EM Setembro | Outubro 2025

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Guia de transformadores de potência e especiais

O guia apresenta uma amostra da oferta nacional de transformadores de potência, aplicados em transmissão, fornos, retificadores, distribuição e sistemas subterrâneos, além de transformadores especiais (com fator K, para sistema IT-médico e autotransformadores de partida).

MEDIÇÕES E TESTES

Ensaios de cabos de média tensão com equipamentos móveis

Ensaios de tensão aplicada em cabos danificados podem romper a isolação, exigindo reparo imediato. Métodos atuais demandam equipamentos extras para localizar falhas. Este artigo relata uma abordagem que integra ensaio e localização em um único dispositivo, agilizando o processo.

Materiais e produtos isolantes elétricos

Os materiais e produtos isolantes elétricos são responsáveis por proteger pessoas, circuitos e dispositivos contra descargas, assegurando confiabilidade e durabilidade. Este guia reúne a oferta nacional desses produtos, fabricados em polímeros, cerâmicas, compósitos, óleos isolantes, etc.

SMART GRIDS

Nação perde tempo, o futuro não espera

O XVII Fórum Latino-Americano de Smart Grid abordou redes inteligentes, medidores digitais, automação e novos modelos tarifários. Também destacou a urgência de ajustes regulatórios e estruturais no Brasil para a transição energética.

GUIA – 3

Revendedores e distribuidores de materiais elétricos

O levantamento contempla distribuidores e revendedores de material elétrico em todo o Brasil. A relação inclui itens para instalações de baixa tensão, linhas elétricas, distribuição terminal, comando e controle, iluminação e outros produtos voltados a diversas aplicações elétricas.

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As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por EM podendo mesmo ser contrárias a estas.

Carta ao Leitor

Smart grids no Brasil: o futuro que insiste em demorar

A implantação das smart grids é inevitável no Brasil. As redes de energia elétrica do futuro serão todas smart, quem duvida? A questão é quando. O País vem avançando a passos lentos, tendo de experimentar novas ou novíssimas tecnologias ao mesmo tempo em que tenta atualizar um imenso parque elétrico obsoleto e, em muitos casos, deteriorado, enfrentando ainda mazelas como os furtos de energia, as perdas técnicas e a ferocidade dos temporais.

As expressões “smart grids”, “redes inteligentes” e “redes ativas” começaram a aparecer nas reportagens e artigos de EM no início dos anos 2000, embora bem antes disso, desde o final dos anos 1980, já falássemos em “telemedição” e “automação da distribuição”. Reportamos aqui muitas iniciativas de pilotos levados a cabo por empresas e organismos de países europeus que eram e continuam sendo modelares nesse campo, como Alemanha e Inglaterra. Também acompanhamos e relatamos, dessa época para cá, os esforços das distribuidoras brasileiras para modernizar seus sistemas de medição, condição primeira para as redes inteligentes e isto desde os primeiros projetos-piloto financiados pelos programas da Aneel.

Hoje a dita medição inteligente está sendo implementada de fato, mas paulatinamente, em redes de grandes distribuidoras nacionais, notadamente aquelas mais conhecidas por um perfil modernizante. Como se depreende da leitura da reportagem sobre o assunto publicada nesta edição, de autoria de Paulo Ludmer, uma questão central dessas iniciativas é a capacidade de, ademais da medição, incluir funções como faturamento automático, corte e religamento remotos. Principalmente, para o conceito de smart grids, faz falta a capacidade de gestão automática do sistema que essa capilaridade possibilita, permitindo identificação (talvez reparos?) remotas de mais defeitos na rede.

Carece ainda esse quadro da modernização tarifária, ou seja, que a legislação venha finalmente a possibilitar tarifas binômias, horárias, locacionais, etc., permitindo que com os recursos de smart grid se promova uma gestão bem mais eficaz do sistema e das perdas. Sobretudo num momento em que tanto se discutem os efeitos da mini e da microgeração na curva de carga do sistema elétrico nacional, e se advoga até uma espécie de extensão do curtailment para a baixa tensão. Gerenciamento mais dinâmico, baseado em tecnologias avançadas e tarifas adequadas pode reduzir ou mesmo eliminar essa necessidade.

No futuro, como se disse, todas as redes de distribuição do Brasil serão inteligentes, mas então elas não mais serão referidas assim. O termo smart grids terá caído em desuso pois não se conceberá que sistemas elétricos sejam dumb. Poderá ser pitoresco nessa época pesquisar as edições da revista EM do início do século 21 e descobrir que os esforços de digitalização da nossa distribuição conviviam com equipamentos obsoletos e envelhecidos e índices de perdas inacreditáveis, incluindo R$ 10 bilhões por ano em furtos de energia.

DIRETORES

Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memoriam)

REDAÇÃO

Editor: Mauro Sérgio Crestani (jornalista responsável – Reg. MTb. 19225)

Editora-assistente: Jucele Menezes dos Reis

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ADMINISTRAÇÃO

Diretor Administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr.

PRODUÇÃO

Sarah Esther Betti, Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva.

CIRCULAÇÃO

Clayton Santos Delfino Tel.: (011) 3824-5300; csd@arandaeditora.com.br

SERVIÇOS Impressão e acabamento: Ipsis Gráfica e Editora

Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima

PROJETO

RudekWydra site: www.rudekwydra.com.br

Roberto Monticelli Wydra atendimento@rudekwydra.com.br

TIRAGEM 12 000 exemplares

ELETRICIDADE MODERNA , revista brasileira de eletricidade e eletrônica, é uma publicação mensal da Aranda Editora Técnica e Cultural Ltda.

Redação, publicidade, administração e correspondência: Alameda Olga, 315; 01155-900 São Paulo, SP - Brasil. TEL. + 55 (11) 3824-5300 em@arandaeditora.com.br | www.arandaeditora.com.br

SOLUÇÕES DE FV E ARMAZENAMENTO

FORTALECENDO OFF-GRID E AGRICULTURA

PV AND STORAGE SOLUTIONS

EMPOWERING OFF-GRID AND AGRICULTURE

Participe da principal feira de negócios em energia solar da região Sul e descubra como a fotovoltaica está transformando o agronegócio, a indústria e as cidades.

O Congresso Intersolar Summit Brasil Sul acontece paralelamente à feira, reunindo palestrantes renomados, especialistas e líderes do setor energético para discutir temas estratégicos em sessões técnicas de alto nível.

Dia 28 de Outubro (Terça-feira)

10h30 – 11h30

Cerimônia de Abertura

Saudações dos organizadores e associações.

11h30 – 12h30

Panorama da GD na Região Sul

Panorama da GD fotovoltaica no Sul do Brasil: números, desafios, atualização regulatória. Apresentação de projeto da UFRGS sobre energias renováveis e equidade de gênero.

14h00 – 15h30

Hidrogênio Verde no Brasil: uma visão abrangente

Uma visão geral das perspectivas do Hidrogênio Verde em nível nacional a partir de fontes renováveis de energia e suas aplicações, inclusive na agricultura

16h00 – 17h30

Sistemas Isolados e Armazenamento de Energia

Introdução ao armazenamento de energia como reserva de capacidade, bem como para sistemas isolados. Uma abordagem tecnológica e regulatória.

Soluções de FV + Armazenamento CONGRESSO

Dia 29 de Outubro (Quarta-feira)

10h30 – 12h00

Agrivoltaica: Aplicações Agrícolas de Energia Solar

Como a sinergia entre a energia solar fotovoltaica e a agricultura pode trazer benefícios econômicos e ambientais. Exemplos de aplicação.

14h00 – 15h30

Expansão da Geração Distribuída: Impactos Tecnológicos e Regulatórios

A expansão das fontes de energia renováveis variáveis na GD implica desafios operacionais e regulatórios para o sistema elétrico. Este painel discute o problema e suas soluções possíveis.

16h00 – 17h30

Instalações Elétricas com Energia Solar FV

Projeto e instalação de sistemas fotovoltaicos: aterramento conforme a revisão da ABNT NBR 16690. Análise, diagnóstico e prevenção de acidentes elétricos em estabelecimentos rurais.

Um congresso essencial para entender o papel da energia solar na adaptação climática, no fortalecimento do agronegócio e na expansão da GD.

28–29 OUT 2025

MINICURSOS

PORTO ALEGRE, B RA S I L, FIE R G S

SOLUÇÕES DE FV E ARMAZENAMENTO FORTALECENDO OFF-GRID E AGRICULTURA

A programação de minicursos exclusivos do Intersolar Summit Brasil Sul 2025 foi pensada para quem busca capacitação prática e atualização técnica com foco em aplicações reais no campo, na indústria e em cidades inteligentes. Com duração de 2 horas cada, os minicursos abordam temas atuais e com alta demanda no mercado:

Dia 28 de Outubro (Terça-feira)

10h30 – 12h30

Como aterrar os seus equipamentos para que não queimem durante uma descarga atmosférica

João Cunha | Diretor – Mi Omega

13h30 – 15h30

Estruturação de Redes de Recarga –Visão estratégica: Como planejar a implantação da rede. Posicionamento estratégico dos pontos de recarga

Rafael Cunha | COO – movE, Eletromobilidade

16h00 – 18h00

Uso de BESS como solução do horário de ponta. Dimensionamento e especificação

Vinícius Ayrão | Engenheiro Eletricista – Sinergia Consultoria

Dia 29 de Outubro (Quarta-feira)

10h30 – 12h30

Projeto de sistema de recarga de veículos elétricos

Rafael Cunha | COO – movE, Eletromobilidade

João Cunha | Diretor – Mi Omega

13h30 – 15h30

Grid Zero requisitos e proteção para geração distribuída

Vinícius Ayrão | Engenheiro Eletricista – Sinergia Consultoria

16h00 – 18h00

Boas Práticas: Como minimizar problemas em instalações fotovoltaicas

Prof. Eng. Trajano Viana

Inscreva-se agora em: www.intersolar-summit-brasil.com

Apoio/Promoção:

Abertura do mercado ampliará investimentos em tecnologia

A abertura total do mercado de energia elétrica no Brasil, prevista para começar em 2026 com a Medida Provisória 1.300/2025, deve destravar investimentos superiores a R$ 2 bilhões por ano durante a próxima década. A estimativa é da Thymos Energia, que projeta um ciclo de modernização estrutural voltado ao consumidor final, com destaque para a instalação de medidores inteligentes e sistemas digitais de gestão.

O cenário considera exigências operacionais que acompanham a liberalização do setor, como a portabilidade do consumo e o uso ativo da demanda. Para isso, será necessário implementar tecnologias que viabilizem a gestão individualizada das contas de luz e a interação direta entre consumidor e mercado.

Segundo João Carlos Mello, CEO da Thymos Energia, o processo exige uma transformação estrutural no setor. Além dos medidores inteligentes, o investimento abrange redes mais eficientes, ferramentas digitais e sistemas de informação que suportem um novo modelo de relacio-

Migração ao ACL soma 13,8 mil novas unidades em 2025

O mercado livre de energia segue em expansão no Brasil. Segundo levantamento da CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, mais de 13,8 mil unidades consumidoras aderiram ao ambiente de contratação livre no primeiro semestre de 2025, um aumento de 26% em relação ao mesmo período de 2024.

O estado de São Paulo liderou em número absoluto de novas adesões, com 4.129 unidades migradas. Já o Paraná se destacou pela maior taxa de crescimento no período, com alta de 135% frente ao ano anterior. Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina também figuraram entre os estados com maior volume de migrações.

Com expansão avançando em todo o país no semestre, setor de serviços lidera as adesões

A CCEE destaca que o avanço do mercado não se restringe mais aos grandes centros industriais. Estados como Mato Grosso, Amazonas, Maranhão e Rondônia também apresentaram crescimento relevante, evidenciando que a abertura do mercado livre está em curso em todas as regiões do País.

O setor de serviços puxou as adesões em 2025, com mais de 4.400 unidades migradas no semestre, uma alta de 64% na comparação anual. Também merecem destaque os ramos de comércio, alimentícios, saneamento e metalurgia, todos com volumes expressivos e desempenhos positivos, refletindo o apetite do setor produtivo por competitividade e previsibilidade nos custos com energia elétrica, segundo avaliação de comunicado da CCEE.

namento com os consumidores de baixa tensão.

A experiência internacional reforça esse caminho. Países como Reino Unido, Itália, Austrália, Espanha e França destinaram bilhões de dólares em tecnologias para viabilizar a abertura de seus mercados elétricos. Apenas na Austrália, cerca de US$ 3

bilhões foram aplicados em cinco anos. No Reino Unido, os investimentos chegaram a £ 7,2 bilhões em duas décadas.

No Brasil, os R$ 2 bilhões anuais estimados pela Thymos envolvem frentes como automação das redes de distribuição, plataformas digitais de atendimento e sistemas de comunicação. O objetivo é garantir a funcionalidade e a confiabilidade de um mercado mais descentralizado, digital e orientado por dados.

A abertura permitirá que todos os consumidores, inclusive residenciais, escolham de quem comprar energia, ampliando a necessidade de transparência, controle e conectividade. Para Mello, trata-se de um movimento estratégico com potencial para elevar a eficiência do sistema e fomentar a inovação na cadeia energética.

Carga deve crescer 14% até 2029

O ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico divulgou resultados do Plano da Operação Energética (PEN 2025), com horizonte de análise até 2029. O documento traz projeções para o atendimento ao mercado de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN), apontando crescimento médio anual da carga de 3,4%, com aumento acumulado de 14,1% no período. A carga prevista deverá atingir 94,6 GW médios em 2029, já incorporando a expansão da Micro e Minigeração Distribuída (MMGD).

Na oferta de energia, o PEN estima um acréscimo de 36 GW na capacidade instalada entre o fim de 2024 e 2029, totalizando 268 GW. A MMGD, somada à geração solar centralizada, representará 32,9% da matriz elétrica até o fim do período analisado, consolidando a mudança no perfil da geração nacional.

Essa transição, com maior participação de fontes intermitentes, como a solar e a

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eólica, aumenta a exigência sobre fontes controláveis. O ONS destaca a necessidade de reforçar a flexibilidade operativa do sistema, sobretudo por meio das hidrelétricas, capazes de responder com rapidez às variações de carga. O plano também recomenda o aprimoramento das ferramentas de avaliação da capacidade de resposta do sistema.

Para garantir a estabilidade do SIN, especialmente nos momentos de maior oscilação de carga, o operador defende a importância de manter fontes despacháveis em condição de operação rápida. “Precisamos cada vez mais de flexibilidade no sistema para garantir o equilíbrio entre oferta e demanda”, afirmou o diretor-geral do ONS, Marcio Rea.

O documento também chama atenção para a necessidade conjuntural de manter elevado o despacho termelétrico no segundo semestre, sobretudo a partir de outubro. Já do ponto de vista estrutural, o plano confirma a existência de um déficit no atendimento ao requisito de potência, mesmo com o equilíbrio energético previsto.

As conclusões do PEN 2025 reforçam diagnósticos de edições anteriores quanto à insuficiência de recursos com capacidade firme para acompanhar a expansão da carga. O diretor de Planejamento do ONS, Alexandre Zucarato, recomenda que o Poder Concedente organize leilões anuais específicos para contratação de potência.

O relatório completo com os dados e recomendações do PEN 2025 está disponível no site do ONS, na seção dedicada ao Plano da Operação Energética.

UCB Power inaugura projeto com baterias de sódio

A UCB Power inaugurou o primeiro projeto fotovoltaico do Brasil com sistema de armazenamento baseado em baterias de sódio. A instalação foi realizada na comunidade de Tumbira, localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro, no Amazonas, e beneficiará cerca de 43 famílias.

O sistema conta com 20 módulos fotovoltaicos de 375 Wp, totalizando 7,50 kWp de potência instalada, e 16 baterias de sódio de 48 V/50 Ah, que somam capacidade de armazenamento de 38,40 kWh. A tecnologia foi aplicada em um projeto desenvolvido em parceria com a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), que mantém iniciativas educacionais na região há 17 anos.

A energia gerada atenderá o Núcleo de Inovação e Educação para o Desenvolvimento Sustentável (Nieds) Agnello Bittencourt, que oferece atividades voltadas à formação empreendedora, educação e saúde para a comunidade. Segundo a UCB Power, o uso de baterias de sódio traz vantagens operacionais e ambientais, com menor dependência de lítio e maior adequação a condições remotas.

