentes e de montagem, bem como tempo de execução de uma estação de recarga plenamente pronta para serviço. Em contraste, módulos de potência equivalentes requerem a confecção específica da fiação e espaços de montagem variáveis. Módulos similares para proteção, controle e supervisão não são conhecidos no mercado. Assim, do projeto e desenvolvimento até a disponibilidade da estação de recarga rápida, o processo é otimizado.

Eduard Hartmann, da Phoenix Contact Power Supplies (Alemanha)
Fig. 1 - O design modular das estações de recarga permite adaptações à aplicação
Fig. 2 - Conectando até cinco módulos de 30 kW, a potência de recarga pode alcançar 150 kW

Estações de recarga

Características dos módulos de 19″

Módulos de potência de 30 kW em racks de 19” são disponíveis nas ver sões c.a/c.c. ou c.c./c.c. com eficiência de até 96% e curvas características de saída constante na faixa de tensão de 150 V a 1000 V. Os módulos de potên cia são de aplicação flexível, devido à isolação galvânica e à possibilidade de conexão em paralelo de até 48 módu los. Isso permite potências de recarga de até 1,5 MW. Baterias automotivas de grande porte, por exemplo, para veículos utilitários, demandam potên cias de recarga desta ordem de gran deza. Ademais, para conexão direta a sistemas fotovoltaicos, está disponível uma versão provida de entrada em c.c. e software MPPT, o que economiza componentes adicionais (figura 3).

dulo de distribuição c.a. distribui a energia da rede para até cinco módulos de potência. A energia c.c. gerada é coletada no módulo de controle e transferida para o veículo.

O módulo de distribuição supre todos os componentes da estação de recarga com corrente alternada. Dispositivos de proteção contra sur tos (DPSs) integrados, disjuntores e dispositivos de proteção térmica garantem a segurança de todos os módulos e cabos a jusante. Deste modo, a distribuição de c.a. dispen sa a montagem de componentes sobre trilhos.

Módulos desta classe de potência podem ser adequados também para outras aplicações, tais como:

• sistemas de armazenamento de ener gia para absorver picos de carga;

• fontes de alimentação de segurança;

• equipamentos de eletrólise para pro dução de hidrogênio; e

• redes de c.c. para evitar perdas por conversão de corrente.

Utilizando o módulo de distribui ção e o módulo de controle de potên cia, todo o fluxo de energia da rede para o veículo pode ser configurado por meio de racks no padrão 19”. O mó‑

O módulo de controle de potência compreende, entre outras funciona lidades, o controle de recarga, o mo dem de telecomunicação, a supervisão de isolamento, além de contatores de potência e fusíveis. Ele reúne em um rack de 19” com três módulos de altura todas as funções necessá‑ rias para o controle de potência e a supervisão do processo de recarga. Para integração do sistema e acesso remoto estão previs tas interfaces TCP/IP, RS 485, CAN Bus und I/Os. É possível realizar a me dição de temperatura em vários pontos, bem como prover a alimentação e o comando do ventilador externo para refrigeração da estação de recarga. O sistema de controle de recarga ins talado é pré configurado, de modo que, imediatamente após a conclusão da montagem, pode ser iniciado um processo de recarga com as funções básicas, além do teste do sistema e a medição de temperatura da estação de recarga.

O módulo de controle comanda até cinco módulos de potência de 30 kW cada um, permitindo assim potências de recarga de até 150 kW com corrente máxima de 500 A.

Fig. 4 - O portfólio inclui cabos c.a. e c.c., controles de recarga, medidores de energia

Conclusão

Equipamentos de infraestrutura de recarga de veículos elétricos dispo‑ níveis no mercado até o momento são constituídos de componentes indivi‑ duais ou de estações de recarga com‑ pletas [projeto fechado]. Nestas condi ções, a realização de requisitos particu lares de aplicação, quando factível, im plica custos adicionais consideráveis. Já o sistema aqui descrito (figura 4) possibilita a composição de estações de recarga rápida de c.c. escalonáveis, compactas e sem restrições quanto ao projeto. O sistema será ainda com plementado com módulos de bateria, tornando a recarga independente da infraestrutura local.

Referências equivalentes

[1] ABNT NBR IEC 61851 1:2021 – Sistema de recarga condutiva para veículos elétricos –Parte: 1 Requisitos gerais.

[2] ABNT NBR IEC 61851 23:2020 – Sistema de recarga condutiva para veículos elétricos – Parte: 23 Estação de recarga em corrente contínua para veículos elétricos

[3] ABNT NBR 17019:2022 – Instalações elétricas de baixa tensão – Requisitos para instalações em locais especiais – Alimentação de veícu los elétricos

Artigo publicado originalmente na revista alemã de – das Elektrohandwerk, edição 07/2024. Copyright Hüthig GmbH, Heidelberg e München. www.elektro.net. Publicado por FotoVolt sob licença dos editores. Tradução e adaptação de Celso Mendes.

Fig. 3 - Com os módulos de recarga de 30 kW nas versões c.a/c.c. e c.c./c.c. é possível integrar módulos fotovoltaicos

Gestão dos ativos

Parâmetros de desempenho de sistemas fotovoltaicos

Inspeções e veri cações de sistemas fotovoltaicos (SFV) têm sido negligenciadas por proprietários, operadores e instaladores há anos. As razões para isso envolvem foco exclusivo no rendimento, atribuição imprecisa ou inexistente de responsabilidades, bem como diferentes bases de inspeção e critérios de avaliação.

Em instalações elétricas, as verificações mais conhecidas são as realizadas antes do comissionamento inicial, bem como as verificações periódicas. Naturalmente, elas não contemplam nenhum requisito com relação à eficiência de um SFV, de modo que, na maioria dos casos, este aspecto apenas desperta a atenção quando a queda no rendimento da geração ou falhas no sistema se tornam aparentes.

Fatores de influência e perdas do gerador fotovoltaico

Um sistema de geração fotovoltaica depende da irradiância solar e, devido às propriedades físicas das células solares, da temperatura das células. Para quantificar a potência nominal do módulo fotovoltaico e o respectivo rendimento, seus parâmetros característicos são referidos a condições

padronizadas - as condições de ensaio-padrão (STC, do inglês Standard Test Conditions). Portanto, as STCs representam as condições padronizadas sob as quais a potência do módulo ou do gerador fotovoltaico é especificada.

Como a potência dos módulos depende da irradiância, ou seja, da quantidade de energia solar irradiada para o plano do módulo, e da temperatura do módulo, alta energia de irradiação re-

sulta, de um lado, em alta geração de energia elétrica no SFV e, de outro, no aquecimento das células solares. Este aquecimento, por seu turno, causa uma redução na potência das células e, em consequência, na potência do gerador.

Outros fatores de influência sobre a geração de energia são o espectro solar e a posição do sol. Quando a radiação do sol atinge a atmosfera, a luz é refratada, causando uma alteração nas suas propriedades espectrais. Uma medida do comprimento relativo da luz referida ao percurso vertical direto entre a superfície da terra e a camada externa da atmosfera é o coeficiente de massa de ar (AM, na sigla em inglês), que na Europa Central é considerado 1,5. O rendimento de referência é a energia de irradiação normalizada.

1 Autor do livro A instalação elétrica à prova de futuro - um guia para sistemas fotovoltaicos, armazenamento estacionário de energia e infraestrutura de recarga. Berlim, VDE, 2020. Disponível em <http://www.vde-verlag.de> Original em alemão.

Marc Fengel, perito em sistemas elétricos, Karlsruhe (Alemanha) 1
Fig. 1 – SFV em telhado plano: as plantas ultrapassam a borda inferior dos módulos e causam sombreamento permanente

Tem-se:

G R 00 Gt H Y GG 

onde:

YR – Rendimento de referência, em horas por intervalo de tempo considerado (hT);

HG – Energia radiante sobre a superfície do módulo fotovoltaico (Wh/m2); G0 – Irradiância em condições STC (1000 W/m2).

Entre o rendimento de referência e o rendimento do gerador fotovoltaico estão as perdas do gerador. Estas perdas se compõem de uma parcela dependente da temperatura, e de outra independente da temperatura. As primeiras são indicadas nas folhas de dados pelo coeficiente de temperatura, que para módulos cristalinos importa em cerca de -0,4%/°C. As perdas independentes da temperatura contemplam as perdas por condução do lado de corrente contínua. Elas advém das resistências ôhmicas das células e trilhas condutoras, bem como das resistências de contato (por exemplo, das conexões dos módulos) e do comprimento dos cabos.

Além disso, as perdas independentes da temperatura abarcam perdas por descasamento de parâmetros (mismatch losses), resultantes das tolerâncias de tensão, corrente e potências de módulos interconectados. Rastreadores de ponto de potência máxima (PPM) também podem produzir perdas quando o rastreamento não for ideal e houver discrepância entre o PPM e o ponto ajustado no rastreador.

Podem ainda ocorrer perdas devidas a circunstâncias externas. Por exemplo, objetos próximos ou distantes que projetam sombra ou se depositam sobre os módulos (folhas,

poeira, poluição ou neve). A altura e a forma da sombra de tais objetos dependem da posição do sol e, portanto, do dia e da estação do ano, variando continuamente.