A empresa é reconhecida pela atuação em sistemas isolados, com mais de 60 mil implantações, entre soluções individuais de geração fotovoltaica (SIGFI) e microrredes (MIGDI), atendendo mais de 240 mil pessoas em localidades remotas do país.

Com sede em São Paulo e unidades industriais em Manaus (AM) e Extrema (MG), a UCB Power é fornecedora de baterias esta-

Empresa instala usina fotovoltaica com armazenamento em sódio na

cionárias, portáteis e para mobilidade elétrica, além de soluções de armazenamento para sistemas isolados. A companhia mantém escritórios no Brasil e parcerias na Ásia, e prepara uma nova base comercial na França.

O projeto de Tumbira reforça a tendência de diversificação tecnológica no armazenamento de energia no Brasil, especialmente em áreas onde o acesso à rede elétrica é inviável e soluções renováveis integradas a sistemas de armazenamento garantem fornecimento contínuo.

Especialistas lançam livro sobre arco

elétrico e energia incidente

Foi lançado em 14 de agosto, no auditório do IEE/USP, o livro Arco Elétrico e Energia Incidente, uma obra inédita que promete se tornar referência para engenheiros, técnicos e profissionais de segurança do trabalho. A publicação, escrita por Claudio Mardegan, Filipe Resende e Marcio Bottaro, aborda desde os princípios de formação do arco elétrico em instalações de potência até procedimentos detalhados de análise em sistemas de geração, transmissão, distribuição e usos finais da indústria, tanto em corrente alternada (CA) quanto contínua (CC).

Plano da Operação Energética aponta aumento da MMGD e alerta para déficit de potência
Reprodução
Amazônia
Divulgação

Com 464 páginas, o livro pode ser descrito como um manual técnico, incluindo aspectos de proteção e seletividade até a análise de software e seleção de EPIs. Apresenta exemplos reais, orientações detalhadas sobre cálculos e explicações sobre a evolução dos circuitos. A publicação traz exemplos práticos de implementação de cálculos e abordagem de softwares para estimativas de energias incidentes, análises exclusivas sobre as metodologias de cálculos e suas limitações, bem como a fundamentação dos métodos teóricos e empíricos utilizados pela engenharia de segurança.

Há ainda uma seção dedicada à seleção de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e uma abordagem exclusiva da análise de confiabilidade de dados laboratoriais sobre a caracterização e avaliação de desempenho dos EPIs empregados na proteção do trabalhador, oriunda da experiência do laboratório de Arcos Abertos Padronizados, o IEE/USP, único do Hemisfério Sul nessa área.

Além de trazer fundamentos teóricos e metodologias reconhecidas internacionalmente, a obra se propõe a “mostrar como fazer” os estudos exigidos pela NBR 17227, que entrou em vigor no último dia 27 de maio. Segundo Bottaro, “a norma diz o que deve ser feito; o livro ensina o passo a passo para aplicar os métodos de forma eficaz e segura”.

Durante o evento, os autores destacaram a importância da iniciativa. “Se a gente salvar uma vida com esse trabalho, o trabalho já valeu a pena. Mas temos certeza de que vamos salvar muitas mais, porque o pessoal ainda está muito cru nesse tema”, afirmou Mardegan. Bottaro reforçou: “Não existe nada parecido no Brasil. É um pioneirismo muito grande. A meta é salvar vidas”.

A obra também conta com prefácio de Daleep Mohla, referência mundial e chair da norma IEEE 1584, documento internacional para cálculo de energia incidente. O lançamento contou com o apoio das empresas ABB, Westex, Leal e Gimi.

Editado e comercializado pela Engepower, Arco Elétrico e Energia Incidente está disponível para compra no site da empresa (www.engepower.com), que também disponibiliza o sumário completo da obra.

Orçamento da CDE cresce 32%

A Aneel aprovou o orçamento de 2025 da CDE - Conta de Desenvolvimento Energético em R$ 49,2 bilhões, valor 32,4% superior ao montante de 2024. O aumento de R$ 8,6 bilhões em relação à estimativa inicial da consulta pública reflete ampliações em várias rubricas associadas a políticas públicas do setor elétrico.

A maior parte do encargo será coberta pela quota CDE-Uso, no valor de R$ 41,4 bilhões, repassada a todos os consumidores por meio das tarifas. A quota CDE-GD, de R$ 5,4 bilhões, destinada a compensar descontos na rede para consumidores com sistemas de geração distribuída, seguirá sendo paga exclusivamente pelos consumidores cativos até 2025.

A elevação da CDE terá impacto tarifário médio de 3,85% para consumidores das regiões Norte e Nordeste e de 5,76% para os das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oes-

te. Esse efeito já vem sendo refletido nos reajustes tarifários ao longo de 2025 e será ajustado conforme o valor final aprovado. Entre os principais fatores para o crescimento do encargo estão os subsídios às fontes incentivadas no mercado livre, que somarão mais de R$ 15 bilhões, um acréscimo de mais de R$ 3 bilhões em relação ao ano anterior. Também contribuíram para o aumento os custos com a geração distribuída (+R$ 1,97 bilhão), tarifa social (+R$ 1,6 bilhão) e Conta de Consumo de Combustíveis (+R$ 1,8 bilhão).

A CDE também absorverá restos a pagar de R$ 2,4 bilhões, dos quais 70% se referem a obrigações pendentes do Programa Luz Para Todos. Além disso, em 2025 não haverá recursos decorrentes da privatização da Eletrobras, utilizados para quitar passivos das Contas Covid e Escassez Hídrica. Criada pela Lei nº 10.438/2002, a CDE é um fundo setorial destinado ao custeio de políticas públicas do setor elétrico. Sua gestão cabe à CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, enquanto a Aneel é responsável por aprovar seu orçamento anual, sem competência para criar ou extinguir encargos.

O orçamento anual define as receitas e despesas previstas para o exercício e serve de base para a definição das quotas a serem cobradas dos consumidores finais, tanto no mercado cativo quanto no ambiente de contratação livre.

Leilão de transmissão deve atrair R$ 8 bi

O Leilão de Transmissão 004/2025, marcado para 31 de outubro, oferecerá ao setor privado 11 lotes de concessão com investimentos estimados em R$ 7,96 bilhões, segundo pré-análise da plataforma ePowerBay com base em dados da Aneel. Os empreendimentos envolvem a construção de 1.184 km de linhas de transmissão e

Obra está alinhada à NBR 17227, e inclui aspectos de proteção e seletividade até a análise de software e seleção de EPIs

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No Circuito

4.400 MVA em capacidade de transformação, distribuídos por 13 estados.

As concessões terão duração de 30 anos, com prazos de execução entre 42 e 60 meses. A Aneel estima que as obras devem gerar aproximadamente 19 mil empregos ao longo da fase de implantação. O critério de julgamento será o de menor Receita Anual Permitida (RAP), favorecendo deságios que resultem em economia para os consumidores.

Os maiores volumes de investimento estão concentrados nos lotes 03, 04 e 07, todos com valores superiores a R$ 1 bilhão. O lote 07, por exemplo, visa atender regiões metropolitanas de São Paulo, incluindo o ABC, atualmente abastecidas pela distribuidora Enel SP. Já o lote 02, no Nordeste, terá papel relevante no escoamento da geração solar do Maranhão e do Piauí.

O certame também inclui projetos voltados à estabilidade do sistema, como o lote 06, em Minas Gerais, que prevê a instalação de compensadores síncronos em subestações da região de Paracatu — onde os cortes por constrained off já superaram 140 mil MWh.

Cinco dos lotes (01, 07, 08, 09 e 10) correspondem a contratos da MEZ Energia cuja caducidade foi recomendada pela Aneel em maio, mas ainda aguardam decisão final do Ministério de Minas e Energia. Se não houver oficialização da caducidade até a publicação do edital, esses ativos serão retirados do leilão.

O certame também contempla o uso de tecnologias como controle automático rápido de reativos e novas subestações es-

tratégicas para expansão da malha elétrica nacional. A audiência pública sobre o edital foi encerrada em junho.

GWM testa caminhão a H2

O primeiro caminhão movido a hidrogênio da GWM Hydrogen, da sua subsidiária na China, a FTXT, chegou ao Brasil, dando início à fase de testes da montadora no segmento de transporte pesado com emissão zero. O veículo desembarcou no Porto de Santos (SP) e seguiu para a fábrica da empresa em Iracemápolis (SP), onde passará por inspeções e validações antes da rodagem.

A FTXT é responsável pelo desenvolvimento de tecnologias de célula a combustível e componentes para uso do hidrogênio. Fora do país asiático, a operação adota a marca GWM Hydrogen. No Brasil, a equipe de engenharia de produto, junto a especialistas vindos da China, inicia neste mês a inspeção técnica, com verificação da integridade e desempenho da bateria elétrica de 105 kWh.

O caminhão conta com um conjunto de cilindros com capacidade para 40 kg de hidrogênio, que alimentam as células a combustível para gerar eletricidade. O sistema também recupera energia durante desacelerações e frenagens. A etapa seguinte será a avaliação do funciona-

Lotes somam 1.184 km de linhas e 4.400 MVA em transformação em 13 estados
Veículo passará por inspeções e rodará em parceria com universidades para avaliar tecnologia Divulgação

EPE e Itaipu Parquetec divulgam roadmaps para energia e hidrogênio

Parceria entre o Itaipu Parquetec e a EPE - Empresa de Pesquisa Energética resultou na publicação de dois roadmaps tecnológicos que projetam cenários, tendências e inovações para o setor energético nacional até 2055. Os estudos abordam recursos energéticos distribuídos (RED) e hidrogênio de baixo carbono, com foco em perspectivas regulatórias, tecnológicas e de custos. Os documentos foram elaborados no âmbito de um acordo de cooperação técnica entre as instituições e visam apoiar o planejamento energético brasileiro. O roadmap de RED está dividido em duas notas técnicas, que analisam perspectivas regulatórias e tendências tecnológicas, incluindo curvas de custo, para geração e armazenamento distribuídos. O trabalho contou com a contribuição do Centro de Tecnologias de Hidrogênio do Itaipu Parquetec nas projeções de crescimento das fontes renováveis e soluções de armazenamento. Já o roadmap de hidrogênio, também dividido em duas notas técnicas, examina as perspectivas regulatórias e as rotas tecnológicas para produção de hidrogênio de diferentes intensidades de carbono. O estudo apresenta propostas regulatórias de curto, médio e longo prazo e detalha custos e tecnologias de produção, além de aspectos logísticos, visando apoiar decisões de agentes públicos e privados.

Divulgação

Documentos projetam cenários e tendências do setor energético brasileiro até 2055

O documento sobre hidrogênio também identifica oportunidades de inovação e apresenta estimativas de custos de produção a partir de diversas rotas, considerando fatores como competitividade e inserção no mercado global de baixo carbono. O objetivo é criar bases sólidas para que o Brasil desenvolva uma cadeia robusta para esse vetor energético. Além dos dois estudos já publicados, a parceria entre EPE e Itaipu Parquetec prepara um terceiro roadmap, dedicado ao tema das microrredes. O documento, em fase final, trará uma análise de perspectivas tecnológicas e regulatórias desses sistemas no Brasil, ressaltando seu potencial para comunidades com difícil acesso ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

As publicações já disponíveis incluem as notas técnicas do Roadmap Tecnológico de Recursos Energéticos Distribuídos e o Roadmap Tecnológico de Hidrogênio, bem como o documento metodológico “Modelo de Mercado da Micro e Minigeração Distribuída (4MD)”. Esses materiais podem servir como referência para planejadores, formuladores de políticas públicas e empresas do setor energético.

No Circuito

mento da célula a combustível, que utiliza hidrogênio e oxigênio para gerar eletricidade, tendo como subproduto apenas água.

Os testes com o sistema de hidrogênio serão realizados em parceria com universidades, incluindo a USP, que possui infraestrutura para abastecimento a partir do etanol, tecnologia desenvolvida no país para produção de hidrogênio de baixo carbono. Inicialmente, o foco será em pesquisa e desenvolvimento, com transferência de conhecimento e colaboração acadêmica.

Antes de entrar em operação nas vias públicas, o veículo será avaliado em pistas de prova no interior paulista, em condições s em carga e, depois, em cenários reais de transporte. A análise abrangerá hábitos de condução no Brasil e os impactos de fatores como temperatura, altitude e tipo de pavimento na eficiência do sistema.

Mais de 30 mil unidades semelhantes já circulam na China. O modelo no Brasil permitirá verificar o desempenho em diferentes climas e topografias, além de testar o abastecimento com hidrogênio verde ou obtido a partir da reforma do etanol. Ao final, será feita uma avaliação econômico-financeira sobre a viabilidade da tecnologia no país.

O projeto integra os esforços de Pesquisa e Desenvolvimento da GWM no Programa Mover, do Governo Federal, e está alinhado à meta global da companhia de neutralizar as emissões de carbono até 2045.

A iniciativa é resultado de um memorando de entendimento firmado em 2023 com o Governo de São Paulo. Em 2024, a empresa mapeou projetos para infraestrutura de abastecimento e firmou acordo com o Governo de Minas Gerais e a Universidade Federal de Itajubá para desenvolvimento de caminhões a hidrogênio verde e implantação de infraestrutura no estado.

Enel investe em laboratórios de capacitação

A Enel São Paulo destinou R$ 2,4 milhões, por meio do Programa de Eficiência Energética da Aneel, para viabilizar dois laboratórios voltados à formação técnica em redes inteligentes, energias renováveis e eficiência energética. Os espaços estão instalados no Instituto Federal de São Paulo (IFSP) e no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. A expectativa é capacitar mais de 500 estudantes até o fim de 2025.

Em 2024, cerca de 240 alunos já passaram pelos cursos. Os laboratórios foram equipados com tecnologias voltadas à prática em smart grid, geração distribuída e sistemas de automação, permitindo que os estudantes simulem em ambiente controlado as etapas de geração, transmissão e distribuição de energia.

Projetos no IFSP e no Liceu devem capacitar mais de 500 alunos até o fim do ano

No IFSP, o foco do laboratório é a prática em redes elétricas inteligentes e microgeração a partir de fontes renováveis, como solar e eólica. O espaço recebeu aporte de R$ 1,2 milhão e reproduz, com simuladores e softwares, cenários reais do setor elétrico, com ênfase na eficiência energética.

Já no Liceu de Artes e Ofícios, instituição filantrópica que oferece cursos gratuitos a estudantes de baixa renda, foi estruturado o Laboratório de Eficiência

Divulgação

Transformadores WEG

Tecnologia e inovação para atender às demandas mais complexas

do setor elétrico.

A WEG é referência na fabricação de transformadores especiais e de força, desenvolvidos para oferecer alto desempenho e confiabilidade em diversos cenários dos sistemas de geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica.

Esse reconhecimento é resultado da verticalização dos processos fabris, que garante rigoroso controle de qualidade em todas as etapas de produção. Soma-se a isso a atuação de profissionais altamente qualificados, envolvidos desde o projeto até a entrega, e o suporte técnico local aos clientes WEG. Confira as principais características destas soluções:

Transformadores de Potência

J Equipamentos para sistemas até 800 kV

J Conformidade com normas ABNT, IEC e IEEE

J Ideais para concessionárias e subestações industriais de grande porte

Transformadores Especiais

J Projetos sob medida para processos eletrointensivos, como por exemplo, fornos a arco, fornos panela e retificadores

J Correntes elevadas, acima de 100 kA

J Alta performance em regimes severos de operação

Esperamos por você no XXVIII SNPTEE –Recife (PE), para conhecer de perto as novidades e soluções que a WEG apresentará para o mercado.

www.weg.net

No Circuito

Energética e Energias Renováveis. O espaço conta com 12 sistemas didáticos que permitem o estudo e a operação de tecnologias limpas. Também recebeu investimento de R$ 1,2 milhão.

Brasil lidera custos baixos de renováveis

O Brasil segue entre os países com menores custos de geração de energia renovável do mundo, conforme o relatório “Renewable Power Generation Costs in 2024”, publicado pela Agência Internacional de Energia Renovável (Irena). A publicação aponta que o custo nivelado de eletricidade (LCOE, na sigla em inglês) da geração eólica onshore no Brasil foi de apenas US$ 0,030/kWh no ano passado, inferior à média global de US$ 0,034/kWh.

A energia solar fotovoltaica também apresentou forte competitividade no País. Embora os dados específicos do Brasil para essa fonte não estejam discriminados no sumário executivo, o relatório destaca a

Estudo da Irena mostra que geração eólica no país tem LCOE abaixo da média global; solar também é competitiva

continuidade da queda nos custos globais e a consolidação da energia solar como uma das fontes mais baratas. Em 2024, o LCOE global médio da fonte ficou em US$ 0,043/kWh.

Entre os fatores que mantêm o Brasil competitivo estão a maturidade dos mercados eólico e solar, além de bons recursos naturais e escala de projetos. A Irena destaca ainda que o País está entre os líderes mundiais na expansão da capacidade instalada renovável, junto com China, Índia, Estados Unidos e Alemanha.

Globalmente, 91% dos novos projetos renováveis de grande porte comissionados em 2024 apresentaram custos inferiores ao da opção fóssil mais barata. O crescimento das adições de capacidade renovável atingiu 582 GW, um recorde histórico, puxado principalmente pela

energia solar, responsável por 452 GW do total.

Apesar da maturidade e da competitividade, o relatório da Irena alerta para riscos de curto prazo que podem impactar a trajetória de queda de custos, como tensões geopolíticas, gargalos logísticos e barreiras comerciais. A disponibilidade de financiamento também é uma preocupação em mercados com restrições de capital.

Por outro lado, o avanço de tecnologias de apoio, como baterias e digitalização, vem melhorando a integração das fontes variáveis à rede elétrica. A queda de 93% nos custos de armazenamento em baterias desde 2010 é um dos destaques do relatório. A agência estima ainda que os projetos renováveis evitaram em 2024 um gasto de US$ 467 bilhões em combustíveis fósseis globalmente.

Vestas e Senai iniciam formação técnica em eólica

A Vestas, fabricante dinamarquesa de aerogeradores, e o Senai - Serviço Nacional

Reprodução

de Aprendizagem Industrial lançaram uma nova etapa do Programa Nacional de Formação Técnica em Eletromecânica, com início de atividades no município de Ourolândia, na Bahia. A iniciativa visa capacitar gratuitamente profissionais para atuação direta em parques eólicos no estado e em outras regiões do Nordeste.

Fruto de uma parceria inédita, o curso será ministrado por educadores do Senai Bahia e terá carga horária total de 1.200 horas. A formação une teoria e prática com foco na operação e manutenção de aerogeradores e sistemas eólicos de grande porte, utilizando infraestrutura da Casa dos Ventos e da ArcelorMittal.

A primeira turma contará com 30 jovens de 18 a 21 anos, com ensino médio completo ou em andamento. Futuramente, o programa será ampliado para incluir adultos acima de 25 anos, como parte de uma estratégia de atualização profissional.

Segundo Maycon de Souza Silva, responsável pela academia técnica da Vestas, a formação na Bahia atende à crescente demanda por mão de obra qualificada no setor eólico, em forte expansão na região. A escolha de Ourolândia reflete o potencial da Bahia na matriz eólica nacional.

A ação também reforça o papel do Senai como referência em educação profissional voltada às energias renováveis na América Latina. De acordo com Aline Dias, gerente regional do Senai, a parceria contribui para a inclusão social ao qualificar mão de obra local em uma área técnica com alta demanda.

Atualmente, a Vestas já conduz uma turma semelhante no Rio Grande do Norte, com 70 alunos em formação. A expectativa é que o programa se consolide como uma rede nacional de capacitação voltada ao fortalecimento da cadeia produtiva da energia eólica.

Nos últimos dois anos, outras iniciativas conjuntas entre Vestas e Senai formaram quase 200 pessoas em situação de vulnerabilidade em comunidades próximas a parques eólicos, ampliando o acesso a oportunidades no setor.

Segundo dados da Irena, o Brasil é o segundo maior gerador de empregos em energia no mundo. Até 2030, o setor de renováveis poderá criar mais de 38 milhões de novos empregos globalmente.

Curso gratuito em Ourolândia, BA, foca em operação e manutenção de aerogeradores
Reprodução

No Circuito

Notas

Geração de Belo Monte – A hidrelétrica de Belo Monte foi a usina 100% nacional que mais gerou energia elétrica no Brasil no primeiro semestre de 2025. A unidade, localizada no sudoeste do Pará, produziu 27.906 GWh no período, o equivalente a 8% da energia consumida no País de janeiro a junho. O volume representa um aumento de 38% em relação ao mesmo intervalo do ano passado, quando foram gerados 20.414 GWh. O desempenho foi impulsionado pelas altas vazões registradas no rio Xingu ao longo deste ano, revertendo o cenário de 2024, marcado por estiagens severas associadas ao fenômeno El Niño. Durante momentos de oscilação na geração de fontes intermitentes, Belo Monte chegou a operar com 11.000 MW de potência, contribuindo com até 12% da carga nacional. O volume corresponde ao consumo de cerca de 60 milhões de pessoas.

Liquidação extraordinária do MCP –

A CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica realizou, em 13 de agosto, a liquidação financeira extraordinária do Mercado de Curto Prazo (MCP), arrecadando R$ 1,34 bilhão. A operação marca um passo importante para resolver a judicialização do risco hidrológico e liberar recursos bloqueados por liminares que limitavam ou isentavam os efeitos do Generation Scaling Factor (GSF). O montante se refere a 100% dos títulos negociados no mecanismo concorrencial promovido no início do mês, incluindo lances classificados e marginais. Desse total, R$ 793 milhões serão incorporados à liquidação regular do MCP, aumentando a liquidez do mercado. Os R$ 551 milhões restantes serão destinados à Conta de Desenvolvi mento Energético (CDE). Licença para obras de Serra Dourada – A transmissora ISA obteve a Licença de Instalação (LI) do Ibama para o trecho de 500 kV da linha de transmissão Barra II – Correntina – Arinos 2 e para

a Subestação Correntina, componentes do Projeto Serra Dourada. O projeto é resultado do Leilão de Transmissão nº 01/2023 da Aneel e prevê investimento de R$ 3,2 bilhões. Serão construídas cinco linhas de transmissão em 500 kV, totalizando 1.093 quilômetros, além de três novas subestações e a ampliação de outras três já existentes. A infraestrutura vai fortalecer o escoamento da energia renovável gerada no Oeste da Bahia e no Norte de Minas Gerais, interligando os sistemas elétricos do Nordeste e Sudeste. O empreendimento também pode beneficiar a indústria sucroalcooleira e outras atividades agrícolas ao oferecer novos pontos de conexão à rede. A energização está prevista para setembro de 2029, conforme o cronograma da Aneel.

Parceria para autoprodução – A Tigre e a Statkraft firmaram parceria para autoprodução de energia elétrica destinada ao atendimento de 70% do consumo das operações da Tigre no Brasil. O fornecimento será realizado por meio do parque eólico Serra da Mangabeira, localizado em Uibaí, BA, com contrato de 15 anos e meio, estimado em mais de R$ 300 milhões. O acordo prevê a entrega de 11,5 MW médios anuais na modalidade de autoprodução por equiparação. O parque Serra da Mangabeira, que integra o Complexo Eólico Ventos de Santa Eugênia, tem 79,8 MW de capacidade instalada e garantia física de 34,3 MW médios. A energia será direcionada às unidades fabris da Tigre no Brasil.

Câmara de Bento Gonçalves no ACL –

A Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves se tornou o primeiro órgão público do Rio Grande do Sul a migrar para o mercado livre de energia. A iniciativa foi viabilizada por meio de contrato com a Ludfor, empresa com sede no município e referência nacional em gestão energética, por meio da subsidiária Simplifica Energia. A mudança permite à instituição consumir energia limpa, como a solar, com redução de custos e impacto ambiental.

EM Sintonia

Solar: novas tecnologias

Pesquisadores da Universidade de Tóquio estão desenvolvendo um painel solar feito de dióxido de titânio, combinado com selênio, que teria potencial muito maior dos atualmente conhecidos e utilizados. Testam novo método de purificação de titânio com o uso de ítrio, reduzindo impurezas. Por ora, é apenas uma tecnologia promissora.

Abertura do mercado

De acordo com Adriana Aoki, da CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, para viabilizar a abertura do mercado livre — aproxima-se a elegibilidade de qualquer consumidor, com qualquer carga e tensão —, a empresa dedica-se a quatro eixos fundamentais: 1) captura de tecnologia e respectiva infraestrutura, conjugada com sistemas de suporte com focos em simplicidade, escala e segurança transacional; 2) aprimoramento de regras que reduzam barreiras à entrada na área de livre comercialização, mediante também uma padronização de contratos e do emprego de ferramentas; 3) proteção e empoderamento do consumidor; e 4) coordenação das distribuidoras e sua adaptação operacional.

Este quarto item é muito complexo. As distribuidoras precisam se preparar para receber fluxos de energia em circuitos implantados para enviar, o que influencia subestações e dispositivos diversos. Além disso, a precificação terá de ser reinventada, haja vista a possibilidade de milhares de baterias de automóveis injetarem ou absorverem energia simultaneamente. O despacho do Operador Nacional do Sistema terá de ser mais descentralizado, cabendo à distribuidora muitos cuidados em sua área de concessão. Haverá também a necessidade de separação entre atividade comercial (venda e cobrança das faturas) e atividade fio (transporte da energia). Para que tudo isso funcione, a qualidade da energia deverá ser impecavelmente superior à qualidade atual, sob uso de outros ou novos equipamentos cibernéticos. A soma de tudo isso terá um custo. O consumidor terá poder aquisitivo para arcar?

Hidrogênio

Milhões de toneladas de hidrogênio podem vir a ser captadas das chamas que emergem das rochas sob a superfície da Terra, nos gases nelas presentes, conforme pesquisas patrocinadas pelo governo dos Estados Unidos. Por ora, sob um suposto sucesso, a simulação sugere o custo de U$ 1 por kg de Hidrogênio obtido.

Enquanto isso, China e União Europeia travam corrida (certamente bilionária) pela liderança em hidrogênio verde no Brasil.

A Europa está interessada em financiar portos no Nordeste do país; já os chineses se ocupam com eletrolisadores gigantes.

Baterias

Nos Estados Unidos, verifica-se que o carregamento rápido de baterias pode ser conseguido em produtos à base de íons de zinco, mineral abundante, econômico, menos inflamável e ambientalmente mais amigável do que a tecnologia de íons de lítio.

Resíduos urbanos

Para facilitar as políticas de aproveitamento de resíduos urbanos na produção de energia elétrica de prefeituras municipais em São Paulo, Renata Falzoni sugeriu a inclusão de tarjas nos produtos com dados como a composição da embalagem (recicláveis ou não, comburentes, incineráveis, etc.).

Não basta mais reciclar resíduos, é preciso transformar. O planeta não é interminável nem infinito. Em um cenário de crise, de crescimento urbano e limites ambientais, as usinas waste to energy são essenciais.

O desafio é que se apresentem comandos legais por meio dos quais se alcance dos agentes da sociedade a obrigação métrica de comprovar suas emissões evitadas de metano no mercado de carbono zero.

A propósito, recente artigo de pesquisadores da Unesp identificaram a caatinga do Nordeste brasileiro como relevante sequestrador de carbono no contexto do País.

Recursos Humanos

No popular aplicativo do Linkedin, hoje se traduz uma enorme amostra de dados, perfis, relatos e buscas de profissionais em atividades. Na direção do Linkedin já se identifica expressiva escassez de mão de obra qualificada em várias áreas, notadamente em energias, em plena transição energética, digitalização e inovação, agudamente diante dos desafios de resiliência e mudanças climáticas.

Biogás

Diante da COP-30, em Belém do Pará, e da agenda das mudanças climáticas, o setor de biogás pauta: 1) internamente o mercado livre do gás; 2) certificado da garantia de origem do gás bi metano; 3) mobilidade com o insumo; 4) soluções em wasteto- energy; e 5) papel do financiamento como impulsionador da expansão da oferta.

Guia de transformadores de potência e especiais

Da Redação de EM

Este guia apresenta uma amostra da oferta nacional de transformadores de potência, aplicados em transmissão, fornos, retificadores, distribuição e sistemas subterrâneos. Reúne informações sobre faixas de potência e tensão, tipos de isolação e inclui ainda transformadores especiais, como modelos com fator K, para sistema IT-médico e autotransformadores de partida.

Transformadores de potência

De Transmissão Para fornos Para retificadores De distribuição Subterrâneo

Empresa – Telefone E-mail

Potência (MVA) Tensão primária até (kV) Isolação Potência (MVA) Tensão primária até (kV) Isolação Potência (MVA) Tensão primária até (kV) Isolação Potência (kVA) Tensão primária até para poste pedestal para cabine autoprotegido Isolação Potência (MVA) Tensão primária até (kV) Isolação a óleo mineral a óleo vegetal a

Adelco – (11) 4199-7500 transformadores@adelco.com.br 0,3 a 15

Blutrafos – (47) 99255-6039 comercial@blutrafos.com.br

Comtrafo – (43) 99151-9321 r.minato@comtrafo.com.br

Densitel – (11) 99968-0753 fumiaki@densitel.com.br

IBT – (11) 997188-1033 ibt@ibt.com.br

Itam – (92) 9902-8973 comercial@itam.com.br

ITB Equipamentos – (18) 98114-9161 vendas@itb.ind.br

Militrafo – (11) 94822-8489 vendas@militrafo.com.br

Pólux – (47) 3275-3541 vendas@polux.ind.br

Qualitrafo – (35) 99766-2410 alais.machado@qualitrafo.com.br

Romagnole – (44) 3233-8500 posvenda@romagnole.com.br

Tamura Brasil – (47) 99613-1968 vendas@tamurabrasil.com

Trael Transformadores (65) 98113-0854 comercial@trael.com.br

encapsulada a

mineral a

vegetal a

encapsulada a óleo mineral a óleo vegetal a seco encapsulada a óleo mineral a óleo vegetal a seco encapsulada a óleo mineral a óleo vegetal a seco encapsulada

Transformadores de potência

Empresa – Telefone E-mail

Transformadores Ideal – (11) 2470-2821 thiago@transformadoresideal.com.br

Transformadores União (11) 99967-6434 vendas@transformadoresuniao.com.br

WEG – (47) 99915-8165 wtd@weg.net

Zilmer Ineltec – (11) 2148-7121 vendas@zilmer.com.br

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 134 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, Setembro / Outubro de 2025. Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

Guia – 1

Empresa – Telefone E-mail

Adelco (11) 4199-7500 transformadores@adelco.com.br

Blutrafos – (47) 99255-6039 comercial@blutrafos.com.br

Comtrafo – (43) 99151-9321 r.minato@comtrafo.com.br

Densitel – (11) 99968-0753 fumiaki@densitel.com.br

IBT – (11) 997188-1033 ibt@ibt.com.br

Itam – (92) 9902-8973 comercial@itam.com.br

ITB Equipamentos – (18) 98114-9161 vendas@itb.ind.br

Militrafo – (11) 94822-8489 vendas@militrafo.com.br

Minuzzi – (19) 99880-7646 atendimento@minuzzi.ind.br

Pólux – (47) 3275-3541 vendas@polux.ind.br

Qualitrafo – (35) 99766-2410 alais.machado@qualitrafo.com.br

Rasatronic – (54) 3443-8500 coordecacao@rasatronic.com.br

Romagnole – (44) 3233-8500 posvenda@romagnole.com.br

Tamura Brasil – (47) 99613-1968 vendas@tamurabrasil.com

Trael Transformadores – (65) 98113-0854 comercial@trael.com.br

Transformadores União – (11) 99967-6434 vendas@transformadoresuniao.com.br

Transformadores Ideal – (11) 2470-2821 thiago@transformadoresideal.com.br

WEG – (47) 99915-8165 wtd@weg.net

Zilmer Ineltec – (11) 2148-7121 vendas@zilmer.com.br

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 134 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, Setembro / Outubro de 2025. Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

Medições e testes

Ensaios de cabos de média tensão com equipamentos móveis

Cabos isolados de média tensão conduzem energia elétrica a partir de subestações transformadoras, e constituem um elo importante no sistema de distribuição. Para evitar interrupções nesse serviço essencial, é imperativo avaliar regularmente o estado da rede de cabos. Ao longo do tempo, diversos métodos de ensaio foram desenvolvidos [1-3].

Métodos de ensaio

Um método confiável e amplamente utilizado para ensaio de cabos é a aplicação de tensão suportável em frequência muito baixa (VLF – Very Low Frequency), utilizando frequências de até 0,1 Hz. Em comparação com os ensaios realizados em 50/60 Hz, essas frequências reduzidas permitem o uso de equipamentos de teste extremamente compactos e leves — o que representa uma vantagem significativa para aplicações em campo.