Ademais, módulos individuais e fileiras de módulos podem causar sombreamento mútuo, que implicam perdas. Assim sendo, é necessário determinar o espaçamento ideal entre as fileiras de módulos, considerando a posição do sol (estação do ano) e o rendimento solar.

Outro aspecto é o sombreamento devido ao crescimento de plantas em frente às fileiras de módulos e nas superfícies dos módulos. Se as plantas ultrapassarem a borda inferior dos módulos, é de se esperar um sombreamento permanente na fileira inferior de células. Caso o sombreamento de módulos fotovoltaicos cristalinos montados verticalmente seja extenso o suficiente, pode ocorrer um colapso temporário do módulo completo, pois as células individuais geralmente são conectadas a três subséries verticais, cada uma ligada a um diodo de desvio em ligação antiparalela.

Por meio do diodo de desvio, o rastreador PPM do inversor pode desligar eletricamente o módulo ou a subsérie afetada, e assim evitar o colapso da série fotovoltaica completa e a formação de pontos quentes. No entanto, esta prática pode acarretar uma perda de rendimento não desprezível (figura 1).

Rendimento do gerador

O rendimento do gerador é a soma da energia elétrica no rastreador PPM do inversor. Ali a grandeza absoluta é quantificada em quilowatts-hora. O rendimento do gerador se estende desde os módulos fotovoltaicos individuais, passando pelas conexões entre módulos que formam as séries fotovoltaicas, até a entrada do inversor alimentada pela caixa de junção. A potência total do gerador fotovoltaico representa a potência nominal dos módulos sob condições-padrão (STC). Escreve-se

DC,iDC,i A A G0 G0 UIt E Y PP 

onde:

YA – Rendimento do gerador, em horas por intervalo de tempo considerado (hT);

EA – Energia elétrica do lado de corrente contínua (kWh);

PGO – Potência do gerador em STC (soma das potências nominais de todos os módulos) (kWp); e

G0 – Irradiância em condições STC (1000 W/m2).

Perdas sistêmicas

Fontes típicas de sombreamento são hastes captoras de para-raios (figura 2). Quando a distância entre a haste e a superfície do módulo é de no mínimo 108 vezes o diâmetro da haste, resulta meramente uma sombra difusa sobre o módulo. O sombreamento pode ser causado também por falta de limpeza nas bordas do módulo.

A diferença numérica entre o rendimento do gerador e o rendimento final são as perdas sistêmicas. Elas consistem em perdas por conversão no inversor, além de perdas nos condutores do lado de corrente alternada. No que tange à medição relevante para faturamento no âmbito da média tensão, perdas no transformador devem ser classificadas como perdas sistêmicas. As perdas por conversão no inversor são causadas pelo autoconsumo deste dispositivo, necessário para suprir sua eletrônica e sistemas de regulação, e pelas perdas nos semicondutores da eletrônica de potência, que converte corrente contínua em tensão contínua pulsante e em corrente alternada mediante circuitos de alisamento. As perdas no inversor podem per AZ Alkm aut

Fig. 2 – Hastes captoras de raios: se a distância entre o captor e a superfície do módulo for de no mínimo 108 vezes o diâmetro da haste, a sombra projetada será apenas difusa

ser dependentes ou independentes da carga. Estas últimas são resultantes do autoconsumo do inversor. Já as perdas condicionadas à carga consistem, por exemplo, em perdas térmicas nos semicondutores.

Na análise das perdas sistêmicas devem ser consideradas as falhas do inversor.

Rendimento final

O rendimento final de um SFV é a soma da energia elétrica normalizada alimentada pelo inversor. Esta energia é computada pelo medidor e creditada ao operador de acordo com a legislação, ou tomada como base para dimensionar o armazenamento de energia. O rendimento final, bem como o rendimento do gerador fotovoltaico, é normalizado conforme a potência nominal do gerador sob condições STC. Deste modo, o rendimento final de uma hora por dia corresponde ao tempo de operação equivalente a uma hora nas condições STC. Tem-se:

onde:

YF – Rendimento final, em horas por intervalo de tempo considerado (hT); EAC – Energia elétrica do lado de corrente alternada (kWh); e PGO – Potência do gerador em STC (soma das potências nominais de todos os módulos) (kWp).

Performance Ratio

Performance Ratio (PR), ou taxa de desempenho, é uma métrica de eficiência do SFV. Ela expressa a relação do rendimento final para o rendimento de referência. Em suma, a PR indica quanto da energia solar disponível (energia irradiada) o gerador converte. A diferença entre a energia irradiada de referência e o rendimento final

remunerado é representada pelas perdas do gerador e pelas perdas sistêmicas. Pode-se escrever:

PR Y 

onde:

F R Y

PR – Performance Ratio;

YF – Rendimento final; e

YR – Rendimento de referência. Algumas dessas perdas são atribuídas a propriedades físicas e não podem ser reduzidas. No entanto, outras podem ser mitigadas por meio de um planeamento competente, práticas de manutenção e medidas construtivas.

Tópicos de planejamento e projeto

Os geradores fotovoltaicos devem ser instalados de forma que não haja interferência mútua negativa entre sistemas elétricos e não elétricos. Para tanto, cada circuito deve ser considerado já na fase de planejamento com relação à disponibilidade e à manutenção do suprimento de energia durante a vida útil prevista. A necessidade de alta disponibilidade e, portanto, a redução de falhas dos circuitos c.a. e c.c. dos geradores andam juntas com o objetivo de suprir ou armazenar o máximo possível de energia elétrica no ponto de conexão da rede.

A disponibilidade dos circuitos deve ser selecionada essencialmente em função do tipo de esquema de aterramento da rede. O lado de corrente alternada do SFV é geralmente operado como um esquema TN. Desta forma, o desligamento automático da alimentação deve satisfazer a norma DIN VDE 0100-410 [1]. Para inversores conectados a redes de baixa tensão de 400/230 V e corrente nominal ≤ 32 A, o tempo máximo de desligamento de faltas fase-massa mediante um dispositivo de proteção contra sobrecorrente ou um dispositivo de corrente diferencial-residual (DR), deve ser de 0,4 s.

[N. do T. – No âmbito da ABNT, os requisitos das proteções contra sobrecorrente devem observar as normas NBR 16690 –Instalações elétricas de arranjos fotovoltaicos – Requisitos de projeto, e NBR 5410 –Instalações elétricas de baixa tensão.]

Circuitos de c.a. fotovoltaica > 32 A são considerados circuitos de distribuição para efeito de proteção por desligamento automático da alimentação, de modo que o desligamento de faltas fasemassa deve ocorrer dentro de até 5 s. A proteção contra sobrecorrente conforme DIN VDE 0100-430 [2] e a seletividade consoante DIN VDE 0100-530 [3] devem ser asseguradas. Os circuitos do inversor fotovoltaico devem ainda ser divididos considerando a disponibilidade para que, em caso de falta fase-massa, sobrecarga ou curto-circuito, a menor parte possível dos inversores seja desligada.

Para evitar disparos intempestivos, os cabos e os dispositivos de proteção devem ser dimensionados de maneira a minimizar o risco de desligamentos indesejados e a consequente perda de rendimento (figura 3). Enquanto no projeto de circuitos de distribuição normais considera-se um fator de simultaneidade g < 1, no dimensionamento de cabos em instalações de geração deve-se adotar o fator de simultaneidade g = 1.

O

Os requisitos de seletividade estão geralmente satisfeitos se o dispositivo

Fig. 3 – QD na subestação de uma usina: 15 circuitos fotovoltaicos de c.a. com fusíveis NH de 160 A (gG) conectados a um dispositivo de proteção geral. A corrente convencional de atuação desses fusíveis é de 1,6 x IN.
critério de seletividade não foi observado
M. Fengel

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de proteção mais próximo do local do defeito atuar primeiro, deixando outras partes do sistema em operação. Em termos simples, a seletividade é alcançada se as curvas caraterísticas dos dispositivos de proteção a montante e a jusante não se interceptam, e o tempo de disparo do dispositivo do lado da alimentação for superior ao do dispositivo a jusante.

Fusíveis de acordo com a norma DIN EN 60269-1 (VDE 0636-1) [4] das mesmas classes são seletivos entre si, desde que a relação das correntes nominais dos fusíveis do lado da alimentação e do lado da carga seja de pelo menos 1,6. Se esta relação for menor, há o risco de atuação intempestiva a montante e, portanto, de interrupção simultânea de diversos circuitos (figuras 4 e 5).

Ao dimensionar os dispositivos de proteção dos circuitos de alimentação de corrente alternada de SFVs conectados à rede deve ser previsto que, em caso de curto-circuito ou falta fasemassa, a corrente necessária para atua-

Lado de corrente contínua

ção desses dispositivos vem da rede pública. Consequentemente, os circuitos de distribuição de c.a. fotovoltaica não diferem, sob este aspecto, dos circuitos ligados às cargas consumidoras. O dispositivo de proteção a jusante é, portanto, o mais próximo do inversor. Se ocorrer um desligamento do circuito a montante (circuito fotovoltaico principal de c.a.), serão interrompidos não só um circuito fotovoltaico de c.a., mas todos os alimentadores de c.a. derivados do referido circuito principal.