O ensaio VLF realiza-se offline e está descrito em normas como IEEE 400.2 [4], DIN VDE 0276-620 [5] e DIN VDE 0276-621 [6]. O objetivo principal deste ensaio é identificar pontos

Ensaios de tensão aplicada suportável em cabos previamente danificados podem causar a ruptura da isolação, ruptura essa que deve ser localizada e reparada o mais rápido possível. Pelos métodos vigentes, a localização dessas falhas demanda a intervenção de equipamentos adicionais. Aqui se descreve uma nova abordagem, na qual as funções de ensaio e localização de falhas de isolação são integradas em um único dispositivo.

fracos na isolação dos cabos. Para evitar colapso da rede elétrica, o teste é aplicado sob condições controladas, com o cabo fora de operação. Enquanto um cabo em boas condições suporta o ensaio sem danos, um cabo com isolação previamente comprometida pode ser identificado durante este procedimento [3].

Localização de falhas em cabos

Se for detectado um cabo com isolação previamente danificada, o local do defeito deve ser rapidamente localizado a fim de acelerar o reparo do cabo, reduzir o tempo de interrupção de energia e, consequentemente, evitar possíveis perdas econômicas [7].

Os equipamentos atuais de teste VLF geralmente indicam o valor da tensão no momento da ruptura da isolação, bem como o tempo de duração do ensaio. No entanto, a pergunta realmente crítica — “onde ocorreu a falha?” — permanece sem resposta neste estágio. Para determinar a localização exata do defeito são necessários procedimentos adicionais, que normalmente exigem pessoal técnico qualificado e equipamentos complementares.

Visando a esses objetivos, existem veículos de medição e diagnóstico de cabos providos de sistemas de localização de falhas. Contudo, tais veículos representam um investimento elevado, e costumam ser recursos limitados para os operadores de redes de distribuição. Assim sendo, os

Instrumento HVA68TD com função APL integrada

Medições e testes

veículos nem sempre estão disponíveis, porque precisam atender a múltiplas intervenções. Além disso, eles são dotados de equipamentos que os tornam pesados. Para conduzi-los, pode ser necessário possuir habilitação profissional para veículos com peso bruto total superior a 3,5 t. Outro fator limitante é que os equipamentos geralmente são fixos e integrados ao veículo — o que significa que, caso este apresente algum defeito que demande manutenção, todo o equipamento se torna indisponível. Ademais, o método tradicional de realizar primeiro o ensaio, seguido da localização da falha, pode impactar diretamente o tempo de indisponibilidade do cabo. Situações como estas podem prolongar a interrupção de energia.

Por outro lado, dispositivos portáteis não dependem de veículos de medição. Assim, para superar essas limitações, surgiu a proposta de combinar as funções de ensaio VLF e localização de falhas em um único equipamento compacto e portátil.

Para avaliar a viabilidade prática desta abordagem e testar sua eficácia em condições reais de operação, foi conduzido um estudo de campo. O objetivo da pesquisa foi verificar se essa solução

funciona adequadamente e se é capaz de fornecer resultados confiáveis.

Combinação de ensaio VLF e localização de falhas

Para a realização da pesquisa de campo, foi integrado um método de localização de falhas de isolação a um equipamento VLF já existente (HVA45TD [8]), com tensão de saída de 49 kV (valor de crista). Esta técnica baseia-se em um método de localização por meio de ondas trafegantes de alta frequência (HF), que são geradas no momento da ruptura do dielétrico, propagam-se ao longo do cabo e são refletidas em pontos de variação de impedância — como nas extremidades do cabo e no ponto de falta (ponto onde se situa a falha de isolação).

Com base nas ondas trafegantes, nas respectivas reflexões e no conhecimento da velocidade de propagação dessas ondas no cabo, é possível determinar com exatidão a distância até o ponto de falta. A medição de ondas de HF é realizada diretamente no equipamento VLF. Um algoritmo especialmente desenvolvido analisa os sinais captados no domínio da frequência e calcula a distância até o local da ruptura da isolação.

Fig. 1 – Esquema de princípio de um instrumento de ensaio VLF com medição HF integrada

Medições e testes

Equipamento VLF

com função APL integrada

Como resultado do ensaio de campo, foi desenvolvido um equipamento VLF compacto e portátil com função integrada de localização de arco elétrico, denominada APL (Arc Pre-Location). A figura 1 apresenta o esquema do dispositivo VLF com o sistema de detecção de ondas de alta frequência incorporado.

A principal diferença entre os métodos convencionais de localização de falhas em cabos e a função APL reside no fato de que, nas abordagens tradicionais, além do equipamento de ensaio, são necessários instrumentos especializados adicionais. Além disso, os resultados precisam ser interpretados manualmente no domínio do tempo, exigindo pessoal técnico treinado. Tal processo implica diversas limitações, como imprecisões causadas por taxas de amostragem, resolução da tela e atrasos na ignição [9]. A figura 2 ilustra este tipo de análise temporal, evidenciando que nem sempre é claro onde os marcadores devem ser posicionados. Pequenas variações na marcação podem impactar significativamente o resultado da localização, conforme o comprimento do cabo.

Em contrapartida, com a função APL integrada, todo o processo de ensaio e localização do arco é realizado por um único equipamento VLF, e a distância até o ponto de ruptura é determinada automaticamente. Desta forma, as limitações mencionadas — tais como imprecisões na marcação — são eliminadas.

Função APL

em condições de laboratório

O desempenho da função APL foi avaliado em laboratório. Para os ensaios, foram utilizados diversos segmentos de cabos interligados, permitindo simular

perfurações dielétricas em transições de cabos a distâncias variando entre 100 m e 2700 m. Os ensaios demonstraram que a exatidão da função APL está dentro da faixa esperada de ±10%, o que corresponde à margem de exatidão típica dos métodos ICM (Impulse-Current Method) [10].

Os resultados também indicaram que a exatidão da localização aumenta à medida que a distância até o ponto de ruptura da isolação cresce. Diante destes fatos promissores, a pesquisa de campo foi ampliada.

Pesquisa de campo sobre a função APL

Na sequência da pesquisa de campo, foi verificada a aplicabilidade prática da combinação do ensaio VLF com a localização integrada de perfurações dielétricas (função APL). O estudo foi conduzido junto a um operador regional de rede de distribuição na Alemanha, que disponibilizou trechos específicos de cabos de 20 kV para os testes. Algumas das muflas apresentavam tendência a falhar durante os ensaios de tensão aplicada suportável de 3 x U₀. As posições dessas muflas estavam bem documentadas em plantas de cabeamento, o que proporcionou uma condição ideal para ensaio do equipamento VLF com função APL integrada.

A pesquisa de campo foi estruturada em três etapas. Primeiramente, as posições

Fig. 2 – Inserção manual de marcadores no domínio do tempo

Medições e testes

das muflas documentadas nas plantas foram verificadas utilizando o sinal de calibração de um sistema de medição de descargas parciais. Em seguida, foi realizado o ensaio VLF. Em caso de ocorrência de uma perfuração dielétrica, a função APL determinava imediatamente a distância até o ponto de falha, localizando a mufla defeituosa.

Para validar os resultados obtidos pela função APL, foram realizadas medições comparativas mediante um sistema de localização baseado no método de reflexão de arco (ARM – Arc Reflection Method [10]).

Resultados da pesquisa de campo

No curso da pesquisa foram ensaiados sete linhas de média tensão, cada uma composta por três fases, totalizando 21 cabos singelos. Em onze destes cabos ocorreram perfurações dielétricas durante o ensaio VLF. A função APL foi utilizada para localizar imediatamente o ponto de ruptura da isolação, que na sequência foi tecnicamente confirmado e escavado para execução do reparo.

Tab. I – Resultados da pesquisa de campo: Imediatamente após a falha de isolação, a função APL determina a distância para a perfuração dielétrica

das plantas de cabeamento

As falhas foram identificadas a distâncias entre 110 m e 179 m, sendo todas atribuídas a muflas defeituosas. A tabela I exibe um resumo dos resultados obtidos na pesquisa. Os dados completos foram apresentados em junho de 2023 na conferência internacional de cabos Jicable, realizada em Lyon, e posteriormente publicados em um artigo técnico [11].

Vantagem da função APL em caso de perfuração dielétrica

Muitas técnicas de localização de falhas baseiam-se no fenômeno aqui descrito, no qual ondas trafegantes se propagam em consequência de falha da isolação. Por isso, tais métodos dependem da ocorrência efetiva de ruptura dielétrica. Durante a pesquisa de campo, foram observadas muflas que apresentaram perfuração apenas durante o ensaio

VLF. Como não foi possível reproduzir a ruptura posteriormente pelo método ARM (Arc Reflection Method), esse tipo de falha torna-se difícil de localizar com a abordagem convencional — ou seja, primeiro o ensaio, depois a localização.

Com o método combinado que inclui a função APL, a localização é obtida imediatamente após o ensaio. Desta forma, falhas pontuais ou de ocorrência esporádica podem ser identificadas de modo exato e imediato.

Conclusão

Quando ocorre uma perfuração na isolação durante um ensaio de tensão suportável em cabos de média tensão, o defeito deve ser corrigido o quanto antes. Normalmente, a localização da falha exige a mobilização de um veículo de medição e diagnóstico de cabos, bem como de pessoal especializado. Caso o

veículo do operador da rede esteja indisponível, ou não haja pessoal em condições de operá-lo, a duração da interrupção do fornecimento de energia pode ser diretamente impactada.

A abordagem inovadora da função APL combina o teste VLF com a localização de falhas por perfuração em um equipamento portátil e compacto, permitindo a localização já durante o ensaio. Pesquisas de campo demonstraram que esta abordagem é suficientemente exata para delimitar o ponto de falha até o nível de uma única mufla. Para confirmar a localização, pode-se empregar um simples gerador de tensão de impulso com um microfone de solo, o que em alguns casos elimina a necessidade do veículo de teste e diagnóstico.

Desta forma, a correção de falhas por parte do operador de rede poderá ser

mais rápida. Além disso, os processos operacionais podem ser otimizados, resultando em economia de recursos.

Com base nos resultados da pesquisa de campo, a função APL será integrada em um equipamento de série e lançada com o modelo HVA68TD (imagem da página 26). Assim, quando ocorrer uma perfuração dielétrica durante um ensaio, e surgir a clássica pergunta “onde foi o estouro do cabo?”, o equipamento estará apto a responder prontamente.

REFERÊNCIAS

[1] DIN EN 60060-3 (VDE 0432-3):2006-08 Hochspannungs-Prüftechnik – Teil 3: Begriffe und Anforderungen für Vor-Ort-Prüfungen.

[2] Putter, H. T.; Gotz, D.; Petzold, F.; Oetjen, H.: The evolution of VLF testing technologies over the past two decades. in PES T&D 2012, Orlando, FL, USA: IEEE, Mai 2012, pp. 1–4.

[3] Gnerlich, H. R.: Field testing of HV power cables: understanding VLF testing. IEEE Electr. Insul. Mag., vol. 11, no. 5, pp. 13–16, Sep. 1995.

[4] IEEE 400.2-2013 IEEE Guide for Field Testing of Shielded Power Cable Systems Using Very Low Frequency (VLF)(less than 1 Hz)

[5] DIN VDE 0276-620 (VDE 0276-620):2018-04 Starkstromkabel – Energieverteilungskabel mit extrudierter Isolierung für Nennspannungen von 3,6/6 (7,2) kV bis einschließlich 20,8/36 (42) kV.

[6] DIN VDE 0276-621 (VDE 0276-621):1997-05 Starkstromkabel – Energieverteilungskabel mit getränkter Papierisolierung für Mittelspannung.

[7] Zhang, C.; Song, G.; Yang, L.; Sun, Z.: Timedomain single-ended fault location method that does not need remote-end system information , IET Generation, Transmission & Distribution, vol. 14, no. 2, pp. 284–293, Jan. 2020.

[8] b2 electronics GmbH: HVA45 & HVA45TD VLFHochspannungsprüfgerät. Online-Verweis: https:// b2hv.com/fileadmin/user _ upload/b2 _ electronics _ Medien/datasheets/DHV1456 _ HVA45 _ HVA45TD _ datenblatt _ DE _ Rev00.pdf, Acesso: 08. 07. 2024.

[9] Gale, P. F.: Cable-fault location by impulse-current method. Proc. Inst. Electr. Eng. UK, vol. 122, no. 4, p. 403, 1975.

[10] CIGRÉ Technical Brochure 773 : Fault location on land and submarine links (AC & DC), 2019.

[11] Kruijen, J.; Peter, L.; Gajdosova, L.; Kornev, V.: Combined VLF Withstand Testing and Cable Fault Pre-Location – A Field Study. Jicable, Lyon, 2023.

Artigo publicado originalmente na revista alemã ep –Elektropraktiker, edição 08/2024. Copyright Huss Medien, Berlim. Publicado por EM sob licença dos editores. Tradução com ferramentas de IA. Revisão e adaptação de Celso Mendes.

Materiais e produtos isolantes elétricos

Indispensáveis para a operação segura e eficiente de equipamentos e sistemas eletroeletrônicos, os materiais e produtos isolantes elétricos são responsáveis por proteger pessoas, circuitos e dispositivos contra descargas, assegurando confiabilidade e durabilidade. Este guia reúne a oferta nacional desses produtos, fabricados em diferentes materiais, como polímeros, cerâmicas, compósitos e óleos isolantes. Da Redação de EM

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Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 140 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, Setembro / Outubro de 2025. Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

Nação perde tempo, o futuro não espera

No Brasil, a geração distribuída (GD) de energia elétrica levou dez anos para resplandecer e chegar à capacidade de 40 GW. Mas as baterias a preços competitivos só chegarão em cinco anos para atenuar a nossa necessidade de armazenagem. Essas assertivas foram ouvidas por 400 presenças de 16 países, entre 4 e 5 de agosto de 2025, em São Paulo, ao final do fértil XVII Fórum Latino-Americano de Smart Grid, sob a perseverante presidência do seu criador, Cyro Vicente Boccuzzi, ex-diretor da Enersul, Eletropaulo e outras distribuidoras.

O seminário foi fortemente direcionado para os dias futuros: tecnologias avançadas, reforma setorial, redes inteligentes, tarifas aderentes, regulação, confiabilidade, comunicação, além de essencialidades para novos modelos tais como digitalização, transição energética e mudanças climáticas. Tudo isso comporá a transformação dos negócios pós renovação das concessões, mormente das distribuidoras de energia elétrica do País, que se mantém em discussões preventivas há meses.

Ouviram-se questões de toda ordem (micro e macro).

Redes inteligentes, medidores digitais, automação e novos modelos tarifários dominaram a pauta do XVII Fórum LatinoAmericano de Smart Grid. Além do avanço da tecnologia, discutiu-se a necessidade de ajustes regulatórios e estruturais no Brasil para a corrida pela transição energética.

O quê e como se controlará no setor elétrico brasileiro? Se todas as noites milhares de baterias serão descarregadas e carregadas, então como isso será metrificado, despachado, precificado?

Será o consumidor de pequeno porte (assim como o grande consumidor) capaz de retirar parte da carga, vendendo sua colaboração? A que preço, quando, quanto? As redes terão inversores inteligentes para acomodar todo esse movimentado vaivém?

Um aforismo tupiniquim repetido no encontro: a tecnologia vai sempre à frente e a regulação atrás.

Para as redes inteligentes também urge modernizar os transformadores. Na Índia, muitas respostas (não todas) foram dadas, conforme mostrou com diversos slides Reji Kumar Pilai, chairperson do

ISGF – India Smart Grid Forum e da GSEF – Global Smart Energy Federation, ampliando as fronteiras das Smart Grids globais. O país asiático empurra fronteiras pioneiras na Ásia, à frente do Ocidente.

Não estamos estagnados, mostra a Celesc de Santa Catarina, presidida por Tarcísio Rosa. No Estado, postos de carregamento, chamados de eletropostos semirrápidos para baterias de carros elétricos, em que as tomadas não distam mais de 50 km umas das outras. (Nota: este autor e o jornalista Antonio Ubaldino, editores de energia da saudosa Gazeta Mercantil, cunharam com sucesso o nome eletroposto, no final dos anos 70 do século passado).

A distribuidora paranaense vem avançando na rubrica transição energética. Nada menos do que 45% das subestações da companhia aceitam inversão de fluxo de energia. Quanto ao controle e à medição, naturalmente precisam evoluir com uma futura regulação.

A mineirice da Cemig — discurso bom é discurso curto — dominou a fala de Marney Antunes, vice-presidente da distribuição, que teve a concessão renovada de 2015 a 2045, e vem encontrando dificuldade

shutterstock

Smart Grids

em contratar mão de obra qualificada, mas segue investindo em resiliência da rede e adiciona 230 subestações.

Por sua vez, sob o mantra de 112 anos de história falou Luiz Henrique Ferreira Pinto, vice-presidente de operações reguladas da CPFL, integrante atual da State Grid chinesa (com 1,6 milhão de colaboradores servindo a 88% da China). A empresa aqui gera em 11 Estados, transmite, distribui em São Paulo, Rio Grande do Sul ou recobre 37% do Produto Interno Bruto, incorporando as antigas Piratininga, Santa Cruz, RGE e AES.

Luiz Henrique Ferreira Pinto (CPFL): “Na mira da CPFL: modernização inteligente e melhores modelos de comunicação com os usuários e stakeholders”

Ferreira Pinto se encontra diante do desafio de renovação de concessões com contratos mais robustos e exigentes. Espera-se o fim da tarifa monômia, em baixa tensão, onde valerá a conjugação da energia absorvida e da potência contratada, o amplo uso de Smart Grid, a liberação do mercado cativo para o livre, maior segurança jurídica-regulatória e melhor qualidade no fornecimento.

Tudo isso implica para cumprir seus objetivos iniciais, em 59 cidades paulistas modernização inteligente, 1,6 milhão de medidores, melhores modelos de comunicação com os usuários e stakeholders, aumento da confiabilidade, capilarização, novos conceitos de instalação.

Esses itens estão na rota da leitura remota de medidores (sob revisões anuais), faturamentos automáticos, cortes e ligamentos remotos, monitoramento minucioso por alarmes, eficiência de Opex (gastos operacio-

nais) e redução de perdas técnicas ou comerciais.

A ideia é conquistar e convalidar as tecnologias pouco a pouco mediante experimentações diante de especificidades de diferentes locais (Ferreira Pinto começou pela antiga empresa interiorana da família de Antônio Ermírio de Morais, Santa Cruz, região de Bernardino de Campos). A cada ano vão introduzindo mais 500 mil novos medidores inteligentes até recobrir a área de concessão. Observe-se que há interoperabilidade de três fornecedores fabricantes nessa empreitada, quer dizer, os aparelhos se entendem (conversam entre si) apesar de as marcas serem concorrentes.

Além da redução das perdas, Ferreira Pinto almeja uma excelência em comunicação online com o consumidor, que se torne consciente do que acontece no serviço prestado em meio a uma operação automatizada. Enquanto isso, um centro de operação automatizado exerce um controle massivo de tudo, recebe e emite informação, faz a gestão da demanda, negocia com o usuário a retirada de carga (a distribuidora lhe paga por isso), almeja tarifas justas sem subsídios. Vale dizer, essas aspirações estão na dependência de forte conteúdo regulatório hoje inexistente, vis-à-vis um Congresso Nacional infeliz e ignorante do universo e da realidade da política energética nacional.

A Copel, na trilha da automação de processos e otimização das operações, quer inaugurar novas subestações por ano, segundo Sergio Milani, superintendente de projetos especiais. Somente em 2024, realizou 8 milhões de leituras e emitiu as faturas. Assim reduziu em 4,7 milhões de km os deslocamentos das equipes de cobrança nas ruas. Enfrentou eventos climáticos severos e adversos no Paraná, com crescente resiliência, de tal modo que caíram seus DEC e FEC, que são a duração e frequência de eventos de corte nos fornecimentos. No Estado, 40% das

Sérgio Milani (Copel): “Automação reduziu deslocamentos de equipes e aumentou resiliência frente a eventos climáticos cada vez mais severos”

contingências se devem a quedas de vegetação.

A EDP, representada por Marcos Campos, diretor geral em São Paulo, traz questões culturais e comportamentais, ilustrando com fatos do Japão que preserva políticas estruturantes de longo prazo, seguras, confiáveis. A população disciplinada troca assistências mútuas e alimenta fundos de recursos poupados para desastres (por exemplo, climáticos). No diapasão do mundo inteligente digital, a EDP aplicou em Capex (capitais em ativos), no período 2014-2021, cerca de R$ 1,2 bilhão. Esse montante entre 2022-2024 subiu para 2,4 bilhões.

Neste quadro, a Energisa, segundo Savio Ricardo Muniz Aires da Costa, gerente corporativo de automação e telecomunicações, transformará dados em negócios.

Esta óbvia descentralização da gestão do setor elétrico brasileiro carece de profundas mudanças nos comandos legais, até porque o Operador Nacional do Sistema terá que se relacionar minuciosamente com a nova distribuidora, o novo consumidor ativo (já batizado de prossumidor), geradores e demais agentes. Depende de uma regulação transparente e de bem definidas responsabilidades e penalidades.

Adriana Aoki, da CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, entidade privada criada em 1999, que reúne todos os comercializadores de energia, aposta na melhoria da qualidade da energia e em menores perdas técnicas com os medidores inteligentes. Os medidores, por sua vez, possibilitarão a aplicação de tarifas diferenciadas.

Smart Grids

Adriana Aoki (CCEE): “Aposta na melhoria da qualidade da energia e em menores perdas técnicas com os medidores inteligentes, os quais, possibilitarão, por sua vez, a aplicação de tarifas diferenciadas”

No grupo de baixa tensão há 90 milhões de consumidores e vem se aproximando a abertura total do mercado quando todos os usuários serão elegíveis.

Thiago Ivanosky, diretor de estudos econômico-energéticos e ambientais da EPE - Empresa de Pesquisa Energética, se preocupa com os preços dos medidores e outros equipamentos. Cita 35 fábricas de painéis na Índia, que fazem a montagem e a venda, valorizando a competição. Reclama da falta de regras para o planejamento e a urgência da digitalização das redes no país. (Nota do Autor: a ausência ou desobediência ao planejamento responde pelos curtailments, cortes na geração por falta de demanda ou de linhas de transmissão na atual conjuntura do País. A indisciplina hoje parte principalmente dos comandos legais dos legisladores alheios ao tecnicismo dessas esferas)

O professor especialista Nivalde de Castro, da UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro, pede incentivo à inovação tecnológica, enquanto Edvaldo Santana, ex-diretor da Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica, alerta: não podemos deixar de ser rápidos, falta intersecção entre o Operador Nacional do Sistema e a distribuição. A Espanha tem dois operadores de sistema, porém no recente apagão desde a França até Portugal o modelo não funcionou.

Santana lembra que recém-chegado na Aneel, em 1o de junho de 2000, sua missão era fazer o mercado funcionar. Ora, desde 1995, pela Lei 1974 (Lei Aleluia), a

Edvaldo Santana (exAneel): “A sociedade aceita gastar bilhões de Reais em subsídios que já são desnecessários, porém não aplica na facilitação da medição”

medição já era uma barreira ao ingresso no mercado livre; era necessário começar uma mudança pelo custo da medição. Ele critica que a sociedade aceita gastar bilhões de Reais em subsídios que já são desnecessários, porém não aplica na facilitação da medição.

Ora, cada um tem uma opinião sobre o tema, diz João Mello, titular da Thymos, uma das maiores consultorias de energia do país, e só falar que é difícil não resolve: há que ser mais agressivo, superar a timidez. O arcabouço regulatório pede um exercício, fazer acontecer. Reconhece problemas de governança, mas indica a necessidade de leis mais agressivas. A renovação dos contratos de concessão das distribuidoras ilustra boas notícias.

Ângela Gomes, diretora da PSR, mais famosa consultoria de energia do país, enaltece que 89% de nossa matriz elétrica é renovável, mas em 2038 teremos 98 GW de geração distribuída, principalmente solar fotovoltaica e eólica. Disporemos de 190 mil km de linhas de alta tensão, mais 60 mil km em dez anos. A rede de distribuição possui 4 milhões de km, sendo cativos 49% dos consumidores. O conjunto pagou em 2024 o montante de R$ 48 bilhões em subsídios, custeou mais energia de reserva, mais o Proinfa - Programa de Incentivo a Fontes Alternativas de Energia, o que para um consumidor residencial significou rateio e acréscimo de R$ 60 bilhões ou mais 13,8% na fatura. E tudo corre por

Ângela Gomes, diretora da PSR: “Falta justiça tarifária”

fora do preço econômico real da energia, preço aderente ao seu custo exclusivo. Portanto desde há muito tempo falta justiça tarifária.

E Gomes nem menciona o fato de que o custo de Itaipu foi inteiramente pago. Que a tarifa hoje aplicada aos brasileiros para a energia da binacional é o dobro do que deveria ser, enquanto a usina aplica suas receitas em bem-estar social no Paraná, Mato Grosso do Sul e Paraguai, para não falar da próxima COP 30 em Belém do Pará.

O mercado livre é o futuro sem surpresas, afirma Rodrigo Ferreira, presidente da Abraceel – Associação Brasileira de Comercializadores de Energia Elétrica, apesar da regulação ainda ruim e insuficiente do setor elétrico brasileiro. Desde 1995 (Lei Aleluia) até o governo Dilma Rousseff, não fomentaram como poderiam a área de livre comercialização de energia. Contratos no setor de trinta anos de duração corrigidos pela inflação (IGPM) são adversos. O sinal de preço para a geração distribuída é péssimo, pobres subsidiam ricos. Porém, no futuro próximo, quem desligar o ar condicionado a pedido do distribuidor, numa hora de falta de potência ou de energia, venderá o desligamento da carga e receberá por isso.

Enfim, nossa matriz elétrica nasceu descarbonizada mas deverá ser digitalizada e descentralizada. Entrementes, outros pontos relevantes devem ingressar nos trabalhos, quais sejam a resiliência das redes, do sistema como um todo diante das mudanças climáticas, armazenagem (sobra energia e falta potência), flexibilidade, serviços ancilares, alocações de custos, eficiência do serviço e acessibilidade.

Sem muitas dessas providências, o seminário uniformemente teme o colapso do operador nacional do sistema, momentaneamente perdido com a crescente geração distribuída.

Revendedores e distribuidores de materiais elétricos

Empresa – Telefone E-mail UF

Plug Eletricidade – (82) 98836-8081 plugeletricidade@uol.com.br

Geração Elétrica – (77) 98845-8667 jorge.timbo@gmail.com

Multielétrica – (71) 99956-0232 comercial@multieletrica.net.br

Elétrica 109 – (61) 98667-1162 eletrica109@gmail.com

Eletra – (27) 33857-2909 eletra@eletracomercial.com.br

Evil Eletro – (27) 99831-8911 evileletrovitoria@gmail.com

MF Representações (27) 99812-6807 maed.marcelo@gmail.com

Adeel – (62) 3092-1414 contato@adeel.com.br

Anei – (34) 99962-0000 eronides.oliveira@eletrotil.com.br

Casa Elétrica Bambuí (37) 98831-1401 casaelericabambui@yahoo.com.br

Conti Materiais – (35) 3621-3121 pcvieira1965@hotmail.com

Edilson Elétrica – (32) 98405-1201 comercial@edilsoneletrica.com.br

Elétrica Cidade – (34) 3256-4944 eletricacidade@eletricacidade.com.br

Elétrica Pará de Minas (37) 99662-3456 eletricaparademinas@hotmail.com

EletroFerragens Lucas (31) 98618-5982 vendas@grupolucas.com.br

Itau Elétrica – (31) 98652-2473 itaueletrica4@gmail.com

Loja Elétrica – (31) 99612-3918 jorge@lojaeletrica.com.br

Othon – (31) 2103-3000 vendas@othondecarvalho.com.br

e quadro

Da Redação de EM

Minidisjuntor Disjuntor caixa moldada Dispositivos DR (1) DPS (2) Fusível Seccionador (3) Fio/cabo isolado

Conector, terminal Abraçadeira (4) Eletroduto (5) Canaleta, perfilado Outras

O levantamento contempla distribuidores e revendedores de material elétrico em todo o Brasil, organizados por Estado. A relação inclui itens para instalações de baixa tensão, linhas elétricas, distribuição terminal, comando e controle, iluminação convencional, LED e de emergência, produtos fotovoltaicos, UPS e outros equipamentos voltados a diversas aplicações elétricas.

(11) Chave partida (12) Lâmpada fluorescente Lâmpada halógena Lâmpada LED Luminária (13) Luminária LED (13) Reator Iluminação emergência Pára-raio predial (SPDA) Capacitor (14) Ferramentas elétricas Instrumentos (15) UPS (16) Produtos fotovoltaicos (17) Predial Industrial

(10) Contator,

Guia – 3

Empresa – Telefone E-mail UF

Projelmig – (33) 3221-9125 compras@projelmig.com.br

REI Materiais – (32) 99902-1326 reimatel@reimatel.com.br

Sistel – (35) 98853-5221 sistel@sistelmaterialeletrico.com.br

Eletro Fios – (65) 3618-2500 compras@eletrofios.com.br

Mundial – (66) 98408-0816 projetos.emerson@mundialmdm.com.br

Elétrica ZAN – (67) 3316-6288 gerencia1@eletricazan.com.br

Eletro Transol – (91) 3204-7700 vendasbelem@eletrotransol.com.br

EletroShopping – (91) 98115-9103 contato@eletroshopping-pa.com

Fácil Construir – (91) 99208-6171 construir2001@hotmail.com

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Componentes BT Linhas elétricas Distribuição terminal Comando, controle Iluminação Outros Painel e quadro BT Minidisjuntor Disjuntor caixa moldada Dispositivos DR (1) DPS (2) Fusível Seccionador (3) Fio/cabo isolado BT Conector, terminal Abraçadeira (4) Eletroduto (5) Canaleta, perfilado Outras linhas (6) Caixas (7) Plugue e tomada Interruptor (8) Botão, sinalizador Relé fotoelétrico Minuteria (9) Dimmer Sensor presença (10) Contator, relé (11) Chave partida (12) Lâmpada fluorescente Lâmpada halógena Lâmpada LED Luminária (13) Luminária LED (13) Reator Iluminação emergência Pára-raio predial (SPDA) Capacitor (14) Ferramentas elétricas Instrumentos (15) UPS (16) Produtos fotovoltaicos (17) Predial Industrial

Soluções Completas de Proteção em Baixa Tensão

Disjuntores: Proteção inteligente e Tecnologia Japonesa

Com a qualidade da tecnologia japonesa, a Mitsubishi Electric oferece soluções completas em disjuntores para distribuição de energia, desde aplicações simples em painéis e máquinas até demandas robustas em indústrias, prédios e subestações.