A norma de instalação DIN VDE 0100-712 [5] recomenda expressamente, por razões de segurança contra incêndio do lado de c.c., eliminar falhas de isolação tão rapidamente quanto possível. No contexto do rendimento, a disponibilidade do inversor deve ser considerada. Se um inversor fotovoltaico desligar devido a uma falta à terra, a produção de energia do SFV será reduzida na proporção do respectivo circuito conectado ao inversor. Se o SFV consistir em um único inversor, tal desligamento equivale a um colapso total. Neste caso, na fase de projeto, o gerador fotovoltaico e o inversor devem ser selecionados de acordo com a perspectiva de possíveis perdas de rendimento. Deve-se distinguir entre as seguintes variantes:

Fig. 5 – Na referida escola ( gura 4), observa-se fusíveis NH 1 de 160 A (gG) a jusante dos fusíveis de entrada de 200 A. A relação 200/160 é menor que 1,6. Logo, não há seletividade e tanto o SFV quanto a instalação geral da escola podem ser indevidamente desligados

Fig. 4 – QD de uma escola provida de um SFV no telhado. Os fusíveis de entrada são NH 2 de 200 A com característica gG/gL. Ver legenda da gura 5

• Gerador FV sem conexão de um polo à terra; e

• Gerador FV com aterramento funcional de um polo.

Do lado de corrente contínua, geralmente o gerador fotovoltaico não está conectado ao potencial de terra. Portanto, trata-se de um sistema de c.c. não aterrado, de modo que, em caso de uma falta à terra, o polo do gerador ou da série fotovoltaica afetada pela falha de isolação ficará no potencial de 0 V, enquanto o polo não afetado assume a tensão da série fotovoltaica. A vantagem desta variante é que, perante uma primeira falta à terra, o dispositivo de supervisão de isolamento (DSI) integrado ao inversor ou externo apenas sinaliza a falha de isolação. A série fotovoltaica, porém, pode continuar em operação.

Por razões de degradação induzida por potencial (PID, na sigla em inglês), é necessário conectar um polo da série fotovoltaica ao potencial de terra. Neste caso, cada polo do gerador FV apresenta um potencial definido contra a terra. Se ocorrer uma falta para a terra no polo aterrado, o dispositivo de supervisão de isolamento (DSI) não detecta nenhuma falha. O SFV pode continuar operando como se estivesse ileso. Se a falha de isolação ocorrer no polo não aterrado, fecha-se um circuito entre este e o polo aterrado, passando pelo ponto de falta, e o dispositivo de interrupção automática atua, tornando a série fotovoltaica inoperante.

Tipos de inversor e disponibilidade

O inversor é o coração de um SFV. É ele quem converte a corrente contínua em corrente alternada para a rede de baixa ou de média tensão. Ele é composto de uma eletrônica de controle e regulação, um conversor de c.c., um rastreador MPP, um inversor c.c./c.a. e um dispositivo de seccionamento da rede.

O rastreador converte a tensão contínua do gerador FV no valor de tensão com a máxima potência. Para tal, os fabricantes de inversores adotam diversos processos. Depois do rastreador, a tensão contínua é, por assim dizer, “recortada” na faixa dos quilohertz por meio de semicondutores de comutação, por exemplo, tiristores. Portanto, ocorrem na eletrônica de controle múltiplas operações de manobra da ordem de microssegundos. Circuitos de alisamento transformam a tensão contínua “recortada” em tensão alternada carregada de harmônicos. Este conteúdo harmônico é reduzido mediante filtros. A conexão da energia elétrica à rede pública de corrente alternada realiza-se por meio de dispositivos de sincronização no inversor. Assim, o inversor supervisiona as condições de sincronização com uma rede “firme” (starres Netz). Neste contexto, entende-se por rede “firme” uma rede elétrica capaz de absorver e fornecer qualquer quantidade de energia ativa e reativa. As variáveis a serem monitoradas são a tensão da rede, o ângulo de fase das tensões e a sequência de fases. Se estes parâmetros são compatíveis com os da tensão alternada na saída do inversor, ele conecta e injeta na rede a energia convertida pelo SFV. Sob a perspectiva do rendimento e da disponibilidade do SFV, os projetistas podem optar por um arranjo descentralizado do inversor fotovoltaico, aqui denominado conceito de inversor string, ou por um arranjo centralizado, designado conceito de inversor central Ambas as variantes oferecem vantagens e desvantagens.

No conceito de inversor string, uma ou duas séries fotovoltaicas são conectadas a um inversor. Os sistemas com este conceito caracterizam-se pelo fato de que os diversos inversores conjuntamente conectados a um ponto de conexão à rede de c.a. constituem um SFV completo. Esta variante apresenta ainda uma vantagem relativa ao

aproveitamento de área. Enquanto os inversores centrais encontram-se geralmente localizados numa subestação, os inversores com arranjo descentralizado (inversores string) em usinas FV de solo são dispostos sob os próprios módulos fotovoltaicos, o que reduz a quantidade de subestações, possibilitando a instalação de um maior número de subarranjos FV na mesma área. Todavia, as duas vantagens mais significativas referem-se à eficiência do projeto e às perdas nos cabos. Afinal, um SFV com inversores string nada mais é do que um conjunto de diversos subarranjos fotovoltaicos que, do lado de c.a., funcionam como um gerador de energia frente ao ponto de conexão à rede. Deste modo, na fase de projeto, os subarranjos podem ser acrescentados com facilidade.

Quanto mais conectores e pontos de conexão existirem do lado de c.c., maior é o risco de que conexões mal executadas e sem manutenção adequada apresentem aquecimento inadmissível, que pode resultar em incêndio e colapso do subarranjo (figura 6).

Fig. 6 – Cabos de alumínio requerem conexões e terminais adequados, caso contrário o óxido isolante que se forma nos pontos de conexão eleva a resistência de contato. Neste exemplo, as perdas térmicas por efeito Joule nas conexões resultaram num incêndio
M. Fengel

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Conclusão

A avaliação do rendimento de sistemas fotovoltaicos requer um planejamento adequado e abrangente, que contemple um registro permanente e preciso dos dados do inversor e da irradiância. Ademais, no que tange à topologia do inversor e na seleção e coordenação dos dispositivos de proteção, além dos requisitos de segurança, também deve ser considerada a questão do desligamento indesejado e seus reflexos na disponibilidade do sistema.

Referências

[1] DIN VDE 0100-410 (VDE 0100-410):2018-10

Errichten von Niederspannungsanlagen – Teil 4-41: Schutzmaßnahmen – Schutz gegen elektrischen Schlag.

[2] DIN VDE 0100-430 (VDE 0100-430):2010-10

Errichten von Niederspannungsanlagen – Teil 4-43: Schutzmaßnahmen – Schutz bei Überstrom

[3] DIN VDE 0100-530 (VDE 0100-530):2018-06

Errichten von Niederspannungsanlagen – Teil 530: Auswahl und Errichtung elektrischer Betriebsmittel – Schalt- und Steuergeräte.

[4] DIN EN 60269-1 (VDE 0636-1):2015-05 Niederspannungssicherungen – Teil 1: Allgemeine Anforderungen.

[5] DIN VDE 0100-712 (VDE 0100-712):2016-10

Errichten von Niederspannungsanlagen – Teil 7-712: Anforderungen für Betriebsstätten, Räume und Anlagen besonderer Art – Photovoltaik-(PV)-Stromversorgungssysteme.

[6] Fengel, M.: Die zukunftssichere Elektroinstallation – Ein Leitfaden zur regelkonformen Errichtung von PV-Systemen, stationären Speichern und Ladeinfrastrukturen; 2020 VDE Verlag.

[7] Häberlin, H.: – Photovoltaik – Strom aus Sonnenlicht für Verbundnetz und Inselanlagen, 2., aktualisierte und erweiterte Auflage 2010.

Artigo publicado originalmente na revista alemã epElektropraktiker 08/2023. Copyright Huss Medien, Berlim. Publicado por FotoVolt sob licença dos editores. Tradução e adaptação de Celso Mendes.

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Solarplac (51) 98451-4336 contato@solarplac.com.br

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Consultoria, estudos de viabilidade Projetos básico/executivo Integrador (projeto, suprimentos e construção) Comissionamento Assistência técnica pós-venda Análise de desempenho Registro junto à concessionária Assessoria na obtenção de financiamento junto a bancos de formento/bancos comerciais

GD off-grid

Projetos já executados Áreas de atuação (GD)

GD on-grid Usinas

Residências Condomínios Comércio Shopping centers Clubes e estádios esportivos Hotéis e similares Indústrias Iluminação pública Telecomunicações Naval (barcos, iates, navios, plataformas) Propriedades rurais Bombeamento Outros

Solaxis Engenharia (51) 98588-2552 contato@solaxis.com.br

Sustentábille (51) 99953-2511 silvio@sustentabilleeco.com.br

Ciles Engenharia (49) 99911-0302 ayalon@ciles.eng.br

Efm Blue (48) 99136-7142 contato@efmblueenergy.com.br

Elo Tech (48) 99600-3791 elotechsolucoes1@gmail.com

LG Solar (48) 99151-3223 lgenergiasolar@gmail.com

MMC Energia (48) 99600-6216 mmc.energiasolar@gmail.com

Qi Energia (49) 98825-7981 Contato@qienergia.com.br

Steckert Engenharia (48) 3525-0336 solar@stengenharia.com

TAB energia (47) 99180-4772 contato@tabenergia.com.br

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Tecnoeletro (48) 98853-2230 vendas1@tecnoeletro.com

Arte Engenharia (79) 99807-4572 contato@arteengenharia.com.br

Campos Engenharia (79) 99680-6053 camposengeletrica@gmail.com

Araci Solar (11) 99775-4778 contato@aracisolar.com.br

Costanobre (11) 95876-9781 contato@costanobreengenharia.com.br

Crd Clean (11) 94373-5676 jcsantos@cleanenergy.eco.br

Dexxtra Solar (11) 3254-7447 contato@dexxtrasolar.com.br

DMG Solar (11) 99706-6678 danilo.guilherme@dmgsolar.com.br

Elb Eco (11) 95830-1370 contato@elb.eco.br

Engenharia de Projetos (11) 95895-3293 contato@engenhariadeprojetos.com.br

Ensolar e Cia (11) 99917-4400 giuseppe@ensolarecia.com.br

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F2G Energia (11) 99979-4984 flaviocema@gmail.com

FEJ Engenharia (11) 99958-9933 fernando@fejengenharia.com.br

Fotossíntese (11) 96649-0073 contato@fotossintese.solar

Hidravolts (11) 99703-1328 engenharia@hidravolts.com.br

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Jund Solar (11) 99812-8422 jundsolar@gmail.com

Logik Energia (11) 2691 7481 projetos@logik.com.br

MGV MDL (11) 92002-5934 mdlprojetoseletricos@gmail.com

Multitech (11) 94023-2626 contato@multitechecosytems.com.br

Projetar (11) 3437-7900 projetar@projetar.com.br

Ramalho e Luchetti (11) 2422-5327 contato@ramalhobrasil.com.br

Renovsol (11) 96918-3343 alexandre.comercial@renovsol.com.br

SFX Solar (11) 97207 3344 gustavo@sfxengenharia.com.br

Solara Transformadores (11) 95281-8440 vendas@solara.ind.br

Solaris Consultoria (11) 99746-5143 comercial@solarisambiental.com

Studio de Engenharia (11) 97527-5435 lucas@engenhariasolar.com

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NOSSO MUITO OBRIGADO AOS 1378 INTEGRADORES

GERADORES FOTOVOLTAICOS

USINA SOLAR

ON GRID HÍBRIDO

ON GRID MONOFÁSICO E TRIFÁSICO

OFF GRID HÍBRIDO MONOFÁSICO E TRIFÁSICO

BATERIA DE LÍTIO

MICRO INVERSOR

DRIVER SOLAR

CARREGADOR VEICULAR WALLBOX

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Albano Solar (15) 99662-5715 solaralbano@gmail.com

Alpha Gathi (15) 99744-9221 contato@alphagathi.com.br

Argos Soluções (17) 98179-8533 iunes.marcelo@terra.com.br

Armazém do Sol (19) 99100-7098 armazemdosol@armazemdosol.com.br

Atria Eenergy (19) 98988-0372 vendas@atriaeenergy.com.br

Authomathika (16) 99646-5516 comercial@authomathika.com.br

CSESolar (19) 99236-2335 contato@csesolar.eco.br

DG Tech (17) 99231-3785 dgtech.dgm@gmail.com

DHG Energia (16) 99129-9743 dhgoncalves@yahoo.com.br

E.C.S Energia (19) 99253-1299 contatoenergiacomsol@gmail.com

Encoeng (18) 99754-5567 encoeng@bol.com.br

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Ideia Soluções (14) 99670-9767 contato@ideiasoltec.com.br

JF Energia (12) 99664-3100 contato@jfenergiasolar.com

JVP Energia (16) 99116-5782 jvpenergiasolar@gmail.com

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Matias Projetos (13) 99702-6748 contato@matiasprojetos.com.br

Raio Solar (12) 98898-0040 aquecedoresraiosolar@gmail.com

Refriar Solar (15) 99745-1668 refriarsolar@hotmail.com

Solstício Energia (19) 3305-1153 comercial@solsticioenergia.com

TTS Energia (19) 99987-1612 comercial@ttsenergia.com.br

ValEEco (12) 3221-4402 contato@valeeco.com.br

Cromo Solar (63) 99995-9198 contato@cromosolar.com.br TO

Suisun (63) 3323-6238 suisun@suisun.com.br

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Residências Condomínios Comércio Shopping centers Clubes e estádios esportivos Hotéis e similares Indústrias Iluminação pública Telecomunicações Naval (barcos, iates, navios, plataformas) Propriedades rurais Bombeamento Outros Sistemas de GD off-grid Sistemas de GD on-grid Usinas solares fotovoltaicas (acima de 5 MWp)

Quantidade

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 3.038 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Fotovolt, janeiro de 2025 Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/fv e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias. Basta preencher o formulário em www.arandanet.com.br/revista/fotovolt/guia/inserir/

A evolução das tecnologias para redes de recargas

“ Avanços em autonomia, velocidade de recarga e experiência digital eliminaram barreiras históricas e estabeleceram as bases para um crescimento sustentável do setor”

As primeiras redes de recarga no Brasil surgiram por meio de projetos de Pesquisa & Desenvolvimento Aneel, conduzidos por empresas de energia. Esses projetos tinham como objetivo fomentar a mobilidade elétrica, desenvolver novos modelos de negócios e oferecer infraestrutura de recarga gratuita em locais públicos. Empresas como CPFL, Celesc, Copel e EDP foram pioneiras nesse contexto, instalando carregadores que, à época, operavam com potências relativamente baixas, entre 50 e 95 kW. Essa limitação refletia o alto custo dos equipamentos e a baixa diversidade de veículos elétricos disponíveis no mercado nacional.

A oferta de carregadores era restrita às principais cidades e rotas estratégicas, e a única ferramenta digital disponível para localizar as estações de recarga era o PlugShare. Não existiam aplicativos dedicados nem sistemas de cobrança estruturados. Os carregadores usavam o protocolo OCPP 1.5, que, apesar de básico, atendia satisfatoriamente as demandas da época. Com a entrada da iniciativa privada nesse mercado, o setor de redes de recargas passou por uma transformação acelerada, impulsionada por inovações significativas nos pilares fundamentais da mobilidade elétrica. O aumento da

quantidade de carregadores, a diversificação de modelos e a profissionalização do setor proporcionaram ao usuário final mais confiança para adotar os veículos elétricos à sua rotina.

Evolução de veículos

O mercado de veículos elétricos passou por uma transformação significativa nos últimos anos. A autonomia, que antes representava uma das principais barreiras para a adoção dessa tecnologia, evoluiu consideravelmente devido aos avanços nas baterias, como as de LFP (Fosfato de Ferro-Lítio). Tais equipamentos são considerados mais duráveis, seguros e eficientes, além de oferecerem custobenefício superior.

Além disso, a chegada de novos modelos, impulsionada por fabricantes globais, possibilitou uma redução expressiva no preço dos veículos elétricos. Em 2018, o modelo mais acessível poderia ser adquirido por cerca de R$ 250 mil, enquanto atualmente os modelos mais baratos custam aproximadamente R$ 90 mil no mercado brasileiro. Esse movimento foi impulsionado pela maior produção em escala, otimização das cadeias de suprimentos globais e aumento da concorrência entre fabricantes.

Outro ponto crucial foi o aumento da variedade de modelos disponíveis, que agora atendem desde pequenas frotas urbanas até veículos de passeio premium e caminhões elétricos para transporte de carga. Essa diversidade

possibilitou que diferentes setores econômicos também se beneficiassem da eletrificação, ampliando ainda mais o impacto positivo da mobilidade elétrica no país.

Esse cenário tornou os veículos elétricos mais viáveis tanto para uso urbano quanto para viagens de longa distância, gerando uma demanda crescente por redes de recarga mais eficientes e estrategicamente distribuídas por todo o território nacional.

Evolução de hardware

Com o avanço dos veículos elétricos, tornou-se imprescindível que os carregadores acompanhassem essa evolução. Inicialmente limitados a potências entre 50 e 95 kW, os carregadores atuais já operam com potências superiores a 350 kW, possibilitando recargas ultrarrápidas e reduzindo significativamente o tempo necessário para abastecimento.

Além do aumento de potência, tecnologias como carregamento simultâneo e balanceamento dinâmico de carga otimizaram a utilização da rede elétrica, permitindo que múltiplos veículos sejam carregados simultaneamente sem sobrecarregar a infraestrutura. Um exemplo dessa tecnologia são os carregadores ultrarrápidos que podem distribuir dinamicamente a potência disponível entre diferentes veículos conectados, maximizando a eficiência operacional.