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Cigame – (51) 3356-5555 vitor.ledur@cigame.com.br

Eletronor – (54) 3220-3800 sac@eletronor.com

Eletro Star – (51) 99839-6876 eletrostar1982@gmail.com

Fibra Componentes – (51) 3365-7211 vendas@fibracomponentes.com.br

Gasima – (51) 98914-3639 compras2@gasima.com.br

Girondi – (54) 3452-2366 girondi.servicos@yahoo.com.br

Painel e quadro BT Minidisjuntor Disjuntor caixa moldada Dispositivos DR (1) DPS (2) Fusível Seccionador (3) Fio/cabo isolado BT Conector, terminal Abraçadeira (4) Eletroduto (5) Canaleta, perfilado Outras linhas (6) Caixas (7) Plugue e tomada Interruptor (8) Botão, sinalizador Relé fotoelétrico Minuteria (9) Dimmer Sensor presença (10) Contator, relé (11) Chave partida (12) Lâmpada fluorescente Lâmpada halógena Lâmpada

Predial Industrial

Guia – 3

Empresa – Telefone E-mail UF

Ideotec – (51) 3595-1479 ideotec@ideotec.com.br

Magnani & CIA – (54) 4009-5255 comercial@magnani.com.br

Coisarada Eletricidade – (49) 3251-9000 coisarada@coisarada.net

Comercial CJS – (47) 99967-2231 claudinei@cjsautomacao.com.br

Comercial Elétrica Neuber (47) 3375-3070 eletricaneuber@netuno.com.br

Joclamar – (47) 98883-7798 compras2@joclamar.com.br

Kraft – (47) 3351-2399 kraft_almir@terra.com.br

Tecnoeletro – (48) 3525-0441 projetos@tecnoeletro.com

A3 Eletro – (11) 3228-1577 digital@a3eletro.com.br

Brás – (11) 2894-6470 vendas@brasdistribuidora.com.br

Comesp – (11) 2137-7500 comercial@comesp.com.br

Dlight – (11) 98935-3038 vendas@dlight.com.br

RS

Componentes BT Linhas elétricas Distribuição terminal Comando, controle Iluminação Outros Painel e quadro BT Minidisjuntor Disjuntor caixa moldada Dispositivos DR (1) DPS (2) Fusível Seccionador (3) Fio/cabo isolado BT Conector, terminal Abraçadeira (4) Eletroduto (5) Canaleta, perfilado Outras linhas (6) Caixas (7) Plugue e tomada Interruptor (8) Botão, sinalizador Relé fotoelétrico Minuteria (9) Dimmer Sensor presença (10) Contator, relé (11) Chave partida (12) Lâmpada fluorescente Lâmpada halógena Lâmpada LED Luminária (13) Luminária LED (13) Reator Iluminação emergência Pára-raio predial (SPDA) Capacitor (14) Ferramentas elétricas Instrumentos (15) UPS (16) Produtos fotovoltaicos (17) Predial Industrial

Eletro Terrível – (11) 3959-6859 atendimento@eletroterrivel.com.br SP-G

Elétrica Zona Norte – (11) 94763-5676 eletricazonanorte@gmail.com SP-G

Etelmaster – (11) 99620-6061 vendas@etelmaster.com.br SP-G

Iluminadora Transmontana (11) 2204-2129 daniel.dgp@hotmail.com

SP-G

JT Elétrica – (11) 3816-5711 e.joaotheodoro@uol.com.br SP-G

KMF – (11) 94702-3163 adilson.crea@gmail.com SP-G

Lugo Comercial – (11) 4486-8400 vendas@lugo.com.br SP-G

Maquimp – (11) 98827-4107 marketing@maquimp.com.br SP-G

Mastercabos – (11) 2341-3686 vendas@mastercabos.com.br SP-G

MD Policabos – (11) 3955-0550 vendas@mdpolicabos.com.br SP-G

Média Tensão – (11) 99273-1154 vendas@mediatensao.com.br SP-G

Mundo Elétrico – (11) 95385-3036 contato@mundoeletrico.com.br SP-G

Ótima do Brasil – (11) 98033-4333 valter@otimadobrasil.com.br SP-G

Guia – 3

Pidegal – (11) 2973-4499 pidegal@pidegal.com.br

Provitel – (11) 95470-0788 magnus@provitel.com.br

Reinaldo Corazza – (11) 2081-3788 vendas@nordserv.com.br

Revimaq – (11) 4531-8181 vendas@revimaq.com.br

Santil – (11) 3998-3000 santil@santil.com.br

Tenet – (11) 99602-4746 reginaldo@tenetdobrasil.com.br SP-G

Union Sistemas – (11) 3512-8910 comercial@union2y.com

Vextrom – (11) 3672-0506 atendimento@vextrom.com.br SP-G

Virtus Ex – (11) 94734-3098 vendas@virtusdistribuidora.com.br SP-G

Coreal – (12) 99619-2386 ademir.jose@coreval.com.br SP-I

Efisa – (14) 99722-2745 financeiro@efisa.com.br SP-I

Elétrica BEL – (17) 99759-2753 compras@eletricabel.com.br SP-I

Empresa – Telefone E-mail

Eletro Jordão Zago – (14) 99735-4624 helio@eletrozago.com.br SP-I

Ferlin Gaona – (16) 3628-6776 material@ferlingaona.com.br

Ligbem – (19) 3801-8188 mario@ligbem.com.br

Manhattan – (14) 99741-9769 marcos_moino@uol.com.br

Servmontec – (16) 3961-4260 edson@servmontec.com.br

Predial Industrial

Notas: (1) Dispositivos de proteção diferencial-residual; (2) Dispositivos de proteção contra surtos; (3) Chaves seccionadoras de ação rápida, seccionadores-fusíveis e dispositivos correlatos; (4) Abraçadeiras, marcadorespara amarração e identificação de fios e cabos; (5) Eletrodutos e acessórios; (6) Eletrocalhas, bandejas, leitos; (7) Caixas de ligação, de passagem, conduletes; (8) Interruptores nas suas diferentes versões: simples, paralelo, intermediário; (9) Minuteria e temporizador; (10) Conjugado ou não com luz e/ou minuteria; (11) Relés térmicos e outros relés para proteção de motores; (12) Chaves de partida convencionais (partida direta, estrelatriângulo, compensadoras) e soft-starters; (13) Luminárias convencionais, projetores, spots, etc; (14) Para correção do fator de potência; (15) Amperímetros, multímetros, testadores de continuidade, medidores de isolamento, terrômetros, instrumentos multifunção, etc; (16) Sistemas de energia ininterrupta (nobreaks); (17).Módulos e/ou inversores FV;Cabos FV. Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 1.516 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, Setembro / Outubro de 2025. Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

Açúcar e ar: uma mistura explosiva

Estellito Rangel Júnior

Em contato com o ar, o pó fino de açúcar pode formar uma mistura explosiva. Dependendo das características do ambiente e do material, podem ocorrer explosões mesmo com uma energia de ignição muito baixa, de 5 mJ. O pó de açúcar é um dos mais explosivos e pode ser inflamado por faíscas mecânicas e elétricas.

Cerca de um terço das explosões na indústria de alimentos e rações são registradas dentro e ao redor de sistemas transportadores e elevadores, incluindo as atividades de enchimento/esvaziamento de sacas e descarregamento de caminhões. As cargas eletrostáticas, em especial, devem ser consideradas como uma possível fonte de ignição durante os processos de carregamento com açúcar.

As cargas eletrostáticas ocorrem quando dois corpos são submetidos a atrito em alta velocidade, como, por exemplo, o açúcar transportado em tubulações ou quando é enviado para tanques. Se um dos corpos estiver isolado do potencial de terra, a carga eletrostática resultante não será dissipada, e se acumulará. Neste caso, se um objeto aterrado se aproximar, uma descarga elétrica pode ocorrer. A energia de ignição liberada depende da capacitância do corpo onde as cargas se acumularam. Normalmente, com recipientes de metal de pequeno porte, podem ocorrer energias de ignição entre 3 e 60 mJ. Caminhões de transporte, por outro lado, podem ter energias de ignição bem acima

de 60 mJ devido ao tamanho. As energias potenciais de ignição são, portanto, mais do que suficientes para inflamar misturas explosivas de açúcar e ar.

A IEC 60079-32-1 fornece algumas informações sobre medidas preventivas aos perigos de carga eletrostática, dentre elas uma conexão de aterramento condutiva, visando dissipar as cargas à terra. Para caminhões, é recomendado um sistema monitorado de aterramento, capaz de, em caso de condutividade insuficiente, interromper automaticamente os processos de carregamento.

Os requisitos são semelhantes para o processamento de açúcar em sacas, uma vez que tais sistemas de carregamento são classificados como zona 21. Nessas zonas, as sacas, conhecidas como FIBC tipo C, devem ser especificadas de acordo com a energia mínima de ignição do material processado. Segundo a IEC 60079-32-1, este tipo de saca deve ser conectado condutivamente ao potencial de terra na presença de gases inflamáveis e pós combustíveis durante o enchimento e o esvaziamento. Sem uma conexão de aterramento dedicada, o uso de sacas não garante a proteção desejada.

Na prática, isso significa que as sacas, antes de cada processo de enchimento e esvaziamento, devem ser providas de grampos de aterramento. No entanto, essa solução simples precisa ser devidamente

Estellito Rangel Júnior, engenheiro eletricista, primeiro representante brasileiro de Technical Committee 31 da IEC, apresenta e discute nesta coluna temas relativos a instalações elétricas em atmosferas potencialmente explosivas, incluindo normas brasileiras e internacionais, certificação de conformidade, novos produtos e análises de casos. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões ao especialista pelo e-mail em@ arandaeditora.com.br, mencionando em “assunto” EM-Ex.

monitorada para evitar um cabo de aterramento rompido na ligação com a saca, o que permitiria o acúmulo de cargas eletrostáticas e a ignição da atmosfera explosiva. Novamente: a monitoração revela seu valor, evitando erros de operação.

Em suma, pode-se afirmar que o açúcar, devido à sua baixa energia mínima de ignição, é um dos pós com maior risco de explosão e, portanto, requer atenção especial. Como cargas eletrostáticas podem ser suficientes para inflamar a mistura de açúcar e ar, as recomendações da IEC 60079-32-1 devem ser observadas.

Há várias soluções para mitigar os danos das explosões de açúcar:

Alívio de pressão: promove a redução da pressão de explosão, e libera com segurança as chamas geradas durante uma explosão, evitando danos estruturais e minimizando o risco ao pessoal.

Sistemas de supressão de explosão: detectam e suprimem explosões em seus estágios iniciais, injetando, por exemplo, água em neblina, para extinguir chamas e resfriar os gases.

Sistemas de isolamento: podem utilizar barreiras químicas ou mecânicas para evitar a propagação de explosões entre áreas de processo e/ou equipamentos interconectados.

Inertização: o nitrogênio pode criar uma atmosfera inerte em áreas com presença de pó de açúcar, reduzindo a concentração de oxigênio a níveis inferiores aos necessários para a combustão.

A integração das medidas preventivas com as soluções tecnológicas pode reduzir significativamente o risco de explosões de açúcar e aumentar a segurança dos trabalhadores e da planta. A manutenção regular e a auditoria periódica nos sistemas de segurança efetuadas por um especialista mitigarão riscos de explosão associados aos pós combustíveis, dentre eles o açúcar.

Apagão de engenheiros: o que fazer? (1)

Nos últimos meses, têm circulado notícias referentes a um apagão de engenheiros. Em contrapartida, há um número razoável de engenheiros desempregados ou em outras atividades que não estão ligadas à sua área de formação, e os empregadores reclamam da falta de mão de obra no mercado.

Podemos, a princípio, inferir que há, pelo menos, um descasamento entre a formação dos engenheiros e as necessidades e/ou expectativa das empresas e dos empregadores.

Não pretendo discutir se há ou não apagão e nem apontar os culpados pela situação. O objetivo aqui é fazer uma análise sob a ótica da empresa. Por que sob a ótica da empresa? Simples: qualquer negócio em que a engenharia seja diferencial ou crítica precisa, para sua sobrevivência e crescimento, solucionar o problema da falta de engenheiros. Quando as empresas tratam o tema como estratégia — orçamento, metas e métricas —, as soluções virão. O dinheiro segue a prioridade.

Formação de engenheiros como estratégia empresarial

Projetos de infraestrutura demandam fortes investimentos em capital e possuem prazos de retorno do investimento relativamente longos. Dessa forma, um bom projeto, uma boa construção e sobretudo uma boa operação dos ativos são fundamentais para que os projetos tenham os objetivos (econômicos e sociais) alcançados.

A rápida mudança no mercado — novas tecnologias, alterações regulatórias, contextos geopolíticos — dificulta que a universidade forme exatamente o profissional que a empresa necessita. Esse contexto também dificulta que o profissional se mantenha atualizado e com-

“Não treinar significará não ter profissionais em algum momento e, nos negócios em que os engenheiros são estratégicos ou críticos, não haver empresa”

preenda quais habilidades e conhecimentos precisa adquirir.

Às empresas restam duas opções:

• contratar profissionais com os conhecimentos que precisam; ou

• desenvolver esses profissionais.

A opção de contratar no mercado, em momento de escassez de mão de obra, traz uma série de contratempos:

• processos seletivos mais longos, em virtude da pouca oferta;

• salários inflacionados; e

• contratação inadequada, com potencial de custos e atrasos relevantes nos projetos.

A opção de desenvolver as pessoas, por sua vez, traz algumas preocupações para as empresas:

• custos de treinamento;

• como treinar; e

• turnover após treinamento.

Desenvolver internamente

Essa solução é, na prática, a única aceitável para empresas que buscam longevidade. Mas é complexa e os resultados não são imediatos.

A principal objeção que encontramos entre os empresários é a possibilidade de os profissionais saírem da empresa e irem para o concorrente ou abrirem sua própria empresa.

Porém, não treinar significará não ter profissionais em algum momento e, nos negócios em que os engenheiros são estratégicos ou críticos, não haver empresa.

Para estruturar um plano de desenvolvimento interno é preciso considerar o

porte da empresa e verificar se há ou não engenheiros seniores que detenham os conhecimentos necessários.

O porte da empresa determina a capacidade de investimento e quais ações podem ser tomadas.

Nas empresas menores, onde os sócios são engenheiros seniores, o desafio passa a ser criar uma forma de transmissão de conhecimento mais rápida e estruturada.

Estratégia de desenvolvimento por porte de empresa

Pergunte a um engenheiro experiente, e que você julga competente, como ele chegou até ali. Provavelmente ele falará sobre erros, dores e cicatrizes. A capacidade de fazer o link (a ponte) entre o conhecimento teórico com o dia a dia da prática e com as pessoas é a diferença entre o sênior e o júnior.

O desafio então é como fazer essa transferência de experiência o mais rápido possível e como preparar os novos engenheiros para aprenderem com seus erros também o mais rapidamente possível. E como fazer isso?

Para pequenas empresas

O desafio consiste em acelerar a transferência de conhecimento dos engenheiros seniores para os juniores, com baixo custo e rápida aplicabilidade em projetos reais. Os seniores possuem pouco tempo disponível, os resultados precisam ser rápidos e o orçamento é limitado.

Passo 1: Identificar as deficiências

O mais importante é identificar quais as deficiências principais, sua importância e

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EM Profissionais

seu impacto. Nesse momento estamos falando das deficiências que o time tem mas os seniores não, e que podem ou não ser de ordem técnica. Essas deficiências sobrecarregam os seniores, reduzem margens e impedem acesso a novos mercados.

O objetivo não é desenvolver o melhor profissional do mercado, mas sim o melhor para aquela empresa naquele momento.

Passo 2: Definir o que fazer

Determinar quais itens serão inicialmente explorados. Essa definição é estratégica e o ideal é que se construa uma matriz “esforço x resultado”. Quanto menor o esforço para um resultado maior, mais prioritário é.

Em se tratando de uma pequena empresa, o fluxo de caixa é primordial, então precisamos colher resultado em curto prazo.

Passo 3: Definir a arquitetura do programa

Em face das prioridades definidas, do tamanho do time e das características do sênior e da equipe, devemos definir como faremos isso.

Mentoria estruturada (1–2h/semana) –

Nesse caso, temos encontros curtos com pautas fixas: caso real, aplicação de normas, análises regulatórias, liderança, etc. O enfoque é determinado pelo passo 2.

O conceito de mentoria atualmente está distorcido, em função dos “vendedores de sonho” das redes sociais, mas em sua concepção tradicional é uma excelente ferramenta e funciona.

Sugiro que os seniores usem a IA para auxiliar no planejamento da mentoria. Mas a ênfase é em planejamento e não na IA fazer a mentoria por você. Ela vai te ajudar com metodologias e técnicas, mas o conhecimento que queremos passar é o conhecimento particular, com foco na empresa.

Documentação mínima e viva – Escreva tudo. Para cada projeto novo dentro da empresa, os seniores precisam começar a documentar. Mesmo que em um primeiro momento de forma mais macro, isso servirá de guia futuro.

Documentos como checklists, modelos de memorial, padrões de detalhamento e processos produtivos, entre outros, são fundamentais para a transmissão do conhecimento. Ferramentas como Notion ou ClickUp atendem bem a essa necessidade, com custos relativamente baixos.

Curadoria de treinamentos – Temos uma profusão de treinamentos e informações disponíveis on-line, tanto gratuitas como pagas. Por isso, sugiro que os seniores façam análises (ou seja, assistam) treinamentos dentro das necessidades levantadas e definam/indiquem a playlist que deve ser assistida e os curso que devem ser adquiridos pela empresa. O foco é no conhecimento e não no status ou no diploma.

“Sombra” dos seniores – Nessas situações, o júnior acompanha o sênior em etapas críticas, com checklist de observação. Muito útil para projetistas juniores quando realizamos incursões em obras.

Para engenheiros de campo, observar a postura e as análises dos engenheiros mais experientes é fundamental. Não só pelo

Engenheiro eletricista da Sinergia Consultoria, com grande experiência em projetos de instalações elétricas MT e BT, entradas de energia e instalações fotovoltaicas, conselheiro da ABGD - Associação Brasileira de Geração Distribuída e diretor técnico do Sindistal RJ - Sindicato da Indústria de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias do Rio de Janeiro, Vinícius Ayrão apresenta e discute nesta coluna aspectos ligados à atualização dos profissionais de eletricidade em relação às novas tecnologias e tendências do mercado. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões pelo e-mail: em_profissisonais@ arandaeditora.com.br, mencionando em “assunto” “EM Profissionais”.

conhecimento técnico, mas também para saber como lidam com as pessoas em conflitos que existem em qualquer projeto.