O avanço nos protocolos de comunicação especialmente OCPP 1.6 e, mais recentemente, o OCPP 2.0.1 permitiu maior conectividade e inteligência para os carregadores. Esses protocolos possibilitam monitoramento remoto, diagnósticos precisos e uma interação mais intuitiva com os usuários. Além disso, o OCPP 2.0.1 introduziu melhorias significativas na segurança dos dados e na estabilidade da comunicação entre carregadores e sistemas de gerenciamento.

Outro ponto importante foi a redução dos custos dos carregadores. Hoje,

já é possível adquirir equipamentos rápidos por menos de R$ 100 mil, facilitando a expansão dessa infraestrutura e oferecendo maior segurança e conveniência aos usuários. Além disso, inovações em materiais e processos de fabricação têm permitido, além da redução de custos, o aumento da durabilidade e confiabilidade dos equipamentos.

Evolução digital

A transformação digital desempenhou um papel essencial na experiência dos usuários com as redes de recarga. Inicialmente, ferramentas como o PlugShare ofereciam apenas informações básicas sobre a localização dos carregadores. Hoje, aplicativos permitem que os usuários controlem remotamente os carregadores, monitorem o status das recargas em tempo real e realizem pagamentos diretamente pelo app, com opções como PIX e outras plataformas digitais.

No aspecto operacional, essas ferramentas possibilitam monitoramento preciso das estações, permitindo a identificação rápida de problemas e garantindo a disponibilidade dos equipamentos. Além disso, dashboards analíticos avançados oferecem aos operadores a capacidade de analisar padrões de uso, otimizar a distribuição de carregadores e ajustar as tarifas de forma dinâmica.

A integração com sistemas como Apple CarPlay e Android Auto possibilita ainda mais praticidade, permitindo que motoristas localizem e acompanhem estações de recarga diretamente no painel multimídia de seus veículos. Essa funcionalidade reduz distrações ao dirigir e facilita a escolha do ponto de recarga mais conveniente.

Além disso, o avanço do protocolo OCPI (Open Charge Point Interface) tem revolucionado a interoperabilidade entre redes de carregamento. Embora essa integração ainda não esteja am-

plamente disponível no Brasil devido a desafios técnicos e estruturais, ela promete oferecer uma experiência simplificada, permitindo que um único aplicativo se conecte a múltiplas redes de recarga no futuro próximo. Outro ponto importante é o suporte ao usuário. Muitas redes de carregamento agora oferecem atendimento 24/7, com canais de suporte direto nos aplicativos, possibilitando uma solução ágil para qualquer problema enfrentado durante o uso das estações.

Conclusão

A evolução conjunta dos veículos elétricos, das tecnologias de carregamento e das plataformas digitais está moldando um ecossistema mais robusto, acessível e eficiente para a mobilidade elétrica no Brasil. Avanços em autonomia, velocidade de recarga e experiência digital não apenas eliminaram barreiras históricas, mas também estabeleceram as bases para um crescimento sustentável do setor.

O futuro da mobilidade elétrica dependerá da colaboração contínua entre fabricantes, operadores de rede e desenvolvedores de tecnologia para garantir que essas evoluções continuem beneficiando tanto os consumidores quanto o mercado de forma geral. Além disso, políticas públicas bem estruturadas e incentivos fiscais podem acelerar ainda mais a transição para uma matriz de transporte mais limpa e eficiente.

* Rafael Cunha é engenheiro eletricista e COO da startup movE Eletromobilidade. Nesta coluna, apresenta e discute aspectos da mobilidade elétrica: mercado, estrutura, regulamentos, tecnologias, afinidades entre veículos elétricos e geração solar fotovoltaica, e assuntos correlatos. E-mail: veletricos@arandaeditora.com.br, mencionando no assunto “Coluna Veículos Elétricos”.

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

Condutores 2,5mm2 a 6mm2

Diâmetro externo condutor 4,7 a 7mm

Faixa de Temperatura Ambiente -40°C a +85°C

Temperatura Máxima Limite 120°C

Grau de Proteção (IP) IP68

Classe de Proteção/Segurança II

Classe de Sobretensão III

Tipo de Conexão Crimpagem

Material de contato Cobre Estanhado

Material de isolamento PA

Tensão nominal (Vdc) 1500V

Corrente Nominal 2,5/4/6mm2 25A/35A/45A

Classe de chamas (flamabilidade) UL94: V-0

O conector KSE K4 é usado para conexão serial segura e simples de módulos solares fotovoltaicos, em uma única solução atende condutores de 2,5 a 6mm2. Por possuir moderna tecnologia de produção, sistema de conexão multicontato, componentes e matéria-prima de alta qualidade, oferta alta estabilidade e segurança nas conexões para todo o sistema.

Os cabos condutores das séries fotovoltaicas

Com o aumento das potências dos módulos e dos inversores, os projetistas precisarão revisitar suas certezas”

Ao longo dos anos, a eficiência e a potência dos módulos fotovoltaicos têm aumentado consideravelmente. Quando comecei no setor solar, em 2016, os módulos de maior potência comercializados no Brasil para mini e microgeração distribuída eram na faixa de 330 W. Um dos projetos que estamos realizando atualmente usa módulos de 690 W, e bifaciais.

Esse contínuo crescimento de potência trará dificuldades de projeto, tanto no que se refere à compatibilização ideal módulo X inversor quanto ao dimensionamento mais racional (econômico) dos condutores.

Nesta edição tratarei apenas da etapa de dimensionamento dos condutores, realizada quando a decisão quanto aos módulos e inversores já foi definida.

Maior potência e suas consequências na tensão e corrente

Um módulo fotovoltaico gera energia em corrente contínua. Dessa forma, qualquer aumento de potência significa aumento na tensão, na corrente ou no tamanho do módulo. Comparando dois datasheets, sendo um de módulo de 330 W e outro de 660 W, de mesmo fabricante, temos os dados da tabela ao lado.

Neste caso, o maior crescimento se dá na corrente, que pratica-

mente dobrou. Apesar de não ser uma verdade absoluta, normalmente estamos tendo maior incremento de corrente, e não de tensão, com o aumento da potência dos módulos.

Como já vimos anteriormente nesta coluna, os condutores das séries fotovoltaicas precisam, necessariamente, seguir a norma ABNT NBR 16612 - Cabos de potência para sistemas fotovoltaicos, não halogenados, isolados, com cobertura, para tensão de até 1,8 kV C.C. entre condutores - Requisitos de desempenho. Esses condutores podem ser fabricados com seções até 400 mm2, mas as mais comercializadas são as de 4 mm2 e 6 mm2 o uso de seções diferentes destas tem impactos no custo e no prazo de aquisição, então é comum que seja premissa de projeto limitar a seção dos cabos da série a 6 mm2

A capacidade de condução de corrente

Analisando os módulos na faixa dos 300 W a 400 W, verificamos que as correntes de curto-circuito ficam na faixa dos 10 A a 12A. Por consequência, quando as potências dos módulos eram assim limitadas, os condutores eram projetados para ter uma capacidade de condução de corrente de 1,5 × Isc (de acordo com a NBR 16690 – Instalações elétricas de arranjos fotovoltaicos –Requisitos de projeto).

Considerando o método de instalação de cabos em eletroduto diretamente enterrado, para uma dada temperatura de solo, temos que condutores de 4 e de 6mm2 conduzem, respectivamente, 31 A e 39 A (dados da tabela C.9 da NBR 16.612).

Como a correção da temperatura já foi considerada nessa tabela, o único fator de correção a ser considerado é o de agrupamento de condutores e o de eletrodutos.

Consultando a NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão, verificamos que os fatores de agrupamento de eletrodutos variam em função da quantidade de eletrodutos e do espaçamento entre eles. O pior fator que teríamos seria 0,6, para seis eletrodutos sem nenhum espaçamento entre eles.

Aplicando esse fator, as correntes corrigidas dos condutores de 4 mm2 e 6 mm2 são de 18,6 A e 23,6 A, respetivamente. Com isso, mesmo em condições extremas de projeto, os condutores de 4 mm2 e 6 mm2 atendem às necessidades.

Esse fato levou à crença de que esses cabos sempre vão atender aos requisitos. Assim, boa parte da comunidade técnica tem relegado o dimensionamento a segundo plano, partindo do pressuposto que as correntes são baixas e que tais condutores são suficientes.

Os módulos de maior potência e sua corrente

Quando analisamos módulos na faixa dos 600 W a 700 W, teremos correntes de curto-circuito na faixa de 17 A a 19 A. Dessa forma, os con-

dutores precisarão ser dimensionados para corrente entre 25,5 A a 28,5 A, valores que ainda estão dentro da capacidade de condução de corrente dos cabos 4 mm2 e 6 mm2 se não forem necessários fatores de correção por agrupamento de eletrodutos.

As usinas de solo de 1 a 3 MW

Nas usinas remotas de MMGD de 1 a 3 MW, os inversores variam de 125 kW a 350 kW, podendo ser instalados concentrados (em skid ou em um recinto) ou no campo. Com exceção do modelo de 125 kW do fabricante Sungrow, todos os outros possuem múltiplos MPPT e múltiplas entradas por MPPT. Essas características trazem um desafio quanto ao projeto da rede enterrada, que vamos analisar agora. Considerando um inversor de 250 kW, que possui 9 MPPTs, tendo 18 séries (strings) a ele ligadas (duas em cada MPPT), temos as seguintes situações de projeto possíveis:

a) Cada série instalada em um eletroduto, com os eletrodutos distantes de mais de 1 m um do outro: Nessa condição, não teremos fatores de correção. Com isso, o condutor escolhido deverá ter capacidade de corrente mínima dada por 1,5 x 18,4 = 27, 6A. Consultando a tabela C.9 da NBR 16612, temos que o cabo 4 mm 2 (31 A) seria suficiente.

b) Mais de uma série instalada em um eletroduto, com os eletrodutos distantes mais de 1 m um do outro: Nessa condição, deveremos utilizar fatores de correção de agrupamento de circuitos. Os fatores a serem aplicados são os da tabela 42 da NBR 5410, que variam de 0,8 a 0,38, dependendo da quantidade de condutores. Considerando que as máximas correntes dos cabos de 4 mm2 e 6 mm2 sem fatores de correção são 31 A e 39 A, e que a capacidade de condução de corrente mínima é de 27,6 A, podemos determinar o valor limite do fator de agrupamento a adotar para que esses

cabos possam ser utilizados. Para o condutor de 4 mm2, o fator de agrupamento limite é dado por 27,6/31 = 0,89, enquanto para o condutor de 6 mm2, o limite é dado por 27,6/39 = 0,7.

Consultando a tabela 42 da NBR 5410, não temos fator de correção maior ou igual a 0,89, devendo o cabo de 4 mm2 ser utilizado apenas na condição de uma série por eletroduto. Para o condutor de 6 mm2 é possível utilizar até três séries em um mesmo eletroduto.

Como essa condição é limite, os eletrodutos precisarão ficar bastante afastados nas valas para que não seja necessário o uso de fatores de agrupamento de eletrodutos, o que traz custos com abertura e recomposição de valas.

c) Uma série instalada em cada eletroduto, com os eletrodutos próximos um ao outro: Nessa condição, devemos utilizar os fatores de correção de agrupamento de eletrodutos da tabela 45 da NBR 5410, que variam de 0,95 a 0,60 dependendo da quantidade de condutores.

Os fatores limites de correção admitidos permanecem os mesmos, ou seja, 0,89 para o condutor de 4 mm2 e 0,7 para o condutor de 6 mm2. Consultando a tabela 45, podemos usar as seguintes distribuições de eletrodutos:

1) Cabo de 4 mm2:

• dois eletrodutos espaçados de 0,25 m ou mais;

• três eletrodutos espaçados de 0,50 m ou mais; ou

• quatro ou cinco eletrodutos espaçados de 0,50 m ou mais.

2) Cabo de 6 mm2:

• quatro eletrodutos sem espaçamento entre si; ou

• seis eletrodutos espaçados de 0,25 m ou mais.

Essas soluções, no entanto, elevam os custos de materiais.

A realidade

O projetista precisa se curvar aos equipamentos adquiridos e ao layout da

usina. Mas ocorre que a solução adotada normalmente é de mais de uma série por eletroduto e com vários eletrodutos próximos.

Com isso, o projetista precisa analisar detalhadamente a solução, pois em muitos casos será necessário um verdadeiro malabarismo para garantir que os condutores estejam corretamente dimensionados.

Observação importante

O dimensionamento do condutor é dado por 1,5 x Isc quando não há dispositivo de proteção contra sobrecorrentes. Alguns modelos de inversores possuem uma proteção interna, semelhante a um disjuntor. Nesses casos, o dimensionamento pode ser realizado pela corrente nominal do dispositivo de proteção.

Minha sugestão é que nesses casos se inclua nos documentos de projeto a informação, com folha de dados técnicos e documentos que corroborem a presença desse dispositivo de proteção.

Conclusão

Com o aumento das potências dos módulos e dos inversores, os projetistas precisarão revisitar suas certezas e refazer até os cálculos mais simples, para garantir que não estão cometendo erros induzidos pelos fornecedores dos kits fotovoltaicos. Até a próxima.

* Engenheiro eletricista da Sinergia Consultoria, com grande experiência em instalações fotovoltaicas, instalações de MT e BT e entradas de energia, conselheiro da ABGD - Associação Brasileira de Geração Distribuída e diretor técnico do Sindistal RJ - Sindicato da Indústria de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias do Rio de Janeiro, Vinícius Ayrão apresenta e discute nesta coluna aspectos técnicos de projeto e execução das instalações fotovoltaicas. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões pelo e-mail: fv_projetoinstalacao@ arandaeditora.com.br, mencionando em “assunto”  “Coluna Projeto e Instalação”.

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Capacitores de filme de alto desempenho que aguentam o calor

OLawrence Berkeley National Laboratory (Berkeley Lab) do Departamento de Energia dos EUA, em conjunto com várias outras instituições, demonstrou recentemente uma técnica de aprendizado de máquina para acelerar a descoberta de materiais para capacitores de filme, elementos cruciais para tecnologias de eletrificação e energia renovável. A técnica foi usada para rastrear uma biblioteca de quase 50 mil estruturas químicas e identificar um único composto de altíssimo desempenho.

em um material isolante prensado entre duas folhas de metal condutoras. Enquanto baterias usam reações químicas para armazenar e liberar energia por longos períodos, os capacitores usam campos elétricos aplicados para carregar e descarregar energia muito mais rapidamente. Eles são usados para regular a qualidade da energia em diversos tipos de sistemas, por exemplo evitando correntes de ondulação (ripple) e flutuações suaves de tensão.

pesquisadores

Há uma demanda crescente por capacitores de filme para aplicações de alta temperatura e alta potência, como veículos elétricos, aviação elétrica, eletrônica de potência e aeroespacial, além de uso em inversores solares e eólicos. Esses capacitores consistem

Sua limitação é que exigem materiais resistentes ao calor. Polímeros são adequados como isolantes devido a seu pouco peso, sua flexibilidade e resistência sob campos elétricos aplicados, porém têm capacidade limitada de tolerar altas temperaturas. O calor intenso pode reduzir suas propriedades isolantes e fazer com que se degradem. O método tradicional utilizado para procurar polímeros de alto desempenho é o de tentativa e erro: sintetizam-se alguns candidatos a cada vez e, em seguida, caracterizam-se suas propriedades. O problema é a morosidade. Em face da urgência por melhores capacitores, procurar moléculas entre dezenas de milhares de possibilidades é algo desgastante e pouco produtivo. “Para tecnologias de energia renovável confiáveis e econômicas, precisamos de materiais de capacitores de melhor desempenho do que os disponíveis hoje”, disse Yi Liu, cientista sênior do Berkeley Lab que liderou o estudo. “Essa nossa técnica de triagem inovadora nos ajudará a encontrar esses materiais ‘agulha no palheiro’.”

A equipe do projeto treinou um conjunto de modelos de aprendizado de máquina, conhecidos como redes neurais feedforward, para, em uma biblioteca de cerca de 49,7 mil polímeros, rastrear uma combinação ideal de propriedades,

incluindo capacidade de suportar altas temperaturas e fortes campos elétricos, alta densidade de armazenamento de energia e facilidade de síntese. Os modelos identificaram três polímeros particularmente promissores, os quais foram sintetizados no Scripps Research Institute usando uma técnica conhecida como “química do clique”, que conecta de forma rápida e eficiente blocos moleculares em produtos de alta qualidade. (O professor Barry Sharpless, do Scripps, um dos principais pesquisadores do projeto, ganhou o Prêmio Nobel de Química de 2022 por sua pesquisa sobre o conceito de química do clique.)

No Berkeley Lab, uma equipe fabricou capacitores de filme com esses polímeros e depois os avaliou, constatando seu desempenho elétrico e térmico excepcional. Em um dos casos, os capacitores exibiram combinação recorde de resistência ao calor, propriedades isolantes e densidade de energia, além de alta eficiência, isto é, com desperdício mínimo de energia ao carregar e descarregar. Testes adicionais revelaram sua qualidade superior de material, estabilidade operacional e durabilidade.

As instituições parceiras do Berkeley Lab no projeto de pesquisa são a Universidade de Wisconsin–Madison, o Scripps Research Institute, a Universidade da California, Berkeley e a Universidade de Southern Mississippi. A pesquisa foi relatada no periódico Nature Energy

Marilyn Sargent/Berkeley Lab
Marilyn Sargent/Berkeley Lab
Marilyn Sargent/Berkeley Lab
Pesquisador aproxima capacitor de lme no fabricado a sistema de medição dielétrica, que meda a capacidade de armazenar ou conduzir uma carga elétrica
Os
Yi Liu (à esquerda) e Zongliang Xie fabricam capacitores de lme a partir de polímeros selecionados na Molecular Foundry do Berkeley Lab
Amostras de lme no fabricadas submetidas a um medidor de espessura

No Brasil

Intersolar Summit NE – O Intersolar Summit Brasil Nordeste acontecerá no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, em 23 e 24 de abril. Constituído de congresso e feira, o evento enfocará energia solar, armazenamento de energia, H2V e outros assuntos. Realização: Solar Promotion, FMMI e Aranda Eventos. Informações: https://www.intersolarsummit-brasil.com/nordeste.