Passo 4: Medir, avaliar e melhorar

As principais métricas são:

• Retrabalho por projeto (% de horas): queda de 15–30% em 3–6 meses.

• Retrabalho de campo: nº de reaberturas de OS/mês e horas extras associadas.

• Conformidade com concessionária: % de pareceres sem exigência; prazo médio de atendimento às exigências.

• Produtividade de obra: HH por MW (ou por quadro/SE), e tempo porta-aporta por OS.

Mitigação de riscos

Abaixo, formas de enfrentar problemas de saída do profissional treinado, sobrecarga dos seniores e excesso de burocracia.

Saída do júnior – Mitigar com trilha de crescimento (PDI), bônus por certificação e coautoria em entregas (pertencimento);

Sobrecarga do sênior – Esse é o custo do esforço do crescimento. O sênior precisará aumentar sua produtividade. Algumas técnicas são agenda rígida (1–2h/ semana), pauta objetiva, registro de informações.

Burocracia em excesso - O risco de material irrelevante é alto, então precisaremos revisar trimestralmente o que deixa de existir (documentos redundantes).

Meu espaço acabou. Na próxima edição vamos ver como aplicar essa metodologia em empresas médias e grandes.

Até lá.

EM Aterramento

Os DPSs e a norma técnica ABNT NBR IEC 61643

No Brasil, a proteção contra surtos está contemplada nas normas técnicas

ABNT NBR 5410 - Instalações elétricas em baixa tensão e ABNT NBR 5419Proteção contra descargas atmosféricas Embora ambas orientem sobre a utilização dos dispositivos de proteção contra surtos (DPS), a norma técnica específica sobre estes é a ABNT NBR IEC 61643 Dispositivos de proteção contra surtos de baixa tensão, que se divide em várias partes (veja boxe) tratando de diferentes aspectos dos DPSs.

Como todo produto ou serviço comercializado no Brasil, os DPSs devem ser especificados, instalados e mantidos segundo as normas técnicas da ABNT - Associação

Brasileira de Normas Técnicas, ou, na ausência destas, de acordo com normas internacionais no caso na área elétrica, as normas da IEC - International Electrotechnical Commission. Por serem dispositivos de proteção, atender as exigências de uma norma ABNT/IEC garante que os DPSs possuam os requisitos mínimos de segurança e desempenho que deles são esperados.

Uma norma ABNT NBR IEC é uma tradução fiel da versão original da IEC. No caso de uma norma de produto como os DPSs, isto significa que, sejam estes fornecidos por fabricantes nacionais ou estrangeiros, seguem os mesmos parâmetros, o que facilita a sua especificação.

A norma técnica ABNT NBR IEC 61643 ajuda a definir o que é exatamente um DPS, seus objetivos, funções e características básicas, diferenciando-o de equi-

pamentos como estabilizadores, filtros e “no-breaks” (uninterruptible power supplies - UPS).

O primeiro documento da norma IEC 61643 publicado no Brasil foi a sua parte 1, já cancelada e substituída pela parte 11. Esta trata dos dispositivos de proteção contra os surtos por efeitos diretos e indiretos das descargas atmosféricas ou chaveamentos elétricos. Tais dispositivos são projetados para conexão aos circuitos de corrente alternada em 50/60 Hz e aos equipamentos de tensão nominal até 1000 V eficazes. Na atual parte 11 são definidas características de desempenho, métodos normalizados de ensaio e valores nominais aplicáveis. Esses dispositivos, que contêm pelo menos um componente não linear, são utilizados para limitar os valores das sobretensões transitórias e desviar as correntes de surto.

Basicamente, a norma ABNT NBR IEC 61643-11 destina-se aos fabricantes de

As partes já traduzidas

DPSs e laboratórios de ensaios de equipamentos elétricos. Ela permite que os valores apresentados nas folhas de dados desses dispositivos sejam validados, já que todos os fabricantes devem seguir critérios bem definidos. Embora seja uma norma de produto, ela atende às normas de instalação, permitindo que o que seja especificado em projeto seja encontrado nos DPSs fornecidos pelos fabricantes, que desenvolvem e ensaiam seus produtos segundo a norma ABNT NBR IEC 61643.

Devido à importância e complexidade da proteção contra surtos, existem várias partes dessa norma publicadas pela IEC, algumas das quais já foram traduzidas pela ABNT, como dito, ou estão em tradução. Segundo a metodologia IEC, as partes ímpares se referem aos requisitos e métodos de ensaio de DPSs destinados a aplicações especificas, como sistemas fotovoltaicos, por exemplo, e as partes pares são guias de utilização para essas aplicações. É importante que os projetistas de instalações elétricas estudem esses guias para aplicá-los a seus projetos.

Até o momento, as seguintes partes da norma IEC 61643 já foram traduzidas e publicadas pela ABNT:

ABNT NBR IEC 61643-11:2021 Versão Corrigida:2022 Dispositivos de proteção contra surtos de baixa tensão Parte 11: Dispositivos de proteção contra surtos conectados aos sistemas de baixa tensão - Requisitos e métodos de ensaio.; ABNT NBR IEC 61643-31:2022 Dispositivos de proteção contra surtos de baixa tensão Parte 31: DPS para utilização específica em cor-

rente contínua – Requisitos e métodos de ensaio para os dispositivos de proteção contra surtos para instalações fotovoltaica; e ABNT NBR IEC 61643-32:2022 Dispositivos de proteção contra surtos de baixa tensão Parte 32: DPS conectado no lado corrente contínua das instalações fotovoltaicas - Princípios de seleção e aplicação

Cabe neste ponto abordar a norma técnica ABNT NBR 5419, que na sua parte 4 trata da proteção contra surtos de sistemas elétricos e eletrônicos internos da estrutura. Embora ela seja a base da proteção contra surtos, suas informações não são suficientes para atender toda a complexidade desse tema, como a instalação dos DPSs (ABNT NBR 5410) ou a sua especificação detalhada (ABNT NBR IEC 61643). À medida que as instalações elétricas se tornam mais complexas e vulneráveis surgem outros desafios que precisam ser enfrentados por meio de novas normas, ou partes delas, que se harmonizam com aquelas já existentes.

Por isso é muito importante estudar a norma IEC 61643-12, em tradução no Brasil, que descreve os princípios para a seleção, operação, localização e coordenação de DPSs para conexão com os circuitos de alimentação CA de 50/60 Hz e equipamentos com potência nominal de até 1000 V RMS. Enquanto a parte 11 trata das características de desempenho, métodos normalizados de ensaio e valores nominais aplicáveis ao DPS de energia, a parte 12 destina-se à sua especificação.

Como as linhas de sinal e seus equipamentos da tecnologia da informação (ETI) devem ser protegidos contra sobretensões transitórias e correntes de surtos, os projetistas que trabalham com automação, redes de dados ou segurança eletrônica devem conhecer as partes 21 (requisitos de desempenho e métodos de ensaio) e 22 (seleção e guia de aplicação) da norma IEC 61643, sobre os DPSs conectados às redes de telecomunicação ou sinal.

Resumindo então a aplicação das normas, a proteção contra surtos é o tema da parte 4 da ABNT NBR 5419:2015, a instalação dos DPSs está na ABNT NBR 5410:2004/2008 e o conjunto de informações detalhadas sobre esses dispositivos é o tema da ABNT NBR IEC 61643 (ou IEC 61643, para as partes ainda não traduzidas). Uma norma técnica não é um documento fechado que pode ser utilizado independentemente da leitura de outras normas, nem substitui o estudo de um tema através de livros e artigos técnicos. No caso da proteção contra surtos, conhecer razoavelmente as três normas citadas é melhor do que conhecer profundamente uma delas e não conhecer as outras duas.

Um DPS é um dispositivo complexo, que se mantém em repouso por um longo período, tendo que atuar em frações de segundo e voltar ao seu estado inicial ao término da sobretensão em seus terminais. Além desse fato, ele deve ser desconectado do circuito ao final da sua vida útil ou caso apresente algum problema. Por isso é fundamental que os DPSs sejam fabricados e principalmente ensaiados segundo critérios rígidos, que garantam sua confiabilidade, eficácia e segurança de atuação em todo o seu ciclo de operação. Como esses critérios devem ser objetivos e compartilhados por todos os fabricantes, justifica-se a existência da norma técnica ABNT NBR 61643.

Engenheiro eletricista da Lambda Consultoria, consultor da Embrastec e mestre em energia pelo Instituto de Energia e Ambiente da USP, Sergio Roberto Santos apresenta e analisa nesta coluna aspectos de aterramento, proteção contra descargas atmosféricas e sobretensões transitórias, temas aos quais se dedica há mais de 20 anos. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões ao especialista pelo e-mail: em_ aterramento@arandaeditora.com.br, mencionando “EM-Aterramento” no assunto.

No Brasil

SNPTEE 2025 – O XXVIII Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica ocorrerá de 19 a 22 de outubro, no Recife Expo Center, em Recife, PE. Promovido pelo Cigre-Brasil, esta edição, organizada pela Eletrobras, pretende promover a inovação, o compartilhamento de conhecimento técnico entre profissionais, especialistas, acadêmicos e jovens talentos. A programação contará com 98 temas distribuídos entre 16 grupos de estudo e diversos painéis especiais, reunindo cerca de 3000 participantes, e com uma feira de negócios, com cerca de 100 expositores. Informações sobre o evento e inscrições: www.snptee.com.br

Intersolar Summit Sul – Em 28 e 29 de outubro será realizado no Centro de Eventos FIERGS, em Porto Alegre, RS, a segunda edição do Intersolar Summit Brasil Sul, em formato congresso & feira, abordando entre outros temas solar FV com armazenamento, agrivoltaicos, FV off grid, etc. Realização: Solar Promotion, FMMI e Aranda Eventos. Informações: https://www.intersolarsummit-brasil.com/sul

Mobilidade elétrica – O Simecs - Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul e Região vai realizar a Electric Move Brasil - Feira de Veículos, Mobilidade Elétrica e Energias Renováveis de 6 a 8 de novembro, em Caxias do Sul, RS. O evento deverá reunir soluções em transição e eficiência energética, novas tecnologias e mobilidade elétrica alinhadas ao propósito da descarbonização. A feira, que deve atrair empresas dedicadas à eletrificação no Brasil, vai incluir conteúdos sobre o tema e espaços de negócios, entre outras atividades. Informações: https://simecs.com.br.

Hidrogênio – A primeira edição brasileira do Hyvolution, evento dedicado ao hidrogênio e descarbonização, vai ser realizada nos dias 16 e 17 de junho de 2026, no Centro de Convenções do Distrito Anhembi, em São Paulo. A expectativa é receber cerca de 6 mil visitantes, mais de 800 congressistas e pelo menos 100 marcas expositoras. Entre o público-alvo estão executivos de empresas, especialistas, investidores e representantes do poder público. O objetivo é impulsionar empreendimentos e políticas sustentáveis voltadas à transição energética e reforçar a importância do tema em âmbito nacional e internacional. Mais informações em https://www.hyvolution.com.

CURSOS

MBA – O Energy Summit, evento organizado pelo MIT, vai realizar, em parceria com o Ibmec, o MBA Energytech e Transição Energética Sustentável. Com duração de um ano, o curso visa atender a demanda crescente do mercado por profissionais qualificados em tecnologias emergentes adotadas pelo setor de energia. Integra fundamentos do setor energético, tecnologias emergentes e práticas de inovação, incluindo temas como eficiência energética, armazenamento, mobilidade elétrica, redes inteligentes e inteligência artificial aplicada à energia. Também discutirá questões regulatórias, liderança e modelos de negócios, estratégias de financiamento, além de cases de sucesso nacionais e internacionais. Será realizado em formato híbrido, tendo parte das aulas presenciais na unidade do Ibmec Rio. Informações: https://energysummit.global. Conceitos básicos de eletricidade – A Schneider Electric oferece o curso Conceitos básicos para introduzir eletricidade na sua plataforma digital de aprendizagem Schneider Electric University. O conteúdo é gratuito, e simula a configuração elétrica de uma casa de pequeno porte, abordando desde conceitos fundamentais de eletricidade e normas de segurança até atividades aplicadas, como instalação de tomadas, planejamento de cabos e implementação de poço de aterramento. Disponíveis em seis idiomas (português, inglês, espanhol, francês, indonésio e chinês), as aulas são organizadas em módulos de 30 a 75 minutos que combinam conceitos teóricos básicos (como tensão, corrente, resistência e circuitos) com práticas essenciais para atuar de maneira segura e eficiente na instalação e conexão de sistemas elétricos. Ao final do curso, os participantes recebem um certificado oficial da companhia. Informações: www. se.com/ww/en/about-us/university.

Trainee – A Prysmian receberá até novembro as inscrições para a 15a edição do seu programa global de trainees Build the Future. Com duração de cinco anos, o programa inclui job rotation de 12 meses, com seis meses em Pesquisa & Desenvolvimento e seis meses em Operações; atuação em uma posição local, escolhida de acordo com a área de maior afinidade; e três anos de missão internacional em uma das unidades globais ou regionais da Prysmian. Podem se inscrever profissionais que concluíram a graduação nos últimos 24 meses ou que se formarão até março de 2026, preferencialmente nas áreas de Engenharia Elétrica, Mecânica

ou de Produção. É necessário ter inglês fluente, boas habilidades de comunicação e, idealmente, vivência internacional acadêmica ou profissional. O processo seletivo inclui etapas online de entrevistas, dinâmicas e avaliação técnica, com início previsto para março de 2026. Inscrições: https:// prysmiangroup.wd3.myworkdayjobs.com/ptBR/Careers?q=Graduate&locationCountry=1a2 9bb1357b240ab99a2fa755cc87c0e

Gestão em energias renováveis – A AHK Rio oferece o curso de Gestão em Energias Renováveis (GENRE), que tem o objetivo de formar profissionais com visão ampla em geração de energias renováveis no Brasil, com ênfase nas tecnologias solar, eólica, biomassa e outras. O conteúdo do curso é desenvolvido a partir da expertise alemã e adaptado à realidade brasileira por especialistas da Coppe/UFRJ. Composto de módulos gerenciais e técnicos, o curso é oferecido em formato online e combina conteúdos assíncrono (12 blocos de aulas + 12 quizzes de fixação; 24h de aulas com especialistas e exercícios práticos); e síncrono (2 horas de encontro ao vivo após cada bloco da disciplina; aulas quinzenais, workshops e palestras). Os blocos abordam temas como: Fundamentos da energia; Mercado de energia elétrica; Gestão de projetos e rentabilidade; Gestão energética e ISO 50.001; Mudança de clima e comércio de emissões; Programa de Eficiência Energética da Aneel (PEE); Energia solar; Energia eólica; Biomassa e biogás; Outras energias renováveis; Geração distribuída e smart grid; e Microrredes elétricas. Mais informações: https://brasilien.rio.ahk.de/pt/cursos/ genre?utm_campaign=genre_0205&utm_ medium=email&utm_source=RD+Station. Dimensionamento de cabos – A Cobrecom, fabricante de fios e cabos elétricos de baixa tensão, oferece o curso Dimensionamento de fios e cabos elétricos, que aborda aspectos como escalas, pontos de carga e diagramas, quedas de tensão, circuitos de iluminação, seções dos condutores, entre outros. O curso é gratuito e on-line, e está disponível no site https://parceirodaconstrucao.com. br. A empresa também oferece outros três cursos por meio da plataforma Parceiro da Construção, que tratam de temas como “Condutores elétricos: o que é preciso saber na hora de instalar”; “Condutores Elétricos: Aplicação dos Fios e Cabos” e “Introdução à Eletricidade”. Mercado de créditos de carbono – A Universidade do Carbono, instituição educacional que

visa capacitar profissionais para o mercado de ativos ambientais, vai realizar o curso, em formato online, Soluções baseadas na Natureza: mercado e projetos de carbono, que abordará, entre outros temas, as mudanças climáticas, o planejamento financeiro de projetos, a regulamentação do mercado e técnicas de monitoramento e mensuração florestal. As aulas, que contam com tradução simultânea português-inglês, ocorrem ao vivo aos sábados, das 8h às 12h, com duração de 18 meses. As inscrições estão disponíveis em https://conteudo.pecege.com/universidade-docarbono-mercado-e-projetos-de-carbono. Mais informações: universidadedocarbono@pecege. com ou (19) 2660-3337.