Geração centralizada – O congresso GC – Congresso Internacional de Geração Centralizada aborda assuntos sobre energia em geração centralizada com foco em fontes de energia renovável. A terceira edição do evento acontecerá em São Paulo, SP, em maio de 2025. O objetivo é reunir a cadeia produtiva do setor de energias renováveis a fim de incentivar discussões, novos negócios, parcerias e acordos. Informações em https://congressogc.com.

The smarter E – O The smarter E South America 2025 acontecerá de 26 a 28 de agosto no Expo Center Norte, em São Paulo, congregando os eventos: Intersolar South America - A maior feira & congresso para o setor solar da América do Sul; ees South America - Feira de baterias e sistemas de armazenamento de energia; Eletrotec+EM-Power South America - Feira de infraestrutura elétrica e gestão de energia; e Power to Drive South America - Feira de produtos e serviços para eletromobilidade. Organização de Solar Promotion International GmbH, Freiburg Management and Marketing International e Aranda Eventos & Congressos. Informações: www.thesmartere. com.br.

FIEE – A 32a edição da FIEE - Feira Internacional da Industria Elétrica, Eletrônica, Energia, Automação e Conectividade, organizada pela RX Brasil e a AbineeAssociação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, vai ser realizada de 9 a 12 de setembro, no São Paulo Expo. O evento, que apresenta equipamentos,

produtos, soluções e tendências em instalações elétricas e eletrônicas para a indústria de todos os segmentos, pretende abordar a transformação digital da indústria, sustentabilidade, conectividade e tecnologia. Mais informações em https://www.fiee.com.br.

Cursos

Instalador, PVSyst – A Unicamp vai realizar diversos cursos voltados ao segmento solar fotovoltaico. O de Instalação e integração de sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica será realizado em formato presencial de 7 a 9 de fevereiro. Com o objetivo de propiciar ao aluno um contato prático e profissionalizante com sistemas fotovoltaicos conectados à rede, o curso vai abordar a concepção, o projeto e a configuração de um sistema fotovoltaico ligado à rede, com 4 horas de teoria, e em seguida os alunos serão instruídos a realizar uma instalação fotovoltaica completa, incluindo a montagem de módulos solares em telhado e a construção da parte elétrica. Pretende-se que ao final do curso o aluno esteja apto a montar quadros elétricos com dispositivos de proteção, definir e instalar o cabeamento fotovoltaico, instalar inversores e sistemas de monitoramento, instalar estruturas de fixação e painéis fotovoltaicos em telhados, implementar sistema de monitoramento de energia e realizar testes de funcionamento e detecção de defeitos em sistemas fotovoltaicos. O curso destina-se principalmente a profissionais de engenharia, técnicos ou profissionais de outras áreas que possuam conhecimentos básicos de eletricidade. Mais informações e inscrições em https://www.cursosolarunicamp.com/agenda.

Fundamentos de energia FV – O Canal Solar oferece o curso EAD Fundamentos de energia fotovoltaica, que aborda noções básicas sobre funcionamento dos painéis solares; conversão de luz solar em eletricidade; benefícios da energia solar e sua atuação na redução da conta de luz; di-

cas sobre identificação do potencial solar da região; dimensionamento de sistemas; tendências do mercado; e oportunidades de carreira na indústria fotovoltaica. O treinamento é ministrado por Bruno Kikumoto, engenheiro eletricista pela Udesc - Universidade Estadual de Santa Catarina, com mestrado em Engenharia Elétrica pela Unicamp - Universidade Estadual de Campinas. A carga horária é de cerca de 17h. Mais informações em https://cursos.canalsolar.com.br.

Senai-SP – O curso de aperfeiçoamento profissional Energia Solar FotovoltaicaTecnologias e Aplicações, do Senai SP, com carga horária de 24 horas, visa desenvolver competências para a avaliação da viabilidade técnica e financeira da implementação de sistemas de energia solar fotovoltaicos, diagnosticando fatores de consumo de energia, identificando tecnologias e equipamentos, e propondo soluções de acordo com normas e determinações dos órgãos regulamentadores. Inscrições em www.sp.senai. br/curso/energia-solar-fotovoltaicatecnologias-e-aplicacoes/89542

No exterior

Intersolar Europe – A Intersolar Europe 2025, um dos principais eventos globais da indústria solar, ocorrerá entre os dias 7 e 9 de maio, no Messe München, em Munique, Alemanha. O evento faz parte do hub de inovação The smarter E Europe, conglomerado de exposições dedicadas à indústria de energia na Europa. O foco da feira é conectar negócios solares, destacando tendências de mercado, inovações tecnológicas e modelos de negócios emergentes. A edição de 2025 contará com cerca de 1450 expositores. A expectativa é atrair mais de 110 mil visitantes. Os temas principais incluem tecnologias fotovoltaicas, usinas solares e sistemas térmicos solares, com oportunidades para networking, participação em conferências lideradas por especialistas e exposição de soluções. Mais informações no site oficial do evento: www.intersolar.de.

Produtos

Módulo solar

A Eternit fornece o módulo Solar Leaf 50 W, aprovado pela Inmetro. Segundo a empresa, a solução visa oferecer maior versatilidade para aplicação em diversas superfícies, como telhados, fachadas, motorhomes e construções modulares. O equipamento tem capacidade de geração de 150 W por metro quadrado. De acordo com a Eternit, a economia na conta de luz pode atingir R$ 150 por mês em casas populares, com retorno sobre o investimento de 3 a 5 anos. Outro diferencial destacado pela companhia é o equipamento ser 80% mais leve quando comparado aos painéis tradicionais.

www.eternit.com.br

Baterias

A multinacional SolaX Power oferece no mercado brasileiro dois novos modelos de baterias: LD53 e HS36 A LD53 é uma bateria de lítio utilizada em inversores híbridos. De acordo com a empresa, esse modelo possui monitoramento em tempo real (com o uso de IA), o que minimiza os riscos ao sistema; algoritmos inteligentes, que garantem alto SOC (quando a bateria está totalmente carregada) e precisão; diagnóstico de falhas de bateria também baseado em IA, além de uma capacidade nominal de 5,3 kWh, ideal para residências e comércios de pequeno porte. O equipamento possui flexibilidade para expansão de até 16 módulos no mesmo sistema, bem como uma taxa de eficiência superior a 96%, além de um sistema de gerenciamento de bateria (BMS), que protege contra sobrecarga, curto-circuito e altas temperaturas. Já o modelo HS36 é uma

bateria de alta capacidade e durabilidade, utilizada em inversores híbridos para baterias de alta tensão com conexão em série. Tem capacidade nominal de 3,6 kWh por módulo, e suporta expansão de até 13 módulos em série.

A bateria é produzida com tecnologia de lítio ferro-fosfato e conta com conectividade inteligente para monitoramento remoto e integração com soluções IoT. O modelo pode conectar bancos em paralelo (com acessório) para expansão da capacidade. De acordo com a empresa, tem desempenho em ambientes de alta temperatura e é compatível com a maior parte dos inversores híbridos para baterias de alta tensão.

https://br.solaxpower.com

Inversor híbrido solar

HCP, MAX etc. na plataforma HOT4.0. O portfólio Tiger Neo 3.0 inclui duas séries principais, Neo Utility e Neo DG, com potência de saída de até 670 W e 495 W, e eficiência de conversão de energia de até 24,8% para ambas. A fabricante oferece garantia de produto de 12/25 anos e garantia de saída de energia linear de 30 anos, projetada para degradação inicial de 1% no ano e uma taxa de degradação linear anual de 0,4%. O fator bifacial é de até 85%. De acordo com a empresa, outros destaques da série são: VOC mais baixo e Isc mais alto, o que contribui para um BOS mais baixo.

www.jinkosolar.com

Controlador de tracker

A ABB fornece o inversor de frequência híbrido solar ACQ80, que, de acordo com a empresa, é especialmente aderente a sistemas de bombeamento, viabilizando o uso de energia fotovoltaica em locais com limitações na oferta de eletricidade e áreas remotas que necessitam de sistemas de irrigação e bombeamento independentes da rede elétrica para cultivos ou a criação extensiva de animais. A companhia destaca que o equipamento é capaz de otimizar o uso da energia gerada pelos painéis solares para transportar a máxima quantidade de água possível durante a operação, inclusive nos momentos de menor incidência de luz solar, nos quais, de forma automatizada, recorre à rede elétrica convencional para obter a energia necessária para complementar a operação.

https://global.abb

Módulos TOPCon

Os painéis solares Next Generation, chamados Tiger Neo 3.0, fornecidos pela JinkoSolar, contam com a tecnologia patenteada N-type TOPCon, incluindo

A Tecsi, divisão de tecnologia do Grupo MTR, fornece no Brasil um controlador de tracker solar com fabricação 100% nacional. Segundo a empresa, o equipamento otimiza a captura de energia solar, ajustando automaticamente a posição dos painéis em relação ao sol durante o dia. Segundo a Tecsi, a adoção da tecnologia proporciona redução de até 33% de custos operacionais para usinas solares. Possui alcance de até 3 km, permite a comunicação com até 500 TCUs (Unidades de Controle de Tracker) por NCU (Unidade Central de Controle), dependendo das condições de propagação no ambiente da usina. A comunicação criptografada entre os dispositivos proporciona um nível adicional de segurança, garantindo que as informações trocadas sejam protegidas contra acessos não autorizados, afirma a empresa. O sistema permite tanto o acionamento quanto o monitoramento remoto através da plataforma Tecsi, facilitando a gestão e a operação dos trackers. Conta com autonomia da bateria de até 20 horas.

https://mtrsolar.com.br

Oportunidades de receita para integradores Com o objetivo de orientar os empre sários do mercado de geração distribuída sobre novos mo delos de negócio e novas fon tes de receita para toda a ca deia de valor da energia solar, a Greener elaborou o Guia de Novas Oportunidades. Segundo a consultoria, para além da instalação de sistemas fotovol taicos, o integrador pode ex pandir seu portfólio de servi ços oferecendo uma variedade de soluções sustentáveis aos seus clientes. O material apre senta os principais modelos de negócios, um passo a passo para o integrador incorporar e oferecer esses serviços asso ciados, além de casos práticos, introduzindo novos clientes em mercados como: soluções

de armazenamento de ener gia; soluções de carregamento para veículos elétricos; repre‑ sentação varejista no Am biente de Contratação Livre (ACL); originação de clientes para gestoras de crédito GD; e gestão de crédito de GD com partilhada. O guia está dispo nível para download gratuito no site da Greener.

http://greener.greener.com.br/estudogd-guia-de-novas-oportunidades

Economia dos sistemas FV e crescimento do armazenamento Um levantamento feito pela Solfácil, ecossistema em soluções solares, aponta que o investimento em um sistema de energia solar pode gerar uma economia de R$ 50 mil em até 10 anos. A pesqui sa simulou o financiamento de um sistema em 60 parcelas de R$ 675, correspondente a cinco anos. De acordo com a empresa, os resultados mos‑ tram que, enquanto uma fa mília que mantém o modelo convencional de fornecimento elétrico gastaria R$ 600 mil em um período de 30 anos, uma residência equipada com painéis solares teria custos to tais de cerca de R$ 180 mil no mesmo intervalo, já incluindo manutenção e o valor do fi‑

nanciamento. A pesquisa le vou em consideração um gas to mensal de R$ 750 na conta de luz e a cobrança do TUSD Fio B – tarifa aplicada sobre os créditos de energia consumi dos – que, desde 2023, passou a ser parcialmente paga pelos usuários de energia solar. A projeção considera que essa cobran ça será integral a partir de 2029.

Outro dado

incorpo‑ rado foi a simulta neidade de consumo, calcula da em 30%. Isso significa que apenas parte da energia gera da é consumida diretamente, enquanto o restante é enviado à rede para uso posterior. De acordo com a empresa, com o sistema solar, o custo da energia elétrica pode ser reduzido a um terço do que é pago no modelo tradicional, um dado a ser considerado em um cenário de inflação energética contínua. Outro relatório da companhia indica que os sistemas híbridos de armazenamento de energia solar – que integram baterias

de lítio e inversores – registra ram uma queda de 30% nos preços médios entre janeiro e agosto de 2024. A redução foi motivada pela queda no custo das baterias de lítio e do aumento da procura por esses sistemas, além da questão de inversão de fluxo, conclui o estudo da Solfácil. De acordo

com os dados, o preço das baterias de lítio despencou 43% no período, enquanto os  inversores híbridos ficaram 26% mais baratos. Segundo a pesquisa, as baterias de lítio do tipo LiFePO4 têm ganho espaço no mercado brasileiro e a crescente procura por soluções de armazenamento se justifica pelo aumento nos custos da energia elétrica e a desafios técnicos, como o da inversão de fluxo nas redes de distribuição.

https://solfacil.com.br

2024 : ano desafiador para a fonte solar fotovoltaica

“ A Absolar pleiteia junto ao Governo a redução da alíquota de imposto de importação, caso não haja aumento signi cativo da capacidade produtiva nacional a preços competitivos”

Oano de 2024 se encerrou com importantes marcos para o setor solar fotovoltaico brasileiro, incluindo a ultrapassagem do marco histórico de 50 GW de potência instalada operacional em novembro, incluindo o Brasil na lista das seis únicas nações que já superaram esse patamar relevante. No entanto, apesar dos números robustos de mercado em 2024, com uma adição de mais de 13 GW nos últimos 12 meses, o setor solar enfrentou um período muito desa ador. Na geração distribuída, as di culdades tiveram como ponto central as negativas de distribuidoras para a conexão de novos sistemas fotovoltaicos, por alegação de inversão de uxo de potência, muitas vezes sem a apresentação de laudos técnicos comprovando tais alegações.

Esse cenário prejudicou consumidores e integradores em diferentes regiões do Brasil, atrasando o crescimento da energia solar e levando ao fechamento de empresas e à perda de empregos verdes, cada vez mais importantes ao País. Diante deste cenário, a Absolar continuará batalhando por soluções de curto, médio e longo prazos para esta questão, bem como defendendo mais scalização sobre as distribuidoras por parte da agência regulatória.

Já na geração centralizada, o cenário de 2024 também apresentou adversidades relevantes. O segmento enfrentou, e ainda tem enfrentado, cortes de geração de energia elétrica (o chamado curtailment ou constrained-o ), que prejudicam pesadamente a receita dos geradores,

di cultam o cumprimento de contratos, aumentam a percepção de risco e comprometem investimentos em novas grandes usinas solares.

A matriz elétrica nacional e os consumidores brasileiros perderam muito com esses cortes em 2024, à medida que deixaram de receber energia elétrica limpa e competitiva produzida pelas fontes solar e eólica, que acabou sendo desperdiçada nesta situação. Atenta a este desa o estratégico para seus associados e o setor, a Absolar tem trabalhado na defesa do ressarcimento nanceiro desses cortes aos empreendedores solares, uma vez que são eventos totalmente alheios às suas operações e responsabilidades. Tivemos, em dezembro, uma importante decisão favorável na justiça, que precisa ser cumprida o quanto antes.

Outra situação crítica veio no nal de 2024 e trouxe mais um obstáculo ao setor: uma nova elevação do imposto de importação sobre módulos fotovoltaicos, de 9,5% para 25%, e o cancelamento de parte das cotas isentas de imposto de importação anteriormente estabelecidas pelo próprio Governo Federal. Para solucionar este desa o, a Absolar pleiteia junto ao Governo a recomposição das cotas isentas que foram canceladas, a correta implementação e uso dos ex-tarifários de projetos e a redução da alíquota de imposto de importação, caso não haja aumento signi cativo da capacidade produtiva nacional de módulos fotovoltaicos a preços competitivos.

Portanto, mesmo com bons resultados em 2024, que re etem um protagonismo robusto e consistente da fonte solar fotovoltaica na matriz elétrica brasileira, o setor teve de desenvolver muita resiliência e exercitar sua adaptabilidade para enfrentar esse conjunto de desa os e barreiras.

Em relação ao novo ano de 2025, as projeções para a fonte solar fotovoltaica, divulgadas em primeira mão durante o 4º Encontro Nacional da Absolar, apontam para a instalação de 13,2 GW de nova potência instalada operacional ao longo do ano, somando os segmentos de mercado de geração distribuída e de geração centralizada. Os novos investimentos proporcionados pelo setor fotovoltaico serão de cerca de R$ 39,4 bilhões, incluindo as usinas de grande porte e os pequenos e médios sistemas em telhados, fachadas e terrenos.

Com isso, a fonte solar fotovoltaica deverá gerar mais de 396,5 mil novos empregos verdes em 2025, espalhados por todas as regiões do Brasil, além de proporcionar a arrecadação de mais de R$ 13 bilhões aos cofres públicos.

Para o ano de 2025, a Absolar seguirá trabalhando para que os desa os enfrentados em 2024 e que ainda perduram sobre o setor percam espaço e possam ser gradualmente superados. Isso exigirá a atuação contínua da associação, bem como o envolvimento de nossos associados e do setor nas causas da fonte solar fotovoltaica, para que as adversidades sejam efetivamente equacionadas.

* Márcio Trannin é Diretor para América do Sul na Sunco Capital e Vice-Presidente do Conselho de Administração da Absolar, Rodrigo Sauaia é CEO da Absolar e Ronaldo Koloszuk é Presidente do Conselho de Administração da Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica,

Márcio Trannin. Rodrigo Sauaia e Ronaldo Koloszuk*

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