Energia na América Latina – A Olade - Organização Latino-Americana de Energia oferece um programa de formação executiva, que abrange diversos temas relacionados ao desenvolvimento energético da região através de 16 cursos, organizados em cinco eixos temáticos: tecnologias, hidrocarbonetos, transição energética, políticas energéticas e integração energética regional. Os cursos serão ministrados em diferentes modalidades (e-learning, virtuais e semipresenciais, webinars e oficinas de trabalho). Para mais informações, acesse https://capevlac.olade.org.

Elétrica e iluminação – A Tramontina realiza o Educa+, plataforma virtual de cursos e treinamentos gratuitos. A iniciativa está dividida em ambientes, entre os quais se destaca o Conectar+, com conteúdos sobre elétrica e iluminação. Os cursos e treinamentos EAD (Educação a Distância) disponíveis nessa seção são direcionados a eletricistas, instaladores, arquitetos, decoradores, estudantes e clientes da marca, abordando normas e especificidades de produtos utilizados em instalações elétricas residenciais, comerciais e industriais. Para participar dos cursos, basta acessar a plataforma e criar um login no site https://global.tramontina.com/educa.

Treinamento Ex – A Tramontina mantém a Cabine de Treinamento para instalações em ambientes com atmosferas explosivas e áreas industriais, localizada em Carlos Barbosa (RS). O ambiente está equipado com painéis, luminárias, botoeiras, caixas de ligação, plugues e tomadas com proteções “Ex e” (segurança aumentada), “Ex d” (à prova de explosão) e “Ex t” (proteção contra ignição de poeiras), a fim de proporcionar uma experiência prática e teórica aos participantes. Os

interessados podem obter mais informações por meio do site https://global.tramontina. com/atmosferas-explosivas ou telefone (54) 99981.1022.

NO EXTERIOR

Hidrogênio – De 21 a 23 de outubro, Hamburgo (Alemanha) sediará a Hydrogen Technology World Expo, considerada a maior plataforma internacional de negócios em hidrogênio e suas tecnologias. O evento reúne mais de 1.000 expositores, 300 especialistas discutindo tendências e estratégias, além de sete trilhas de conferências com foco técnico e estratégico. São esperados mais de 1.500 delegados de diferentes países, em um encontro que busca impulsionar o mercado global de hidrogênio e ampliar conexões estratégicas para a transição energética. Informações: www.hydrogen-worldexpo.com.

Biel Light + Building Buenos Aires – O hub de negócios que reúne a indústria de iluminação, eletrônica e serviços elétricos será realizado de 22 a 25 de outubro no centro de exposições La Rural, em Buenos Aires. O evento é organizado pela Cadieel - Câmara Argentina das Indústrias Eletrônicas, Eletromecânicas e de Iluminação e pela Messe Frankfurt Argentina A edição 2025 será realizada simultaneamente com a ExpoFerretera , uma exposição internacional de artigos para ferragens, materiais sanitários, tintas e materiais de construção. Mais informações: http://www.linkedin. com/showcase/biel-light-building.

Workshop Cired – Até 1o de dezembro, estão abertas as inscrições para submissão de trabalhos para o Cired Workshop, cuja 10a edição será realizada nos dias 9 e 10 de junho de 2026, em Bruxelas, Bélgica. O evento, que terá como tema central “Implementando inovações bem-sucedidas em redes de distribuição”, deve reunir cerca de 500 especialistas da área, abordando três grandes eixos: novos métodos para planejamento de redes confiáveis, resilientes e sustentáveis; experiências práticas na implementação de inovações; e regulamentações e práticas para fomentar inovação e reduzir riscos. Uma exposição paralela complementa a programação. Mais informações no site: https://2026brussels.cired.net/.

Produtos

Conectores para disjuntores

A Tramontina ampliou sua linha de materiais elétricos com o lançamento dos conectores para disjuntores de caixa moldada TDM, projetados para facilitar a instalação de cabos sem a necessidade de terminais adicionais. Desenvolvidos para aplicações em sistemas de proteção de instalações com altos valores de corrente de curto-circuito e para circuitos de distribuição sujeitos a sobrecargas, os acessórios podem ser utilizados em projetos residenciais, comerciais e industriais. Foram lançados cinco modelos de conectores compatíveis com os disjuntores TDM nos frames 63S, 125S, 160S, 250S, 400S e 630S, abrangendo as principais de-

mandas de montagem e manutenção de quadros e painéis elétricos, afirma a companhia. Cada conjunto é composto por conectores de alumínio com parafusos de aço tratados com proteção anticorrosiva, a fim de garantir resistência e durabilidade. www.tramontina.com.br

Regulador de tensão com óleo vegetal

A TSEA oferece um regulador de tensão monofásico verde voltado para redes de distri-

buição. O equipamento utiliza óleo isolante vegetal, substituindo o tradicional óleo mineral. Segundo a empresa, o modelo mantém a tensão dentro dos limites estabelecidos nos procedimentos de rede de distribuição mesmo em cenários complexos, como os provocados pela geração distribuída e por cargas eletrônicas sensíveis. O óleo

vegetal apresenta ponto de fulgor de 360°C, é biodegradável e oferece maior capacidade de sobrecarga térmica, o que contribui para prolongar a vida útil do equipamento em até oito vezes, destaca a empresa. Em caso de vazamento, o impacto ambiental é consideravelmente menor, já que o óleo isolante se degrada mais facilmente que o óleo mineral e não é tóxico. É equipado com um comutador sob carga (OLTC), capaz de realizar até um milhão de operações mecânicas, com troca de derivação em apenas 350 milissegundos. Compatível com diferentes controladores, pode ser instalado em

gabinetes de aço-carbono ou inox e adaptado conforme a especificação técnica de cada cliente.

www.tseaenergia.com.br

Solução para carregadores de VEs

A NeoCharge desenvolveu o NeoCharge Partners, solução que, de acordo com a empresa, facilita o acesso à instalação de carregadores em comércios. A empresa auxilia o processo de estudo, instalação e manutenção dos carregadores, buscando melhores condições do mercado, com preços acessíveis, software gratuito e a possibilidade de financiar o equipamento e a instalação. Como parte da análise de adesão ao programa, a NeoCharge estuda junto com o cliente as necessidades e características técnicas do local para indicar as melhores soluções. A companhia executa a venda financiada em 36 meses ao cliente por um valor quase 50% mais baixo que uma ven-

da comum, destaca, cobrando uma porcentagem pelas recargas dos usuários. De acordo com a empresa, os equipamentos possuem certificações internacionais, compatibilidade com todos os carros híbridos e elétricos, gestão de recarga e monitoramento, comunicação

via wi-fi, 4G ou Ethernet. A manutenção é feita com a rede credenciada da NeoCharge e instaladores homologados. www.neocharge.com.br

Disjuntor em ar

A ABB apresentou recentemente uma nova geração de disjuntores em ar, a SACE Emax 3, voltada para instalações de grande porte com alta demanda energética, como data centers, centros de manufatura avançada e infraes -

truturas críticas, incluindo hospitais e aeroportos. A solução conta com sensores de potência e recursos de análise de dados, capaz de coletar e interpretar informações em tempo real do sistema elétrico, como consumo de energia, integridade do sistema e condições ambientais, incluindo temperatura. Esses dados podem ser acessados remotamente ou diretamente na tela sensível ao toque, fornecendo aos usuários diagnósticos instantâneos, alertas e recomendações para manutenção. O Emax 3 possui ainda certificação de cibersegurança Nível de Segurança 2 (Security Level 2) conforme a norma IEC 62443 e sistema de detecção de arco elétrico integrado. www.abb.com

Bioenergia

Um estudo encomendado pela Fiesp em conjunto com associações e empresas industriais (Abiogás, Abrema, Unica, Abividro, Aspacer, Anfacer e Scania) traça um panorama detalhado da oferta, demanda e oportunidades associadas ao biometano em São Paulo. Elaborado pelo

consórcio Instituto 17, PSR e Amplum Biogás, o estudo identificou uma oferta potencial de 6,4 milhões de Nm³/dia no estado, volume que equivale a 32% do consumo atual de gás natural ou 24% do diesel utilizado no transporte. A produção estimada viria de 181 plantas (sendo O BIOMETANO EM SÃO PAULO: POTENCIAL E MEDIDAS PARA ALAVANCAR A PRODUÇÃO

84% do setor sucroenergético e 16% de aterros sanitários) e teria capacidade de mitigar até 16% das metas de descarbonização, inclusive de gerar cerca de 20 mil empregos. Além de mapear e quantificar o potencial produtivo de biogás e biometano em São Paulo, o levantamento propõe a criação de polos regionais de produção, baseados em critérios de geolocalização e infraestrutura existente. Também aponta a integração logística como estratégia essencial para ampliar o escoamento e viabilizar o crescimento do mercado. A publicação apresenta ainda um portfólio de políticas públicas para impulsionar o setor, organizadas em quatro eixos principais: oferta competitiva, com incentivos fiscais e valorização ambiental; infraestrutura e mercado, com regulação e apoio à formação de polos produtivos; estímulo à demanda, com foco no transporte pesado, incluindo corredores sustentáveis e benefícios fiscais; e medidas transversais, como governança energética e fomento à inovação. O estudo completo pode ser acessado em https://www.fiesp.com.br/file20250605191329-relatoriobiometano.

Iluminação profissional

A Lumicenter Lighting lançou recentemente um e-book, intitulado Iluminação

Profissional na Prática, que reúne desde conceitos técnicos como fundamentos do LED e grandezas luminotécnicas até aplicações práticas de iluminação. O objetivo é tornar esse universo mais acessível, seguro e confiável, afirma a companhia. A publicação foi desenvolvida para profissionais, estudantes e demais interessados em iluminação. Aborda diversos temas, como fundamentos do LED, automação, poluição luminosa, e iluminação centrada no ser humano, e traz um glossário técnico e um compilado de normas de referência. Conta com organização e autoria da equipe Lumicenter. A publicação está disponível de forma gratuita no site da empresa: www. lumicenter.com. Índice de anunciantes

SETEMBRO 2–4 2025 MEXICO CITY MEXIC O

OUTUBRO 28–29 SUMMIT 2025 PORTO ALEGRE BRASIL

NOVEMBRO 18–19 2025 GRAPEVINE EUA

FEVEREIRO 18–20 2026 SÃO DIEGO EUA

FEVEREIRO 25–27 2026 GANDHINAGAR ÍNDIA

MARÇO 25–26 2026 NAIROBI KENY A

ABRIL 7–9 2026 DUBAI UA E

ABRIL 28–29 2026 FORTALEZA BRASIL

JUNHO 15–17

2026 ROSEMONT EUA

JUNHO 23–25 2026 MUNICH ALEMANHA

AGOSTO 25–27 2026 SÃO PAULO BRASIL

204,000+ VISITANTES

4,700+ EXPOSITORES

10,000+ PALESTRANTES

Urge pensar fora da caixa

Uma chave essencial para o futuro do setor elétrico brasileiro é a confiança. Os agentes precisam conquistá-la, superar incertezas que vão se tornando dramáticas e inibitórias e se apresentando inapreensíveis, indecifráveis, incontroláveis. Algumas endógenas, outras exógenas, algumas locais, regionais e outras globais, perfazendo uma complexidade espantosa de itens novos e desafiantes.

Na cadeia produtiva do setor, o problema dos custos é a ponta do iceberg , sendo o termômetro decisivo para investimentos, adiamentos e renúncias. Ilustra isso a citação do jornal “O Estado de São Paulo”, de 31 de agosto, referente a empreendimentos de hi -

que pôs o pé no breque por conta de dúvidas. No ambiente regulatório, parece que o Congresso Nacional é dormente.

Pouco se espera da rubrica “incentivos”, a qual muitos economistas acreditam ser uma mola indispensável de desenvolvimento setorial (vide energia eólica e solar no Brasil). O Tesouro luta contra um maligno déficit fiscal, e os consumidores de energia não suportam pagar encargos adicionais com perfume de impostos. Eles repelem o lema que oferece segurança e lucros às empresas, enquanto se socializam prejuízos para a sociedade.

Este xadrez soma quesitos dificílimos, mas, internamente, ao alcance do Poder Concedente, dos legisladores, dos tribunais, dos financiadores, dos homens de negócios, dos ambientalistas, das instituições (ONS, EPE, Aneel, ANA, ANP, CCEE, etc.), e naturalmente das entidades de classe, verdadeiras interlocutoras organizadas da socieda -

“Na cadeia produtiva do setor, o problema dos custos é a ponta do iceberg, sendo o termômetro decisivo para investimentos, adiamentos e renúncias”

Paulo Ludmer é jornalista, engenheiro, professor, consultor e autor de livros como Derriça Elétrica (ArtLiber, 2007), Sertão Elétrico (ArtLiber, 2010), Hemorragias Elétricas (ArtLiber, 2015) e Tosquias Elétricas (ArtLiber, 2020). Website: www.pauloludmer.com.br.

drogênio verde que estão entrando em compasso de espera aqui, na Austrália, na Alemanha e nos Estados Unidos.

Para o hidrogênio ser competitivo, deve sair por US$ 2/kg, e atualmente situa-se, no mínimo, em US$ 6/kg. Há problemas comuns em três variáveis: no ambiente regulatório, em incentivos e nas condições de mercado, revertendo processos. Entre nós, inclui-se o caso da Fortescue, empreendedor mais avançado e próximo de implantar uma maciça produção de hidrogênio verde no norte do Brasil,

de, facilitadoras corresponsáveis pelos melhores ou piores diálogos entre governo e Nação.

Para o setor, já são por si só monumentais os desafios técnicos de inovação tecnológica, remodelagem estrutural, resiliência a mudanças climáticas, velocidades das transições energéticas, digitalização, redes e medidores inteligentes, sistemas e modos de comunicação com o novo consumidor pró-ativo, selos de ESG, novos padrões de comportamento das populações e assim por diante.

É neste quadro que entra em cena o desafio da Inteligência Artificial (IA), a caminho de um quinto estágio de desenvolvimento. Se demoramos um século, desde XIX, para absorvermos ferrovias, e estamos longe de incorporarmos o atual formato de avanço da IA, carecendo de confiança, o que nos espera?

Um risco presente é que a IA possa tomar decisões independentes e incontroláveis, de modo sem retorno, a partir de uma etapa de desenvolvimento no mapa global. Ou seja, a máquina poderá arbitrar sem o concurso do homem.

Antes disso, nos dias que correm, algoritmos de IA já estão habilitados a enxergar o setor mais rapidamente e melhor do que qualquer executivo, governo ou instituições. Seja no macro ou nas microquestões, eles podem responder com domínio online , apoiados em milhares de textos, arquivos, cases, historiografias, de um modo multidisciplinar inalcançável pelo ser humano.

Curiosamente o professor e escritor Yuval Harari comenta que os algoritmos (seguramente nos Estados Unidos) já seriam capazes de se registrar formalmente nos anais jurídicos como pessoa jurídica. Harari observa que eles substituem tranquilamente advogados e pessoal para atuar empresarialmente, tomando decisões (por ora, com seres humanos por trás). A consequência é que algoritmos reunidos, se tornando uma pessoa jurídica, adquirem direitos de pessoa jurídica. Como será uma máquina com esses contornos diante da Casa Branca e de nós?

Por isso mesmo, Harari valoriza a palavra confiança, o entendimento. A humanidade tem que se entronizar antes de delegar tanto e se sujeitar nessa proporção a algoritmos. Porém, infortunadamente, a realidade não indica uma organização social em tempo de regulamentar aquilo que a tecnologia se aproxima de efetuar. Urge ao setor elétrico brasileiro se unir, separar o joio do trigo, e, sem pudor, começar a pensar fora da caixa.

Conheça a EQUACIONAL

Há mais de 50 anos impulsionando a energia que move o Brasil.

A Equacional Elétrica e Mecânica Ltda é referência nacional em soluções sob medida para geração e acionamentos industriais.

Desenvolvemos geradores síncronos trifásicos, motores de corrente contínua e motores especiais de médio e grande porte, projetados GeradorSíncronoTrifásico

Type

MillMotorC.C.Siderúrgico

Nossas soluções combinam engenharia 100% brasileira, robustez e eficiência, atendendo concessionárias, EPCistas e grandes indústrias em todo o país. Além da fabricação, oferecemos serviços completos de manutenção e reparo, sempre com a mesma qualidade dos produtos novos.

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